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Cânone 787

Este cânone versa sobre os missionários que têm como missão o anúncio do Evangelho.
Neste processo dinâmico de evangelização, devem servir-se do diálogo sincero com
todos aqueles que não acreditam em Cristo, de modo acomodado à mentalidade e
cultura, ensinar as verdades da fé, e abrir caminhos para aceitar a petição livre do
batismo dos neófitos. Os destinatários são aqueles que ainda não acreditam ame Cristo.
Os sujeitos deste cânone são os missionários porque são eles os protagonistas da missão
da Igreja evangelizadora.
O processo evangelizador deve ser dinâmico e seguir as várias etapas traçadas pelo
legislador:
Diálogo
Ensino das verdades da fé
Pedido livre do batismo
Os destinatários são todos aqueles que ainda não creem em Cristo em regiões em que a
Igreja ainda não está arraigada na população.
 
DIÁLOGO COM O MISSIONÁRIO
O diálogo é como uma atividade fundamental neste processo de evangelização e que já
foi proposta por Paulo VI. Seguidamente recebeu vários achegas do magistério.
Eclesiástico.
A encíclica Redemptores Missio é um imprescindível guia para esclarecer este tema. O
diálogo faz parte integrante da missão da Igreja, da pré-evangelização que há de
conduzir ao anúncio explícito da Boa Nova do Evangelho. São duas atividades
complementares, mas com métodos diferenciados, mas não antagónicos, pois a Igreja
reconhece os valores das religiões não cristãs como «sementes da Palavra de Deus». O
diálogo deve ser sincero e deve aceitar as diferenças.
O diálogo deve estar ligado com o testemunho da palavra e há várias considerações a
este respeito em relação às atitudes dos missionários (AG 23-26). Todos os cristãos
estão chamados a comprometer-se pessoalmente no anúncio e no diálogo para se
concretizar a missão da Igreja.
O diálogo deve ser adequado à mentalidade e cultura dos interlocutores. É dirigido a
todos aqueles que o missionário veja que estão preparados para receberem o ensino
Evangelho. Este momento faz parte integrante da missão da Igreja. É a chamada pré-
evangelização, o anúncio explícito do Evangelho, mas como opção pessoal livre de
todos aqueles que pedirem o batismo e que sejam admitidos a recebê-lo.
O testemunho de vida do missionário é fundamental nesta ocasião, onde a humildade e
leal dade devem estar presentes. O missionário deve ter sensibilidade para escolher os
conteúdos e a linguagem mais adequada para o anúncio do Evangelho que
progressivamente será manifestado pelo “diálogo de vida”.
INCULTURAÇÃO
Inculturação – A mensagem evangélica deve fazer-se de um modo adequado à língua,
mentalidade e cultura dos que não acreditam em Cristo. Esta inculturação deve operar a
transformação dos autênticos valores culturais no cristianismo RM 52). A Igreja propõe
e não impõe. A inculturação há de ser feita por todo o povo de Deus. Deve ser dirigida e
estimulada pelos pastores
Requer largo tempo e uma graduação progressiva que permita expressar as verdades da
fé. O missionário deve superar os condicionalismos culturais, linguísticos,
mentalidades, usos e costumes e manterá intacto o conteúdo da mensagem evangélica.
A liturgia, por sua vez, se desenvolverá conforme o caráter do povo
A inculturação da fé cristã pode ser cristológica (mistério do verbo Encarnado), litúrgica
(diálogo dos homens com Deus), antropológica (reconhecimento ou purificação de
valores) e social-político (atenção às diversas culturas).
PRÉ-CATECUMENATO
Pré- catecumenado – O diálogo missionário inculturado prepara para que alguns
possam receber a mensagem do Evangelho. Trata-se de uma conversão inicial
responsável sem qualquer tipo de pressão (788 § 1). Esta etapa é sobre a explicação do
Evangelho de maneira simples para consolidar a sua resposta e vir depois pedir o
batismo de livre vontade. Compete às Conferências Episcopais determinarem o modo de
os receber. Não pode haver qualquer coação no processo de conversão do candidato
como na condução ao batismo. É o tempo do amadurecimento do candidato que
tenciona seguir o caminho cristão e pedir depois o sacramento do batismo livremente.
Devem-se saber as razões da conversão do novo candidato. Compete às Conferências
Episcopais determinar como se deve receber os «simpatizantes» e prescrever o seu
acompanhamento.

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