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DA
CRISMA
CONFIRMADOS E COMPROMETIDOS
LIVRO
DA
CRISMA
CONFIRMADOS E COMPROMETIDOS
Todos os direitos reservados pela Paulus Editora. Nenhuma parte desta publi-
cação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via
cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora.
2ª edição, 2022
© PAULUS – 2022
Rua Francisco Cruz, 229 • 04117-091 – São Paulo (Brasil)
Tel.: (11) 5087-3700
paulus.com.br • editorial@paulus.com.br
ISBN 978-65-5562-563-9
APRESENTAÇÃO
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INTRODUÇÃO
b) Tempo de preparação:
• Prevalece a duração de seis meses a um ano. Há, porém, experiências
significativas de até dois anos de preparação.
• Em alguns lugares, o curto prazo (menos de três meses) revela des-
cuido e superficialidade na preparação.
c) Formas de preparação:
• As mais comuns são encontros, cursos e palestras.
• Verifica-se a ausência de maior criatividade.
• Nem sempre a catequese crismal está inserida no plano de pastoral
da comunidade.
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d) Responsáveis pela preparação:
• Quem assume, geralmente, são os catequistas da paróquia.
e) Perseverança:
• 70% dos que iniciam chegam ao fim da preparação.
g) Engajamento na comunidade:
• Poucos afirmam que há engajamento na comunidade durante a prepa-
ração. Poucos, também, continuam engajados depois da Crisma.
Essa é a consequência da falta de um planejamento da comunidade
que incentive e acompanhe os jovens nesse engajamento. Os jovens, na
comunidade, não encontram espaço nem estímulo.
i) Pastoral de conjunto:
• Quase não se faz um planejamento em conjunto com as diversas pas-
torais: catequese, liturgia, juventude, vocacional...
j) Enfoque vocacional:
• Geralmente, é fraco e não mexe com a vida dos jovens. Não incentiva
nem acompanha os crismandos na sua busca.
i) Padrinhos e madrinhas:
• Buscam-se cristãos comprometidos, amigos ou companheiros que
deram seu apoio durante a preparação.
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• falta de metodologia;
• falta de estímulo e de planejamento da comunidade;
• os contravalores da sociedade.
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c) Fazer da catequese crismal um espaço exclusivo da juventude,
excluindo os demais.
Há vários adultos que, por diversos motivos, não foram crismados
em sua infância ou juventude. Contudo, mesmo engajados na comuni-
dade, não procuram receber o sacramento.
Entre outros, um motivo é apontado: a catequese crismal é, quase
sempre, um espaço exclusivo da juventude. Os adultos não encontram
uma metodologia própria para aprofundar a fé.
Muitas pessoas consideram a Crisma um sacramento menos im-
portante; não se identificam com ele. A realidade é que confundem a
preparação, feita para os jovens, com o sacramento, importante para
todo cristão.
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PROPOSTAS
DE TRABALHO
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Sugestões para o grupo de catequistas:
• Inscrever na preparação à Crisma os candidatos que já participam da
comunidade ou que tenham passado pelo período de vivência comunitária.
• Acompanhar com o máximo de atenção e carinho os candidatos que
estejam iniciando a sua vivência comunitária.
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f) Promover um encontro vocacional.
Trabalhar juntamente com a Pastoral Vocacional da paróquia ou dio-
cese. Fazer um convite especial e pessoal para os candidatos à Crisma
que estejam no período da vivência a participar dos encontros vocacionais.
Nesses encontros, falar da Crisma como o “sacramento dos após-
tolos” (cf. At 2).
g) Encaminhar o candidato para a catequese crismal.
O crismando pode continuar no grupo do qual já vinha participan-
do, além de participar da catequese específica para a Crisma.
Antes, porém, deve-se perguntar ao candidato se deseja realmente
assumir a preparação. O “sim” (ou o “não”) da resposta vai mexer no
fundo de seu coração, e ajudá-lo a perceber o chamado de Deus.
h) Qual a idade certa para a Confirmação?
Cada diocese tem seus costumes. Contudo, em qualquer lugar, o sa-
cramento tem o mesmo valor e convoca para os mesmos compromissos.
Por isso, 14 anos é, normalmente, a idade mínima para começar a
preparação à Crisma. A missão cristã exige maturidade e responsabili-
dade. Não deve haver pressa.
i) Apresentar à assembleia comunitária:
• os novos crismandos, agradecendo a Deus durante a celebração, pela
opção que eles fazem diante do chamado de Deus.
Sugestões para o grupo de catequistas:
• Antes de encaminhar um candidato para determinado grupo da co-
munidade, consultar o grupo, para saber se há condições de acolhê-lo.
• Não jogar fora as experiências anteriores à catequese crismal, mas
enriquecê-las com novas experiências.
• Cuidar para que o tempo de vivência + formação catequética não seja mui-
to prolongado. A sugestão é de um ano de vivência e um ano de formação.
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c) Encontros mensais em forma de novena ou trezena.
• envolvendo toda a comunidade na organização.
d) Convidar os crismandos a participarem da mesma celebração semanal.
Assim, participando reunidos, o entrosamento do grupo e o testemunho
para a comunidade ficam favorecidos.
e) Organização em pequenos grupos (da própria comunidade).
Que não fiquem somente com estudos, mas que se tornem espaços de
vivência afetiva e de amizade, que levem ao compromisso.
f) A catequese crismal deve partir da realidade
• dos questionamentos e da experiência dos crismandos, iluminando-
-os com a Palavra de Deus.
g) Método: participação e diálogo, com:
• Pedagogia libertadora (pessoal, grupal, comunitária e social).
• Interação fé e vida.
• Uso do método VER-JULGAR-AGIR ou AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO para
evitar só a teoria ou discussão ou só a prática sem reflexão. As celebra-
ções são parte integrante desse método.
h) Todo o processo seja preparado por uma equipe
• (catequistas, crismandos, pais, pároco) que pense, analise, estude,
acompanhe e avalie a caminhada, e prepare as celebrações.
Sugestão para o grupo de catequistas:
• Organizar um encontro paroquial com todos os catequistas de Crisma,
para uma avaliação da caminhada até o momento.
• Visitar grupos de catequese crismal de outras paróquias, para desco-
brir novas formas de trabalho.
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Em todo caso, deve-se levar em consideração:
• encontros com duração média de 2 horas;
• a sequência das atividades, pois uma complementa a outra;
• a caminhada do próprio grupo.
No encontro catequético não podem faltar:
• objetivos bem definidos, e um roteiro coerente;
• atividade de aquecimento, que envolva o crismando de corpo inteiro;
• oportunidades para o uso da criatividade;
• reflexão da Palavra de Deus (ou da Igreja);
• espaço para debate;
• momentos de oração e música;
• avaliação do processo;
• tomada de compromisso.
É bom cuidar para não cair numa catequese de emoção, que se
alimenta só de testemunhos de vida. O crescimento na fé depende,
também, de um conhecimento sempre mais profundo da Bíblia e dos
documentos da Igreja.
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