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Organizaclors Lourivaí Rodrigues da Silva


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Pastoral da juventude : um jeito de ser e fazer /


organizador Lourival Rodrigues da Silva. --
São Paulo : CCJ - Centro de Capacitação da
Juventude, 2 009.

"Orientações para a caminhada : um corpo em


construção."
ISBN 978-85-86785-34-4

1. Igreja - Trabalho com jovens 2. Teologia


pastoral I. Silva, Lourival Rodrigues da.

09-01204 ' CDD-253.7

índices para catálogo sistemático:

1. Pastoral da juventude : Cristianismo 253.7

Organizador: Lourival Rodrigues da Silva.


Equipe Editorial: Lourival Rodrigues da Silva, Sílvia Maria Vieira, Edina Lima
Cardoso, Janaina Firmino, Elsie Auzier Vinhote e Luciene Ortega.
Revisão: Hilário Henrique Dick, sj. e Raquel Pulita.
Projeto gráfico: Joaquim Alberto Andrade Silva e Hélio Augusto de França Teixeira.
Diagramaçao: Joaquim Alberto Andrade Silva.
Imagens: Banco de imagens do Centro de Capacitação <ia Juventude - CCJ, da Casa
da Juventude Pe. Burnier e da Pastoral da Juventude Nacional.
Tiragem: 2.000 exemplares - 2a Edição - Março de 2009
Editora: CCJ - Centro de Capacitação da Juventude
Rua Bispo Eugênio Demazenod, 463-A - Vila Alpina - 03206-040 - São Paulo, SP.
Tel./fax: (11) 2917 1425 - e-mail: ccj-sp@uol.com.br - Homepage: www.ccj.org.br

Jfl
DESCO&PlíND© OS CAMíNHOi

1. Do que estamos falando........................................................................................ 5


1.1 - Memória da caminhada da Pastoral da Juventude.................................. 6
1 .2 - Na construção do Reino................................................................................... 9
1.3 - Para ònde marchamos........................................................................................10
1 . 4 - Quem somos nós, Pastoral da Juventude................................................... 11

2. A nossa missão e chamado...................................................................................13


2.1- Processos que educam na f é ......................................................... ....................14
2.2 - Dimensões da Formação Integral................................................................... 16
2.3 - A Espiritualidade que alimenta a caminhada............................................. 17
2.4 - Um projeto de vida a seguir.............................................................................18
2.5 - Nosso jeito de fazer pastoral........................................................................... 19

3. Eixos que norteiam o nosso fazer.......................................................................21


Formação - Ação - Espiritualidade - Articulação................................................22
3.1 - Transformando o mundo................................................................................. 24
■A juventude quer viver............................................................................... 24
■Ajuri - conhecendo a diversidade da juventude indígena, ribeirinha
rural, quilombola...........................................................................................24
•Mística da construção..................................................................................25
•Caminho de esperança —formação de lideres e assessores.................. 26
•Teias da comunicação................................................................................. 26

4. Como nos organizamos e nos articulamos...................................................... 27


•Grupos de jovens..........................................................................................28
■Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude........................................29
•Encontro Nacional da Pastoral da Juventude........................................3
•Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude................................ 3
•Comissão Nacional de Assessores da Pastoral da Juventude.............. 3
•Secretaria Nacional da Pastoral da Juventude........................................3
•A sustentabilidade da ação.........................................................................3

5. Conclusões................... ......................................................................................... --3

6. Créditos
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K F *3*?4
A Pastoral da Juventude Nacional (PJ) há alguns anos vem sentindo a
necessidade de registrar e organizar toda a sua ação em um documento único que
traga parte de sua história, seu projeto de evangelização junto aos adolescentes e
jovens e, também, as orientações que demarcam o seu jeito de atuar.
Este documento tem a finalidade de reunir as reflexões acumuladas ao longo
dos anos. Mais que um documento, quer servir de pistas a serem usadas por suas
coordenações e lideranças em vários níveis: nacional, regional, diocesano e,
principalmente, nos encontros de formação e articulação da caminhada. Ele é
esultado de reflexões e discussões sobre a ação da Pastoral da Juventude e vem
endo construído há algum tempo. Neste caminho recebeu o apelido carinhoso de
‘O Corpo”, que originou da idéia de se juntar às diversas reflexões da PJ e dar um
corpo a essas proposições. Esperamos que “O Corpo” sirva de instrumento e traga
luzes para a ação evangelizadora neste Brasil que têm adolescentes e jovens sedentos
e carentes da Palavra de Deus, de acolhida e atuação como sujeitos autônomos/as.
Esta elaboração é uma homenagem a todos e todas que acreditaram no
Chamado e que, a partir dele, foram ao encontro dos adolescentes e jovens, gerando
protagonistas de uma nova Igreja, sinal da “Civilização do Amor”, à luz do
seguimento de Jesus de Nazaré.

DA ‘
1 m é MORIA DA cc aa m in h a d a
m in h a
baCTMAI. E*A JfclVENTüBE

0 ^ a memóri* amou ficou eterno.


Adélia Prado

Recordar e resgatar a história da PJ é um ato maravilhoso de rever lugares,


pessoas, olhos e sorrisos de milhares de jovens que foram se tornando protagonistas
por causa do projeto de Jesus Cristo. É um pequeno aperitivo desta ação que fez a
Igreja do Brasil mais comprometida e engajada na construção dos sinais de vida.
A história da Pastoral da Juventude começa pelos anos 70 ou, até, com a
Ação Católica Especializada (JAC - Juventude Agrária Católica, JEC - Juventude
Estudantil Católica, JIC - Juventude Independente Católica, JO C - Juventude
Operária Católica, JU C - Juventude Universitária Católica), nos anos 60. Não
podemos negar que aprendemos muito da Ação Católica, da Teologia da Libertação,
da Pedagogia do Oprimido.
No final da década de 70 e no início dos anos 80 a Igreja vivia um período
de grandes expectativas, pois Medellin e Puebla trouxeram novos ares para a ação
pastoral com a opção concreta pelos pobres e pelos jovens. Esta opção possibilitou
ampliar o trabalho qae vinha sendo desenvolvido com a juventude em movimento,
para a construção de uma proposta mais orgânica.
As dioceses passaram, então, a organizar a evangelização dos jovens em
pequenos grupos (entre 12 a 25 jovens) e, para melhor acompanhar a organização
e formação dos jovens, iniciou-se a articulação de encontros nacionais com o
propósito de melhorar a comunicação e proporcionar o intercâmbio e a
sistematização de experiências.
A PJ, no seu todo, foi
valorizando e incluindo em sua
caminhada novas experiências de
trabalho com a juventude a partir de
seu meio específico: juventude rural,
juventude estudantil, juventude
universitária e juventude dos meios
populares - o que lhe foi exigindo uma
nova forma de se articular e se organizar.
Os encontros e assembléias
tornaram-se momentos ricos de refletir
sobre o acompanhamento dos jovens
para a vida em grupo. Aí a Pastoral da
Juventude iniciava seus famosos
Seminários para Assessores, que
serviram como laboratório e espaços de
reflexões importantes como: o Processo
de Educação na Fé, a Metodologia de Trabalho com Jovens, o mundo do trabalho,
a cultura, as Políticas Públicas de Juventude, o Planejamento da Ação Pastoral, a
Missão, e tantas outras discussões.
A Pastoral da Juventude realizava seu planejamento e deliberação (definindo
planos de ação, organização interna, etc.) nas Assembléias Nacionais da Pastoral i
Juventude do Brasil. A partir da 11a ANPJ (Assembléia Nacional da Pastoral
Juventude), contudo, em 1995, surgiu a PJB (Pastoral da Juventude do Bra
uma organização onde as quatro Pastorais de Juventude: Pastoral da Juventude (PJ),
Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Pastoral da Juventude Estudantil
(PJE) e Pastoral da Juventude Rural (PJR) reivindicavam participação paritária - o
que trouxe muitos questionamentos para a PJ como tal. A Assembléia da PJB não
era mais a Assembléia da PJ. Essas datas são marcantes, pois, a partir dela, a PJ não
concentra mais sua articulação no espaço da Pastoral da Juventude do Brasil —PJB
—mas decide fazer um caminho de reflexão que vai culminar em um novo modelo
de organização própria, sem deixar de pertencer ao todo.
Ao incorporar novas formas de se organizar, trouxe também momentos de
conflitos e crises que possibilitou abrir a discussão sobre o melhor espaço e
metodologia de se chegar até os adolescentes e jovens. Para a organização interna da
PJ essas mudanças causaram principalmente dois problemas:
1 - A PJ não tinha mais um espaço próprio de deliberação e planejamento
em que pudesse discutir sua articulação nacional interna e seus desafios específicos.
2 - A participação da PJ nestas Assembléias ficou reduzida, pois esta se dá
de forma paritária, ou seja, com vagas distribuídas igualmente entre as pastorais e
ão por regionais como antes. Isso provocou um distanciamento muito grande das
ioceses com a instância nacional.
Até a 10a Assembléia Nacional da PJ (ANPJ), em Vitória/ES, em 1993,
cada pastoral específica (menos a PJ como tal) tinha sua organização própria com
possibilidade maior de assimilar outra estrutura organizativa para a PJ do Brasil. A
PJ, no entanto, ainda não tinha sua organização própria. Os delegados da 10a
ANPJ, que representavam o que ali era chamado de PJ Geral, perceberam que, para
avançar com segurança, era preciso dar tempo para que essa articulação de PJ pudesse
se organizar. Sentiu-se a necessidade e a importância de um espaço de reflexão e
entre-ajuda para os jovens da PJ, para repensar uma organização própria. Por certo
tempo a PJ ficou um pouco perdida, pressionada a se tornar uma específica e criar
uma estrutura própria. Este período foi, também, de intensa produção de cartas,
textos e materiais de estudo sobre a identidade, missão e especificidade.
É nesse contexto que começaram os Encontros Nacionais da PJ, sem a
participação da PJR, da PJE e da PJMP. Os três primeiros, encontros nacionais
aconteceram em clima um tanto tenso, de angústia, de luta e de esperança, mas que
se foi aclarando com o decorrer da caminhada. Tratava-se de uma busca de identidade
e de inserção na caminhada de conjunto das outras pastorais de juventude.
Nesta caminhada a Pastoral da Juventude celebra e reconhece o apoio, a
presença e o acompanhamento que a organização recebeu ao longo do tempo. Merece
destaque aqui a presença efetiva da organização da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil, no Setor Juventude, seja através dos bispos acompanhantes das PJs ou
dos assessores e assessoras.
Junto a essa presença e apoio, figura-se com muita importância os Centros
e Institutos de Juventude, que através da Formação, Assessoria e Pesquisa, sempre
se colocaram como estrutura de apoio à organização das Pastorais da Juventude.
1 2 N A C O N S T M Ç Ã O f ) O M :lN O

Somos qtíem podemos ser.


Sonhos que podemos ter...
Engenheiros do Havaí

1. Sonhamos com uma juventude1 participativa, consciente, engajada e


formada, sabendo e conhecendo seu meio e a sua realidade; uma juventude
missionária, organizada, ousada, autêntica, realizada, feliz, verdadeira e sonhadora;
2. Sonhamos em reavivar, no homem e na mulher, a liberdade e a igualdade,
em dignidade e direitos, tendo por base os valòres do Evangelho. Que nossa vida e
nossa fé nos levem a entender as relações de gênero.
3. Uma sociedade que tenha como prioridade a pessoa humana (o ser), um
projeto social claro, com condições e oportunidades para todos, sem preconceitos,
com vivência e testemunho dos valores evangélicos, valorizando a diversidade e
riquezas da pessoa e da juventude.
4. Acreditamos na presença da Trindade, Pai/Mãe que tudo criou e justifica
nossa postura de respeito ao ecossistema; que é Filho, vontade revelada que encaramos
como Caminho e proposta de Seguimento; que é Espírito, enviado pelo Filho e
pelo Pai, instigando-nos a sermos uma Igreja-comunidade.
5. Sonhamos com uma igreja mais apaixonada, profética, evangelizadora,
acolhedora, orante, missionária, transformadora e comprometida com o Projeto
de Jesus Cristo, procurando maior participação dos jovens na comunidade,
valorizando o ecumenismo e com uma opção preferencial pelos pobres, adaptada
às diferentes realidades.
6. Desejamos cultivar uma espiritualidade que recupere o sentido de Deus,
presente na natureza, pela- encarnação, que aprenda dos pobres a viver com
sobriedade e partilha e valorize a sabedoria dos povos indígenas no tocante à
preservação da natureza, ambiente de vida para todos. Assim postulamos por
uma ecopolítica, que cria políticas que exigem, legalmente, o cumprimento dos
requisitos de defesa da natureza.
7. Acreditamos na “Civilização do Amor” e seus valores básicos: sim à vida;
sim ao amor como vocação humana; sim à solidariedade; sim à liberdade; sim à

1 Assumimos o que nossos companheiros/as do Rio Grande do Sul exprimiram em “Nossa Vida, Nossa Fé.
Pastoral da Juventude do Rio Grande do Sul. Elementos para a construção dq Marco Referencial”.
Porto Alegre, julho de 2 0 0 0 .
verdade e ao diálogo; sim à participação; sim ao esforço permanente pela paz; sim
ao respeito pelas culturas; sim à integração latino-americana.
8. Dizemos não: ao individualismo, à absolutização do prazer, ao consumismo,
à intolerância, à injustiça, à discriminação e à marginalização, à corrupção, à violência.
9. Defendemos primado pela vida humana sobre qualquer outro valor ou
interesse; primado da pessoa sobre as coisas; da ética sobre a técnica; do testemunho
e da experiência sobre as palavras e as doutrinas; o serviço sobre o poder; a economia
solidária sobre a produção de riqueza; a identidade cultural latino-americana sobre
outras influências culturais hegemônicas; primado da fé e da transcendência sobre
toda tentativa de absolutizar o ser humano.
10. Sonhamos com um país liberto das estruturas de corrupção, injustiça,
consumismo exacerbado, com uma terra sem males, sem discriminação de raça,
classe social ou qualquer forma de exclusão, que respeite as diferenças culturais e
históricas, que incentive o protagonismo juvenil através das Políticas Publicas de
Juventude, possibilitando ao jovem acesso a educação, moradia, emprego, etc...,
evitando assim a marginalização da juventude brasileira, que os/a mesmos sejam
vistos como sujeitos de direitos, que os/as políticos/as sejam sérios e comprometidos
com os valores éticos, que trabalhem para uma nação mais justa, fraterna e solidária
e que a cima de tudo defendam vida em plenitude para todos/as jovens.

1.3 PARA ONDE MARCHAMOS

Quero a utopia,
Quero tudo mais,
Milton Nascimento

Queremos despertar jovens para


a pessoa e a proposta de Jesus Cristo e
desenvolver com eles um processo global
de formação a partir da fé para formar
líderes capacitados a atuarem na própria
PJ, em outros ministérios da igreja e em
seu meio específico, comprometidos com
a libertação integral do homem e da
sociedade, levando uma vida de
comunhão e participação.
V iS S J S í & ™« 3 5

Hoje me sin,
t0 maisforte,
Maisfeliz quem sabe,,,
Almir Sater

Identidade é o conjunto de características e circunstâncias que distingue


pessoas ou coisas e graças a esta é possível individualizar-se (Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa). Normalmente se discute identidade2 quando queremos afirmar
quem somos nosso lugar no mundo e também do que é próprio da nossa natureza.
No caso da Pastoral da Juventude Nacional - PJ, ao se falar de identidade ela quer
deixar claro qual é a sua tarefa, o seu jeito de ser, fazer, celebrar, valorizando o
potencial criativo dos jovens.
A partir de 1994, a PJ, em seus Encontros Nacionais, foi buscando clarear a
sua identidade enquanto grupo organizado da igreja e que pertence ao conjunto
das Pastorais da Juventude do Brasil3. Em Divinópolis, eip 1996, ela pontuou sete
aspectos como sendo sua identidade: .

1. Somos jovens das diversas realidades regionais do país, na maioria


empobrecida e, a exemplo de Jesus Cristo, fazemos opção pelos pobres e
jovens. Encontramo-nos em grupos para partilhar e celebrar a vida, as lutas,
sofrimentos e cultivar a amizade a partir de uma formação integral e mística
própria.
2. Somos grupos de jovens motivados pela fé, atuando dentro das comunidades
eclesiais, a serviço da organização e animação das comunidades.
3. Atuamos também na sociedade, inseridos nos movimentos sociais, com
destaques para a participação política partidária, movimentos populares e
outras organizações que lutam em defesa da vida e da dignidade humana.
4. Organizamo-nos a partir das coordenações dos grupos, paróquias, seto
ou regiões pastorais, dioceses e regionais, ligados a Igreja do Brasil e
América Latina. Assim construímos e registramos nossa história, crianao
unidade na diversidade.

2 Assumimos o objetivo geral das Pastorais da Juventude do Brasil. Revista PJ a Cam inho - Juventude: identidade
e pastoral - Carmem Lucia Teixeira, 2 0 0 3 .
3 Para quem não conhece a organização das Pastorais da Juventude do Brasil, vale a pena clarear que a Igreja do
Brasil tem o Setor Juventude, responsável pela articulação e organização da ação com a juventude. A P JB é
composta pela: PJ - Pastoral da Juventude Nacional; P J E - Pastoral da Juventude Estudantil; P JM P - Pastoral da
Juventude do M eio Popular; P JR - Pastoral da Juventude Rural.
5. Diante de uma política desumana de manipulação dos meios de
comunicação social e de uma realidade tão diversa, ousamos assumir e propor
os projetos da Pastoral da Pastoral da Juventude do Brasil, como alternativa
na construção da Civilização do Amor, sendo presença gratuita e qualificada
no meio da juventude, atuando também em parceria com outras pastorais
e organizações da sociedade.
6. Somos Pastoral da Juventude - PJ - organizada no Brasil, com linha definida
e metodologia própria, aberta ao novo e acolhimento dos anseios da
juventude, garantindo o seu protagonismo, evangelizando de forma
inculturada na realidade em que vivemos.
7. Somos jovens felizes, apaixonados, ternos e motivados pela fé. Encaramos
a vida com potencial criativo muito grande, valorizando a arte (dança,
poesia, música...) o lazer, o corpo, o símbolo, a cultura, com ardor, sonhos
e amor pela causa do Reino.
A **°
«v d o

Émsssão de todos nós.


Deus chama e quero ouvir a tua voz»
A Missão da Pastoral da Juventude traz como eixo inspirador o texto de
Lucas 4, 18-22. A partir desta Palavra seguem os pontos que orientam a ação,
convencidos de que a Pastoral da Juventude tem a missão de anunciar e testemunhar
o Reino de Deus, movida pela proposta libertadora de Jesus Cristo e animada pelo
Espírito Santo, buscando concretizar a “Civilização do Amor”.

animados pelo Espírito Santo. ^ latino-americana, assume a


2. A P a s t o r a l da Juventude 1 c p ^ :ovens> protagonistas da PJ, vamos
evangélica opção pelos pobres epe osjov . ^ g sensívets
ao encontro de todos osjovens nas diversa potencialidades, anseios

morK' *
testemunhando a Reino de Deus da » qu, m fondam
5, Por isso, buscamos descobnr a ern j utilizar recursos, pedagogia e
Ms problemas ,u e » * , jovens, ™ ™ * Z l r os sinais Ja C 1VILIZAÇAO DO
lZ Z r Z V o
U Z o ^ Do s E m o r .

2 J f^oC ESSO S QUE EDUCAM FÉ


Vo'“ l‘ seobrir „ tlucm efaz
“ ,u ‘ "<‘«ior de mtm.
Milton Nascimento

A Pastoral da Juventude se define formada por jovens, cristãos, católicos,


organizados como ação da Igreja evangelizando outros jovens, para que, capacitados,
atuemos na própria Igreja e nos movimentos sociais visando a transformação da
sociedade em todo o Brasil.
Uma característica da Pastoral da Juventude é a proposta pedagógica que
conseguiu sistematizar, visando a construção de pessoas comunitárias e cidadãs,
abraçando com decisão uma fé que casa com o social, com a justiça, com a
participação e com a comunhão.
Fruto da caminhada latino-americana nasceu as opções pedagógicas,
acompanhadas de alguns princípios norteadores, para o desenvolvimento de
um processo educativo que leve as pessoas a crescerem na fé, nas suas opções
e projeto de vida.
A nossa proposta pedagógica se baseia no entendimento do/a jovem
como sujeito da ação evangelizadora, a serviço da animação e organização das
comunidades eclesiais atuantes nos diferentes espaços da sociedade (Plano
Trienal da PJ 2 0 0 5 -2 0 0 7 ).
A Pastoral da Juventude sistematizou, na sua caminhada, o que chamamos
de “dimensões da formação integral” e o “processo de educação na fé”. As opções
pedagógicas adotada por ela são: a importância fundamental do grupo de jovens, a
formação integral, o trabalho diferenciado com os diversos tipos de jovens, a
organização, a presença do acompanhamento e da assessoria e a vocacionalidade,
concretizando-se na elaboração do projeto de vida.4

4 Hilário D ick, Pastoral da Juventude do Brasil celebrando aniversários.


» A ÍO W A Ç A O IN TEG R A L

ter e ™sso exemplo de vida.


Dom HeJder Câmara

Nosso sonho na Pastoral da Juventude do Brasil é fazer com que o (a) jovem
cresça como um todo. Cresça integralmente. Para que a pessoa seja ética, democrática,
comprometida, participativa, saiba amar, conviver, relacionar-se, que tenha fé,
esperança e, principalmente, que seja feliz. A PJ quer possibilitar que a pessoa seja
“plenamente aquilo a que é chamada”5. Para que isso aconteça, priorizam-se cinco
dimensões na formação:
É onde a gente responde “quem sou eu?”. É o esforço de tornar-
se pessoa, descobrir-se, possuir-se, aceitar-se, trabalhar-se. Tudo isso para que a pessoa
se conheça melhor. Essa dimensão exige trabalhar o auto-conhecimento: interesses,
aspirações, história, valores, sentimentos, limitações. Também exige a auto-crítica:
revisão pessoal, busca permanente de superação e mudança de atitudes para o
testemunho coerente. Exige', ainda, a auto-realização: sentir se amado/a, capaz de
amar, de ser terno/a, saber construir seu futuro e sua realização.
É a capacidade de descobrir o/a outro/a e superar os bloqueios de
comunicação para conhecer o/a outro/a, gerar afeição e cooperação, confrontar
idéias e dons. Nesta dimensão estabelecemos os nossos relacionamentos. Ela pode
ser experimentada nos grupos de convivência social, lugar da convivência com o
diferente, espaço de diálogo permanente.
É a caminhada que devemos dar para a educação da nossa fé, as
respostas para a nossa existência, nosso destino, nossa mística. É perceber o que nos
move e nos anima. É sentir a presença de Deus na história. Assumir a presença do
JDeus
L>eus que salva err
em Jesus. Conhecer o conteúdo da fé em comunidade.
WMmMWiE Responde à pergunta “onde estou e o què faço aqui?”. Descobrir
o mundo e se fazer sujeito da história, com senso critico, capacidade de analisar e
participar. A conscientização nos leva ao compromisso com política, com a cidadania,
com os direitos humanos, com a defesa da vida, do trabalho, da ecologia e com a
participação em outros espaços de atuação.

5 Fonte de pesquisa: “Formação Integral — dimensões da pessoa” (mímeo). Pe. Florisvaldo Orlando, cp.
Procura responder ao nosso “como fazer?”. É preparar-se para a ação
de planejar, executar, revisar, criar, encantar, festejar, seja na vida pessoal, na formação,
na participação, na coordenação ou na organização da vida e do trabalho.
Todas essas dimensões são mediadas pela arte, pela beleza, pelo lúdico, com
a transversalidade da ecologia, da comunicação e da atuação em rede. O lugar
privilegiado para trabalhar as dimensões é o dia-a-dia do grupo de jovens. Um dos
segredos, porém, para se viver e trabalhar as dimensões em passos crescentes é a
maneira como as reuniões, encontros e assembléias são preparados. A grande “sacada”
é saber garantir em cada oração, reflexão e estudo, espaços para que os jovens possam
viver cada uma destas etapas, ou seja, que ele/a pense na sua pessoa, nas suas relações,
que ele/a se comprometa e tenha esperança, reforce sua fé e, finalmente, que seja
capaz de adquirir e trabalhar suas potencialidades e dons.

Vidas pela vida, vidas pelo R* ■


Todas as nossas vidas c o T /
Cn-n, •! ’ a sua vida
Como a nda d ’Ele o mártir/aui...
Pedro Casaldáliga

A espiritualidade é o que nos alimenta e nos dá vida. É o sopro de Deus que


age em nosso ser. Todos têm, pela escolha de Deus, um espírito que nos anima. Essa
espiritualidade6 necessita ser alimentada no dia a dia e no contato íntimo com Deus
através da Palavra, que nos leva a nos comprometermos com o outro e a outra, com
a comunidade e com a transformação de tudo que é contrário ao que Deus quer.
Por isso, dizemos que a espiritualidade da Pastoral da Juventude7 é:
1. Cristocêntrica —centrada em Jesus, amigo companheiro de caminhada.
2. M ariana - Maria se compromete com o projeto de Deus. É exemplo
fidelidade, disponibilidade, entrega.
3. Comunitária e eclesial- É no grupo e comunidade que o jovem se identifica,
partilha suas experiências e sonhos.
4. Lèiga e Missionária - A presença do espírito nos grupos e comunidades
instiga o jovem a servir os outros e a descobrir sua vocação missionária.

6 Coleção co m o fazer P JB n° 1 - O que falta para seu Grupo de Jovens? Ação? Formação? Espiritualidade?
7 Ser Pejoteiro - Pastoral da Juventude D iocese de Rio Preto.
5. Encarnada e libertadora - O
filho de Deus se encarna na
realidade humana. Tem uma
ligação de fé e vida. Tal
presença é ativa e efetiva
lutando pela libertação.
6. O rante - Valoriza os
momentos de oração pessoal
e comunitária. A liturgia e as
celebrações expressam a
espiritualidade que nos
alimenta e anima.
7. Celebrativa - A alegria da
juventude manifesta-se na
celebração da vida e do
Espírito como festa inspirada na vitória pascal. A realização de encontros,
festas, liturgia, caminhadas, entre outros, são momentos de viver o Deus-
felicidade que nos anima e revigora para a ação concreta.
\

A Teologia da Libertação é a nossa referência na fundamentação da fé e no


compromisso de luta e pé no chão. Nossa opção é por uma espiritualidade da
libertação e da opção da Igreja pelos pobres. Podemos dizer, por isso, que a
espiritualidade da Pastoral da Juventude é uma espiritualidade da alegria e anúncio
de Jesus da vida, com a cara e o jeito da juventude. Por isso, necessitamos investir na
nossa formação espiritual, participando e realizando momentos de estudo da palavra,
escolas bíblicas e litúrgicas e conhecimento do Ofício Divino das Comunidades e
da Leitura Orante, para cultivar uma espiritualidade inculturada e ecumênica.

2 .4 m ÍR O JE T O DE VIDA A SEGUIR.
AJbano Trinks

A correria do dia-a-dia faz com que tenhamos dificuldade em prestar atenção


aos ritmos de nossa vida para conseguir vencer a jornada. É necessário refletir sobre
como anda a rotina para melhor cuidar da vida, das relações e do mundo; prestar a
devida atenção a minha pessoa, a minhas rotinas e a minhas relações.
Todos são chamados e escolhidos por Deus para a vida plena. Quando Ele
nos chama, já nos dá os dons e as potencialidades para realizar a missão. O chamado
é o que nos leva a assumir a nossa vocação.
Refletir, pensar e encontrar as respostas a essas perguntas é planejar a vida. O que
possibilita dizer que temos um “Projeto Pessoal de Vida”, mas não desejamos ter
um projeto só por causa do nosso próprio egoísmo, mas para que o nosso ser esteja
em harmonia, para que a pessoa possa, de fato, ir ao encontro do outro/a, dos
pobres mais necessitados e que se comprometa com as transformações sociais para
realizar, aqui e agora, os sinais do Reino de Deus.

FAZER. P A S T O R A t
2 .5 J E íT O DE
A coisa não está nem na
nem na partida está é na travessia
Guimarães Rosa

Fazemos a opção metodológica pelo Planejamento Pastoral, pela Leitura


Orante da Bíblia e pelo Método da Ação Católica conhecido como “Ver-Julgar-
Agir”, acrescido pelo “Revisar” e “Celebrar”. É um método que parte da realidade
concreta, conhecida, articulada (coletiva ou pessoal) da vida, da prática concreta
para depois confrontar suas conclusões, com a teoria, a doutrina. Esta metodologia
ajuda a teoria a adaptar-se à realidade dos fatos.
Dentro da vivência deste método destacam-se cinco passos:
1 ) 0 ver, como tomada de consciência da realidade a partir de fatos concretos
da vida cotidiana, buscando suas causai, os conflitos e as conseqüências que se podem
prever para o futuro. Tem como finalidade uma visão mais ampla, profunda e globa.
2) O julgar que é a análise dos fatos da realidade e da caminhada a par
dos ensinamentos da fé, de documentos da Igreja e das ciências sociais. Possibi
tomar consciência das estruturas'injustas da sociedade e das posturas frente à mesma.
3) O agir que é o momento de concretizar, numa ação transformadora, o
que se compreendeu acerca da realidade. É o compromisso e a prática. São as decisões
quanto ao futuro. Parte das necessidades das pessoas é a busca por atacar as raízes
dos problemas. Faz com que todos participem.
4) O revisar, que é o ato de avaliação. Trata-se de verificar o grau dè
cumprimento dos objetivos e a forma de assumir responsabilidades, de avaliar o
processo, de se perguntar pelas conseqüências das ações realizadas e de encontrar
formas para avaliar os avanços, superar as dificuldades e continuar avançando.
5) o celebrar é o momento de festejar e comemorar o processo,
descobrimento da realidade pessoal e social, o encontro e o compromisso pela
transformação da realidade. Celebram-se as vitórias, as conquistas e os fracassos, as
alegrias e as tristezas, as angústias e as esperanças, a vida do grupo, a penitência e a
conversão, a união e a organização.
Todo arfísta ter»
De ir a onde o povo está...
Aiiíton Nascimento
FO RM A ÇÃO 8

As Pastorais da Juventude do Brasil se orientam pelo Plano Trienal


elaborado a cada assembléia. Ele visa desencadear um processo formativo que
integre a ação pastoral a partir de uma organização que torne os/as jovens
protagonistas da sua caminhada e a uma espiritualidade mais encarnada. A PJ
se encarna, também, neste compromisso. Muitos regionais, contudo, além disso,
têm elaborado seu próprio projeto de formação, alguns em parceria com outras
astorais e movimentos, institutos pastorais e sociais, tais como: Instituto Pastoral
egional - CNBB Norte 2 (IPAR), Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
IBRADES), Casa da Juventude Pe. Burnier (CAJU), Instituto de Pastoral de
Juventude - Leste 2 (IPJ/L2), Instituto de Pastoral da Juventude (IPJ/Canoas)
e etc.
Os Centros e Institutos de Juventude que se organizam em Rede, possuem
algumas iniciativas de formação para aprofundar temas como: cidadania, afetividade
e sexualidade, gênero, metodologia, políticas públicas. Contribuem, também, através
de publicações de subsídios e na formação de coordenadores/as e assessores/as.
Essa caminhada contribui para opção pelos jovens e pelos pobres e na
formação de jovens preparados/as, a partir dos valores evangélicos em suas relações
consigo mesmos/as, com os/as' outros/as, com a natureza e com a sociedade.

AÇÃO
As ações apresentadas pelos/as jovens são desenvolvidas nas
comunidades, em níveis diocesanos e regionais. A PJ vem descobrindo o valor
das parcerias, pois alguns trabalhos estão integrados com a Catequese de
Crisma, Pastoral Vocacional, Equipes Missionárias, Pastorais Sociais e
Movimentos Eclesiais e Sociais.
São realizados grandes eventos de animação e mobilização juvenil, tais como:
Romaria da Juventude, Jornada da Confiança, Acampamento da Juventude e etc.
A PJ tem participado e acompanhado a preparação dos Intereclesiais de
CEB s, as Semanas Sociais Brasileira, o Grito dos/as Excluídos/as e a Campanha
da Fraternidade.
As ações permanentes da PJB são permanentes também para a PJ e têm
sido fortalecidas em todo o Brasil. Pode-se citar o Dia Nacional da Juventude, as
Missões Jovens, o Grito dos/as Excluídos/as, Semana da Cidadania, Semana do/a

8 Vamos fincar nosso pé e fazer a nossa história. Ampliada Nacional da PJ. Plano Trienal da P J 2 0 0 5 a 2 0 0 7 .
Estudante que, em muitos lugares, envolvem
vários grupos em torno de temas relevantes
para a sociedade.
Algumas dioceses e regionais realizam
campanhas em defesa da vida da juventude,
tal como: “A juvejitude quer viver...” com
ênfase nos seguintes temas: saúde e lazer,
trabalho e educação e contra a redução da
maioridade penal.
Cada vez mais os/as jovens se inserem
nos espaços p o lítico s: candidatura,
participação em conselhos e secretarias: de
juventude, antidrogas, tutelares e outros.
Muitos jovens militantes têm se organizado
em redes, tais como: Rede de Jovens do
Nordeste e Rede Minka.

A bíblia, a liturgia e os sacramentos são fontes inesgotáveis do Mistério de


Deus. É preciso garantir uma formação e uma experiência permanente, continuada
e processual que contribua com o fortalecimento da dimensão espiritual do jovem.
Em diversos lugares do país a PJ tem favorecido espaços para a formação bíblico-
litúrgica, missas da juventude, romarias e caminhadas. O uso do Ofício Divino da
Juventude e das Comunidades em retiros, encontros, reuniões e em outras atividades
tem contribuído com a identidade pastoral mais encarnada.

AUTíCULAÇé
Reconhecidamente a PJ é uma das pastorais mais organizadas do país.
Assembléias Regionais contribuem para uma caminhada de unidade com as dioces
Existem, muitas iniciativas para fazer com que a organização da PJ seja me
burocratizada e mais acessível. Podem ser destacadas: número significativo de jovens
liberados no sul, a importância da secretaria em muitos regionais, diálogo com a
Igreja em relação à atuação e missão da Pastoral da Juventude, encontros de
congregações e movimentos eclesiais que trabalham com jovens, apoio da hierarquia
da Igreja em algumas dioceses.
Em alguns lugares foi organizado o Setor Juventude, na tentativa de ter uma
caminhada com as demais PJ's e alguns movimentos, que trabalham com os jovens.
3.1 0 M JN l)0

Temos mil razões para viver.


Dom HeJder Câmara

São cinco os projetos que a Pastoral da Juventude assume visando colaborar


a transformação da realidade.

A Juventude quer viver...


O projeto nasceu da Campanha “A Juventude quer viver”, da Casa da
Juventude de Goiânia e foi ampliada, em nível nacional, e assumida pela organização
da Pastoral da Juventude como um projeto. Essa campanha tem como tarefa
posicionar-se publicamente sobre alguns temas que afetam diretamente a vida da
juventude, utilizando todos os recursos visuais e pedagógicos (panfletos, cartazes,
textos, debates), de modo a mobilizar a juventude para refletir, manifestar a sua
opinião e posicionar-se criticamente frente aos temas propostos.
O Projeto “A JUVENTUDE QUER VTVER”, traz luz para responder, com
coragem, ao desafio das realidades sofridas pelos/as jovens tais como: genocídio,
violência, prostituição, drogas e etc. Queremos mobilizar os/as jovens para uma busca
de alternativas que gerem vida. Por esses motivos é tarefa fundamental da Pastoral da
Juventude oferecer subsídios para ajudar nas reflexões das temáticas que envolvem a
defesa da vida da juventude. Preparando jovens para acompanhar, propor e participar
dos espaços de definição de políticas públicas de juventude e do controle social.
É necessário a integração da Pastoral daJuventude em redes de defesa das questões
da vida da juventude junto aos/as candidatos/as a cargo público e aos eleitos/as. A busca
de alternativa de vida para a sustentabilidade e o protagonismo juvenil que envolve
desde a viabilidade econômica mas também as vivências culturais, o lazer e a saúde.

AiJUUís Conhecendo a diversidade da juventude


índígena, ribeirinha, ruraí e quifontlboía
É preciso conhecer a realidade indígena, a realidade dos ribeirinhos, rurais
e quilombolas e outras realidades juvenis, seu modo de viver e ver o mundo para
ampliar nossas reflexões e ações. Isso exige uma convivência para que possamos ter
a possibilidade de construir uma pedagogia que respeite estas realidades. A identidade
cultural destas populações chamadas “tradicionais” enriquecerá a todos nós, pois
fazemos parte da história desses povos. O projeto tem como objetivo despertar na
caminhada da Pastoral da Juventude maior conhecimento da diversidade juvenil,
fortalecendo e revitalizando a resistência e identidade cultural dos/as jovens
envolvidos/as no projeto, para desenvolver uma campanha em favor destas populações
para quebrar com o preconceito mostrando a história desses povos.
O Projeto “AJURI” quer ser uma proposta que contribua na afirmação da
identidade cultural e social dos/as jovens indígenas, quilombolas, ribeirinhos e rurais,
e a construção de uma pedagogia que respeite estas realidades. É urgente o
conhecimento e a valorização da imensa diversidade do bioma brasileira: a Amazônia,
a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal, os Pampas.
A diversidade e a pluralidade juvenil é outro aspecto a sér garantido com o
projeto Ajuri para aproximação, diálogo e troca com os jovens dos povos e
comunidades tradicionais: indígenas, ribeirinhos, quilombolas, ciganos,
comunidades de terreiros, pescadores artesanais, caiçaras, pomeranos, faxinalenses,
pantaneiros, quebradeiras de coco, caboclos, mestiços, agro-estrativistas, seringueiros,
fundos de pastos, para a preservação e reconhecimento de sua cultura, línguas,
costumes e combates às praticas exploratórias.

Mística <Ja construção


Este projeto tem como finalidade capacitar lideranças e grupos para
acompanhar com subsídios, planejamento e assessoria; fortalecer as coordenações
paroquiais, diocesanas e regionais; incentivar a continuidade e a criação de escolas
de bíblia, liturgia e de retiros; ter o Ofício Divino da Juventude como instrumento
de trabalho nas dioceses e grupos; estabelecer parceria com as pastorais: Catequética,
Familiar e Vocacional para um trabalho mais integrado. Há, por parte dos jovens,
grande interesse para as questões relacionadas.à bíblia, à liturgia, à oração, ao Ofício
Divino da Juventude e das Comunidades, e ao Método de Leitura Orante e, também,
muita procura das atividades oferecidas pelos regionais e pela Rede Brasileira dos
Centros e Institutos de Juventude.
Através do Projeto “MÍSTICA DA CONSTRUÇÃO” lançamos um ol
sobre a quantidade de jovens que buscam algo para participar. Em especial aos
jovens da crisma e àqueles/as que manifestam o desejo de aprofundar a vivência
de sua fé. A produção de subsídios que possibilitem aos/as jovens e a assessoria a
vivência de processos em quaisquer grupos que se encontrarem: crisma, Pastoral
da Juventude e outros. Que a juventude seja missionária de outros jovens através
da aproximação, do encontro com outros jovens e com a realidade que permita
ver o diferente e o leve a uma mudança de vida e transformação das situações de
injustiça como lugar da vida comunitária.
É tarefa de todos/as a oferta de espaços de formação da juventude para
provocar a criação de novos grupos de jovens a partir da arte, da cultura, do esporte,
de projetos concretos de ação solidária. Isso será possível com um mutirão de novos
meios de fazer a convocação, integrando as atividades de massa para despertar para
a vida em grupo.

Caminho <!e esperança


Formação <fe ííderes e assessores/as
Este projeto busca estar atento em relação à metodologia, para que haja
espeito à diversidade cultural e às realidades juvenis, buscando inovar com recursos
atualizados e possíveis e com propostas atrativas para os/as jovens e assessores/as.
No Projeto “CAMINHO DE ESPERANÇA”, propomos respostas à ausência de
assessores/as e lideranças que contribuam para um planejamento que concretize e
acompanhe a vivência de um processo de educação na fé.
Será uma tarefa constante a construção de propostas de formação a partir
das dimensões da formação integral, intensificando o estudo sobre planejamento e
acompanhamento dos/as jovens. Neste sentido é necessário fortalecer as parcerias
com a Rede de Centros e Institutos sobre Juventude para um trabalho de reflexão e
elaboração das propostas de formação existentes.

Teías da comunicação
Este projeto tem como proposta criar uma rede de produção e difusão de
idéias e informações, entre as diversas instâncias, sendo um canal democrático e
criativo para fortalecer a caminhada da Pastoral da Juventude na sua relação com a
sociedade, entidades e pessoas (ligadas ou não à PJ) de acordo com o objetivo geral
da Pastoral da Juventude, tendo em vista um novo homem e uma nova mulher.
O funcionamento, com todo seu potencial,'do Projeto “TEIAS DA
COMUNICAÇÃO”, possibilitará responder aos desafios da fàlta de articulação e
informação, de sentido de pertença a uma proposta pastoral, e ao isolamento gerado
pelas distâncias geográficas. É necessário ampliar as formas de divulgar as atividades
e idéias da Pastoral da Juventude nos diversos meios de comunicação social,
intensificando o marketing pastoral como forma de democratizar o acesso dos jovens
a redes de comunicação em âmbito local, estadual e nacional através da comunicação
alternativa: jornais murais, grupos de teatro, programas alternativos de rádio,
dinamizando e criando dados com facilidade de acesso para grupos de jovens, livros,
subsídios, textos, dinâmicas, e tudo o que for produzido e catalogado.
^ a vem <fc ^ e tíf r o
(Jc ^ r 1f r o e J a v ç ftl)

\ ^ Vj y

&
A Pastoral da Juventude, a partir do seu 6 o Encontro, definiu que sua
organização é formada pelos grupos de jovens, pela Ampliada da Pastoral da
Juventude, pelo Encontro Nacional, pela coordenação nacional, pela comissão
nacional de assessores e pela secretaria nacional da PJ. Inseridos na igreja do Brasil,
nossos referenciais em âmbito nacional são o bispo da CNBB encarregado de
acompanhar a evangelização da juventude no Brasil e o encarregado do Setor
Juventude, também da CNBB. A mesma orientação vale para as instâncias dos
Regionais da CNBB.

Grupos de jovens

A Pastoral da Juventude tem


os grupos de jovens como uma opção
político-pedagógica onde a vivência
grupai acontece para a ação
evangelizadora. “Organizamos-nos a
partir dos grupos de jovens, por
acreditar que este é um espaço
privilegiado de valorização do
protagonismo juvenil, da vivência
comunitária e da evangelização. Fator
im portante para o processo de
educação na fé. A reunião do grupo é
um momento im portante e
fundamental na vida do grupo. É no
processo de reunião que o grupo nasce,
cresce e amadurece. A reunião é o
“miolo” da fruta, na formação integral do grupo jovem que entra no processo”
(Criando Grupos de Jovens).
Os grupos de base são grupos que se reúnem freqüentemente para a reflexão.
Comprometem-se na oração e ação. São grupos de vida, onde todos têm (e devem
ter) sua própria maneira de ser.
Não existe um modelo pronto, para ser copiado. O desenvolvimento das
reuniões e encontros possui características diversas em cada lugar e grupo. Enfim, o
grupo é lugar de amizade, de crescimento na fé, de socialização juvenil, de
conhecimento integral de si, do outro/a, da comunidade, da sociedade, do projeto
de vida e da vocação (Plano Trienal da PJ 2005-2007).
Ampliada .Nacional da Pastoral da Juventude

A deliberação de realizar Ampliadas Nacionais aconteceu no 6o Encontro


Nacional, em Cuiabá. Elas ocorrem a cada três anos, logo após o Encontro Nacional,
podendo ser convocadas ampliadas extraordinárias, conforme a necessidade. Essa
reunião tem a participação de delegados/as diocesanos/as escolhidos/as pelas
organizações regionais. É a instância onde acontecem as deliberações, escolhas das
diretrizes para a ação e caminhada. É nela que, também, se reflete a representação
nas coordenações nacionais da PJ e da PJB, além de apontar rumos para a escolha
de assessores e secretaria.
Não se constitui como assembléia, pois tem uma estrutura mais ágil. Porém,
é a instância maior de consulta e deliberação da Pastoral da Juventude Nacional.
Sua coordenação é de responsabilidade da coordenação dos jovens da PJ, juntamente
com seus assessores. Confira abaixo uma síntese das Ampliadas Nacionais:

•Ampliada Nacional de São Luiz do Maranhão. Aconteceu em janeiro de


2001, no regional Nordeste V. Na época ainda chamávamos de “Reunião Ampliada
Nacional”. Hoje o termo “Reunião” foi suprimido.

• Ampliada Nacional de Vila Velha. Foi realizada em janeiro de 2004, no


Espírito Santo, no Regional Leste II. Essa Ampliada foi considerada um marco dentro
da caminhada. Na época vivíamos as discussões em vista da 14a ANPJB, onde ficava
claro que o processo de organização de cada uma das pastorais deveria ser ampliado
em vista de seus grupos de base, revendo o trabalho em conjunto. Assim a Ampliada
de Vila Velha tomou algumas definições por onde se daria a sua caminhada.

• Ampliada Nacional de Salgado. Aconteceu no Sergipe, no regional


nordeste III, em janeiro de 2005. Foi nela que se firmaram as deliberações da
secretaria e da assessoria nacional, acontecendo a eleição das pessoas para esses seriç
e a construção do Plano Trienal. A ampliada aconteceu sob a inspiração do le
“Vamos fincar nosso pé e fazer a nossa história”. Na construção deste plano
Ampliada traça dez (10) metas para serem atingidas até 2010 e cinco (5) projetos
para concretização até o final de 2007: A Juventude quer viver, Caminho de
Esperança, Mística e Construção, Ajuri e Teias de Comunicação.

• Ampliada Nacional de Palmas. Foi realizada de 03 a 06 de janeiro de 2008,


em Palmas no Tocantins, no sub-regional Tocantins (regional Centro-Oeste). Com o
tema: “De Pé no Chão Transformando a História” e iluminação bíblica “Vejam! Eu
vou criar um novo céu e uma nova terra” (Is 65,17a). Buscou construir um plano que
orientasse a caminhada da Pastoral da Juventude nos regionais e dioceses para os
próximos anos. Buscando ainda: proporcionar um espaço de encontro, troca de
experiência, celebração do Deus da Vida, compreendendo os desafios que vivem a
juventude para avançar na articulação, organização, missão e aproximação do mundo
juvenil em vista de projetar os sonhos para a construção de novas possibilidades e
alternativas de evangelização do universo juvenil e resistência na realidade.

Encontro .Nacional da Pastoral da Juventude


A Pastoral da Juventude Nacional realiza seus Encontros Nacionais a cada
três anos, com representação de jovens de todas as dioceses em que hotlver trabalho
articulado de Pastoral da Juventude. Esse é um espaço para troca de experiências,
reflexão da caminhada e apontamentos de pistas para a ação. Sua preparação e
animação são de responsabilidade da coordenação nacional de jovens e assessores.
Cada encontro aponta três cidades para acolher o encontro e a cidade que for
escolhida terá que garantir uma infra-estrutura que possibilite o mesmo.
Os três primeiros Encontros Nacionais foram espaços fundamentais de
pertença a esta pastoral, pois eles ajudaram a refletir e a materializar o rosto
(identidade), percebendo a missão de evangelizadores de jovens protagonistas de
sua história. Confira abaixo uma breve síntese de cada encontro.

• I o Encontro Nacional - Pontalina - GO, janeiro de 1994. Estiveram


presentes nove regionais da CNBB. Como ponto de pauta está o conhecimento
mútuo, o olhar para os grupos de jovens destes regionais, para perceber “quem
somos”, “qual a nossa cara”, “nossa IDENTIDADE”. Definiu-se que somos uma
PJ formada por jovens de diferentes realidades.

•2 oEncontro N acional- Goiânia - GO, julho de 1994. O encontro centrou-


se no resgate da história e situou a discussão em torno da especificidade na PJ do
Brasil. Refletiu-se sobre Identidade e Missão.

•3 o Encontro Nacional - Campo Grande - M S, março de 1995. Ò terceiro


Encontro Nacional foi o último da trilogia, “Quem Somos”. Entre outras motivações
soava forte o grito pela definição da sigla, ou seja, a que melhor refletiria a identidade.
Conclui-se que: P J é o nome que melhor identifica'esta articulação de experiências,
respeitando a caminhada que sefaz nas dioceses e regionais do Brasil. E ainda ressaltou:
“É ao lado das PJ's (PJE, PJR, PJMP) que queremos construir um novo tempo para
a PJ do Brasil, onde a missão nos une como discípulos de Jesus Cristo no serviço aos
jovens, sobretudo os jovens empobrecidos e excluídos”.
• 4 o Encontro Nacional - Divinópolis - MG, julho de 1996. Reuniu 90
pessoas de todos os regionais e teve como objetivo “repensar a articulação da PJ
buscando saídas para uma organização flexível, que respeite a diversidade sendo
integradora e humanizadora”. Foi o encontro “das parteiras e parteiros”, como se
intitularam. A partir das discussões da trilogia dos primeiros três encontros, foi
elaborado um texto oficial sobre Identidade, Missão e Organização.

• 5 o Encontro Nacional - Salvador - BA, janeiro de 1998. PJ teve um


caráter mais de massa, aconteceu em janeiro de 1998, em Salvador — BA. Todos
lembram daquele jornal “Conhecer-se para ser mais!”, que foi direcionado para as
coordenações diocesanas, onde apresentava as grandes discussões sobre a juventude
na pós-modernidade, e, mais uma vez, a identidade da PJ e a Missão e Organização.
O 5o ENPJ também foi o encontro das bandeiras: Educação e Espiritualidade.

• 6 o Encontro Nacional - Cuiabá —MT, janeiro de 2000. Foi momento de


perceber como a PJ estava espalhada pelo Brasil. Através do lema: Somos Jovens!
Anunciamos um novo milênio de esperança, mostra-se o trabalho com a partilha do
Plano Trienal da PJB e fez-se uma missão jovem pelos vários cantos da cidade.
Definiu-se, também, que o próximo encontro teria um caráter com este caráter de
massa, troca de experiência e que entre os encontros nacionais se faria uma Reunião
Ampliada onde esta teria um caráter deliberativo. Reunião Ampliada seria o espaço
dos regionais discutirem e deliberarem as questões referentes à Pastoral. Elaborou-
se também uma carta aos jovens do Brasil, fruto dessa experiência missionária.

• 7 o Encontro Nacional, Ananindeua -


PA, janeiro de 2003. A PJ armou sua
tenda no Pará para refletir: “A Igreja se
fez Jovem”. Foi um momento de olhar
a realidade da juventude, a missão, o
Plano Trienal da PJB e a organização,
importante ressaltar que este fo:
primeiro Encontro Nacional que tev!*C
caráter exclusivamente de partilha.

• 8 o Encontro Nacional, Campinas -


SP, janeiro de 2 0 06 . Foi um espaço
privilegiado de animação, reflexão e
celebração da caminhada, troca de
experiências e estudo entre os/as jovens
das dioceses e regionais de todo o Brasil. Teve como objetivo celebrar os 27 anos de
Puebla, considerando a realidade da juventude e reafirmação da mística para que a
juventude tenha vida e a tenha em ábundância.

• 9o Encontro Nacional, Natal - RN, janeiro de 2009. Com o tema “Ide


construí a civilização do amor” e o lema “Eu vi um novo céu e uma nova terra” (ap.
21,1), possibilitando um amplo olhar sobre a realidade juvenil, a partir dos grupos
de base, do Plano de Ação da Pastoral da Juventude, para a missão, intervenção
ocial e a construção da Civilização do Amor à luz do seguimento a Jesus de Nazaré,
er um espaço de encontro, de troca de experiências dos grupos e vida das lideranças;
efletir sobre os rumos para a caminhada da Pastoral para os próximos anos tendo
em vista seu plano de ação, missão e intervenção social considerando a diversidade
da realidade da juventude brasileira; celebrar o Deus da vida para animar a missão
de construir a Civilização do Amor. Os eixos centrais do encontro: missão e
espiritualidade missionária; realidade juvenil e realidade teológica; projeto de missão
e intervenção pastoral; projeto de vida; políticas públicas e direitos para a juventude.

Coordenação .Nacional da
Pastoral da Juventude - C.NPJ
É composta por um/a jovem de cada regional organizado conforme a CNBB,
composta por 17 regionais. Tem o mandato de dois a três anos, e se reúne duas
vezes ao ano, no intervalo das reuniões da Equipe Nacional da PJB. Seus
representantes devem estar na faixa etária de 17 a 29 anos de idade.
A coordenação jovem tem como papel: ser articuladora, animadora, elo de
ligação da PJ e regionais. É ela que pensa e encaminha as decisões da secretarja, da
Ampliada Nacional, os Encontros Nacionais, a questão financeira, os
encaminhamento das ações conjuntas da PJB e do Setor Juventude. Delibera questões
gerais de comunicação e encontros. É ela também que prepara e encaminha os
Encontros Nacionais. Pensa as questões relativas às juventudes; promover discussões
relativas à organização, elementos pastorais, etc.

Comissão .Nacional de Assessores da


Pastoral da Juventude - CNAPJ
Os assessores que acompanham a comissão nacional de assessores/as são
cinco, escolhidos/as pelos jovens. A comissão procurará, sempre que possível, respeitar
e garantir a presença de uma pessoa das cinco grandes regiões do Brasil que chamamos
de “bloco”: Bloco Norte, Bloco Nordeste, Bloco Leste, Bloco Extremo-Oeste e Bloco
Sul. Os regionais da CNBB que pertencem a estes blocos referendam os escolhidos
que, por sua vez, serão mudados ou confirmados a cada dois anos. Constituem uma
equipe colegiada, não havendo a “figura” do Assessor Nacional.
O papel dos participantes desta Comissão é animar a comissão de jovens a
cumprirem sua função, assessorar a coordenação nacional e a equipe executiva,
prestando um serviço de acompanhamento pessoal e metodológico que possibilite
aos jovens desempenharem sua função. É formuladora de idéias, promovendo
discussões relativas à organização, elementos pastorais, etc.
Os participantes da comissão são responsáveis pelo acompanhamento dos
demais assessores regionais, oferecendo espaços de formação para assessores e as
coordenações jovens. Cabe-lhes, igualmente, serem elo, proporcionando a troca de
experiências entre os regionais e promover a articulação dos demais regionais. Além
disso, cabe a esta comissão a reflexão, produção de subsídios, o acompanhamento à
formação de assessores e sua articulação, bem como o estabelecimento de relações
com grupos eclesiais e organizações sociais.

Secretaria Nacional de Pastoral da Juventude

A secretaria deve ser referência, a partir da liberação de um/a jovem para


facilitar o serviço de comunicação com as coordenações, assessores, dioceses, regionais
e parcerias.
Para a Secretaria Nacional a escolha se dá respeitando os seguintes critérios:
a) idade: 17 a 29 anos; b) ser escolhida na instância máxima de deliberação, bem
com o tempo de mandato; c) disponibilidade de tempo integral; d) ter
disponibilidade de moradia na cidade em que está situada a secretaria; e) ter uma
breve apresentação, com uma carta do bispo que acompanha. A indicação de nomes
deverá dar-se dentro dos prazos estabelecidos pela coordenação e assessoria.
Os nomes serão definidos seguindo os passos de apresentação dos nomes
para a Comissão Episcopal para o Laicato, divulgação dos/as candidatos/as nas listas
e regionais e depois eleição final na reunião da coordenação ou Ampliada Nacional.
A secretaria terá uma estrutura para facilitar o serviço comunicação com
coordenações, assessores, dioceses, regionais e parcerias, cabendo-lhe como funç
elaborar relatórios; encaminhar documentos; manter arquivo organizado;
encaminhar infra-estrutura das reuniões nacionais; administrar os bens e recursos
financeiros da secretaria; estar presente nos eventos nacionais e nas reuniões da CN;
ser responsável pela comunicação da PJ Nacional.
Susfenfafejlidade <Ja ação

Está estabelecido, até então, que cada regional assumirá os custos com
passagens e estadia de seu representante na Coordenação Nacional da PJ (CNPJ). A
CNPJ deverá pensar e elaborar um projeto financeiro para sustentação da
organização; pensar campanhas financeiras mais localizadas; descentralizar as reuniões
da CNPJ —rodízio nos regionais.
*. Dar o máximo.
Tralbalfoar sempre com a alma.
E com toda a alma.
Q u e s e 'ate de conduzir “as estrelas uma nave
espacial ou fazer a ponta de um lápis.
ara
Para concluir, ressaltamos que, frente aos modelos que a sociedade neoliberâl
tem oferecido aos jovens e que nem sempre vão de encontro à proposta da Pastoral
da Juventude de tornar os jovens protagonistas e comprometidos com o projeto de
Jesus Cristo, a Pastoral da Juventude ainda é um dos modelos de resistência ao
consumismo, ao individualismo e a injustiça social.
Ela acredita no potencial da juventude. São muitos os sonhos ainda por
construir para melhor se aproximar da juventude, com uma mística que valorize o
outro e o meio ambiente, a igreja, com uma linguagem jovem e clara, através de
ma simbologia rica em suas expressões.
Por tudo isso e muito mais, damos nossos parabéns a todos e todas
que de uma forma ou de outra vem contribuindo para que a Pastoral da
Juventude continue com seu papel histórico de preparar pessoas realizadas e
felizes, sinal do Reino de Deus.
O resultado que temos aqui é uma parte do registro de toda a riqueza q
é a Pastoral da Juventude, que necessitaria de complementos e revisão ao longo da
caminhada. É o testemunho de milhares de jovens que espalhados por este chão
constroem suas vidas no seguimento a Jesus Cristo.
CRÉDITOS

Hevísão e colalboraçãos
Antonio Alberto da Costa Pimentel, Elen Linth Marques Dantas, Francisco
Ernandes Arcanjo, Jonas Camargo Eugênio, José Hilton Alves de Sousa, Julio
Mendes de Assis, Pedro Caixeta Cabral, Reginaldo Souza Rosa, Zeny Pereira
Pinheiro, Raimundo Medeiros, Francigerle Mesquita, Elis Sousa dos Santos, Fábio
José, Clivonei Roberto, Roberta Agustinho, Luiz Fernando Rodrigues, Janaína
de Oliveira, Cláudio Johnson Pereira Alves, Cristiana Aparecida de Matos Silva,
Elsie Auzier Vinhote, Eniváldo João de Oliveira, Hildete Emanuele Nogueira de
Souza, Hugo Leonnardo Cassimiro, Iaura Lima Nascimento, Lorena Carla, Magali
Aparecida Pereira, Marinete Luzia Francisca de Souza, Renato Souza de Almeida,
Carmem Lúcia Teixeira, Geraldo Paulo Pires, Raquel Pulita, Lourival Rodrigues
da Silva, Pe. Carlos Sávio, Sandro Hilário, Renato Barbosa da Silva, Pe. Gisley
Azevedo, Edney Santos, Aparecida Montana, Carlos Alberto Marinho, Ângela
Maria Ferreira da Silva.

C onfafoss

Pastoral da Juventude - PJ - Secretaria Nacional


Avenida 85, 1440 - Setor Marista
CEP: 74.160-010 - Goiânia/ GO
Tel.: (62) 9622 8480
comunica.pj@gmail.com - www.pj.org.br

Setor Juventude - CNBB


SE/Sul - Q. 801 - Conjunto B
CEP: 70.401-900 - Brasília/DF
Tel.: (61) 2103 8341 ou 2103 8300
juventude@cnbb.org.br - www.cnbb.org.br
Heáe Brasaíeíra d t C tnfros e
fnsfjfufos d t Juvtrifude
CAJU - Casa da Juventude Pe. Burnier
1 I aAvenida, 953 - Cx. Postal 944 - Setor Universitário - 74605-060 - Goiânia/GO
(62) 4009 0339 - Fax: (62) 4009 0315
caju@casadajuventude.org.br - www.casadajuventude.org.br

CCJ - Centro de Capacitação da Juventude


ua Bispo Eugênio Demazenod, 463-A - V. Alpina - 03206-040 - São Paulo/SP
Tel./fax: (11) 2917 1425
ccj-sp@uol.com.br - www.ccj.org.br

Centro de Pastoral de Juventude Anchietanum


Rua Apinagés, 2033 - Sumarezinho - 01258-001 - São Paulo/SP
Tel.: (11) 3862 0342
cpj@anchietanum.com.br - www.anchietanum.com.br

Centro Pastoral Santa Fé


Via Anhanguera, s/n° - Km 25,5 - Cx. Postal: 46827 - Perus - 05276-000 - São Paulo/SP
Tel.: (11) 3916 6200 ou 3911 0191
pastoral@zaz.com.br - www.pastoralsantafe.com.br

Instituto de Formação Juvenil do Maranhão


Praça Gonçalves Dias, 288, Centro - 65060-240 - São Luís/MA
Tel.: (98) 3221 1841
ifjuvenil_ma@yahoo.com.br

Instituto de Pastoral de Juventude Leste 2


Rua São Paulo, 818, 12° andar - sala 1203 - 30170rl31 - Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 2515 5756 - Fax: (31) 2515 5453
ipjlesteii@yahoo.com.br - www.ipjleste2.org.br

Instituto de Pastoral de Juventude


Rua Alegrete, 400 - Bairro Niterói - 92120-170 - Canoas/RS
Tel.: (51) 3428 4993
ipj@ipjrs.org.br - www.ipjrs.org.br v

Instituto Paulista da Juventude


Av. Celso Garcia, n° 3770, sala 24 - Tatuapé - 03064-000 - São Paulo/SP
Tel.: (11) 3571 8580 ou 9826 8213 ou 8176 5707,
institutopaulistadejuventude@yahoo.com.br - www.ipejota.org.br
■I ^ * I 1 a
Trilha Cidadã
Rua Rio Paraguaçu, 220 - Bairro Arroio da Manteiga - 93145-580 - São Leopoldo/RS
Tel./Fax: (51)3568 7451
trilhacidada@trilhacidada.org.br —www.trilhacidada.org.br

Centros Maristas de Pastoral

Belo Horizonte
Rua Aymoré, 2480, 2o andar - Bairro de Lourdes - 30140-072 - Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 2129 9000
cpastoralbh@ubee-marista.com.br - www.marista.org.br
I'
Colatina
Avenida Champagnat, 225 - 29.707-100 - Colatina/ES
Tel.: (27) 3722 4674
cpastoralcola@marista.edu.br

Montes Claros
Rua Pe. Champagant, 81 - Roxo Verde - 39.400-367 - Montes Claros/MG
Tel.: (38) 3223 6621
cmpmoc@marista.edu.br

Palmas
504 Sul, Alameda 9, Lote 9 - 77.130-400 - Palmas/TO
Tel.: (63) 3214 5878
cmppalmas@marista.edu.br

São Vicente de Minas


Rua São Vicente Ferrer, 610 - 37.370-000 - São Vicente de Minas/MG
Tel.: (35) 3323 1405
cmpsvicente@marista.edu.br

Natal
Rua José de Alencar, 809, Cidade Alta - 59025-140 - Natal/RN
Tel.: (84) 3221 2298 ou 4009 5035 ou 8882 2250
cmp.natal@marista.edu.br - www.cmpnatal.com.br
CCJ - Centro de Capacitação da Juventude
(§) Rua Bispo Eugênio Demazenod, 463-A
CEP: 03206-040 - Vila Alpina
São Paulo - SP - Brasil
www.ccj.org.br e-mail: ccj-sp@uol.com.br
Tel/fax: (11) 2 9 1 7 . 1 4 2 5
A Pastoral da Juventude Nacional (PJ) há alguns anos
'vem sentindo a necessidade de registrar e organizar toda a .
Sua ação em um documento único que traga parte de sua história,
seu projeto de evangelização junto aos adolescentes e jovens e,
também, as orientações que demarcam o seu jeito de atuar.
Este documento tem a finalidade de reunir as reflexões
acumuladas ao longo dos anos. Mais que um documento, quer
servir de pistas a serem usadas por suas coordenações e lideranças
em vários níveis: nacional, regional, diocesano e, principalmente,
nos encontros de formação e articulação da caminhada. Ele é
resultado de reflexões e discussões sobre a ação da Pastoral da
Juventude e vem sendo construído há algum tempo.
Neste caminho recebeu o apelido carinhoso de “O Corpo”,
que originou da idéia de se juntar às diversas reflexões da
PJ e dar um corpo a essas proposições. Esperamos que
“O Corpo” sirva de instrumento e traga luzes para a ação
evangelizadora neste Brasil que têm adolescentes e jovens sedentos
e carentes da Palavra de Deus, de acolhida e atuação
como sujeitos autônomos/as. *

ISBN 9 7 8 -8 5 -8 6 7 8 5 -3 4 -4

Centro de
w Capacitação
da Juventude

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