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UNIÃO NORTE BRASILEIRA

Rodovia Mario Covas, 400


Ananindeua - Pará
CEP: 67115-000
(91) 3214-4500

EDITORIAL
Pr. Daniel Carvalho

PROJETO GRÁFICO
Luz Sousa
Tiago Costa

Impresso no Brasil
Edição 2023
APRESENTAÇÃO 4
Áreas de atuação do Ministério Pessoal 6
Frentes Missionárias
Duplas Missionárias
Classes Bíblicas
Pequenos Grupos
Discipulado Crescendo em Cristo
Semana Santa
Sábado Missionário
Domingos Evangelísticos
Evangelismo de Colheita

Elaborando o planejamento missionário da igreja 23


A Necessidade de um Plano Missionário
Planejamento: identificando as metas
Ação: executando as metas

SERMÕES MISSIONÁRIOS 32
01| Janeiro | Unidos e Envolvidos na Missão 33
02| Fevereiro | Integração UA e PG 37
03| Março | Restaurados e Resgatados 42
04| Abril | A Grande Comissão 47
05| Maio | Envolvimento Pessoal 53
06| Junho | Caracteristicas da Mulher Missionária 57
07| Julho | 03 Etapas da Vida de Jonas 61
08| Agosto | Serviço e Missão 65
09| Setembro | Seguirei Seus Passos 69
10| Outubro | A Missão do Remanescente 73
11| Novembro | Manifestando a Glória de Deus 76
12| Dezembro | Pescadores de Homens 82

DICAS DE LEITURA • 85

ANEXO I • Envolvimento Missionário dos Membros 87


V
ocê se definiria como alguém que costuma
se envolver nos projetos, nas equipes, nos

APRESENTAÇÃO
desafios, nos relacionamentos, ou estaria
mais para alguém tipo, “quanto menos me envolver,
melhor”?

Em nossos dias, muitas pessoas falam, mas não


dialogam, olham mas não enxergam, ouvem mas não
escutam; até chegam a tocar mas não conseguem
sentir. Elas estão próximas, se veem e até passam
algum tempo juntas mas não querem ultrapassar
a linha limite, pois ir além dela, seria ENVOLVER-SE
demais.

Quando estamos envolvidos somos capazes de


dialogar, de enxergar, de escutar, de sentir. Quanto
mais conheço alguém, mais me envolvo e quanto
mais me envolvo mais me importo. Assim acontece
nas verdadeiras amizades ou mesmo no interesse
desprendido àquele que até pouco tempo era um
estranho. O envolvimento com nossos pais, irmãos,
cônjuge e filhos nos faz demonstrar um interesse
que muitas vezes rompe até a barreira do egoísmo.

Então, se você não quer se COMPROMETER é


simples; basta não se ENVOLVER.

Essa realidade pode ser percebida não somente


nos relacionamentos entre as pessoas, mas também
e com maior abrangência no relacionamento entre
Deus e o ser humano.

A bíblia declara que Deus se fez carne e habitou


entre nós. Ele se misturou, se ENVOLVEU, conheceu
cada detalhe da complexidade humana e por fim se
entregou na cruz por amor. Era parte do plano de
Deus, ENVOLVER-SE com a humanidade.
Quando olhamos para o grande exemplo de Jesus,
podemos nos perguntar: o que Ele espera de mim? A resposta
é Simples: ENVOLVIMENTO. Primeiro preciso me envolver
com Ele para conhece-lo melhor, para amá-lo mais; para servi-
lo aonde for. Depois, preciso me envolver com a missão que Ele
deixou. Afinal, estar envolvido com a missão e com o Senhor
da missão me levará a amar meu semelhante, atender suas
necessidades, sofrer com suas dores, sorrir com suas vitórias e
vibrar com sua decisão por Jesus.

O chamado de Jesus é pessoal, é individual; é para cada


pessoa, é para todo o crente. É para a criança e para o idoso,
para o jovem e para o mais experiente, é para o que começou
a seguir a Jesus e para o que sempre andou com ele, é para
o líder e para o membro; para o pastor e para a ovelha. O
chamado é para todos pois o sonho de Deus é ter TODOS
ENVOLVIDOS NA MISSÃO.

Quando houver envolvimento, a missão deixará de ser


dos discípulos ou da igreja e passará a ser minha, afinal,
como diz Ellen White, “O Cristo confia a Seus seguidores
uma obra individual — uma obra que não pode ser feita
por procuração. O anunciar o evangelho aos perdidos, não
deve ser deixado a comissões ou caridade organizada. [...]
Responsabilidade Individual, Individual esforço e sacrifício
Pessoal são exigências evangélicas” SC, p. 8.

O Sonho de Deus para sua igreja, para sua família e para


você pode ser resumido em tres letras, ou em uma palabra –
TEM – Todos Envolvidos na Missão. Oro para que voce aceite
o chamado e como Isaías diga: “Eis-me aquí, envia-me aquí”.

Pr. Daniel Carvalho


Ministério Pessoal | UNB
1 CONHECENDO AS
ÁREAS
DE ATUAÇÃO
DO MINISTÉRIO
PESSOAL
FRENTES
MISSIONÁRIAS
As frentes missionárias são estratégias usadas para alcançar pessoas para Cristo.
Entre as diversas frentes usadas pela igreja, para propagar o Evangelho, duas têm se
destacado – as duplas missionárias e as classes bíblicas. A seguir, apresentamos uma
breve descrição dessas estratégias que estão especialmente sob a responsabilidade
do Ministério Pessoal:

DUPLAS
MISSIONÁRIAS
Fundamentação bíblica: A evangelização através de duplas tem sólida base
bíblica. Seguem alguns exemplos bíblicos de duplas formadas para fins missionários:

• Os apóstolos (Mc 6:7)


• Os setenta discípulos (Lc 10:1)
• Pedro e João (At 3:1)
• Paulo e Barnabé (At 13:2)
• Judas e Silas (At 17:1-4)
• Áquila e Priscila (At 18:18)

Um princípio importante presente na metodologia das duplas missionárias é o


de que a evangelização é mais bem-sucedida quando é resultado de um trabalho
conjunto. Ellen White declara que “nenhum foi mandado sozinho, mas irmão em
companhia de irmão, amigo ao lado de amigo” (O Desejado de Todas as Nações, p.
350). Percebemos, ainda, que essa estratégia possibilita a um cristão inexperiente a
oportunidade de se unir a um irmão experiente a fim de aprender, na prática, como
alcançar pessoas para Cristo. Assim, vemos na estrutura evangelizadora das duplas,
também, uma estratégia simples e eficaz de discipulado.

ORIENTAÇÃO PARA FORMAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS DUPLAS:

1. Podem ser formadas nos Pequenos Grupos e Unidades da Escola


Sabatina;
2. Devem participar dos treinamentos oferecidos pela Associação/
Missão ou igreja local;

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 7


3. Devem ser estimuladas a buscarem aperfeiçoamento por meio do
estudo de bons livros sobre técnicas de ensino, persuasão, apelos, etc;
4. Devem ser munidas de materiais necessários para o seu trabalho,
como Bíblias, estudos bíblicos, folhetos, etc;
5. Pode-se definir um território específico para as duplas trabalharem;
mas o melhor é que elas trabalhem especialmente com amigos e
familiares não adventistas;
6. Cada igreja deve ter um Coordenador de Interessados ligado ao
Ministério Pessoal da igreja, o qual vai cadastrar cada dupla e os
interessados que estão discipulando;
7. Cada igreja pode fazer uma Celebração de Duplas Missionárias,
onde pode haver testemunhos e batismos, com a dupla prestigiando o
momento do batismo de seu candidato dentro do tanque.

TRABALHO DA DUPLA: as três atividades principais de uma dupla missionária


são: (1) oração intercessora pelos interessados; (2) visitação aos interessados para
oferecer encorajamento e desenvolver amizade e (3) dar estudos bíblicos. Cada dupla
deve ter um sonho: trazer pessoas à Cristo através da evangelização. Por isso, um
alvo sugestivo é que se estude a Bíblia com, pelo menos, 4 pessoas por trimestre.
Em média a cada 4 estudos ou 4 pessoas estudando, ocorre um batismo. Os novos
membros batizados devem ser inseridos na Classe de Discipulado Crescendo em
Cristo e em algum Pequeno Grupo (PG).

CLASSES
BÍBLICAS
O QUE É?
É uma classe de estudos da Bíblia que tem por objetivo instruir as pessoas nas
doutrinas e prepará-las para o batismo.

COMO DEVE SER ORGANIZADA?

1. Escolher o instrutor e o associado;


2. Estabelecer a equipe para ajudar na recepção e visitação dos alunos;
3. Escolher o melhor local da igreja;
4. Definir dia, local e horário das reuniões;
5. Fazer uma ampla promoção em todas as reuniões da igreja; anunciar
no boletim da igreja; no mural com um cartaz e em outros possíveis

8 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


meios de comunicação da igreja.
6. Enviar convites pelas mídias sociais da igreja.
ONDE PODE ACONTECER?

• Na Escola Sabatina, organizando uma classe para os amigos;


• No Clube de Desbravadores e Aventureiros;
• Na ASA (Ação Solidária Adventista);
• Na casa do interessado com seus familiares, amigos e vizinhos;
• Na Escola Adventista para pais e alunos

MATERIAL DE APOIO

• Músicas para o momento de louvor;


• Controle de Presença dos interessados;
• Estudos Bíblicos, Bíblia e canetas para os alunos responderem as
perguntas;
• TV ou vídeo projetor.

PROGRAMA SUGESTIVO

• Recepção
• Confraternização
• Chamada (pode ser audível ou não)
• Momento de louvor
• Oração
• Recapitulação do tema anterior
• Estudo do tema atual
• Apelo
• Anúncio do tema da próxima semana
• Oração final

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 9


DICA: em alguns momentos é interessante ter algum lanche para
confraternização do grupo. Isso pode acontecer após o término da classe ou
no seu início. Pode também ser promovido um momento social fora do local
e horário regular de reunião da classe. Essa é uma boa oportunidade para
aprofundar relacionamentos.

PEQUENOS
GRUPOS

O QUE É?
Um grupo que tem em média de 3 a 15 pessoas e se encontra semanalmente.

Tendo como objetivo a integração dos PG’s às Unidades de Ação, os encontros


semanais acontecerão nos lares e na igreja para fortalecer o propósito da comunhão,
do relacionamento e da missão dentro de uma visão de pastoreio.

FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA
A Bíblia apresenta uma sólida fundamentação para viver em comunidade.
Vejamos quatro aspectos teológicos que se destacam:

1. Deus existe em comunidade. Ele sempre existiu e existirá como três pessoas
divinas. A Bíblia diz que fomos criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26).
Dessa maneira, como Deus vive em comunidade na Sua esfera, nós devemos
refletir Sua imagem, desfrutando da comunidade em nossa esfera humana. Fomos
projetados por Deus para viver em comunidade (Gn 2:18).

2. Jesus viveu em comunidade. Ao ler os Evangelhos, fica claro que o Senhor


Jesus valorizava relacionamentos e que os eventos importantes de Sua vida ocorreram
em algum contexto de comunidade. Marcos 3:13-14, por exemplo, afirma que por
três anos e meio, Jesus viveu com doze discípulos que formavam a Sua comunidade
especial.

3. A igreja apostólica viveu e cresceu em comunidade. De acordo com Atos


2:46 e 5:42, a igreja apostólica expressava sua adoração no templo (grupo grande)
e nas casas (grupo pequeno). Atos 2:44-47 revela em detalhes o estilo de vida
comunitário da igreja primitiva:

10 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


a. Eles tinham comunhão uns com os outros (v. 46);
b. Eles eram discipulados e cresciam espiritualmente (v. 42);
c. Eles ministravam uns aos outros (v. 45);
d. Eles adoravam a Deus (vs. 42 e 47);
e. Eles evangelizavam os perdidos (v. 47).

4. Jesus orou para que seus discípulos vivessem em comunidade. João 17


apresenta o argumento teológico a favor do estilo de vida em comunidade. Aqui,
Jesus revela o ideal divino para Seus filhos – que todos sejam um!

INTEGRAÇÃO PEQUENO GRUPO E UNIDADE DE AÇÃO DA ESCOLA


SABATINA

Os PGs e as unidades da Escola Sabatina são essenciais para a edificação


espiritual, relacional e missionária da igreja. Assim, há vantagens consideráveis
quando integramos estas duas estruturas:

1. Unificação dos grupos: o grupo de irmãos que se reúne na sexta (ou outro
dia que seu PG atuar) será a unidade de ação no sábado de manhã. Isso é positivo,
pois, as pessoas já se conhecem, já têm afinidade e possuem o aspecto relacional.

2. Senso de comunidade: com a integração, teremos semanalmente dois


encontros, proporcionando maiores condições dos membros estarem juntos para
orar, estudar a Bíblia e se confraternizar.

3. Pastoreio: solicitamos, tanto ao líder de PG como ao professor da unidade,


que visitem seus membros. Pedimos a mesma coisa para pessoas diferentes. Com
a integração, teremos a visita coordenada por uma pessoa apenas. Assim, fica mais
fácil para os membros saberem quem é o seu líder imediato.

4. Planejamento: o PG e a unidade precisam ter um planejamento trimestral


(atividades sociais, evangelísticas, espirituais, etc.). Com o grupo se encontrando
duas vezes na semana há maior facilidade no planejamento e execução das atividades
trimestrais.

É importante destacar que a integração precisa ser discutida com espírito de


oração e deve ser planejada pelo pastor, anciãos, coordenador de PG e diretores
do Ministério Pessoal e Escola Sabatina. Salientamos que a Integração PG e
Unidade de Ação poderá acontecer de maneira distinta em cada realidade devido
as singularidades dos lugares, igrejas e pessoas. Também reconhecemos que ao
passo que muitas igrejas já estejam 80% ou 100% integradas, outras ainda estão

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 11


no inicio do processo e reiteramos que cada igreja com sua liderança deve dar um
passo após o outro a medida que vão percebendo os benefícios da integração pois o
fundamental é que cada membro desfrute dos benefícios da comunidade e isso não
pode faltar na vida da igreja. Certamente são inúmeras as vantagens de integrar PGs
e unidades de ação, e com oração e entendimento chegaremos lá.

CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO PG:

• Tamanho pequeno: os PGs devem ter um tamanho suficiente


para cada pessoa poder participar e desfrutar da intimidade no
relacionamento com os irmãos.
• Regularidade: integrados nas Unidades de Ação poderão ter encontro
na igreja e nos lares.
• Alcance: além das reuniões na Unidade de Ação no sábado pela
manhã, os PGs também reúnem-se fora do prédio da igreja para
alcançar as pessoas onde elas estão.
• Comunhão: os PGs oferecem crescimento espiritual para seus
participantes mediante o estudo relacional e prático da Bíblia.
• Relacionamento: as pessoas estão desejosas por relacionamentos, e
os PGs oferecem comunhão íntima.
• Missão: o evangelismo deve ser prioridade para os PGs.
• Multiplicação: o objetivo do PG deve ser preparar o próximo líder
para dar continuidade ao processo por meio da multiplicação.
• Discipulado: este é o objetivo final do PG. Fazer discípulos que, por
sua vez, façam outros discípulos, e assim cumpram o IDE de Jesus.

COMO ESTABELECER E MANTER OS PGS

Os PGs só podem existir quando há líderes dispostos e preparados para conduzi-


los. Assim, a formação de líderes com visão discipuladora é fundamental. Seguem
três estratégias para formação de líderes:

1. PG Protótipo: escola teórico-prática de formação de líderes de PG, conduzida


preferencialmente pelo pastor. Essa é a melhor estratégia para uma igreja em que os
PGs são quase que inexistentes.

2. Escola de Líderes: escola de capacitação, onde os líderes existentes se


aperfeiçoam e os líderes aprendizes aprofundam seu conhecimento e experiência
para futuramente estabelecerem seus próprios PGs. Essa é uma boa estratégia para
aquelas igrejas que já possuem uma rede de PGs consolidada e desejam ampliá-la.

12 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


3. Multiplicação do PG: o PG saudável cresce e se multiplica. Nesse processo é
imprescindível que o líder experiente selecione e prepare alguém no próprio ambiente
da reunião para posteriormente assumir o PG, quando este se multiplicar.

Com o crescimento do número de PGs será importante a nomeação de um


coordenador local. Essa pessoa designada deve ter experiência na área e deve
trabalhar em sintonia com a liderança do pastor e do Ministério Pessoal. Uma vez
consolidada, a rede de PGs precisa ser nutrida e supervisionada por meio de reuniões
regulares de líderes para avaliação, motivação e capacitação. Essa reunião pode ser
liderada pelo pastor ou coordenador de PGs. Uma outra maneira de fortalecer os
PGs é realizando Celebrações, ao longo do ano, que reúnam todos os PGs da igreja.
Essa é uma grande oportunidade para ressaltar as bênçãos da vida em comunidade.
Nessa programação deve haver testemunhos, batismos, louvor, oração e exposição
da Palavra de Deus.

PROGRAMA DO PG
Não existe um único roteiro para a reunião do PG. Isso é algo que pode ser
adaptado para cada realidade. Porém, Joel Comiskey (Liderar, p. 12-15), aponta
algumas partes importantes da reunião. Trata-se dos “4 E’s” do PG:

1. Encontro (Confraternização e quebra-gelo) – 10 min


2. Exaltação (louvor e oração) – 15 min
3. Edificação (estudo aplicativo da Bíblia) – 25 mi

DISCIPULADO|
CRESCENDO EM CRISTO
A NECESSIDADE DE CUIDAR E DISCIPULAR OS NOVOS MEMBROS.

“Os recém-chegados à fé devem receber um trato paciente e benigno, e é dever


dos membros mais antigos da igreja cogitar meios e modos para prover auxílio,
simpatia e instrução para os que se retiraram conscienciosamente de outras igrejas
por amor da verdade, separando-se assim dos cuidados pastorais a que estavam
habituados. A igreja tem responsabilidade especial quanto a atender essas almas
que seguiram os primeiros raios de luz recebidos; e caso os membros da igreja
negligenciem este dever, serão infiéis ao depósito a eles confiado por Deus.” (Ellen
White, Evangelismo, p. 351).

MANUAL PARA NOVOS DISCÍPULOS CRESCENDO EM CRISTO

Para auxiliar no fortalecimento da fé, o novo discípulo após o seu batismo


receberá um material de estudo diário que está dividido em sete semanas. Ao final

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 13


de cada semana, o novo discípulo encontrará uma página com a indicação de um
site de apoio com conteúdo adicional, a fim de complementar o tema estudado, e
outra página com a indicação de livros ligados ao tema da semana. O novo discípulo
deverá ler este Manual diariamente em sua devoção pessoal. O ideal é ler uma lição
por dia. O importante é compreender e aplicar pouco a pouco. Quando necessário,
poderá pedir ajuda à pessoa que lhe apresentou as verdades da Palavra de Deus ou
a alguém mais experiente de sua igreja.

Os temas semanais são:


Conectado À videira
Identidade Adventista
Testemunho Cristão
Envolva-se com a Igreja
Família Mundial
Como agradar a Deus
Mente Renovada

Este manual é uma forma de promover um maior crescimento espiritual na vida


do novo discípulo e ensinar tudo o que o Senhor nos ordenou (Mt 28:18-20). Ele
foi preparado com muita oração, para que o novo discípulo conheça o seu papel na
igreja. Certamente o estudo diário deste material fortalecerá a vida espiritual do novo
discípulo e o fará avançar na caminhada com Jesus.

10 RAZÕES PORQUE AS IGREJAS PRECISAM DE UMA


CLASSE PARA NOVOS MEMBROS

1. Informa o novo membro;


2. Estabelece expectativas (o que a igreja espera dele);
3. Direciona os novos membros aos Pequenos Grupos;
4. Aprofunda doutrinas e estilo de vida;
5. Reduz a apostasia;
6. Apresenta as pessoas que trabalham na igreja e o funcionamento de
cada departamento;
7. Esclarece a visão ou missão da igreja;
8. Define oportunidades para participar em diferentes ministérios;
9. Estabelece expectativas em relação à fidelidade nos dízimos e
ofertas;

14 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


10. Aproveita o potencial missionário dos novos conversos.

PASSOS PARA IMPLANTAÇÃO DA CLASSE PARA NOVOS MEMBROS


DA ESCOLA SABATINA

1. Pastor, Ancionato, direção de Ministério Pessoal e Escola Sabatina e


Mordomia Cristã devem trabalhar juntos no processo de implantação;
2. Escolher professores dinâmicos que tenham perfil discipulador para
conduzir as classes;
3. Selecionar, se possível, uma sala nas dependências da igreja para
abrigar a classe de novos membros;
4. Cuidar para que cada novo membro receba no dia do seu batismo o
manual Crescendo em Cristo;
5. Capacitar, acompanhar e oferecer suporte aos professores das
classes;
6. Garantir que cada aluno da classe tenha pelo menos um discipulador
(membro mais experiente), que possa oferecer suporte para seu
crescimento espiritual;
7. Avaliar trimestralmente o funcionamento das classes de discipulado.
Analisar suas potencialidades e o que precisa ser melhorado.
8. Envolver os novos membros em algum ministério, onde possam usar
e desenvolver seus talentos no cumprimento da missão.
9. Inserir o aluno em uma Unidade de Ação/PG.

CONHECENDO O PROCESSO DO DISCIPULADO

CONVERSÃO

OBJETIVO
Levar pessoas a conhecerem a Cristo e prepará-las adequadamente para o
batismo, a fim de que sejam integradas à Igreja.

É NECESSÁRIO:
• Ter um discipulador.
• Completar um curso bíblico.
• Ser membro da Escola Sabatina e, se possível, de um Pequeno
Grupo.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 15


• Ser batizado.

CONFIRMAÇÃO

OBJETIVO
Confirmar os recém batizados, levando-os a um crescimento espiritual genuíno,
um amadurecimento cristão, e a um maior conhecimento e compreensão do
que é ser um Adventista do Sétimo Dia.

É NECESSÁRIO:
• Ter e concluir o manual de estudos Crescendo em Cristo.
• Pertencer a um Pequeno Grupo/Unidade Ação.

CAPACITAÇÃO

OBJETIVO
Capacitar e equipar o novo membro, ajudando-o em seu crescimento espiritual
e no cumprimento da missão.

É NECESSÁRIO:
• Orar por cinco pessoas e trabalhar para que conheçam a Cristo;
• Estar envolvido na formação de um novo discípulo;
• Estar envolvido em algum ministério específico, de acordo com seus
dons espirituais;
•Dar estudos bíblicos para uma ou mais pessoas por quem orou.

SEMANA
SANTA
O Evangelismo da Semana Santa é uma poderosa estratégia de mobilização
missionária, colheita e captação de interessados. Seguem algumas dicas importantes
para organizar uma impactante Semana Santa em sua igreja:

• PREPARO ESPIRITUAL: cada irmão orando por 5 amigos que deseja alcançar
/ Vigília Missionária / Santa Ceia, etc.

• MOBILIZAÇÃO MISSIONÁRIA: toda a igreja deve ser mobilizada em suas

16 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


diversas frentes: duplas, Pequenos Grupos, classes bíblicas, unidades da Escola
Sabatina, outros departamentos e ministérios da igreja. Quanto mais pessoas
estiverem estudando a Bíblia e sendo atraídas pelas ações da igreja, maior será o
resultado da Colheita da Semana Santa.

• FORMATO: Como em outros momentos de evangelização, na Semana Santa


pode-se optar por uma evangelização presencial ou virtual ou ainda pelo modelo
presencial com transmissão pelas plataformas digitais.

• PREPARO DA IGREJA OU PONTOS DE PREGAÇÃO: para uma Semana


Santa exitosa, alguns itens importantes:

a. Defina com a liderança local as equipes: recepção, louvor, música,


crianças, oração intercessora, sonoplastia, brindes, lanche, etc.
b. Defina quem será o orador do programa.
c. Cada noite deve ser encerrada com apelo e novo convite.
d. Faça uma reunião ao final do programa para ajustes no programa e
oração coletiva pelos amigos.
e. Organize uma linda festa batismal.

• PREPARO DAS AÇÕES DE COMPAIXÃO:

a. Identifique as necessidades da comunidade onde o PG ou a equipe


do centro de pregação realizará a Semana Santa (Ex.: roupa, comida,
moradia, saúde, orientação familiar, etc.)
b. Descubra os projetos que mais se identificam com a maioria dos
componentes do PG ou da equipe do centro de pregação.
c. Descubra que habilidades têm os membros do PG/equipe e verifique
se alguma delas poderá ajudar na ação que será desenvolvida (Ex.:
profissão, hobby, etc.).
d. Veja, com os membros do PG ou da equipe, quais os recursos
necessários para realização dos projetos comunitários.
e. Defina a hora e lugar em que as ações solidárias serão realizadas.
f. Cada ação de solidariedade desenvolvida deve ser acompanhada de
um convite para a Semana Santa.
g. É importante que, a cada quatro ou seis semanas, o grupo/equipe
continue realizando alguma ação em prol da comunidade.
h. O objetivo das ações de compaixão é construir conexões de amizade

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 17


e fazer com que as pessoas beneficiadas participem da Semana Santa
conhecendo mais do amor de Deus.

• PÓS SEMANA SANTA:

a. Incentivar os novos conversos e amigos interessados a participarem


de um PG;
b. Inserir cada novo converso na classe do discipulado Crescendo em
Cristo;
c. Iniciar a classe bíblica “Ensinos de Jesus” ou outro curso bíblico com
os amigos que ainda não foram batizados;
d. Assegurar que o novo discípulo batizado continue recebendo o
cuidado de quem o levou a Cristo (discipulado).

SÁBADO
MISSIONÁRIO | TEM
Este é um sábado especial dedicado ao trabalho missionário da Igreja e deve ser
um sábado com o foco especial no projeto missionário do TEM - “Todos Envolvidos
na Missão”.

Deve ter as seguintes características:

• DINÂMICO:
Sempre diferente, organizado, objetivo e prático.
• INSPIRADOR:
Que leve a igreja a reconhecer sua principal missão.
• MOTIVADOR:
Que desperte o desejo nos membros em comunicar o Evangelho.
• DISCIPULADOR:
Que forme novos missionários através do aprendizado. Um dia de
treinamento.

SEGUEM ALGUMAS DICAS IMPORTANTES:

1. DEVERÁ TER UM SERMÃO APROPRIADO

Para isso, colocamos, neste guia, os sermões missionários de cada mês para

18 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


você adaptar e pregar. Outros também poderão ser utilizados.

Os sábados missionários devem ser administrados juntamente com os anciãos.


Você poderá pregar, mas não deverá fazê-lo sempre. Características do pregador
para esse dia:

• Alguém que tenha facilidade de comunicação.


• Alguém que seja um exemplo missionário, não basta saber falar bem.
• Alguém que seja respeitado, pela igreja, como um líder espiritual.

2. UM SÁBADO PARA TESTEMUNHOS | TEM

a) Avaliação: Este também é um sábado oportuno para avaliar com a igreja como
está o envolvimento dos membros na missão. Mostre o placar do TEM.

b) O testemunho da conversão de alguém: Há muitas histórias maravilhosas de


conversão entre os membros que não são conhecidos na igreja. Mostre que, assim
como ela aceitou o evangelho, outros também aceitarão. Chame à frente os que
contribuíram para esta conversão e entreviste-os.

c) O testemunho de quem está dando estudos bíblicos: Em forma de entrevista,


deixe claro à igreja o que o irmão ou grupos de irmãos estão realizando para Cristo.
Pergunte como foi que iniciaram o estudo bíblico, que dia e hora da semana dedicam
à pregação, como se sentem, quais os milagres que tem experimentado, etc...
Desafie a igreja a seguir estes exemplos.

d) O testemunho de um Pequeno Grupo integrado a Unidade de Ação: O líder,


o anfitrião e os membros poderão ser envolvidos. Pergunte quais os banefícios da
integração, em que dia se encontram, onde, quais foram as bênçãos alcançadas,
como estão as atividades, quais são os alvos e desafios.

3. SÁBADO PARA TREINAMENTO E CELEBRAÇÃO

Este é um sábado muito propício para treinamento de todas as Frentes


Missionárias. Aproveite para entregar materiais e apresentar o Projeto Missionário
do mês seguinte.

Também um sábado para celebração dos Pequenos Grupos da igreja local ou


do distrito. Será um sábado de muitas bênçãos. Para que o programa do sábado
Missionario tenha apoio e maior abrangência não esqueça de combinar os detalhes
com o seu pastor.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 19


DOMINGOS
EVANGELÍSTICOS
Nas igrejas adventistas, os cultos de domingo geralmente são chamados de cultos
evangelísticos (essa é uma expressão que deve ser usada apenas internamente). Isto
porque o objetivo desta reunião é alcançar, especialmente, os amigos da igreja.
Dessa maneira, é imprescindível que a programação dos domingos evangelísticos
seja relevante para estes interessados. Seguem algumas dicas importantes:

1. Planejamento: Pastor, anciãos, diretor de Ministério Pessoal, Evangelista local,


dentre outros líderes, devem planejar detalhadamente o culto evangelístico.

2. Equipes: É necessário definir bem os responsáveis das equipes que coordenarão


o culto evangelístico: sonoplastia, recepção, louvor, ornamentação, brindes, lanche,

20 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


EVANGELISMO
DE COLHEITA
No calendário eclesiástico deve haver datas específicas para Evangelismos de
Colheita. Ex.: Semana Santa; Evangelismo Calebe; Batismo da Primavera; Semana de
Colheita. O Evangelismo de Colheita deve ser coordenado pela direção do Ministério
Pessoal e Evangelista local. Ele pode durar uma semana, quinze ou mais dias. Para
haver uma colheita bem-sucedida precisamos envolver a maioria na missão de salvar
pessoas. Portanto, prepare-se com três ou, pelo menos, dois meses de antecedência.
Algumas orientações importantes:

• Mobilize duplas missionárias, instrutores bíblicos, Pequenos Grupos,


unidades de ação da Escola Sabatina, os demais departamentos e
ministérios da igreja. O Evangelismo de Colheita não deve ser de um
departamento, mas de todos!
• Identifique os potenciais candidatos ao batismo: prepare as seguintes
listas de pessoas que podem ser convidadas para o Evangelismo de
Colheita:
• Lista dos interessados mais preparados à decisão;
• Lista de membros que estão estudando a Bíblia com alguém;
• Lista de afastados da igreja;
• Interessados da TV e Rádio Novo Tempo.
• Alunos da Escola Bíblica da TV Novo Tempo.
• Cronograma de atividades missionárias pré-colheita:
• Preparo Espiritual da igreja: cada irmão orando por 5 amigos que
deseja alcançar / Vigília Missionária / Santa Ceia, etc.
• Organização de projetos comunitários. Ex.: Feira de saúde; curso
para deixar de fumar, curso de culinária, etc.
• Entrega de folhetos/livros/DVDs/convites.
• Definição do orador;
• Definição das equipes de apoio;
• Definição do local onde será feita a Colheita;
• Ajuste de casamentos para os que desejam ser batizados;
• Visitação aos interessados/Preenchimento das fichas batismais;
• Cada membro fazendo contato com seus amigos, familiares e
vizinhos, convidando-os para assistir ao evangelismo;
• Preparo da classe do discipulado - Crescendo em Cristo.

22 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


ORGANIZANDO O TRABALHO DO DEPARTAMENTO
DE MINISTÉRIO PESSOAL

PLANEJAMENTO: IDENTIFICANDO AS METAS

• POR ONDE COMEÇAR?

Antes de estabelecer as nossas metas precisamos saber onde estamos, isto


é, devemos descobrir como está o envolvimento dos membros de nossa igreja na
missão. Para isso, será necessário agendar uma reunião com a equipe missionária:

Data: ______/_____/_____

Horário: _______________

Local: _________________

Quem deve fazer parte dessa reunião? (Se sua igreja for pequena e não houver
todos esses líderes nomeados, reúna aqueles que você puder. O importante é ter
uma equipe influente que lhe ajude a planejar as atividades missionárias da igreja):

• Diretor(a) de Ministério Pessoal


• Secretário(a) de Ministério Pessoal
• Diretor(a) de Escola Sabatina
• Secretário(a) da Escola Sabatina
• Coordenador(a) de Interessados
• Coordenador de Pequenos Grupos
• Ancião Missionário
• Primeiro Ancião
• Diretor(a) de ASA
• Evangelista da igreja
• Tesoureiro
• Pastor distrital (se for possível)
• _________________________

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 25


O QUE FAREMOS NESSA REUNIÃO?

• Orar.
• Avaliar.
• Planejar.

ORE:

• Pelo conteúdo de Mateus 9:37-38; Lucas 10:2;


• Para que Deus derrame Seu Espírito e reavive Sua igreja para a
missão;
• Para que Deus conduza o planejamento missionário.

AVALIE:

• Há dois levantamentos que você pode fazer:


• Cartão da Escola Sabatina
• Pesquisa com a igreja em um sábado.
• Placar do TEM

O Placar do TEM, quando corretamente preenchido é uma poderosa ferramenta


para observar o envolvimento dos membros na missão.

O QUE SABEREMOS SOBRE O LEVANTAMENTO:

1. Quantos estão dando estudos bíblicos _______ e quem são eles.


2. Quantos estão estudando a Bíblia ________ e quem são eles.
Agora compare o número de pessoas que estão dando estudos bíblicos com
a quantidade de membros da igreja. Dessa maneira, você saberá o percentual
de membros envolvidos na obra evangelística. Por exemplo, se sua igreja possui
100 membros e tiver apenas 20 dando estudos bíblicos, isto significa que 20%
dos membros estão envolvidos. Seu desafio, portanto, é incentivar esses 20% a
continuarem ativos na missão e motivar outros a também se envolverem.

É importante destacar que embora nem todas as pessoas tenham a capacidade


de dar estudos bíblicos. Todos podem falar de Jesus. Assim, é necessário descobrir
também quantos membros estão envolvidos em algum outro ministério que tenha
como propósito final alcançar pessoas para Cristo. Daí a necessidade de realizarmos

26 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


uma pesquisa com a igreja a fim de sabermos, não apenas quem ministra estudos
bíblicos, mas também quem está inserido em algum outro ministério. A pesquisa
também servirá para você descobrir talentos e dons que podem ser empregados no
serviço ao próximo e pregação do evangelho.

• PESQUISA COM A IGREJA

Marque o dia da aplicação da pesquisa. Duas sugestões:

1. Busque o apoio do pastor e anciãos para aplicação da pesquisa;


2. Realize a pesquisa em um sábado, porque esse é o dia em que
temos a maioria dos membros presentes.
Data para execução da pesquisa: _____/_____/____

No Anexo 1 temos uma pesquisa sugestiva.

• QUAIS SÃO NOSSAS METAS PARA CADA TRIMESTRE?

Agora que sabemos quantos e quem são os membros de nossa igreja que estão
comprometidos em atividades evangelísticas, vamos estabelecer metas para envolver
aqueles que estão inativos. É importante que se estabeleçam poucas metas. Não
adianta ter muitos alvos e não conseguir cumprir satisfatoriamente nenhum deles. A
ideia é fazer menos para realizar mais. Abaixo, apresentamos sugestões de frentes
para mobilização missionária dos membros. Selecione três ou, no máximo, quatro
delas para trabalhar ao longo do ano. Lembre-se que uma boa meta é desafiadora,
realista e motivadora. Além disso, vale ressaltar que toda meta precisa colaborar
com a nossa grande missão que é fazer discípulos (ver Mateus 28:19-20). Agora
defina as metas para cada frente missionária escolhida:

• Queremos ter ____ duplas missionárias até o fim do ___ trimestre de ______.
• Queremos ter ____ instrutores bíblicos até o fim do ___ trimestre de ______.
• Queremos ter ____ classes bíblicas até o fim do ____ trimestre de _____.
• Queremos ter ____ Pequenos Grupos até o fim do ____ trimestre de______.
Para lembrar a cada semana nossas metas, o placar do TEM precisa ser
enfatizado como forma de desafio a igreja.

AÇÃO: EXECUTANDO AS METAS

• QUE AÇÕES NOS LEVARÃO A ATINGIR AS METAS?

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 27


Depois que descobrimos onde estamos e estabelecemos nossas metas, precisamos
agora desenvolver ações que vão nos levar a alcançar os alvos estabelecidos. Para
cada meta, precisamos definir duas ou três ações que vão ser determinantes para
alcançarmos nossos objetivos.

Exemplo:

Meta: Ter 30 duplas missionárias ativas até o final do 1º trimestre de


2022:
AÇÕES PARA ALCANÇAR A META:
1. Organizar as Unidades de Ação e Pequenos Grupos em duplas
missionárias.
2. Realizar encontros quinzenais ou mensais com as duplas missionárias
formadas para motivação, treinamento, avaliação e entrega de
materiais.
3. Ter um plano de oração intercessora em favor das duplas missionárias
e das pessoas que estão recebendo estudos bíblicos.

Agora vamos definir as ações que serão determinantes para alcançar as metas
estabelecidas (faça isso com muita oração e com a participação de sua equipe
missionária):

META: ______________________________________________
AÇÕES PARA ALCANÇAR A META:
1. __________________________________________________

28 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


2. __________________________________________________
3. __________________________________________________

META: ______________________________________________
AÇÕES PARA ALCANÇAR A META:
1. __________________________________________________
2. __________________________________________________
3. __________________________________________________

META: ______________________________________________
AÇÕES PARA ALCANÇAR A META:
1. __________________________________________________
2. __________________________________________________
3. __________________________________________________

META: ______________________________________________
AÇÕES PARA ALCANÇAR A META:
1. __________________________________________________
2. __________________________________________________
3. __________________________________________________
• COMO AVALIAREMOS AS METAS?

A melhor maneira de se avaliar as metas é preparando um placar, que mostre


claramente quais são nossos alvos e quanto já alcançamos dele. Para isso sua
igreja precisa preencher o placar do TEM com as metas e apresentá-lo nas reuniões
e semanalmente a igreja. O ideal é que esse placar fique em um lugar de fácil
visualização dos membros e seja atualizado trimestralmente.

• COMO NOS COMPROMETEREMOS COM AS METAS?

Uma vez que conhecemos a realidade de nossa igreja, identificamos nossas


principais metas e definimos ações concretas para alcançá-las, precisamos agora
executar o que foi planejado. Saiba, porém, que estamos envolvidos em uma
batalha espiritual e o inimigo colocará empecilhos e distrações para que esse plano

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 29


missionário não seja implementado com eficácia. Dessa maneira, sugerimos os
seguintes passos para assegurar a execução do plano missionário:

1. ORAÇÃO: A mobilização da igreja para o cumprimento da missão é algo


espiritual, e tudo que é espiritual necessita de muita oração para dar certo.
Precisamos suplicar que Deus nos ajude a evitar as distrações e focar nossa atenção
nas metas cruciais. Jesus nos incentiva: “ROGAI, pois, ao Senhor da seara que
mande trabalhadores para a sua seara” (Lc 10:2). Não subestime o poder da oração,
Deus favorece e abençoa aqueles que pedem!

2. REUNIÕES REGULARES: É fundamental realizar reuniões periódicas para


avaliar nosso desempenho em relação ao plano missionário. Esse encontro de
avaliação, alinhamento e motivação poderá acontecer na:

• Classe de Professores da Escola Sabatina (semanalmente);


• Reunião com os Líderes de PGs (quinzenalmente);
• Comissão da Igreja (mensalmente).

Nesses encontros devemos apresentar o placar do TEM e avaliar se as metas


estão sendo atingidas, se está havendo avanço e o que precisa ser corrigido para
assegurar o progresso do plano missionário.

3. DIVULGAÇÃO DO PLANO MISSIONÁRIO: O plano missionário definido


não pode ser do conhecimento apenas da liderança, mas de toda a igreja.
Assim, devemos divulgar de maneira clara e objetiva para os membros quais são
nossas metas missionárias para cada trimestre/ano e devemos incentivar todos a
participarem. Temos dois momentos preciosos para fazer isso:

A. SÁBADO MISSIONÁRIO (PRIMEIRO SÁBADO DE CADA MÊS): podemos


preparar um banner ou uma apresentação em Power Point que mostre quais são
nossas metas e quanto alcançamos até o momento (placar). Essa deve ser uma
ocasião motivadora. Jamais critique aqueles que não estão envolvidos, mas procure
valorizar quem está comprometido.

B. MOMENTO MISSIONÁRIO NO CULTO DIVINO (TODOS OS SÁBADOS):


a cada sábado no culto divino temos o momento missionário. É um momento curto,
mas eficaz para apresentar testemunhos missionários que estão acontecendo. A
cada sábado vamos orar pelas pessoas que estão recebendo estudos bíblicos e pelas
metas missionárias da igreja. Neste momento peça que uma dupla, um desbravador,
um jovem fale como tem sido a experiência de dar estudos bíblicos. Ou entreviste
um amigo que está se preparando para o batismo. Isso vai criar motivação para que
a igreja se envolva ainda mais com o plano missionário.

30 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


3
SERMÕES
MISSIONÁRIOS

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 31


SERMÕES
MISSIONÁRIOS
01| Janeiro | Unidos e Envolvidos, Cumprindo a Missão 33
02| Fevereiro | Integração UA e PG 37
03| Março | Restaurados e Resgatados 42
04| Abril | A Grande Comissão 47
05| Maio | Envolvimento Pessoal 53
06| Junho | Caracteristicas da Mulher Missionária 57
07| Julho | 03 Etapas da Vida de Jonas 61
08| Agosto | Serviço e Missão 65
09| Setembro | Seguirei Seus Passos 69
10| Outubro | A Missão do Remanescente 73
11| Novembro | Manifestando a Glória de Deus 76
12| Dezembro | Pescadores de Homens 82
01 | JANEIRO

UNIDOS E
ENVOLVIDOS,
CUMPRINDO A
MISSÃO
Marcos 2:1-5

Objetivo: Despertar o senso de urgência e unidade com o propósito de


cumprir a missão de Deus.

Texto Principal: Marcos 2:1-5

Introdução
Existem desafios internos e externos que a Igreja Adventista necessita vencer para
que a pregação do evangelho aconteça em todo o mundo. Desafios internos como
a falta de envolvimento de todos os membros na missão; a cosmovisão pessoal que
cada um traz consigo; e a família que é atacada pelo inimigo de diversas formas.
Assim também temos desafios externos como o rápido crescimento da população
mundial, as crenças diversas das pessoas, o secularismo, o pós-modernismo e o pen-
samento liquido, só para citar alguns.
E para ter uma ideia mais clara do desafio, cada dia são 385.000 pessoas que
nascem no mundo ; os cristãos são apenas 31,5% de toda a população do mundo
enquanto que as outras religiões e crenças no mundo somam 68,5% ; sem falar dos
países que proíbem os cristãos de pregarem a palavra de Deus ou ainda os que fazem
constante perseguição contra ministros e missionários.
Diante desse cenário parece que unicamente um milagre poderia levar a igreja a
concluir a pregação do evangelho em todo o mundo. Mas devemos lembrar que esta
missão Deus encomendou ao seu povo, povo que precisa se levantar e agir poderosa-
mente para falar a todos da iminente vinda de Jesus.

Ilustração
Em 1839 Guilherme Miller passou na casa do pastor Josué Himes e conversou
bastante com ele sobre os seus pontos de vista, planos para o futuro e responsabi-
lidades. Himes se impressionou muito com a exatidão das crenças de Miller acerca
da proximidade e natureza da vinda de Cristo, mas não se satisfez plenamente com
a questão do tempo em que deveria voltar. Todavia estava convencido de que Miller
estava transmitindo verdades importantes, e sentiu grande interesse em promulgá-las.
Himes declarou:

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 33


Quando o senhor Miller terminou a série de palestras, encontrei-me em uma nova
posição. Não conseguia mais crer ou pregar como antes. A luz sobre aquele tema
inundava minha consciência dia e noite, então tive um longo diálogo com o senhor
Miller a respeito de nossos deveres e responsabilidades. Perguntei-lhe:

O Senhor realmente crê nessa doutrina? Ele respondeu: Sem dúvida! Caso contrá-
rio, não a pregaria.

Então retruquei: E o que você está fazendo para espalhá-la ou difundi-la pelo mun-
do? Ele disse: Fiz e faço tudo que posso! Então conclui: Bem, mas tudo está restrito a
um canto limitado ainda. Depois de tudo que o senhor já fez, há pouco conhecimento
sobre o assunto. Se Cristo virá em poucos anos, conforme sua crença, não se deve
perder tempo. É necessário anunciar a igreja a ao mundo a mensagem de advertência,
em toada de trovão, despertando-lhes a se preparar. Eu seu, eu sei, irmão Himes! –
disse ele. Mas o que um velho fazendeiro pode fazer? Não fui acostumado a falar em
público. Estou sozinho em tudo isso. E, embora eu venha me esforçando muito e tenha
visto muitos se converterem a Deus e à verdade, ainda assim ninguém parece se inte-
ressar pelo objetivo e espírito de minha missão, para de fato me ajudar. Gostam que
eu pregue e edifique suas igrejas. E é assim que termina com a maioria dos ministros.
Tenho procurado ajuda. Eu quero ajuda!

E foi naquele momento, diz Himes, que entreguei tudo no altar de Deus – minha
vida, família, sociedade e reputação – para ajudar em tudo que estivesse a meu alcan-
ce, até o fim. Então lhe perguntei que partes do país ele havia visitado e se já havia
ido a alguma das principais cidades. Então eu lhe disse que podia se preparar para a
campanha, pois as portas se abririam em toda a União e a advertência deveria ecoar
até os confins da terra! Foi a partir daquela ocasião que comecei a ajudar o pai Miller.

Por isso é necessário o envolvimento de todos. Cada um fazendo sua parte para
anunciar a volta de Cristo. Por isso iremos ver em Marcos 2:1-5 a missão que Deus
espera que cumpramos.

1 - Precisamos pregar a palavra em todo tempo e lugar (Mc. 2:1-2)


Nossa missão é pregar, independentemente de qualquer situação. Esse dever é
inegável. Temos que ser o sal da terra. Qualquer que seja o lugar ou o tempo, temos
uma grande missão apresentando a esperança que aquece nossos corações, a pala-
vra que traz paz para nossa vida e as promessas que nos motivam para continuarmos
em direção ao céu.

– E alguns dias depois entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em
casa. E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e
anunciava-lhes a palavra. Marcos 2:1-2.

Cristo não era um pregador que se limitava as sinagogas. Ele não se limitava a
curar em alguns lugares e em outros não. Certamente ele aproveitava toda oportuni-
dade para pregar e anunciar as boas novas. Por isso quando ele voltou a Cafarnaum,
foi seguido por muitas pessoas que encheram a casa onde Ele estava a ponto de não
caberem todos nela.

34 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


Hoje existe muita gente que está com sede da palavra. Eles farão de tudo para ou-
vir e se aproximar de Deus. E nós temos que atendê-los. Temos que recebê-los. Temos
que ajuda-los a encontrarem a Cristo. Temos esta missão de cuidar das pessoas que
Cristo atrai para nossas igrejas.

Mas esta tarefa só será feita se todos participamos juntos nesta missão.

2 - Devemos nos unir e nos envolver na missão de salvar o mundo (Mc.


2:3-4)

– E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro. E, não podendo
aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fa-
zendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico. Marcos 2:3,4

Em contraste com a multidão que buscou a Cristo pelos seus próprios meios, temos
agora uma pessoa que não pode ir por sí mesmo até Jesus. São 4 pessoas que enten-
deram que seu dever era levar este paralítico até Cristo. Ele não teria como ir sozinho,
não teria como se aproximar e superar os desafios que estavam na sua frente.

Assim também no mundo existem muitas pessoas que precisam de ajuda. Pessoas
que não podem pelos seus próprios meios ir até Jesus. E não podemos cruzar os
braços. Se necessário, precisamos carregar todos os que precisam de ajuda para ir
a Jesus. Por isso devemos ser os homens que carregam os paralíticos espirituais que
este mundo tem.

Quando estamos envolvidos na missão de salvar, haverá desafios os quais deve-


mos superar. A casa onde Jesus foi, estava completamente cheia que nenhum espaço
tinha. O paralítico não podia entrar caminhando já que estava acamado. Com certeza
haviam outros que precisavam de milagres, e nesse caso, o paralítico era mais um na
lista de espera. Diante destes desafios, a criatividade, o interesse e o amor dos amigos
foi muito importante para que o milagre acontecesse. Eles removeram a parte da co-
bertura do teto para levar o homem a Jesus e então fizeram descer a cama e puseram
o homem na presença de Jesus.

Este esforço só foi possível porque este grupo de amigos estava determinado a
fazer sua parte na missão de levar o homem acamado até Jesus. A atitude deles é
um grande exemplo a considerarmos em nossa vida cristã. Primeiro porque eles só
conseguiram levar o paralítico porque trabalharam juntos. Eles tiveram muito trabalho
para chegar na casa onde Jesus estava, levar o homem acamado até o teto, remover
parte do teto para só então descer o acamado até Jesus. Um só jamais poderia ter
conseguido. Mas a força de quatro fez a diferença. Assim também é conosco, se nos
unirmos com os nossos irmãos, poderemos fazer maiores coisas do que estes ho-
mens fizeram.

3 - A fé de todos os envolvidos na missão trouxe esperança para o


homem acamado (Mc. 2:5)
a. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus
pecados. Marcos 2:5

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 35


É interessante nesta história que não é só a fé do paralítico que impressiona a
Jesus. Ele pelo contrário reconhece a fé de todos, dos cinco. Quando nos colocamos
nas mãos de Deus para fazer o bem e levar as pessoas a Jesus, nossa fé inspira quem
está sem esperança e o fortalece para receber a benção de Deus.

Sobre esta história Ellen White acrescenta:


O paralítico achava-se de todo impotente e, não vendo nenhuma perspectiva de
auxílio de qualquer lado, caíra no desespero. Ouvira então falar das maravilhosas
obras de Jesus. Foi-lhe dito que outros, tão pecadores e desamparados como ele,
haviam sido curados; até mesmo leprosos tinham sido purificados. E os amigos que
relatavam essas coisas animavam-no a crer que também ele poderia ser curado, caso
fosse conduzido a Jesus. Desfaleceu-se-lhe, no entanto, a esperança ao lembrar-se
da maneira por que lhe sobreviera a enfermidade. Temeu que o imaculado médico
não o tolerasse em Sua presença. Não era, entretanto, o restabelecimento físico, que
desejava tanto, mas o alívio ao fardo do pecado. Se pudesse ver a Jesus, e receber a
certeza do perdão e a paz com o Céu, estaria contente de viver ou morrer, segundo a
vontade de Deus. O grito do moribundo, era: Oh! se eu pudesse chegar à Sua presen-
ça! Não havia tempo a perder; já sua consumida carne começava a mostrar indícios
de decomposição. Rogou aos amigos que o conduzissem em seu leito a Jesus, o que
empreenderam de boa vontade. Tão compacta, porém, era a multidão que se apinhara
dentro e nos arredores da casa em que Se achava o Salvador, que impossível foi ao
doente e aos amigos ir até Ele, ou mesmo chegar-Lhe ao alcance da voz. [...] Repeti-
damente procuraram os condutores do paralítico abrir caminho por entre a multidão,
mas em vão. O enfermo olhava em derredor de si com indizível angústia. Quando o tão
ansiado socorro tão perto estava, como poderia renunciar à esperança? Por sugestão
sua, os amigos o levaram ao telhado e, abrindo um buraco no teto, baixaram-no aos
pés de Jesus.

Esse esforço e fé deveria existir em todos nós. Uma fé que é fortalecida na co-
munhão com Deus, no relacionamento com os demais, e na missão salvando outras
pessoas que precisam de Jesus.

Conclusão
Devemos aproveitar todo tempo e todo lugar para falar do amor de Deus, Precisa-
mos estar todos unidos cumprindo a missão, levando esperança e fortalecendo a fé
dos mais fracos enquanto avançamos em direção à terra prometida que Deus prepa-
rou.

Apelo
Gostaria voce se aquele que leva seus amigos para ver Jesus e por Ele serem
transformados?

Pr. Ademar Callejas

36 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


02 | FEVEREIRO

INTEGRAÇÃO
UA E PG
Mateus 4:4 / Marcos 16:15

Objetivo: Conscientizar a igreja sobre a importância da Integração das


Unidades de Ação e Pequenos Grupos

INTRODUÇÃO
Ao recapitularmos a história da Escola Sabatina, vemos claramente que sua es-
trutura foi desenvolvendo-se ao longo dos anos. Em 1990 Calvin Smith estabeleceu
as Unidades de Ação da Escola Sabatina, dando ênfase ao testemunho. Em 1995 o
Congresso da Associação Geral dissolveu o Departamento dos Ministérios da Igreja
e restabeleceu o Departamento da Escola Sabatina, em combinação com o Ministério
Pessoal. Em 2013 a DSA votou a integração entre as Unidades de Ação e os Peque-
nos Grupos (PG’s). Ao longo de nossa história a Escola Sabatina recebeu especial
cuidado por parte da Igreja mundial e de suas Sedes administrativas ao redor do mun-
do. Na DSA (Divisão Sul-Americana), temos trabalhado com a forte ênfase no fortale-
cimento da missão com a partir da integração da Unidade de Ação (UA) e Pequeno
Grupo (PG), (UAPG).

Transição: Porque é importante a integração UAPG?

Gostaria de responder esta pergunta analisando os quatro objetivos da Escola


Sabatina.

OS 4 OBJETIVOS DA ESCOLA SABATINA.

I - Primeiro Objetivo - O Estudo da Bíblia. (Através da lição da Escola


Sabatina).

O primeiro objetivo da Escola Sabatina é o estudo da Palavra de Deus.

Sabe-se que toda escola de ensino acadêmico precisa de um amplo material de


estudo; livros, dicionários e literaturas confiáveis de onde se obtém o conhecimento.

O mesmo acontece na Escola Sabatina, pois não é diferente; nosso fiável material
de estudo é a Bíblia Sagrada, uma biblioteca espiritual de onde se obtém o conheci-
mento da verdade revelada por Deus, e acerca da vida e seu propósito.

a) Alimento espiritual. Mat. 4:4.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 37


No decorrer da história do povo de Deus, a Palavra do Senhor foi seu amparo.
Tanto no Antigo como no Novo Testamento as Sagradas Escrituras foram seu firme
fundamento de fé. Até o fim do conflito cósmico a Palavra é quem sustentará a vida do
servo de Deus. João 5:39.

Em Mateus 4:4. - Jesus ao ser tentado, em meio a necessidade de alimento mate-


rial, respondeu ao tentador dizendo; “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a
Palavra que sai da boca de Deus”.

Embora o homem normalmente viva de pão comum, comida que os homens ge-
ralmente comem, Deus pode sustentar a vida do homem mesmo quando isso está
faltando, como ele sustentou os israelitas com o maná, pois seu poder não é restrito.
(Comentário de Matthew Poole).

Aplicação: O primeiro objetivo da Escola Sabatina é o alimento espiritual; a Palavra


de Deus. A lição da Escola Sabatina nos conduz a este alimento.

II - O Segundo Objetivo – Testemunho missionário.


(Evangelismo na comunidade local).

O segundo objetivo é o testemunho missionário, que deve ser entendido como o


evangelismo na comunidade local onde está plantada a igreja. Acerca do evangelismo
na comunidade local Ellen White escreveu:

“Entre os membros de nossas igrejas deve haver mais trabalho de casa em casa,
dando estudos bíblicos e distribuindo literatura”. Test. Seletos, vol. 3, págs. 345 e 346.

“Irmãos e irmãs, visitai aqueles que residem próximo de vós, e com simpatia e
bondade procurai cativar-lhes o coração”. Serviço Cristão pág. 114.

Apresentar um testemunho sobre Jesus não é algo que somente pregadores elo-
quentes podem fazer, na realidade todos somos chamados a contar aos outros o que
Jesus fez e faz em nossa vida. E por que o testemunho pessoal é tão impactante?
Porque quando o amor de Cristo nos transforma, temos algo a dizer sobre Ele. Afinal,
compartilhar o que Jesus fez por outra pessoa causa certo impacto, mas compartilhar
o que Jesus fez em minha vida causa um impacto muito mais poderoso.

Outro motivo pelo qual o testemunho pessoal é tão poderoso, é que é muito difícil
argumentar contra a experiência pessoal. As pessoas podem debater nossa interpre-
tação bíblica ou podem zombar de nossa religião. No entanto, até os céticos são
impactados quando alguém diz: “Eu estava repleto de culpa, de medo, sem dormir,
não querendo mais viver, com o casamento destruído; mas agora com Cristo eu tenho
paz!”.

Sobre o poder do testemunho pessoal o Pr. Adolfo soares nos deixa as seguintes
reflexões:
• Quando temos um relacionamento genuíno e pleno com Jesus, desejamos
compartilhar Seu amor;

38 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


• Nenhum argumento, embora lógico, necessariamente abrandará corações
endurecidos;
É o maravilhoso amor de Deus que abranda e subjuga corações;
• O evangelho só é eficaz quando proclamado por corações entusiasmados e
lábios eloquentes, capacitados por Deus;
• É importante compartilhar verdades; mas é também importante proclamar
libertação da culpa, compartilhar paz e perdão, e contar da esperança e
alegria que encontramos em Jesus.

III - O Terceiro Objetivo – Missões Mundiais.

O terceiro objetivo da Escola Sabatina são as Missões Mundiais.

a) A ordem de Jesus em Marcos 16:15 foi:

“...Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”

O crescimento e avanço do evangelho ao redor do mundo, muito se deve aos mis-


sionários além-mar. Homens e mulheres que deixaram seu lugar de origem para irem
para além de suas fronteiras a fim de pregar o evangelho. Todavia, hoje, muitos fiéis
filhos de Deus, mesmo desejosos em cumprir a missão, não poderão realizar tal obra.

Acerca desse assunto Ellen White escreveu dizendo:

Irmãos e irmãs, comprometei-vos diante de Deus hoje a orar por aqueles que fo-
ram escolhidos para ir a outras terras? Comprometei-vos a não apenas orar por eles,
mas a sustentá-los com os dízimos e ofertas? Comprometei-vos a praticar estrita abs-
tenção para que possais ter mais para dar para o avançamento da obra nas “regiões
além?” Conselhos Sobre a Escola Sabatina. Pág. 135.

Aplicação: Cada seguidor de Cristo, pode, mesmo em sua própria terra, pregar
o evangelho em terras longínquas e estrangeiras, através de suas orações, dízimos e
ofertas missionárias.

POR QUE A INTEGRAÇÃO É IMPORTANTE?


Gostaria de voltar à pergunta inicial e respondê-la analisando o 4º objetivo da Es-
cola Sabatina.

IV - O Quarto Objetivo – Confraternização. (Companheirismo).


O Manual da Escola Sabatina na página 6 diz que: “A Escola Sabatina promove o
companheirismo entre os membros em seu programa semanal, desenvolve projetos
para recrutamento de novos membros, buscando integrá-los na vida da igreja e tam-
bém visa reintegrar os membros inativos.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 39


Neste 4º objetivo, não diferente dos outros, o alvo é o ganho de almas para Cristo,
pois o companheirismo na Escola Sabatina também visa o recrutamento de novos
membros e a reintegração dos inativos.

A Escola Sabatina surgiu com a finalidade de atender as necessidades espirituais


dos jovens. Talvez essa seja a razão pela qual, repetidas vezes a irmã White no livro
Conselhos Sobre a Escola Sabatina volta sua atenção aos jovens. Ouça o que ela diz:

“Seria bom haver uma hora designada para estudo bíblico, em que os jovens,
tanto os convertidos como os não convertidos, se reunissem para orar e relatar suas
experiências.” CES pág. 69.

“A juventude deve ter oportunidade de expressar seus sentimentos. Seria proveito-


so escolher primeiramente um guia prudente, que fale pouco e anime bastante”. CES
pág. 70.
A Unidade de Ação, certamente foi criada com o objetivo de proporcionar um am-
biente de estudo da bíblia e interação social entre os Jovens e posteriormente todos os
membros da Igreja. O Manual da Escola Sabatina deixa isso bem claro quando diz:
“A Unidade de Ação da Escola Sabatina é um grupo pequeno organizado de forma
a prover tempo para partilhar, estudar a Bíblia e fazer sistematicamente planos para a
ação missionária”. (Manual da E.S. pág. 76).
“A fim de acentuar o progresso e estabelecer a confiança mútua e o companheiris-
mo, devem ser convocadas reuniões informais, descontraídas e agradáveis nos lares
dos membros”. (Manual da E.S. pág. 77).
A Unidade de Ação deve prover tempo para partilhar. Isso é relacionamento, com-
panheirismo e/ou vida em comunidade.
A Unidade de Ação estabelece a confiança e o companheirismo através de reuni-
ões descontraídas e agradáveis nos lares dos membros. Isso é testemunho missioná-
rio.
Um olhar mais cuidadoso às características da Unidade de Ação (UA), vai nos
mostrar que o Pequeno Grupo (PG) existe para proporcionar o mesmo ambiente, veja:

UA / PG

Lugar de companheirismo e relacionamento.

Lugar de reuniões descontraídas e agradáveis nos lares.

Tempo para se expressar os sentimentos e compartilhar experiências.

Tempo para estudar a Bíblia e planejar o evangelismo local.

Tempo para orar uns pelos outros.

Ter um guia prudente que fale pouco e anime bastante.

Consegue perceber as semelhanças? Por que serem dois se são um em objeti-


vos? A grande pergunta é: Por que Integrar a Unidade de Ação com o Pequeno Grupo?

40 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


Pelas seguintes razões:
• Comunhão - Ambos têm os mesmos objetivos, mas em lugar e hora diferentes:
* Unidade de Ação - A comunhão acontece dentro da Igreja (sábado pela
manhã).
* Pequeno Grupo - A comunhão acontece fora da Igreja (sexta-feira, outro
dia a noite).
• Relacionamento - Favorece o companheirismo e o discipulado por meio da
vida em comunidade entre os membros e amigos da Igreja.
• Missão - Permite a participação de interessados que não viriam a Unidade de
Ação por se reunir no templo, mas vem ao Pequeno Grupo por se reunir nos
lares.

CONCLUSÃO
A Escola Sabatina é uma agência ganhadora de almas para Cristo. Seus 4 objeti-
vos estão inclinados para o ganho de almas:

1. Estudo da Bíblia – Salvação de almas.

2. Testemunho Missionário – Salvação de almas.

3. Missões Mundiais – Salvação de almas.

4. Companheirismo – Salvação de almas.

A integração UAPG fortalece tanto a Unidade de Ação quanto o Pequeno Grupo. Au-
menta o tempo de comunhão entre os membros e Deus. Dá mais vitalidade ao com-
panheirismo no relacionamento e favorece o discipulado no cumprimento da missão.

Na União Norte Brasileira dispomos de uma Guia de Integração UAPG. Procure o de-
partamento MIPES do seu Campo, receba esse material e siga o passo-a-passo da
Integração. Transforme sua Igreja em uma comunidade UAPG e vive com mais intensi-
dade o amor e o serviço em comunidade.

Apelo.
Gostaria voce, querido membro, de viver uma experiencia de companheirismo que
não se resuma a reunião do sábado pela manhã, mas que faça parte do seu estilo de
vida te ajudando a orar mais, estudar mais a bíblia e se envolver mais no serviço em
favor dos outros?

Gostaria também de convidar a diretora, os professores da Escola Sabatina, bem


como os líderes de Pequenos grupos para que coloquemos esse projeto de integra-
ção UAPG nas mãos do Senhor.

Pr. Cláudio S. Júnior.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 41


03 | MARÇO
RESTAURADOS E
RESGATADOS
Lucas 15:1-3

Objetivo: Motivar os que se afastaram a retornar aos braços de Jesus e


a igreja

Texto: Lucas 15:1-3

Introdução
I. Ele estava preocupado com suas almas. Eles estavam perdidos, e Ele esperava
recuperá-los. A autodesignação de Jesus era “o bom pastor” (Jo 1 0: 1 4), e Ele pro
curava ovelhas perdidas. E que melhor maneira de fazer isso do que partilhando uma
refeição?

No entanto, os cobradores de impostos eram considerados um bando escanda-


loso de pecadores. Por séculos, antes e depois de Cristo, os cobradores de impostos
eram odiados universalmente. Na cultura judaica, eles eram excluídos porque eram
judeus traidores que haviam vendido suas almas para comprar franquias romanas de
arrecadação de impostos, para que pudessem lucrar às custas de seus companheiros
judeus. Eles eram odiados em todos os sentidos. As sinagogas não aceitavam suas
esmolas. Seu testemunho não era aceito em tribunais judaicos. Eles eram considera-
dos piores do que os pagãos. Como tal, junto com os “pecado res”, eles precisavam
desesperadamente de redenção.

As únicas pessoas mais escandalosas nesse relato eram 140s fariseus e os es-
cribas’ (v. 2), que não se importavam nem um pouco com os pecadores que Jesus
tentava resgatar. Os fariseus ficaram chateados porque Jesus Se importava, de modo
que estavam continuamente murmurando: “Este recebe pecadores e come com eles.

No tempo de Cristo, um nobre poderia alimentar qualquer número de pessoas


necessitadas e de um nível social inferior, como um gesto de generosidade, mas ele
nunca comeria com elas. Jesus, entretanto, não oferece um jantar e Se afasta das
pessoas; Ele Se assenta com elas à mesa e as recebe em Seu amor.

O escândalo era que, como líderes de Israel, esses mestres da lei eram conside-
rados subpastores do pastor, Deus. Mas eles estavam falhando em sua tarefa, assim
como seus pais na antiguidade falharam quando Ezequiel profetizou contra eles. Al-
guém pode se perguntar se alguns deles não se lembraram da profecia de Ezequiel,
pelo menos depois de ouvir o que Jesus estava prestes a dizer. Ouça Ezequiel:

42 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


“Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os
pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de
Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?
[...] A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a des-
garrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas
com rigor e dureza” (Ez 34: l , 2, 4).

Então, Ezequiel apresenta a solução com as seguintes palavras: “Porque assim


diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ove has e as buscarei.
Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que encontra ovelhas dispersas, assim
buscarei as minhas ovelhas; livrá-las-ei de todos os lugares para onde foram espalha-
das no dia de nuvens e de escuridão” (Ez 34: 1 1 / 1 2)

O cumprimento da profecia de Ezequiel é claro: uma vez que os subpastores de


Israel falharam, o próprio Deus pastorearia e resgataria o povo. Como Deus faria isso?
A resposta profética é muito surpreendente e doce: “Suscitarei para elas um só pastor,
e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pas-
tor. Eu, o Senhor, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas;
eu, o Senhor, o disse” (Ez 3423, 24). Quem é esse Davi? Não é o rei Davi, porque na
época da profecia de Ezequiel, o rei Davi já estava morto havia mais de quinhentos
anos. Esse Davi não é outro senão o último filho de Davi, o leão da tribo de Judá, Je-
sus, o Filho de Davi e Filho de Deus. Seria por meio de Jesus, o Bom Pastor, que Deus
Pai pastorearia Seu povo!

Ao longo dos anos, muitas pessoas se afastaram da igreja porque aqueles que
deveriam pastorear e cuidar falharam em seu trabalho. Foi o que aconteceu com Ma-
teus, que, aos vinte anos, decidiu se afastar da igreja. Ele havia nascido em um lar
cristão, mas em sua adolescência começou a ver a incoerência entre aquilo que seu
pai pregava na igreja e aquilo que acontecia em casa. A maneira como ele, sua mãe e
seus irmão eram tratados não parecia em nada com as palavras bonitas que seu pai
proferia no púlpito. Seu pai sempre dizia que deveria ser respeitado, pois era o sacer-
dote do lar, e, à medida que crescia, Mateus começou a sentir repulsa pelo papel do
sacerdote. Aquele que deveria cuidar estava ferindo e machucando sua família.

Assim que pôde tomar suas próprias decisões, ele decidiu se afastar da igreja e
de tudo o que ela representava. Mas sua vida distante de Deus o levou por caminhos
vazios e desastrosos. Ele não era feliz, não tinha paz e, para tentar esconder esse va-
zio, começou a se envolver com vícios que o faziam esquecer por alguns momentos o
vazio em que vivia.

Um dia, aflito e sem esperança, ele ouviu um sermão sobre Cristo e percebeu que
poderia esperar cuidado e amor de Jesus, Aquele que nunca havia falhado com ele ou
o decepcionado. A partir de então, ele começou a retornar para a igreja. E exatamente
isso o que Jesus apresenta ao longo do capítulo 1 5 do evangelho de Lucas. Ao longo
de três emocionantes histórias, Jesus afirma que veio buscar e salvar a humanidade
perdida.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 43


I - A moeda e a ovelha
Ambas as parábolas começam com a nota da perda. Um pastor perdeu uma ove-
lha de seu rebanho (Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e per-
dendo uma delas”, v. 4), e uma mulher perdeu uma moeda (“Ou qual é a mulher que,
tendo dez dracmas, se perder uma”] v. 8). O pastor tinha um rebanho considerável de
ovelhas. Ele estava moderadamente bem de vida. Em seus documentos, a perda de
uma única ovelha não afetaria muito sua propriedade. Por outro lado, a perda da mo-
eda foi muito grave para a mulher, pois ela era aparentemente pobre. A moeda, uma
dracma, custava cerca de um dia de salário para um trabalhador não é uma grande
quantia, mas, ainda assim, uma grande perda para a mulher. Tanto o pastor quanto a
mulher começaram imediatamente sua busca. Ele procurava porque cuidava de suas
ovelhas; ela, porque a moeda tinha um grande valor para ela. O bom pastor sabia que
animal indefeso estava procurando. Seus instintos eram virtualmente inúteis e pateti-
camente indefesos. Ele colocou sua energia na tarefa.

Malcolm Muggeridge foi uma figura famosa na segunda metade do século XX


crítico literário, personalidade da televisão e porta-voz cristão. Em uma parte de sua
autobiografia, ele descreveu como o Céu o procurou quando ele estava longe dos
caminhos de Deus. Ele escreveu:

Tive a impressão de que, de alguma forma, eu estava sendo buscado. Sim, o Se-
nhor estava lá, eu sei Por mais que estivesse distante e por mais rápido que fugisse,
ainda por cima do ombro, eu vislumbrava o Senhor no horizonte, e então corria mais
rápido e mais longe do que nunca, pensando triunfantemente: Agora eu escapei’. Mas
não, lá estava o Senhor] vindo atrás de mim”.

Davi descreveu a mesma coisa com as seguintes palavras:

Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo
aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;
se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá
de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá” (SI 1 39:7 1 0).

II - Como Deus nos procura


Deus está à sua procura e, assim como na parábola de Lucas 1 5, Ele não desistirá
até encontrar e trazer você em segurança de volta para casa, Estou convencido de que
em algum momento de nossas vidas ouvimos as batidas de Jesus Cristo à porta de
nosso coração, embora possamos não ter reconhecido o que era, pois há muitas ma-
neiras diferentes pelas quais Ele nos busca e nos adverte quando estamos no caminho
errado e indo na direção equivocada.

As vezes, é por um sentimento de vergonha e culpa quando nos lembramos de


algo que pensamos, dissemos ou fizemos, e ficamos horrorizados com as profunde-
zas da depravação a que somos capazes de afundar.

Ou pode ser o poço profundo e escuro da depressão, ou o vazio do desespero


exis tencial em que nada faz sentido e tudo é absurdo. Ou pode ser o medo da morte
ou o pensamento sobre o juízo final

44 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


Ou podemos experimentar o êxtase do amor imerecido ou a dor aguda do amor
não correspondido, porque sabemos instintivamente que o amor é a maior coisa do
mundo. É em momentos como este que Jesus Cristo Se aproxima de nós, bate à porta
e nos convida mais uma vez.

Se nos tornarmos cientes da busca incansável de Cristo, desistirmos de tentar


fugir Dele e nos rendermos ao Seu abraço de amor, não haverá espaço para nos ga-
bar mos do que fizemos, mas apenas teremos um profundo agradecimento por Sua
graça e misericórdia, e pela firme resolução de passar o tempo e a eternidade em Seu
serviço amoroso.

Essa é a experiência de cada homem e de cada mulher que veio a Cristo. Ele sabe
onde estamos. Ele conhece suas ovelhas pelo nome. Muitas vezes Ele nos encontra
por meio de sonhos desmoronando. Nossos sonhos se desfazem de duas maneiras:
uma é não consegui-los - o casamento que desejávamos, o sucesso que buscamos,
o lar perfeito; a outra é realizar nossos sonhos, mas ainda assim encontrar um vazio
persistente. O efeito é o mesmo. Uma emissora de televisão americana entrevistou o
artista pop mundialmente conhecido Justin Bieber no momento em que ele estava no
auge da fama, e mesmo assim semanalmente se envolvia com polémicas relaciona-
das a drogas e mulheres. A repórter queria saber por que ele estava vivendo de manei-
ra tão destrutiva se estava vivendo o sonho da fama e da fortuna. A resposta dele foi:
“Cheguei ao topo, e o topo é muito vazio’.

Muitas vezes Deus nos encontra em meio a uma sensação de incompletude. Uma
sensação latente de perda e alienação. E então vem o desejo de encontrar Deus e ser
encontrado. Você está procurando por E e? Ele está procurando você!

III - A alegria do reencontro


Os finais das parábolas são idênticos no que diz respeito à alegria do reencontro.
Sobre o pastor, lemos:”Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo
para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo lhes: Alegrai-vos comigo, porque já
achei a minha ovelha perdida” (v. 5, 6). E lemos sobre a mulher: “E, tendo-a achado,
reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que
eu tinha perdido” (v. 9).

O pastorn é claro, é nosso Salvador Jesus Cristo. Ele pega pecadores perdidos
em Seus ombros poderosos e os leva para Sua própria casa. Ele começou a nos car-
regar enquanto estava na cruz, onde todos os nossos pecados foram colocados em
Seus ombros onipotentes. O próprio Jesus faz a aplicação divina: “Digo-vos que, as-
sim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa
e nove justos que não necessitam de arrependimento” (v. 7). “Eu vos afirmo que, de
igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (v.
1 0)

Deus Se alegra na presença de Seus anjos quando os perdidos são encontrados!


As vezes, os desinformados pensam em Deus como um mar imenso e impassível.
Mas essa não é a descrição do Pai e de Jesus. O reencontro tem risos, alegria, abraço
e regozijo. Observe também que Ele Se alegra mais com um pecador recém encon

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 45


trado do que com a multidão que já está em Seu rebanho. Há uma a egria inicial viva
que momentaneamente ofusca as alegrias estabelecidas - uma alegria maior pela se-
gurança de está em perigo do que pelo que está seguro — assim como uma pessoa
se alegra mais com a recuperação de uma criança doente do que com a saúde de sua
família.

Conclusão
Todos nós começamos como pecadores perdidos. “Todos nós andávamos desgar
rados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho” ( s 53:6). “Não há justo, nem
um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus” (Rm 3:1 0, 1 1). Mas
Deus nos busca. Em seguida, Ele nos ergue sobre Seus ombros soberanos, alargados
pela cruz. Cremos e nos arrependemos, Ele carrega nossos pecados e nos leva para
casa, enquanto as constelações ressoam com alegria divina. Isso foi poderosamente
retratado na música “Amazing Grace” [Graça Excelsa], de John Newton:

Oh, graça excelsa de Jesus

Perdido, me encontrou

Estando cego, me fez ver Da morte me livrou

Apelo
Por quanto tempo mais você resistirá ao chamado maravilhoso de Seu Pastor di-
vino? Por quanto tempo mais você se negará a ter a esperança e a paz que brilham
mesmo em meio às dificuldades da vida? Hoje é o dia do reencontro com AqueIe que
conhece você desde o seu nascimento e nunca desistiu de você, mesmo quando
ninguém mais acreditava em você e mesmo quando você mesmo desistiu. Ele está ao
seu lado mais uma vez, batendo à porta do seu coração.

Eu gostaria de convidar aqueles que querem aceitar esse maravilhoso convite di


vino a se colocarem de pé. Aqueles que querem dizer: “Senhor, eu aceito Teu cha-
mado. Já não precisas me buscar. Eu quero ser batizado e me unir a Ti na busca por
aqueles que como eu estão afastados e sem esperança”. Se esse é seu desejo, colo-
que-se de pé, e eu gostaria de orar por

46 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


04 | ABRIL

A GRANDE
COMISSÃO
Mateus 28:18-20

Objetivo: Levar a igreja a obedecer o mandamento de Jesus de fazer


discípulo.

INTRODUÇÃO
Em 2019, o helicóptero que transportava o jornalista Ricardo Boechat caiu na
Rodovia Anhanguera, no Rodoanel, em São Paulo, e bateu na parte dianteira de um
caminhão. O motorista João Adroaldo foi atingido na cabine pela aeronave durante a
queda, e ficou preso às ferragens. A vendedora Leiliane foi filmada forçando a porta
do caminhão para retirar o caminhoneiro, já que havia risco de incêndio. Dezenas de
pessoas no local apenas filmaram o acontecimento.

Infelizmente é cada vez mais comum tentar viralizar conteúdo de acidentes nas
redes sociais, filmando e fotografando acidentes e vítimas, negando socorro e ex-
pondo as pessoas em um momento tão delicado. Alguns chamam essa atitude de
“efeito espectador”. Essas pessoas, segundo o artigo 135 do código penal brasileiro,
cometeram o crime de omissão de socorro. Hoje, muitos tem cometido o pecado da
omissão.

Essas pessoas têm negligenciado um princípio básico, que é o de não se omitir


quando alguém precisa de auxílio e podemos fazê-lo. Mas o “efeito espectador” não
é uma característica apenas dessas pessoas. No meio cristão é muito comum a negli-
gência a um grande mandamento que Cristo nos deixou. Abra a sua Bíblia em Mateus
28:18-20.

A Grande Comissão revela os princípios básicos para se estabelecer a estratégia


missionária da igreja, apontando o discipulado como a condição para o cumprimento
da missão, mas infelizmente pessoas que deveriam estar envolvidas incorporaram o
“efeito espectador” e em muitos lugares a Grande Comissão se transformou na “Gran-
de Omissão”.

A igreja, sendo o corpo de Cristo, tem padecido de várias enfermidades como


alto índice de apostasia, secularismo, indiferença, ausência de compromisso e en-
volvimento, o que tem paralisado o crescimento da igreja. Isso nada mais é do que
a falta de iniciativa no discipulado, pessoas que se sentaram na “arquibancada” e se

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 47


tornaram apenas espectadoras na missão de salvar almas. Na mensagem de hoje,
conheceremos mais detalhes a respeito do processo de discipulado, sob o contexto
da Grande Comissão e do envio de dois em dois.

COMO FAZER DISCÍPULOS


Depois de sua morte e antes de sua ascensão, Jesus deixou uma Grande Comis-
são, ou seja, um grande chamado, um mandamento, um comando, uma ordem. Essa
“Carta Magna” também é um mandamento de Jesus que mostra quais devem ser as
tarefas da agenda da igreja, além de sua razão de existir.

Durante um tempo foi dado ênfase na palavra “ide”. Contudo, a compreensão


mais adequada da ênfase de Jesus não era no “ide”, mas no “fazei discípulos de todas
as nações”. Alguns entenderam o “discipular” como “evangelizar”.

A Grande Comissão em Mt 28:19-20 dada por Cristo tem como objetivo principal
“fazer discípulos”, e existem três verbos que determinam esse processo: ir, batizar e
ensinar. Essas três palavras sistematizam o método divino para fazer discípulos.

1 - INDO
Existe uma responsabilidade individual, para cada crente convertido, para cada
membro. Somos chamados a ser e fazer discípulos. No livro Serviço Cristão, Ellen
White afirma:

CITAÇÃO: “A cada cristão é designada uma obra definida”. Ellen White, Serviço Cris-
tão, p.7.

Cada cristão é convidado a ser o sal da terra e a luz do mundo, impactando seu
círculo de amizades (Mt 5:13-14). Os seguidores de Cristo devem tomar a iniciativa de
fazer discípulos. Não devemos esperar que o contato com outras pessoas aconteça
ocasionalmente ou de forma acidental, como se a Grande Comissão fosse uma “Gran-
de Sugestão” dada por Cristo. Assim, a Igreja deve agir de forma intencional como sal,
infiltrando-se na comunidade, para fazer discípulos. Em outras palavras, deve haver
planejamento e estratégias para conquistar pessoas para Jesus.

2 – BATIZANDO
Refere-se ao processo de submersão de alguém em água como evidência pública
do discipulado. Significa a confissão de fé na vida, morte e ressurreição de Cristo,
bem como a renúncia de uma vida de pecado (At 2:38), aderindo uma nova forma de
viver (Rm 6:3-5). Em resumo, o batismo envolve: arrependimento, fé e submissão ao
senhorio de Cristo.

É responsabilidade do discipulador e da igreja atender os novos discípulos em


suas necessidades e integrá-los à igreja por meio de amizades. Todos os que chegam
à igreja precisam ser acolhidos com amor cristão.

Os candidatos devem receber instrução bíblica, sobre as Crenças Fundamentais


e as práticas e responsabilidades como membro da igreja. O novo cristão precisa ser

48 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


ensinado a cooperar com Deus no processo de transformação e renovação da mente
(Cl 3:5), e isso só acontece por meio da Palavra de Deus, da busca diária do Espírito
Santo (1Co 5:5) e das disciplinas espirituais (oração, jejum, mordomia cristã, testemu-
nho cristão), que são as ferramentas divinas para desenvolver o fruto do Espírito no
cristão (Gl 5:22, 23). Para auxiliar o discípulo aprendiz na luta contra a natureza carnal
(Sl 51:5) e manter-se forte nesta mesma luta, o discipulador deve acompanhá-lo em
cada fase do processo de crescimento cristão. Sendo assim, é fundamental ir além
do estudo bíblico para auxiliar o novo membro a conhecer e consolidar as disciplinas
espirituais em sua vida tendo em vista alcançar a maturidade espiritual.

3 - ENSINANDO

1) ... a doutrina.
Embora seja o último particípio, ou seja, a forma do verbo (ensinar), da Grande
Comissão, não significa que deve ser a última ação para fazer discípulo. Marcos 16:15,
16 clarifica esta questão quando diz: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer
será condenado.” Isto é, deve haver antes do batismo crença nos ensinos de Jesus.

Cristo nos ordena a auxiliar às pessoas a se tornarem discípulos (alunos), toman-


do a iniciativa de compartilhar o evangelho aos não salvos (ide!) e, depois, ajudando-
-os a pertencerem ao corpo de Cristo (batizando) e também no amadurecimento de
sua fé (ensinando).

A Grande Comissão do Senhor não é apenas para ensinar e batizar, mas para
‘ensinar a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei.’ (Mt 28:20). E o que Jesus ensinou
a obedecer?

2) ... todas as ordens de Jesus.


De acordo com Mateus, discipulado ao estilo de Jesus é mais do que ensinos cog-
nitivo-doutrinários e treinamento religioso. Jesus ensinava com a vida e com a prática.
E como aprender e viver isso na prática? Obedecendo “todas as ordens de Jesus” (Mt
28:20). E quais são essas ordens?

Para entender a Grande Comissão é necessário estudar todo o Evangelho de Ma-


teus. O evangelho de Mateus é um manual sobre o discipulado. Pois os termos foram
arrumados de maneira tal que a maioria das palavras são dirigidas aos discípulos
tornando-se assim um conjunto de ensinamentos sobre discipulado. O Evangelho de
Mateus alterna entre ensinos sobre o reino com as ações do reino. Entre ser e fazer;
ensinar e viver.

O verdadeiro discipulado ensinado por Jesus em Mateus não é para apenas ensi-
nar e batizar como pode ser compreendido por alguns, mas para ensinar a obedecer
a todos os ensinos de Jesus contidos em Seus cinco discursos no Evangelho de Ma-
teus.

Podemos resumir da seguinte forma os ensinos e as ações do reino:

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 49


1) Discipulado | Os Princípios do Reino
Nos capítulos 5-7 Jesus ensina sobre o discipulado do reino. A importância
das disciplinas espirituais da oração, jejum, mordomia cristã, testemunho
(somos sal da terra e luz do mundo). A dinâmica do discipulado: seguir,
deixar, imitar, aprender e permanecer.
2) Missão | Os Embaixadores do Reino
No capítulo 10 Jesus ensina Seus que seguidores são embaixadores do Reino.
Cada um recebe um chamado individual, uma missão, dons espirituais. As
recompensas de quem aceita e cumpre seu chamado será maior do que as
dificuldades e perseguições deste mundo.
3) Reino | Os Segredos do Reino
O capítulo 13 apresenta as várias parábolas: semeador, joio, grão de
mostarda, fermento, tesouro escondido, pérola e rede. Jesus ensina através
destas histórias e ilustrações como se dá o começo, a oposição e o resultado
do Reino.
4) Eclesiologia | A Igreja do Reino
A eclesiologia é o estudo sobre a igreja, e no capítulo 18 Jesus mostra
como deve ser o relacionamento daqueles que se uniram ao Corpo de Cristo
(igreja). Valores como humildade, simplicidade, igualdade no reino e vida em
comunidade.

Viver em um ambiente de cuidado, oração e sacrifício mútuo. Onde os membros


podem conhecer e serem conhecidos, amar e serem amados, servir e serem servidos,
celebrar e serem celebrados. Um lugar que haja pastoreio, edificação e missão. Na
igreja adventista, o melhor ambiente para isso é a Unidade de Ação integrada ao Pe-
queno Grupo (UAPG).

5) Escatologia | Os Eventos Finais do Reino


A escatologia é o estudo sobre os eventos finais, no capítulo 24-25 conhecido
como o sermão profético Jesus revela os sinais do fim, a perseguição final que seus
seguidores sofrerão, e o juízo final. A ênfase aqui não está nos eventos do fim em si,
mas na importância da vigilância e preparação para a Segunda Vinda. Seus seguido-
res devem manter o compromisso e fidelidade com o Rei até o fim.

Portanto, batizar e ensinar, ensinar e batizar são a maneira pelo qual os discípulos
deveriam agir para fazer outros discípulos. E isto, inclui doutrina, disciplinas espirituais,
habilidades ministeriais e envio/multiplicação.

Mas a pergunta crucial neste ponto é: Como consigo colocar tudo isso em práti-
ca?

50 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


Aplicando o ensino de Jesus
Veja o que diz o texto de Mc 6:7: “Chamou os doze e passou a enviá-los de dois
em dois...”

Viva uma experiência em comunidade através de uma Unidade de Ação/Pequeno


Grupo. E neste grupo, encontre uma pessoa para ser sua dupla missionária. Amigo
com amigo, esposo com esposa, irmão com irmão, experiente com inexperiente.

“Nenhum foi mandado sozinho, mas irmão em companhia de irmão, amigo ao


lado de amigo.” Ellen White, Desejados de Todas as Nações, p. 350.

Ao falar sobre a dinâmica da missão na pessoa de Cristo, Ellen White apresenta o


que podemos destacar como sendo as atividades básicas da dupla missionária, ela
diz:

“Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do


povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava
o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-
-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me”. João 21:19. – Ellen White, A Ciência
do Bom Viver, p. 49.
a. Misture-se com seus parentes, amigos, vizinhos, interessados e
desconhecidos.
b. Conquistar sua amizade e confiança.
c. Ore e ajudar em suas necessidades.
d. No momento oportuno conte sua experiência pessoal com Cristo. Como
Jesus mudou a sua vida.
e. Ofereça literatura da igreja.
f. Ministre estudos bíblicos.
g. Convide-o para lhe seguir: Integre seus amigos na sua Unidade de Ação/
Pequeno Grupo e aos cultos da igreja. Apele para que ele se entregue a Cristo
através do batismo.
h. Torne seu amigo em um discípulo aprendiz. Trabalhando com a formação
espiritual do novo converso.
i. Tenha em mente que o processo de discipulado será concluído quando o seu
discípulo aprendiz multiplicar o discipulado.

CONCLUSÃO
Podemos resumir, de forma simples, o discipulado da seguinte forma:

“Discipulado é o comprometimento com Cristo”. Dietrich Bonhoeffer

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 51


“É ajudar as pessoas a seguirem Jesus”. Donald McGavran

“É experiência de morte, crescimento em santidade e maturidade em Cristo”. Pau-


lo Godinho

Leiamos novamente Mateus 28:17-20.

APELO
Quantos desejam ser, fazer e multiplicar discípulos? Gostaria de convidar as du-
plas missionárias e os instrutores bíblicos aqui à frente. Gostaria de orar para que Deus
consagre cada um nessa obra especial.

Há alguém aqui que gostaria também de fazer parte desse exército missionário?
Oremos!

Pr. Gleydson Barbosa

52 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


05 | MAIO

ENVOLVIMENTO
PESSOAL NA
MISSÃO
Texto principal: Mateus 10:1

Instruções são importantes


Objetivo: Conscientizar do chamado e da autoridade divina concernente a missão.
Fomentar o uso das instruções bíblicas no campo missionário.

Texto principal: Mateus 10:1

Introdução
Estamos acostumados com os chamados “guia de instruções”, “instruções de
uso”, “siga as instruções”, manual do usuário etc. Se você tem um carro, TV, celular,
geladeira... então você deve ter tido contato com um destes manuais do usuário.

Estes são apenas alguns poucos exemplos que mostram o quanto as instruções
são importantes.

Muitas vezes ignoramos as instruções quanto ao uso de um aparelho. Conheço


pessoas que tiveram prejuízos por ignorar as instruções do manual de uso.

I- A Bíblia - um manual de instruções

A Bíblia é um manual de instrução para todos os povos em todas as épocas.

Neste guia encontramos orientações para todas as áreas de nossa vida:

- relacionamento com Deus,

- família,

- trabalho,

- amizade,

- finanças,

- saúde etc.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 53


II- A Bíblia - um manual de instruções missionárias.

Na Bíblia encontramos orientações específicas para o envolvimento pessoal na


missão.

A missão compreende uma importante parte da vida cristã. Não é possível ser um
discípulo de Cristo sem ser um missionário.

- O envolvimento na missão é parte integrante e inseparável da vida do discípulo


de Cristo.

- No capítulo 10 de Mateus, Jesus deu várias instruções acerca do envolvimento


pessoal na missão.

- Neste estudo vamos considerar algumas destas instruções.

III- O chamado para a missão

- Todo cristão precisa ter uma clara convicção de seu chamado. Sem a convicção
do chamado, não haverá senso de missão.

- O convite da salvação é também um chamado para a missão.

-“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário.” (DTN,


p. 195)

IV- Qual a dimensão do chamado que Jesus nos faz?

Dimensão SOCIAL: “...curar toda sorte de doenças e enfermidades”.

- Esta expressão anuncia a preocupação e cuidado que devemos ter para com
as pessoas que buscamos salvar.

- “...Jesus se aproximava das pessoas como alguém que lhe desejava o bem... supria
as necessidades”.

Dimensão ESPIRITUAL:

- “...deus lhes Jesus autoridade sobre os espíritos imundo para os expelir”...

- Esta expressão anuncia o objetivo final da missão – salvação. Salvação é estar


em Cristo. Podemos chamar de dimensão espiritual.

Estar é Cristo é estar liberto do mal. Liberto do pecado.

- “Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36).

- A dimensão espiritual também alcança a moralidade do ser humano. Pois esta


é a vontade de Deus: vossa santidade, que vos abstenhais da prostituição (I Tess. 4:3).

54 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


V- O campo missionário ( Mat. 10:5-7)
Existe um campo missionário para todos aquele que aceita o chamado divino.

- Nosso campo missionário é o mundo (Apocalipse 14:6-12)

- Porém no contexto do capítulo 10 de Mateus, a recomendação de Jesus, é para


que os discípulos procurem as “ovelhas perdidas da Casa de Israel”. Este era o campo
missionário deles, naquele contexto específico.

“Pregai que está perto o reino dos céus”.

- Para este grupo específico o mais importante a fazer era anunciar que o Messias
havia chegado. O reino de Roma não seria definitivo. Um outro reino estava chegando
- o reino dos céus.

Temos um importante princípio nesta instrução de Jesus:

- Cada grupo específico requer uma ênfase específica. Deve-se levar em conta:
cultura, religião, grau de conhecimento bíblico, crenças populares, etc.

Uma ilustração que nos é muito comum.

- Normalmente não precisamos fazer uma série de evangelismo, para “trazer de


volta” um adventista afastado. Em tese, ele já conhece os fundamentos doutrinários.

Este adventista afastado precisa se sentir amado pela comunidade de crente que
ele pertencia. Atos e gestos de desinteressada bondade, abrirá o caminho para que
seja feito o convite de retorno à “Casa do Pai”.

Quando atos de desinteressada bondade, precede o convite para que a pessoa


se reconcilie com Deus, o impacto deste convite é muito maior.

VI- Simplicidade e Prudência (Mat 10:16)


Para aqueles que aceitam o chamado divino para serem discípulos de Cristo, esta
instrução é muito importante.

- Simplicidade
a) A simplicidade de quem está pregando provoca um impacto positivo sobre o
ouvinte. Especialmente em um estudo bíblico.
b) Por vezes o aparato e a ostentação se tornam obstáculo à mensagem bíblica.
c) A ostentação é incompatível com o evangelho.
d) Por preceito e exemplo a vida do discípulo deve estar em harmonia com a
vida do Mestre.

É importante observar que simplicidade não é sinônimo de simplório.

- Prudência

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 55


a) Ser prudente é ser ajuizado, cauteloso, moderado, comedido, sensato. Uma
única imprudência pode comprometer todo um trabalho. Um descuido e a
missão pode ser comprometida.

Exemplo de imprudência no campo missionário:

Conheci uma pessoa que foi ministrar um estudo bíblico vestido com uma camisa
que tinha o desenho de um dragão na parte da frente da camisa. Isso criou um obs-
táculo tão grande que a pessoa que estava recebendo o estudo questionou o meu
colega a respeito daquele dragão na camisa. Ele disse: “você está falando de Jesus,
mas está com um dragão na camisa”. Acho que isso não está certo.” Foi um descui-
do, uma imprudência. Aquela não era a melhor camisa para vestir em situação dessa.
Talvez não haja hora certa para usar uma camisa com estampa de dragão.

Embaixadores do Céu
Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me
enviou (Mat. 10:40).

- Para alguém receber Jesus, alguém precisa ir.

- No poder do Espírito, o mensageiro de Deus leva para a vida das pessoas, tanto
o Pai como o Filho.

- Pai, o Filho e o Espírito Santo estão envolvidos na obra da salvação.

- E você está envolvido?

Conclusão:
O Senhor nos chama para a missão. O Senhor tem orientações específicas para
todo aquele que aceita o seu chamado para a missão. Além disso, Deus também re-
veste de autoridade todo aquele que aceita o chamado para ser um missionário.

Apelo
Você aceita o chamado divino? Deseja se envolver na missão?

Autor, Pr. Eder Alves – MOPa

56 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


06 | JUNHO

CARACTERÍSTICAS
DA MULHER
MISSIONÁRIA
João 4:24-29

Objetivo:
Motivar cada mulher a fazer parte da missão de pregação do evangelho.

Introdução
Todos desejam ser bem-sucedidos em seus esforços; todos desejam alcançar su-
cesso em todos os sentidos de sua vida. Quando fazemos uma análise e verificamos o
insucesso em muitos aspectos da vida, é natural que todos desejemos alcançar êxito
onde falhamos no passado.

A mulher samaritana teve um sucesso missionário extraordinário, ela teve tanto


êxito em ganhar almas para Cristo que se tornou muito conhecida por isso.

Você gostaria de obter êxito em seus esforços de ganhar almas para Cristo? Você
apreciaria ter êxito nos seus esforços missionários? Como podemos, também, alcan-
çar sucesso missionário? Quais foram os segredos da mulher samaritana?

Vamos estudar agora as características da mulher missionária, e vamos encontrá-


-los exatamente no texto que acabamos de ler:

Ilustração
Algumas mulheres lembram o homem que bombeava continuamente seu poço de
petróleo. Um dia, seu vizinho vendo jorrar tanto petróleo, perguntou-lhe:

“Vejo seu poço jorrando óleo o dia inteiro, mas nunca vi você vender um barril
sequer. O que está havendo aqui?”

A resposta: “Muito simples. É que todo o óleo que produzimos se destina exclusi-
vamente a manter a bomba em funcionamento”.

Muitas irmãs são assim. Dissipam todo o seu potencial em seus trabalhos inter-
nos, quer seja em casa ou nos departamentos da igreja e não tem, por isso, tempo e

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 57


energia para sair ao campo e fazer a obra missionária comissionada a todos nós como
adventistas do sétimo dia.

I - TER EXPERIÊNCIA PESSOAL COM JESUS


“A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando
ele vier, nos anunciará tudo.”

João 4:25
Aquela mulher cria no Messias vindouro, embora não soubesse até ali que já esti-
vesse tendo uma experiência pessoal com o próprio Messias – que ela esperava para
o futuro.

Em João 4:26 Jesus Se revela à mulher. Há poucas pessoas no Evangelho a quem


Jesus Se revelou de maneira tão franca e claramente, tão abertamente.

A mulher, portanto, teve uma experiência ímpar com Jesus:

Ela teve um encontro aparentemente casual com Jesus. Ela falou com Jesus. Ela
O aceitou como o Messias enviado por Deus.

O sucesso missionário sempre vem depois de uma experiência com Jesus. Você
também já teve uma experiência pessoal com Jesus? Você já ouviu a Sua voz? Tem
uma visão espiritual da água da vida?

Se você não tem uma experiência pessoal com Jesus primeiro, antes de qualquer
trabalho missionário, você não está preparado, pronto para o sucesso.

Você deve ir antes a Jesus. Deve beber na fonte de águas cristalinas: Deve ser
humilde para confessar os seus pecados, receber o Seu conselho, atender às Suas
palavras, ouvir e aprender de Sua sabedoria, manter comunhão com Ele, falando de
seus problemas e reconhecendo-O como o Seu Salvador pessoal. Só então, você será
uma fonte a jorrar para a vida eterna.

II - TER NOÇÃO DE URGÊNCIA


Era um momento áureo aquele, em que havia há pouco descoberto o Messias. Ali
estava Ela, contando toda a sua vida, e dando-lhe condições para viver a vida eterna,
bebendo da própria Fonte da água viva. De repente, sentindo a urgência do momento,
um momento tão singular, tão importante na sua vida e na vida de todo o povo, “deixou
o seu cântaro”, deixou as suas necessidades materiais e foi correndo até à cidade.

– “O Messias está lá no poço e pode passar para outra cidade e o meu povo tem que
saber que Ele já veio! Não posso perder esta grande oportunidade de avisar o povo!”
Era um momento de grande urgência, e ela soube aproveitar aquela inaudita oportuni-
dade, que poderia passar para sempre!

Vivemos nos últimos dias da história deste mundo! Os sinais indicam que o fim se
apressa: Guerras, revoltas, crimes, violência e imoralidade; problemas sociais, políti-
cos e econômicos; derrota do Comunismo para dar lugar à Besta, explosão do Caris-

58 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


matismo como um recurso a mais para a unificação de todas as igrejas – enfim, quase
todos os sinais estão se cumprindo diante dos nossos olhos!

Prezados irmãos, temos uma visão de urgência? Sabemos aproveitar as opor-


tunidades? Ou estamos deixando o tempo passar, sem avisar o povo, sem que nos
assustemos com isso?

Para termos sucesso missionário, é preciso termos uma visão de urgência e avi-
sarmos o povo que está perto de nós, antes que seja tarde demais!

Nossa mensagem é de urgência! Vivemos no grande e solene dia do Juízo Investi-


gativo, desde 1844! Estamos muito próximos do fim do mundo e da Volta de Cristo! E
no entanto, a igreja de Laodicéia ainda está dormindo!

Os ímpios estão pregando que o mundo vai se acabar pela auto- destruição, e a
igreja de Laodicéia está dormindo!

Os cientistas estão pregando que o mundo vai se acabar por excesso de calor, e
a igreja de Laodicéia está dormindo!

Os estadistas estão anunciando eloqüentemente que o mundo vai se acabar por


uma 3a Guerra Mundial, apoiada num detonar de máquinas de destruição coletiva! E
a igreja de Laodicéia ainda está dormindo!

O mundo está maduro para o seu fim, e é necessário pregar urgentemente a men-
sagem anunciadora do Juízo vindouro, antes que seja tarde demais! Você tem noção
de urgência? Você. tem pressa?

III - APRESENTAR EVIDÊNCIAS PESSOAIS DE SUA FÉ


“Vede um homem que me disse TUDO quanto tenho feito.” “Eu creio nesse ho-
mem porque ele disse tudo a respeito de mim, como ninguém até hoje havia feito.”
Este era o seu testemunho.

A mulher havia tido uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Agora, ela conta
um pouco dessa experiência que teve com Jesus.

Este é o verdadeiro testemunho pessoal. Você fala aos outros o que aconteceu
quando você se encontrou com Jesus:

Como você conheceu a Jesus; Como Jesus mudou a sua vida: Você fumava, ou
bebia, ou não tinha paz nas coisas deste mundo.

Você tem que dar o seu testemunho, apresentar as evidências de sua fé. Por que
você crê? O que Jesus fez por você? Como você foi mudado?

Esse testemunho, certamente será uma forma poderosa de despertar i interesse


das pessoas para conhecer a Cristo.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 59


CONCLUSÃO

Você quer ganhar almas, e ser bem-sucedida(o)? Então, siga os passos da Mulher
Samaritana, e fale de Jesus aos outros.

Portanto, a pessoa de Sucesso Missionário:

1 – Tem uma experiência pessoal com Jesus.

2 – Tem uma noção de urgência

3 – Apresenta evidencias pessoais da sua fé.

APELO
Gostaria você de fazer parte da missão para a qual o mestre nos chamou e ter mui-
to sucesso em ganhar almas para o Reino? Então levante-se, e assim como a mulher
samaritana, seja uma ganhadora de almas para Cristo.

Pr. Fabiano Araújo

60 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


07 | JULHO

AS 03 ETAPAS NA
VIDA DE JONAS
Jonas 1-4

Objetivo:

Motivar a igreja a aceitar o chamado de pregar, e amar os que ainda não conhecem
a Jesus.

Introdução
Hoje aprenderemos um pouco mais sobre a história do profeta Jonas. O livro de
Jonas é o único dos 12 chamados Profetas Menores que é estritamente narrativo em
sua forma. Trata-se de um relato da missão de Jonas em Nínive e do anúncio da ime-
diata destruição da cidade por causa de seus pecados. O profeta apresenta dúvidas
e perplexidades ao ser comissionado por Deus para ir a Nínive. O pensamento de
viajar a uma grande metrópole, as dificuldades e a aparente impossibilidade da tarefa
o levaram a questionar a missão divina e a propriedade da mesma. Por ser incapaz
de manter firme a sua fé, o que o teria levado a compreender que com a ordem viria o
poder divino para realizá-la, Jonas naufragou no medo, no desânimo e no desespero.

Sendo conhecedor da bondade e a longanimidade de Deus, Jonas também temia


que, se ele pregasse a mensagem e a nação a aceitasse, a condenação anunciada
não se cumpriria. Isso seria para ele motivo de humilhação, como de fato o foi, e ele
não suportaria tal coisa (Jn 4:1, 2). Jonas desobedeceu a princípio, mas, por uma série
de eventos, foi levado a cumprir a missão. Essa é uma das histórias mais conhecidas
da Bíblia, inclusive as crianças a conhecem e o que mais se destaca é o grande peixe.
Mas a história não é sobre o peixe, a história é sobre Jonas e Nínive e um Deus de
amor que sempre quer salvar.

COMO ERA A CIDADE DE NÍNIVE?

Vejamos algumas curiosidades acerca de Nínive:

• Mencionada como GRANDE CIDADE 4 VEZES (Jonas 1:2; 3:2,3 e 4:11).

• Fundada pelo bisneto de Noé – Ninrode.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 61


• Tinha cerca de 600 mil habitantes.

• Uma das principais cidades do Império Assírio.

• Construída a beira do rio Tigre.

• Cidade muito rica

• Conhecida por sua crueldade (empalavam, decapitavam e amontoavam os crâ-


nios nos portões da cidade, quando guerreavam matavam crianças e bebês).

Podemos imaginar porque Jonas num primeiro momento não quis ir a Nínive, tal-
vez na cabeça do profeta estivesse o questionamento; por que pregar para um povo
mau e obstinado? Será em vão o meu trabalho, vou só me cansar. Mas a visão de Deus
era diferente.

1. DO QUE TRATA O LIVRO DE JONAS?

• Não é somente de um grande peixe (mencionado 4 X).

• Nem de uma grande cidade (mencionada 8 X)

• Não é de um profeta desobediente (mencionado 18 X)

• O livro trata de um Deus misericordioso (mencionado 36 X)

ETAPAS DA VIDA DE JONAS

I - Jonas fugindo de Deus. (1:1-3)

Jonas pensou que Deus lhe pediu algo impossível. Jonas talvez pensasse que
aquela cidade nunca se arrependeria de seus pecados, que seria um trabalho em
vão, ou mesmo que não fosse recebido, consequentemente perseguido e morto. Teve
receio, teve indisposição, mas certamente diante dos males de Nínive, teve medo.

A) Quem nunca teve medo?

Vejam alguns exemplos de homens de Deus que tiveram medo;

• Moisés – Não sei falar.

• Jeremias – Não passo de uma criança.

• Amós – Sou apenas um vaqueiro.

• Jonas teve medo, entrou no barco e dormiu tão profundamente que nem a tem-
pestade o acordou. Como alguém pode dormir sem ter a consciência pesada pelo fato
de estar desobedecendo a Deus?

62 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


Aplicação: Mesmo quando tentamos fugir, Deus vem ao nosso encontro. Em meio
ao sono profundo, Deus busca Jonas para falar com ele. Mas Deus não estava falando
através de Sua Palavra. Ele usou Suas obras – o Mar, o Vento, a Chuva, o Trovão e até
o grande Peixe, todos obedeceram a Deus, menos Jonas. Deus falou com ele através
dos marinheiros pagãos.

Deus, para mudar o rumo de nossa vida; Fala conosco. Fala de todas as formas;
pela consciência, pela natureza, por um amigo, por um animal, por um ímpio, mas
principalmente pela Palavra. Para mudar o rumo de nossa vida Deus fala.

II - Jonas andando com Deus. (3:1-3)

A) Agora Deus, quer conduzir Jonas a seu Plano.

Então os marinheiros jogaram Jonas ao mar porque queriam ser salvos – Jonas é
que estava sendo salvo.

B) Por que Deus usou um peixe?

Porque o Grande Peixe era uma das divindades dos ninivitas, (quando Jonas con-
tasse sua história eles correlacionariam com o grande peixe).

C) No capítulo 1 Jonas é tratado como uma carga perigosa. Ele é jogado fora do
navio.

D ) No Capítulo 2 Jonas é tratado como uma substância estranha para o grande peixe.
Ele é jogado fora do Peixe.

Para Deus nos conduzir em Seu Plano e nos salvar, Ele nos lança para fora; fora do
mundo, fora dos grupos de amigos, fora da velha vida, fora de tudo que não nos fará
bem.

Transição: Jonas atendeu o chamado do Senhor e pregou para os ninivitas.

III - Jonas querendo saber mais do que Deus – (4:1-3)

A) Deus perdoa o povo e Jonas se entristece.

Jonas cumpriu a Missão e Deus alcançou aquele povo, mas tem um problema. Qual
problema? Jonas não se alegra e entra em um estado de ira e logo de depressão.

B) Fica chateado, revoltado e pede a própria morte. Vs 3.

Teve tanta raiva que pediu a Deus a morte, por que tanta raiva? A resposta de Deus
mostra que a razão da raiva era o ato de Deus perdoar quando deveria trazer juízo.
Talvez por pensar que nada mudaria na vida daquelas pessoas e se fosse para per-
manecer do mesmo jeito então por que Deus o fez passar por tudo o que ele passou?
Mas aí está o que o homem não sabe, Deus conhece o coração dos homens e nunca
desiste de salvá-lo.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 63


Ilustração: Quantas vezes fazemos um trabalho missionário ou num estudo bíblico e
encontramos pessoas que aparentemente, depois de todo trabalho, nada mudou em
suas vidas?

(Se possível, conte uma história que aconteceu com você).

C) Deus revela Seu amor.

Deus tem Suas multiformes maneiras de nos revelar Seu amor e a forma como Ele
ver e então pergunta para o missionário:

i. Vs. 4 – Você tem alguma razão para essa fúria?

ii. Vs. 9 - Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta?

Mas o Senhor lhe disse: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha poda-
do nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. Contudo,
Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão di-
reita da esquerda[a], além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande
cidade?”

CONCLUSÃO:

Entre as lições ensinadas pela profecia de Jonas, sobressai a verdade de que a


graça de Deus traz a salvação a todos, e que ela não era, de fato, limitada aos judeus,
mas devia ser revelada também aos gentios. Após sua relutância Jonas percebeu que
Deus recebe os de qualquer nação que se voltam para Ele. Ao se referir aos “ninivitas”
que responderam ao apelo de Jonas para o arrependimento, Jesus condenou os ju-
deus farisaicos e orgulhosos de Sua época.

Na história de Jonas aprendemos algumas coisas:

Quando Deus nos envia, Ele espera que possamos ir;

Quando pregamos sobre o amor de Deus, precisamos viver o amor de Deus;

Quando nos alegramos com a salvação dos filhos de Deus, Ele se alegra conosco.

APELO:

• Em que etapa da vida você está?

• Por que continua dormindo como se nada estivesse acontecendo?

• O que está esperando para obedecer ao Senhor e mudar de vida?

Pr. Francisco Coelho

64 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


08 | AGOSTO

SERVIÇO E MISSÃO
Isaías 61:1-2

SERVIÇO E MISSÃO
Objetivos:
• Demonstrar que a missão de salvar pessoas é apresentada nas Escrituras
atrelada ao ato de servir as pessoas em suas necessidades.
• Ressaltar que a missão de salvar pessoas na atualidade deve andar sempre em
harmonia ao ato de ajudar as pessoas em suas necessidades (servir).

Texto principal: Isaías 61:1-2

Introdução
Atitudes de amor constrangem os corações humanos. Foram muitas as ocasiões em
que o sentimento de gratidão das pessoas pelo cuidado com as suas necessidades
físicas as levou a dar atenção à doutrina que estava sendo pregada e assim abriram
o coração e aceitaram a mensagem de Jesus Cristo. Sempre vale à pena harmonizar
a missão de salvar pessoas com o serviço às suas necessidades. Veremos a seguir
como a missão e o serviço estão em harmonia nas Escrituras e que lições podemos
tirar para a nossa vida prática na Igreja de Deus hoje.

1. O serviço e a missão no AT
Deus foi o primeiro missionário na história. Ele levou apenas a mensagem de sal-
vação ou também foi sensível às necessidades do seu público-alvo? Ao lidar com
Adão e Eva após o pecado, Deus deu ênfase na salvação eterna do casal bem como
na sua condição terrena pós-pecado. Deus indicou o meio de salvação que era pela
Sua graça através da fé no sacrifício do messias, mas também os abençoou (serviu)
com diversas bençãos fruto da sua misericórdia e amor a fim de que tivessem uma
vida feliz, apesar de limitada. Seria com o suor do rosto que comeriam o pão (Gn 3:19),
mas certamente teriam o pão; com dores de parto daria a luz filhos (Gn 3:16), mas
teriam o privilégio de formar família; a obediência aos mandamentos de Deus traria
bençãos a eles. Deus harmonizou a salvação e o serviço às necessidades do casal.

No Antigo Testamento está explícita essa preocupação do Senhor com as neces-


sidades humanas. Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias
maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 65


seguida, um dos seus objetivos: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SE-
NHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu Deus, te dará por
herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso Deus, na sua Lei, proíbe a cobrança de
juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv 25.35,36). Se o pobre entregasse algo
como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o
penhor antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este
era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos para si
mesmo e para sua família (Dt 24.14,15).

Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão
para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das se-
aras de trigo, especificamente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era
o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres
(Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao
necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). Deus, além de
prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução
de propriedades - o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinquenta anos. Todas as ter-
ras que tivessem mudado de dono desde o ano do Jubileu anterior teriam de ser devol-
vidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de tudo: a justiça haveria
de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo
(Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, Deus impedia que os pobres fossem
explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados (ver Dt 24.14).

Era através desse estilo de vida de Israel que a mensagem de salvação poderia
impactar os próprios Israelitas bem como os povos das nações vizinhas. Servir e salvar
deviam estar em harmonia na vida povo de Deus no Antigo Testamento. Apesar da
desobediência da nação em vários momentos, essa era a vontade do Senhor.

2. O serviço e a missão no ministério de Cristo


A vida e o ministério de Cristo foram em grande parte voltadas para salvar e ser-
vir os que estavam ao seu redor. Seu ministério estava focado em pregar, ensinar e
curar (Mt 4:23). Conforme visto no texto principal deste sermão, a missão de salvar e
curar estava intrinsecamente ligada à obra do messias (Is 61:1-2). Cristo cumpriu sua
missão com maestria. Na sinagoga de Nazaré Jesus cita o texto de Isaías: “o Espírito
do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me
para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em
liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4:18 e 19).

Jesus se dedicou com esmero aos pobres e desprivilegiados na sociedade ju-


daica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais
se importava a não ser Jesus (Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc
17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às
possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-
20; 16.13-15,19-31).

Jesus espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados (Mt
6.1-4). Em mais de uma ocasião, ensinou aos que o queriam seguir a se importarem
com os marginalizados econômica e socialmente (Mt 19.21; Lc 12.33; 14.12-14,16-24;

66 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


18.22). As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de
Cristo para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e
irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).

Na multiplicação dos pães e peixes (Jo 6) fica explícita essa dupla obra de Cristo:
servir e salvar. Depois de a multidão ter sido alimentada pela palavra de Deus, Jesus
se compadeceu e forneceu a eles alimento físico. Um sinal claro da sensibilidade de
Cristo também com as necessidades físicas dos homens. A vida e ministério de Cristo
era uma harmonia clara entre o ato de salvar e servir. Que exemplo!

3. O serviço e a missão no ministério da Igreja Primitiva


Os membros da Igreja primitiva entenderam que tinha uma responsabilidade com
a salvação eterna das pessoas, bem como com o seu bem-estar terreno. O apóstolo
João um dia escreveu: “ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu
irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele
o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de
verdade” (1 João 3:17 e 18). Em Atos 4:34 e 35, vemos a igreja primitiva que praticava
a benevolência, cuidando uns dos outros. A comunidade cristã de então depositava,
aos pés dos apóstolos, valores que eram distribuídos à medida que alguém precisas-
se, a ponto de a Bíblia declarar que “nenhum necessitado havia entre eles”.
O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam igualmente profunda solicitude
pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé, representando a igreja em Antioquia
da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30).
Quando o concílio se reuniu em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a cir-
cuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companhei-
ros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência”
(Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os
pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na
Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Co-
rinto não contribuísse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos
seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as
igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar
da coleta (2Co 8.1-4; 9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola
aos Romanos, ele arrola, como dom do Espírito Santo, a capacidade de se contribuir
com generosidade às necessidades da obra de Deus e de seu povo (ver Rm 12.8 nota;
ver 1Tm 6.17-19).
Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos
em Cristo. Jesus equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem
a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se im-
portava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns
dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). Quando o crescimento da igreja tornou impossível
aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo, procedeu-se a escolha de sete
homens, cheios do Espírito Santo, para executar a tarefa (At 6.1-6). Paulo declara ex-
plicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos
tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10).
Deus quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para
que haja igualdade entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14).

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 67


Conforme visto acima, não foi por acaso que os cristãos no novo testamento ti-
nham uma Igreja tão forte, pujante e que crescia de forma extraordinária. O ato de
servir as necessidades dos membros da Igreja os levavam à união plena e produzia
um povo unindo não apenas na doutrina de Cristo, mas à Sua essência de vida que
sempre foi se preocupar com os desfavorecidos. O cuidado com os membros da
Igreja Primitiva atraía outras pessoas para esse círculo de cuidado e amor. Salvação e
serviço andavam juntos.

4. O serviço e a missão através da Igreja dos últimos dias


A missão de pregar o evangelho nos dias finais da história precisa ser acompa-
nhada do serviço às necessidades das pessoas. As Escrituras Sagradas e o Espírito
de Profecia, sobretudo a vida de Jesus, são a base para que a Igreja Adventista do
Sétimo Dia, através dos seus membros, exercite as virtudes cristãs da compaixão, do
altruísmo e da solidariedade. Assim, desde os seus primórdios, a igreja se preocupou
e fez planos para que através de ofertas, como o fundo dos pobres, os necessitados
pudessem ser ajudados (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 42 e 43).
Com essa visão, em 1874, a igreja oficializou uma sociedade assistencial liderada
por voluntários da Igreja Adventista do Sétimo Dia para ministrar em favor dos pobres
e necessitados, a qual foi chamada de Sociedade Beneficente Dorcas, nome inspirado
na vida de Tabita ou Dorcas (Atos 9:36). A partir daí, à medida que a igreja foi avan-
çando para outros países, tal modelo foi sendo seguido por várias igrejas adventistas,
se espalhando por todo o mundo. Hoje, Deus continua chamando cada membro da
igreja a ser um agente de transformação em sua comunidade, seguindo os métodos
de Jesus para trazer esperança através do ministério da compaixão, mais reconhecido
hoje como Ação Solidária Adventista. “Os pobres devem ser socorridos, cuidados os
doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e
os inexperientes aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram, e alegrar-nos
com os que se alegram” (A Ciência do Bom Viver, p. 143).

Conclusão
O povo de Deus está aqui nesse mundo para ser uma bençãos às pessoas. A obra
de salvação e serviço desenvolvida por Cristo deve ser reproduzida em nós e por nós.
Olha o que diz o Espírito de Profecia:

“Se os homens cumprissem o dever como fiéis mordomos dos bens de Deus, ne-
nhum clamor haveria por pão, nenhum sofredor em penúria, nenhum desagasalhado
em necessidade. É a infidelidade de homens que gera o estado de sofrimento em que
está mergulhada a humanidade”. (Beneficência Social, p. 16).

Que sejamos instrumentos de Deus para aliviar o sofrimento do mundo e principal-


mente conduzi-los à fonte de vida e salvação em Jesus Cristo.

Apelo
Você deseja ser um agente mais efetivo de salvação e serviço às pessoas ao seu
redor? Como você acha que poderia cumprir esse chamado do Senhor?
Pr. José Lucas Santos Pereira

68 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


09 | SETEMBRO

SEGUIREI SEUS
PASSOS
Provérbios 22:6

Objetivo: ajudar os pais a compreenderem a importância do exemplo na


formação religiosa e moral dos filhos.

Texto: Provérbios 22:6

Introdução
A mãe levou seu filho ao Mahatma Gandhi e implorou: “Por favor, Mahatma, peça
ao meu filho para não comer muito açúcar, pois faz mal à saúde”. Gandhi, depois de
uma pausa, pediu: “Traga seu filho daqui a duas semanas”. Duas semanas depois, ela
voltou com o filho. Gandhi olhou bem fundo nos olhos do garoto e disse: “Não coma
muito açúcar, pois faz mal à saúde”. Agradecida - mas perplexa - a mulher perguntou:
“Por que me pediu duas semanas? Podia ter dito a mesma coisa antes!” E Gandhi res-
pondeu: “Há duas semanas, eu estava comendo açúcar. Não posso exigir dos outros
aquilo que não faço”.

Todos nós sabemos que as crianças são formadas pelo exemplo. Edmund Bunke,
estadista inglês, chamou o exemplo de “escola da humanidade”, e isto é muito verda-
deiro. Benjamin Franklin declarou que o exemplo é “o melhor sermão”.

Podemos afirmar com clareza que ensinar no caminho é diferente de mostrar o


caminho. A Bíblia convida a cada pai e a cada mãe a se tornar aquilo que seus filhos
devam ser. É desejo de Deus que os pais possam olhar para seus filhos e declarar:
sigam nossos passos!

A Bíblia está repleta de histórias de pais e mães de fé que foram exemplos para
seus filhos. Hoje vamos apresentar a história de três mães e de como o exemplo mol-
dou a vida de seus filhos. São elas Ana, mãe de Samuel, Eunice, mãe de Timóteo e,
Maria, mãe de Jesus.

I - Ana – Ouvindo a voz de Deus


Ana não possuía filhos. Sendo esta uma situação que ele não tinha poder para
resolver, foi ao templo e orou por longo tempo (1 Samuel 1:10, 12). Por se demorar em

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 69


oração silenciosa, o sacerdote Eli a teve por embriagada (v. 13). Mas na verdade ela
derramava a sua alma perante o Senhor (v. 15).

Vendo sua aflição e o tamanho de sua fé, o sacerdote comunicou a ela a voz de
Deus: “Vá em paz, e que o Deus de Israel lhe conceda o que você pediu.” (v. 17). A
resposta à sua oração não demorou. Ela teve um filho a quem pôs o nome de Samuel
(v. 20). Samuel foi consagrado ao Senhor. Morou desde a meninice no templo.

Em dias em que “a palavra do Senhor era muito rara” (1 Samuel 3.1), “o jovem
Samuel crescia em estatura e no favor do Senhor e dos homens” (1 Samuel 2:26). O
menino Samuel sabia ser sua própria vida resultado da oração de sua mãe. Aprendera
a falar com Deus e agora, ouviria Sua voz. Quando o Senhor falou com Samuel, sua
resposta foi clara: “Fala, porque o teu servo ouve” (1 Samuel 3:10).

Vivemos em dias semelhantes. Poucos falam com Deus, e quase ninguém ouve
Sua voz. Temos ensinado nossos filhos a ouvir a voz do Senhor? Conhecem eles por
experiência o que é ser amigo de Jesus? Responderão aos apelos do Espírito para
entregarem a vida a Jesus Cristo por meio do batismo?

II - Eunice – Ensinando as Escrituras


Não temos muitas informações sobre Eunice. Contudo, o pouco que sabemos é
impactante. Ao escrever ao jovem pastor Timóteo, o apóstolo Paulo resgata na me-
mória: “Lembro da sua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em
sua avó Loide e em sua mãe Eunice, e estou certo de que habita também em você”
(2 Timóteo 1:5). A fé cristã na família de Timóteo era uma herança passada de mãe
para filho. Loide, sua avó, transmitiu a verdade para Eunice, sua mãe, que por sua vez,
transmitiu a Timóteo, habilitando-o ao sagrado ministério.

Quantos garotos e garotas em nossas igrejas são ensinados a serem doutores,


professores, pesquisadores, homens e mulheres de negócios, ao passo que pouquís-
simos, ou até mesmo nenhum entre nossos filhos são ensinados a dedicarem a vida
ao Senhor como Samuel ou Timóteo? O segredo da dedicação de Timóteo ao ministé-
rio está na educação que recebeu em casa. Paulo nos fala um pouco mais sobre sua
história: “Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firme-
mente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as
sagradas letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2
Timóteo 3:14,15).

Estão nossos filhos sendo educados tendo como base a Palavra de Deus? Re-
alizamos diariamente com eles o culto familiar pela manhã e ao fim da tarde? Eles
possuem a Lição da Escola Sabatina e a estudam regularmente? Filhos que amam a
Jesus e vivem com Ele uma experiência real não são fruto do acaso!

III - Maria – Preparando para a missão


Maria foi escolhida pelo Espírito de Deus para conceber o menino Jesus (Lucas
1:30, 31), nascido dela, seria o Filho de Deus (v. 32). “— ¬Como será isto,” indagou
Maria ao anjo Gabriel, “se eu nunca tive relações com homem algum? O anjo respon-
deu: — O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a envolverá com a

70 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de
Deus.” (vv. 34,35).

Queria convidar as mães aqui presentes a se colocarem no lugar de Maria. Já


pensou criar um filho que antes de nascer você já sabia que teria uma missão tão im-
portante? Isso muda muito as coisas, não? O que vocês fariam no lugar dela? (Permita
que as mães presentes participem). Creio que nos dedicaríamos à oração e estudo
das Escrituras. A grande verdade é que todo filho (a) que Deus nos concede a respon-
sabilidade de educar não pertence a nós. Deus tem uma missão para cada um deles!

A Bíblia descreve o crescimento de Jesus como um desenvolvimento holístico,


integral, completo: “E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e
dos homens” (Lucas 2:52). Quero aqui destacar alguns pontos:
1. Jesus crescia: crescimento é necessário na vida de toda criança, juvenil ou
adolescente. É da vontade de Deus que alcancemos grandes coisas. Deus
espera que cresçamos em tudo.
2. Crescia em sabedoria: é da vontade de Deus que sejamos inteirados da ciência,
do conhecimento acadêmico. Devem nossos filhos ser criados para com a
graça de Deus ocuparem funções de destaque nas universidades e posições
de influência em outros ambientes. Mas, devem adquirir principalmente a
sabedoria do alto: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que
o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”
(2 Timóteo 3.16, 17).
3. Crescia em estatura: não devemos negligenciar os bons princípios de saúde
que habilitarão nossos filhos para o serviço do Senhor. A oração do apóstolo
João foi: “peço a Deus que tudo corra bem com você e que esteja com boa
saúde, assim como vai bem a sua alma” (3 João 2).
4. Crescia em graça: o conhecimento de Deus não pode ser negligenciado.
Devemos atuar em nossos lares como sacerdotes, preparando homens e
mulheres para transmitirem a graça de Deus por onde forem.
5. Por fim, devemos lembrar que este crescimento completo não era apenas
diante de Deus. Isto é indispensável. É para Ele que vivemos e trabalhamos.
Tudo quanto fazemos é para glorificar o Seu nome. Contudo, Jesus crescia
desta forma diante dos homens também. Outros devem atestar a vida cristã
de nossos filhos. Esta será uma influência para a vida eterna.

Assim, ao chegar o tempo apropriado, Jesus iniciou Seu ministério terrestre. Ele
não havia sido criado para viver Seus próprios “caprichos” ou a vontade de Seus pais.
Ele vivia para fazer a vontade de Deus. “Porque eu desci do céu, não para fazer a mi-
nha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (João 6:38). O princípio
de Seu ministério terrestre se deu nas águas do batismo.

Preparar filhos para Deus inclui conduzi-los ao compromisso com Ele nas águas
batismais.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 71


Conclusão
A missão de Jesus era ouvir a voz de Deus, como Ana ensinou a Samuel. Conhe-
cer as Sagradas Escrituras, como Eunice preparou a Timóteo. Por fim, compreenden-
do Sua missão neste mundo, iniciaria Seu ministério.
Este é o modelo educacional perfeito que prepara nossos filhos e filhas para ser-
viço útil neste mundo e com a certeza de participação no Reino eterno. Como pais,
temos ensinado nossos filhos a seguirem o exemplo de Jesus? Eles oram? Conhecem
a Bíblia? Estudam a Lição da Escola Sabatina? Se já possuem idade adequada, foram
eles batizados? Se não, estão sendo preparados para o santo batismo?
Será que falamos hoje a um pai, a uma mãe, que ainda não passou pela experi-
ência do batismo? Ensine seus filhos no caminho em que devem os pequenos andar.
Seja exemplo. Você pode olhar para seus filhos com tranquilidade e dizer: “sigam os
meus passos”?
O teólogo, organista, filósofo e médico alemão Albert Schweitzer declarou com
sabedoria: “Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única.”
Vimos na Bíblia que o poder do exemplo é muito forte.
Olhe o mundo ao seu redor. O caos toma conta. A imoralidade, depravação, vio-
lência, desonestidade, falta de amor e incredulidade parecem não ter limites. Qual o
exemplo que nossos filhos estão seguindo? Influencers? Jogadores de futebol? Políti-
cos? Artistas?

Como pais, devemos ser exemplo seguro para nossas crianças e adolescentes!

Apelo
Um dia o Senhor perguntará pelos nossos filhos. Que a nossa resposta seja: “Eis-
-me aqui, com os filhos que o Senhor me deu” (Isaías 8:18). Que momento especial!
Como Josué, podemos hoje declarar: “Eu e a minha casa serviremos o Senhor.” (Jo-
sué 24:15).
Quero agora, convidar aqui, homens e mulheres a se levantarem como sacerdotes
em seus lares.
Quero orar por pais que desejam, pelo poder de Deus, vencer as falhas de caráter
tornando-se assim modelos para seus filhos.
Quero convidar os pais, como representantes do Senhor na Terra, a se comprome-
terem a apresentar seus filhos ao Senhor, preparando-os para o batismo.
Querido pai, querida mãe: se hoje você aceitar este convite, se hoje dispuser o
coração a buscar o Senhor e entregar seus filhos a Ele, tenha uma certeza: “Ensine
a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará
dele”
Convido-o a declarar aos seus filhos: “Sejam meus imitadores, como também eu
sou imitador de Cristo” (1 Coríntios 11:1).
Que nossos filhos, hoje, respondam: seguirei seus passos!

Pr. Tiago Dias Santos

72 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


10 | OUTUBRO

A MISSÃO DO
REMANESCENTE
Apoc. 12:7

Objetivo: Conscientizar a igreja do nosso papel enquanto povo


remanescente

Texto: Apocalipse 12:7

INTRODUÇÃO:
Ao descrever a batalha do dragão contra a mulher e sua descendência, João utili-
zou essa expressão “os restantes da sua semente”. Essa expressão significa “os que
sobraram”, ou “remanescentes”. A Bíblia retrata o remanescente como observadores
dos Dez Mandamentos, que enfrentarão os furiosos assaltos de Satanás contra esses
filhos de Deus que, diante de perseguições e apostasias, permanece fiel a Ele, mas
não pisaram a sua verdade antes serão pisados por ela, antes ficarão firmes e leal a lei
imutável do Criador e Senhor de suas vidas.

I. As características do remanescente
As características do remanescente dos últimos dias não podem ser confundidas
pois João os descreve em termos específicos.
a. Guardam os mandamentos de Deus.
b. Têm o testemunho de Jesus.
c. Têm a responsabilidade de proclamar, a tríplice mensagem angélica de
Apocalipse 14:6-12. Como uma advertência final de Deus ao mundo, antes
do retorno de Cristo.

O povo remanescente de Deus é caracterizado por uma fé semelhante a que Je-


sus possuía. Temos a inabalável confiança na autoridade das Escrituras. Cremos que
Jesus Cristo é o Messias da profecia, o Filho de Deus, que veio como o Salvador do
mundo. Nossa fé abrange todas as verdades bíblicas, as mesmas que Jesus pregava.

Os remanescentes se dedicam à proclamação do evangelho eterno, o evangelho


da salvação pela fé em Cristo Jesus. Nossa pregação é apresentar ao mundo que a

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 73


hora do juízo de Deus é chegada, e assim fazer com que os outros se preparem para
o breve encontro com o Senhor. Nossa missão é de extensão mundial - “a cada nação,
e tribo, e língua, e povo” (Apocalipse 14:6).
d. Outra característica do remanescente é a de ser conduzido pelo “testemunho
de Jesus”. De acordo com Apocalipse 19:10, o testemunho de Jesus é o
“espírito de profecia”. Logo, o remanescente crê no dom profético concedido
por Deus à Sua igreja.

Deus tem pressa e Ele tem filhos em todas as igrejas, mas é através da igreja
remanescente que Ele proclama a mensagem que deverá restaurar a verdadeira ado-
ração, mediante o chamamento de Seu povo para fora dos círculos da apostasia e a
preparação dele para o retorno de Cristo.

“Mas ninguém deverá sofrer a ira de Deus antes que a verdade se lhe tenha apre-
sentado ao espírito e à consciência, e haja sido rejeitada [...]”. Cada qual receberá
bastante esclarecimento para tomar inteligentemente a sua decisão.

II – A Pedra de Toque, o selo de Deus


O sábado será a pedra de toque da lealdade; pois é o ponto da verdade es-
pecialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a
linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O servem. Ao passo que a
observância do sábado espúrio, em conformidade com a lei do Estado, contrária ao
quarto mandamento, será uma declaração de fidelidade ao poder que se acha em
oposição a Deus, é a guarda do verdadeiro sábado, em obediência à lei divina, uma
prova de lealdade para com o Criador. Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de
submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal
da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus” (GC, 605).

“Agora é o tempo de se preparar. O selo de Deus nunca será posto sobre a fonte
de um homem ou mulher impuros. Jamais será posto sobre a fronte do homem ou da
mulher ambiciosos e amantes do mundo. Jamais será posto sobre a fronte de homens
e mulheres de línguas falsas e corações enganosos. Todos quantos recebem o selo
devem estar sem mancha perante Deus: candidatos ao Céu” (T5, 216).

III - A Grande Comissão


Cristo nos chama para sermos fortes de caráter firmes e comprometidos, é Ele que
diz:

“Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípu-
los de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vo-
cês, até o fim dos tempos” Mateus 28:18-20.

A Grande Comissão só é possível por causa do trabalho triunfante do Filho de


Deus, Jesus o Senhor. Em outras palavras, é devido à sua obra como Deus, o Filho
encarnado de que Ele age como nosso representante e substituto e ganha para nós
a nossa salvação. Sem Seu trabalho completo, para nós não haveria salvação e tão

74 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


pouco a Grande Comissão. É esta última ênfase que Mateus 28:18-20 salienta. Em
virtude da sua ressurreição, nosso Senhor anuncia que “toda a autoridade foi dada a
Ele”, o todo é composto de todas as partes, portanto nada ficou para Satanás diante
do Senhor que é vitorioso e triunfante Ele envia o seu povo para o mundo sob essa
autoridade. E essa são as ordens do nosso Rei Jesus que nós, como Seus embai-
xadores, devemos levar o evangelho às nações. Mais uma vez, isso nos lembra que
não há vocação maior que se possa imaginar para servir como Seus embaixadores
anunciando Seu trabalho triunfante e reino às nações.

Como remanescente lembre-se que uma vida de testemunho é, e deve ser, uma
vida de adoração. É levando outros a presença de Deus através da orientação e capa-
citação do Espírito Santo, com o resultado final sendo a glória suprema de Deus.

Ilustração: A estátua de Coligny em frente ao Oratório em Paris tem a seguinte


inscrição: “Porque ficou firme, como vendo o invisível”.

Embora não tenhamos uma estátua, nem glórias neste mundo; teremos a recom-
pensa por permanecermos firmes como vendo o invisível. “Sê fiel até à morte, e dar-te-
-ei a coroa da vida”. Apoc. 2:10.

CONCLUSÃO
Somos chamados para dar o último som de misericórdia ao mundo. Para declarar
que Cristo vem para reinar, e todos os que O aceitarem, festejarão com ele. Somos
chamados para advertir o mundo que DEUS selará o seu povo e colocará um ponto
final na história de pecado e sofrimento. Levante-se como remanescente e erga bem
alto a bandeira ensanguentada do príncipe Emanuel.

APELO:
“A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem
nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; ho-
mens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciên-
cia seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes
pelo que é reto, ainda que caiam os céus”. Educação, págs. 56 e 57.

Está você disposto a ser e homem e essa mulher? A se levantar e cumprir este
propósito de Deus para sua vida?

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 75


11 | NOVEMBRO

MANIFESTANDO
A GLÓRIA DE DEUS
Isaías 66

Tese: Os Salvos em Cristo buscam outros para salvar.

INTRODUÇÃO
O profeta Isaías desenvolveu seu ministério profético em um período conturbado.
Tanto para Judá quanto para Israel era uma época de perigo e crise. O povo de
Deus estava trilhando os caminhos do pecado. Sob o governo de Azarias (Uzias), em
Judá, e Jeroboão II, em Israel, ambas as nações tinham se fortalecido e prosperado.
Porém, a prosperidade material trouxe o declínio espiritual. Isaías advertiu o povo
de que isso não podia mais continuar. Yahweh abandonaria Seu povo que, embora
professasse buscar a justiça, seguia os caminhos do mal. Isaías afirmou que o
mundo inteiro era governado por um só Deus, um Deus que exigia justiça, não
apenas dos hebreus, mas de todas as nações da Terra, e que julgaria todos os povos
que persistissem na maldade.

A mensagem apresentada em Isaías 66 mostra um Juízo iminente que deve


ser precedido pela manifestação da glória de Deus para o mundo através dos seus
mensageiros, os salvos, e a exaltação do nome dos salvos que proclamaram a glória
do SENHOR. Em Isaías 66 vemos claramente que os salvos em Cristo buscariam
salvar outros.

Vejamos cada um desses pontos apresentados:

I – O JUÍZO ANUNCIADO – v.15, 16


A - O profeta Isaías declara que Deus fará Juízo:

Os juízos divinos cairiam sobre a Assíria e Babilônia, sobre a Filístia e o Egito,


sobre Moabe, Síria e Tiro. Por fim, o mundo todo seria arruinado por causa da sua
iniquidade. Apenas Deus seria exaltado, e Seu povo O adoraria num novo mundo de
perfeita alegria e paz.

76 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


O profeta trás reiteradas mensagens de advertências ao povo de Deus e também
aos povos de outras nações. Assim como no passado, muitos hoje vivem como se
suas ações não tivessem consequências e ignoram as constantes mensagens atuais
de advertência; mas é certo que Deus trará juízo.

B - O juízo na bíblia é sinônimo de salvação para o povo de Deus


Embora o tema do Juízo seja apresentado pelo profeta Isaías e por tantos outros
profetas ao longo da bíblia. Os filhos de Deus não deveriam temer o momento do
Juízo. Em realidade, no livro do Apocalipse somos convidados a Temer a Deus e
dar-Lhe glória pois a chegada do juízo é boa nova de salvação para o povo de Deus.
Em Isaias 63:4 o Senhor declara que na hora da vingança, que é representada pelo
Juízo, Ele irá redimir o seu povo.

C - O juízo é a garantia de Deus de que o mal não prevalecerá


No salmo 73 o salmista Davi estava angustiado por ver os maus prosperando e
por não enxergar ninguém que pudesse conter sua maldade. Mas no verso 17 ele
declara: “Até que entrei no santuário e vi o fim o fim deles”. No juízo Deus coloca um
ponto final a toda a maldade

É assim que Ellen White descreve o fim do mal: “O Grande Conflito terminou,
pecado e pecadores não mais existem, o universo inteiro está purificado, Daquele
que tudo criou emana vida, luz e alegria. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos
mundos todas as coisas animadas e inanimadas declaram em sua serena beleza que
Deus é amor”. (G.C, p. 678)

Deus é amor e não permitirá que nenhum habitante do mundo enfrente o juízo
sem que antes tenha tido a oportunidade de comtemplar a sua glória, de conhecer
os seus planos, de ouvir do evangelho e tomar a decisão de receber a salvação. E é
este o aspecto apresentado na segunda parte da mensagem de Isaías 66.

II – DEUS QUER MANIFESTAR A SUA GLÓRIA PARA O MUNDO – v.18


No verso 18 o profeta declara o expresso desejo de Deus de manifestar sua glória
para o mundo. Afinal, pelas próprias características do seu amor, Deus deseja se
manifestar para o máximo de filhos possível. E esse sempre foi o propósito de Deus
como podemos ver a partir do chamado de Abraão.

A - Deus chamou Abraão com o desejo de a partir dele abençoar todas as famílias
da terra.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 77


“Então o Senhor disse a Abrão: Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e
da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei [...] e por meio de você
todos os povos da terra serão abençoados”. (Gn. 12:1-3)

No chamado que DEUS faz a Abraão há um propósito: mostrar ao mundo a glória


do Senhor para abençoar todas as famílias da terra.

B – O povo de Israel deve cumprir o papel de tornar o nome de Deus conhecido


ao mundo.
Êxodo 19:5 e 6 diz: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e
guardardes a Minha aliança, então, sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos
os povos; […] vós Me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras
que falarás aos filhos de Israel”.

Após o dilúvio muitas nações se desenvolveram nas terras agora conhecidas


como Oriente Médio. Deus estava dirigindo os eventos em direção ao cumprimento
de Seu grande plano para a humanidade. Ele tinha um mundo a salvar e uma
mensagem a ser proclamada.

C - Contemplar a glória do Senhor trará um novo sentido a vida (Isaías contemplou


e mudou de vida)
No capítulo 6:1, o profeta Isaías tem um vislumbre da glória do Senhor, ele fica
com medo pois a glória do Senhor revela um contraste entre a santidade de DEUS e
a pecaminosidade do homem. Mas no verso 6, o profeta que continua contemplando
a glória de Deus recebe um vislumbre da graça de Deus, recebe perdão dos pecados
que vem através da purificação dos seus lábios e um novo sentido na vida através
da missão dada por Deus.

Esta manifestação da glória divina ocorreu quando Isaías visitava os sagrados


recintos do templo. Deus pretendia que Isaías tivesse uma visão mais ampla do que
aquela proporcionada pelo contexto político. Deus queria que ele soubesse que a
despeito de todo o poder da Assíria, que assolava o mundo, Ele era supremo em Seu
trono e estava no controle de tudo.

Quando Deus manifesta sua glória a Isaías, e o purifica, o transforma, Ele faz
um chamado ao profeta através da pergunta: “Quem há de ir por nós”? Isaías agora
transformado e revestido da justiça de Deus aceita o chamado respondendo: “Eis-
me aqui, envia-me a mim”. Semelhante ao que aconteceu com o Isaías, Deus deseja
usar a todos aqueles que já tiveram um encontro com Ele, já foram salvos por ele,
para “proclamar as virtudes dAquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa
luz”. Nos versos 19 e 20 do capítulo 66 Isaías profetisa que os salvos hão de sair
em busca de outros para revelar a glória do Senhor.

78 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


III – DEUS USARÁ OS SALVOS PARA SALVAREM OUTROS – 19 e 20
Ellen White declara que “aquele que se torna um filho de Deus deve, daí em
diante, considerar-se como um elo na cadeia descida para salvar o mundo, um com
Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele buscar e salvar os perdidos”. — A
Ciência do Bom Viver, 105

Em Isaías 66:19,20 vemos o povo que foi salvo saindo em busca de outros para
salvar e isso acontece porque “Os Salvos em Cristo buscam outros para salvar”. Pois
Deus tem um sonho para sua Igreja, o sonho de ver Todos Envolvidos Na Missão.

A - O grande amor de Deus gera gratidão no coração dos salvos que vão em
busca dos seus irmãos.

Todos aqueles que foram resgatados da condenação, aqueles que teriam um


fim triste no juízo não fosse a graça maravilhosa de Deus, estes que no Juízo foram
poupados, eles têm um coração transbordante de alegria e essa gratidão pelo que
DEUS fez por eles os motiva a sair em busca dos perdidos.

Sobre o desejo de apresentar a glória de Deus ao mundo, EGW diz:

“No momento em que uma pessoa aceita Cristo em seu coração nasce um
desejo de apresentar aos outros o precioso amigo que encontrou em Jesus Cristo;
a verdade salvadora e santificadora não pode ficar escondida em seu coração. Se
estivermos revestidos da justiça de Cristo e cheios da alegria que seu espírito produz,
será impossível nos contermos”. (Caminho a Cristo, p.78)

B - Os salvos irão aos lugares próximos e distantes para proclamar a glória do


SENHOR.

“Todo Verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como misionário” - EGW

O profeta Isaías diz que os salvos o Senhor enviará a nações distantes, indo os
primeiros para Tarsis. Ainda outros vão aos líbios e lídios (“Pul e Lude”) que são
povos africanos (Gn 10.6); O profeta continua dizendo que os salvos são enviados
a Tubal que são os tibereanos, que viviam na região do Cáucaso Ez 27.13). Os de
Javã são os moradores da Grécia, e os habitantes das “terras do mar mais remotas”
são os países litorâneos e ilhas do Mediterrâneo. Em relação a todas essas nações é
verdade que não ouviram falar da fama do Senhor, nem viram a Sua glória; elas não
O conhecem. Para elas, Ele enviará os “que foram salvos”, e eles tomarão conhecida
a glória do Senhor.

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 79


Ao mesmo tempo através da palavra do profeta Isaías o Senhor está fazendo um
chamado para mim e para você, nós que um dia O aceitamos e somos salvos em
Jesus. Ele nos convida a irmos apresentar Sua glória as pessoas da nossa rua, do
nosso bairro, da nossa escola, no nosso prédio, da nossa família; aos de perto e aos
de longe.

Podemos fazer isso entregando um livro missionário e convidando-as para


estarem na igreja. Podemos fazer isso entregando uma cesta de alimentos e
convidando-as para o nosso PG. Podemos fazer isso oferecendo um curso gratuito
da bíblia. Podemos fazer isso, de maneira presencial, ou de maneira virtual através
da plataforma Zoom, instagran, chamada de vídeo pelo whatzap, etc...

Podemos fazer de muitas maneiras, só não podemos deixar de fazer.

C - O resultado do trabalho dos salvos é visto nas milhares de pessoas que


voltam para Jerusalém

O profeta contempla o retorno dos salvos trazendo outros que viram a glória do
Senhor e também foram salvos. E não são poucas pessoas, pois elas vem em vários
meios de transporte.

Como resposta, as nações trarão os judeus da Diáspora de volta a Jerusalém


“por oferta ao Senhor”, isto é, tendo sido convencidos da Sua grandeza, elas O
honrarão. A enumeração de todos os meios de transporte - cavalos, liteiras, mulas,
dromedários - serve para dar uma impressão forte do grande número de pessoas
que retornará, e da ansiedade com que os gentios colocarão à disposição deles
todos os meios à mão. A imagem da oferta é ampliada na comparação com as
ofertas de manjares. A frase “em vasos puros” indica que as ofertas de manjares, e
semelhantemente os judeus que estão voltando, são um sacrifício puro que agrada
ao Senhor.

Muitas vezes vemos muitos obstáculos em nossa frente que nos impedem de
ir. Para alguns é a vergonha de fazer um contato pessoal, para outros o medo de
não saber como começar um estudo bíblico, ou ainda a dificuldade em deixar a
zona de conforto; mas um coisa é certa, a recompensa vem e nos fará transbordar
de alegria, pois como diz o salmo 126:5,6 “Aquele que semeia com lágrima, com
alegria colherá os frutos. E o que semeia a semente andando e chorando, voltará,
sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus feixes”.

80 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


IV – O NOME DE TODOS OS SALVOS ESTARÃO PARA SEMPRE DIANTE DO
SENHOR – v. 22
No verso 22 o profeta acrescenta a certeza de que da mesma forma que os
novos céus e a nova terra permanecerão, também o nome e a descendência de Israel
“estarão diante de mim” diz o Senhor, portanto, durarão para sempre.

A recompensa de contemplar a glória do Senhor e compartilhá-la com outros


será manifesta na alegria do cântico dos remidos. Nas mansões eternas então
perceberemos que tudo valeu a pena. Sempre seremos lembrados por toda a
eternidade como aqueles que foram o alvo do supremo amor de Deus. Ele tem
nossos nomes escritos no seu coração e jamais nos esquecerá.

Agora, gostaria de convidá-lo a pensar nas pessoas a quem você manifestou a


glória do Senhor, àquelas que poderiam ter tido um fim triste no Juízo, que poderiam
ter sido eternamente esquecidas, mas que foram salvas através de você e que
serão eternamente lembradas. Ouça-as entoarem palavras de gratidão ao cordeiro
primeiramente, mas também a você:

“Quando os portais daquela linda cidade lá do alto se revolverem nos seus


luzentes gonzos, e nela entrarem as hostes que observaram a verdade, coroas de
glória ser-lhes-ão colocadas sobre a cabeça, e eles atribuirão a Deus honra, glória e
majestade. E naquela ocasião alguns se aproximarão de vós, dizendo: “Não fossem
as palavras que me proferistes bondosamente, não fossem vossas lágrimas, súplicas
e diligentes esforços, e eu nunca teria visto o Rei na Sua formosura.” Eventos Finais,
294

CONCLUSÃO
Hoje Deus te convida para manifestar aos seus amigos, vizinhos e parentes
a Sua Glória, afinal, Os Salvos em Cristo buscam outros para salvar”. Lembre-se que
Deus tem um sonho para sua Igreja, o sonho de ver Todos Envolvidos Na Missão.

APELO
Gostaria você de se colocar em pé como demonstração de que aceita o chamado
de Cristo de apresentar a glória de DEUS as pessoas?

Pr Daniel Carvalho UNB

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 81


12 | DEZEMBRO
PESCADORES DE
HOMENS
Marcos 1: 16-18

Objetivo: mostrar que quando Deus chama Ele capacita.

Texto: Marcos 1:16-18

INTRODUÇÃO
A arte de pescar é uma arte milenar, e com o passar do tempo foram desenvolvi-
das várias formas de captura das espécies aquáticas. Podemos usar aqui o exemplo
das “redes de pesca” principalmente a de emalhar (aquelas em que os peixes ficam
presos em suas malhas) e as de cerco (uma rede de emalhar com argolas que cerca o
peixe ou o cardume), que são usadas para capturar espécies que vivem em cardumes.
O anzol dependendo do tamanho e formato é empregado na captura de pequenos,
médios ou grandes peixes. Mas a forma de pescar que mais impressiona é a forma
de arrasto em alto mar, nesta, são capturadas várias espécies e todas em grande
quantidade. É nesse contexto de pesca que identificamos os personagens da história
de hoje. Permita- me vos apresentar Pedro, André. Eles eram grandes pescadores,
habilidosos neste quesito, sabiam como ninguém a arte da pesca, e foi neste contexto
que eles receberam o convite do Mestre. Quando estavam lançando suas redes.

I – O CHAMADO
Caminhando junto ao mar da Galileia, Jesus avistou dois irmãos, Simão (que pos-
teriormente seria chamado de Pedro) e André, os dois receberam o chamado divino
para serem pescadores, agora não mais de peixes, mas pescadores de homens, e
prontamente, diz o relato bíblico, eles deixaram suas redes e passaram a seguir Jesus.
(Mt 4:18-20). É importante frisar que Pedro e André não tinham nenhuma qualificação
para o novo ofício, o de pescar homens. Mas durante o tempo que permaneceriam
com Jesus, seriam capacitados para tal serviço.

Logo adiante diz o relato de Mateus, Jesus chamou mais dois irmãos, Tiago e
João (Mt 4:21) e prontamente como Pedro e André passaram a seguir Jesus. Mais dois
que não tinham nenhuma habilidade, entretanto receberiam a capacitação devida do
mestre.

Em relação aos chamados feitos por Cristo a estes homens que se prontificaram a
estar com Mestre, Ellen White, a profetisa do Senhor declara:

82 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


“Jesus escolheu homens ignorantes, porque não haviam sido instruídos nas tradi-
ções e errôneos costumes de seu tempo. Eram dotados de natural capacidade, humil-
des e dóceis - homens a quem podia educar para Sua obra. Há, nas ocupações co-
muns da vida, muitos homens que seguem a rotina dos labores diários, inconscientes
de possuírem faculdades que, exercitadas, os ergueriam à altura dos mais honrados
homens do mundo. Requer-se o toque de uma hábil mão para despertar essas facul-
dades adormecidas”. (DTN, p. 250)

E é exatamente dessa maneira que Jesus trabalha, Ele capacita a todos que se
colocam à sua disposição e aceitam o seu chamado.

II – A CAPACITAÇÃO
De acordo com Lucas 3:23, Jesus começa seu ministério com 30 (trinta) anos de
idade, e desta forma podemos atestar que os discípulos passaram bastante tempo
com Jesus, tempo suficiente para se prepararem para a grande Missão.
Que privilégio, homens comuns, pessoas simples, foram escolhidos para estarem
junto ao Mestre, para serem instruídos na arte ganhar pessoas para o seu reino. (Lucas
12-16).
Foram praticamente três anos e meio, aprendendo as mais variadas lições de vida.
Aprenderam a amar o próximo (Mt, 22:37-39), viram refletido no mestre a essência da
compaixão (Mc1:40-41), foram ensinados a perdoar (Mt 18:21-22), e aprenderam até
mesmo a orar (Mt 6:9-13). Poderíamos citar muitos outros aspectos aqui, todavia estes
já nos dão a certeza de que esses homens aprenderam com o melhor professor: Jesus
Cristo.
Ellen White ao descrever esse episódio declara:
“Foram esses os homens que Jesus chamou para colaboradores, e deu-lhes a
vantagem da convivência com Ele. Nunca tiveram os grandes homens do mundo um
mestre assim. Ao saírem os discípulos do preparo ministrado pelo Salvador, já não
eram mais ignorantes e incultos. Haviam-se tornado como Ele no espírito e no caráter,
e os homens conheciam que haviam estado com Jesus” (DTN, p. 250)

III – PESCADORES DE HOMENS


Após a ascensão de Jesus aos céus, Pedro, na companhia dos outros discípulos,
e diante de uma multidão (atos 2:14-36), fizera uma linda exposição acerca de JESUS,
falando claramente sobre o salvador em um discurso em Jerusalém. E nesta mensa-
gem apresentou a Jesus de forma clara, declarando que Ele havia ressuscitado dentre
os mortos, estava vivo, e eles eram testemunhas disso, e por fim assegurou que todo
aquele que invocasse seu nome seria salvo.

Diante de tal explanação, seus ouvintes movidos pelo poder do Espírito Santo
reagiram de maneira assertiva pelo evangelho, como declara o texto bíblico:

“Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se lhes o coração e perguntaram a Pedro


e aos demais apóstolos: Que faremos irmãos?”

Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome


de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito
Santo” (Atos 2:37,38).
Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 83
Aqueles simples homens que outrora pescavam peixes no lago ou no rio agora
estavam pescando homens e mulheres para o reino de Deus.
Semelhante aos discípulos, Deus também deseja nos capacitar para compartilhar-
mos do seu amor e da salvação em cada lugar aonde formos e com qualquer pessoa
que nos encontrarmos. Não existe maior privilégio que o de sermos embaixadores de
Cristo, por isso, coloque-se a disposição e seja um pescador de almas.

IV – A GRANDE PESCA
Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo
naquele dia de quase três mil pessoas (Atos 2:41). A respeito dessa manifestação do
poder de Deus que resultou na conversão de almas e expansão da igreja, EGW diz:
“Sob a influência desta celestial iluminação, as passagens da Escritura que Cristo
tinha explanado aos discípulos apresentavam-se perante eles com o brilho da verdade
perfeita. O véu que os impedia de ver o fim do que fora abolido estava agora removido,
e eles compreendiam com perfeita clareza o objetivo da missão de Cristo e a natureza
de Seu reino. Puderam falar com poder a respeito do Salvador; e ao desdobrarem
perante seus ouvintes o plano da salvação, muitos ficavam convictos e vencidos. As
tradições e superstições inculcadas pelos sacerdotes eram varridas de sua mente, e
os ensinos do Salvador, aceitos”. (AA, p 44)
Aqueles homens pescaram com “rede de arrasto”, a pesca foi maravilhosa, foram
bem treinados, capacitados e empoderados pelo Espírito, e aqui vemos o cumprimen-
to do chamado de Cristo quando disse: “Vos farei pescadores de homens”.

ILUSTRAÇÃO
Em nossos dias tivemos o privilégio de conhecer grandes pescadores de homens,
e eu quero citar o grande Pr Bullon, homem de Deus que levou milhares de pessoas
aos pés de Cristo. Outro grande homem de Deus que podemos citar é o carismáti-
co Pr. Luís Gonçalves, desse, já ouví histórias fantásticas de conversões onde ele foi
instrumento nas mãos de Deus. Não importa o tempo e a época Deus ainda está em
busca daqueles que querem ser instrumentos em suas mãos.

CONCLUSÃO
Deus chamou simples pescadores, para serem ganhadores de almas, pescadores
de homens, e esse chamado também foi estendido a nós. O mundo precisa saber que
só há salvação em Jesus, que só há esperança no nome de Cristo. E assim como os
discípulos, também não estamos sozinhos, temos o Espirito Santo ao nosso lado para
nos auxiliar e nos “guiar em toda a verdade”. Mais que isso Ele quer fazer nos dar po-
der para sermos Suas testemunhas tanto “em Jerusalém, como em toda a Judeia, Sa-
maria e até aos confins da terra”. Qual é a sua profissão? Como você passa o tempo?
Quais são suas habilidades? Lembre-se: não importa qual sua profissão ou ocupação,
fomos chamados para sermos ganhadores de almas, pescadores de homens.

APELO
Gostaria voce de se colocar nas mãos do Senhor para que Ele o capacite e faça
de você um pescador de homens?

Pr. Geraldo Lisboa


84 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal
DICAS DE
LEITURA

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 85


SERVIÇO CRISTÃO

Ellen White, Casa Publicadora Brasileira, 2004, 284 p.

Esta obra é resultado de um vasto exame dos escritos de Ellen White, onde se
extraiu seus principais textos que falam sobre missão. Na leitura desse livro você
encontrará instruções que tratam especificamente da necessidade, importância,
método e recompensa do esforço missionário fervoroso e consagrado. Dada a
importância e abrangência de seu conteúdo, Serviço Cristão poderia apropriadamente
ser denominado uma Enciclopédia do Serviço Missionário. Assim, o conteúdo desse
livro é indispensável para todo obreiro cristão que deseja ser fiel a Grande Comissão
de fazer discípulos.

COMUNIDADE DE AMOR

James A. Cress, Casa Publicadora Brasileira, 2010, 175 p.

Como lidar com os novos membros? Agora você pode descobrir respostas bíblicas
colocadas em prática em uma igreja local. Este livro desafiador apresenta diretrizes
e métodos que funcionam na vida real. Os novos membros, assim como crianças
recém-nascidas, precisam de cuidados. Precisam ser treinados, equipados e usados
no serviço do Senhor para se tornarem verdadeiros discípulos. Fazer discípulos é
tarefa da igreja local. É algo que não pode acontecer em nenhum outro lugar. Leia
este livro e transforme sua igreja em uma comunidade de amor.

DISCÍPULOS MODERNOS

Russell Burrill, Casa Publicadora Brasileira, 2006, 144 p.

Este livro ensina como formar cristãos participantes ativos, não apenas
expectadores passivos, no cumprimento da Grande Comissão. Ele propõe nada
menos que uma reestruturação do pensamento sobre como fazer evangelismo.
A implementação desta visão discipuladora resultará em igrejas amadurecidas,
responsáveis por seu próprio crescimento espiritual e numérico. Os pastores terão
mais liberdade para disseminar o evangelho e plantar novas congregações. Essas
ideias podem ser consideradas novidade, mas têm precedentes na igreja cristã
primitiva do Novo Testamento. Imagine o que acontecerá quando a igreja redescobrir
o segredo do poder! Imagine o segundo pentecoste!

86 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal


MEU TALENTO. MEU MINISTÉRIO

Jair Miranda, Casa Publicadora Brasileira, 2017, 160 p.

Quando colocamos em prática a comissão evangélica de fazer discípulos de todas


as nações, estamos exercitando os dons que foram concedidos por Jesus. Ocupados
no serviço da compaixão, vivemos o evangelho e o comunicamos ao próximo de
modo real, audível, visível e palpável. Quem se engaja ativamente na missão coloca
a compaixão do Salvador à disposição do próximo, de maneira visível e concreta.
Leia este livro e descubra como ser útil e relevante para a obra de Deus ao usar seus
talentos, habilidades e hobbies para comunicar o evangelho de Cristo.

TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃO

Alejandro Bullón, Casa Publicadora Brasileira, 2018, 106 p.

É Tempo de o Povo de Deus (...) trabalhar. O mundo é


o nosso campo de ação, e devemos esforçar-nos para dar
ao mundo a última mensagem de misericórdia. - Ellen G.
White

Todos Envolvidos na Missão segue o desafio de Cristo


a todo crente: “Ide por todo o mundo.” Mais do que um
chamado ao serviço, esta obra apresenta maneiras simples
e práticas para cada membro da igreja participar do trabalho
de Deus, seja em outro país ou do outro lado da rua.

Este livro traz um desafio que envolve homens, mulheres,


jovens e crianças, todos chamados a se comprometer com
a proclamação da verdade de Deus. Os membros da igreja
devem se unir aos pastores e líderes. É isso que significa
Todos Envolvidos na Missão - cada um fazendo alguma
coisa por Jesus - seja você um voluntário, pastor, homem,
mulher, jovem ou criança. Que Deus abençoe de todas as
maneiras possíveis o esforço evangelístico em favor do
mundo, mediante o poder do Espírito Santo. Jesus voltará
em breve!

Manual do Diretor do Ministério Pessoal - 87


ANEXO I
NOME

IDADE IGREJA FONE

1. Atualmente, você está participando de alguma atividade missionária?


( ) Sim ( ) Não
Se sua resposta foi positiva, mencione qual atividade missionária você está realizando:
( ) Faço parte de uma dupla missionária.
( ) Sou líder, anfitrião ou líder associado de um PG.
( ) Sou instrutor bíblico.
( ) Coordeno uma classe bíblica.
( ) Distribuo regularmente literaturas e DVDs missionários.
( ) Realizo séries de conferência evangelística.
( ) Outra: ____________________________________
2. Você participa de algum ministério na igreja focado em servir a comunidade e
alcançar pessoas para Cristo? Ex.: ministério nos presídios, feiras de saúde, etc.
( ) Sim ( ) Não
Se sua resposta foi positiva, mencione o ministério que você tem atuado:
___________________________________________________________
3. Você está estudando a Bíblia com alguém, no momento?
( ) Sim ( ) Não
Se sua resposta foi positiva, mencione a quantidade de pessoas: ______________
4. Que dons ou talentos você tem que poderiam ser usados para pregação do
evangelho? Pense naquilo que você sabe fazer bem!
________________________________________________________________________
________________________________________________________________
5. Você sente fortemente que deve servir em um determinado ministério ou ajudar um
determinado grupo de pessoas que ainda não conhece o evangelho? Comente:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
6. Na sua opinião, por que alguns membros não se envolvem ativamente na
pregação do evangelho?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

88 - Manual do Diretor do Ministério Pessoal

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