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O EVANGELHO DA BÍBLIA

por
KENNETHJONES

Curso Bíblico
"ALFA E ÔMEGA"
C.P. 3033
06210-990 Osasco - SP
Fone: (011) 869-3526
O estudo "O EVANGELHO DA BÍBLIA" é constituído por 15 lições.
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dente. Não deve tentar preencher a Folha de Prova até ter lido a res-
pectiva lição com calma e atenção.
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O EVANGELHO DA BÍBLIA

Lição n.° 1

O ESTADO PECAMINOSO DO HOMEM E A


NECESSIDADE DO EVANGELHO

Génesis 1:26 e 27; 3:1 a 7; Romanos 1:19 a 25


Uma das grandes dificuldades no evangelismo é convencer o povo da sua neces-
sidade de Cristo e da redenção efetuada na cruz. Por isso, os que evangelizam, em
primeiro lugar, têm de ressaltar o ensino bíblico em relação ao estado pecaminoso
da raça humana. Nesta lição pensemos como Deus criou o homem e como pelo pe-
cado ele se encontra longe de Deus.

O HOMEM FOI CRIADO À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS;


"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança" (Génesis 1:26; 5:1 e 9:6). Em l Corfntios 11:7 este fato é repetido:
"Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça por ser ele IMAGEM e gló-
ria de Deus". Neste versículo o sentido básico da palavra grega traduzida "imagem"
é sombra ou perfil. Deus fez o homem à sua IMAGEM conforme a sua SEMELHAN-
ÇA. A palavra "semelhança" é a tradução exata. Por meio destas duas palavras
(imagem e semelhança) podemos compreender como o homem foi criado. Como
um objeto projeta a sua sombra, o homem foi criado como a sombra e na seme-
lhança de Deus.

O HOMEM NÃO FOI CRIADO À SEMELHANÇA TOTAL DE DEUS.


O Senhor Jesus é a imagem e a semelhança total de Deus. Hebreus 1:3 expressa
esta verdade: "Ele (Cristo) que é a EXPRESSÃO EXATA DO SEU SER". Esta
linguagem só pode descrever o Senhor Jesus e mais ninguém. Ele é mais do que uma
sombra ou perfil de Deus. Ele é Deus.

EM QUE SENTIDO FOI O HOMEM CRIADO À IMAGEM E CONFORME A


SEMELHANÇA DE DEUS?
Deus é espírito (João 4:24) e também o homem foi criado em espírito à seme-
lhança de Deus. O corpo do homem é a casa onde o seu espírito reside e pela qual
ele expressa o seu ser.

DEUS É ESPfRITO, TENDO INTELIGÊNCIA, EMOÇÃO E VONTADE.


O homem é a sombra de Deus e também tem inteligência, emoção e vontade,
isto é, ele tem entendimento, podendo amar e escolher por si mesmo. Em tudo isto
ele é apenas a sombra de Deus, porque a natureza humana tem as suas limitações
enquanto em Deus não há limites, pois, nEle a sua inteligência é infinita, o seu
amor infinito e a sua vontade é suprema. O homem foi criado à imagem de Deus
para viver em harmonia e união com Ele, e deste modo as suas limitações seriam
complementadas pelo Ser eterno e infinito. Porém, o homem escolheu uma exis-
tência separada de Deus; a união com Ele foi desfeita procurando cada vez se dis-
tanciar mais.
A RAZÃO PORQUE O HOMEM FOI COLOCADO EM CIRCUNSTÂNCIAS DE
PROVAÇÃO.
O homem pode escolher por si mesmo porque tem vontade livre, e não é uma
máquina. Deus colocou o homem no jardim de Éden para "o cultivar e o guardar"
(Génesis 2:15), mas com uma só proibição, um limite que ele não podia ultrapassar.
O que começou com a provação, pela presença do tentador, tornou-se uma tenta-
ção, que teve como desfecho a entrada do pecado no mundo, a queda do homem
e com ele a raça humana. Satanás fez uma pergunta para chamar a atenção de
E vá a uma lei. "É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? "
A mulher confirmou "Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do
fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não cpmereis, nem
tocareis nele, para que não morrais" (vv. 2 e 3). EM SEGUIDA SATANÁS NEGOU
A PALAVRA DE DEUS, "Então a serpente disse a mulher: É certo que não mor-
rereis" (v. 5), Desta maneira a mulher tinha de escolher, ou a palavra de Deus,
ou a palavra de Satanás, que é mentira.

SATANÁS LANÇOU DÚVIDA NOS MOTIVOS PORQUE DEUS PROIBIU O


HOMEM COMER DAQUELE FRUTO; LANÇOU DÚVIDA NO AMOR DE DEUS
PARA COM A SUA CRIATURA.
Sugeriu que Deus por aquela lei queria privar o homem do desenvolvimento da
sua inteligência e entendimento. "Porque Deus sabe que no dia em que dele comer-
des se vos abrirão os olhos e, como Deus sereis conhecedores do bem e do
mal" (v. 5).

EVA DEU TRÊS PASSOS NO PROGRESSO E NA CONSUMAÇÃO DO MAL.


Ela deu ouvidos a Satanás em vez da palavra de Deus. Ela creu em Satanás em vez
de crer em Deus, e desobedeceu o mandamento do Senhor.

A TENTAÇÃO CONSISTIA EM TRÊS DESEJOS:


O desejo dos olhos. "Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer".
O desejo da carne: "boa para comer"
A soberba da vida: "para dar entendimento".
O desejo de ser grande: (l João 2:16).

OS RESULTADOS DA ENTRADA DO PECADO NO MUNDO.


PELO PECADO VEIO A MORTE.
Adão ainda conservou a imagem de Deus, porém com uma diferença. O ho-
mem foi criado espírito e ainda é espírito, mas ficou separado de Deus que é a sua
vida. O apóstolo Paulo em Efésios 2:1 escreveu: "Ele vos deu vida, estando vós
MORTOS nos vossos delitos e pecados". Deus disse: "porque no dia em que dela
comeres, certamente morrerás" (Génesis 3:24). Naquele dia ficou separado de
Deus, que é a morte espiritual, e mais tarde, passou pela morte física. Também
para os perdidos existe a morte eterna. O pecador não tem uma vida espiritual.
TORNOU-SE REBELDE E FOI EXPULSO DA PRESENÇA DE DEUS.
De todas as criaturas neste mundo Deus, só podia revelar perfeitamente ao
homem. Ele foi criado com a capacidade para conhecer e amar a Deus e com livre
vontade cooperar com Ele. Percebemos que o homem perdeu o orientador da sua

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vontade. Ele ainda tem capacidade de amar mas perdeu Deus como o objeto do
seu amor. Ele ainda tem inteligência, porém somente no tocante ao material. "Ora
o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura
e não pode entendê-las porque elas se discernam espiritualmente" (l Coríntios
2:14). Perdeu a comunhão com Deus e o privilégio de cooperar com Ele, pois
tornou-se rebelde.

TORNOU-SE DEPRAVADO E PERVERSO.


A palavra "depravação" descreve o estado espiritual e moral do homem, que
pelo pecado, o seu caminho, que antes de pecar era reto, agora mudou e tornou-
se torto.
A teoria da evolução do homem carece de base e provas. É contrária ao ensino
bíblico porque o homem foi criado perfeito e muito inteligente, mas desde a queda
ele degenerou moral e espiritualmente.

O ENTENDIMENTO HUMANO FICOU OBSCURECIDO E TORNOU-SE IGNO-


RANTE DE DEUS. É UM CEGO ESPIRITUAL.
Em Efésios 4:17 e 18 o apóstolo Paulo exortou aos crentes: "que não mais
andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,
OBSCURECIDOS DE ENTENDIMENTO, ALHEIOS À VIDA DE DEUS por causa
da ignorância em que vivem, pela dureza dos seus corações". O homem não enten-
de as cousas espirituais. Não conhece o Deus vivo e não pode achá-lo pela sua
inteligência.

O ENTENDIMENTO HUMANO RECUSOU O CONHECIMENTO DE DEUS.


Em Romanos 1:18 a 32 descreve-se um quadro muito triste do homem sem
Deus. Os gentios, ou sejam os pagãos, embora não possuíssem a revelação de Deus
pela Bíblia, podiam adquirir certo conhecimento dEle pela natureza e pelas cousas
por Ele criadas. Ao olhar para os céus ou para a natureza, o povo podia descobrir
que Deus existe, e conhecer o seu eterno poder_e sabedoria, como também a Sua
própria divindade (Romanos 1:20). "Portanto, tendo conhecimento de Deus, nãoo
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes se tornaram nulos em seus
próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato" (Romanos 121).
Aprendemos que o homem, exercendo a sua livre vontade, rejeitou a luz da natu-
reza e querendo ser sábio tornou-se louco (v. 22). Os seus pensamentos tornaram-
se vãos e sem valor ("antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios").
O seu coração (as emoções e desejos) ficou escuro e insensato (v. 21).

COMO O HOMEM SUPRIU A FALTA DE DEUS.


Todo o homem sente a necessidade de adorar um Deus, pois, ele foi criado
com a capacidade para fazer isto. O animal não tem capacidade para adorar, nem
tampouco ele ajoelha para orar a Deus. Todo homem tem um Deus que ele adora .
Se não adora o Deus vivo e verdadeiro ele adora um deus de sua própria fabricação,
ou as cousas materiais, ou o seu serviço, ou a si mesmo.
Lição n.° 2

BOAS NOTICIAS

Romanos 1:1 a 16
O sentido da palavra "evange'h j" é boas notícias ou boas novas. Convém saber
porque ele é boas novas para a raça humana. Podemos aprender o porque pelos di-
versos títulos do evangelho.

(1) É O EVANGELHO DE DEUS. (Romanos 1:1)


Este é o assunto da epístola aos Romanos. É a mensagem da parte de Deus e
não uma teoria humana. Deus fala mediante o evangelho ao povo deste mundo
por Seu Filho (Hebreus 1:2). Por ter a sua origem em Deus é uma mensagem de
autoridade à qual todo povo deve prestar atenção. É Deus que fala por meio do
evangelho.

É PROFETIZADO NO VELHO TESTAMENTO.


O evangelho de Deus, "o qual foi por Deus outrora prometido por intermédio
dos seus profetas nas Sagradas Escrituras" (Romanos 12). De todos os profetas,
l saías foi o que mais profetizou a respeito do evangelho. Ele também escreveu:
"Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que
faz ouvir a paz, que anuncia boas cousas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O
teu Deus reina". (Isaías 52:7).

É PRÉ-ANUNCIADO A ABRAÃO.
"Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, PREA-
NUNCIOU O EVANGELHO A ABRAÃO: em ti serão abençoados todos os povos"
(Gaiatas 3:8).
São as bênçãos recebidas do Senhor Jesus Cristo mediante o evangelho.

(2) É O EVANGELHO DA GLÓRIA DE DEUS (l Timóteo 1:1).


A gloria de Deus é o que Ele realmente é — o seu caráter. Em Êxodo 33:18 en-
contra-se o pedido de Moisés a Deus: "Rogo-te que me mostres a tua glória". Deus
respondeu-lhe: "Farei passar a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o
nome do Senhor; terei misericórdia de quem tiver misericórdia, e me compadecerei
de quem eu me compadecer" (Êxodo 33:19). Ao revelar o seu nome e a sua glória a
Moisés o Senhor clamou "Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longâni-
mo, e grande em misericórdia e fidelidade" (Êxodo 34:6). Isto é a glória de Deus,
e, é esta glória que se manifesta no evangelho.

(3) O EVANGELHO DA GRAÇA DE DEUS.


"Ê o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da
graça de Deus" (Atos 20:24). O amor de Deus chama-se graça porque Ele ama
sem ser amado, porque ama os que não merecem o seu amor, porque ama os peca-
dores inimigos, fracos e ímpios.

(4) O EVANGELHO DA PAZ. (Êfésios 6:15).


É uma mensagem que oferece a reconciliação e paz com Deus pelo Senhor Jesus.

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(5) O EVANGELHO DE CRISTO. (Romanos 15:19)
O evangelho tornou-se possível por Cristo, o ungido de Deus (Lucas 2:10 e 11).
Também chama-se o "evangelho de Seu Filho" (Romanos 15). e "o evangelho
do nosso Senhor" (2 Tessalonicenses 1:8). O apóstolo Paulo ao começar a sua expo-
sição sobre o evangelho na epístola aos Romanos esclareceu que o assunto do evan-
gelho é o Filho de Deus e que Ele é o Senhor (Romanos 4:4).

(6) O EVANGELHO DA GLÓRIA DE CRISTO. (2 Coríntios 4:4)


É verdade que o evangelho manifesta a glória de Cristo, porque revela o seu
caráter. Portanto, há outra razão para este título. É a glória de Cristo ressurgido e
glorificado no céu. Este fato é muito importante para o evangelho porque atesta
as verdades que Jesus Cristo está vivo, que sua obra na cruz foi aceita por Deus,
e que garante a salvação dos que confiam nEle. Ele é o Salvador vivo, glorificado
e exaltado no céu.

(7) O EVANGELHO DA VOSSA SALVAÇÃO. (Efésios 1:13)


A salvação do homem é o objetivo do evangelho e o resultado de sua aceitação.

(8) O MEU EVANGELHO! (Romanos 2:16; 1625; e 2 Timóteo 2:8).


Três vezes nas suas epístolas o apóstolo chama o evangelho "o meu evangelho".
Foi o evangelho que ele aceitou, mas além disto, sentiu a sua responsabilidade
quanto a ele.
(a) COMO APÓSTOLO. "Chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho
de Deus" (Romanos 1:10). Como apóstolo era um dos responsáveis pelo funda-
mento da doutrina da graça de Deus (Efésios 2:20). Também Deus lhe confiou
o serviço especial para esclarecer, definir, e expor as verdades do evangelho e as
doutrinas da época da graça de Deus, o que ele desempenhou na Epístola aos Roma-
nos. Também ele escreveu: "A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta
graça de pregar aos gentios o EVANGELHO DAS INSONDÁVEIS RIQUEZAS DE
CRISTO" (Efésios 3:8). Ele recebeu as verdades da época da graça de Deus por re-
velação direta de Deus pelo Espírito Santo.
(b) COMO ESCRAVO DE JESUS CRISTO. (Romanos 1:1)
Ao começar a epístola aos Romanos o apóstolo escreveu: "Paulo, servo de Jesus
Cristo". A palavra grega traduzida, servo significa "escravo". Por esta designação
Paulo indicou a disposição da sua vida. Como escravo não tem direito, senão o
de submeter-se à vontade do dono; Paulo reconheceu que não pertencia a si mesmo,
mas sim, ao Senhor Jesus e ele tinha muito prazer de submeter-se à vontade dEle.
Paulo ensinou a mesma verdade aos coríntios: "Que não sois de vós mesmos. Por-
que fostes comprados por bom preço" (l Coríntios 6:19 e 20). Na viagem para
Roma, no naufrágio, Paulo declarou: "Porque esta noite o anjo de Deus, DE QUEM
EU SOU E A QUEM SIRVO, esteve comigo" (Atos 7:23). Desta maneira Jesus
Cristo tornou-se o seu Senhor e o evangelho o seu evangelho.
(c) COMO DEVEDOR. "Pois SOU DEVEDOR tanto a gregos como a bárbaros,
tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a
anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma" (Romanos 1:14 e 15). Paulo
tornou-se devedor ao seu semelhante, porque recebeu de Deus uma mensagem de
grande valor para transmitir aos homens e operar neles uma transformação de vida.
(d) UM SAGRADO ENCARGO: (Romanos 15:16)
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"Para que eu seja ministro de Cristo entre os gentios, no, SAGRADO ENCARGO
de anunciar o evangelho de Deus". (Versão Almeida atualizada) Em l Coríntios
9:16 o apóstolo externou os seus sentimentos quanto a necessidade de anunciar
o evangelho. "Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre
mim pesa essa obrigação, porque ai de mim se não pregar o evangelho", porém em
Romanos 15:16 ele esclareceu que não podia fazer o serviço do evangelho de qual-
quer maneira porque é um sagrado encargo. O pregador não deve ser leviano, nem
empregar métodos e meios carnais e mundanos para atingir o seu alvo, e uma obra
espiritual e sagrada.
(e) COMO ATALAIA. Em Corinto os judeus blasfemaram e se opuseram a Paulo,
mas ele "sacudiu as vestes e disse-lhes: Sobre a vossa cabeça o vosso sangue! eu dele
estou limpo e desde agora vou para os gentios" (Atos 18:6). O que significam estas
palavras? Paulo lembrou-se das responsabilidade; do atalaia, ou seja do vigia da ci-
dade, que quando o inimigo chegar, logo dá o alarme. Se alguém que ouviu o aviso
não se der por avisado e morrer, o seu sangue será sobre a sua cabeça, isto é, ele
será responsável pela sua própria morte. Porém, se ò atalaia, ao ver o perigo, não
der o aviso e se houver mortos entre o povo o sangue será sobre a cabeça do atalaia
e ele será responsável. Paulo avisou aos judeus em Corinto e desta maneira ele se
livrou da sua grande responsabilidade. Devemos prestar atenção às palavras dos
leprosos que acharam abundância de alimentos no acampamento abandonado dos
sfrios, enquanto na cidade havia fome: "Então disseram uns aos outros: Não faze-
mos bem: este dia é dia de boas novas e nós nos calamos; se esperarmos até a luz
da manhã seremos tidos por culpados, agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do
rei" (2 Reis 7:9). Temos boas novas para o povo deste mundo e se nos calarmos
ficaremos responsáveis.

O QUE É O EVANGELHO E O QUE PODE FAZER.


Em Romanos 1:16 o apóstolo Paulo responde esta pergunta e também explica
porque ele não se envergonhava do evangelho. "Pois não me envergonho do evan-
gelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro
do judeu e também do grego".

O EVANGELHO É O PODER DE DEUS.


Deus, que manifestou o seu poder na criação do mundo está demonstrando o
seu poder no evangelho de Cristo. Também Deus manifestou o seu poder na res-
surreição de Cristo Jesus dentre os mortos. É o mesmo poder manifestado no evan-
gelho.

É O PODER DE DEUS PARA SALVAÇÃO.


A palavra grega traduzida "poder" é "dunamis" de onde é derivada a nossa pa-
lavra "dinamite". Portanto, o grande poder do evangelho não é para a destruição,
mas sim, para a salvação de todo aquele que crê.

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Lição n.° 3

A JUSTIÇA DE DEUS E A INJUSTIÇA DOS HOMENS

Romanos 1:17 a 19; 2:1 a 16


Na sua exposição do evangelho na Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo dá
ênfase à justiça de Deus. Em Romanos 1:17 e 18 o apóstolo apresenta duas reve-
lações da justiça de Deus.

A JUSTIÇA DE DEUS REVELADA NO EVANGELHO.


"Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé" (Romanos
1:17). Este é o assunto de justificação no capítulo 3 (que vamos estudar na próxima
lição), onde é exposto o meio pelo qual Deus pode ser justo e o justif icador daque-
le que tem fé em Jesus.

A JUSTIÇA REVELADA DO CÉU EM JULGAMENTO.


"A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens
que detêm a verdade em injustiça" (Romanos 1:18). Não devemos pensar que a ira
de Deus é como a ira dos homens, porque a ira de Deus é o seu caráter santo e
justo, que não tolera o pecado. O pecado descreve-se como "impiedade e perver-
são dos homens".

NA HISTÓRIA FOI REVELADA A IRA DE DEUS CONTRA A IMPIEDADE E


PERVERSÃO DOS HOMENS.
A Bíblia registra muitos casos do julgamento de Deus por causa do pecado do
homem. Vamos citar somente alguns.
A MALDIÇÃO E EXPULSÃO DE ADÃO E EVA DO JARDIM DE ÉDEN
(Génesis 3). Pela entrada do pecado no mundo o homem foi expulso por Deus do
paraíso e até hpje o mundo sofre as consequências da entrada do pecado.
O DILÚVIO (Génesis 7). Pelo dilúvio o julgamento caiu sobre o mundo e so-
mente oito pessoas abrigadas na arca sobreviveram.
A DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA (Génesis 19). Os pecados da-
quelas cidades são os mesmos como os descritos em Romanos, capítulo 1. Deus
não podia tolerar mais aquela situação.
AS PRAGAS DO EGITO (Êxodo 7 a 12). As pragas não caíram somente sobre
o povo mas também o julgamento foi contra os deuses do Egito, contra o rio Nilo
e contra os animais, porém, o maior julgamento foi a destruição do exército no
Mar Vermelho.
AS SERPENTES ABRASADORAS (Números 21:4 a 9). O povo de Israel foi
mordido de serpentes no.deserto, como castigo do-seu pecado.
A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM E O TEMPLO (2 Crónicas 36:17 a 21).
Apesar de muitos anos de avisos pelos profetas o povo judeu não se arrependeu e
Deus foi obrigado a julgar aquela nação. Também no ano 70 d. C. o templo e a ci-
dade foram destruídos outra vez. Foi o resultado da rejeição e crucificação do
Filho de Deus.

OS HOMENS SÃO CULPADOS PORQUE DETÉM A VERDADE PELA INJUS-


TIÇA (Romanos 1:18).
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O apostolo Paulo, em Romanos 1:18 a 32, considera o caso do gentio que só
tinha um conhecimento limitado de Deus. Pela natureza ele podia saber que existe
o Criador, que possue divindade, é sábio e tem grande poder. O que fizeram com
este pouco conhecimento de Deus? Desprezaram o conhecimento de Deus.
Três vezes no capítulo encontra-se o verbo "mudar".
(a) "MUDARAM A GLÓRIA DO DEUS incorruptível em semelhança da ima-
gem do homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis" (Romanos
1:23). Apesar de saber da existência do Criador do céu, fizeram ídolos que não
somente rouba Deus da sua glória, mas também é um insulto ao Deus onisciente.
(b) "POIS MUDARAM A VERDADE DE DEUS EM MENTIRA, adorando e
servindo a criatura em lugar do Criador" (Romanos 125).Falsificaram o Deus eter-
no, nio lhe prestaram adoração e nem o serviço que lhe é devido.
(c) MUDARAM O USO NATURAL DO CORPO para cometer torpe z as (Roma-
nos 1:26 e 27). O resultado da idolatria é a imoralidade. A ira de Deus é revelada
contra a impiedade e perversão dos homens que DETÉM A VERDADE PELA
INJUSTIÇA". Mas como? Além do julgamento no porvir eles haviam de sofrer
as consequências da sua imoralidade nesta vida. Três vezes encontra-se a expressão:
"Por isso Deus os entregou..." Por estas palavras entendemos que os que despreza-
ram a verdade. Deus os abandonou para que colhessem os frutos da sua própria
imoralidade. "Por isso DEUS ENTREGOU tais homens a imundícia" (v. 24). "Por
causa disto OS ENTREGOU DEUS AS PAIXÕES INFAMES" (v. 26). "E por have-
rem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus OS ENTREGOU A UMA
DISPOSIÇÃO MENTAL REPROVÁVEL" para praticarem cousas, inconvenientes
(v. 28). O resultado foi o desejo imundo, o amor depravado e a vida inconveniente.
(d) OS GENTIOS "CHEIOS DE INJUSTIÇA" (Romanos 1:29 a 31). Esta é a
descrição do gentio que é seguida por uma lista de vinte pecados cometidos pelos
homens.

O CÚMULO DA REBELIÃO DO GENTIO CONTRA DEUS (Romanos 1:32).


"Ora, conhecendo, eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que
tais cousas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim
procedem" (v. 32). Os pagãos sabiam que o seu procedimento estava errado porque
a sua consciência os acusava. Eles conhecendo que a sentença da justiça de Deus é
a morte, não somente continuaram a praticar estes pecados, como também aplau-
diam os que assim procediam. O trecho de Romanos 1:18 a 32 é uma descrição
do paganismo no tempo do apóstolo Paulo, mas a situação atual não é melhor,
embora o povo possa adquirir mais conhecimento de Deus através da Bíblia.

O POVO RELIGIOSO CHEIO DE AUTO-RETIDÃO (Romanos 2:1 a 24).


No segundo capitulo da Epístola aos Romanos torna-se claro que Paulo não está
descrevendo mais os pagãos, cheios de injustiça, mas sim, um povo diferente que
desprezava e julgava o gentio e a sua imoralidade. Antes do versículo 17 o judeu
não é mencionado, e, o que o trecho de Romanos 2:1 a 16 descreve não é somente
o judeu, mas todos aqueles que, pela sua vida, se acham, justos perante Deus.
De todas as bênçãos e privilégios que Deus conferiu aos judeus, a maior é a
revelação de Deus no Velho Testamento. Os judeus tinham mais luz e mais conhe-
cimento de Deus do que os outros povos, e por isso, achavam que podiam ser justos
pela lei e pela aliança que Deus fez com eles, da qual a circuncisão era o sinal.

,12
AS CINCO VANTAGENS DO JUDEU (Romanos 2:17 a 22).
(1) É judeu, povo escolhido de Deus;
(2) Repousa na lei, pois, foi dada a ele;
(3) Gloria em Deus — o Deus verdadeiro, em contraste com os ídolos;
(4) Conhece a vontade de Deus pela revelação no Velho Testamento;
(5) Aprova as cousas excelentes.
Por causa destas vantagens ele professava ser: (a) Guia do cego. (b) Instrutor dos
ignorantes, (c) Professor de crianças, (d) Uma luz aos que estavam nas trevas,
(e) Alguém que gloria no conhecimento da verdade. Foi esta gente que crucificou
o Senhor Jesus e até hoje não aceita o evangelho e odeia o Salvador. Aprendemos
pelo capítulo 2 de Romanos, que a auto-retidio é o maior obstáculo para aceitação
ao evangelho.
No primeiro versículo o apóstolo dirige as palavras aos que confiam na sua
própria justiça: "Portanto, és indesculpável quando julgas, ó homem, QUEM QUER
QUE SEJA, porque no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas". Em seguida
o apóstolo apresenta:

CINCO PRINCÍPIOS DO JUÍZO DE DEUS.

(1) O JUÍZO DE DEUS É SEGUNDO A VERDADE (vv. 2 a 5).


O julgamento é obra de Deus e não dos homens. O julgamento pelo homem
muitas vezes é superficial porque não sabe tudo. Deus é onisciente e conhece os
motivos. Por isso o julgamento de Deus é segundo a verdade e não segundo a
aparência. O apóstolo pergunta: "COMO PODE SE LIVRAR DO JUÍZO DE
DEUS?"

(a) Se condenas outros e pratica as mesmas coisas? (v. 3).


(b) Se despreza o evangelho de Cristo, que descreve a riqueza da sua bondade,
que conduz o homem ao arrependimento?
(c) Se endurece o coração (v. 5).

Há um contraste entre a verdade nos versículos 4 e 5. No versículo 4 Deus está


oferecendo a riqueza da sua bondade, tolerância e longanimidade. Mas no versículo
5 o homem mesmo está ajuntando um tesouro contra ele mesmo "ira para o dia
da ira e da revelação do justo juizo de Deus".

(2) O JUÍZO DE DEUS É" SEGUNDO AS OBRAS (vv. 6 a 10).


"Que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento" (v. 6). Este é um
princípio do juízo de Deus. Devemos lembrar que "Agora, pois, já nenhuma conde-
nação há para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8:1). No juízo final, onde
o crente verdadeiro não há de comparecer, o julgamento será segundo as obras.
(Apocalipse 20:12). As obras não têm parte na salvação, mas os que rejeitam o
evangelho serão julgados pelas obras, incluindo a obra de rejeitar Cristo.
13
(3) UM JULGAMENTO SEM ACEPÇÃO DE PESSOAS (w. 11 e 15). A diferença
de raça, religião e classe social não terão influência naquele dia.

(4) É UM JULGAMENTO ONDE OS SEGREDOS SERÃO JULGADOS (6).


Segredos existem somente entre os seres humanos. "No dia em que Deus, por
meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens".

(5) SERÁ UM JULGAMENTO SEGUNDO A REALIDADE E NÃO SEGUNDO A


PROFISSÃO (w. 17 a 24).
O judeu professava ser justo, mas na realidade era bem diferente.

14
Lição n.° 4

JUSTIFICAÇÃO

Romanos 3:9 a 31
É um termo jurídico, pelo qual o juiz declara justo, ou seja inocente o acusa-
do. Em Oeuteronômio 25:1 Deus estabelece um princfpio pelo qual o homem pode
ser julgado. "Em havendo contenda entre alguns, e vierem a juizo, os juizes os
julgarão. JUSTIFICANDO O JUSTO E CONDENANDO O CULPADO". O juiz
humano só pode fazer isto; absolver o justo e lavrar a sentença contra o culpado.
Nos capítulos um e dois da Epístola aos Romanos é provado que tanto o judeu
como o gentio são pecadores perante Deus, pois não há distinção. O judeu conde-
nava o pagão pela imoralidade e achava que era superior por causa dos seus privi-
légios e pelo seu conhecimento de Deus pelo Velho Testamento. Mas em Romanos
2:21 a 24 a situação torna-se clara. O judeu se gloriava na lei mas não guardava a
lei. A sua religião e o seu conhecimento de Deus só serviam de capa para esconder
os seus pecados. Paulo perguntou: "Tu que te glorias na lei, desonras Deus pela
trasngressão da lei? Pois está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios
por vossa causa" (Romanos 2:23 e 24).

NINGUÉM PODE SER JUSTIFICADO PELA LEI (Romanos 2:11 a 16).


As pessoas que procuram a justificação pela lei realmente não sabem das exi-
gências da lei.
"Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se toma cul-
pado de todos" (Tiago 2:10). Certas pessoas acham que procurando guardar a lei es-
tá justificada, entretanto em um só ponto está condenado; um só pecado portanto,
traz a condenação, logo todos já pecaram. O propósito da lei não é justificar alguém,
mas pelo contrário, condenar o pecador. "Pela lei vem o conhecimento do pecado"
(Romanos 3:20). A lei é como um prumo, que colocado numa parede mostra que
ela é torta, mas não a conserta. A lei mostra o pecado do homem e o leva à conde-
nação.

NINGUÉM PODE SER JUSTIFICADO PELOS RITOS RELIGIOSOS (Romanos2:


25 a 29).
Os judeus confiavam nas cerimónias e ritos de judaísmo, especialmente na cir-
cuncisão, que é o sinal da aliança que Deus fez com eles.

NINGUÉM PODE SER JUSTIFICADO PERANTE DEUS PELAS OBRAS.


Deus julga o homem pelas suas obras. O homem gosta de apresentar as suas
obras, mas Deus julga todas elas, incluindo aquelas de revolta contra Deus. A respei-
to do juízo fina! descrito em Apocalipse 20:12 lemos "e os mortos foram julgados,
segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros". O julgamento
pelas obras descreve-se em Romanos 2:6 a 10. É o princípio do juízo, mas em vez
de ser justificado pelas obras, todos os que confiam nelas serão condenados. O
apóstolo Paulo escreveu: "pois já temos demonstrado que TODOS, tanto judeus
como gregos, estão debaixo do pecado" (Romanos 35).

O QUADRO DE TODOS OS HOMENS DEBAIXO DO PECADO (Romanos 3:10 a 12)

15
O ESTADO PECAMINOSO DO HOMEM É UNIVERSAL:
Este é o ensino dos versículos 10 a 12. Em todo o homem falta a justiça. "Não
há justo, nem sequer um". É cego espiritual - "Não há quem entenda". Fica con-
tente sem Deus - "Não há quem busque a Deus." Está perdido e inútil para Deus —
"Todos se extraviaram, a uma se fizeram inúteis". "Não há quem faça o bem, não
há nenhum sequer."

O QUADRO DO HOMEM DEBAIXO DA LEI (Romanos 3:19 e 20).


(a) A lei mostra que todos são pecadores, "Pela lei vem o conhecimento do pe-
cado" (v. 20).
(b) Todo mundo fica calado, sem desculpa e sem motivo de reclamar perante
Deus (v. 19).
(c) Todo o mundo fica culpável perante Deus (v. 19).

O VEREDICTO DA JUSTIÇA DIVINA.


"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (v. 23). Nesta altura surge
um grande problema: Como pode o Deus justo justificar alguém já condenado pe-
rante Deus?
COMO PODE O HOMEM SER JUSTO PARA COM DEUS? (Jó 9:2). Para Jó
foi um enigma como também ao seu amigo Bildade, que exclamou: "Como, pois
seria justo o homem perante Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher?
(Jó 25:4).

DEUS TEM DE PERMANECER JUSTO PARA PODER JUSTIFICAR O PECADOR.


Certas pessoas dizem que Deus é o Deus de amor e por isso Ele vai perdoar a
todos. É fato que Ele é Deus de amor, mas também é o Deus justo e não pode sacri-
ficar- a sua justiça para perdoar o homem. Tem de haver uma base de justiça para
poder justificar o homem. Não podemos nem pensar num Deus injusto.
O trono de Deus é para todo o sempre porque é baseado na justiça (Hebreus
1:8). Os tronos dos homens sempre têm manchas de injustiça e por causa disto
eles também. O rei Salomão orou a Deus: "ouve tu nos céus, e age e julga a teus
servos, CONDENANDO O PERVERSO... E JUSTIFICANDO O JUSTO" (l Reis
8:32). O juiz humano somente pode fazer isto porque é um princípio de julgamento
estabelecido por Deus. Salomão, no princípio estabeleceu o seu reino com justiça,
pois, "havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça" (l Reis 2:28). Porém, no
fim do seu reinado Salomão tomou-se perverso, e logo foi decretada por Deus a di-
visão do seu reino o que se deu no reinado de seu filho.
Na vida do rei Davi há um caso que ensina que para um reino subsistir tem de ter
a base da justiça (2 Samuel 14). Absalão, o filho de Davi, mandou matar Amnon,
também filho de Davi. Absalão, para escapar a justiça fugiu para outro país, onde
ficou por muito tempo. Joabe, o general de Davi, percebendo que o rei sentia a fal-
ta de seu filho, resolveu promover a volta de Absalão sem exigir o castigo do crime.
Enviou uma mulher sábia ao rei Davi para contar uma estória comovente, inventada
por Joabe. Ela contou como um dos seus dois filhos matou o outro e os vingadores
do sangue procuravam matar o assassino. Desta maneira ela ia perder os dois filhos.
Foi fácil descobrir a sua mensagem: "Acaba com as exigências da justiça e do castigo
do pecado e deixa seu filho Absalão voltar". Ela também disse: "pois Deus não tira
a vida, mas cogita meios para, que o banido não permaneça arrojado de sua presen-
16
ca" (2 Samuel 14:14). Ela não falou toda a verdade, porque Deus tira a vida e co-
gita somente um meio justo para trazer de volta o seu banido. Ela conseguiu o que
Joabe queria e Absalão voltou para Jerusalém, mas não lhe foi permitido ver o
rosto do rei.
Não demorou muito antes de descobrir que perdoar de um modo injusto, não
dá certo. Logo ao voltar a Jerusalém Absalão queria ser juiz (2 Samuel 15:4). Ima-
gine, um assassino como juiz! Ele furtava o coração dos homens de Israel (2 Samuel
15:6). Mandou os seus servos meter fogo no pedaço de cevada de Joabe para exigir
uma audiência com ele. Não ficou satisfeito de estar em Jerusalém sem a reconcilia-
ção com seu pai. Pelo desrespeito de propriedade alheia conseguiu a reconciliação
com seu pai, mas foi uma reconciliação injusta e sem base (2 SamueL14:33). Depois
de receber o beijo de reconciliação tramou uma conspiração, e revoltou contra seu
pai, a quem procurava matar. O rei Davi foi obrigado a fugir de Jerusalém, e o seu
trono foi abalado. Somente quando Absalão foi morto, é que voltou a paz em
Jerusalém. Deus não pode deixar ninguém entrar no céu injustamente porque desta
maneira o seu trono seria abalado e não seria o Deus justo.
O único trono eterno que nunca se abala é do Filho de Deus, pois, nele as pro-
messas feitas a Davi são cumpridas, e de quem está escrito: "Mas acerca do Filho:
o teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e: Cetro de equidade é o cetro do seu
reino, amaste a justiça e odiaste a iniquidade" (Hebreus 1:8 e 9).
Agora, pelo evangelho de Cristo, Deus, manifesta a sua justiça, "Para ele mesmo
ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3:26). Mas
como? A resposta certa encontra-se em Romanos 3:24 e 25, onde lemos da justifi-
cação pela GRAÇA, pela REDENÇÃO e pela FÉ. Qual é o certo? Todas as três
porque são três aspectos da justificação.

(1) A GRAÇA DE DEUS É A ORIGEM DA JUSTIFICAÇÃO.


"Sendo justificados gratuitamente por sua graça". A graça é o amor aos que não
merecem. É a dádiva de Deus oferecida gratuitamente sem merecimento algum da
nossa parte.
Há uma ilustração da graça em 2 Reis 6. O rei da Síria enviou as suas tropas para
cercar a cidade de Dota e capturar o profeta Eliseu. Deus atendeu o pedido de
Eliseu para ferir o exército sítio com cegueira, e Eliseu conduziu os sírios presos
para Samaria. Agora Elizeu pede a Deus que abra os olhos deles, e quando recobra-
ram a vista, eis que estavam presos na fortaleza de Samaria. O rei de Israel queria
matar os seus inimigos mas Eliseu mandou o rei colocar perante eles água e pão.
Porém o rei de Israel fez muito mais. Ele "ofereceu-lhes um grande banquete (2
Reis 6:23).
Os sírios mereciam a morte mas receberam um grande banquete. A graça de Deus
é ainda muito mais do que isto.

(2) A BASE DA JUSTIFICAÇÃO É A REDENÇÃO QUE HÁ EM CRISTO JESUS.


É o pagamento do preço exigido pela justiça divina. É o preço pago pela morte
do Senhor Jesus na cruz.

(3) O MEIO DA JUSTIFICAÇÃO É A FÉ NO SANGUE DE JESUS CRISTO.


"A quem Deus propôs no seu sangue, como propiciação, mediante a fé (Ro-
manos 3:25).
17
Lição n.° 5
PROPICIAÇÃO

Romanos 3:21; a 26; Êxodo 25:17 a 22


O sentido da palavra traduzida propiciação é "satisfação". A Justiça de Deus
foi satisfeita pela expiação. A morte do Senhor Jesus na cruz oferece ao povo deste
mundo benefícios notáveis que de outro modo não se pode obter. É um assunto
muito rico que uma verdade só não pode descrever porque podemos contemplar
a morte de Jesus Cristo sob vários aspectos. Entre estas verdades da cruz de Cristo
estão a redenção, a reconciliação e a propiciação. A redenção é a obra do Senhor
Jesus na cruz em relação ao pecado. A reconciliação pela mesma cruz foi efetuada
em relação ao homem, enquanto a propiciação apresenta o aspecto da morte de
Cristo em relação a Deus.

O FALSO CONCEITO DA PROPICIAÇÃO.


No entendimento dos pagãos os seus deuses eram severos e indiferentes às
necessidades do povo, e este somente podia aplacar a ira do deus, ou conseguir
qualquer cousa dele por meio de sacrifícios. Desta maneira procuravam fazer sacri-
fícios a fim de mudar a atitude do seu deus para com eles. Os amonitas e alguns
outros, queimavam seus filhos, obrigando-os a passar pelo fogo como sacrifícios
ao deus Moloque (2 Reis 23:10). Outros povos da mesma maneira sacrificam seus
filhos a Baal (Jeremias 19:5). Os profetas de Baal aceitaram o desafio do profeta
Elias sobre o monte Carmelo, para provar que o deus que responde as suas orações,
com fogo sobre o sacrifício é o Deus verdadeiro. Desde a manhã até o meio dia os
profetas de Baal invocaram o seu nome, porém não ouve voz, nem resposta, nem
atenção alguma. "E eles clamavam em altas vozes, e se retalhavam com facas e com
lancetas, SEGUNDO O SEU COSTUME, até derramarem sangue" (l Reis 18:28).
Naquele tempo eles se afligiam para procurar o favor dos deuses, mas mesmo
hoje em dia no conceito de muitos Deus é severo e a única maneira para mudar a
atitude dele é pelas orações e penitências. Devemos lembrar que Deus não muda, e
além disto, Ele não precisa mudar porque a sua atitude para com a humanidade é
de amor, compaixão, longanimidade e misericórdia. Ele ouve e atende a voz dos
que O procuram. Então o que precisa? Precisa de um meio justo pelo qual Deus
pode exercer o seu amor para com o povo deste mundo. Este é o assunto da pro-
piciação verdadeira.
Propiciação é a obra de Cristo na cruz que satisfez todas as exigências da justi-
ça de Deus, e agora Ele está livre para agir em amor para com os pecadores, "Sendo
justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo
Jesus: a quem Deus propôs, no seu sangue COMO PROPICIAÇÃO, mediante a fé,
para manifestar a sua justiça" (Romanos 3:25).

A MANEIRA PELA QUAL DEUS ENSINOU ESTA VERDADE NO VELHO


TESTAMENTO.
Depois de dar a lei no monte Sinai Deus mandou Moisés fazer o tabernáculo no
qual. Deus havia de habitar. Por meio do tabernáculo e da adoração. Deus ensinou
ao povo de Israel verdades a respeito do caráter dEle e do modo de como deviam
se aproximar de Deus. Além disto, o tabernáculo e os sacrifícios, ensinam-nos a
18
respeito do Senhor Jesus, a sua vinda ao mundo, do seu caráter e da sua morte.
Na entrada do pátio do tabernáculo o judeu deparava com o altar onde os ani-
mais eram sacrificados. O tabernáculo era dividido em dois lugares; o lugar Santo
onde os sacerdotes podiam entrar, e o lugar santíssimo, onde o Sumo sacerdo-
te podia entrar levando o sangue do sacrifício somente no Dia da Expiação.
É o lugar santíssimo que nos interessa agora porque havia nele a arca do teste-
Tiunho, a tampa da qual era o propiciatório. A arca era feita da madeira de acácia,,
coberto de ouro. é figura do Senhor Jesus, a madeira simbolizando a sua humani-
dade e o ouro a sua divindade. Em cada extremidade da mesa do propiciatório
havia um querubim de ouro puro. Os dois querubins, face a face, com as suas
asas estendidas, olhavam para o propiciatório onde no Dia da Expiação o sangue
foi espargido. Chama-se o lugar santíssimo porque era a habitação de Deus, e onde
tudo revela a santidade e a justiça de Deus. A arca, que é a base do propiciatório
continha a lei, desta forma, o propiciatório é baseado na justiça. Os querubins que
simbolizam os guardas da justiça olhavam para o propiciatório espargido com san-
gue. Quando Adão e Eva foram expulsos do jardim de Éden Deus colocou queru-
bins com espadas flamejantes para guardar o caminho da árvore da vida (Génesis
3:24).
No Dia da Expiação o sumo sacerdote precisava oferecer o sacrifício de um
novilho para fazer expiação por ele e pela sua família. Ninguém, podia ficar no
tabernáculo quando o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo. Ele levava o
incensário com as brasas do altar, e com dois punhados de incenso colocados sobre
as brasas ele entrava para dentro do véu, "para que a nuvem do incenso cubra
o propiciatório" (Levítico 16:13). Ele espargia o sangue do novilho sete vezes sobre
o propiciatório e sete vezes diante dele. Com o sangue do sacrifício pelo pecado do
povo ele fazia a mesma coisa.

O PROPICIATÓRIO NO TABERNÁCULO É FIGURA DA MORTE DE CRISTO


NA CRUZ, PELA QUAL DEUS PODE AGIR COM AMOR PARA COM O
HOMEM.
"Mediante a redenção que há em Cristo Jesus; A QUEM DEUS PROPÔS NO
SEU SANGUE, COMO PROPICIAÇÃO" (Romanos 325). A palavra hebraica tra-
duzida "expiação" em português encontra-se muitas vezes no Velho Testamento.
O sentido da palavra hebraica é "cobrir". O sinónimo da palavra hebraica traduzi-
da expiação, na língua grega é "propiciação" em Romanos 3:25, l João 2:2 2 4:10
na versão de Almeida atualizada.

O LUGAR DO ENCONTRO DO HOMEM COM DEUS.


Quando Deus desceu sobre o monte Sinai houve trovões e relâmpagos e uma es-
pessa nuvem o cobriu, e mui forte clamor de trombeta, de maneira que todo o povo
que estava no arraial estremeceu. Moisés levou o povo fora do arraial AO ENCON-
TRO DE DEUS" (Êxodo 19:16 e 17). Porém Deus mandou que ninguém subisse
nem chegasse perto, senão seria morto (Êxodo 19:21). No monte Sinai Deus mos-
trou somente um aspecto do seu caráter; a sua justiça e o seu juizo, mas não mos-
trou o aspecto do seu amor, compaixão e misericórdia.

O ENCONTRO COM DEUS É POR MEIO DE UM SACRIFÍCIO.


Três vezes no Velho Testamento encontram-se as palavras: "Ali virei a ti",

19
indicando o lugar de encontro com Deus. A primeira vez foi logo depois da descida
do Senhor no monte Sinai. Deus mandou Moisés fazer um altar de terra para ofe-
recer a Deus sacrifícios nele. Acrescentou o Senhor: "virei a ti, e te abençoarei"
(Êxodo 20:24). Deus não ficou satisfeito em mostrar somente a sua justiça porque
nEle há harmonia entre a sua justiça e o seu amor, e esta harmonia foi manifestada
na pessoa de Jesus Cristo. "A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo", e
nele há uma harmonia perfeita. Nos sacrifícios do tabernáculo Deus manifestou
a sua justiça e a sua misericórdia.
Referente ao altar de bronze, o primeiro objeto no caminho para o propiciató-
rio, onde era oferecido o sacrifício contínuo. Deus disse: "ali virei aos filhos de
Israel" (Êxodo 29:43). Depois da construção do tabernáculo o altar de bronze era
o único altar onde os sacrifícios podiam ser oferecidos, símbolo do único caminho
para o encontro com Deus. Em Êxodo 25:22 Deus disse: "Virei a ti, e de cima do
propiciatório, do meio dos querubins, que estão sobre a arca do testemunho".

A MORTE DO SENHOR JESUS CRISTO É A ÚNICA PROPICIAÇÃO PELA


QUAL O PECADOR PODE SER JUSTO E JUSTIFICADO PERANTE DEUS.
A verdade da propiciação pelo sangue, ensinada por figuras do Velho Testa-
mento, tornou-se uma realidade pela morte de Jesus Cristo. Ele mesmo ensinou
esta verdade por meio de uma parábola, dirigida aos que "confiavam em si mesmos
por se considerarem justos e desprezavam os outros" (Lucas 18:9). Esta gente reli-
giosa não sentia o seu pecado, nem a necessidade da morte de Cristo para ser jus-
tificado perante Deus. O ensino de oração nesta parábola é importante, porém,
a lição principal é a da justificação do pecador pelo sangue de Jesus Cristo. As
orações dos dois homens do templo, o fariseu e o publicano, revelam em quem con-
fiavam. O fariseu não contava com Deus, pois, orava de si para si mesmo, desta
forma: "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores,
injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana
e dou o dízimo de tudo quanto ganho" (Lucas 18:11 a 12). A sua justiça consistia
em abnegação (jejum) e pagamento do dízimo.
Devemos lembrar onde os dois homens estavam. No templo, onde os sacerdotes
estariam fazendo o seu serviço, derramando o sangue do animal e fazendo o sacri-
fício sobre o altar. Isto não tinha significado nenhum para o fariseu, porém, o co-
brador de impostos tomou uma atitude diferente. "O publicano, estando em pé,
longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu mas batia no peito, dizendo:
"Ó Deus, SÉ PROPICIO A MIM, PECADOR" (Lucas 18:13). O Senhor Jesus decla-
rou: "Digo-vos que este desceu JUSTIFICADO, para sua casa, e não aquele". O
publicano saiu do templo justificado enquanto o fariseu saiu condenado. O publi-
cano colocou a sua fé no sangue do sacrifício e o fariseu confiava em si mes-
mo.

20
Lição n.° 6

A JUSTIÇA IMPUTADA PELA FÉ


Romanos 4:1 a 25

O que chama a atenção do leitor no capítulo 4 de Romanos é o número de ve-


zes que o verbo "imputar" é empregado. Portanto, no Novo Testamento grego,
a palavra traduzida "imputar" encontra-se mais vezes no capítulo 4 do que "impu-
tar" na versão Almeida Atualizada. Encontra-se onze vezes: seis vezes é traduzida
"imputar" (vv. 3, 8, 9, 11, 22, 24), três vezes "atribuir" (w. 5, 6 e 10), uma vez
é traduzida "foi levado em conta" (v.23), e uma vez "considerado" (v. 4). A
palavra "imputar" significa "atribuir" ou "lançar na conta de alguém", que pode
creditar ou debitar a conta. A Bíblia ensina três fatos da imputação.

O PRIMEIRO FATO É QUE O PECADO DE ADÃO É ATRIBUÍDO A TODOS


OS HOMENS.
O pecado de Adão acha-se lançado na coluna de débito na conta de cada ho-
mem, porque de fato o pecado lhe pertence. "Portanto, assim como por um só
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim, também a
morte PASSOU a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5:12). O
verbo "passar" indica o ato de imputação pela qual a morte é debitada em nossa
conta. O pecado de Adão é lançado na conta de todos os seus descendentes. Ape-
sar disto, não podemos culpar Adão pelo nosso próprio pecado porque cada um é
responsável pelos seus atos, e somos responsáveis pela luz que temos recebido de
Deus. Quem rejeita o evangelho só pode culpar a si mesmo pelo seu destino, mas
o fato é, como nós herdamos a vida física de nossos pais, da mesma maneira her-
damos a natureza pecaminosa. O segundo fato da imputação é:

O PECADO DA HUMANIDADE FOI IMPUTADO POR DEUS, O PAI, A DEUS,


O FILHO.
Por um ato judicial o pecado da raça humana foi atribuído a Jesus Cristo.
É a transferência do pecado dos culpados para um que é inocente, dos injustos
para aquele que é justo (l Pedro 3:18). Esta verdade é ensinada por figura no
Velho Testamento. No Dia da Expiação dois bodes eram levados ao tabernáculo.
Um foi imolado como oferta pelo pecado do povo. Arão colocava ambas as mãos
sobre a cabeça do outro bode, o vivo, e sobre ele confessava todas as iniqúidades
dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados e o enviava
ao deserto pela mão de um homem à disposição para isso. Assim aquele bode levava
sobre si todas as iniqúidades deles para uma terra solitária; e o homem soltava
o bode no deserto (Levítico 16:21 e 22). È um ato simbólico de um maior aconte-
cimento quando o Pai imputou ao Filho todos os pecados e a culpa da raça humana.

A PROFECIA NO VELHO TESTAMENTO DESTA VERDADE.


Isaías 53:4 a 6 é uma profecia das verdades a respeito do sacrifício, do Senhor
Jesus na cruz, também interpreta de uma maneira clara o significado da oferta dos
dois bodes oferecidos no Dia da Expiação.
Isaías escreveu: "Certamente ele tomou para si as nossas enfermidades, e as
nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e
21
oprimido" (v. 4). No versículo 6 ele escreveu: "... mas o SENHOR FEZ CAIR SO-
BRE ELE A INIQUIDADE DE NÓS TODOS". Esta profecia ensina como, por um
ato divino Deus colocou sobre o Senhor Jesus a iniquidade de todos nós, transfe-
riu nossos pecados ao Filho, para que pudesse removê-los e liquidar a questão ao
nosso pecado. Diversos termos são empregados na Bíblia com significado idênti-
co, apresentando o fato que Deus atribuiu a Jesus os nossos pecados. Estes são os
termos: "Ele carregou as nossas dores"; Deus colocou sobre ele a iniquidade de to-
dos nós"; "Deus o fez pecado"; "Ele levou sobre si os nossos pecados".

NO SEU BATISMO O SENHOR JESUS IDENTIFICOU-SE COM O PECADO DO


MUNDO.
O batismo de João Batista é diferente do batismo cristão. Este é uma identifi-
cação do crente com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus (Ro-
manos 6:4), enquanto João Batista batizava para o arrependimento os judeus eram
por ele batizados no Rio Jordão, confessando os seus pecados" (Mateus 3:6). O
Senhor Jesus não tinha pecado para confessar e não precisava se arrepender. Por
que, então. Ele se submeteu ao batismo? Quando o Senhor Jesus se aproximou
de João para ser batizado por ele no rio Jordão, João protestou, dizendo: "Eu é
que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? " (Mateus 3:14). A resposta do
Senhor Jesus é interessante: "Deixa por enquanto, porque assim nos convém
CUMPRIR TODA A JUSTIÇA" (Mateus 3:15). No rio Jordão, como o Cordeiro de
Deus Ele se identificou com o pecado do mundo. Na cruz Ele carregou. Ele mesmo
em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados (l Pedro 2:24).

O TERCEIRO FATO É A JUSTIÇA DE DEUS QUE É ATRIBUÍDA A QUEM


CRÊ EM CRISTO COMO SALVADOR.
Temos pensado no pecado de Adão atribuído à raça humana, e o pecado do ho-
mem transferido a Jesus Cristo, e agora pensemos na justiça de Deus atribuída ao
que crê em Cristo. É o assunto dos seguintes versículos: Romanos 3:21 a 22. "Mas
agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus, testemunha pela lei e pelos profe-
tas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que
crêem; porque não há distinção". 2 Coríntios 5:21, "Aquele que não conheceu
pecado, ele o fez pecado por nós; para que NELE fôssemos feitos justiça de Deus".

SOMENTE OS QUE ESTÃO EM CRISTO JESUS TÊM A JUSTIÇA DE DEUS.


Filipenses 3:8 a 9, "Cristo, e ser achado NELE, não tendo justiça própria, que
procede da lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de
Deus, baseada na fé". Também, em l Coríntios 1:30. "mas vós sois dele, Cristo Je-
sus, o qual se nos tornou da parte de Deus, sabedoria e JUSTIÇA, e santificação,
e redenção".

ILUSTRAÇÕES DO EVANGELHO NA EPfSTOLA A FILEMON.


A Epístola a Filemon, não apenas demonstra a cortesia cristã como também ilus-
tra algumas verdades importantes do evangelho, inclusive o assunto da imputação.
Entre os que ouviram o evangelho e se converteram pela pregação de Paulo na sua
prisão em Roma estava Onésimo, um escravo fugitivo de um crente chamado File-
mon, da cidade de Colossos. Onésimo furtou dinheiro de Filemon e fugiu para
Roma, onde foi convertido e tornou-se, um exemplo do poder do evangelho. O sig-
22
nificado do nome Onésimoé "útil" porém,ele era inútil e deu prejuízo ao seu senhor.
Agora, pelo evangelho ele se tomou útil, como o apóstolo comentou: "Ele, antes
te foi inútil; atualmente, porém, é útil a ti e a mi m" (Filemon 11).
Como cristão Onésimo precisava voltar para o seu senhor, mas como? Ele gas-
tou o dinheiro que furtou, e além de tudo o castigo de escravo que fugia era a mor-
te. Precisava de um mediador para fazer a reconciliação entre o escravo e o seu se-
nhor. O mediador, para poder desfazer a inimizade entre dois partidos tem de al-
cançar dois objetivos. Ele tem de ganhar a confiança dos dois partidos e resolver
o problema que os separou e causou a inimizade.
No caso de Onésimo o apóstolo serviu de mediador, porque tanto Filemon co-
mo Onésimo, foram convertidos pela pregação de Paulo. Quanto ao impedimento
à reconciliação, o apóstolo trata deste assunto nos versículos 17 a 19. Em primeiro
lugar ele resolveu o problema da dívida. Ele escreveu: "E se algum dano te fez ou se
deve alguma cousa, LANÇA TUDO NA MINHA CONTA. Eu, Pauto do próprio
punho escrevo: Eu pagarei" (w. 18 e 19). Em segundo lugar a reconciliação foi
feita. Filemon era amigo do apóstolo Pau Io, que seria bem-vindo è sua casa. Rece-
ber Paulo em sua casa era um grande prazer para Filemon. Note bem o que Paulo
pediu por Onésimo: "Se portanto, me consideras companheiro, RECEBE-O (Oné-
simo) COMO SE FOSSE A MIM MESMO" (v. 17). Imagine! Filemon recebendo o
escravo que tanto prejuízo lhe deu, como se fosse o grande apóstolo Paulol
Esta história é uma bela ilustração do poder do evangelho que pode transformar
o inútil para ser útil. Outra verdade preciosa é que: "Portanto há um só mediador
entre Deus e os homens. Cristo Jesus, homem" (l Timóteo 2:5). Ele é Deus e ao
mesmo tempo homem, e por isso pode fazer a reconciliação entre Deus e os ho-
mens. Ele já removeu o obstáculo à reconciliação, porque já pagou a dívida; O
qual a si mesmo se deu em resgate por todos nós (l Timóteo 2:6). Realmente o
Senhor Jesus podia dizer: "Lança tudo na minha conta", porque pela sua morte
Ele pagou a nossa dívida.
Ainda há mais uma verdade preciosa que podemos tirar da Epístola a Filemon.
O apóstolo Paulo escreveu a Filemon: "recebe-o (Onésimo) como se fosse a mim
mesmo" (v. 17). É uma maravilha que ao pecador que crê em Cristo, é imputada
a justiça de Deus, e é aceito por Deus, em Cristo, desta forma, aceito no amado.

NO NOVO TESTAMENTO HÁ QUATRO EXEMPLOS DE HOMENS DO VELHO


TESTAMENTO QUE SE TORNARAM JUSTOS PELA FÉ.
(1) Abel (Hebreus J 1:4). "Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifí-
cio do que Caim; pelo qual OBTEVE TESTEMUNHO DE SER JUSTO, tendo a
aprovação de Deus quanto às suas ofertas".
(2) Noé (Hebreus 11:7). "Pela fé Noé, divinamente instruído acerca de aconte-
cimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para
salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e SE TORNOU UM HERDEIRO
DA JUSTIÇA QUE VEM DA FÉ".
(3) Abraão (Romanos 4:1). "Pois, que diz a Escritura? ABRAÃO CREU EM
DEUS, E ISSO LHE FOI IMPUTADO PARA JUSTIÇA". É uma citação de Géne-
sis 15:16.
(4) Davi (Romanos 4:6). "E é assim também que Davi declara ser bem aventu-
rado o homem a quem Deus atribuiu justiça, independente das obras".
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Lição n.° 7

SUBSTITUIÇÃO

Hebreus 2:14 a 17; Lucas 1:26 a 38


A palavra "substituição" não se encontra na Bíblia, mas a verdade expressa por
ela encontra-se de Génesis ao Apocalipse, pois é uma das doutrinas mais importan-
tes da Palavra de Deus. Porém, queremos saber em que sentido a palavra "substitui
cão" é usada? A lei divina declara: "A alma que pecar essa morrerá" (Ezequiel
18:4 e 20). Desta forma, a raça humana está debaixo da sentença de morte física, a
morte espiritual, que é a separação de Deus, e a morte eterna. Para o homem ser
salvo precisa de um substituto para tomar o lugar do culpado e livrá-lo da senten-
ça de morte.
Morrer em lugar de outrém não é um serviço desejável, e com exceção do Se-
nhor Jesus, não havia ninguém que podia ser o substituto dos pecadores. Apesar
de não haver ninguém, desde a queda do homem o povo esperava a chegada neste
mundo de um voluntário que pudesse e desejasse morrer em lugar dos homens.
Eva provavelmente achava que seu primeiro filho Caim fosse o Salvador prometido,
mas em vez de Caim dar a sua vida pelos outros ele tirou a vida de seu próprio
irmão. Pelos sacrifícios oferecidos no tabernáculo e no templo. Deus educava o
judeu a respeito da necessidade de um substituto para morrer em lugar do pecador.
"O Cordeiro de Deus" é o título do Senhor Jesus. Ele "como cordeiro foi levado
ao matadouro" (lsafas 53:7).
A história de Abraão subindo ao monte Moriá para oferecer seu filho Isaque
como holocausto sobre o altar é a melhor ilustração da doutrina de substituição no
Velho Testamento. Abraão levava o fogo e o cutelo, símbolos da justiça edojuizo
de Deus. O feixe de lenha foi transferido para Isaque, figura de Cristo, "carregan-
do ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados", (t Pedro 2:24).
Ao subir o monte Isaque deu falta do cordeiro e perguntou ao pai: "Eis o fogo e a
lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? " Esta é a pergunta que os
judeus piedosos faziam através dos séculos, até o dia em que João Batista apontou
ao Senhor Jesus e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"
(João 1:29). A resposta de Abraão foi uma profecia. Ele respondeu: "Deus proverá
para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto" (Génesis 22:8).
Ao chegar ao cume do monte ajuntaram pedras para fazer um altar, e Abraão,
depois de ter colocado a lenha no lugar, amarrou Isaque sobre o altar e estendeu
a mão para imolar o próprio filho. "Mas do céu lhe bradou o Anjo do Senhor: e
disse: não estendas a mão sobre o rapaz, e nada lhe faças, pois agora sei que temes a
Deus" (Génesis 22:12). Depressa Abraão tirou o seu filho do altar, olhou e viu
atrás de si um carneiro preso pelos chifres errtre os arbustos; "tomou Abraão o car-
neiro e O OFERECEU EM LUGAR DE SEU FILHO" (Génesis 22:13). Podemos
imaginar o que sentiu Isaque quando viu o carneiro sobre o altar em seu lugar.
No Novo Testamento há também um exemplo notável de substituição . O Se-
nhor Jesus, numa noite só, foi traído, preso, julgado, e condenado. Não havia tem-
po para fazer uma cruz para ele, mesmo assim, uma cruz já o esperava. Aquela
cruz não foi feita para Jesus Cristo, mas sim para Barrabás. Três cruzes foram feitas
para três criminosos, mas o Senhor Jesus tomou o lugar de um deles, chamado Bar-

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rabás. Não sei se Barrabás assistiu a morte do seu substituto, mas em todo caso ele
podia dizer "Ele morreu em meu lugar".

O NOVO TESTAMENTO ENSINA COM CLAREZA ESTA VERDADE.


Romanos 5:8, l Pedro 2:21, l Pedro 3:18, Mateus 20:28.

A FIM DE SER O NOSSO SUBSTITUTO O FILHO DE DEUS SE TORNOU


HOMEM.
De outra maneira ele não podia morrer em lugar do pecador. Os animais sa-
crificados serviam como figuras e sombras da realidade, mas nunca poderiam tirar
pecados (Hebreus 10:4). Também um anjo não servia para ser substituto do ho-
mem; somente um homem podia morrer em nosso lugar. Jesus Cristo, é Deus e
homem.
PARA JESUS CRISTO PODER MORRER EM NOSSO LUGAR HAVIA NECES-
SIDADE DA ENCARNAÇÃO E DO NASCIMENTO VIRGINAL DE CRISTO.
O fato de Jesus Cristo nascer de uma virgem é importante, porque esta verdade
está ligada com a deidade de Cristo e com a morte expiatória em prol dos pecado-
res. O filho de Deus tornou-se verdadeiramente homem, mas o seu nascimento não
foi natural, mas sim, sobrenatural porque nasceu de uma virgem.
A primeira profecia de Cristo na Bíblia (Génesis 3:15), indica que o Salvador
havia de nascer de uma virgem. Deus, falando com Satanás, disse: "Porei inimizade
entre ti e a mulher, e entre a tua semente e SUA SEMENTE. Esta te ferirá a cabeça,
tu lhe ferirás o calcanhar" (versão Almeida Corrigida). O homem não foi o proge-
nitor de Cristo. Em Isaías 7:14 o nascimento virginal de Cristo foi profetizado
com clareza: "Portanto o Senhor mesmo vos dará sinal; Eis que a virgem conceberá,
e dará a luz um filho, e lhe chamará Emanuel".
Mateus, no seu evangelho (1:18 a 25). cita a profecia de l sã ias 7:14 e esclarece
como o nascimento de Cristo é diferente dos demais. A nossa vida começou com
o nosso nascimento, mas o nascimento de Cristo foi diferente porque Ele sempre
existiu. A genealogia de Jesus Cristo em Mateus 1:1 a 17 repete o mesmo verbo
"gerar". Por exemplo: "Abraão gerou a Isaque", Jessé gerou o rei Davi" etc. Mas
quando Mateus registrou no seu evangelho o nascimento de Jesus Cristo ele mudou
a expressão e escreveu: "Ora o nascimento de Jesus Cristo FOI ASSIM: Estando
Maria sua mãe, desposada com José, sem que tivesse antes coabitado, achou-se
grávida pelo Espírito Santo" (Mateus 1:18). José estranhou a situação e pensou
em abandonar Maria mas "Eis que lhe apareceu em sonho, um anjo do Senhor
dizendo: José filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que
nela foi gerado é do Espírito Santo" (Mateus 1:20). Lucas, o médico, confirma
que Jesus nasceu de uma virgem (Lucas 1:27 e 34). O anjo Gabriel foi enviado a
Maria para anunciar o grande acontecimento. "Então disse Maria ao anjo:Como
será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Des-
cerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com asua som-
bra; por isso também o ante santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus"
(Lucas 1:34 e 35). O escritor aos Hebreus citou uma profecia messiânica: "Por
isso, ao entrar no mundo diz: "Sacrifícios e oferta não quizeste ANTES CORPO ME
FORMASTE" (Hebreus 10:35). Foi um corpo verdadeiramente humano mas sem a
natureza pecaminosa.

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O SUBSTITUTO PELOS HOMENS PRECISAVA SER HOMEM PERFEITO SEM
PECADO.
Deus não pode pecar, e Jesus Cristo sendo Deus, não somente não pecou, mas
lhe era impossível pecar.

A APROVAÇÃO DE DEUS PAI E DO ESPl'RITO SANTO NO BATISMO DE


JESUS TESTIFICA O FATO QUE ELE É PERFEITO.
"Batizado Jesus, saiu da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espirito de
Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus dizia: "Este é o
meu filho amado em quem me comprazo" (Mateus 3:16 e 17). Este é o testemunho
que tem muito valor porque Deus sabe tudo.

NO ENCONTRO COM SATANÁS ELE PROVOU QUE É INVENCÍVEL.


Venceu as tentações de Satanás no fim de quarenta dias e quarenta noites je-
juando no deserto (Mateus 4:1 a 11). No caso do Senhor Jesus o sentido da palavra
"tentação" só pode ser "provar" porque a tentação não acha apoio nEle.
Entre as testemunhas da inocência do Senhor Jesus encontra-se Judas de Isca-
riotes, que por causa da sua traição teria motivo de achar algum defeito no Senhor
Jesus, para poder justificar o seu crime. Além disso, ele por três anos e meio foi
discípulo e andava com o seu mestre e conhecia bem a vida de Jesus Cristo mas não
achou defeito nEle. Ao contrário, ao devolver as trinta moedas, o preço da traição,
ele disse; "Pequei, traindo sangue inocente" (Mateus 27:4). Os principais sacerdotes e
todo o Sinédrio procuravam testemunhas falsas para poder acusar o Senhor Jesus,
mas os testemunhos não eram coerentes, e pelo depoimento detes ficou bem claro
que a vida de Cristo é perfeita.
Os apóstolos Pedro, Paulo e João testificaram da vida perfeita de Cristo, cada
um apresentava um aspecto diferente. O apóstolo Pedro escreveu: "O QUAL NÃO
COMETEU PECADO, nem dolo se achou na sua boca" (Pedro 2:22). Pedro era
um homem de ação, e ele escreveu a respeito das ações de Jesus Cristo. Por outro
lado Paulo era um grande pensador e ele escreveu a respeito da mente de Cristo.
"Aquele que NÃO CONHECEU PECADO, ele o fez pecado por nós; para que nele
fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 521). João, o apóstolo de amor,
que reclinava sobre o peito de Jesus, escreveu acerca do caráter do Senhor Jesus:
"Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e NELE NÃO EXISTE
PECADO" (l João 35).
O escritor da Epístola aos Hebreus frisa o fato que Jesus Cristo é perfeito, e desta
maneira, sem pecado. "Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como
este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, é feito mais alto do
que os céus" (Hebreus 7:26). "Porque não temos sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentado em todas as cousas à
nossa semelhança MAS SEM PECADO" (Hebreus 4:15). Havia somente um que po-
dia ser o nosso substituto, para morrer em nosso lugar; aquele que é Deus e se tor-
nou homem sem pecado.

26
Lição n.° 8

REDENÇÃO

l Pedro 1:18 e 19
Mais uma vez nestes estudos vamos contemplar a obra da morte do Senhor
Jesus na cruz. A morte dEle foi diferente da morte dos outros seres humanos, por-
que pela Sua morte Ele efetuou a obra da redenção. Esta palavra abrange dois as-
suntos, os quais são:

O PAGAMENTO DO PREÇO E O LIVRAMENTO.


Diversas palavras se empregam para ensinar a doutrina da redenção. A primeira
palavra é: "COMPRAR". "E entoavam novo cântico, dizendo: "Digno és de tomar
o livro e de abrir-lhe os selos, porque COMPRASTE PARA DEUS os que procedem
de toda tribo, língua, povo e nação" (Apocalipse 5:9). Porque havia a necessidade
de fazer esta compra? De fato nos somos a criação de Deus, mas pela entrada
do pecado no mundo o homem ficou distanciado dEle. Adão e Eva mudaram de
senhor e pela sua desobediência, revoltaram contra Deus e se tornaram servos de
Satanás e do pecado.
Havia uma só maneira pela qual Deus podia recobrar para si a sua criatura perdi-
da. Foi por meio da redenção, pelo pagamento do resgate. Há uma ilustração bem
conhecida de um menino que fez um barquinho à vela. Um dia ele levou o seu bar-
quinho para navegar no mar, mas de repente soprou um vento forte que levou o
barquinho para longe e ele desapareceu. Alguns dias depois ele viu o seu barquinho
numa loja e logo entrou e o exigiu. O dono da loja lhe respondeu: "Eu comprei este
barquinho de um pescador que o achou no mar. Para adquiri-lo você tem de pagar
o preço." O menino voltou para casa, arranjou o dinheiro e pagou o preço. Ao sair
da loja ele disse ao seu barquinho: "Tu és meu duas vezes, eu te fiz e te comprei".
Deus nos comprou para Si mesmo para que fôssemos duas vezes Seus, pela criação
e pela redenção.

O PAGAMENTO FOI FEITO COM O SANGUE DE JESUS CRISTO.


"Com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua
povo e nação" (Apocalipse 5:9). Cousas de valor deste mundo não podem comprar
ninguém para Deus, nem mesmo o sangue de qualquer homem servirá para a nos-
sa redenção, pois somente o sangue do Filho de Deus que se tomou homem. É de
valor inestimável, pois, o sangue derramado tem um valor que pode resgatar um
número infinito de pecadores. A segunda palavra é:

RESGATAR.
"Sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata e ouro, QUE
FOSTES RESGATADOS do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram,
mas com o precioso sangue... o sangue de Cristo" (l Pedro 1:18 e 19). No versículo
18 a palavra grega traduzida "resgatar" significa "livrar", "tornar-se livre". Os cren-
tes da igreja primitiva entendiam o que significa a libertação da escravidão porque
nos tempos do Novo Testamento a escravatura era comum. Os presos capturados
pelos exércitos romanos foram vendidos como escravos no mercado. No século 19
a escravatura era muito comum nas Américas e certos casos da escravidão servem
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para ilustrar a verdade da redenção em Cristo Jesus. O Senhor Jesus disse: "Todo
o que comete pecado é escravo do pecado" (João 8:33 e 34). Há a necessidade de
redenção da escravidão do pecado.
Lemos em Gaiatas 3:13 "Cristo nos RESGATOU da maldição da lei, fazendo-se
ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que
for pendurado em madeiro". A palavra traduzida "resgate" é a mesma traduzida
"comprados" em Apocalipse 5:9, mas a ela, foi acrescentada uma preposição para
dar o sentido de "comprar sem a possibilidade de devolução". Na escravatura os es-
cravos podiam ser comprados por outro dono mas continuavam na escravidão e po-
diam ser vendidos outra vez. Isto não acontece ao resgatado pelo sangue de Jesus
Cristo porque é libertado para sempre, para nunca mais tornar escravo do pecado
e de Satanás.

REDENÇÃO. '
Esta palavra encontra-se em Romanos 323. "Sendo justificados gratuitamente,
por sua graça mediante a redenção que há em Cristo Jesus". A palavra traduzida
"redenção" é diferente das palavras no texto original de Apocalipse 5:9, l Pedro
1:18, e Gaiatas 3:13, e indica o caráter completo e permanente da redenção.

O NOVO TESTAMENTO ENSINA TRÊS ASPECTOS DA REDENÇÃO.


No passado. A obra redentora foi feita por Cristo na cruz. A compra já foi feita
pelo sangue do Senhor Jesus. Pedro referiu-se a este fato quando escreveu: "fostes
resgatados" (t Pedro 1:18). Aquele que confia no sangue do Senhor Jesus é redimi-
do (Romanos 3:24 e 25) e é libertado da condenação e da pena de morte (Romanos
8:1).
No presente. É a libertação do poder do pecado. "Porque o pecado não terá do-
mínio sobre vós" (Romanos 6:14). Temos um novo Senhor para obedecer e servir
com todo o amor. O apóstolo Paulo na sua Epístola a i ito 2:14 ensina a redenção
da vida, ou seja, a libertação do poder do pecado: "O qual a si mesmo se deu por
nós, a fim de REMIR-NOS DE TODA INIQUIDADE E PURIFICAR PARA SI
MESMO UM POVO EXCLUSIVAMENTE SEU, zeloso de boas obras".
No futuro. Ó Novo Testamento ensina a redenção do corpo no futuro, que
completa a nossa redenção. "E não somente ela, mas também nós que temos as pri-
mícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de
filhos, a REDENÇÃO DO NOSSO CORPO" (Romanos 8:23). Na vinda do Senhor
Jesus para arrebatar a Sua igreja os mortos serão ressuscitados e nós seremos trans-
formados (l Corfntios 15:52, Filipenses3:21), e assim completa a redenção.

EXEMPLOS DE REDENÇÃO NO VELHO TESTAMENTO


A redenção do povo de Israel da escravidão do Egito é a melhor ilustração,
porque foi dada por Deus.

A ESCRAVIDÃO DOS ISRAELITAS NO EGITO É UM QUADRO DA ESCRAVI-


DÃO DO PECADO.
Os filhos de Israel gemiam sob a servidão (Êxodo 2:23 e 24). "Disse ainda o Se-
nhor: Certamente vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor
por causa dos seus exatores. Conheço-lhes o sofrimento" (Êxodo 3:7). Era um po-
vo preso, afligido e oprimido (Êxodo 5:6 a 23).

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Lição n.° 9
A GRAÇA DE DEUS E A RECONCILIAÇÃO COM DEUS

Romanos 5:1,2,6 a 11. Colossenses 1:20 e 2. Efésios 2:13 a 19. 2 Coríntios 5:18 a 21
O assunto da reconciliação encontra-se em quatro trechos nas epístolas do após-
tolo Paulo, e em cada um deles contém verdades da morte do Senhor Jesus, pela
qual Deus pode reconciliar o pecador. A graça de Deus descreve-se em Romanos 5,
e no versículo 20 o apóstolo Paulo escreveu: "Mas onde abundou o pecado, super-
abundou a graça". Onde aconteceu isto? Foi na cruz de Cristo. Naquele lugar
abundou o pecado, mas no mesmo lugar superabundou a graça de Deus. No lugar
onde o homem demonstrou no máximo a sua inimizade contra Deus, e onde a sua
revolta contra o seu criador chegou ao cume, Deus manifestou o seu amor, e pela
morte de Seu Filho providenciou um meio, pelo qual, o homem pode ser reconci-
liado com Deus.
A cruz de Cristo revelou o coração humano e a sua inimizade e ódio, contra Deus,
mas, por outro lado a cruz de Cristo revelou também o coração do amor de Deus
para com o homem . Os chefes religiosos cometeram toda a injustiça contra o seu
Messias, pois, cheios de ódio e inveja "deliberaram prender Jesus" à "traição e ma-
tá-lo" (Mateus 26:4). Judas, por trinta moedas, o preço de um escravo, traiu
seu Mestre com um beijo. (Mateus 27-9).

PRENDERAM E JULGARAM O SENHOR JESUS DE NOITE.


Uma grande turma com lanternas, tochas, cacetes e espadas, guiados pelo traidor
chegou ao jardim de Getsêmane. O Senhor fez duas perguntas. A Judas Ele disse:
"Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?" (Lucas 22:48). Ã multidão Ele
disse: "Saístes com espadas e cacetes como para deter um salteador? . Diariamente,
estando convosco, no templo não pusestes mão sobre mim. ESTA PORÉM É A
VOSSA HORA E DO PODER DAS TREVAS". Foi para esta hora que Ele veio ao
mundo. No Getsêmani Ele pediu para que, se possível, lhe fosse poupada aquela
hora (Marcos 14:35). Noutra ocasião "então procuraram prendê-lo; mas ninguém
lhe pôs a mão, porque ainda não era chegada a sua hora" (João 7:30). Agora chegou
a hora e Ele voluntariamente se entregou aos homens maus e perversos.
ELE SABIA TODAS AS COUSAS QUE SOBRE ELE HAVIA DE VIR. "Saben-
do, pois Jesus todas as cousas que sobre Ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-
lhes: A quem buscais? (João 18:4). Que amor.l Voluntariamente, Ele se entregou.

ELE MOSTROU o SEU PODER E DIVINDADE.


Quando eles responderam: "A Jesus, o Nazareno", então Jesus lhes disse: "Sou
eu, recuaram e cairam por terra" (João 18:6). Pela sua palavra Ele podia ter ven-
cido a multidão armada com cacetes e espadas, mas chegou a hora do poder das
trevas.

ELE PODIA TER PEDIDO MAIS DE DOZE LEGIÕES DE ANJOS.


Mas não pediu (Mateus 26:53).

AQUELES ACONTECIMENTOS CUMPRIRAM AS ESCRITURAS.


"Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprisse as Escrituras, dos profetas"
(Mateus 22:56).
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O Senhor Jesus interpretou para nós esta hist6ria:"Responderam-lhe:Somos des-
cendentes de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis li-
vres". Parece que esqueceram da escravidão no Egito. "Replicou-lhes Jesus: Em ver-
dade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado"
(João 8:33 e 34).
A REDENÇÃO DO EGITO FOI FEITA DE DUAS MANEIRAS.
(1) PELO SANGUE DO CORDEIRO (Êxodo 12:1 a 13). Na noite da páscoa,
Deus agiu em julgamento contra todos os primogénitos de homens e animais dos
egípcios, porém, livrou da morte todos os primogénitos dos israelitas, que confiaram
no sangue do cordeiro e nele se abrigaram. É uma ilustração de uma maneira clara e
positiva da verdade de l Pedro 1:18. "Sabendo que não foi mediante cousas corrup-
tíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que
vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro é sem defei-
to e sem mácula, O SANGUE DE CRISTO".
(2) LIBERTAÇÃO DO PODER DO INIMIGO.
Duas figuras da morte de Cristo são empregadas para descrever a redenção que
há em Cristo Jesus. A primeira é o sangue do cordeiro e a segunda o livramento do
PODER DO PECADO. O que aconteceu no Mar Vermelho é figura da cruz de
Cristo. O Mar Vermelho significava para os israelitas a libertação do poder de escra-
vidão. Presenciaram a derrota e a morte do seu inimigo, quando o exército de Faraó
foi destruído nas águas do Mar Vermelho para nunca mais escravizar o povo de
Deus. Na cruz o Senhor Jesus derrotou nossos inimigos, a saber, o pecado, o túmu-
lo e Satanás. Agora há libertação do poder do pecado na vida do remido. O Mar
Vermelho separou o povo de Israel do Egito para uma nova vida com Deus. O povo
de Deus não é somente remido do pecado, mas também é remido para Deus.
O ensino da redenção do Velho Testamento é tão importante, que Deus, por meio
de dois ritos não deixou o povo esquecer a redenção da escravidão. O povo foi
obrigado a ensinar aos filhos o significado de dois ritos. O primeiro destes ritos é
a celebração da páscoa em todos osaniversáriosda saída do Egito. Deus disse-lhes:
"Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacri-
fício da páscoa do Senhor que passou por cima das casas dos filhos de Israel no
Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas" (Êxodo 12:26 e 27).
Deus também queria ensinar ao povo por outro rito que o redimido-pertence
a Deus, por isso, todos os primogénitos entre os animais seriam do Senhor. "Porém,
todo primogénito da jumenta resgatarás com cordeiro; se o não resgatares será des-
nucado; mas todo primogénito dos homens resgatarás. Quando teu filho amanhã
te perguntar: Que é isto? Responder-lhe-ás: O Senhor com mão forte nos tirou
da casa da servidão" (Êxodo 13:13 e 14). No Velho Testamento, Deus por meio
de exemplos estava preparando o caminho para a vinda do redentor.
Acontecia que alguns israelitas por causa de dívidas foram obrigados a se entre-
gar a escravidão. Dentro da lei havia uma provisão de que o parente mais próximo
seria o resgatador e pagaria o preço para libertar o escravo. Em Levítico 2:25,
lemos das condições exigidas para poder resgatar um parente, Em Hebreus 2:14 e 15
vemos como Cristo cumpriu esta condição, e tornou-se homem para poder ser o
nosso redentor.
A segunda condição é que o remidor precisava ter recursos com que pagar o
preço da libertação do escravo. No livro de Rute temos uma linda história como
Rute tinha perdido a herança do marido, mas Boaz resgatou a herança.
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O SENHOR JESUS RETRIBUIU O ÓDIO COM A BONDADE.
O último ato do Senhor Jesus antes de ser levado preso, foi curar a orelha do
servo do sumo sacerdote. Ele pagou o mal com o bem.

O JULGAMENTO DE JESUS CRISTO PERANTE ANÁS, CAIFÁS E O SINÉDRIO


FOI ILEGAL.
O Sinédrio não podia reunir antes de seis horas da manhã. Como queriam con-
denar Jesus depressa e tudo às escondidas, de noite, antes que o povo soubesse, os
membros do Sinédrio reuniram na casa de Cai f ás, para procurar uma acusação con-
tra o Senhor Jesus e para arranjar falsas testemunhas. Mesmo assim, apresentaram
o Senhor Jesus a Pi latos sem a acusação. De manhã, na reunião oficial, o Sinédrio
queria somente lavrar a sentença e levar o Senhor Jesus a Pilatos para obter per-
missão para o matar. Não estava interessado em fazer justiça, mas sim, em matar
Jesus Cristo.
Além de perverterem a justiça eles maltrataram o homem sem defeito e cuspiram
nEle (Marcos 14:65). Foi o maior insulto para mostrarem o seu ódio a Cristo, mas,
além disto, cobriram o seu rosto e deram-lhe murros, dizendo: Profetiza. Que bru-
talidade! Também os guardas lhe deram bofetadas (Marcos 14:65). Amarraram o
Senhor Jesus como se fosse um preso perigoso. Este procedimento dos chefes re-
ligiosos, que deviam ter dado uma boa acolhida ao Messias, demonstrou a sua hos-
tilidade a Deus e a Cristo. A religião muitas vezes serve só de capa para esconder
a sua inimizade a Deus.
O Senhor Jesus facilmente podia ter exposto a perversidade daquela gente reli-
giosa. Jesus, porém, guardou silêncio e o profeta l sã ias explicou porque: "Ele foi
oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao ma-
tadouro; e como ovelha, muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua bo-
ca" (l sã í as 53:7). A razão é que Ele estava de caminho para a cruz.
Tanto os gentios como os judeus mostraram hostilidade para com Cristo. Pila-
tos é culpado da maior perversão da justiça, porque como juiz ele declarou Jesus
Cristo inocente, e ao mesmo tempo mandou açoitar o nosso Senhor contra a lei e
entregou um homem inocente para ser crucificado. Os soldados romanos foram
brutais no seu tratamento a Cristo. Ele foi açoitado, despido e eles escarneciam
do Filho de Deus, cobrindo-o com um manto escarlate, colocaram uma coroa de
espinhos na sua cabeça e cuspiram nEle.

O MUNDO DEU AO FILHO DE DEUS UMA CRUZ.


Foi uma morte brutal que demonstrou a inimizade do homem contra Deus.
Foi o cume da revolta do homem contra Deus, pois, é o lugar onde o pecado
abundou.

EM VISTA DA INIMIZADE DO HOMEM DEMONSTRADA PELA CRUZ DE CRIS-


TO. QUAL É A ATITUDE DE DEUS PARA COM O HOMEM?
Podíamos esperar o juízo de Deus contra o homem pela sua revolta manifestada
na cruz de Cristo, mas Deus respondeu com amor.

A CRUZ DE CRISTO É A PROVA DO AMOR DE DEUS PARA COM OS HOMENS


O amor de Deus chama-se a graça de Deus porque é amor aos que não o me r c-,
cem. Romanos 5:1 a 11 apresenta um quadro do amor de Deus AO FRACO, que

31
é vítima do pecado. AO ÍMPIO, que se opõe a Deus e a Sua Palavra. "Porque Cristo,
quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios" (Romanos
5:6). Ele ama o PECADOR: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco,
pelo fato de ter Cristo morrido por nós sendo nós ainda pecadores" (Romanos
5:8). Ele ama o inimigo e revoltado contra Deus. "Porque se nós, QUANDO INI-
MIGOS fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho (Romanos
5:10).

É PELA CRUZ DE CRISTO QUE O FRACO, ÍMPIO, PECADOR, E INIMIGO DE


DEUS PODEM SER RECONCI LIADOS COM DEUS.
Estudemos os fatos da reconciliação com Deus pela morte de Cristo. "DEUS
ESTAVA EM CRISTO, RECONCILIANDO CONSIGO O MUNDO" (2 Coríntios
5:19). Isto não quer dizer que todo o mundo esteja reconciliado com Deus, mas
que, em virtude da morte de Cristo, Deus oferece a reconciliação a todo o povo do
mundo. O caminho para Deus não está impedido, mas está aberto para todos. O
fundamento para a reconciliação encontra-se em 2 Coríntios 5:19: "não imputando
aos homens as suas transgressões".

AS DOUTRINAS DA IMPUTAÇÃO E DA JUSTIÇA SÃO LIGADAS COM A


OBRA DE RECONCILIAÇÃO.
Foi o pecado que causou a inimizade entre Deus e os homens, mas pela obra da
cruz este impedimento foi removido. Como já temos estudado, nestas lições há
um aspecto negativo e positivo da imputação. Ao crente em Cristo, Deus não lhe
imputa o pecado, mas imputa-lhe a sua justiça. "Aquele que não conheceu o peca-
do, ele o fez pecado por nós para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2
Coríntios 5:21). Esta é a única maneira pela qual o homem pode ser reconciliado
com Deus.
Por Jesus Cristo recebemos a reconciliação (Romanos 5:11). Existem quatro pa-
lavras que podem descrever os efeitos da reconciliação.

PAZ
O mais importante aspecto deste assunto é a PAZ COM DEUS (Romanos 5:1),
e desta paz dependem outros aspectos deste assunto. Nós não precisamos fazer a
paz com Deus porque ela já foi feita (Colossenses 1:20). Precisamos aceitar a paz
feita por Cristo na cruz. Também. "Ele (Cristo) é a nossa paz" (Efésios 2:14).
"E vindo, (Cristo) evangelizou a paz" (Efésios 2:17).

PERTO
"Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, FOSTES APROXI-
MADOS PELO SANGUE DE CRISTO" (Efésios 2:13). Pelo sangue de Cristo che-
gamos perto de Deus, mas como? Nós éramos estranhos e inimigos (Colossenses
1:21), mas agora nós nos tornamos filhos de Deus. Nós chegamos perto pelo novo
parentesco e pela nova relação com Ele. Mas isto não é tudo, porque podemos che-
gar perto em comunhão com Deus (Efésios 2:18).

PERFEIÇÃO
"Agora, porém, vos reconciliou com Deus por meio do sangue de Cristo median-
te a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis, e irrepreensíveis"
(Colossenses 1:22). Que perfeição)
32
PRIVILÉGIO
Os que são reconciliados com Deus por meio do sangue de Cristo tem um privi-
légio inestimável, pois, Deus nos deu "o ministério da reconciliação (2 Cormtios
5:18), ou "a palavra da reconciliação" (v. 19). Temos um serviço e uma mensagem.
É o serviço de embaixador em nome de Cristo. Um embaixador é o representante
do seu país e do seu governo em outro país. Somos representantes de Cristo nes-
te mundo que não O aceita e a nossa mensagem é: "Em nome de Cristo, pois,
rogamos que vos reconcilieis com Deus" (2 Coríntios 5:20).

33
Lição n.° 10

ARREPENDIMENTO E FÉ

Lucas 13:1 a 9; Romanos 10:13 a 17


Vamos considerar estes dois assuntos na mesma lição porque não pode haver fé
verdadeira sem o arrependimento. O primeiro exercício de fé é uma mudança de
atitude para com Deus.

O ARREPENDIMENTO.
A palavra grega traduzida "arrependimento" significa a mudança de pensamento
e de atitude.

FOI A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA E DO SENHOR JESUS.


João Batista pregou: "arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus"
(Mateus 3:2). A nação de Israel estava com as costas para Deus, mas agora João
Batista chamou o povo para mudar de pensamento e de atitude para com Deus
porque o Messias tinha chegado.
O Senhor Jesus entregou a mesma mensagem ao povo, mas em Lucas 13:1 a 9
lemos mais do seu ensino sobre o arrependimento. Alguns chegaram a Ele e falaram
de duas tragédias. A primeira foi a matança dos judeus por Pilatos quando eles esta-
vam oferecendo o sacrifício. A outra foi quando a torre de Siloé desabou, matando
dezoito pessoas. O povo achou que tudo isto aconteceu porque eram grandes pe-
cadores, mas Jesus respondeu: "Não eram, eu vo-lo afirmo; MAS SE, PORÉM, NÃO
VOS ARREPENDERDES TODOS IGUALMENTE PERECEREIS" (Lucas 13:3 e
5). Duas vezes falou as mesmas palavras e em seguida proferiu uma parábola de um
homem que plantou uma figueira na sua vinha, "e vindo procurar fruto nela, não
achou" (Lucas 13:6). Está bem claro que o Senhor Jesus continuava o mesmo as-
sunto. A figueira é figura de Israel, e Cristo veio, procurando arrependimento, mas
não achou. Devemos notar o que o homem falou ao viticultor: "Há três anos venho
procurar fruto nesta figueira, e não acho; pode cortá-la; para que está ainda ocupan-
do inutilmente a terra? "Porque três anos o Senhor Jesus procurou o fruto de ar-
rependimento daquela nação (Mateus 3:8), mas não achou. O viticultor pediu um
prazo para tratar mais a figueira. No caso do povo de Israel sabemos que apesar de
toda bondade de Deus para com ele Deus foi obrigado a tratar com aquela nação
com juízo.
No dia de Pentecostes Pedro, em resposta à pergunta: "Que faremos irmãos?"
respondeu: "Arrependei-vos..." Até agora temos pensado no arrependimento para os
judeus, mas será que os gentios têm de se arrepender e mudar de atitude para com
Deus? A palavra arrepender-se, encontra-se nove vezes nos Atos dos Apóstolos, mas
quando Paulo pregava aos gregos em Atenas ele disse: "Ora, não levou Deus em con-
ta os tempos da ignorância; Agora, porém, notifica aos homens que TODOS em
TODA PARTE se arrependam" (Atos 17:30).
Quando o apóstolo Paulo chamou os anciãos da igreja em Éfeso para fazer des-
pedida em Mileto, ele fez referência à sua vida e o seu ministério em Éfeso: "Tes-
tificado tanto a judeus como a gregos o ARREPENDIMENTO PARA COM DEUS
E A FÉ EM NOSSO SENHOR JESUS CRJSTO" (Atos 20:21).

34
O QUE O ARREPENDIMENTO NÃO É:
NÃO É UMA REFORMA. Muitos, em vez de mudar a sua atitude para com
Deus, querem emendar a sua vida. Não dá certo e não é arrependimento.
NÃO É TRISTEZA PELO PECADO. Sem dúvida pode acompanhar o arrepen-
dimento, mas não é o arrependimento. Pessoas podem ficar emocionadas com a
pregação e choram, mas se continuarem no mesmo rumo não mudaram de atitude
para com Deus.
NÃO É PENITÊNCIA. Outros querem se afligir ou fazer certas obras, para pa-
qar ou penar pelos seus pecados. Deus não aceita tais obras e não precisa fazê-las
jorque Cristo na cruz fez o pagamento dos nossos pecados.
NÃO É REMORSO. Quando o pecador chega a perceber as consequências, do
seu pecado ele tem remorso, isto é: ele lamenta a situação em que se encontra,
mas não muda a sua atitude para com Deus. O caso de Judas Iscariotes é um
exemplo de remorso. "Então Judas que o traiu, vendo que Jesus fora condenado,
TOCADO DE REMORSO, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sa-
cerdotes e aos anciãos dizendo: "Pequei, traindo sangue inocente" (Mateus 27:3 e 4)
Não houve esperança, pois a sua confissão não foi de arrependimento, mas sim,
de desespero e remorso.

DOIS EXEMPLOS DE ARREPENDIMENTO NO NOVO TESTAMENTO.


A parábola do Filho Pródigo fornece-nos com um excelente exemplo de arrepen-
dimento. O filho pródigo virou as costas para o pai e desprezou o seu lar porque
para ele a terra distante era muito melhor. Entretanto, depois da sua experiência
na terra distante e enquanto estava apascentando os porcos, e com muita fome, ele
mudou de pensamento e de atitude para com o pai e também para com a terra onde
estava. "Então caindo em si, disse; Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com
fartura e eu aqui morro de fome. Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e lhe di-
rei: Pai pequei contra o céu e diante de ti" (Lucas 15:17 e 18). Ele se arrependeu,
e mudou de rumo.
O outro exemplo é de um dos salteadores que foi crucificado com Cristo. No
princípio ele blasfemava e escarnecia de Cristo (Mateus 27:44), mas enquanto es-
tava pendurado na cruz percebeu que o homem crucificado ao seu lado era diferente
dos demais. Ele repreendeu o outro salteador que estava blasfemando do Filho de
Deus e disse: "Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nos na
verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas
este, nenhum mal fez" (Lucas 23:40 e 41). O salteador se arrependeu e mudou de
atitude para com Jesus Cristo.

A FÉ.
A salvação é dada por Deus sem merecimento algum da nossa parte. Pela fé
recebemos a salvação, pois é o meio pelo qual somos salvos. A palavra mais empre-
gada para descrever a fé é "crer", mas também há outras como VIR a Cristo (Ma-
teus 11:28). "ENTRAR pela porta" (João 105) "RECEBER" (João 1:12),e"ABRIR
aporta" (Apocalipse 3:20). No Novo Testamento alguns-versículos que conhece-
mos melhor são os que dão ênfase à fé, como: "Crê no Senhor Jesus e será salvo
tu e tua casa" (Atos 16:31). "O justo viverá por fé" (Romanos 1:17), e "e tua fé
te salvou" (Mateus 9:22). Portanto, queremos saber o que é a fé".

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HA TRÊS ELEMENTOS NA FÉ PELA QUAL RECEBEMOS A SALVAÇÃO DE
DEUS.
(1) O CONHECIMENTO DO CAMINHO
(2) A SUBMISSÃO AO CAMINHO
(3) CONFIANÇA NO CAMINHO

(1) O CONHECIMENTO DO CAMINHO.


É lógico que precisa de conhecer o evangelho antes de poder crer nele. O apósto-
lo Paulo trata deste assunto em Romanos, capítulo 10. "É assim, a fé vem pela pre-
gação e a pregação pela palavra de Deus" (Romanos 10:17). 'Todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo. Como porém invocarão aquele em que não
creram? e como crerão naquele de que nada ouviram? e como ouvirão, se não há
quem pregue? " (Romanos 10:13 e 14). Há necessidade de entender a mensagem do
evangelho antes de poder crer, e por isso, o pregador deve anunciar com clareza os
fatos essenciais do evangelho.
Entretanto, o conhecimento do evangelho não salva ninguém. Alguém, pode
conhecer e aceitar todos os fatos do evangelho sem obter a salvação. Simão o má-
gico acreditou no evangelho, "abraçou a fé" e foi balizado, mas ainda estava em
"fel de amargura e laço de iniquidade" (Atos 8:13 e 23).

(2) A SUBMISSÃO AO CAMINHO.


Foi pela sua livre vontade que o homem tornou-se revoltoso contra Deus e tam-
bém é pelo exercício da sua vontade que ele volta a Deus por Jesus Cristo. O homem
pode escolher entre o caminho largo e o caminho apertado, entre Cristo e o pe-
cado.

(3) CONFIANÇA NO CAMINHO.


O caminho é uma pessoa; é Jesus Cristo que pela Sua morte na cruz tornou-se
o caminho, pois, somente Ele pela sua morte expiatória serve como base para a nossa
fé. Não é a questão de ter uma fé grande ou pequena, mas o que é mais importante
é a pessoa em quem estamos confiando. Escreveu o apóstolo Pedro: "Chegando-vos
para ele (Cristo), pedra que vive" (l Pedro 2:4). Há firmeza, segurança e salvação
em Cristo crucificado, e só nele. O leitor de Atos dos Apóstolos havia de notar que
os pregadores, da igreja primitiva falavam de Jesus Cristo e o apresentavam como
o objeto da nossa fé. A respeito da igreja em Jerusalém lemos: "E todos os dias,
no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e pregar Jesus, o Cristo"
(Atos 5:42).

36
Liçãon.°1l
A CONVICÇÃO DO PECADO

Romanos 7:7 a 14.3:20; Gaiatas 3:26, João 16:7 e 11


É difícil convencer o povo da sua culpa e do seu pecado, e poucos estão dispos-
tos a tomar esta posição perante Deus. O povo religioso do tempo do nosso Senhor
achava que era justo e procurava se justificar. Portanto, antes de poder receber o
evangelho é necessário reconhecer que é pecador.Disse Jesus: "0$ sãos não precisam
de médico, e sim, os doentes ... pois, não vim chamar justos e sim pecadores ao
arrependimento" (Mateus 9:12 e 13). O doente que não sabe, nem reconhece a sua
doença não vai procurar o médico nem o remédio. Da mesma maneira, a pessoa que
não sente o seu pecado não vai procurar o remédio para ele. Como o arado tem de
cortar e revirar a terra para poder receber a semente, o coração precisa ser preparado
pela convicção do pecado para receber o evangelho.

A UTILIDADE DA LEI.
O apostolo Paulo ensinou que: "ninguém será justificado diante de Deus por
obras da lei". Então ! para que a lei?

PELA LEI VEM O PLENO CONHECIMENTO DO PECADO (Romanos 3:20).


O apóstolo Paulo escreveu: "Mas eu não teria conhecido o pecado senão pela lei;
pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: "Não cobiçaras" (Ro-
manos 7:7).

A LEI CONDENA.
"Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz, para que
se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus" (Romanos 3:19) .

A LEI NOS ENSINA O QUE É O PECADO E NOS LEVA A CRISTO.


"De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que
fôssemos justificados por fé" (Gaiatas 3:24). Naquele tempo nas casas dos nobres
e ricos, o aio tomava conta das crianças e lhes dava uma instrução elementar.
Então o que a lei pode nos ensinar? Ensina-nos a justiça de Deus, mostra-nos a
necessidade do Salvador, e desta maneira leva-nos a Cristo.

A MANEIRA PELA QUAL JOÃO BATISTA PREPAROU O CAMINHO PARA


CRISTO;
Lucas escreveu: "Voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor,
endireitai as suas veredas. Todo vale será aterrado, e nivelados todos os montes e
outeiros: os caminhos serão retificados e os escabrosos aplanados; e toda a carne ve-
rá a salvação de Deus" (Lucas 3:4 e 6). Como é difícil preparar o caminho para
Cristo! Quantos obstáculos no caminho! O pior de todos foi a religião e a falta da
convicção do pecado. Apesar das palavras duras e positivas que João dirigiu àque-
la gente religiosa, os escribas e fariseus não sentiram o seu pecado e não estavam
em condição espiritual para receber o Messias prometido.

A MANEIRA QUE O SENHOR JESUS EMPREGOU A LEI.


37
Usou a lei para produzir a convicção do pecado nas pessoas que achavam que
eram justas e perfeitas.
O JOVEM RICO (Mateus 1:16 a 22). O jovem rico perguntou: "Mestre, que
farei de bom para alcançar a vida eterna? Ele foi ter com Jesus, não para saber co-
mo realmente ele podia ganhar a vida eterna, mas para receber louvor e recomenda-
ção do Senhor Jesus. Para ele não havia falta, nem pecado na sua vida. Quando o
Senhor Jesus citou os mandamentos, e especialmente "e amarás o teu próximo
como a ti mesmo" (Mateus 19:19), o jovem ainda achava que era perfeito. Por isso,
o Senhor Jesus lhe respondeu, não segundo a sua pergunta mas segundo a sua ne-
cessidade espiritual, e interpretou o mandamento para ele: "Se queres ser perfeito
vai, vende todos os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu: e depois
vem e segue-me". Devemos notar que o Senhor não prometeu ao jovem a vida
eterna, por dar os seus bens aos pobres, pois. Ele lhe disse: 'Se queres ser perfeito..."
Mostrando assim que ele não cumpriu a lei de Deus. O jovem não quis reconhecer
que era pecador e retirou-se triste.

O INTÉRPRETE DA LEI (Lucas 10:25 a 37).


Ele fez a mesma pergunta que o jovem rico, mas com outro motivo. Quis colocar
Jesus a prova, e quando ficou apertado pela lei que ele mesmo interpretava-,
queria se justificar, dizendo: "Quem é o meu próximo? " Não era sincero mas ficou
condenado pela lei, pela sua própria boca.
A ADÚLTERA PERANTE OS SEUS ACUSADORES (João 8:1 ali).
Enquanto o Senhor Jesus estava ensinando no templo os escribas e fariseus
trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e disseram: "Mes-
tre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério, e na lei nos mandou Moisés
que tais mulheres sejam apedrejadas, tu pois, que dizes? " Queriam colocar Jesus
Cristo a provas, porque qualquer resposta podia ser usada para acusá-lo. A mulher
ficou realmente tida como pecadora perante Cristo, mas os seus acusadores que
também eram pecadores não admitiam o seu pecado. Queriam condenar outros,
mas não queriam aceitar a sua posição como pecador perante o Filho de Deus.
Jesus não respondeu a pergunta mas inclinando-se, escreveu na terra com o de-
do. "Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que
dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro a lhe atirar pedra" (v. 7). Lemos:
"ouvindo esta resposta e acusados pela própria consciência, foram se retirando um
por um, a começar pelos mais velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher
no meio onde estava" (v. 9). Eles acusados pela consciência retiraram-se, mas a
mulher reconhecendo a sua culpa ficou e recebeu o anúncio do livramento da pena:
"Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais" (v. 11).
O EXEMPLO DE CONVICÇÃO DO PECADO NO VELHO TESTAMENTO (2 Sa-
muel 12:1 a 14).
O rei Davi cometeu adultério e homicídio mas não sentiu o seu pecado. Deus
enviou o profeta Nata, que contou uma parábola a Davi (2 Samuel 12:1 a 4).
Davi ficou furioso ao ouvir a parábola do rico, que quando um viajante chegou
a sua casa, em vez de tomar um cordeiro do seu grande rebanho, tomou o últi-
mo cordeirinho de um pobre e o matou para dar de comer ao viajante. Davi excla-
mou: "Tão certo como vive o Senhor, o homem que fez isto deve ser morto".
Respondeu Nata: TU ÉS O HOMEM (2 Samuel 12:5).
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Muita gente sabe do pecado de Davi, mas não sabe da convicção do pecado pela
qual ele passou. No Salmo 51 Davi escreveu: "lava-me comptetamente da minha ini-
quidade, e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões,
e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente,
e fiz o que é mal perante os teus olhos". (Salmos 512 a 4).

O EXEMPLO DE CONVICÇÃO DO PECADO NO NOVO TESTAMENTO (Lucas


736 a 29).
O Senhor Jesus foi convidado para jantar na casa de um fariseu. Uma mulher
pecadora também entrou na casa e sentindo o seu pecado, "levou um vaso de
alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os
com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos, e beijava-lhe os pés e os
ungia com o unguento" (Lucas 7:37 e 38).

A VINDA DO ESPÍRITO SANTO (João 16:7 a 11).


"Quando Ele vier CONVENCERÁ O MUNDO DO PECADO, DA JUSTIÇA E DO
JUÍZO: do pecado porque não crêem em mim; da justiça porque eu vou para o meu
Pai, e não me vereis mais; do juízo porque o príncipe deste mundo já está julgado"
Mas como pode o Espírito Santo convencer o mundo do pecado, justiça e juízo se
nós não pregamos estes assuntos? A pregação no poder do Espírito Santo pode con-
vencer o povo do mundo da sua necessidade de Cristo.

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Lição n.° 12

REGENERAÇÃO
João 3:1 a 15
Este assunto é melhor conhecido como "O Novo Nascimento", e como base
deste ensino temos a entrevista de Nicodemos com o Senhor Jesus.

O QUE É O NOVO NASCIMENTO?

É O NASCIMENTO ESPIRITUAL E NÃO FfSICO.


Foi a primeira lição que Nicodemos precisava aprender (João 3:4). É a comuni-
cação de vida espiritual por Deus ao homem morto, ou seja separado de Deus
pelo pecado (Efésios 2:1).

É MILAGROSO
Não é uma mera reforma ou emoção. A participação do homem no novo nas-
cimento é excluída porque é a atuação do Espírito de Deus naquele que se arrepen-
de e crê em Jesus Cristo. Todas as obras de Deus são maravilhosas e especialmente
o nascimento físico, mas o nascimento espiritual é ainda mais maravilhoso. Esta é
a maravilha da graça divina, sabedoria e poder de Deus.

É MISTERIOSO
A mente humana não pode penetrar neste mistério. "Ora o homem natural não
aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-
las porque elas se discernem espiritualmente" (l Coríntios 2:14). O Senhor Jesus
empregou o mistério do vento para descrever a obra do novo nascimento. "O vento
sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai;
assim & todo o que é nascido do Espírito" (João 3:8).
É IMPORTANTE PORQUE AQUELE QUE NASCE DE NOVO NASCE NO
REINO DE DEUS (João 3:3 e 5). NASCE NA FAMÍLIA DE DEUS (João 1:12).
Para entrar no reino de Deus e na família de Deus TODOS precisam nascer de novo
e não somente os grandes pecadores. A um dos principais dos judeus, membro do
Sinédrio, um homem moral e conhecedor do Velho Testamento o Senhor Jesus
disse: "Importa-vos nascer de novo".

O SENHOR JESUS FEZ UMA DISTINÇÃO ENTRE A NATUREZA NOVA E


A VÊ LHA.
"O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito"
(João 3:6). "Nascido da carne" refere-se ao primeiro nascimento quando entramos
no mundo. Como descendentes de Adão nascemos com uma natureza pecaminosa
e pertencemos ao reino das trevas.

"O QUE É NASCIDO DA CARNE É CARNE".

É UMA NATUREZA PECAMINOSA.


Exista uma teoria que para melhorar o homem precisa melhorar as suas condi-
ções sociais e o seu ambiente e assim a questão do pecado seria resolvida. É bom
40
melhorar as condições sociais, mas isto não resolve o grande problema do pecado.
O homem peca porque é pecador e tem uma natureza pecaminosa. Pode levar um
filhote de tigre para casa e enquanto está muito pequeno vai bem, mas não demora-
rá muito tempo a mostrar que é tigre mesmo. O ambiente influi mas não muda
a natureza de uma pessoa.
Certas pessoas dizem, ao olhar para uma criança recém-nascida que não podem
acreditar que nasceu com uma natureza pecaminosa, mas n8o demora perceber-se
que tem uma natureza pecaminosa.

É UMA NATUREZA INIMIGA DE DEUS.


"Por isso o pendor da carne ó inimizade contra Deus, pois não está sujeito a lei
de Deus, nem mesmo pode estar" (Romanos 8:7).

A NATUREZA VELHA (a carne) E A NATUREZA NOVA NÃO COMBINAM E


ESTÃO SEMPRE EM CONFLITO.
"Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito dá para a vida
e paz" (Romanos 8:6). A teoria que quando alguém é nascido de novo não peca
mais, mas chega à perfeição, não tem base bíblica, nem é provada pela experiência.

A CARNE É SEMPRE CARNE.


Isto é, a natureza velha, herdade de Adão, não muda. Certas pessoas ensinam
que quando alguém aceita o evangelho a natureza velha é convertida. Não é verdade
porque não há possibilidade disto. Com toda a reverência nós dizemos, que nem
Deus pode fazer isto (Gaiatas 5:17). Deus condenou a "carne" pela cruz (Romanos
83). A Bíblia ensina que o dever do crente é fazer morrer a sua natureza terrena
(Colossenses 3:5). "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas
paixões e concupiscências" (Gaiatas 524).

"O QUE É NASCIDO DO ESPÍRITO É ESPIRITO"


Desta maneira se descreve a vida nova porque é pela atuação do Espírito Santo
que alguém pode ser nascido de novo.

NASCIDO DA PALAVRA DE DEUS.


A Palavra de Deus é viva e no poder do Espírito Santo comunica a vida espiri-
tual ao que crê. O Espírito Santo atua pela Palavra de Deus na regeneração. "Pois
fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante
a Palavra de Deus, a qual vive e é permanente" (l Pedro 123) "Pois, segundo o
seu querer. Ele nos gerou pela Palavra da Verdade, para que fôssemos como que
primícias das suas criaturas" (Tiago 1:18). "Quem não nascer da água e do Espírito,
não pode entrar no reino de Deus" (João 3:5). Água neste versículo é figura da
Palavra de Deus, como é confirmado em outros versículos. Ninguém pode ser rege-
nerado pelo batismo, pois o batismo é somente para quem já foi regenerado.
"NASCIDO DE NOVO" não é a continuação da vida velha, ou o melhoramento
da vida velha, mas uma vida completamente nova.
NASCIDO DE CIMA. É vida celeste. A vida de Adão na sua inocência era uma
vida perfeita, porém terrestre, pois, a terra era o ambiente das suas atividades
e alvo dos seus pensamentos. O apóstolo Paulo exortou aos colossenses: "Pensai
nas coisas lá de cima, não nas que são aqui da terra" (Colossenses 3:2). Pelo novo

41
nascimento recebemos uma natureza pela qual nós nos tornamos idóneos para
o céu.

NASCIDO DE DEUS.
"Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade
do homem, MAS DE DEUS" (João 1:13).

PELO NOVO NASCIMENTO UMA VIDA INCORRUPTÍVEL É DADA;

É a vida eterna, e por isso não se corrompe, a saber, é uma vida que não pode
pecar. A vida eterna não é apenas uma vida sem fim, pois, indica qualidade de vida.
Nas matas do Brasil existe uma árvore imprestável chamada "Matapau". A semen-
te do Matapau pega numa árvore boa como o Ipê e começa a crescer, sugando
a vida do Ipê, que morre, e em seu lugar cresce uma árvore que não presta para
nada. Isto tf uma ilustração do que aconteceu no Jardim do Éden. Adão foi criado
para ser útil para Deus, mas a sua vida foi corrompida. Portanto, isto não pode
acontecer com a vida eterna, porque não pode pecar e não se corrompe.

E" UMA NOVA CRIATURA OU SEJA UMA NOVA CRIAÇÃO.


"E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já pas-
saram; eis que se fizeram novas" (2 Corfntios 5:17).

A NOVA CRIATURA TEM UMA HERANÇA CELESTIAL.


"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita
misericórdia, nos REGENEROU para uma viva esperança mediante a ressurreição
de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula
imarcescfvel,reservadanos céus para vós outros" (l Pedro 13 e 4).

A NOVA CRIAÇÃO E UMA NOVA NATUREZA COM NOVOS DESEJOS.


"Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual,
para que por ele vos seja dado crescimento para salvação" (l Pedro 2:2). Um sinal
de nova vida á um apetite pela Palavra de Deus, Como a criança deseja o leite ma-
terno, da mesma maneira aquele que nasceu de novo deve desejar a Palavra de Deus,
pois, sustenta a vida espiritual.

A NOVA CRIAÇÃO SE MANIFESTA PELA NOVA VIDA.


"As cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas". Como se manifesta
a natureza recebida pelo novo nascimento? "

(1) Prática da Justiça (l João 3:9).


(2) Não vive na prática do pecado (l João 2:29).
(3) Mostra amor ( l João 4:7 e 5:1).
(4) Vence o mundo (l João 5:4).

COMO SE PODE NASCER DE NOVO?


Pela fé no Senhor Jesus Cristo. Esta fé se descreve pelos seguintes verbos; Crer
(João 3:15), Receber (João 1:12), Olhar para Cristo crucificado (João 3:15).
42
Lição n.° 13

SANTIFICAÇÃO

l Pedro 1:13 a 20; 2 Coríntios 6:14 a 7:1


As obras de Deus são bem feitas porque tudo que Ele faz completa com perfei-
ção. O Senhor salva mas não deixa o salvo abandonado no meio do caminho. Ele
completa a sua obra com a santificação e a glorificação (l Coríntios 1:30). O sen-
tido da palavra santificação é simplesmente "separação".

NA BÍBLIA APRESENTAM-SE AS DUAS FACETAS DESTE ASSUNTO A SA-


BER: A SEPARAÇÃO DO PECADO E A SEPARAÇÃO PARA DEUS.
Deus deu a Moisés ensino sobre a santificação e leis para ensinar o povo de
Israel que ele é um povo santo, separado dos outros povos para ser o povo de
Deus. Este fato é ilustrado pela história dos israelitas no Egito. A nação foi forma-
da na fornalha da aflição e da escravidão. Chegou a hora de Deus cumprir as suas
promessas feitas a Abraão, e libertar o povo de Israel do domínio e da escravidão
do Egito. Faraó não concordou com esta separação completa do Egito e fez qua-
tro propostas: (a) Ide, oferecei sacrifícios ao vosso Deus nesta terra" (Êxodo 8:25);
(b) "que saindo, não vades muito longe" (Êxodo 8:28). "Ide, somente, vós os
homens" (Êxodo 10:11). "Fiquem, somente, os vossos rebanhos" (Êxodo 10:24).
Deus deixou bem claro que a separação do Egito para o povo de Deus só podia
ser completa. Disse Moisés a Faraó: "Temos de ir caminho de três dias ao deserto
e ofereceremos sacrifícios ao Senhor nosso Deus como Ele nos disser" (Êxodo857).

PODEMOS TIRAR LIÇÕES DA HISTÓRIA DO POVO DE ISRAEL PARA O


POVO DE DEUS NESTE TEMPO ATUAL.
O caminho de três dias simboliza a morte e a ressurreição de Cristo, pelas quais
nós nos tornamos o povo de Deus. Outra figura da morte e ressurreição é a pas-
sagem pelo Mar Vermelho onde o exército do Egito foi derrotado, desta forma,
livrando os israelitas do poder de Faraó para nunca mais sentir o chicote de sua
opressão. Ao olharmos para a cruz de Cristo vemos os nossos inimigos espirituais
derrotados, e o povo de Deus redimido do poder do pecado e de Satanás. A iden-
tificação do cristão com a morte e ressurreição de Cristo é o caminho da santifica-
ção como ensina Romanos 6.
O Mar Vermelho não apenas separou o povo de Israel do Egito, mas também
o separou para Deus. Uma vez que passou o Mar Vermelho o povo de Israel co-
meçou uma nova vida com o Deus que era tudo para o seu povo.

SANTO OU SANTIFICADO É A POSIÇÃO DO CRENTE EM CRISTO, PORÉM,


ESTA VERDADE DEVE SER CUMPRIDA PELO PROGRESSO EM SANTIDADE
NA VIDA PRÁTICA.
Antes de dar a lei Deus fez uma proposta a Israel para ele ser a Sua propriedade
peculiar, um reino de sacerdotes e uma nação santa. Tudo isto dependia do povo
guardar a lei de Deus, porém, não a guardou. (Êxodo 19:6 e 7). Mas agora, o que
Deus propôs a Israel, Ele concedeu a igreja, estabelecer sem condições. O apóstolo
Pedro, escrevendo aos cristãos; "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, NAÇÃO
SANTA, POVO DE PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS" (l Pedro 2:9).

43
É a posição do cristão em Cristo Jesus. O apóstolo Paulo escreveu aos crentes
em Corinto: "aos SANTIFICADOS EM CRISTO JESUS, CHAMADOS PARA SER
SANTOS" (l Cormtios 1:2). Deus já nos santificou, pois E te nos separou para o
seu uso exclusivo. Agora cabe a nós por em pratica esta verdade, para que a nossa
posição em Cristo Jesus seja realizada na vida prática por uma experiência PRO-
GRESSIVA em santidade, numa separação de tudo o que não é de Deus, para
viver, somente, para Deus.

COMO PODEMOS VIVER ESTA VIDA SANTA?


A fim de responder esta pergunta vamos estudar o nosso primeiro trecho em
l Pedro 1:13 a 20.

A SANTIDADE NA VIDA PRATICA COMEÇA NA MENTE.


"Por isso CINGINDO O VOSSO ENTENDIMENTO, sede sóbrios e esperai intei-
ramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo" (v. 13). Cingir
os lombos era costume no oriente. Para fazer qualquer atividade, correr ou tra-
balhar, ou para fazer qualquer serviço desimpedido o trabalhador arregaçava a cum-
prida veste e a prendia no cinto para não sujá-la. Por esta figura o apóstolo Pedro
ensina que a santidade começa na mente porque ela controla o corpo todo.
HÁ NECESSIDADE DE DISCIPLINA DA MENTE. Como o trabalhador não dei-
xa a veste arrastar no chão, o cristão não deve expor a mente ao que é sujo ou
duvidoso. Cingir a mente é condição indispensável para progresso na vida espiritual.
"Sede sóbrios" é a exortação para moderação e não para ser levado pelo espírito
do mundo.
A ESPERANÇA DA VINDA DO SENHOR JESUS PURIFICA A VIDA. "Esperai
inteiramente na graça que vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo" (v. 13). "E a si
mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro"
(l João 3:3).

A SANTIFICAÇÃO É PELA OBEDIÊNCIA À PALAVRA DE DEUS.


"Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anterior-
mente na vossa ignorância" (v. 14). A vida antes da conversão é amoldada pelas
paixões, mas depois de crer em Cristo, pela obediência à Palavra de Deus a vida
é santificada. "Tendo purificado as vossa almas pela vossa obediência à verdade"
(l Pedro 1:22).
Em l Pedro 1:15 a 20 o apóstolo apresenta quatro razões porque o cristão
deve ser santo em todo o seu procedimento.
(1) PORQUE DEUS É SANTO (v. 16). É uma ordem de Deus. "Porque escrito
está: Sede santo porque eu sou santo". É uma citação de Levítico 11:44 e 45,
onde Deus ensinou a diferença entre o imundo e o limpo. Deus não é somente o
nosso Deus, mas também, é nosso Pai e como filhos de Deus devemos mostrar
a semelhança do Pai e sermos filhos obedientes (v. 14), andar no temor de Deus
(v. 17).
(2) PORQUE O CRISTÃO TERÁ DE COMPARECER PERANTE O TRIBU-
NAL DE CRISTO.
"Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo
as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrina-
ção" (v. 17). O cristão não comparecerá perante o grande trono branco, onde
44
todos os perdidos vão comparecer para serem condenados. O cristão comparecerá
ao Tribunal de Cristo, onde a sua vida e o seu serviço serio revistados para receber
ou não o seu galardão.
(3) PORQUE O CRISTÃO É PEREGRINO AQUI NESTE MUNDO.
"Portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação (v. 17). O pere-
grino está somente de passagem no país onde ele se encontra. O peregrino cristão
está passando por este mundo mas vive uma vida diferente do mundo porque está
em demanda do seu país celestial. O temor de Deus é a característica do peregrino
cristão.
(4) PORQUE O CRISTÃO É RESGATADO E COMPRADO PARA DEUS.
"Sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes RESGATADOS DO VOSSO FÚTIL PROCEDIMENTO que vossos pais vos
legaram" (v. 18).

45
Lição n.° 14

A SEGURANÇA ETERNA DO CRENTE EM CRISTO

João 10:26 a 30; Romanos 8:31 a 39


O Novo Testamento ensina claramente que quem está em Cristo Jesus está
seguro para toda a eternidade. Ainda assim existem crentes que não aceitam esta
verdade e citam alguns versículos para apoiar o seu ponto de vista. A primeira
verdade que precisamos afirmar é:

A ESCRITURA NÃO SE CONTRADIZ A SI MESMA.


"Toda Escritura é inspirada por Deus" (2 Timóteo 3:16) e não é incoerente.
Quando deparamos com um versículo que parece contradizer outro, não é a Bíblia
que está errada, mas sim, a nossa interpretação.

O ENSINO DE JOÃO 10:27 a 30 TEM UMA SÓ INTERPRETAÇÃO.


No versículo 27 o Senhor Jesus indica os que pertencem a Ele, e chama os
salvos de "as minhas ovelhas". A respeito delas Ele apresentou o seguinte: "ELAS
CRÊEM EM CRISTO. Ao falar com os judeus o Senhor Jesus disse: "Mas vós não
credes, porque não sois das minhas ovelhas" (v.26).
ELAS OUVEM A VOZ DE CRISTO. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz"
(v. 27).
ELAS CONHECEM A CRISTO. "Elas conhecem a mim" (v. 14). Elas não dão
confiança a um estranho.
ELAS SEGUEM A CRISTO, "e elas me seguem" (v. 27). Os que alegam que a
doutrina da segurança eterna do crente o incentiva a viver de qualquer maneira
não têm razão, porque no versículo 27 lemos que os salvos seguem a Cristo.

O QUE O SENHOR JESUS AFIRMOU ACERCA DAS SUAS OVELHAS.


"EU DOU-LHES A VIDA ETERNA" (v. 28). A palavra "eterna" é muito impor-
tante porque não é uma vida para pouco tempo, mas sim, para eternidade.
"JAMAIS PERECERÃO ETERNAMENTE" (v. 28). A palavra "jamais" é muito
forte e não admite outro sentido. É NUNCA mesmo.
"E NINGUÉM AS ARREBATARA DA MINHA MÃO" (v. 29). Deusé o único
que pode dizer isto porque não pode mentir e não pode falhar. É uma segurança
garantida pela Sua palavra, a Sua pessoa, e o Seu poder.
PORTANTO, A SEGURANÇA É DUPLA. "Aquele que me deu é maior do que
tudo; e da Sua mão ninguém pode arrebatá-las. Eu e o Pai somos um" (vv. 29 e 30).
É impossível ter uma segurança maior do que esta.

O SENHOR JESUS CRISTO CONHECE OS QUE LHE PERTENCE.


Ele disse: "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem
a mim" (João 10:14). Nós podemos nos enganar quanto aos que pertencem a Cristo,
mas Ele não se engana. Hoje em dia há muita mistura no cristianismo: crentes
apenas professos e crentes verdadeiros. Mesmo nos tempos dos Atos dos Apóstolos
havia falsos crentes também, como Simão Mago (Atos 8:13) mas hoje muitos se en-
ganam pensando por terem sido batizados em criança, por fazerem profissão de fé,
por serem criados no evangelho, são crentes verdadeiros. Além disto, muitos são

46
vítimas de um evangelho superficial e de métodos duvidosos do evangelismo mo-
derno. Ainda assim, "O Senhor conhece os que lhe pertencem" (2 Timóteo 2:14).

OS QUE PERTENCEM A CRISTO SÃO NASCIDOS DE NOVO.


São uma nova criação em Cristo Jesus (2 Coríntios 5:17).

OS QUE PERTENCEM A CRISTO SÃO SELADOS COM O ESPIRITO SANTO.


"E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da
redenção" (Efésios 4:30). O dia da redenção mencionado neste versículo refere-se
à redenção do corpo na vinda de Cristo. A habitação do Espírito Santo no crente
é a garantia da chegada no lar celestial.
O outro trecho no Novo Testamento que ensina sem dúvida a segurança eterna
daquele que está em Cristo Jesus é Romanos 8:31 a 38.
Descreve-se a posição espiritual dos que estão em Cristo Jesus . "Agora, pois,
já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8:1).
Por meio de três perguntas o apóstolo Paulo ensina a segurança eterna do crente
em Cristo.

A JUSTIFICAÇÃO DAQUELES QUE ESTÃO EM CRISTO JESUS É INTOCÁVEL.


É UM ATO DE DEUS.
O apóstolo Paulo fez a pergunta: "Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus? " A resposta resolve o assunto para sempre. "É Deus quem os justifica"
(v. 33).

A OBRA DE CRISTO NA CRUZ E Ã DIREITA DE DEUS A FAVOR "DOS QUE


ESTÃO EM CRISTO JESUS" É PERFEITA E NÃO PODE FALHAR.
"Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou,
o qual está a direita de Deus, e também intercede por nós" (v. 34).

NADA PODE SEPARAR DO AMOR DE CRISTO OS "QUE ESTÃO EM CRISTO


JESUS".
Leia versículos 37 a 39. A linguagem é tão clara e positiva que não pode haver
dúvida.
Vamos examinar o ensino contrário ao que acabamos de expor.

É BASEADO EM VERSfCULOS QUE SE REFEREM AOS PROFESSOS SOMENTE.


Eles incluem pessoas que não são crentes reais, ensinadores de doutrinas falsas
e apóstatas da fé. Professam ser cristãos mas não foram nascidas de novo. O após-
tolo Pedro em 2 Pedro 2:22 descreve esta gente: "O cão voltou ao seu próprio
vómito; e a porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal". A porca lavada não
muda de natureza porque foi lavada e na primeira oportunidade volta a espojar-se
na lama onde fica satisfeita. Portanto, a ovelha, se entrar na lama fica aflita e logo
dá um jeito de sair.

É BASEADO NOS VERSÍCULOS TIRADOS DAS PARÁBOLAS.


As interpretações das parábolas feitas pelo Senhor Jesus ou pela própria Bíblia
são as interpretações certas, mas nós não podemos tirar qualquer interpretação de
parábolas, sem primeiro verificar se o ensino tem o apoio de outros trechos do

47
Novo Testamento, O Senhor Jesus interpretou a parábola do semeador. Dos quatro
ouvintes, somente a respeito de um o Senhor Jesus disse: "Mas o que foi semeado
em boa terra é o que ouve a palavra e a COMPREENDE; este frutifica" (Mateus
1323).

A PALAVRA SALVAÇÃO NA BÍBLIA NEM SEMPRE SE REFERE À SALVA-


ÇÃO DA ALMA.
Pode referir-se à salvação física. O versículo: "aquele, porém, que perseverar
até o fim, esse, será salvo" é citado para provar que a nossa salvação depende de
nós e de nossa perseverança. Três vezes encontram-se este versículo no Novo Testa-
mento (Mateus 10:22; 24:13,3 e Marcos 13:13). Nos três trechos onde se acham
estas palavras é uma profecia da Grande Tribulação e não se refere à época da graça
de Deus, nem a salvação em Cristo. Serão salvos na feroz perseguição da Grande
Tribulação.

OS DISCfPULOS DE CRISTO QUE NÃO CRERAM NELE.


Em João 6:66 lemos: Em vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram
e já não andavam com ele. Um discípulo é um aluno. Muitos que estavam apren-
dendo de Cristo não o seguiram, mas o abandonaram. No mesmo contexto (v. 64) e
Senhor Jesus disse-lhes: "Contudo há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia des-
de o princípio quais eram que NÃO CRIAM NELE e quem o havia de trair".

DEVEMOS DISTINGUIR ENTRE SALVAÇÃO E SERVIÇO.


Em l Coríntios 927 Paulo escreveu, "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à
escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualifi-
cado". Paulo não está falando de salvação, mas sim, de serviço, e para isto ele
usa a ilustração de uma corrida para ganhar um prémio ou galardão. Ele não queria
perder a aprovação de Deus pelo seu serviço.

CERTEZA DA SALVAÇÃO.
Podemos e devemos ter a certeza da nossa salvação, é claro que precisamos
tê-la para poder ter a certeza de sua existência. Não devemos viver no tormento de
não saber se vamos gozar a vida eterna ou passar a eternidade no inferno. O cris-
tão verdadeiro tem a certeza da salvação porque a sua fé está baseada na morte do
Senhor Jesus. A nossa segurança não depende de nós mas depende somente da
obra redentora de Cristo na cruz. Esta obra não pode- falhar, pois tem um valor
eterno. Os que estão sobre a rocha estão seguros. O outro fator quanto a certeza da
salvação é a confiança na Palavra de Deus. Temos certeza da salvação porque Deus
disse que quem crê em Cristo será salvo e tem a vida eterna (João 3:15 e 16). Deus
não pode mentir, pois a Sua Palavra é infalível. O apóstolo João escreveu: "Estas
cousas vos escrevi a fim de SABERDES QUE TENDES A VIDA ETERNA, a vós
outros que credes em o nome do Filho de Deus" (João 5:13).

48
Lição n.° 15

A PREGAÇÃO DO EVANGELHO PELA IGREJA PRIMITIVA

l Coríntios 1:18 a 25 e 15:1 a 10


A matéria de pesquisa para saber como os pregadores nos tempos dos apóstolos
pregavam, é muito grande. Além das epístolas, no livro dos Atos dos Apóstolos
registram-se pregações e mensagens dos apóstolos Pedro e Paulo como também de
Estevão e Filipe. Mensagens importantes foram dirigidas no Dia de Pentecostes
(Atos 2:14 a 36); no templo (Atos 3:11); duas vezes perante o sumo sacerdote,
(Atos 4:8 a 20 e 529 a 32); a Simão Mago (Atos 8:20 a 23) e na casa de Cor-
nélio, (Atos 10:34 a 43). As nove pregações do apóstolo Paulo foram entregues
em Antioquia em Pisídia (duas vezes, Atos 13:13.16 a 41 e 13:46 e 47); em Listra
(Atos 14:15 a 17); em Atenas (Atos 1722 a 31); em Mileto (Atos 20:17 a 35);
em Jerusalém (Atos 22:1 a 21); perante Félix (Atos 10:1 a 21); perante o rei
Agripa (Atos 21:2 a 29) e aos judeus em Roma (Atos 28:25 a 28). Outras mensa-
gens são de Estevão (Atos 7) e de Filipe ao eunuco (Atos 8:30 a 38). Podemos ape-
nas tirar os pontos principais destas mensagens.

(1) APELARAM À PALAVRA DE DEUS.


Por exemplo, o apóstolo Pedro, no dia de Pentecostes citou Joel 2:28 a 32 e
Salmo 16:8 na sua pregação, A respeito do apóstolo Paulo em Tessalônica lemos:
"Paulo, SEGUNDO O SEU COSTUME foi procurá-los, e por três sábados arazoou
cometes, ACERCA DAS ESCRITURAS" (Atos 17:2).

(2) PROCLAMARAM O DIA DA GRAÇA DE DEUS.


Depois da Sua morte e ressurreição, o Senhor Jesus confiou aos seus discípulos
o evangelho da graça de Deus. Nesta época da graça, Ele não está agindo em julga-
mento, mas com amor, e está convidando o pecador a voltar a Ele mediante Je-
sus Cristo, Os cristãos têm o grande privilégio de ser embaixadores de Cristo. "Em
nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus" (2 Coríntios 526).

APRESENTARAM A MENSAGEM DE CRISTO VIVO AOS SEUS OUVINTES.


"E todos os dias no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de
PREGAR JESUS, O CRISTO" (Atos 5:42). "Filipe, descendo acidade de Samaria,
ANUNCIAVA-LHES A CRISTO" (Atos 8:5). Os atenienses disseram a respeito de
Paulo: "Parece pregador de estranhos deuses, pois PREGAVA A JESUS e a ressur-
reição" (Atos 17:18).

(4) OS DOIS FATOS DO EVANGELHO SÃO A MORTE E A RESSURREIÇÃO


DO SENHOR JESUS CRISTO.
Em l Coríntios 15:3 e 4 o apóstolo Paulo fez lembrar aos crentes em Corinto
o evangelho que ele pregou naquela cidade foi que:
"CRISTO MORREU PELOS NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS,
E QUE FOI SEPULTADO, E RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA, SEGUNDO AS
ESCRITURAS".
Nas primeiras mensagens do apóstolo Pedro, ele apresenta a morte de Cristo
para provar a culpa dos judeus. "Vós matastes o autor da vida". Porém, ele deu
49
mais ênfase à ressurreição do Senhor Jesus porque estava falando ao povo que
presenciou a crucificação de Cristo. Para o povo era uma derrota para Cristo, mas
a ressurreição anunciou a vitória.
Os sacrifícios do Velho Testamento ensinavam ao povo de Israel da necessidade
de um sacrifício pelos nossos pecados. Devemos observar como as Escrituras ensi-
nam a morte expiatória de Cristo. Em l João 1:2 lemos "e ele (Cristo) é a propicia-
ção pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelo
mundo inteiro." A propiciação tem valor para ser aproveitada por todos e está ao
dispor de todos. Porém, em Marcos 10:45 lemos das palavras do Senhor Jesus:
"Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate POR MUITOS". Não por todos, mas por muitos, e os muitos
são aqueles que pela fé aproveitam e aceitam o sacrifício de Cristo na cruz. A
Bíblia não ensina que Jesus Cristo morreu como substituto de todos, ou em lugar
de todos, pois. Ele é o substituto somente daquele que deposita a sua fé nEle.

CRISTO MORREU PELOS NOSSOS PECADOS.


É a verdade central do evangelho que também os pregadores da igreja primitiva
pregavam. Paulo, falando por eles disse: "Mas nós pregamos a Cristo crucificado"
(l Coríntios 1:23). Esta mensagem chama-se "a palavra da cruz" (l Coríntios 1:18).
Paulo recebeu as mensagens do evangelho diretamente de Deus. Esta mensagem de-
ve ter prioridade, porque Paulo escreveu: "ANTES DE TUDO vos entreguei o que
também recebi" (l Coríntios 15:3).

A RESSURREIÇÃO DE JESUS É FUNDAMENTAL AO EVANGELHO.


A morte e ressurreição de Jesus Cristo são inseparáveis. Pela ressurreição do
Senhor Jesus a sua morte foi colocada no seu devido lugar e muda por completo
o significado daquele grande acontecimento. Ele ganhou a vitória sobre o pecado,
sobre a morte e sobre Satanás. É prova que Ele completou a obra da nossa redenção
(Hebreus 1:3). Ele é o Salvador vivo que pode salvar totalmente. (Hebreus 725).

O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO FÍSICA DE JESUS CRISTO.


O corpo do Senhor Jesus foi ressuscitado. Ele levou para o céu a sua humanida-
de, e por isso temos um mediador no céu que é Deus e homem. "Portanto há um
só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens. Cristo Jesus, HOMEM" (l Timó-
teo 2:5). O Senhor Jesus disse aos judeus: "Destrui este santuário, e em três dias
o reconstruirei" (João 2:19), porém, referia-se ao santuário do seu corpo" (Joio
2:19). Quando apareceu aos seus discípulos Ele lhes disse: "Vede as minhas mãos
e os meus pés, porque sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não
tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho" (Lucas 24:39).

(5) CHAMARAM O POVO AO ARREPENDIMENTO E FÉ EM CRISTO.


Pedro exigiu o arrependimento do povo judeu (Atos 2:38 e 3:19). Paulo pregou
o arrependimento ao gentio (Atos 17:30). A mensagem que Paulo pregou foi: "o
arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (Atos 20:21).

AVISARAM DO JUfZO DE DEUS.


O apóstolo Pedro, na casa de Cornélio declarou que Jesus Cristo "foi constituí-
do por Deus Juiz de vivos e mortos" (Atos 10:42). O apóstolo Paulo, em Atenas
50
pregou que Deus agora "notifica aos homens que todos em toda parte se arrepen-
dam: porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por
meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre
os mortos" (Atos 17:30 e 31).

PREGARAM A OFERTA DO PERDÃO DOS PECADOS.


Quatro vezes o apóstolo Pedro anunciou o perdão dos pecados (Atos 2:38, 3:19,
5:31 e 10:43), onde ele declarou: "Dele todos os profetas dão testemunho de que ,
por meio do seu nome, todo o que nele crê recebe remissão de pecados". O apósto-
lo Paulo pregou a mesma mensagem em Antioquia (Atos 13:38 e 39).

É A ÚNICA MENSAGEM DE ESPERANÇA.


O apóstolo Pedro escreveu: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo
que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma VIVA ESPERAN-
ÇA, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (l Pedro 1:3). Há
também a esperança da vinda do Senhor Jesus para a sua igreja, a ressurreição dos
mortos, a transformação dos corpos dos crentes vivos, e o encontro com Cristo e
com os crentes que já partiram do mundo (l Coríntios 15:51 e 52, e l Tessalonicen-
ses4:16e 17).

O ÚNICO EVANGELHO.
Somente pela obra de Cristo, pela morte na cruz alguém pode ser salvo. O mo-
mento que acrescentamos qualquer cousa àquela obra o evangelho está pervertido:
O apóstolo Paulo, escrevendo aos Gaiatas falou de "outro evangelho; o qual não
é outro" (Gaiatas 1* e 7). "Mas ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu
vos pregue EVANGELHO QUE VÁ ALÉM do que vos temos pregado, seja anáte-
ma" (Gaiatas 1:8). Se a nossa salvação dependesse de nós não seriamos salvos. Se
acrescentarmos qualquer cousa à obra redentora de Cristo na cruz, como por exem-
plo a guarda da lei, as nossas obras, ou qualquer outra cousa deixa de ser o evange-
lho de Cristo.

51
CURSOS BÍBLICOS
A CHAVE DO LIVRO DE GÉNESIS
Dez lições indicando a interpretação do Velho Testamento pelo Novo Testamento.
O SER HUMANO E SEU DESTINO
Nove lições importantes sobre um assunto pouco conhecido.
PRINCÍPIOS DA IGREJA NO NOVO TESTAMENTO
É a segunda edição revisada do bem conhecido livro de A.G. Clark sobre os diver-
sos aspectos da Igreja.
A EXPERIÊNCIA CRISTÃ
Onde lições sobre a Epístola de Paulo aos Filipenses, de grande valor para a vida
cristã.
DONS ESPIRITUAIS
Onde lições de orientação segura para o serviço do cristão para o Mestre.
O ESPÍRITO DA VERDADE
Doze lições sobre a pessoa do Espírito Santo.
O EVANGELHO DA BÍBLIA
Quinze lições esclarecendo as verdades do Evangelho.
ORIENTAÇÃO PARA UM LÍDER
Dezasseis lições tiradas da primeira Epístola de Paulo a Timóteo.
O OBREIRO APROVADO POR DEUS
Onze lições da Segunda Epístola de Paulo a Timóteo.
O MÉDICO DA ALMA
Dez estudos dos milagres registrados no Evangelho segundo Mateus, capítu-
los 8 e 9.
O REI E SEU REINO
Treze lições sobre capítulos 1 a 4, 11 e 12 do Evangelho segundo Mateus.
O MESTRE E SEU DISCÍPULO
Treze lições sobre capítulos 5 a 7, 9 e 10 do Evangelho segundo Mateus.
O TABERNÁCULO
Vinte seis lições.
EM CRISTO
Vinte seis lições tiradas da Epístola de Paulo aos Efésios.

Curso Bíblico
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PROVAS DE "O EVANGELHO DA BÍBLIA"

PROVA N» l

O ESTADO PECAMINOSO DO HOMEM E A NECESSIDADE DO EVAN0ELHO

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. Ao apresentar o Evangelho, é preciso primeiramente ensinar:


o. A morte de Cristo.
b. A ressurreição de Cristo.
c. O estado pecaminoso do ser humano.

2. Em que sentido o homem foi criado a imagem e conforme a semelhança de Deus?


a. Na aparência física.
b. Em seu poder psíquico.
c. Em ter inteligência, emoção e vontade.
3. No principio da criação:
a. O homem gozava plena comunhão com Deus.
b. Por não ser desenvolvido, o homem era quase igual a outros animais.
c. O homem não conhecia a Deus,

4. Os três desejos despertados em Eva de tomar o fruto da árvore do conhecimento


do bem e do mal são vistos no Novo Testamento em:
a. Romanos 1:21
b. 1 João 2:16
c. João 8:34

5. Como resultado do pecado, Adão e Eva:


a. Morreram espiritualmente e depois passaram pela morte física.
b. Tornaram-se rebeldes e foram expulsos do jardim.
c. Am bas as respostas aci ma.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender que a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. Depois de pecar, o homem continou tendo inteligência no tocante ao material, mas não
quanto às coisas espirituais.

7. Depravação descreve o estado moral e espiritual do homem.

8. O homem não sente a necessidade de adorar um Deus.

9. A Bíblia diz que o homem, sem Cristo, é morto e cego espiritualmente.

10. Quando Adão e Eva pecaram, toda a culpa caiu sobre Eva e a serpente.
PROVA N9 2

Escolha uma das leiras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

O Evangelho (Boas Novas) é um anúncio para:


a. O povo judeu.
b. Os pobres.
c. Toda a raça humana.

2. O assunto cia carta aos Romanos é:


a. O Evangelho exclusivamente para um povo.
b. Uma mensagem de otimismo para os Romanos.
c. O Evangelho de Deus.

3. Dos nomes abaixo qual na) denomina o Evangelho?


a. O Evangelho da glória de Cristo.
b. O Evangelho da graça.
c. O Evangelho da santificação.

4. O assunto do Evangelho em Romanos é:


a. O amor de Deus.
b. A morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
c. O Filho de Deus, e este Senhor,

5. Paulo afirma ser um devedor, por ser:


a. Um homem cheio de dívidas.
b. Um homem de muitos negócios.
c. Um homem que sentiu o seu dever para com o Evangelho.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender que a afirmação é verdadeira, ou "F", se fai sã.

6. O Velho Testamento nada diz acerca do Evangelho.

7. A frase, "Em ti serão abençoados todos os povos" indica um preanuncio do Evangelho.

8. A frase de Paulo: "Meu Evangelho" indica que Paulo tinha os direitos autorais do
Evangelho.

9. Paulo, ao referir-se a si mesmo como servo( escravo), demonstrou a disposição de


sua vida.

10. Baseado no que diz a lição, Paulo só não era devedor aos Judeus.
PROVA N^ 5

Escolha uma das letras (a. b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença

1. A j ustiça de Deus é revelada no Evangelho de :


a. Obra em obra.
b. Fé em fé.
c. Conhecimento em conhecimento

2. Deus demonstrou sua desaprovação pela impiedade e perversão humana através de:
a. Ignorar os homens e deixa- los sem aviso.
b. Dizer a eles que os abandonaria para sempre.
c. Julgamentos no decorrer da história humana.

3. As pessoas que não tinham o Velho Testamento (gentios), tinham conhecimento de


Deus através de:
a. Sonhos.
b. Videntes.
c. Da natureza (a criação de Deus).

4. Uma das consequências em se desprezar o conhecimento de Deus é:


a. Aumento da intelectualidade.
b. Degradação, adorando-se a criatura em vez do Criador.
c. Melhoria na vida e nos hábitos humanos.

5. É vantagem do povo judeu:


a. Ter uma capital que é centro religioso de pelo menos três grandes religiões.
b. Ser o povo escolhido de Deus.
c. Ter uma religião monoteista.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. Um dos indicadores da rebelião dos gention contra Dou-:; ó o aumento da


perversão sexual.

7. Deus não se importa com as ações humanas.

8. O conheci mento da lei de Deus tornava os judeus mais humildes.

9. Justiça própria não é um obstáculo à aceitação do Evangelho.

10. Deus é o Juiz per feito, pois julga sem acepção de pessoas, segundo a verdade
e a onisciência.
PROVA N" 4

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. Justificação é um termo jurídico que:


a. Não é usado nos tribunais.
b. Declara inocente o acusado.
c. Significa que toda e qualquer ação é justificada.

2. Diante de Deus todos os homens são:


a. Justificodos.
b. Salvos.
c. Pecadores. —

3. O motivo da lei é:
a. Salvação.
b. Colocar o homem dentro do padrão divino. —
c. Condenar o pecador.
4. A justificação é realizada pelos seguintes fatos:
a. Pela lei de Moisés.
b. Pelos ritos religiosos.
c. Nenhuma das respostas acima. —

5. Para justificar o pecador Deus deve ser:


a. Um Deus de amor, que releva tudo.
b. Um Deus justo, que não age contra seus princípios..
c. Um Deus misericordioso, que tem pena do pecador. —

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. A história entre Davi e Absalão é uma boa ilustração de como se agir com justiça. —

7. "Graça" é Deus dar ao homem aqui Io que este não merece.


-

6. Abaseda justificação é o amor de Deus.

9. Deus se baseia na obra redentora de Jesus Cristo para justificar o pecador.

10.0 meio de Deus justificar o pecador é pela fé no sangue de Cristo e pelas boas obras. _
PROVA N« 5

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. O sentido da palavra "propiciação" é:


a. Satisfação.
b. Expiação.
c. Redenção.

2. A reconciliação pela cruz eíetua-se:
a. De Deus para com o homem.
b. Do homem para com Deus.
c. Do homem para com o homem.
3. A única maneira pela qual podemos mudar nossa atitude para com Deus é:
a. Por orações e penitências.
b. Pela aceitação do sacrifício de Cristo.
c. Através de jejuns.

4. Em nossos dias para entrarmos na presença de Deus precisamos:


a. Oferecer sacrifícios por nossos pecados.
b. «Jejuar.
c. Aceitar o sacrifício de Cristo.

5. No dia da expiação o sumo sacerdote precisava oferecer sacrifícios:


a. Somente pelo povo.
b. Somente pela sua família.
c. Primeiro por si e sua família.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou T", se falsa.

6. Redenção é a obra do Senhor Jesus em relação ao pecado.

7. Propiciação apresenta o aspecto da morte de Cristo em relação a Deus.

8. No tempo do Velho Testamento o sumo sacerdote podia entrar no santíssimo lugar


quando lhe aprovesse.

9. A confiança em si mesmo é o primeiro passo para a vida eterna com Deus.

10. Deus é um Deus de amor e não mandará os homens para o inferno.

f
PROVA N9 6

A Justiça Imputada Pela Fé.

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença

1. O pecado de Adão:
a. Atingiu somente a humanidade.
b. Atingiu somente as pessoas da sua época.
c. Atingiu toda a criação de Deus.

2. Morrendo na cruz do Calvário, Jesus estava:


a. Pagando os seus pecados.
b. Pagando os pecados da humanidade.
c. Entregue à sua sorte.

3. Uma passagem que ilustra bem o ato da imputação é:


a. l saias 53.
b. Romanos 6:4
c. Mateus 3:6.

4. À vista de Deus, nós somos justos porque:


a. Procuramos viver corretamente e sem pecados.
b. Aceitamos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
c. Temos nossos nomes escritos no livro da Igreja.

5. Uma boa ilustração do assunto da imputação no Novo Testamento é:


a. 1 Timóteo.
b. Tito.
c. Filemon.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. Em Romanos 5.12 o verbo passar indica o atoda imputação

7. Somos pecadores somente devido ao fato de que Adão pecou.

8. A imputação indica que, se temos pais salvos, somos também salvos. .

9. ADraão é um bom exemplo de um homem que se justificou pelas obro?..

10. Nós, pela fé, cremos no juízo que viria da parte de Deus.
PROVA N» 7

Substituição

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. A raça humana está sob a sentença de morte:


a. física.
b. física e espiritual.
c. espiritual.

2. A melhor ilustração da doutrina da substituição no Velho Testamento é:


a. Quando Abraão ia oferecer seu filho l saque em holocausto.
b. A serpente de bronze,
c. O bebé Moisés salvo da morte nas águas do Nilo.

3. Jesus não pecou porque Ele:


a. era o próprio Deus.
b. se esforçava para não pecar.
c. era um homem religioso.

4. O batismo de Jesus foi a aprovação de Deus Pai e do Espirito Santo de que Ele:
a. Estava autorizado a levar a mensagem do Evangelho
b. Era um grande profeta.
c. Era perfeito.

5. Quatro escritores do Novo Testamento escreveram testificando da vida perfeita


do Senhor Jesus:
a. João, o discípulo amado, Barnabé, Timóteo e Silas.
b. Paulo, Pedro, João e o escritor de Hebreus.
c. Mateus, Marcos, Filemon e Timóteo.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. A palavra "Substituição" aparece cinco vezes em Romanos.

7. Abel era uma figura do Salvador prometido.

8. A libertação de Barrabás é um bom exemplo de substituição no Novo Testamento.

9. O animais sacrificados no Velho Testamento serviam somente para tirar os


pecados dos que os sacrificaram.

10. Jesus terminou a Sua obra substituitiva na cruz do Calvário.


PROVA N« 8

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. Em t Pedro, a palavra "resgatar" significa:


a. Tornar-se novo.
b. Colocar ao lado.
c. Tornar-se livre.
2. A palavra "redenção" em Romanos 3:24, indica:
a. O caráter completo e permanente da redenção.
b. O caráter inconstante da redenção.
c. O caráter incompleto do nosso ser.

3. A redenção no Novo Testamento é ensinada sob 3 aspectos, a saber:


a. O tribunal de Cristo, o milénio e o grande trono branco.
b. Passado, presente e futuro.
c. A morte, ressurreição e libertação de Cristo.
4. O arrebatamento dos santos é uma redenção que:
a. Já foi feita.
b. Este sendo feita.
c. Será feita.

5. A libertação do poder do pecado é ensinada por Paulo em:


a. Judas 1:4
b.Tito2:H
c. 1 Coríntios 15:2.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. A criação e a redenção foram os meios pelos quais Deus nos adquiriu.


7. Todo aquele que é resgatado pelo sangue de Cristo não se torna mais escravo
do pecado e de Satanás.

8. A Páscoa foi uma das formas usadas por Deus para libertar seu povo do Egito.
9. O sangue de Cristo derramado na cruz serviu somente para os pecadores daquele tempo..

10. No Velho Testamento, Deus, por meio de exemplos, estava preparando o caminho para
a vinda do Senhor Jesus. _
PROVA N» 9

Escolha uma das letras (a. b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. O lugar onde foi manifesto o amor de Deus em confronto com o ódio do homem foi:
a. Na cruz.
b. Na saído do Egito.
/ c. No diluvia —

( 2. O julgamento do Senhor Jesus foi:


a. Legal
b. Ilegal
' c. Nenhuma resposta acima.

3. Os acontecimentos que precederam a crucificação de Cristo foram:


a. Pela vontade de Satanás.
b. Mera coincidência, mas que muito contribuíram.
c. Para que se cumprissem as Escrituras.

4. Deus, ao dar o Seu único Filho para morrer na cruz, demonstrou:


a. O Seu amor por Cristo.
b. O Seu amor pelos homens.
c. l ndiferença pela morte do Seu Filho.

5. O fundamento para a reconciliação está em:


a2Coríntios5:10.
b. Judas 20.
c. 2 Coríntios 5:19. „

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. A paz, perfeição, privilégio e punição, são a reconciliação propriamente dita.


i
7. Todos os reconciliados cem Deus são embaixadores de Cristo na terra.

8. Os sacerdotes eram bem fiéis a Deus, pois eram religiosos.

9. Através do cangue de Cristo temos paz com Deus.

10. Em Colossenses l :22, aprendemos que o homem tem que aperfeiçoar-se para Deus.
PROVAM? 10

Escolhe uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor completa a sentença.

1. O significado da palavra "arrependimento", no grego, é:


a. Prometer não errar.
b. Mudança de pensamento e atitude.
c. Pedir perdão. —

2. A figueira em Lucas 13:6 é uma figura:


e. Dos gentios.
b. De Israel.
c. Dos gregos. —

3. O arrependimento é:
a. Uma reforma na vida.
b. Um remorso causado pelo pecado.
c. Mudança de atitude para com Deus. —

4. O filho pródigo e um dos salteadores na cruz são exemplos de:


a. Remorso.
b. Arrependimento.
c. Tristeza pelo pecado. —-

5. O objeto de nossa fé é:
a. Cristo.
b. Paulo.
c. O Espírito Santo. —
'•'

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. Em Atos 17:30, aprendemos que os gentios não necessitavam de arrependimento. —

7. Não há necessidade de conhecer o Evangelho para crer nele.


"
8. Em 1 Pedro 2:4, o apóstolo relata uma falta de confiança no Caminho. —

9. A igreja em Jerusalém não cessava de pregar que Jesus era o Cristo. —

10.0 homem tem livre arbítrio para escolher entre Cristo e o pecado. —
PROVA m 11
A ConvIcçSo do Pecado

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. Em Mateus 9:12 e 13, o Senhor comparou o pecador com um:


a. rebelde.
b. doente.
c. ladrão.
2. A lei nos revela:
a. A justificação.
b. O Salvador.
c. O pecado.

3. A lei de Deus nos:


a. Condena.
b. Salva quando a obedecemos.
c. Consola.
-,

4. João Batista preparou o caminho do Senhor:


a. Pregando arrependimento.
b. Betizendo todos que o ouviram.
c. Procurando agradar os fariseus.

5. O jovem rico:
a. Tinha guardado toda a lei.
b. Amava o seu próximo como a si mesmo.
c. Retirou-se triste.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. l mediatamente depois que adulterou, o rei Davi tornou-se convicto do seu pecado.

7. A mulher adúltera em João 8 merecia a morte.

8. Deus Pai convence o mundo do pecado.

9. Opior dos ostáculos no caminho do Senhor, que João Batista veio tirar, foi a
religião e a falta de convicção do pecado.

10.0 intérprete da lei perguntou o Senhor: "Quem é o meu próximo?"


PROYAN2 12

Regeneração

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. O Senhor Jesus deu o ensino do novo nascimento:


a. À multidão, no "sermão no monte".
b. À Nicodemos.
c. A mulher samaritana.

2. O novo nascimento é realizado:


a. Por Deus.
b. Pelo esforço do homem.
c. Em todos.

3. O novo nascimento é:
a. A melhor religião.
b. Uma reforma grande na vida.
c. Uma necessidade para todos.

4. A planta que o escritor da lição usa para comparar o pecado na vida de Adão é:
a. A videira brava.
b. O espinheiro.
c. O matapau.

5. A natureza carnal é destruída:


a. Somente no fim da vida nesta terra.
b. Através do batismo do crente pelo Espírito Santo.
c. Pela dedicação total e esforço contínuo.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. O único trecho bíblico que fala do novo nascimento é João, capítulo 3.

7. A pessoa nasce de novo unicamente pela fé no Senhor Jesus Cristo e este crucificado.

8. Todo ser humano é filho de Deus.

9. A natureza carnal no crente é sempre oposta ao Espírito.

10.0 novo nascimento se repete sempre no crente consagrado.


PROVA NS 13

Santificação

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

1. A santificação:
e. É tratada exclusivamente no Novo Testamento.
b. Foi ensinada a Moisés no Velho Testamento.
c. Nenhuma resposta acima.

2. Osjdois livros da Bíblia mais usados nesta lição são:


a. Êxodo e l Pedro.
b. Génesis e Lucas.
c. 1 Coríntios e Hebreus.

3. A posição do crente em Cristo:


a. É variável de acordo com o andar nele.
b. É igual para todos os crentes.
c. É determinada de acordo com a disciplina da sua mente.

4. Quando Moisés pediu a libertação dos Israelitas, Faraó fez contra-propostas, que:
a. Deveriam ter sido aceitas para criar amizade com os Egípcios.
b. Indicaram consideração da parte de Faraó.
c. Eram opostas ao plano de Deus.'

5. Uma destas afirmativas não é uma figura da morte e ressurreição de Cristo:


a. O caminho de três dias fora do Egito.
b. A passagem pelo Mar Vermelho.
c. A col una de nuvem e de fogo.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se faisa.

6. O Mar Vermelho ilustra dois aspectos da santificação.

7. "Nação Santa" é uma expressão usada para Israel, mas não para a Igreja.

8. A santidade na vida prática começa na mente.

9. A santidade na vida prática deve corresponder com a santidade da posição do


crente em Cristo.

10. A morte e ressurreição de Cristo não é um assunto muito ligado à


santificação do crente.
PROVA N? 14

A Segurança Eterna

Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo da afirmação que melhor complete a sentença.

Existem crentes que não aceitam a verdade da segurança eterna do crente porque:
a. Alguns versículos da Bíblia dizem o contrário.
b. Aceitam interpretações erradas de alguns versículos.
c. A segurança depende da Saúde Espiritual do crente.

2. Cristo disse que as Suas ovelhas:


a. Devem ouvir a Sua voz.
b. Ouvirão a Sua voz.
c. Ouvem a Sua voz.

3. O verdadeiro crente em Cristo:


a. Nunca se engana com os que são ou não são verdadeiros.
b. É sempre reconhecido por outros crentes.
c. É selado pelo Espírito para o dia da redenção.

4. Um versículo frequentemente mal interpretado é:


a. Mateus 10:22.
b. 2 Timóteo 3:16.
c. 1 João 5:13.

5. O Cristão verdadeiro tem a certeza da salvação porque:


a. O amor de Deus é muito grande.
b. Como cristão, tem muita confiança em si mesmo.
c. A sua fé é baseada em Cristo e a Sua morte na cruz.

Coloque no espaço à direita a letra "V", se entender a afirmação é verdadeira, ou "F", se falsa.

6. É o Senhor Jesus Cristo que nos salva; é a Palavra de Deus que nos dá a certeza.

7. Somente os crentes mais maduros na fé podem ter certeza de j á ter a vida éter na.

8. 2 Pedro 2:22 ensina que o crente pode voltar à vida pecaminosa do passado.

9. Em l Cor íntios 9:27, Paulo está falando de ser viço e não da salvação eterna

10. Judas Iscariotes é um exemplo dos poucos que perderam a salvação

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