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I CORINTIOS

CAPÍTULO 1

1.  “
  Paulo, chamado para ser um apóstolo”
      –   Existe  grande propriedade, em todas  as 
frases   de   saudação,   especialmente   nesta,   como   existiram   algumas   na   igreja   de 
Corinto que chamou a autoridade de sua missão em questão. 

 “ Através da vontade de Deus
   ”  – Chamado  "o mandamento de Deus"  (I Timóteo 1:1) 
"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e  
do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa". Isto foi, para as igrejas, o alicerce de 
sua autoridade; ao próprio Paulo, de uma mente humilde  e pronta. Através  do 
desígnio   de   Deus,   a   autoridade   do   homem   é   excluída  (Gálatas   1:1)  "Paulo,  
apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo,  
e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)"; pelo desígnio da vontade de 
Deus,   o   mérito   de   Paulo  (I   Corintios   15:8)  "E   por   derradeiro   de   todos   me  
apareceu também a mim, como a um abortivo"; etc.

 “ E Sóstenes”
     ­ Um Corinto; a companhia de Paulo na viagem. Foi ambos humildade e 
prudência   no  apóstolo,  assim   juntar   o  nome  dele  com   o  seu  próprio,  em  uma 
epístola em que ele deveria reprovar tantas irregularidades.

Sóstenes, o irmão – Provavelmente este palavra é enfática; como se ele tivesse dito: como 
se ele tivesse dito: Quem, de opositor judeu do evangelho, tornou­se um irmão 
fiel. 

2. “À igreja de Deus que está em Corinto” – Paulo, escrevendo em uma maneira familiar 
aos Corintos, assim como aos Tessalonicenses e Gálatas, usa esta apelação clara. Às outras  
igrejas, ele usa um discurso mais solene. 

“Aos Santificados, através de Jesus Cristo” – E, sem dúvida, eles estavam em geral, não 
obstante, algumas exceções.

“Chamados”  –   De   Jesus   Cristo  (Romanos   1:6)  "Entre   as   quais,   sois   também   vós  
chamados para serdes de Jesus Cristo". E – Como o fruto daquele chamado feito santo.

 “ Com todos que, em todo lugar”
     – Nada poderia melhor adequar aquele amor universal 
que Paulo trabalha para promover nesta epístola, do que tal declaração de seus bons desejos 
para todo cristão verdadeiro sobre a terra.

 “ Invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo”
    – Isto plenamente implica que todos os 
cristãos oram para Cristo, assim como para o Pai, através dele. 

4. Sempre – Quando quer que eu mencione vocês a Deus em oração.

5.  Em toda  declaração  e conhecimento  – Das  coisas divinas. Esses  dons  dos  Corintos, 


especialmente admirados. Portanto, este cumprimento naturalmente tendeu a acalmar seus 
espíritos, e abrir um caminho para as reprovações que se seguiriam.

6. O testemunho de Cristo – O Evangelho.
Foi confirmado em meio a vocês – Esses dons atendendo a ele. Eles sabiam que receberam 
esses, através da mão de Paulo: e esta consideração foi altamente apropriada, para reviver 
neles sua primeira reverência e afeição pelo pai espiritual deles. 

7. Esperando – Com desejo sincero. Pela revelação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo – 
Uma marca certa de um cristão verdadeiro ou falso, almejar, ou recear, esta revelação.

8. Quem irá também – se você fielmente dedicar­se a ele.

Confirmar vocês até o fim. No dia de Cristo – Agora é nosso dia, em que devemos operar 
nossa salvação; então, será eminentemente o dia de Cristo, e de sua glória nos santos.

9.  Deus  é fiel – A todas  as  suas promessas; e, portanto,  "a ele a quem  serão dadas".  


Através de quem vocês são chamados – Uma garantia de sua boa vontade em salvá­los ao 
extremo. 

10. Agora eu os exorto – Vocês têm fé e esperança; amor seguro também.

Através do afetuoso nome de nosso Senhor Jesus Cristo – Infinitamente preferível a todos 
os nomes humanos, nos quais vocês se gloriam. 

Que falem todos a mesma coisa – Eles agora falam coisas diferentes  (I Corintios 1:12)  
"Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de  
Cefas, e eu de Cristo". E que não existe cismas em meio a vocês – Nenhuma alienação de 
afeição de uns para com os outros. Esta palavra, alguma vez, foi tomada em outro sentido 
nas Escrituras? Mas isto vocês estejam unidos na mesma mente – Afeições, desejos. 

E julgamento – No tocante a todas as grandes verdades do Evangelho. 

11. Foi­me declarado, através deles da família de Cloé – A quem alguns supõem tenha sido 
esposa de Estéfanas, e a mãe de Fortunato  e Acaico. Através  desses  três, os Corintios 
enviaram   suas   cartas   a   Paulo.  (I   Corintios   16:17)  "Folgo,   porém,   com   a   vinda   de  
Estéfanas, de Fortunato e de Acaico; porque estes  supriram  o que da vossa parte me  
faltava".

Que existem contendas – Uma palavra equivalente a cismas, no versículo precedente.

12. Agora isto eu digo – Ou seja, o que eu quero dizer é isto: existem várias facções em 
meio a vocês, que os colocam, uns contra os outros, como representantes  dos diversos 
professores que elas admiram. 

E de Cristo – Eles falaram bem, se eles tivessem, com este pretexto, menosprezar seus 
professores (I Corintios 4:8) "Já estais fartos! Já estais ricos! Sem nós reinais! E quisera  
reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco!". Talvez, eles valorizaram a 
si mesmos, no terem ouvido Cristo pregar em sua própria pessoa. 

13. Está Cristo dividido? – Não estão todos os membros ainda sob um só líder? Não foi ele 
o único a ser crucificado por todos; e não foram vocês todos batizados em seu nome? A 
glória de Cristo, então, não será dividida entre ele e seus servos; nem é a unidade do corpo 
para ser separada, vendo que Cristo é único ainda. 
14.  Eu agradeço a Deus – (Uma frase devota para o comum,  "Eu me regozijo"), que, no 
curso de sua providência, eu batizei nenhum de vocês, mas Crispo, uma vez o dirigente da 
sinagoga e Caio. 

15.  A fim de que ninguém possa dizer que eu batizei em meu próprio nome – Com o 
objetivo de não atá­los a mim mesmo. 

16. Eu não sei – Ou seja, no momento, não ocorre à minha memória, que eu batizei algum 
outro. 

17. Porque Deus não me enviou para batizar – Que não foi minha principal incumbência: 
aqueles de um nível e habilidades inferiores poderiam fazer isto: embora todos os apóstolos 
fossem enviados para batizar também  (Mateus 28:19)  "Portanto ide, fazei discípulos de 
todas as nações, batizando­os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". Mas para 
pregar o Evangelho – Assim os apóstolos deslocam­se para sua proposição geral: mas não 
com a sabedoria do discurso – Com os ornamentos artificiais do discurso, inventados pela 
sabedoria humana.

A fim de que a cruz de Cristo possa ser feita de nenhum efeito – Todo o efeito da pregação 
de Paulo foi devido ao poder de Deus, acompanhando a declaração clara daquela grande 
verdade: "Cristo carregou nossos pecados na cruz". Mas este efeito teria sido imputado à 
outra causa, tivesse ele vindo com aquela sabedoria de discurso que eles admiravam.

18. A eles que perecem – Por obstinadamente rejeitarem o único nome, por meio do qual 
eles podem ser salvos. 

Mas  a nós  que somos  salvos – Agora salvos de nossos  pecados, e no caminho  para a 


salvação eterna, é o grande instrumento do poder de Deus. 

19.  Porque está escrito – E as palavras são notavelmente aplicadas a este grande evento 
(Isaias 29:14) "Portanto eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio deste  
povo,   uma   obra   maravilhosa   e   um   assombro;   porque   a   sabedoria   dos   seus   sábios  
perecerá, e o entendimento dos seus prudentes se esconderá".

20.  Onde está o sábio? etc. – O livramento de Judéia de Senacheribe é ao que Isaías se 
refere nestas palavras; em uma arrojada e bonita alusão a que o apóstolo, na sentença que se 
segue, triunfa sobre toda a oposição da sabedoria humana, para o Evangelho vitorioso de 
Cristo. O que poderiam os homens sábios dos gentios fazer contra isto? Ou os escribas 
judeus?   Ou   os   controversistas   deste   mundo?   –   Aqueles   em   meio   a   ambos,   que   se 
orgulhosos da agudez deles, gostavam de controvérsias, e pensavam que eles rebateriam 
todos os oponentes. 

Deus não fez tola a sabedoria deste mundo – Ou seja, mostrou que ela é muito tola (Isaías  
33:18) "O teu coração considerará o assombro dizendo: Onde está o escrivão? Onde está  
o que pesou o tributo? Onde está o que conta as torres?".

21.  Porque,   desde   que   na   sabedoria   de   Deus   –   De   acordo   com   sua   sábia   disposição, 
deixando­os fazerem a tentativa. 
O   mundo   –   Quer   judaico   ou   pagão,   através   de   toda   a   alardeada   sabedoria   dele,   não 
conheceu a Deus – Embora toda a criação declarasse seu Criador; e embora ele se declarou, 
através de todos os profetas; agradou a Deus, através de uma maneira que aqueles que 
perecem consideram mera loucura, salvar aqueles que crêem.  

22.  Por considerar a reivindicação judaica de apóstolos, assim como eles fizeram de seu 
Senhor, de mais sinais ainda, depois de todos que eles já haviam visto; e de os gregos, ou 
pagãos, buscarem sabedoria – As profundezas da filosofia, e os encantos da eloqüência. 

23.  Nós vamos pregar, de uma maneira clara e histórica, não retórica e filosofal, Cristo 
crucificado, para os judeus, um obstáculo  – Apenas em oposição aos  "sinais"  que eles 
reivindicaram.

E às tolices gregas – Uma narrativa tola, exatamente em oposição à sabedoria que eles 
buscam.

24. Mas a eles que são chamados – E obedecem ao chamado celestial.

Cristo – Com sua cruz, sua morte, sua vida, seu reino. E eles experimentam, primeiro, que 
ele é o poder, então, que ele é a sabedoria de Deus. 

25.  Por causa da loucura de Deus – O padrão Evangelho, que o mundo julga ser mera 
loucura,   é   mais   sábio   do   que   a   sabedoria   de   homens;   e,   por   mais   fraco   que   eles   o 
considerem, pe mais forte do que toda a força de homens. 

26. Observem seu chamado – Quem são aqueles homens a quem Deus chama.

Que não são muitos homens sábios, segundo a carne – Na consideração do mundo.

Não muitos poderosos – Homens de poder e autoridade.

28. Coisas que não estão – Os judeus freqüentemente chamados de pagãos, "Que eles não  
são". (II Esdras 6:56­57) "Como para as outras pessoas, que também vieram de Adão, tu  
tens dito que eles são nada, a não ser como saliva: e tu tens estimado a abundância deles  
junto a uma gota que cai de um vaso. E agora, Ó, Senhor, observe, esses pagãos, que  
sempre foram reputados como nada, começaram a ser senhores sobre nós e nos devorar".  
Em tão supremo desprezo eles os mantiveram.

As coisas que estão – Em alta estima.

29. Que nenhuma carne – Uma apelação adequada – A carne é justa, mas  murcha como 
grama.

Possa se gloriar diante de Deus – Em Deus devemos nos gloriar. 

30. Dele – Da sua livre graça e misericórdia. Vocês estão enxertados em Jesus Cristo, que é 
feito junto a nós que cremos, sabedoria, quem, antes era totalmente tolo e ignorante.

Retidão – O único alicerce de nossa justificação; que esteve antes, sob a ira e maldição de 
Deus. 
Santificação   –   Um  principio   da   santidade   universal,   considerando   que   antes   estávamos 
completamente mortos no pecado. 

E redenção – Ou seja, complete livramento de todo o mal, e felicidade eterna, ambos da  
alma e do corpo.

31.  Que   ele   se   glorie   no   Senhor   –   Não   em   si   mesmo,   não   na   carne,   não   no   mundo. 
(Jeremias 9:23: 24) "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se  
glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar,  
glorie­se   nisto:   em   me   entender   e   me   conhecer,   que   eu   sou   o   Senhor,   que   faço  
beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor".

CAPÍTULO 2

1. E eu, conseqüentemente, vim ter com vocês, não com a imponência do discurso ou da 
sabedoria ­ Eu não afetei que a profunda sabedoria ou eloqüência.

Declarando o testemunho de Deus – O que Deus me deu para testificar, concernente seu 
Filho.

2.  Eu   determinei   não   conhecer   coisa   alguma   –   Desprezar   todos   os   meus   outros 
conhecimentos, e não pregar coisa alguma, exceto Jesus Cristo, e ele crucificado – Ou seja, 
o que ele fez, sofreu, ensinou. Uma parte é colocada pelo todo. 

3. E eu estive com você – Em minha primeira permissão.

Na fraqueza – De corpo (II Corintios 12:7) "E, para que não me exaltasse pela excelência  
das revelações, foi­me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para  
me esbofetear, a fim de não me exaltar".    E no temor – A fim de que eu não ofendesse 
alguém. 

E em muito tremor – A emoção de minha mente, afetando meu corpo.

4.  E  meu   discurso  em  privativo,  assim   como  minha  pregação  pública,  não   foi  com   as 
palavras  persuasivas  da sabedoria humana, tal  como os homens mais  sábios  do mundo 
usam; mas com a demonstração do Espírito e do poder – Com aquele tipo poderoso de 
demonstração,   que   flui   do   Espírito   Santo;   que   opera   sobre   a   consciência   com   o 
conhecimento mais convincente, e a mais persuasiva evidência. 

5.  Que sua fé não seria construída sobre a sabedoria ou poder de homem, mas sobre a 
sabedoria e poder de Deus.

6. Sim, vocês falam de sabedoria – Sim, a mais verdadeira, e a mais excelente, sabedoria.

Em   meio   aos   perfeitos   –   Cristãos   adultos,   experientes.   Pela   sabedoria   aqui,   ele   parece 
significar, não toda a doutrina cristã, mas as mais sublime e abstrusas partes dela. Mas não 
a sabedoria admirada e ensinada pelos homens deste mundo, nem os governadores deste 
mundo, judeus ou pagãos, que fracassaram – Eles e a sabedoria deles, e o próprio mundo. 
7.  Mas nós falamos da misteriosa sabedoria de Deus, que esteve escondida por muitas 
épocas, de todo o mundo, e ainda é oculta, até mesmo, dos "bebês em Cristo"; muito mais, 
de todos os descrentes. 

A que Deus ordenou diante do mundo – Tão longe, isto está de fracassar, como a sabedoria 
mundana. 

Porque nossa glória – Brotando da glória de nosso Senhor, e, então, revelada, quando todas 
as glórias mundanas desaparecerem. 

8. Tivessem eles sabido disto – Daquela sabedoria. 

Eles não o teriam crucificado – Punido com um escravo.

O   Senhor   da   glória   –   O   dar   a   Cristo   este   título   augusto,   peculiar   ao   grande   Jeová, 
plenamente mostra que ele é o supremo Deus. De igual maneira, o Pai ser intitulado de 
"Pai da glória" (Efésios 1:17) "Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da  
glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação"; e o Espírito 
Santo,  "O Espírito da glória"  (I Pedro 4:14)  "Se pelo nome de Cristo sois vituperados,  
bem­aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a  
eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado".  A aplicação deste título a 
todos os três mostra que o Pai, Filho e Espírito Santo são "o Deus da glória"; como o único 
Deus verdadeiro é chamado (Salmos 29:3) "A voz do Senhor ouve­se sobre as suas águas;  
o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas", e (Atos 7:2) "E ele disse:  
Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na  
Mesopotâmia, antes de habitar em Harã",

9. Mas esta ignorância deles cumpre o que está escrito, concernente às bênçãos do reino do 
Messias.   Nenhum   homem   natural   tem   visto,   ouvido,   ou   sabido   das   coisas   que   Deus 
preparou,   diz   o   profeta,   para   aqueles   que   o   amam  (Isaías   64:4)  "Porque   desde   a 
antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus  
além de ti que trabalha para aquele que nele espera".

10. Mas Deus tem revelado – Sim, e "dado livremente" (I Corintios 2:12) "Mas nós não 
recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos  
conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus". 

Elas a nós – Até mesmo a paz inconcebível, e alegria inexplicável. 

Através de seu Espírito – Quem intimamente e completamente conhece a eles.

Porque o Espírito sonda até mesmo as coisas profundas de Deus – Sejam elas sempre tão 
escondidas e misteriosas; as profundezas, tanto de sua natureza quanto de seu reino.

11. Porque, qual do homem conhece as coisas de um homem – Todos os recessos interiores 
de sua mente; embora os homens todos sejam de uma só natureza, e assim, possa o mais 
facilmente conhecer um ao outro. 

Assim,   das   coisas   de   Deus,   ninguém   conhece,   a   não   ser   o   Espírito   –   Quem, 
conseqüentemente, é Deus.  
12. Agora nós temos recebido, não o espírito do mundo – Este espírito não é propriamente 
recebido;   porque   os   homens   do   mundo   sempre   o   tiveram.   Mas   os   cristãos   recebem   o 
Espírito de Deus, que antes eles não tinham. 

13. Que também falamos – Assim como sabemos.

Em palavras  ensinadas  pelo Espírito Santo – Tais são todas as palavras  das Escrituras. 


Quão alta consideração, nós devemos, então, mantermos por elas! Explicando as coisas 
espirituais, através de palavras espirituais; ou, adaptando as palavras espirituais às coisas 
espirituais. Sendo ensinado pelo Espírito a expressar as coisas do Espírito.

14. Mas o homem natural – Ou seja, todo homem que não tem o Espírito; que tem nenhum 
outro meio de obter conhecimento, mas, através de seus sentidos e conhecimento natural. 

Não recebe – Não entende ou concebe.

As coisas do Espírito – As coisas reveladas pelo Espírito de Deus, quer relativas à sua 
natureza ou seu reino. 

Porque   elas   são   loucuras   para   ele   –   Ele   está   tão   longe   de   entendimento,   que   ele 
extremamente as despreza. Nem ele pode saber delas – Como ele não tem a vontade, assim, 
nem tem o poder. 

Porque elas são espiritualmente discernidas – Elas podem apenas ser discernidas pela ajuda 
daquele Espírito, e através daqueles sentidos espirituais, que ele não tem. 

15. Mas o homem espiritual – Ele que tem o Espírito. Discerne todas as coisas de Deus, a 
respeito das quais temos falado. 

Sim, ele mesmo não é discernido por homem algum – Nenhum homem natural. Eles nem 
entendem o que ele é, nem o que ele diz. 

16. Quem – Que homem natural.

Nós – Homens espirituais; apóstolos em especial.

Temos – Conhecido, entendido.

A mente de Cristo – Concernente a todo o plano de salvação evangélica  (Isaías 40:13) 
"Quem guiou o Espírito do Senhor, ou como seu conselheiro o ensinou?".

CAPÍTULO 3

1. E eu, irmãos – Ele falou antes de sua entrada (I Corintios 2:1) "E eu, irmãos, quando fui 
ter convosco, anunciando­vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras  
ou de sabedoria"; agora de seu progresso em meio a eles. 

Não pude falar com vocês como junto a espirituais – Cristãos adultos, experientes. Mas  
como junto a homens que eram ainda, em grande medida, carnais, como junto a bebês em  
Cristo – Ainda fracos na graça, embora eminentes em dons (I Corintios 1:5) "Porque em  
tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento".

2.  Eu alimento vocês, como bebês, com leite – As primeiras e mais claras verdades do 
Evangelho. Assim possa cada pregador adaptar sua doutrina a seus ouvintes. 

3. Porque, enquanto existe em meio a vocês rivalidade em seus corações, disputa em 
suas palavras e divisões efetivas, vocês não são carnais, e caminham de acordo com 
homens? – Como meros homens; não como cristãos, de acordo com Deus? 

4. Eu sou de Apolo – Paulo nomeia a si mesmo e Apolo, para mostrar que ele condenaria 
alguma divisão entre eles, até mesmo, embora fosse em favor de si mesmo, ou do mais 
querido amigo que ele tivesse no mundo. 

Vocês não são carnais – Porque o Espírito de Deus não permite zelo partidário.  

5.  Ministros   –   Ou   servos.   Através   dos   quais   vocês   crêem,   como   o   Senhor,   o   Mestre 
daqueles servos, deu a cada homem. 

7. Deus que deu o crescimento  – É tudo em todos: sem ele, nem plantar, nem regar, é 
proveitoso. 

8. Mas aquele que planta e aquele que rega são um – O que é outro argumento contra a 
divisão. Embora as tarefas deles sejam diferentes.  Eles estão todos empregados em uma  
obra geral – o salvar almas. Conseqüentemente, ele aproveita a oportunidade para falar da 
recompensa daqueles que trabalham fielmente, e o relato tremendo a ser dado por todos. 
Cada homem deverá receber sua recompensa peculiar, de acordo com sua própria obra  
peculiar  – Não de acordo com seu sucesso; mas aquele que trabalha muito, embora com 
pequeno sucesso terá uma grande recompensa. Não tem todos esses raciocínios a mesma 
força ainda? Os ministros são ainda certamente instrumentos nas mãos de Deus, e eles 
dependem, tão inteiramente quanto sempre, de suas bênçãos, para darem o crescimento ao 
trabalho deles. Sem isto, eles são nada: com isto, a parte deles é tão pequena, que eles 
dificilmente merecem ser mencionados.  Que seus corações e mentes possam estar mais  
unidos; e, retendo um devido senso da honra com que Deus os emprega, possam trabalhar 
fielmente, não como para si mesmos, mas para o grande Proprietário de todos, até que o dia 
venha, quando ele os recompensará na completa proporção da fidelidade e diligência deles. 

9.   Porque   vocês   são   cooperadores  –   Operários   de   Deus,   e   cooperadores   uns   com   os 
outros. 

Vocês são a lavoura de Deus – Esta é a soma do que foi antes: é uma palavra abrangente, 
compreendendo tanto o campo, o jardim quanto o vinhedo.

Vocês são os edifícios de Deus – Esta é a soma do que se segue.

10. De acordo com a graça de Deus dada a mim – Isto ele menciona de antemão, a fim 
de que não possa parecer que ele atribui isto a si mesmo. 

Que cada um preste atenção, em como ele constrói nela – Que todas as suas doutrinas  
possam ser consistentes com o fundamento. 
11.   Porque   outro   fundamento  –   No   qual   toda   a   igreja:   e   todas   as   suas   doutrinas, 
obrigações, e bênçãos possam ser construídas. 

Que   nenhum   homem   possa   colocar   do   que   já   está   colocado  –   Nos   conselhos   da 
sabedoria divina, nas promessas e profecias do Velho Testamento, no pregar dos apóstolos, 
Paulo em específico. 

Que é Jesus Cristo  – Quem,  em sua pessoa e ofícios, é a Rocha dos Tempos, firme, 


inalterável, de toda maneira, suficiente para carregar todo o peso que o próprio Deus, ou o 
pecador, quando ele crê, pode colocar sobre ele. 

12. Se alguém construir ouro, prata e pedras preciosas – Três espécies de materiais que 
suportarão o fogo; doutrinas verdadeiras e sólidas. 

Madeira, feno, restolho  – Três que não suportarão o fogo.  Tais são todas as doutrinas,  


cerimônias, e formas da invenção humana; todos a não ser as verdades substanciais e vitais 
do Cristianismo. 

13.  O   tempo   está   vindo,  quando   cada  obra   deverá   ser   manifesta:   porque   o  dia   do 
Senhor, aquele grande e final dia, deverá declarar isto – A todo o mundo. 

Porque é revelado – O que a fé observa como tão certo, e tão próximo, fala­se a respeito, 
como já presente. 

Pelo fogo; sim, o fogo deverá testar a obra de cada um, de que espécie é – O estrito  
processo daquele dia testará todas as doutrinas do homem, se elas vêm para um padrão  
bíblico ou não. Aqui está uma clara alusão à luz brilhante e calor ardente da conflagração  
geral. Mas a expressão, quando aplicada ao testar das doutrinas, e o consumir daquelas  
que estão erradas, é evidentemente figurado; porque nenhum fogo material tem tal efeito  
sobre  o que   é  de  uma  natureza moral. E,  portanto,   é  acrescido,  que ele   que  constrói  
madeira, feno ou restolho, deverá ser salvo como através do fogo – Ou, tão estritamente  
quanto um homem escapa, através do fogo, quando sua casa está em chamas em volta  
dele.   Este   texto   está,   então,   tão   longe   de   estabelecer   o   purgatório   católico,   que   ele  
totalmente o destrói. Porque o fogo aqui mencionado não existe, até o dia do julgamento:  
portanto, se este for o fogo do purgatório, segue­se que o purgatório não existe antes do  
dia do julgamento. 

14. Ele receberá uma recompensa – Um grau peculiar de glória. Algum grau, até mesmo 
o outro receberá, vendo–se que ele manteve o fundamento; embora, através da ignorância, 
ele construísse nele o que não resiste ao fogo. 

15. Ele sofrerá perda – A perda daquele grau peculiar de glória.

16. Vocês – Todos os cristãos.

São o templo de Deus – O mais nobre tipo de construção (I Corintios 3:9) "Porque nós  
somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus".

17.  Se  algum   homem   destrói  o  templo  de   Deus  –  Destrói   um  cristão   verdadeiro,   pelo 
cismas, ou doutrinas fundamentalmente erradas. 
Deus deverá destruí­lo – Ele não será salvo, afinal; nem mesmo como através do fogo. 

18. Que ele se torne um tolo neste mundo – Tal como o mundo tem em conta assim.

Que ele possa se tornar sábio ­ Na consideração de Deus.

19. Porque toda a jactância da sabedoria do mundo é mera tolice aos olhos de Deus. 

Ele apanha o sábio em sua própria astúcia – Não apenas enquanto eles pensam que agem 
sabiamente, mas através da sabedoria deles, que ela mesma é a armadilha deles, e ocasião 
de sua destruição.  (Jó 5:13) "Ele apanha os sábios na sua própria astúcia; e o conselho  
dos perversos se precipita".

20.  Que eles são apenas vãos – Vazios, tolos; eles e todos os seus pensamentos  (Salmos 


94:11) "O Senhor conhece os pensamentos do homem, que são vaidade".

21. Conseqüentemente – Do todo.

Que ninguém se glorie nos homens – De maneira a se dividirem em facções por conta 
deles.

Porque todas as coisas são de vocês – e nossa em especial – Nós não somos seus senhores, 
mas, antes, seus servos. 

22. Seja Paulo, ou Apolo, ou Cefas – Nós somos todos igualmente de vocês, para servirmos 
por amor a Cristo.

Ou o mundo – Este salto de Pedro para o mundo, grandemente alarga o pensamento, e 
revela uma espécie de impaciência em especificar o restante. Pedro e cada um no mundo 
todo, por mais excelentes nos dons, ou graça, ou ofício, são também servos por amor a 
Cristo. 

Ou vida, ou morte – Essas, com todas as várias circunstâncias delas, estão dispostas, como 
está a maioria para o proveito de vocês. 

Ou coisas presentes – Sobre a terra.

Ou   coisas   vindouras   –   No   céu.   Portanto,   não   disputem   mais,   a   respeito   dessas   coisas 
pequenas, mas estejam unidos no amor, assim como vocês estão nas bênçãos. 

23. E vocês são de Cristo – Sua propriedade, seus súditos, seus membros.

E Cristo é de Deus – Como mediador, ele entrega todos os seus serviços à glória de seu Pai. 

CAPÍTULO 4

1. Que os homens nos considerem como servos de Cristo – A palavra original propriamente 
significa   tais   servos   como   trabalhadores   nos   remos,   remando   embarcações;   e, 
portanto, sugere as dores que todo ministro fiel leva na obra de seu Senhor.  Ó, 
Deus, onde estão os ministros para serem encontrados? Senhor, tu sabes. 
E despenseiros dos mistérios de Deus – Distribuem as verdades misteriosas do Evangelho. 

3. Sim, eu não julgo a mim mesmo – Meu estado final não é para ser determinado por meu 
próprio julgamento. 

4.  Eu não estou consciente, em mim mesmo, de alguma coisa má; ainda assim, eu não 
estou, por meio disto, justificado – Eu não dependo disto, como uma justificação suficiente 
de mim mesmo na consideração de Deus. 

Mas aquele que me julga é o Senhor – Através da sentença dele, eu fico de pé, ou caio. 

5.  Portanto, julgue nada antes do tempo – Apontado para julgar todos os homens. Até a 
vinda do Senhor, quem, com o objetivo de fazer um julgamento justo, que do contrário 
seria impossível, irá tanto trazer à luz as coisas que estão agora encobertas com escuridão 
impenetrável, quanto manifestar as mais secretas fontes de ação, os princípios e intenções 
de cada coração.  

E, então, cada um – Cada mordomo fiel, terá louvor de Deus. 

6. Essas coisas – Mencionadas em (I Corintios 1:10, etc) "Rogo­vos, porém, irmãos, pelo  
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja  
entre   vós   dissensões;   antes   sejais   unidos   em   um   mesmo   pensamento   e   em   um   mesmo  
parecer". Eu tenho uma figura muito óbvia transferida a mim mesmo e Apolo – E Cefas, 
em vez de nomear aqueles pregadores específicos em Corinto, aos quais vocês estão tão 
afetuosamente ligados.

Para que vocês possam aprender por nós – Do que tem sido dito concernente a nós, que, por 
mais eminentes que sejamos, somos meros instrumentos nas mãos de Deus. Não pensar de 
homem algum acima do que está aqui escrito – Ou acima do que as Escrituras autorizam (I 
Corintios 3:7) "Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que  
dá o crescimento".

7. Quem te faz diferir – Quer nos dons ou graças.

Se tu não recebeste isto – Como se tu tiveste isto originalmente de ti mesmo. 

8. Agora vocês estão cheios – Os Corintios abundaram com dons espirituais; e, assim, os 
apóstolos:   mas   os   apóstolos,   através   de   contínua   necessidade   e   sofrimentos,   foram 
preservados da autocomplacência. Os Corintios sofrendo nada, e tendo plenitude de todas 
as coisas, estavam satisfeitos e aplaudiam a si mesmos; e eles eram igualmente crianças 
que, estando engrandecidas no mundo, desdenham seus pais pobres. Agora vocês estão 
cheios, diz o apóstolo, em uma bonita gradação, vocês estão ricos, vocês têm reinado como 
reis   –   Uma   expressão   proverbial,   denotando   as   mais   esplêndidas   e   abundantes 
circunstâncias. 

Sem qualquer pensamento de nós. E eu gostaria que vocês reinassem – No melhor sentido:  
Eu gostaria que vocês tivessem obtido a altura da santidade. 

Para  que  possamos   reinar   com  vocês  –  Tendo  não  mais   tristeza  em  nossa  conta,   mas  
tomando parte na sua felicidade. 
9. Deus tem nos enviado por ultimo, como designados à morte – Aludindo aos costumes 
romanos de trazer aquelas pessoas por último na arena, quer para lutar umas com as outras, 
ou com bestas selvagens, que eram dedicadas à morte; de maneira que, se ela escapassem 
um dia, elas seriam trazidas, repetidas vezes, até que fossem mortas. 

10. Nós somos tolos, na consideração do mundo, por amor a Cristo, mas vocês são sábios 
em   Cristo   –   Embora   vocês   sejam   cristãos,   vocês   se   consideram   sábios;   e   vocês   têm 
encontrado meios de fazer com que o mundo pense que vocês são assim também.  

Nós somos fracos – Na presença, nas enfermidades, nos sofrimentos.

Mas vocês são fortes – Nas circunstâncias exatamente opostas. 

11. E estão nus – Quem pode imaginar um triunfo mais glorioso da verdade, do que aquela 
que é conseguida nestas circunstâncias, quando Paulo, com um embaraço em seu discurso, 
e   uma   pessoa,   antes,   desprezível   do   que   graciosa,   apareceu   envergonhada,   talvez, 
esfarrapada, vestida diante de pessoas da mais alta distinção, e ainda assim, comandou tal 
atenção, e causou tão profundas impressões sobre eles!

12.  Nós   abençoamos   ­   suportamos   isto   –   suplicamos   –   Não   retornamos   insulto, 


perseguição, difamação; nada a não ser bênção. 

13.  Somos feitos como os imundos do mundo, e refugos de todas as coisas – Tais eram 
aqueles pobres miseráveis, em meio aos pagãos, que eram tirados das escórias de pessoas, 
para serem oferecidos como sacrifícios expiatórios para os deuses diabólicos. Eles eram 
oprimidos   com   maldições,   afrontas,   e   injúrias,   todo   o  caminho   que   eles   tomam   até   os 
altares; e, quando as cinzas desses infelizes eram lançadas ao mar, esses mesmos nomes 
eram dados a eles na cerimônia.

14.  Eu não escrevo essas coisas para envergonhá­los, mas como meus amados filhos eu 
advirto vocês – É com admirável prudência e doçura que o apóstolo acrescenta isto, para 
impedir alguma construção indelicada de suas palavras. 

15.  Eu gerei vocês  – Isto exclui  não apenas Apolo, seu sucessor, mas  também  Silas  e 


Timóteo, seus companheiros; e a relação entre o pai espiritual e seus filhos trouxe com isto 
uma inexprimível proximidade e afeição. 

16.  Sejam vocês meus seguidores – Naquele espírito e comportamento que eu tenho tão 
largamente declarado. 

17.  Meu   filho   amado   –   Alhures   ele   o   denomina  "irmão"    (II   Corintios   1:1)  "Paulo,  
apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que  
está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia"; mas aqui a afeição 
paternal toma lugar.

Como eu ensino – Não menos, através de exemplo, do que por preceito.

18.  Agora   alguns   estão   ensoberbecidos   –   Paulo   viu,   através   de   uma   luz   divina,   os 
pensamentos que se levantariam em seus corações. 
Como se eu não viesse – Porque enviei Timóteo.

19. Eu saberei – Ele aqui mostra sua autoridade paternal. Não o grande, e vazio discurso 
daqueles vãos alardeadores, mas quanto do poder de Deus os atende. 

20. Porque o reino de Deus – A religião verdadeira não consiste em palavras, mas no poder 
de Deus governando o coração. 

21. Com uma vara – Ou seja, com severidade.

CAPÍTULO 5

1. Fornicação – A palavra original implica relação criminosa de qualquer tipo que seja. A 
esposa de seu pai – Enquanto seu pai estava vivo. 

2. Você está ensoberbecido? Você não deveria, antes, ter murmurado – Ter solenemente se 
humilhado, e naquele momento do murmurar solene, ter expulsado aquele pecador notório 
de sua comunhão? 

3.  Eu verdadeiramente, como presente em espírito – Tendo uma completa (parece uma 
miraculosa) visão de todo o fato. Você já julgou, como se eu verdadeiramente estivesse 
presente, aquele que tão escandalosamente fez isto. 

4.  E   meu   espírito   –   Presente   com   você.   Com   o   poder   do   Senhor   Jesus   Cristo   –   Para 
confirmar minha sentença. 

5. Para ser entregue àquele tal – Este era o mais alto grau de punição na igreja cristã; e nós 
podemos observar que transmitir esta sentença era o ato do Apóstolo, não dos Corintios. A 
satanás – Que usualmente era permitido, em tais casos, para infligir dores ou doenças sobre 
o ofensor. Para a destruição – Embora vagarosamente e gradualmente. Da carne – Exceto se 
impedida por arrependimento rápido. 

6.  Sua   exaltação   –   Tanto   com   respeito   aos   seus   dons,   quanto   à   prosperidade,   em   tal 
momento como este, não é bom. Você não sabe que um pouco de fermento – Um pecado, 
ou um pecador – Fermenta toda a massa – Espalha culpa e infecção, através de toda a 
congregação. 

7. Purgue­se, portanto, do velho fermento – Ambos dos pecadores e pecado. Para que você 
seja um fermento novo, já que você não está levedado ­ Ou seja, que estando sem fermento, 
você possa ser um novo fermento, santo junto ao Senhor. Porque nossa páscoa é sacrificada 
por nós – A páscoa judaica, por volta do tempo em que esta epístola foi escrita, (ver. 11) 
"Mas   agora   vos   escrevi   que   não  vos   associeis   com   aquele   que,   dizendo­se   irmão,   for  
devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem  
ainda comais".; foi apenas um tipo disto. Que prática excelente conduz o zelo do inspirado 
escritor! Quão surpreendente transição está aqui, e ainda assim, quão perfeitamente natural! 
O   Apóstolo,   falando   do   criminoso   incestuoso,   transformar­se   em   seu   tópico   querido   – 
salvador crucificado. Quem teria esperado isto em tal ocasião. Ainda assim, quando isto é 
trazido,   desta   forma,   quem   não   vê   e   admira   tanto   a   propriedade   do   assunto,   quanto   a 
delicadeza de sua introdução?
8.  Portanto, que mantenhamos a festa – Vamos nos alimentar dele, pela fé. Aqui a clara 
alusão à Ceia do Senhor, que foi instituída no lugar da páscoa judaica. Não com o velho 
fermento   –   Do   ateísmo   ou   Judaísmo.   Malignidade   é   obstinação   no   mal.   Sinceridade   e 
verdade parecem ser aqui para o todo da verdadeira religião interior.

9.  Eu escrevi a você na epístola anterior – E, sem dúvida, tanto Paulo quanto os outros 
Apóstolos escreveram muitas coisas que não são existentes agora. Não para a convivência – 
Familiaridade; não para contrair alguma intimidade ou familiaridade com eles, mais do que 
seja absolutamente necessária.

10. Mas eu não quero dizer que você poderia refrear­se completamente de conversar com 
ateus, embora eles sejam culpados em alguns desses aspectos. Avarentos, vorazes, idólatras 
– Pecadores contra si mesmos, seu próximo, Deus. Por que, então, você deve sair do mundo 
– Então, todo comércio civil deve cessar. De modo que saindo do mundo, o que alguns 
consideram uma perfeição, Paulo considera um absurdo completo. 

11. Que é considerado um irmão – Ou seja, um Cristão, especialmente, se um membro da 
mesma   congregação.   Voraz   –   Culpado   de   opressão,   exortação,   ou   alguma   injustiça 
declarada. Não, não coma com eles – O que é o mais baixo grau de familiaridade. 

12. Eu falo dos Cristãos apenas. Para o que eu tenho que julgar ateus? Mas, você, assim 
como eu, julga aqueles de sua própria comunidade. 

13.  Eles  que estão sem Deus irão julgar – O sentenciar esses que ele reservou para si 


mesmo. E você irá tirar fora aquela pessoa pecaminosa – Isto necessariamente pertence a 
você.  

CAPÍTULO 6

1.  O injusto – Os ateus. Um cristão poderia esperar nenhuma justiça desses. Os santos – 
quem facilmente decidiria essas diferenças menores de uma maneira privativa e amigável. 

2.  Você ainda não sabe – Esta expressão ocorre seis vezes neste simples capítulo, e isto 
com uma força peculiar; porque os Corintios sabiam e se glorificavam nisto, mas eles não 
praticavam.  Que os  santos  – Depois  de terem  julgado a si mesmos.   Deverão julgar  o 
mundo – Deverão ser assessores com Cristo no julgamento em que Ele deverá condenar 
todo pecaminoso, assim como anjos e homens.  (Mateus 19:28)  "E Jesus disse­lhes: Em  
verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se  
assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as  
doze tribos de Israel"  (Apocalipse 20:4)  "E vi tronos; e assentaram­se sobre eles, e foi­
lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho  
de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não  
receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo  
durante mil anos".
 
4.  Aqueles que não são considerados na igreja – Ou seja, os ateus que, como tais, não 
poderiam ser considerados junto aos cristãos. 

5.  Não existe um entre vocês, que são tais admiradores da sabedoria, ou seja, sábios o 
suficiente para decidir tais causas? 

7.  Na   verdade,   existe   uma   falta,   que   vocês   disputam   uns   com   os   outros,   quer   vocês 
recorram à lei ou não. Por que, antes, vocês não sofrem injustiça? – Todos os homens não 
podem ou não receberão esta palavra. Muitos reivindicarão apenas isto: "Eu não causarei 
injustiça, nem a sofrerei". Esses são ateus honestos, mas não cristãos. 

8.  Mais   do   que   isto,   vocês   cometem   injustiça   –   Abertamente   –   E   trapaceiam   – 


Privativamente – Ó, quão poderosamente os mistérios da iniqüidade já operaram!

9.  A idolatria está aqui colocada entre a fornicação e adultério, porque eles geralmente a 
acompanham. Não o fraco [delicado, afeminado] – Que vive no caminho fácil, indolente; 
não tomando sua cruz, não suportando privação. Mas como é isto? Essas pessoas afáveis, 
inofensivas estão classificadas com os idólatras e sodomitas! Nós podemos aprender disto, 
que nunca estaremos a salvo dos maiores pecados, até que nos guardemos contra esses que 
são considerados menores; não; de fato, até que pensemos que nenhum pecado é pequeno, 
uma vez que cada um deles é um passo em direção ao inferno. 
 
11. E tais foram alguns de vocês; mas vocês estão limpos – Dessas abominações grosseiras; 
mais do que isto, vocês estão interiormente santificados; não antes, mas em conseqüência 
disto, de serem justificados no nome – Ou seja, pelos méritos do Senhor Jesus, através do 
que seus pecados são perdoados. E, através do Espírito de nosso Deus – Através de quem 
vocês estão assim limpos e santificados. 

12. Todas as coisas – Que são lícitas para vocês. São lícitas para mim, mas todas as coisas 
não são sempre expedientes – Particularmente, quando alguma coisa poderia ofender meu 
irmão fraco;  ou quando isto escravizaria  minha própria alma.  Porque, embora todas  as 
coisas sejam lícitas para mim, ainda assim, eu não serei trazido, sob o poder de alguma – 
Assim, é para ser desconfortável, quando eu me refrear disto; porque, se for assim, então, 
eu estou debaixo do poder dela. 

13. Como se ele tivesse dito, eu falo isto, principalmente, com respeito às carnes (e peço a 
Deus todos os cristãos considerassem isto!); particularmente, com respeito àquelas ofertas 
aos ídolos, e aquelas proibidas na lei Mosaica. Essas, eu garanto, todos são indiferentes, e 
têm   seu   uso,   embora   seja   apenas   por   um   tempo:   então,   as   carnes   e   os   órgãos   que   as 
recebem, juntos deteriorar­se­ão no pó. Mas o caso é completamente outro com respeito à 
fornicação. Isto não é indiferente, mas em todos os tempos, é mal. Porque o corpo é para o 
Senhor. Designado apenas para seu serviço. E o Senhor, em um sentido diferente, para o 
corpo   –   Sendo   o   Salvador   deste,   assim   como   da   alma;   como   prova   disto,   Deus   já   o 
ressuscitou de entre os mortos. 

16.  Gênesis 2:24 "Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia  
em que o Senhor Deus fez a terra e os céus".

17. Mas ele que se juntou ao Senhor – Pela fé. É um espírito com Ele – E ele deverá tornar­
se uma só carne com uma prostituta?
18.  Fuja   da   fornicação   –   Todo   comércio   ilícito   com   mulheres,   ­­   com   rapidez,   com 
repugnância, com todas as suas forças. Todo pecado que um homem comete contra seu 
próximo termina em um objeto fora de si mesmo, e não tão imediatamente polui seu corpo, 
embora o faça com sua alma. Mas ele que comete fornicação peca contra seu próprio corpo 
– Polui, desonra, e degrada isto para um nível com as bestas selvagens.

19.  E, até mesmo seu corpo não é, estritamente falando, seu, já que este é o templo do 
Espírito Santo – Dedicado a ele, e habitado por ele. O que o Apóstolo chama alhures de "o 
templo de  Deus",  capítulo  3:16­17, e  "o templo  do Deus  vivo";  (2 Cor.  6:16)  "E  que 
consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente,  
como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o  
meu povo."; ele aqui chama o templo de o Espírito Santo; mostrando claramente que o 
Espírito Santo é o Deus vivo.  

20. Glorifique a Deus com seu corpo, e seu espírito – Entregar seus corpos e todos os seus 
membros, tanto quanto suas almas e suas faculdades, como instrumentos da retidão para 
Deus. Devote e empregue tudo que você tem, e tudo que você é, inteiramente, sem reservas, 
e para sempre, para sua glória. 
 
20. Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no  
vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

CAPÍTULO 7

1. Isto é bom para um homem – Que é mestre de si mesmo – Não tocar em mulheres – Ou 
seja, não se casar. Tão grande e muitas são as vantagens de uma vida solteira. 

2.  Ainda  assim,  quando   é  necessário,  com  o  objetivo  de   evitar   a  fornicação,  que   todo 
homem   tenha   sua   própria   esposa.   Sua   própria   –   Porque   o   cristianismo   não   permite 
poligamia. 

3. Que pessoas casadas não fantasiem que existe alguma perfeição em viverem umas com 
as outras, como se fossem descasadas. O débito – Esta leitura antiga parece muito mais 
natural do que a comum. 

4.  A esposa – o marido –  Que ninguém se esqueça disto, com a intenção de uma maior 
pureza. 

5.  A   menos   que   seja   pela   permissão   por   um   tempo   –   Que   nestas   ocasiões   solenes   e 
especiais vocês possam dar­se inteiramente aos exercícios da devoção. A fim de que – Se 
você permanecerem muito tempo separados – Satanás não os tente – Com pensamentos 
impuros, se não, ações também.

6.  Mas eu digo isto – Concernente a sua separação, por um tempo, e vindo morar juntos 
novamente. Talvez, ele se refira também ao (ver. 2) "Mas, por causa da prostituição, cada  
um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido".
7.  Porque eu gostaria que todos os homens estivessem nisto como eu – Eu gostaria que 
todos os crentes que estão agora descasados pudessem permanecer "eunucos por causa do  
reino".    Paulo, tendo testado a doçura desta liberdade, desejava que outros desfrutassem 
dela, assim como ele mesmo. Mas cada um tem seu próprio dom de Deus – De acordo com 
a declaração de nosso Senhor: "Todos os homens não podem receber isto dizendo, exceto  
eles, 'os poucos felizes, para os quais isto é dado'". (Mateus 19:11).

7.  Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de  
Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra.

8. É bom para eles, se eles permanecerem, até mesmo, como eu – Que Paulo estava, então, 
solteiro,   é   certo   e   de  (Atos   7:58)  "E,   expulsando­o   da   cidade,   o   apedrejavam.   E   as  
testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo"; comparado 
com as partes seguintes da história, parece provável que ele sempre foi assim. Não parece 
que esta declaração, não mais do que no  (versículo 1)  "Ora, quanto às coisas que me  
escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher";    tenha alguma referência, 
afinal, ao estado de opressão.  

10.  Não eu – Apenas – Mas o Senhor – Cristo; pela sua ordem expressa  (Mateus 5:32) 


"Eu, porém, vos  digo que qualquer que repudiar  sua mulher, a não ser  por causa de  
prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete  
adultério".
 

11. Mas se ela parte – Contrário a esta proibição expressa. E que nenhum marido coloque 
para fora sua esposa – Exceto em caso de adultério. 

12. Para o restante – Quem está casado para os descrentes. Eu falo – Através da revelação 
de Deus, embora nosso Senhor não tenha deixado algum mandamento concernente a isto. 
Que ele não a coloque para fora – Os judeus, na verdade, eram obrigados, no passado, a 
expulsar suas esposas idólatras. (Esdras 10:3) "Agora, pois, façamos aliança com o nosso  
Deus de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao  
conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus; e faça­se conforme  
a lei"; mas o caso deles era completamente diferente. Eles eram absolutamente proibidos de 
se casarem com mulheres idólatras; mas as pessoas das quais se fala aqui estavam casadas, 
enquanto estavam ambas em um estado de ateísmo. 

14. Porque o marido descrente tem, em muitas instâncias, sido santificado pela esposa – Ou 
seus  filhos  teriam  sido criados  como ateus;  considerando que agora eles  eram cristãos. 
Como se ele tivesse dito. Você vê a prova disto, diante de seus olhos.

15. Um irmão ou uma irmã – Um cristão, ou cristã. Não é subjugado – é cheio de liberdade. 
Em tais casos: mas Deus nos chamou para a paz – Para vivermos pacificamente com eles, 
se possível. 

17.  Mas como Deus tem distribuído – As várias estações da vida, e várias relações, para 
cada   uma,   que   ele   cuide   de   cumprir   sua   obrigação   nisto.   O   Evangelho   anula   nenhum 
desses. E assim, eu ordeno em todas as igrejas – Como um ponto de mais alta preocupação.
19.    Circuncisão é nada, e incircunsição é nada – Não irá promover. Nem impedir nossa 
salvação. O único ponto é manter os mandamentos de Deus; "fé operada pelo amor". 

20. No chamado – O estado exterior – Em que ele está – Quando Deus o chama. Que ele 
não busque mudar isto, sem uma direção clara da Providência. 

21. Não se aflija por isto – Não busca a liberdade ansiosamente. Mas se tu queres ser livre, 
use isto preferivelmente – Abrace a oportunidade. 

22. O homem livre do Senhor – É livre neste aspecto – A palavra grega implica um que era 
um escravo, mas agora é livre. É o servo de Cristo – Não livre  neste aspecto; não na 
liberdade de fazer sua própria vontade. 

23. Você foi comprado a um preço – Você pertence a Deus; portanto, se quiser evitar isto, 
não se torne servo de homens – Que podem expor você a muitas tentações. 

24.  Nisto, habite com Deus – Fazendo todas as coisas, como junto a Deus, e como na 
presença imediata  Dele.  Eles  que assim habitam  com Deus preservam  uma indiferença 
santa com respeito às coisas exteriores. 

25.  Agora concernente  aos  virgens  – De qualquer  sexo. Eu não tenho mandamento  do 


Senhor – Através de uma revelação específica. Não seria necessário que tivesse; porque os 
Apóstolos escreveram nada que não fosse divinamente inspirado: mas com esta diferença, ­ 
algumas   vezes,   eles   tinham   uma   revelação   específica,   e   um   mandamento   especial;   em 
outras,   eles   escreviam   do   conhecimento   [luz]   divino   que   habitava   com   eles,   o   tesouro 
permanente do Espírito de Deus. E isto, também não foi a opinião pessoal deles, mas a 
regra divina da fé e prática. Como alguém a quem Deus fez fiel em meu ofício apostólico; 
que, portanto, entregou fielmente o que eu recebi dele.

26, 27. – Este é bom para a presente aflição – Enquanto alguma igreja está sob opressão. 
Para um homem continuar como ele está – Se casado ou descasado. Paulo não afirma aqui a 
presente aflição como uma razão para o celibato, não mais do que para o casamento; mas 
para um homem que não está buscando alterar seu estado, qualquer que seja, mas tirando o 
melhor dele. 

28. Tal terá perturbações na carne – Muitos problemas exteriores. Mas eu o alivio – Eu falo 
tão pouco e tão ternamente quanto possível. 

29. Mas isto eu digo, irmãos – Com grande confiança. O tempo de nossa habitação aqui é 
curto. Plenamente segue que, até mesmo eles que têm esposas sejam tão sérios, zelosos, 
ativos, mortos para o mundo, tão devotados a Deus, tão santos em todo modo de vida, 
quanto se eles não tivessem – Mas tão fácil transição o Apóstolo faz deslizar de tudo o mais 
para   uma   coisa   necessária;   e,   esquecendo   o   que   quer   que   seja   temporal,   é   tragado   na 
eternidade. 

30.  E eles que lamentam, como se eles não lamentassem –  "Embora cheios de tristeza,  


ainda   assim,   regozijando­se".    Eles   que   se   regozijam,   como   se   não   se   regozijassem   – 
Temperando sua alegria com temor santo. Eles que compram, como se não possuíssem – 
Reconhecendo que são apenas mordomos e não proprietários. 
31. E eles que usam este mundo, como não abusando dele – Não buscando felicidade nele, 
mas em Deus; usando todas as coisas nele apenas, de tal maneira e grau, que mais tenda ao 
conhecimento e amor de Deus. Porque todo o sistema e modernidade deste mundo – Este se 
casar,   lamentar­se,   regozijar­se,   e   todo   o   restante,   não   apenas   passarão,   mas   agora 
passaram; neste momento, estão fugindo como uma sombra. 

32. Agora, eu pediria a você – Em razão deste momento transitório. Sem cuidado – Sem 
alguma incumbência de seus pensamentos – O homem descasado – Se ele entende e usa a 
vantagem que ele desfruta – Preocupa­se apenas com as coisas do Senhor, em como ele 
pode agradar o Senhor. 

33. Mas o casado preocupe­se com as coisas do mundo – E é sua obrigação assim fazê­lo, 
tanto quanto se tornar um cristão. Assim como ele agrada sua esposa – E providencia todas 
as coisas necessárias para ela e sua família. 

34. Existe uma diferença também entre uma esposa e uma virgem – Quer a igreja esteja sob 
opressão ou não. A mulher descasada – Se ela sabe e usa de seu privilégio. Cuida apenas 
das coisas do Senhor – Todo seu tempo, cuide, e pense direto nisto, em como ela pode ser 
santa,   tanto   no   corpo,  quanto   no  espírito.   Está   é  a   vantagem   permanente   de   uma   vida 
solteira, em todas as épocas e nações. Mas quem faz um uso adequado disto?

35.  Não que eu possa armar uma cilada sobre você – Quem não é capaz de receber esta 
palavra. Mas, para seu proveito, – Você é capaz. Para que você possa resolutamente  e 
diligentemente esperar junto ao Senhor – A palavra traduzida "esperar", significa sentar­se 
ao lado da pessoa, em uma boa postura para ouvi­la. Assim, Maria sentou­se aos pés de 
Jesus,  (Lucas   10:39)  "E   tinha   esta   uma   irmã   chamada   Maria,   a   qual,   assentando­se  
também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra". Sem distração – Sem ter a mente levada 
para fora do seu centro; da sua atenção atenta a Deus; através de alguma pessoa, ou coisa, 
ou cuidado, ou incumbência que seja. 

36. Mas, se algum pai pensa que ele poderia, ao contrário, agir indecentemente. O que não 
se assenta ao seu caráter. Em direção à sua filha virgem, se ela estiver acima da idade (ou 
na plena idade), e precisa assim requerer, ver. 9, que eles se casem – Seu pretendente e ela. 

37. Não tendo necessidade – Onde não existe tal necessidade. Mas tendo poder sobre sua 
vontade própria – O que poderia incliná­lo ao aumento de sua família, e o fortalecimento 
disto, através de novas relações. 

38 – Faça o melhor – Se não houver necessidade.

39. Apenas no Senhor – Ou seja, apenas, que os cristãos se casem com cristãos: a direção 
permanente, e uma da mais extrema importância.

40   –  Eu   também   –   Assim   como   qualquer   um   de   vocês.   Tenho   o   Espírito   de   Deus   – 


Ensinando­me todas as coisas. Isto não implica qualquer dúvida; mas a mais forte certeza; 
junto com a reprovação deles para a vocação em questão. Quem quer, portanto, que conclua 
disto que Paulo não estava certo de que ele tinha o Espírito de Cristo, este nem entende a 
importância   verdadeira   das   palavras,   nem   considera   quão   expressamente   ele   coloca   a 
reivindicação ao Espírito, ambos em sua epístola,  (capítulo 2:16; 14:37)  "Porque, quem 
conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí­lo? Mas nós temos a mente de  
Cristo"   "Se   alguém   cuida   ser   profeta,   ou   espiritual,   reconheça   que   as   coisas   que   vos  
escrevo são mandamentos do Senhor"; e o outro.  (2 Cor. 13:3)  "Visto que buscais uma  
prova de Cristo que fala em mim, o qual não é fraco para convosco, antes é poderoso entre  
vós.". Na verdade, pode se duvidar, se a palavra, aqui e ali traduzida, "penso", nem sempre 
significa   a  mais   completa   e  forte  segurança.  Veja   capítulo  (10:12).  "Aquele,   pois,  que  
pensa estar em pé veja que não caia".

CAPÍTULO 8

1. Agora, concernente à próxima questão que você propôs. 

Todos   nós   temos   conhecimento   –   Uma   reprovação   gentil   da   presunção   deles. 


Conhecimento,   sem   amor,   sempre   ensoberbece.   Amor   apenas   edifica   –   Edifica   na 
santidade. 

2. Se algum homem pensa que ele conhece alguma coisa – Corretamente, exceto até onde 
ele for ensinado por Deus.

Ele   conhece   nada,   ainda   assim,   ainda   que   ele   deva   conhecer   –   Vendo   que   não   existe 
conhecimento verdadeiro sem o amor divino.

3. Ele é conhecido – Ou seja, aprovado por ele (Salmos 1:6) "Porque o Senhor conhece o  
caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá"

4. Nós sabemos que um ídolo é nada – Um mero deus nominal, tendo nenhuma divindade, 
virtude ou poder.

5. Porque, embora existam aqueles que são chamados deuses – Através dos pagãos, tanto 
celestiais (como eles os denominam), terrestres, e deidades infernais. 

6. Ainda assim, para nós – Cristãos.

Há um só Deus – Este é exclusivo, não o Único Senhor, como se ele fosse uma deidade 
inferior; mas apenas dos ídolos a que o Único Deus é antagônico. 

De quem são todas as coisas – Através da criação, providência, e graça. 

E nós por ele – A finalidade de tudo que somos, temos, e fazemos.

E um Senhor – Igualmente o objeto da adoração divina. 

Através de quem são todas as coisas – Criadas, mantidas e governadas. 

7. Alguns comem, conscientes do ídolo – Ou seja, imaginando que isto seja alguma coisa, e 
que isto torna a carne proibida de ser comida.

E a consciência deles, sendo fraca – Não corretamente informada.
É pervertida – Contrai culpa por fazer isto.

8. Mas carne não nos recomenda a Deus ­ Nem por comê­la; nem por abstermo­nos dela. 
Comendo ou não comendo, são, em nós mesmos, coisas meramente indiferentes. 

10.  Porque, se alguém  vir a ti  que tens  conhecimento  – A quem  ele  acredita  ter  mais 
conhecimento do que ele próprio; e quem realmente tem este conhecimento, de que um 
ídolo é nada – sentado para a diversão em um templo do ídolo. Os pagãos freqüentemente 
divertiam­se em seus templos, nos quais havia sacrifícios para seus ídolos. 

A consciência dele que é fraca não – É escrupulosa. 

Será encorajada – Pelo teu exemplo.

A comer ­ Embora com uma consciência duvidosa.

11. E através de teu conhecimento deverá o irmão fraco, por quem Cristo morreu, perecer? 
– E por quem tu não perderás uma refeição de carne, quanto dera, morrer por ele! Nós 
vemos, Cristo morreu, até mesmo, por aqueles que perecem. 

12. Vocês pecam contra Cristo – De cujos membros vocês são.

13.  Se carne – De nenhum tipo. Quem seguirá este exemplo? Que pregador ou cristão 
individual irá se abster de alguma coisa lícita em si mesma, quando ela ofende um irmão 
fraco? 

CAPÍTULO 9

1. Eu não estou livre? Eu não sou um apóstolo? Ou seja, eu não tenho a liberdade de um 
cristão comum? Sim, aquele de um apóstolo? Ele justifica seu apostolado (I Corintios 9:1­
3) "Não sou eu apóstolo? Não sou livre? Não vi eu a Jesus Cristo Senhor nosso? Não sois 
vós a minha obra no Senhor? Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para  
vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. Esta é minha defesa para com os  
que me condenam"; sua liberdade apostólica (I Corintios 9:4­19) " Não temos nós direito  
de  comer   e  beber? Não temos   nós   direito  de  levar  conosco  uma  esposa  crente,  como  
também  os  demais  apóstolos, e  os  irmãos  do Senhor, e  Cefas? (...) Logo, que prêmio  
tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do 
meu poder no evangelho. Porque, sendo livre para com todos, fiz­me servo de todos para  
ganhar ainda mais".

Eu não tenho visto Jesus Cristo? – Sem isto ele não teria sido uma daquelas primeiras 
testemunhas. 

Não são vocês minha obra no Senhor – A completa evidência de que Deus me enviou? E 
ainda assim, alguns, pelo que parece, objetaram o fato dele ser um apóstolo, porque ele não 
afirmou seu privilégio em demandar e receber tal manutenção das igrejas, como era devida 
àquele oficio. 

2. Vocês são o selo do meu apostolado – Quem recebeu, não apenas fé, através de minha 
boca, mas todos os dons do Espírito, através de minhas mãos. 
3. Minha resposta a eles que me examinam – Concernente a meu apostolado. 

É esta – Que eu agora dei.

4. Nós não temos direito – Eu e meus colaboradores.

A comer e a beber – À custa daqueles em meio aos quais trabalhamos.

5. Nós não temos o direito de levar conosco uma irmã, uma esposa – E reivindicar alimento 
para ela também? Assim como os outros apóstolos – Quem, portanto, está claro, fizeram 
isto. 

E Pedro – De onde aprendemos:

1º. Que Pedro continuou a viver com sua esposa, depois que ele se tornou um apóstolo.

2º. Que ele não teve direitos como um apóstolo, o que não era comum a Paulo. 

6. De deixar de trabalhar – Com nossas mãos.

8. Eu falo como um homem – Escassamente sobre a autoridade da razão humana? Deus não 
diz, em efeito, a mesma coisa? O boi que espreme o milho – Este foi o costume em Judéia, 
e muitas nações orientais. Em diversas delas é mantido ainda. E até hoje, cavalos pisam o 
milho em algumas partes da Alemanha. 

9. Deus – Nesta direção. 

Cuida dos bois – Apenas? Ele não tem um significado além? E assim indubitavelmente ele 
tem, em todas as outras leis Mosaicas deste tipo. 

10.  Ele que arou, deve arar na esperança – Da colheita. Isto parece ser uma expressão 
proverbial. 

E ele que debulhou na esperança – Não deverá ser desapontado; deverá comer o fruto de 
seu trabalho. E deverão aqueles que trabalharam na agricultura de Deus.  (Deuteronômio  
25:4) "Não atarás a boca ao boi, quando trilhar".

11.  Será   muito,   se   pudermos   ceifar   tanto   de   suas   coisas   carnais   –   Como   as   que   são 
necessárias para nosso sustento? Vocês nos dão coisas de valor maior do que aquelas que 
vocês recebem de nós?

12. Se outros – Quer apóstolos verdadeiros ou falsos. 

Parceiros deste poder – Têm o direito de serem mantidos. 

Preferivelmente, nós não teríamos – Pelo fato de termos trabalhado muito mais? A fim de 
que não causemos algum impedimento ao Evangelho – Dando oportunidade à objeção ou 
reprovação. 
14. (Mateus 10:10) "Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem  
bordão; porque digno é o operário do seu alimento".

15. Melhor seria para mim, morrer – Do que dar oportunidade a eles que a buscam contra 
mim (II Corintios 11:12) "Mas o que eu faço, o farei, para cortar ocasião aos que buscam  
ocasião, a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós".

17.  Prontamente – Ele parece querer dizer, sem receber coisa alguma. Paulo aqui fala de 
uma maneira peculiar a si mesmo. Um outro teria pregado prontamente, e, ainda assim, 
recebido um apoio dos Corintos. Mas, se ele tivesse recebido alguma coisa deles, ele o teria 
limitado,  pregando a contragosto. E assim, no próximo versículo, um outro teria usado 
aquele poder, sem abusar dele. Mas seu próprio usar dele, afinal, teria limitado o abuso 
dele.  

Uma dispensação é confiada a mim – Portanto, eu não me atrevo a refrear. 

18. Qual, então, é minha recompensa – Aquela circunstância em minha conduta, pela qual 
eu espero uma recompensa pessoal de meu grande Mestre? Para que eu não abuse – Não 
faça uso intempestivo de meu poder, que eu tenho em pregar o Evangelho. 

19.  Eu   me   fiz   servo   de   todos   –   Eu   agi   com   cuidado   tão   abnegado   com   respeito   aos 
interesses deles, tanta precaução para não ofendê­los, como se eu tivesse sido literalmente 
servo ou escravo deles. Onde está o pregador que trilha nos mesmos passos?

20. Para os judeus eu me tornei como um judeu – Confirmando a mim mesmo em todas as 
coisas, na maneira de pensar e viver deles; até onde eu pude com inocência. 

A eles que estão sob a lei – Os que se compreendem ainda presos pela Lei Mosaica. 

Como sob a lei – Cumprindo­a, eu mesmo, enquanto estou entre eles. Não que ele declarou  
ser isto necessário, ou se recusou a conviver com aqueles que não a observaram. Esta foi a  
mesma   coisa   que   ele   condenou   em   Pedro  (Gálatas   2:14)  "Mas,   quando   vi   que   não  
andavam   bem   e   corretamente,   conforme   a   verdade   do   evangelho,   disse   a   Pedro   na  
presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que  
obrigas os gentios a viverem como judeus?".

21. A eles que estão sem a lei – Os ateus.

Como sem a lei – Negligenciando suas cerimônias.

Não estando sem a lei de Deus – Mas tanto quanto, sob seus preceitos morais. 

Sob a lei de Cristo – E neste sentido, todos os cristãos estarão sob a lei para sempre. 

22. Eu me tornei como fraco – Como se eu fosse escrupuloso também. 

Eu me tornei todas as coisas para todos os homens – Acomodando­me a tudo, até onde eu 
pude, consistente com a verdade e sinceridade. 
24. Vocês não sabem que – Naqueles famosos jogos que são mantidos no istmo, perto de 
sua cidade. Eles que correm em na corrida em que todos correm, embora apenas um receba 
o prêmio – Quanto maior encorajamento, vocês têm para correrem; uma vez que todos 
vocês podem receber o prêmio de seu alto chamado!

25.  E cada um que lá competem  é equilibrado  em todas as coisas – A um grau quase 


inacreditável; usando o mais rigoroso desprendimento no alimento, sono, e todas as outras 
indulgências carnais. 

Uma coroa corruptível – Uma guirlanda de folhas, que deve logo murchar. Os atuais apenas 
descobriram que é "lícito" fazer tudo isto e mais por uma coroa eterna, do que eles fizeram 
por uma corruptível!

26.  Eu, assim, corro, não como de maneira incerta – Eu olho direto ao objetivo; e corro 
direito em direção a ele.  Eu jogo fora todo peso, eu não me preocupo com respeito a quem 
quer que esteja ao lado. 

Eu luto, não como alguém que golpeia o ar – Esta é uma expressão proverbial, para um que  
perde seu golpe, e gasta sua força, não nos seus inimigos, mas no ar vazio. I

 27. Mas reprimo meu corpo – Através de todos os tipos de abnegação.

E o trago a sujeição – Ao meu espírito e a Deus. As palavras são fortemente figurativas, e  
significam a mortificação do corpo do pecado, "através de uma alusão aos corpos naturais  
daqueles que foram feridos ou subjugados em combate".

Para que, de qualquer maneira, depois de ter pregado – A palavra grega significa, depois  
de   ter   executado   o   ofício   de   um   arauto   (ainda   continuando   a   alusão),   cujo   ofício   foi  
proclamar as condições, e exibir os prêmios. 

Eu mesmo não me torne reprovável  – Desaprovado pelo Juiz, e assim, não alcance  o  
prêmio. Este texto simples pode nos dar uma justa noção da doutrina bíblica da eleição e  
reprovação; e claramente nos mostrar que indivíduos não são representados, nos escritos  
santos, como eleitos, absoluta e incondicionalmente, para a vida eterna, ou predestinados  
absoluta e incondicionalmente, para a morte eterna; mas que crentes, em geral, são eleitos  
para   desfrutarem   dos   privilégios   cristãos   sobre   a   terra.   Que,   se   elas   fazem   mau   uso,  
aquelas mesmas pessoas eleitas tornar­se­ão réprobas. Paulo foi certamente uma pessoa  
eleita, se alguma vez existiu uma; e ainda assim, ele declara que seria possível que ele  
mesmo pudesse se tornar um réprobo. Mais ainda, ele verdadeiramente teria se tornado  
tal, se ele não tivesse assim mantido seu corpo subjugado, mesmo que ele tivesse sido por  
tanto tempo uma pessoa eleita, um cristão, e um apóstolo.  

CAPÍTULO 10

1.  Agora – Para que vocês não possam se tornar réprobos, considerem  quão altamente 


favorecidos seus pais, que eram eleitos de Deus, e pessoas peculiares, foram; e, 
não obstante, foram rejeitados por ele. Eles estavam todos sob a nuvem. – Aquele 
eminente toque da presença gloriosa de Deus, que os abrigavam do calor do sol, 
durante o dia, e lhes dava luz, pela noite. 
E todos passaram através do mar – Deus abrindo um caminho, em meio às águas. (Êxodo 
13:21)  "E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo  
caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e  
de noite".  Êxodo 14:22 "E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as  
águas foram­lhes como muro à sua direita e à sua esquerda".

2. E todos foram, por assim dizer, batizados junto a Moisés – iniciados na religião que ele 
lhes ensinou.

Na nuvem e no mar – Talvez, borrifado, aqui e ali, com gotas de água do mar ou de nuvem, 
através dos quais o batismo seria o mais evidentemente significado. 

3. E todos comeram do mesmo maná, denominado alimento espiritual, como era típico:

1º. De Cristo e seus benefícios espirituais.

2º. Do pão sagrado que nós comemos em sua mesa. (Êxodo 16:15) "E, vendo­a os filhos de  
Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse­lhes pois  
Moisés: Este é o pão que o Senhor vos deu para comer". 

4.  E todos  beberam  da mesma  bebida  espiritual  – Característico  simbólico  de Cristo  e 


daquele   cálice   que   bebemos.   Porque   eles   beberam   da   rocha   espiritual   ou   oculta,   cuja 
correnteza maravilhosa  os seguiu em suas diversas jornadas, por muitos anos, através do 
deserto. E aquela rocha foi uma figura manifesta de Cristo – A Rocha da Eternidade, de 
quem seu povo deriva aquelas correntezas de bênçãos que os seguiu, através de todo este 
deserto.  Êxodo 17:6  "Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu  
ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos  
olhos dos anciãos de Israel".

5. Ainda assim – Embora eles tivessem tantos sinais da presença divina.

Eles foram derrotados – Com as mais terríveis marcas do seu desprazer. 

6.  Agora   estas   coisas   foram   nossos   exemplos   –   Mostrando   que   devemos   esperar   se, 
desfrutando de iguais benefícios, cometermos pecados iguais. Os benefícios são colocados 
na mesma ordem como por Moisés em Êxodos; os pecados e punições em uma ordem 
diferente;   os  desejos  diabólicos,   primeiro,   como  sendo  o  alicerce  de  todos;   a  seguir,  a 
idolatria  (I   Corintios   10:7,   14)  "Não   vos   façais,   pois,   idólatras,   como   alguns   deles,  
conforme está escrito: O povo assentou­se a comer e a beber, e levantou­se para folgar".  
"Portanto,   meus   amados,   fugi   da   idolatria";  então,   fornicação,   que   usualmente   a 
acompanha  (I Corintios 10:8)  " E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e  
caíram   num   dia   vinte   e   três   mil";  a   tentação   e   murmuração   contra   Deus,   nos   versos 
seguintes. 

E eles desejaram – Carne, apesar do maná (Números 11:4) "E o vulgo, que estava no meio  
deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram:  
Quem nos dará carne a comer?".

7.  Nem   sejam   vocês   idólatras   –   E   assim,  "nem   murmurem"  (I   Corintios   10:10)  " E 
puseram as suas armas na casa do seu deus, e a sua cabeça afixaram na casa de Dagom".  
As outras precauções são dadas na primeira pessoa; mas essas, na segunda. E com o que 
propriedade primorosa ele varia de pessoa! Teria sido impróprio dizer: Nem sejamos nós 
idólatras;  porque  ele mesmo  não estava  em  perigo de idolatria;  nem provavelmente  de 
murmurar contra Cristo, ou a providência divina. 

Brincar   –  Ou  seja,   dançar,   em  honra  do   ídolo  deles  (Êxodo  32:6)  "E   no  dia  seguinte  
madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou­
se a comer e a beber; depois se levantou a folgar".

8.  E  caíram,   em  um  dia,  vinte   e  três  mil  –  Além  dos   príncipes   que  foram  mais   tarde 
enforcados, e um daqueles que os juizes matou, de maneira que lá morreram ao todo vinte e 
quatro mil (Números 25:1, 9) "E Israel deteve­se em Sitim e o povo começou a prostituir­
se com as filhas dos moabitas". "E os que morreram daquela praga foram vinte e quatro  
mil". 

9. Nem tentemos Cristo – Através de nossa descrença. Paulo enumera cinco benefícios (I 
Corintios 10:1­4) "Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos  
debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na  
nuvem e no mar, E todos comeram de uma mesma comida espiritual, E beberam todos de  
uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra  
era Cristo"; dos quais, o quarto e quinto estavam estritamente ligados; e cinco pecados, o 
quarto   e   quinto   deles   estavam   igualmente   unidos.   Ao   falar   do   quinto   benefício,   ele 
expressamente   menciona   Cristo;   e   em   falar   no   quarto   pecado,   ele   mostra   que   ele   foi 
cometido contra Cristo. 

Como alguns deles o tentaram – Este pecado das pessoas foi peculiarmente contra Cristo; 
porque quando eles tinham, há tanto, bebido daquela rocha, ainda assim, eles murmuraram, 
pela falta de água. (Números 21:4 etc.) "Então partiram do monte Hor, pelo caminho do  
Mar Vermelho, a rodear a terra de Edom; porém a alma do povo angustiou­se naquele  
caminho".

10.  O destruidor  – O anjo destruidor  (Números  14:1, 36)  "Então toda a congregação  


levantou a sua voz; e o povo chorou naquela noite". "E os homens que Moisés mandara a  
espiar   a   terra,   e   que,   voltando,   fizeram   murmurar   toda   a   congregação   contra   ele,  
infamando a terra". 

11. Em que os fins dos séculos estão chegando – A expressão tem grande força. Todas as 
coisas   se   juntam,   e   vêm   para   um   momento   decisivo,   sob   a   última   dispensação   do 
Evangelho; tantos os benefícios quanto os perigos; punições e recompensas. Permanece que 
Cristo vem como um vingador e juiz. E até mesmo essas finalidades incluem os vários 
períodos, sucedendo um ao outro. 

12. A tradução comum transcorre assim: Que aquele que pensa, fique de pé; mas a palavra 
traduzida pensa, mais certamente fortalece, preferivelmente a enfraquece, o sentido. 

13.  Comum   ao   homem   –   Ou,   como   a   palavra   grega   significa,   proporcionado   à   força 
humana.

Deus é fiel – Em dar a ajuda que ele prometeu.
E o será com tentações – Providencia para o livramento de vocês.

14. Fuja da idolatria – E de toda a aproximação dela.

16. O cálice que abençoamos – Separado para o uso sagrado, e solenemente invocando a 
benção de Deus sobre ele. 

Não   é   a   comunhão   do   sangue   de   Cristo   –   Os   meios   de   nosso   compartilhar   daqueles 


benefícios inestimáveis, que são a aquisição do sangue de Cristo. A comunhão do corpo de 
Cristo   –   Os   meios   de   nossos   compartilhar   daqueles   benefícios   que   foram   adquiridos, 
através do corpo de Cristo – oferecido a nós.

17.  Porque é esta comunhão que nos faz um. Porque nós sendo muitos ainda, por assim 
dizer, mas em diferentes partes de um e do mesmo pão partido, que recebemos para nos 
unir em um só corpo. 

18. Consideram Israel, segundo a carne – Os cristãos são o "Israel"  espiritual  "de Deus". 


Não são eles que comem os sacrifícios compartilhados do altar – Este não é um ato de 
comunhão com o Deus ao qual eles são oferecidos? E não é o mesmo caso, com aqueles 
que comem dos sacrifícios que são oferecidos aos ídolos?

19. O que eu digo, então - Ao dizer isto, eu permito que um ídolo seja alguma coisa divina?
Eu assevero, ao contrário, que os sacrifícios pagãos, eles sacrificam a demônios. Tal, na
realidade, são os deuses dos ateus, e com tais apenas pode você manter comunhão naqueles
sacrifícios.

21. Vocês não podem beber do cálice do Senhor, e do cálice de demônios – Você não pode 
ter comunhão com ambos.

22.  Nós provocamos o Senhor ao ciúme – Cuidando assim de seus rivais? Somos mais 
fortes do que ele – Somos capazes de resistir, ou suportarmos sua ira?

23. Supondo que isto fosse lícito em si mesmo, ainda assim não seria expediente, não seria 
edificante para meu próximo.

24. Não o nosso apenas, mas o bem­estar de outro também.

25 – O apóstolo agora aplica este principio para pontuar na questão

Não fazendo perguntas – Se tem sido sacrificado ou não.

26. Porque Deus, que é Criador, Proprietário, Disponente da terra e tudo que nela há, tem 
dado o produto dela para os filhos dos homens, para serem usados sem receio.  (Salmos 
24:1) "Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam".

28. Por causa daquele que mostrou a ti, e por causa da consciência – Ou seja, por causa da 
sua fraca consciência, a fim que ela não possa ser ofendida.

29. Consciência eu digo, não a tua própria – Eu falo da consciência dele, não da tua.
Para o que minha liberdade é julgada pela consciência de outro – A consciência de outro, 
não é padrão para a minha, nem a persuasão de outro a medida de minha liberdade.

30. Se, eu, pela graça, sou um parceiro – Se eu agradecidamente uso as bênçãos comuns de 
Deus. 

31. Portanto – Para encerrar o presente ponto com uma regra geral aplicável, não apenas 
nisto, mas em todos os casos, o que quer que façamos – Em todas as coisas quaisquer que 
sejam, se de natureza religiosa ou civil, em todas as ações comuns, assim como sagradas, 
da vida, mantivermos a glória de Deus em vista, e prontamente irmos ao encalço, em tudo 
isto, da finalidade de nossa existência, o plantar ou estender o conhecimento vital e amor de 
Deus, primeiro, em nossa própria alma, então, em toda humanidade. 

32. Não ofenda – Se, e tão longe quanto, é possível.

33. Até mesmo eu, até onde cabe em mim, agrado todos os homens.

CAPÍTULO 11

2. Eu louvo a vocês – A maior parte de vocês.

3. Eu gostaria que você soubesse – Ele não parece ter dado a eles alguma ordem antes, 
concernente a isto.

A cabeça de todo homem – Especialmente, todo crente.

É Cristo, e a cabeça de Cristo é Deus  – Cristo, como ele é Mediador, age em todas as 
coisas, subordinadamente  a seu Pai. Mas nós não podemos inferir que eles  não são da 
mesma natureza divina, porque se diz que Deus  é a cabeça de Cristo, mais do que um 
homem e uma mulher são da mesma natureza humana, já que do homem se diz que ele é a 
cabeça da mulher.

4. Todo homem orando ou profetizando – Falando através do poder imediato de Deus.

Com sua cabeça – E face.

Cobertos – Cada um com um véu ou com cabelos longos.

Desonrando a cabeça dele – Paulo parece querer dizer: Como em certas nações orientais,  
cobrir a cabeça é um sinal de sujeição; assim um homem orar ou profetizar com um véu  
sobre sua cabeça reflete a desonra sobre Cristo, cujo representante ele é.

5. Mas toda mulher – Que, sob um impulso imediato do Espírito, ora ou profetiza (porque, 
então, apenas a mulher foi impedida de falar na igreja), sem um véu sobre seu rosto, como 
se repudiasse a sujeição, e reflete desonra sobre um homem, sua cabeça. Porque é a mesma 
coisa, em efeito, como se ela cortasse o cabelo, curto, e o usasse na forma distintiva dos 
homens. Naqueles tempos, os homens usavam seus cabelos excessivamente curtos, como 
aparece das estátuas e pinturas antigas. 
6. Portanto, se uma mulher não está coberta – Se ela tirar fora o símbolo de sujeição, 
que ela apareça com seu cabelo cortado como de um homem. Mas, se for vergonhoso para 
uma mulher, aparecer assim, em público, especialmente em uma assembléia religiosa, que 
ela, pela mesma razão, mantenha o seu véu. 

7. Um homem, na verdade, não cobre sua cabeça, porque ele é a imagem de Deus – No 
domínio, ele testemunha a criação, representando o domínio supremo de Deus que é sua 
glória.  Mas  a  mulher  é  apenas  matéria  da glória  para  o homem, que  tem  um domínio 
adequado sobre ela.  Portanto, ela não deve aparecer, a não ser com a cabeça coberta,  
como um reconhecimento subtendido disto.  

8. O homem não é – Na primeira produção da natureza.

10.   Porque   isto   faz   também   com   que   uma   mulher   deva   cobrir   a   cabeça   nas 
assembléias públicas, por causa dos mensageiros – Que atendem lá, e diante dos quais, 
eles devem ser cuidadosos de não fazer coisa alguma indecente e irregular. 

11. Não obstante, no Senhor Jesus, não exista nem homem nem mulher – Ninguém é 
excluído; nem é preferido antes do outro em seu reino.

12. E como a mulher, a principio, proveio do homem, assim também o homem agora, 
no curso comum da natureza, provém da mulher; mas todas as coisas são de Deus – O 
homem, a mulher, e a dependência deles um do outro. 

13. Juízes de si mesmos – Porque qual a necessidade de mais argumentos, se um caso tão 
claro? É decente para a mulher orar para Deus – O Altíssimo, com aquele jeito audacioso e 
destemido que ele deve ter, quando, contrária ao costume universal, ela aparece em publico 
com sua cabeça descoberta? 

14. Porque uma mulher ter cabelos longos, cuidadosamente arrumados, é tal marca de 
feminilidade, quanto é uma desonra para ele.  

15. Dados a ela ­ Originalmente, antes que as artes do adornar­se existissem. 

16. Nós não temos tal costume aqui, nem alguma das outras igrejas de Deus  – As 
diversas igrejas que existiam no tempo dos apóstolos tinham costumes diferentes nas coisas 
que   não   eram   essenciais;   e   que   sob   um   e   o   mesmo   apóstolo,   as   circunstâncias,   em 
diferentes lugares, tornou isto conveniente. E em todas as coisas meramente indiferentes, o 
costume de cada lugar foi de peso suficiente para determinar homens prudentes e pacíficos. 
Ainda assim, até mesmo isto não pode prevalecer sobre uma consciência cuidadosa, que 
realmente duvida se a coisa é diferente ou não. Mas aquelas às quais o apóstolo se refere  
eram pessoas contenciosas, não conscienciosas. 

18. Na igreja – Na assembléia pública.

Eu ouço que existem cismas, em meio a vocês; e eu parcialmente acredito nisto – Ou 
seja, eu acredito nisto, em alguns de vocês. É claro que, através de cismas, não se quer dizer 
alguma separação da igreja, mas divisões severas nela; porque os Corintios continuaram a 
ser uma igreja; e, não obstante toda a discussão e disputa deles, não existiram separação de 
alguma facção, do restante, com respeito à comunhão externa. E é no mesmo sentido que a 
palavra é usada (I Corintios 1:10) "Rogo­vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor  
Jesus Cristo,  que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões;  
antes sejais  unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer".  (I Corintios 
12:25) "Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros cuidado igual  
uns dos outros"; que são os únicos lugares no Novo Testamento, além deste, onde cismas 
religiosos são mencionados. Assim sendo, o favorecer algum temperamento contrário a este 
cuidado terno de um com o outro, é o cisma bíblico verdadeiro. Isto é, portanto, uma coisa 
completamente   diferente   daquela   separação   regular   das   igrejas   corruptas,   que   as   eras 
recentes têm estigmatizado como cismas, e tem feito pretexto para as mais vis crueldades, 
opressões e assassinatos, que têm preocupado o mundo cristão. Mas heresias e cismas são 
aqui mencionadas em um sentido muito próximo do mesmo; exceto pelos cismas significar, 
antes, aquelas animosidades interiores que ocasionam heresias; ou seja, divisões exteriores 
ou facções: de maneira que, enquanto um disse:  "eu sou de Paulo"; outro,  "Eu sou de 
Apolo", isto implica ambos cisma e heresia. Assim maravilhosamente as recentes épocas 
distorceram as palavras heresia e cisma de seu significado bíblico. Heresia não é, em toda a 
Bíblia, não é confundida com "um erro nos fundamentos", ou em alguma coisa mais; nem 
cisma, por alguma separação  feita da comunhão exterior  de outros. Conseqüentemente, 
ambas,   heresia   e   cisma,   no   sentido   atual   das   palavras,   são   pecados   que   as   Escrituras 
conhecem   coisa   alguma   a   respeito;   mas   foram   inventadas   meramente   para   privar   a 
humanidade do benefício do julgamento pessoal, e liberdade de consciência.

19. Devem existir heresias – Divisões.

Entre vocês – No curso ordinário das coisas; e Deus as permite, para que possa aparecer 
quem, em meio a vocês é, e quem não é, puro de coração. 

20. Portanto – Ou seja, em conseqüência daqueles cismas.

Não   é   tomar   a   Ceia   do   Senhor  –   Aquela   memória   solene   de   sua   morte;   mas 
completamente outra coisa.

21.   Porque   no   tomar   o   que   vocês   chamam   de   Ceia   do   Senhor  ­   em   vez   de   todo 
compartilhar de um pão, cada pessoa traz sua própria sopa, e a come, sem esperar pelo 
restante. E, por meio  disto, o pobre, quem não pode prover para si mesmo, tem  nada; 
enquanto o rico come e bebe, ao máximo, como os pagãos usam fazer nas festividades 
sobre seus sacrifícios. 

22. Vocês não têm casas para comer e beber suas refeições comuns nela?  Ou vocês 
menosprezam a igreja de Deus – Da qual o pobre é tanto a parte maior, quanto melhor. 
Vocês agem assim, com o objetivo de contenderem com eles?

23. Eu recebi – Através de uma revelação imediata.

24. Este é meu corpo, que é partido por vocês – Ou seja, este pão partido é o sinal do 
meu corpo, que, até mesmo agora,  é para ser perfurado e ferido por suas iniqüidades. 
Tome, então, e coma deste pão, em uma lembrança humilde, agradecida, obediente, de  
meu amor  moribundo; da extremidade  de  meus  sofrimentos  no interesse  de vocês,  das 
benções que eu tenho, por meio deles, buscado para vocês, e das obrigações do amor e 
dever, que eu tenho, através de tudo isto, preparadas para vocês. 
25. Depois da Ceia – Portanto, nós não devemos confundir isto com uma refeição comum.

Faça isto em memória de mim – Os sacrifícios antigos eram em memória do pecado: este  
sacrifício, uma vez oferecido, é ainda representado em memória da remissão dos pecados. 

26.   Vocês   anunciam   a   morte   do   Senhor  –   Vocês   proclamam,   por   assim   dizer,   e 
abertamente declaram isto a Deus, e a todo o mundo.

Até que ele venha – Na glória. 

27. Quem quer que coma deste pão indignamente – Ou seja, de uma maneira mundana,  
e irreverente; sem respeito, tanto a Ele que o designou, quanto ao objetivo de seu propósito. 
Deverá ser culpado de profanar o que representa o corpo e sangue do Senhor. 

28. Que o homem examine a si mesmo  – Se ele conhece a  natureza e o objetivo da  


instituição, e se for seu próprio desejo e propósito totalmente consentir com isto. 

29. Porque ele que come e bebe tão indignamente quanto aqueles Corintios fizeram, 
comem e bebem para seu próprio julgamento – Julgamentos temporais de vários tipos (I 
Corintios 11:30) "Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que  
dormem".  Não distinguindo   os   sinais   sagrados   do corpo  do  Senhor –  De seu  alimento 
comum.  

30. Porque esta causa – Que eles não observaram.

Muitos dormiram – Na morte.

31. Se nós julgássemos a nós mesmos – Quanto ao nosso conhecimento, e o objetivo com 
que nos aproximamos da mesa do Senhor. 

Nós não devemos ser assim julgados – Ou seja, punidos por Deus.

32. Quando somos  assim julgados,  é  com  este  objetivo  misericordioso,  para  que  não 


possamos ser finalmente condenados com o mundo. 

33. O restante – As outras circunstâncias relativas à Ceia do Senhor. 

CAPÍTULO 12

1.  Agora, concernente aos dons espirituais – A abundância destes, nas igrejas da Grécia, 
fortemente refutaram o aprendizado inútil dos filósofos gregos. Mas os Corintios 
não usaram deles sabiamente, o que ocasionou Paulo escrever concernente a eles. 
Ele descreve:

1º.  A unidade do corpo  (I Corintios 12:1­27)  "Acerca dos dons espirituais, não quero,  


irmãos,   que   sejais   ignorantes".   (...)   "Ora,   vós   sois   o   corpo   de   Cristo,   e   seus  
membros em particular". 
2º.  A variedade de membros e oficiais  (I Corintios 12:27­30)  "Ora, vós sois o corpo de  
Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente  
apóstolos,   em   segundo   lugar   profetas,   em   terceiro   doutores,   depois   milagres,  
depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são  
todos apóstolos? São todos profetas? são todos doutores? são todos operadores  
de   milagres?   Têm   todos   o   dom   de   curar?   falam   todos   diversas   línguas?  
interpretam todos?". 

3º. O caminho de exercitar os dons corretamente, ou seja, através do amor inteiramente (I 
Corintios   12:31)  "Portanto,   procurai   com   zelo   os   melhores   dons;   e   eu   vos  
mostrarei um caminho mais excelente";  (I Corintios 13:1) "Ainda que eu falasse  
as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que  
soa ou como o sino que tine": e acrescenta:

4º.  Uma comparação de diversos dons, uns com os outros; no décimo­quarto capítulo  (I 


Corintios  14:1)  "Segui  o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas  
principalmente o de profetizar".

2. Vocês eram pagãos – Portanto, qualquer que seja os dons que receberam, é da livre graça 
de Deus.

Levados – Por uma credulidade cega. 

Em busca de ídolos mudos – Do cego para o mudo; ídolos de madeira e pedra, incapazes  
de falar de si mesmos, e muito mais de abrir suas bocas, como Deus tem feito. 

Quando eram conduzidos – Através da sutileza de nossos sacerdotes.

3. Portanto – Uma vez que os ídolos pagãos não podem falar por si mesmos, muito menos 
prover com dons espirituais a outros, esses devem necessariamente ser cristãos apenas. 

Como ninguém, falando através do Espírito de Deus, chamou Jesus de amaldiçoado – Ou 
seja, como ninguém que fala isto (o que todos os judeus e ateus fizeram), fala através do 
Espírito de Deus – É influenciado por aquele Espírito, de maneira a falar em línguas, curar 
doenças, ou expulsar demônios. 

Assim, ninguém pode dizer, Jesus é o Senhor – Ninguém pode recebê­lo como tal; porque,  
na linguagem das Escrituras, dizer, ou crer, implica em convicção experimental. 

Mas, através do Espírito Santo – A conclusão é: Ninguém tem o Espírito Santo, a não ser  
cristãos: todos os cristãos têm este Espírito. 

4. Existem diversidades de dons, mas o mesmo Espírito – Correntezas diversas, mas todos 
de uma única fonte. Este verso fala do Espírito Santo, o próximo de Cristo, o sexto de 
Deus,   o  Pai.   O   apóstolo   trata   do   Espírito  (I   Corintios   12:7)  "Mas   a   manifestação   do  
Espírito é dada a cada um, para o que for útil", etc; de Cristo (I Corintios 12:12) "Porque,  
assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são  
um só corpo, assim é Cristo também", etc; de Deus (I Corintios 12:28) "E a uns pôs Deus  
na   igreja,   primeiramente   apóstolos,   em   segundo   lugar   profetas,   em   terceiro   doutores,  
depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas".
5. Ministrações ­ Oficiais. Mas o mesmo Senhor as estabelece todas.

6. Operações – Efeitos produzidos. Esta palavra é de uma extensão maior do que qualquer 
uma das primeiras. Mas é o mesmo Deus que opera todos esses efeitos, em todas as pessoas 
interessadas.

7. A manifestação – O dom, por meio do qual, o Espírito manifesta­se.

É dada a cada um – Para o proveito de todo o corpo.

8. A palavra da sabedoria – Um poder de entendimento e explanação da sabedoria múltipla 
de Deus no grande esquema da salvação evangélica. 

A   palavra   de   conhecimento   –   Talvez,   uma   habilidade   extraordinária   para   entender   e  


explicar os símbolos e profecias do Velho Testamento. 

9. A fé pode aqui significar uma confiança extraordinária em Deus, sob as mais difíceis e 
perigosas   circunstâncias.   O   dom   de   cura   não   precisa   estar   totalmente   restrito   ao   curar 
enfermidades, com uma palavra ou um toque. Ele pode manifestar­se também, embora em 
um grau menor, onde os remédios naturais são aplicados; e pode freqüentemente ser isto, e 
não a habilidade superior, o que torna alguns médicos mais bem sucedidos que outros. E, 
assim, pode ser com respeito a outros dons igualmente. Como, depois que os escudos de 
outro foram perdidos, o rei de Judá colocou bronze em seu lugar, assim, depois que os dons 
puros foram perdidos, o poder de Deus manifesta­se de uma maneira mais escondida, sob 
as erudições e ajudas humanas; e isto mais plenamente, na medida em que haja mais espaço 
dado a ele. 

10. O operar de outros milagres – Profecia – Profetizar coisas vindouras.

O discernir – Se os homens são de um espírito correto ou não; se eles têm dons naturais ou 
sobrenaturais para ofícios na igreja; e se eles que professam falar por inspiração, o fazem de 
um espírito, divino, natural, ou diabólico. 

11. Como ele determinou – A palavra grega não implica tanto prazer caprichoso, como uma 
determinação baseada nos conselhos sábios. 

12. Assim é Cristo – Ou seja, o corpo de Cristo, a igreja.

13.  Porque,   através   daquele   único   Espírito,   que   recebemos   no   batismo,   estamos   todos 
unidos em um só corpo. 

Quer judeus ou gentios – Que estão a uma distância maior uns dos outros, pela natureza.

Quer escravos ou homens livres  ­ Que estão a uma distância maior, pela lei e costume.

Bebemos todos de um Espírito – Naquele cálice, recebido pela fé, nós todos absorvemos 
um Espírito, que, primeiro, inspirou, e ainda preserva, a vida de Deus em nossas almas. 

15. O pé é elegantemente introduzido, como falar da mão; da orelha; do olho; cada um, de 
uma parte que tem alguma semelhança com ele. Assim, em meio aos homens, cada um é 
apto para se comparar com aqueles, cujos dons, de alguma forma, se assemelham aos seus 
próprios, preferivelmente do que com aqueles que estão a uma distância, quer acima ou 
abaixo dele.  

Não é, portanto, do corpo – A conclusão é boa? Talvez, o pé possa representar os cristãos 
pessoais; a mão, os oficiais na igreja; o olho, os professores; as orelhas, os ouvintes. 

16. A orelha – Uma parte menos nobre. 

O olho – A mais nobre.

18. Como agradou a ele – Com a mais extraordinária sabedoria e bondade.

20.  Mas  um  corpo  – E   é  uma  conseqüência   necessária  desta  unidade,   que os   diversos 
membros precisem uns dos outros. 

21. Não a cabeça – A parte mais alta de todas. 

Ao pé – A mais baixa.

22.  Os membros que parecem ser mais fracos – Sendo de uma estrutura mais delicada e 
fraca; talvez, o cérebro e intestinos, ou as veias, artérias, e outros canais minúsculos no 
corpo. 

23. Nós os envolvemos com a mais abundante honra – Cuidadosamente cobrindo­os. 

Mais abundante graça – Com o auxilio da vestimenta.

24.  Dando mais abundante honra àquele que necessita – Como sendo cuidado e servido 
pelas mais nobres partes. 

27. Agora vocês – Corintios.

São o corpo e membros de Cristo – parte deles, eu quero dizer, não todo o corpo.

28. Primeiro, os apóstolos – Que plantaram o evangelho nas nações pagãs. 

Em   segundo,   os   profetas   –   Que   tanto   predizem   coisas   vindouras,   ou   falam   através   de 
inspiração extraordinária, para a edificação da igreja. 

Em terceiro, os professores – Que precedem até mesmo aqueles que operam os milagres – 
Sob os profetas e professores estão incluídos evangelistas e pastores (Efésios 4:11) "E ele 
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros  
para pastores e doutores".

31. Vocês anseiam pelos melhores dons – E eles valem sua busca, embora que poucos de 
vocês os alcancem. Mas existe um dom muito mais excelente do que todos esses; e um que 
todos podem, sim, devem conseguir, ou perecerão. 

CAPÍTULO 13
2. E embora eu tenha o dom da profecia – De predizer eventos futuros.

E entenda todos os mistérios – Da palavra de Deus e providência

E   todo   conhecimento   –   Das   coisas   divinas   e   humanas,   que   alguma   vez   algum   mortal 
alcançou. E, embora eu tenha os mais altos graus de milagres, operando a fé, e não 
tenha este amor, eu sou nada. 

3. E embora eu – Deliberadamente, parte por parte. Dê todos os meus bens para alimentar o 
pobre, sim, embora eu entregue meu corpo para ser queimado – Antes que eu renuncie à 
minha religião.  

E não tenha amor – Daqui para frente, descrito. 

Isto me será de nenhum proveito – Sem isto, o que quer que eu fale; o que quer que eu  
tenha; o que quer que eu saiba; o que quer que eu faça; o que quer que eu sofra, é nada. 

4. O amor a Deus, e ao nosso próximo, por amor a Deus, é paciente em direção a todos os 
homens. Ele suporta todas as fraquezas, ignorância, erros, e enfermidades dos filhos de 
Deus; toda a malícia e maldade dos filhos do mundo: e tudo isto, não apenas por um tempo, 
mas até o fim. E em cada passo em direção a dominar o mal com o bem, é amável, suave, 
moderado, benigno. Ele inspira o sofredor, imediatamente, com a mais amável doçura, e a 
mais fervorosa e terna afeição.  

O amor não age temerariamente – Não condena apressadamente alguém; nunca passa uma  
sentença severa sobre uma visão não importante ou apressada das coisas. Nem ele alguma  
vez age ou se comporta de uma maneira violenta, obstinada ou precipitada.

Ele não se ensoberbece – Sim, ele humilha a alma ao pó.

5. Ele não se comporta indecentemente – Não é rude, ou propositadamente ofensivo, com 
alguém. Ele paga todas as suas dívidas – Adequadas ao tempo, pessoa, e todas as outras 
circunstâncias. 

Não busca seus interesses – Comodidade, prazer, honra, ou vantagens temporais. Mais do  
que isto, algumas vezes, aquele que ama a humanidade não busca, em algum sentido, até  
mesmo, suas próprias vantagens espirituais; não pensa em si mesmo, contando que um  
zelo pela glória de Deus e almas dos homens o consuma. Mas, embora ele esteja todo em  
chamas   para   essas   finalidades,   ainda   assim,   ele   não   provoca   impetuosidade   ou  
indelicadeza em direção a alguém. Provocações exteriores, na verdade, freqüentemente  
ocorrerão; mas ele triunfa sobre todas. O amor não pensa mal – Na verdade, ele não pode,  
a não ser ver e ouvir as coisas más, e saber que elas são assim; mas não propositadamente  
pensar mal de alguém; nem pressupor mal, onde ele não apareça. Ele arranca, raiz e  
ramos,   toda   imaginação   do   que   não   temos   prova.   Ele   lança   fora   todo   ciúme,   toda  
suposição má. Toda prontidão para pensar mal. 

6.  Não se regozija na iniqüidade – Sim, lamenta o pecado ou tolice, até mesmo de um 
inimigo; não tem prazer em ouvir e repetir isto, mas deseja que possa ser esquecido para 
sempre. 
Mas se regozija na verdade – Produzindo seus próprios frutos, santidade de coração e vida.  
Bem, em geral, é sua glória e alegria, onde quer que seja difundida em todo o mundo. 

7. O amor encobre todas as coisas – Qualquer que seja o mal que o amante da humanidade 
vê, ouve, ou conhece de alguém, ele não menciona a ninguém; isto nunca sai de sua boca, a 
menos, onde a obrigação absoluta o constrange a falar.

Acredita em todas as coisas – Coloca a mais favorável construção em todas as coisas; e está 
sempre pronto a acreditar no que quer que possa tender ao proveito do caráter de alguém. E 
quando ele não pode mais esperar o bem, ele espera pelo que quer que possa desculpar ou 
atenuar a falta que não pode ser negada. Onde não possa ser desculpada, ele espera que 
Deus, por fim, dê arrependimento à vida.  

Neste meio tempo, ele suporta todas as coisas – O que quer que a injustiça, a malícia, e a  
crueldade   dos   homens   possam   infligir.   Ele   não   apenas   pode   fazer,   mas   igualmente  
suportar, todas as coisas, através de Cristo que o fortalece. 

8.  O amor  nunca  falha – Ele  nos  acompanha   à  eternidade,  e nos  adorna  nela;  ele  nos 
prepara, e nos constitui para o céu. 

Mas, quaisquer que sejam as profecias, elas deverão falhar – Quando todas as coisas se  
cumprirem, e Deus for tudo em todos.

Se   existirem   línguas,   elas   cessarão   –   Uma   linguagem   deverá   prevalecer   em   meio   aos  
habitantes  do céu, e as  línguas  deficientes  e  imperfeitas  da terra serão esquecidas. O  
conhecimento   igualmente   que   nós   agora   tão   prontamente   buscamos,   deverá   então  
desaparecer – Assim como o céu estrelado desaparece no céu do meio­dia, assim nosso  
presente conhecimento na luz da eternidade. 

9. Porque nós conhecemos em parte, e em parte, profetizamos – Os mais sábios dos homens 
têm aqui, a não ser concepções breves, estreitas e imperfeitas, até mesmo, das coisas em 
volta deles, e muito mais das coisas profundas de Deus. E, até mesmo as profecias, que os 
homens distribuem de Deus, estão longe de abrangerem todos os eventos futuros, ou aquela 
sabedoria e conhecimento de Deus que estão guardados como tesouro, na revelação bíblica. 

10. Mas, quando aquele que é perfeito vier – Quando da morte, e no último dia. 

Aquilo   que   está   em   parte   desaparecerá   –   Tanto   aquele   pobre,   deficiente,   imperfeito  
vislumbre de luz, que é todo o conhecimento que agora podemos obter; e esses métodos  
vagarosos, e insatisfatórios de obtê­lo, assim como de comunicá­lo a outros.  

11. Em nosso estado presente, nós somos meras crianças, no que se refere ao conhecimento, 
comparado com o que deveremos ser daqui por diante. 

Eu coloco de lado as coisas infantis – Por iniciativa minha, prontamente, sem preocupação.

12. Agora vemos – Até mesmos as coisas que nos rodeiam. Como que através de um vidro 
– Ou espelho, que reflete apenas as formas imperfeitas, de uma maneira ofuscada, fraca, 
obscura; de modo que nossos pensamentos a respeito delas são intricados, e tudo é uma 
espécie de enigma para nós. 
Mas, então – Deveremos ver, não um reflexo fraco, mas os próprios objetos.

Face a face – Distintamente.

Agora eu sei, em parte – Até mesmo quando o próprio Deus revela as coisas a mim, grande 
parte delas é ainda mantida sob um véu.

Mas,   então,  eu   conhecerei,   igualmente   como   sou  conhecido   –  De   uma   maneira   clara,  
completa, abrangente;  em  alguma medida, como Deus, que penetra no centro de todo  
objeto, e vê, de um relança, através de minha alma e todas as coisas. 

13. Fé, esperança e amor – São a soma da perfeição na terra; somente o amor é a soma da 
perfeição no céu. 

CAPÍTULO 14

1.  Siga o amor – Com zelo, vigor, coragem, paciência; ou você não poderá obtê­lo, nem 
mantê­lo. 

E – No lugar deles, como subserviente a isto. 

Deseje os dons espirituais, mas especialmente aquele que você possa profetizar – A palavra 
aqui não significa predizer coisas vindouras; mas, antes, introduzir e aplicar as 
Escrituras.

2.  Ele que fala, em uma língua desconhecida fala, em efeito, não para homens, mas para 
Deus – Quem somente o entende.

4. Edifica a si mesmo – Apenas, a mais favorável suposição. 

A igreja – Toda a congregação.

5.  Maior – Ou seja, mais útil. Por este apenas devemos estimar todos os nossos dons e 
talentos. 

6. Revelação – De algum mistério evangélico. 

Conhecimento – Explicando os antigos símbolos e profecias.

Profecia – Predizer algum evento futuro.

Doutrina – Para regular nossos temperamentos  e vida. Talvez,  este possa ser o sentido 


dessas palavras obscuras. 

7. Como se saberá o que é o que se toca com a flauta ou com a harpa? Que música pode ser 
feita, ou a que finalidade respondeu?

8.  Quem se preparará para a batalha – Exceto aquele que entender os sons da trombeta? 
Suponha um recuo ou uma marcha. 
9. A menos que você ao se expressar através de línguas – Que é miraculosamente dada a 
você.

As palavras sejam facilmente entendidas – Pelos seus ouvintes.

Você irá falar para o ar – Uma expressão proverbial. Você perderá totalmente seu trabalho. 

11. Eu serei um bárbaro para ele – Parecerei falar linguagem ininteligível. 

13. Que ele possa ser capaz de interpretar – O que foi um dom distinto. 

14.  Se eu orar em uma língua desconhecida – O apóstolo, como ele fez em  (I Corintios 


14:6) "E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se  
não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?"; 
a reproduz para si mesmo.

Meu espírito orou – Pelo poder do Espírito, eu mesmo entendi as palavras. 

15.  Eu orarei com o espírito, mas orarei também com o entendimento – Eu usarei meu 
próprio entendimento, assim como o poder do Espírito. Eu não agirei tão absurdamente, 
como a afirmar em uma congregação o que pode edificar ninguém a não ser eu mesmo. 

16. Do contrário, como ele que ocupa o lugar de uma pessoa – Ou seja, algum ouvinte.

Dirá Amém ­ Assentindo e confirmando as palavras de vocês, como se fosse, mesmo então, 
habitual a toda congregação. 

19. Com meu entendimento – De uma maneira racional; de maneira a não apenas entender 
a mim mesmo, mas ser entendido pelos outros. 

20.  Não   sejam   crianças   no   entendimento   –   Esta   é   uma   admirável   proeza   da   oratória 
verdadeira!   Descer   da   altura   de   seus   espíritos,   representando   aquilo   em   que   eles   se 
orgulharam mais, como mera tolice e infantilidade. 

Na maldade, seja crianças – Tenham toda a inocência daquela tenra idade.

Mas, no entendimento, sejam homens adultos – Sabendo que a religião não foi designada  
para   destruir   alguma   de   suas   faculdades   naturais,   mas   exaltar   e   melhorá­las;   nosso  
raciocínio especialmente. 

21.  Está   escrito   na   Lei   –   A   palavra   aqui,   como   freqüentemente,   significa   o   Velho 
Testamento. 

Em línguas estranhas, falarei a estas pessoas – E assim ele o fez. Ele falou terrivelmente 
para eles, através dos Babilônicos, quando eles desprezaram o que ele falara, através dos 
profetas,   que   usaram   a   própria   linguagem   deles.   Essas   palavras   receberam   um 
aperfeiçoamento naquele dia de Pentecostes (Isaías 28:11) "Assim por lábios gaguejantes,  
e por outra língua, falará a este povo".
22. As línguas são entendidas como um sinal para os descrentes – Para conseguir a atenção 
deles, e convencê­los de que a mensagem é de Deus. Considerando que a profecia não é 
tanto para os descrentes, como para a confirmação deles que já crêem. 

23. Ainda assim – Algumas vezes, a profecia é de mais uso, até mesmo para os descrentes, 
do que falando em línguas. Por exemplo: Se toda a igreja se reunir – Em alguma ocasião 
extraordinária. É provável, em tão grande cidade, que eles comumente se encontrem em 
diversos lugares. 

Se lá entram pessoas incultas – Homens cultos teriam entendido as línguas nas quais eles  
falaram. Observa­se que Paulo diz aqui, pessoas incultas ou descrentes; mas no versículo  
seguinte um descrente ou um inculto. Diversos homens maus se reuniram impedindo uns  
aos   outros   através   de   discurso   prejudicial.   Pessoas   simples   são   mais   facilmente  
alcançadas.

24.  Ele é condenado por todos –  Que fala em seu turno, e fala para o coração de seus 


ouvintes.  

Ele é julgado por todos – Cada um diz alguma coisa a qual sua consciência testemunha.

25. Os segredos de seu coração são manifestos – Explicados, claramente descritos; de uma 
maneira que para ele é mais surpreendente e extremamente inexplicável. Quantos exemplos 
disto são vistos mesmo hoje! Assim Deus ainda evidencia sua palavra. 

26. Que coisa é esta, irmãos – Esta é uma outra confusão em meio deles. 

Cada um tem um salmo – Ou seja, ao mesmo tempo, um começa a cantar um salmo; outro a 
entregar a doutrina; outro a falar em uma língua desconhecida; outro a declarar o que tem 
sido   revelado   a   ele;   outro   para   interpretar   o   que   o   primeiro   está   falando;   cada   um 
provavelmente reunindo um pequeno grupo em volta dele, exatamente como eles faziam 
nas escolas de filósofos. 

Que tudo seja feito para a edificação – De maneira a ser proveitoso aos ouvintes. 

27. Através de dois ou três, quando muito – Que não acima de dois ou três falem em uma 
reunião. E isto em seqüência – Ou seja, um depois do outro.

E que um intérprete – Tanto ele mesmo (I Corintios 14:13) "Por isso, o que fala em língua  
desconhecida, ore para que a possa interpretar"; ou, se ele não tiver o dom, algum outro, 
em uma língua comum. Parece que o dom de línguas foi um conhecimento instantâneo de 
uma   língua,   até   então,   desconhecida,   que   ele   que   a   recebeu   poderia,   mais   tarde,   falar 
quando ele achasse apropriado, sem algum novo milagre. 

28.  Que ele fale – Aquela lingual, se ele considera isto proveito a si mesmo, em suas 
devoções pessoais. 

29. Que dois ou três dos profetas – Não mais, em uma reunião.

Falem – Um depois do outro, interpretando as Escrituras.
31. Todos – Que têm aquele dom.

Que todos possam aprender – Tanto por falar quanto por ouvir.

32. Porque os espíritos dos profetas estão subordinados aos profetas – Mas quais fanáticos 
consideram   isto?   Os   impulsos   do   Espírito   Santo,   até   mesmo   em   homens   realmente 
inspirados, de tal modo os ajusta às suas faculdades racionais, de maneira a não privá­los 
do   governo   de   si   mesmos,   como   os   sacerdotes   pagãos,   sob   sua   possessão   diabólica. 
Espíritos maus atiram seus profetas em tal êxtase incontrolável, como a forçá­los a falarem 
e agirem como loucos. Mas o Espírito de Deus permite aos seus profetas o uso claro de seu 
julgamento,   quando   e   por   quanto   tempo,   seja   adequado   a   eles   falaram,   e   não   apressa 
aqueles em algumas impropriedades, quer quanto ao assunto, maneira, ou tempo que falam. 

34.  Que suas  mulheres  fiquem  em silêncio nas  igrejas  – Exceto, se elas  estão sob um 


impulso extraordinário do Espírito. Porque, em outros casos, não é permitido a elas falarem 
– Por via do ensino nas assembléias públicas. 

Mas   estejam   em   sujeição   –   Ao   homem   cujo   ofício   apropriado   é   conduzir   e   instruir   a 


congregação (Gênesis 3:16) "E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a  
tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te  
dominará".

35. E mesmo que elas desejem aprender alguma coisa – Ainda assim, elas não devem falar 
em público; mas perguntar aos seus próprios maridos em casa – Este é o lugar, e aquelas 
pessoas para inquirir a respeito. 

36. Será que vocês de Corinto são os primeiros e os únicos cristãos? Se não, acomode­se 
aqui aos costumes de todas as igrejas.

37. Ou espiritual – Dotado com algum dom extraordinário do Espírito.

Que ele ­ Prove isto, reconhecendo que eu agora escrevo através do Espírito.

38. Que ele seja ignorante – Seja isto, por seu próprio risco.

39. Portanto – Para resumir o todo.

40. Apropriadamente – Através de cada indivíduo.

Em ordem – Através de toda a igreja.

CAPÍTULO 15

2. Vocês estão salvos, se, se apressarem – Sua salvação começou, e será aperfeiçoada, se 
vocês continuarem na fé. 

Exceto, se creram em vão – A menos que, na verdade, sua fé fosse apenas uma ilusão.
3. Eu recebi – Do próprio Cristo. Foi uma alegoria minha (Isaías 53:8, 9) "Da opressão e  
do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra  
dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura  
com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve  
engano na sua boca".

4. De acordo com as Escrituras – Ele prova isto, em primeiro lugar, das Escrituras, então, 
do testemunho de uma nuvem de testemunhas (Salmos 16:10) "Pois não deixarás a minha  
alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção".

5.  Através dos doze – Este foi um apelo firme deles; mas o número completo deles não 
estava, então, presente. 

6. Acima de quinhentos – Provavelmente na Galiléia. Uma prova gloriosa e incontestável! 
A maior parte permaneceu – Viva.

7. Então, através de todos os apóstolos – Os doze foram mencionados (I Cortintios 15:5) 
"E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze". Este título aqui, portanto, parece incluir os 
setenta; se não todos aqueles, igualmente a quem Deus, mais tarde, enviou para plantar o 
Evangelho nas nações pagãs. 

8. E precocemente nasce – Foi impossível humilhar­se mais do que ele o fez, através desta 
simples apelação. Como um aborto não é digno do nome de um homem, assim, ele se 
afirma não ser digno do nome de um apóstolo. 

9.  Eu persegui a igreja – Cristãos verdadeiros são humildes em todas as suas vidas, até 
mesmo pelos pecados que cometeram antes que cressem. 

10. Eu trabalhei mais do que eles todos – Ou seja, mais do que algum deles, do profundo 
senso   do   amor   peculiar   que   Deus   mostrou   a   mim.   Ainda   assim,   para   falar   mais 
propriamente, não sou eu, mas a graça de Deus que está comigo. Isto é o que, a princípio, 
me qualificou para a obra, e ainda me estimula ao zelo e diligência nela. 

11. Tanto eu quanto eles, assim, nós pregamos – Todos nós falamos a mesma coisa. 

12. Como dizem alguns – Os que provavelmente tinham sido filósofos pagãos. 

13. Se não existe ressurreição – Se isto for uma coisa redondamente impossível. 

14. Então, nossa pregação – Da incumbência supostamente dada depois da ressurreição.

É vã – Sem qualquer fundamento verdadeiro.

15.  Se o morto não ressuscitar – Se a própria noção de uma ressurreição for, como eles 
dizem, absurda e impossível.

17. Vocês ainda estão em seus pecados – Ou seja, sob a culpa deles. De maneira que existe 
necessidade de alguma coisa mais do que reforma (que foi plenamente forjada), com o 
objetivo de eles serem libertos da culpa do pecado, mesmo da expiação, a suficiência da 
qual Deus atestou pela ressurreição de nosso grande Fiador. 
18. Eles que dormem em Cristo – Que morreram por Ele, ou crêem Nele.

Estão perdidos – Perderam sua vida completamente.

19. Se nesta vida tivermos apenas esperança – Se olhamos para o nada além da sepultura. 
Mas se nós temos uma evidência divina das coisas não vistas, se temos  "uma esperança 
completa da imortalidade";  se nós agora testamos  "dos poderes do mundo vindouro",  e 
vemos "a coroa que não se desvanece", então, não obstante todas as nossas provas atuais, 
somos os mais felizes de todos os homens.

20. Mas agora – Paulo declara que os cristãos "têm esperança", não "nesta vida apenas".  
Sua   prova   de   ressurreição   se   situa   em   uma   circunferência   estreita  (capítulo   15:12­19) 
"Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós  
que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo  
não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a  
vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois  
testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na  
verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo  
não ressuscitou.  E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos  
vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em  
Cristo, só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens". Quase todo o restante 
do capítulo encarrega­se de ilustrar, vindicar e aplicá­lo. A prova é breve, mas sólida e 
convincente, da ressurreição de Cristo. Agora isto não apenas provou que a ressurreição é 
possível, mas provou que ele é um mestre divino; provou a certeza de uma ressurreição 
geral, que ele tão expressamente ensinou. 

Os primeiros frutos deles que dormiram – A garantia, penhor e segurança da ressurreição 
daquele que dorme Nele: mesmo de todos os justos.  É da ressurreição desses, e desses 
apenas, que o apóstolo fala, através de todo este capítulo. 

22. Como através de Adão, todos, até mesmo o justo, morreram, assim, através de Cristo, 
todos esses deverão viver – Ele não diz: "Deverão reviver" (tão naturalmente quanto eles 
morrem), mas que deverão ser feitos vivos, através do poder que não pertence a eles. 

23.  Mais   tarde   –   A   colheita   toda.   Ao   mesmo   tempo   em   que   o   pecaminoso   ressuscita 
também. Mas eles não são aqui levados em consideração. 

24. Então – Depois da ressurreição e do julgamento geral. 

Vem o fim – Do mundo; o grande período de todos aqueles cenários que apareceram para 
tantas gerações sucessivas. Quando ele entregará o reino ao Pai, e ele (o Pai) abolirá toda a 
regra adversa, autoridade e poder – Não que o Pai, começará, então, a reinar, sem o Filho, 
nem o Filho cessará, então, de reinar. Porque no reino divino, ambos, Pai e Filho, são de 
eternidade a eternidade. Mas isto é falado do reino mediador do Filho, que será, assim, 
entregue, e o reino imediato ou a soberania do Pai, que, então, começará. Até lá, o Filho 
realiza o trabalho que o Pai deu a ele, por aqueles que são dele, e através deles, assim como, 
através dos anjos, com o Pai, e contra seus inimigos. Tanto quanto, o Pai deu o reino para o  
Filho, o Filho o devolverá ao Pai (João 13:3) "Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado  
nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus".Nem o Pai cessa 
de reinar, quando ele o dá ao filho; nem o filho, quando ele o entrega ao Pai, mas a glória 
que ele tinha antes do mundo começar (João 17:5) "E agora me glorifica tu, ó Pai, junto  
de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse"; (Hebreus 
1:8) "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de  
eqüidade é o cetro do teu reino"; irá permanecer mesmo depois que este é entregue. Nem 
ele   cessará   de   ser   rei,   mesmo   em   sua   natureza   humana  (Lucas   1:33)  "E   reinará  
eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim".Se os cidadãos da nova Jerusalém 
deverão   reinar   para   sempre  (Apocalipse   22:5)  "E   ali   não   haverá   mais   noite,   e   não  
necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão  
para todo o sempre", quanto mais Ele?

25. Ele deverá reinar – Porque assim está escrito.

Até que Ele ­  o Pai coloque todos os seus inimigos sob seus pés (Salmos 110:1) "Disse o 
Senhor ao meu Senhor: Assenta­te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por  
escabelo dos teus pés". 

26. O último inimigo que é destruído é a morte – Ou seja, depois que satanás e o pecado 
são destruídos (Hebreus 2:14) "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue,  
também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o  
império   da   morte,   isto   é,   o   diabo";  (I   Corintios   15:26)  "Porque,   se   os   mortos   não  
ressuscitam,   também   Cristo   não   ressuscitou".   Na   mesma   ordem,   eles   prevaleceram. 
Satanás introduziu o pecado, e o pecado produziu a morte. E Cristo, quando ele do passado 
comprometeu­se com esses inimigos, primeiro dominou satanás, então, o pecado, em sua 
morte; e, finalmente, a morte, em sua ressurreição. Na mesma ordem, ele livra todo o fiel 
deles, sim, e eles mesmos destroem esses inimigos. A morte ele assim destrói, para que ela 
não mais exista; o pecado e satanás, para que eles não mais danifiquem seu povo. 

27.  Sob ele – Sob o Filho  (Salmos 8:6, 7)  "Fazes com que ele tenha domínio sobre as  


obras das tuas mãos; tudo, tu puseste debaixo de seus pés. Todas as ovelhas e bois, assim  
como os animais do campo".

28.  O Filho também estará sujeito – Deverá entregar o reino mediador. Para que o trino 
Deus possa ser tudo em todos – Todas as coisas (conseqüentemente, todas as pessoas), sem 
qualquer   interrupção,   sem   a   intervenção   de  criatura   alguma,   sem   a   oposição   de  algum 
inimigo, deverá estar subordinado a Deus. Todos deverão dizer: "Meu Deus, e meu tudo".  
Esta é a finalidade. Até mesmo um apóstolo inspirado pode ver nada além disto. 

29.  Que são batizados no lugar do morto – Talvez, batizados na esperança de bênçãos a 
serem recebidas  depois que eles se numerarem aos mortos. Ou  "batizados no lugar do  
morto" –  Daqueles que justamente tombaram pela causa de Cristo: como soldados que 
avançam no lugar de seus companheiros que caíram exatamente diante deles. 

30. Por que estamos nós – Os apóstolos.

Também em perigo a toda hora – É claro que podemos esperar nenhuma melhora nesta 
vida.

31. Eu faço conhecido, através do regozijar­se de vocês, o qual eu tenho ­ O qual o amor 
torna meu.
Que eu morro diariamente – Diariamente, eu estou na garganta da morte. Além de que eu 
vivo, por assim dizer, em um martírio diário. 

 32. Se falar, segundo a maneira de homens – Ou seja, para usar de uma frase proverbial, 
expressiva do perigo mais eminente, eu tenho lutado com bestas selvagens em Éfeso – Com 
a fúria selvagem ou a multidão sem lei  (Atos 19:29)  "E encheu­se de confusão toda a  
cidade e, unânimes, correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedônios,  
companheiros de Paulo na viagem", etc. Isto parece ter sido exatamente antes. 

Vamos comer... – Nós poderíamos, naquela suposição, também dizer com os epicuristas: 
Que façamos o melhor desta vida curta, vendo que não teremos outra porção. 

33. Não sejam enganados – Por tais conselhos perniciosos como este.

As informações más corrompem as boas maneiras – Ele se opõe aos epicuristas dizendo, 
um bem conhecido verso do poeta Menader. Informações más – Discurso contrário à fé, à 
esperança, ou amor, naturalmente tendem a destruir toda santidade. 

34.  Acordem – Uma exclamação  cheia  de majestade  apostólica.  Chacoalhem­se de sua 


letargia! Para a retidão – Que flui do verdadeiro conhecimento de Deus, e implica que toda 
sua esteja amplamente desperta. 

E não peque – Ou seja, e você não pecará. O pecado supõe sonolência da alma. Existe 
necessidade de pressionar isto. Porque alguns em meio a vocês não têm o conhecimento de 
Deus – Com todo o conhecimento alardeado deles, eles são totalmente ignorantes do que é 
mais concernente a eles saberem. 

Eu falo isto para sua vergonha – Porque nada  é mais vergonhoso do que a ignorância  
sonolenta de Deus, e da palavra e obras de Deus; nestes especialmente, considerando as  
vantagens que eles desfrutaram.  

35. Mas alguém possivelmente dirá: Como os mortos ressuscitarão, depois que toda a sua 
estrutura se dissolver? E com que tipo de corpos eles virão novamente, depois destes se 
desfazerem no pó?

36.  Para   inquirir,   concernente   à   maneira   de   ressuscitar,   e   à   qualidade   dos   corpos   que 
ressuscitam,   o   apóstolo   responde,   primeiro,   por   uma   similitude:  (capítulo   15:36­42) 
"Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias,  
não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra  
qualquer semente. Mas Deus dá­lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio  
corpo. Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a  
carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves. E há corpos celestes e corpos  
terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. Uma é a glória do sol,  
e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória  
de outra estrela. Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia­se o corpo em  
corrupção; ressuscitará  em  incorrupção"; e, então,  plenamente  e diretamente  (capítulo 
15:42, 43)  "Semeia­se, em ignomínia, e ressuscitará em glória. Semeia­se em fraqueza,  
ressuscitará com vigor". Que o que tu semeaste, não se apressa para uma nova vida e viço, 
exceto se morre – Passa por uma dissolução de suas partes, uma mudança análoga para a 
morte. Assim, Paulo inverte a objeção; como se ele tivesse dito: Morte está tão longe de 
impedir a vida, que ela necessariamente segue antes dela. 

37. Tu não semeaste o corpo que deverá ser – Produzido da semente depositada no solo, 
mas um simples grão nu, largamente diferente do que, mais tarde, ressuscitará da terra. 

38.  Mas Deus – Não tu, ó homem; não o grão em si mesmo, dá a ele um corpo, como 
agrada a ele, do momento em que ele distinguiu as várias espécies de seres; e cada uma das 
sementes, não apenas dos frutos, mas animais também (para o qual o apóstolo ressuscita no 
versículo seguinte), seu próprio corpo; apenas peculiar àquelas espécies, mas próprio, para 
aquele individuo, e ressurgindo da substância daquele mesmo grão.  

39. Toda carne – Como se ele tivesse dito: Mesmo os corpos terrenos diferem dos corpos 
terrenos;   e   corpos   celestes   dos   celestes.   Qual   a   surpresa   então,   que   os   corpos   celestes 
difiram dos terrenos? Ou os corpos que ressuscitam destes que estão na sepultura?

40.  Existem também corpos celestes – Como o sol, lua, e estrelas, e existem terrenos – 
como vegetais  e animais. Mas  o maior  esplendor que o ultimo  pode ter  é amplamente 
diferente daquele do primeiro. 

41. Sim, e os próprios corpos celestes diferem uns dos outros.

42. Assim, é a ressurreição do morto – Tão grande é a diferença entre o corpo que cai, e 
aquele que se levanta. 

É semeado – Uma palavra bonita; depositada, como semente no solo. 

Na corrupção – Exatamente pronto para apodrecer, e, pelos vários graus de corrupção e  
declínio, para retornar ao pó de onde ele veio. 

Ele ressuscita na incorrupção – Extremamente incapaz quer de decomposição ou declínio.

43. É semeado em desonra – Ofensivo àqueles que o amaram mais, a natureza humana em 
desgraça! Ele ressuscita na glória – Vestido com mantos de luz, adequado àqueles aos quais 
o Rei do céu se deleita em honrar. 

Semeado na fraqueza – Desprovido, até mesmo, daquela força  tênue, que ele, uma vez,  
desfrutou. 

Ressuscita em poder – Dotado com vigor, força, e atividade, tal como nós não podemos  
agora conceber. 

44. É semeado neste mundo um corpo meramente animal – Mantido com alimento, sono, e 
ar,   como   os   corpos   dos   brutos:   mas   é   ressuscitado   em   uma   estrutura   mais   refinada, 
precisando   de   nenhum   desses   refinamentos   animais,   e   dotado   com   qualidades   de   uma 
natureza espiritual como os anjos de Deus. 

45.  O primeiro Adão foi feito uma alma vivente – Deus deu a ele tal vida como outros 
animais desfrutam: mas o último Adão, Cristo, é um espírito vivificado – Uma vez que ele 
tem vida em si mesmo, então, ele vivifica quem ele quer; dando uma vida mais refinada 
para   seus   próprios   corpos   na   ressurreição.  (Gênesis   2:7)  "E   formou   o   Senhor   Deus   o  
homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito  
alma vivente".

47.  O primeiro homem era da terra, terreno; o segundo homem é o Senhor do céu – O 
primeiro homem, sendo da terra, é sujeito à corrupção e decomposição, como a terra da 
qual ele veio. 

O  segundo homem – Paulo não poderia igualmente dizer: "É do céu, celeste": porque, 
embora o homem deva isto à terra, já que ele é terreno; ainda assim, o Senhor não deve sua 
glória ao céu. Ele mesmo fez os céus, e descendo de lá se mostrou a nós como o Senhor. 
Cristo não é o segundo Adão na ordem do tempo; mas neste aspecto, de que como Adão foi 
uma pessoa pública que agiu no lugar de toda a humanidade, assim foi Cristo. Como Adão 
foi o primeiro representante geral dos homens, Cristo foi o segundo e último. E o que eles 
rigorosamente   fizeram,   conclui,   não   em   si   mesmos,   mas   afetou   todos   aos   quais   eles 
representaram. 

48. Aqueles que são terrenos – Que continuam sem algum princípio mais alto.

Aqueles que são celestes – Que recebem um princípio divino do céu.

49. A imagem do celeste – Santidade e glória.

50. Mas, primeiro, nós devemos ser inteiramente mudados; porque tal carne e sangue como 
nós estamos revestidos agora, não podem entrar naquele reino que é totalmente espiritual: 
nem este corpo corruptível herdar aquele reino incorruptível. 

51. Um mistério ­  Até aqui desconhecido; e ainda não totalmente conhecido de alguns dos 
filhos dos homens. 

Nós – Cristãos. O apóstolo os considera todos como um, em suas gerações sucessivas.

Não deverão todos morrer – Sofrer a separação da alma e corpo.

Mas nós todos deveremos – Quem não morrer, ser mudado – De maneira que este corpo 
animal tornar­se­á espiritual.

52. Num momento – Obra espantosa da Onipotência! E não pode o mesmo poder agora nos 
mudar em santos, num momento? A trombeta soará – Para acordar aquele que dorme no pó 
da terra.

54. A morte é tragada na vitória – Ou seja, totalmente vencida, abolida para sempre. 

55. Ó, morte, onde está o seu aguilhão? – O que uma vez esteve cheio de veneno diabólico. 
Ó,   hades,   o   receptáculo   das   almas   separadas,   onde   está   tua   vitória   –   Tu   estás   agora 
despojado   de   todos   teus   espólios;   todos   os   seus   cativos   estão   em   liberdade.   Hades 
literalmente   significa   o   mundo   invisível,   e   refere­se   à   alma;   morte,   para   o   corpo.   As 
palavras gregas são encontradas na tradução Septuaginta de (Ozeas 13:14) "Eu os remirei  
da mão do inferno, e os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde  
está, ó inferno, a tua perdição? O arrependimento está escondido de meus olhos". (Isaías 
25:8) "Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de  
todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor o disse". 

56. O aguilhão da morte é o pecado – Sem o que, ele não teria poder. Mas este aguilhão, 
ninguém pode resistir, através de sua própria força.

E a força do pecado é a lei – Como é largamente declarado em  (Romanos 7:7)  "Que 


diremos, pois? É a lei, pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão  
pela   lei;   porque   eu   não   conheceria   a   concupiscência,   se   a   lei   não   dissesse:   Não  
cobiçarás"; etc.

57. Mas, graças a Deus, quem nos dá a vitória – Sobre o pecado, morte e hades. 

58. Estejam vocês firmes – Em si mesmos.

Imutáveis – Por outros; continuamente crescendo na obra da fé e trabalho do amor.

Sabendo que seu trabalho não é em vão no Senhor – O que quer que você faça por amor a 
ele,   deverá   ter   sua   completa   recompensa   naquele   dia.   Vamos   também   nos   esforçar, 
cultivando   a   santidade   em   todos   os   seus   ramos,   para   manter   esta   esperança   em   sua 
completa energia; esperando por aquele glorioso dia, quando, na mais extrema extensão da 
expressão, a morte será tragada para sempre, e milhões de vozes, depois do longo silêncio 
da sepultura, irromperão, imediatamente, em uma canção triunfante: Ó, morte, onde está 
seu aguilhão? Ó, hades, onde está tua vitória?

CAPÍTULO 16

1. Os santos – Uma palavra mais solene e mais afetuosa, do que se ele tivesse dito, o pobre. 

Que todos vocês – Não o rico apenas: que ele também que tem pouco, alegremente, dê  
daquele pouco. 

De acordo com que tem prosperado – Aumentando seus donativos como Deus aumenta sua  
prosperidade. De acordo com esta regra menor da prudência cristã, se um homem, quando  
ele tem, ou ganha, uma libra, ele dá a décima parte a Deus; quando ele tem, ou ganha  
cem, ele dá a décima disto também. E ainda assim, eu mostro a vocês um caminho mais  
excelente. Ele que tem ouvidos, que ouça. Não se limite a nenhuma proporção, afinal. Mas  
empreste a Deus tudo que você puder. 

4. Eles virão comigo – Para remover qualquer dúvida possível.

5. Eu passo por Macedônia – Eu proponho seguir este caminho.

7. Eu não verei vocês agora – Não até que eu esteja na Macedônia 

8. Eu estarei em Éfeso – Onde ele foi naquele tempo.

9. Uma grande porta – Quanto ao número de ouvintes.
E eficaz – Quando aos efeitos forjados juntos a eles.

E existem  muitos  adversários  – Como  deve sempre  haver onde o reino  de satanás  faz 


estremecer. Esta foi outra razão para sua permanência lá.

10. Sem medo – De qualquer um menosprezá­lo por sua juventude.

Porque ele realiza a obra do Senhor – O fundamento verdadeiro da reverência a pastores. 
Aqueles que assim fazem, ninguém deverá menosprezar. 

11. Procuro­o com os irmãos – Que o acompanhem.

12. Eu suplico muito a ele – Para vir até vocês.

Com os irmãos – Que estavam, então, indo a Corinto.

Ainda assim, de modo algum, ele estava disposto a vir agora – Talvez, a fim de que sua 
vinda não pudesse aumentar as divisões em meio a eles. 

13. Para concluir.

Vigiem – Contra todos os seus inimigos visíveis e invisíveis.

Portem­se como homens – Com coragem e paciência.

Sejam fortes – Para fazer e suportar todas as vontades Dele.

15. Os primeiros frutos da Acaia – Os primeiros convertidos naquela província. 

16. Pars que vocês também – Da sua vez.

Submetam­se a tais – Assim retribuindo o serviço gratuito deles.

E cada um que lida e trabalha conosco – Os trabalhadores no evangelho tanto com ou sem 
um colaborador. 

17.  Eu me regozijo com a vinda de Estéfanas, e Fortunato, Acaico – Que estavam agora 
retornando a Corinto, mas a alegria que a chegada deles ocasionou, permaneceu ainda em 
seu coração.

Eles supriram o que estava faltando naquela sua parte – Eles executaram os ofícios do 
amor, que vocês não poderiam, devido à ausência de vocês. 

18. Porque eles renovaram meu espírito e o de vocês – Visto que vocês compartilharam do 
meu conforto.

Tal, portanto, reconhecem – Com adequado amor e respeito.

19.  Áquila e Priscila tinham anteriormente feito algumas moradias em Corinto, e lá, a  
familiaridade de Paulo com eles começou (Atos 18:1­2) "E, depois disto, partiu Paulo de  
Atenas, e  chegou a Corinto. E,  achando um  certo judeu  por  nome  Áqüila,  natural  do  
Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha  
mandado que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou­se com eles".

21. Com minha própria mão – O que precede tendo sido escrito, através de um copista.

22.  Se algum homem não ama o Senhor Jesus Cristo – Se algum for um inimigo de sua 
pessoa,   oficiais,   doutrinas,   ou   mandamentos.   Que   ele   seja   um   anátema   ­   Maran­atha­
Anathema significa uma coisa devotada à destruição. Parece ter sido costume dos judeus 
daquela época, quando eles declaravam algum homem um anátema, acrescentar a expressão 
siríaca, Maran­atha, ou seja, "O Senhor vem"; quer dizer, para executar vingança sobre ele. 
Esta sentença grave, o apóstolo escolheu escrever com sua própria mão; e inseri­la entre 
suas saudações e bênçãos, para que fosse mais atenciosamente considerada.

izilda bella

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