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O Livro intitulado “Um pastor segundo o coração de Deus” foi escrito por Eugene
H. Peterson, ele foi um ministro, estudioso, teólogo, autor e poeta norte-americano. Ele
escreveu mais de 30 livros, inclusive este que é descrito por ele como: um antídoto para
algumas práticas superficiais e, especialmente, seculares, que fazem parte do ministério
pastoral da atualidade.
O autor aborda um tema relevante e atual que tem ocorrido nas igrejas, ele nos
ajuda de uma certa perspectiva a observar o que tem se tornado o ministério pastoral nos
nossos dias e isso de certa forma chama a nossa atenção, com um olhar crítico aprendemos
como deve e como não deve ser o nosso futuro ministério, e serve de alerta para os
pastores que têm atuado em reais ministérios.
Nos é apresentado exemplos reais de líderes dos nossos dias e o autor se preocupa
em relatar o que tem acontecido com esses líderes, nos apresentando um modelo de como
deve funcionar o ministério, alistando três coisas essenciais e que não podem faltar na
vida ministerial de um pastor, tais coisas se tornaram tópicos abordados no livro de forma
mais trabalhada, são elas: a oração, as Escrituras e a orientação Espiritual.
Ele está nos mostrando que os pastores buscam satisfazer os desejos da igreja,
como se fossem clientes, e não buscam satisfazer a verdadeira necessidade que é a
espiritual, isso deixa qualquer um indignado, estamos vivendo dias sombrios onde os
homens buscam apenas satisfação e quando encontram uma igreja cujo líder tem o perfil
de fazer o gosto do cliente é inevitável que se tenha uma igreja cheia, porém deficiente.
O autor traz uma grande verdade dita por Martin Thornton: “Uma congregação
enorme é algo bom e agradável, mas a maior parte das comunidades precisa mesmo é de
alguns santos. A tragédia é que pode ser que eles estejam lá, como embriões, esperando
ser descobertos, precisando de treinamento eficiente, aguardando ser libertados do culto
à mediocridade”.
Essas são palavras pesadas, que retratam bem essa infeliz prática de homens que
negligenciam aquilo que deveria ser um tesouro em suas mãos, o privilégio que lhes foi
confiado é constantemente negligenciado, eles esqueceram o verdadeiro propósito e
vivem sem nenhum peso em suas consciências.
O ministério deve ser recheado por oração, leitura bíblica e orientação espiritual,
talvez o termo recheado não seja a palavra mais adequada nessa ocasião, mas digo isso
pelo fato de que o chamado já é um grande privilégio, agora imagine só isso que já é tão
grandioso ser cercado por outros privilégios, oração é um privilégio, é como falamos com
Deus, leitura bíblica é ouvir Deus falando a nós e orientação espiritual é outro grande
privilégio, é como um recheio que dá sentido ao maior dos privilégios, o chamado.
Quando o autor começa a falar especificamente da oração, ele diz algo que chama
minha atenção e me faz discordar dele, ele diz o seguinte “os pastores são continuamente
submetidos a uma indignidade, quando um grupo se reúne, para uma reunião ou refeição
e lhe pede: ‘Pastor, o Senhor poderia fazer uma oraçãozinha para começar?’” (p. 42).
Esse talvez tenha sido o único trecho que me causou uma certa indignação, mas
não é nada grave, essa obra não é inspirada, muito menos o autor e por essa razão é
passível de erros, porém na obra como um todo é muito bem escrita, fácil de ler e prende
nossa atenção no bom sentido, pois ela nos faz ver nosso futuro ministério e até mesmo o
atual para quem já está no ministério e nos exorta a não negligenciar aquilo que é
essencial.