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Orai sem cessar – Novembro/2005

19 de junho de 2018/0 Comentários/em Wanderley da Silva /por admin

Oportuna análise da recomendação


paulina presente na Carta
aos Tessalonicentes 5: 17

Orar é o melhor remédio para todas as crises e carências humanas. Sem oração, a
vida cristã torna-se árida. A oração é a chave nas mãos da fé que pode abrir o
celeiro do céu, onde estão os inesgotáveis recursos divinos. É pela oração que
nós abrimos o coração a Deus. Por isso devemos empregar esforços e táticas para
conservar aberta a comunhão entre Ele e nós (Salmo 42:8).

Através de todos os tempos, os homens têm sentido a necessidade de orar,


tornando-se piores ou melhores, consoante o grau de intensidade e persistência
com que o fazem (Atos 10: 1-4)

O grande pregador Moody disse o seguinte acerca da oração:

“A oração é a porta pela qual Deus opera a sua vontade soberana em nossas
vidas. Um filho de Deus se vê mais apoiado nos joelhos do que um filósofo na
ponta dos pés.” Isto é tão verdade que a própria experiência nos revela o grande
alcance e o superior efeito da oração. Jesus iniciou e terminou o seu ministério
voltado para oração.

É inconcebível:

Felicidade ou vitória, sem darmos graças.

Esforços diários coroados de êxito, sem Deus partilhar.

Problemas difíceis, sem Deus para aconselhar.

Impotência e fraqueza, sem pedir auxílio a Deus.

Desgostos, sem recorremos a Deus para consolação.

Aflições, sem o socorro divino.


Há muita solidão e tristeza numa vida sem oração.
O que a oração não é:

não é um argumento bem idealizado


para tentar convencer a Deus;

não é uma imposição para o agir de Deus;

não é um meio de persuasão para Deus agir;

não deve ser apenas um rol de pedidos


para benefício pessoal;

não pode ser meras repetições.

O que a oração é:

é trabalho e é poder;

é uma solene correspondência entre nós e Deus;

é a porta para a mais íntima comunhão


e convivência com Deus;

é a nossa respiração espiritual;

é uma transação entre nós e Deus;

é um refúgio para o fraco;

é um reforço para o forte;

é a chave para a direção divina;

é um dos fatores mais importantes para moldar


o caráter em conformidade com o propósito divino;

é um mandamento;

é o maior privilégio que nós possuímos;

é a expressão de necessidades e gratidão.


Moody também dizia que não há registros de Jesus ter ensinado os seus
discípulos a pregar, mas ensinou-os a orar. Como um pai ou mãe tem prazer em
que o filho converse com ele(a), lhe faça confidências, lhe peça conselhos ou fale
dos seus problemas, também Deus tem prazer em que os seus filhos procedam do
mesmo modo. A oração do homem íntegro é o seu contentamento (Provérbios
15:8). Devemos dar, frequentemente, a Deus este prazer.

Geralmente as orações são feitas sob o peso das necessidades. Mas, pondo os
nossos interesses de parte, oração deverá ser essencialmente desejo de conviver
com Deus. O anseio pelas coisas espirituais, a avidez de descobrir os mistérios
divinos, a sensação interior que se traduz por fome de Deus, é que determinam a
frequência e intensidade que a oração tem nas nossas vidas (Salmo 42:1 e 2).

Para chegar a Deus – diz o filósofo brasileiro Hermógenes – é simples: basta que
tenhamos por Ele a mesma avidez que o peixe fora de água tem por lá voltar. O
cristão deve ter a sensação permanente da presença de Deus.

Um fabricante de produtos de vitaminas, na sua campanha publicitária, chamou à


avitaminose e falta de elementos nutricionais na nossa estrutura física de fome
oculta. As pessoas podem saciar a fome com uma refeição abundante; mas nem
sempre se alimentam, por isso ele designou a avitaminose dessa maneira.

Infelizmente as pessoas hoje também padecem de fome espiritual oculta. O


mundo está cheio de desespero, tristeza, sofrimento, ansiedade; o que precisamos
não é de mais religião, mas de uma experiência espiritual autêntica com Deus.
Apresente-se no lugar de oração! Uma vida que tenha por alicerce uma
experiência genuína com Deus poderá resistir a qualquer temporal.

A presença de Deus em nossa vida é uma necessidade absoluta. Sem Deus


presente na vida coletiva da igreja ou na vida particular de cada membro, é
impossível permanecer, prosperar e vencer. E nenhum cristão poderá atingir
apreciável crescimento espiritual sem intensiva oração, pois ela é o único veículo
de correspondência entre Deus e nós e a única forma de requerer e manter a sua
presença.

Você tem orado?


———–
Fonte: Jornal Aleluia de novembro de 2005

No coração dos líderes, nasce o clamor pelo


avivamento – Setembro/2006
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Wanderley da Silva /por admin

Avivar é dar vida, trazer de volta


aquilo que já foi. Para experimentá-lo
é preciso que as pessoas reconheçam
sua necessidade

O clamor pelo avivamento precisa ter seu início no coração dos líderes, conforme
o livro de Joel. Seu apelo foi “Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre
o alpendre e o altar”, 2: 17. Porém, é necessário levar o povo à fonte: “Convertei-
vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com
pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao
SENHOR, vosso Deus…”, 2: 12-13.

Nossa amada igreja possui como slogan este clamor: “Aviva, ó Senhor, a tua
obra”. Que esta seja a oração de cada presbiteriano renovado, especialmente de
seus ministros.

Avivar é dar vida. Reavivar seria, no caso, ressuscitar trazer de volta aquilo que
já foi. Para experimentá-lo é preciso que as pessoas reconheçam a sua
necessidade. O avivamento traz alegria, ousadia, despertamento à igreja. É como
o primeiro milagre que Jesus realizou: quando só havia água, aí, então, Ele agiu e
transformou-a em vinho, Jo 2: 1-11.

Um tempo da busca ansiosa

Todo movimento de avivamento é precedido do cálice da frieza e indiferença


generalizada. É o caso, inclusive, de se sentir na pele a solidão diante de um
“vale de ossos secos” que torna evidente a miséria reinante, onde se pode ver
com clareza a desistência de muitos.
Por isso, vemos que os reavivamentos ocorridos na história da igreja sempre
foram iniciados a partir de um remanescente que teve de enfrentar a oposição da
maioria que sempre preferiu reclamar do estado caótico em vez de buscar a
solução através do quebrantamento diante de Deus, a fim de que a terra fosse
sarada, 2 Cr 7: 14.

A igreja só poderá conquistar o coração do mundo quando tiver seu coração


conquistado por Jesus, Sl 62: 8. Cristo não pode nos possuir até que sejamos
verdadeiramente quebrantados. Precisamos semear com lágrimas para vermos o
fruto ou tomarmos posse das promessas que plantamos com fé, Sl 126: 1.

Um tempo de refrigério

Deus faz de seus ministros “labaredas de fogo”, Hb 1: 7, e, ao iniciar, o


avivamento se alastra como fogo e passa a envolver um número ilimitado de
pessoas, gerando arrependimento de pecados, salvação de vidas, despertamento
missionário e maior zelo pelas coisas de Deus. O resultado sempre é estrondoso.

Diante do intenso ardor causado nos corações dos cristãos, tem início uma
batalha contra as próprias fortalezas do mal, saqueando as vidas que estão sob o
jugo de Satanás. Isso resulta em conversões de pessoas e famílias que jamais se
imaginaria fossem dar esse passo, pois passamos a empunhar “as armas da nossa
milícia que não são carnais, mas são poderosas em Deus para destruição das
fortalezas” (2Co 10: 4). O fogo inflama como em madeira seca.

Robert Murray McCheyne, séc. XIX, na Escócia, buscou ansiosamente pelo


avivamento e, quando ele veio foi descrito como “uma enchente represada,
rompendo todos os obstáculos”. Lágrimas corriam de muitos olhos, e algumas
pessoas caíam no chão, gemendo e clamando por misericórdia. Daquela noite em
diante, houve reuniões diariamente por muitas semanas. A cidade inteira foi
abalada. Muitos crentes duvidaram; outros se enfureciam; mas a Palavra de Deus
crescia poderosamente e prevalecia. Houve casos em que famílias inteiras foram
convertidas ao mesmo tempo.

No entanto, não se pode ignorar que junto com a beleza das rosas há os espinhos,
que são os oposicionistas, aqueles se intitulam os “guardiões do modo como
Deus deve agir”. Um exemplo disso foi quando Deus abençoou Andrew Murray
e a Igreja Reformada da cidade do Cabo com um avivamento. O Espírito desceu
e operou poderosamente, mas ele enfrentou muita oposição.

A meu ver, pode-se até medir a profundidade do avivamento pela quantidade de


perseguição que enfrenta. Alguns pastores da mesma Igreja de Murray disseram
que ele ensinava uma doutrina falsa, que havia saído dos trilhos, mas a palavra do
Senhor prevalecia.

Os estragos que são produzidos na igreja, bem como a falta de mergulhar


intensamente na obra de evangelização e destruição das obras do maligno,
procedem dos próprios crentes – não dos ímpios! Eles não nos causam muitos
problemas, mas sim, aqueles que se consideram crentes e que, na realidade, são
mornos e, por isso, causam mal-estar ao Senhor Jesus, Ap 3: 15.

Mas quando a igreja está vivendo o mover de Deus em seu interior, ela jamais
temerá qualquer crítica ou oposição, pois as portas do inferno não vão prevalecer
diante dela, Mt 16: 18.

Um tempo de perseverança na unção

Ao estudarmos a história da igreja e os avivamentos que aconteceram, podemos


encontrar os desistentes que se fizeram de vítimas diante da tendência humanista
de, pouco a pouco, se cansar e abandonar tudo por causa das oposições e críticas
daqueles que não se abriram para receber algo novo de Deus.

A unção sempre foi discutida e questionada, mas só quem a experimenta pode


dizer qual é o seu “sabor”. Tenho comigo uma convicção: aqueles que não dão
liberdade para Deus tocar seus corações, e isto Ele só fará se abrirmos a porta
voluntariamente, certamente serão tocados pelo Diabo, que é especialista em
arrombar corações críticos, frios e indiferentes.

Há de se levar em conta que todo pioneiro do avivamento pagou um alto preço


para que ele viesse e para que fosse alastrado e mantido. Em se tratando de
avivamento, não podemos esquecer que, “se não houver lenha, o fogo se
apagará”, não por ser falso, mas por falta de ser alimentado.
“O fogo do céu não é de segunda categoria, fogo usado, de segunda mão, gasto,
que perdeu a qualidade. Deus tem somente um tipo de fogo: sempre renovado,
claro, inflamado, saltitante e novinho em folha” – (Renhard Bonke).

Muitos dizem orgulhosamente: “eu falei que isso era só fogo de palha”, mas
quem ousaria dizer que o fogo na palha não é fogo? O que faltou foi juntar a
lenha sobre ele. O propósito real do avivamento é fazer mover a máquina,
levando o Evangelho aos corações das multidões que estão “…no vale da
decisão”, Jl 3: 14. Quando isso não é assumido com seriedade, sua chama acaba
diminuindo, pois o mover de Deus é para que a igreja “levante-se e vá…, e não
para que ela se assente e fique lamentando as críticas e oposições”. Não existe no
movimento de avivamento o ministério “esquentador de banco”, ao contrário,
corações avivados não suportam ficar sem ação em hora de luta e de
quebrantamento.

Conclusão

O mesmo Deus que visitou seu povo, em Atos 2, quer fazer uma obra especial
em nossos dias. O mesmo Espírito Santo que esteve na Rua Azusa, há 100 anos,
quer se fazer presente em nossas vidas e em nossas igrejas. Por isso, digo a todos
que “é tempo de buscar ao SENHOR, até que venha e chova a justiça sobre nós”,
Os 10: 12. Bem-vindo, Espírito Santo!

—————–
Fonte: Jornal Aleluia de setembro de 2006

Pr. Rubens Paes é o novo diretor do Aleluia


Fevereiro/2006
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

Palavra do presidente da IPRB


sobre a nomeação do Pr. Rubens Paes
como diretor da Editora Aleluia

A vida é transitória. Tudo passa ligeiramente e tem o tempo certo, Ec 3. O grande


sucesso de um líder reside em sua capacidade de preparar sucessores. Mesmo
porque, como cristãos, precisamos crer que Deus dirige a história. Ele é o
responsável pelo curso da Igreja na terra. Para isso, o Espírito Santo, nosso eterno
Consolador, precisa ter plena liberdade em nosso meio. Neste aspecto, nosso
irmão soube valorizar a direção de Deus

Estamos certos de que, desde o momento em que o professor Joel R. Camargo


decidiu, em oração, entregar a direção do Jornal Aleluia, o Senhor já havia
confirmado e separado a pessoa para ocupar seu lugar. Por isso, podemos afirmar
que não foi propriamente uma opção da Diretoria Administrativa a nomeação do
pastor Rubens Paes, mas sua escolha já estava nos planos de Deus.

O pastor Rubens Paes, que por muitos é chamado de Rubinho, natural de Assis,
SP, nasceu no dia 12/08/61. É casado com Gisele Veríssimo Paes e tem um filho
(Gustavo). Foi recebido como evangelista no rol de obreiros da Igreja
Presbiteriana Renovada do Brasil em dezembro de 83, pelo Presbitério de
Osasco, e ordenado ao pastorado em abril de 87, pelo Presbitério de Londrina.
Bacharelou-se em Teologia, em dez/ 1983. Concluiu sua pós-graduação em Novo
Testamento em 1991, pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo (FTBSP).
Além da formação teológica, graduou-se em Letras, pela Faculdade de Filosofia
Ciências e Letras de Arapongas (FAFICLA), em 1989, e em Direito, pela
Universidade Estadual de Londrina (UEL), em 1995. É, também, pós-graduado
em Direito Civil e Processo Civil pela UEL. Trabalha no setor editorial há muitos
anos. Traduziu alguns livros, coordenou a edição de outros e publicou uma obra
sobre família.

Cremos que Deus proporcionará ao pastor Rubens a capacidade necessária para


que dê continuidade ao trabalho que lhe foi confiado. A Josué, sucessor de
Moisés, Deus disse: “Como fui com Moisés, assim serei contigo, não te deixarei
nem te desampararei”, Js 1: 5. Nossa constante oração é para que Deus continue a
prosperar os caminhos da Gráfica e Editora Aleluia e que ela não seja
simplesmente uma empresa para abastecer o mercado evangélico, mas, acima de
tudo, uma agência evangélica comprometida com o crescimento do Reino de
Deus.

Assim, conclamamos, mais uma vez, a liderança em geral dos Presbitérios, das
Igrejas Locais e a todos os membros da IPRB para prestarem contínuo apoio
espiritual, humano e material à nossa querida Editora Aleluia.
………………..

Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de 2006

Biografia do Pastor Rubens Paes

Origem da IPR de Palmital, SP Julho/2006


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

A Igreja Presbiteriana Renovada


de Palmital, SP, teve seu início
com um trabalho da MISPA

Por Pr. Rubens Paes

Como tudo começou

Em 1984, o presbítero Loudomiro Carneiro era o presidente da MISPA.


Funcionário da CEAGESP, passando a residir em Palmital, convidou o então
evangelista Rubens Paes, primeiro secretário da Missão, para mudar-se para
aquela cidade. Dois eram os objetivos que o presidente da MISPA tinha em
mente. Primeiro, que a Missão tivesse um secretário com tempo integral.
Segundo, a fundação do trabalho presbiteriano renovado naquela cidade com
fortes tradições religiosas não-evangélicas.

Primeira reunião: sete pessoas

Em 25/07/1984 reuniram-se em Palmital, SP, na Avenida Reginalda Leão, 915,


sete pessoas para fundar a IPR naquela cidade. A primeira diretoria do campo
missionário foi constituída pelas seguintes pessoas: presidente, evangelista
Rubens Paes; secretário, presbítero Loudomiro Carneiro; tesoureira, Coraly Júlia
Gonçalves Carneiro.

Em uma casa alugada na Av. Reginalda Leão começaram a ser realizados os


primeiros cultos. Um programa de rádio, que era integralmente custeado pela
saudosa irmã Coraly Júlia Gonçalves Carneiro, foi um precioso meio de
evangelização. As primeiras conversões começaram a ocorrer na cidade.
Também, pessoas que residiam na zona rural ouviam os programas radiofônicos
e foram chegando-se à Igreja.
A IPR de Palmital em 2006

A igreja em Palmital cresceu e está forte, alegre e vibrante. O número de


membros está perto dos 300. Um lindo templo foi construído na cidade, na rua
Coronel Afonso Negrão, 70.

No dia 25 de julho de 2006, a IPR de Palmital, SP, comemorou 22 anos de sua


fundação. A igreja, que hoje congrega quase 300 membros, está sob a liderança
do Pr. Hélio Varella Júnior. A Missão Priscila e Áquila – MISPA – foi
representada no evento pelo Pr. Edson Rodrigues Félix.

Homenagens aos membros


fundadores da Igreja

O Pr. Hélio Varella Jr. convidou os membros fundadores da igreja para


participarem do culto de comemoração dos 22 anos de fundação da Igreja e fez a
todos uma inesquecível homenagem. Homenageou, inclusive, o pedreiro que
trabalhou na construção do templo.

Durante o culto leu a ata da primeira reunião e emocionou os fundadores daquela


igreja. Levou a igreja a cantar os mesmos hinos e trouxe à memória de todos os
sonhos, agora concretizados, que haviam nascido há mais de duas décadas. O Pr.
Rubens Paes, de Arapongas, PR, foi o pregador.

Especial homenagem foi prestada à irmã Aparecida, hoje com 89 anos. Todos os
renovados de Palmital conhecem sua fé e dedicação à obra. Quando a igreja foi
organizada, lá estava ela entre os sete primeiros membros arrolados. Desde 1977,
vinha ela orando pela abertura do trabalho presbiteriano renovado naquela
cidade. E em 1984, já com quase 70 anos, era a mais assídua de todos. E continua
firme nos cultos, beirando agora os 90 anos de idade.

Em Palmital cumpre-se a palavra de Jesus: “….edificarei a minha Igreja e as


portas do inferno não prevalecerão contra ela.”

Texto redigido em 06-07-2006

Sete de outubro: eleições à vista –


Outubro/2010
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

No dia 7 de outubro de 2010, os brasileiros


irão às urnas eleger prefeitos e vereadores.
A escolha de nossos representantes precisa
ser feita com extrema cautela

Recentemente, o pastor batista Paschoal Piragine, de Curitiba, PR, fez um


corajoso pronunciamento de teor político, alertando sua igreja acerca de
determinados posicionamentos tomados pelo partido que está no governo. Até
hoje (22/09/2010), o vídeo já foi visto por mais de dois milhões de pessoas na
Internet (www.youtube.com).

Neste momento devemos abstrair-nos de nossas paixões políticas e partidárias


para fazermos uma reflexão mais aprofundada sobre o que queremos para o
nosso país. Antes de votar, pesquise a vida dos candidatos que você escolheu
para que o representem. Procure saber se eles não estão envolvidos em denúncias
de corrupção.

Precisamos mudar nosso país e podemos fazer isso através do voto. Será que seus
candidatos refletem os pontos de vista que você tem. Que posicionamentos são
defendidos sobre temas éticos e morais, como aborto, união estável entre pessoas
do mesmo sexo, adoção de crianças por casais homossexuais, etc? Que conflitos
há entre os posicionamentos de seu candidato e as convicções que você defende?
Muitos votam sem pensar nessas questões.

O apólogo do espinheiro

A Bíblia contém uma interessante história em que as árvores conversam sobre


qual delas reinaria sobre as demais. A narrativa está em Juízes 9: 7-21 e foi
contada em um momento de crise política em Israel.

As árvores precisavam escolher um rei. Reuniram-se, então, e pediram à oliveira


que reinasse sobre elas. Mas a oliveira recusou-se a assumir tal função. Por causa
disso, as árvores pediram à figueira: “Vem tu e reina sobre nós.” Mas a figueira
também não aceitou o convite. O mesmo aconteceu com relação à videira. Por
fim, as árvores foram falar com o espinheiro. “E o espinheiro respondeu: Se
vocês querem mesmo me fazer o seu rei, venham e fiquem debaixo da minha
sombra. Se vocês não fizerem isso, sairá fogo do espinheiro e queimará os cedros
do Líbano.”

Essa história faz-nos refletir sobre nossa responsabilidade política. Nossas


decisões muitas vezes nos levam em direção à consolidação das instituições
democráticas. Contudo, decisões tomadas incorretamente nos fazem caminhar em
direção ao matadouro.

A fábula das árvores que queriam escolher um rei nos ensina grandes verdades.
Líderes autoritários são como o espinheiro. Não são dados ao diálogo. Eles não
conseguem ocultar sua personalidade dura e intransigente. Revelam-se desde
cedo. O espinheiro aceitou o convite, mas de imediato mostrou-se duro e
irredutível.

A sombra do espinheiro

Se escolhermos mal nossos governantes, estaremos nos abrigando à sombra do


espinheiro. O Presidente da República e os governadores exercem o Poder
Executivo. Senadores e deputados, dentre outras atribuições, têm a
responsabilidade de legislar. Nós, população, vivemos sob o império das leis.
Portanto, pense na procuração que você dará a homens e mulheres que, em seu
nome, farão leis para nosso Brasil.

Um candidato humorista afirma, em sua propaganda política, que não sabe o que
um deputado faz. Mas que, se for eleito, ele vai aprender para contar ao eleitor.
Em todo o Brasil são vistos candidatos que, ao que tudo indica, não têm
condições de exercer nenhum tipo de mandato.

Escolha bem

A Bíblia está repleta de narrativas de cunho político, especialmente no Antigo


Testamento. Tais narrativas mostram descuidos tanto de líderes políticos quanto
do povo. Governantes incautos podem trazer grande insatisfação. O rei Roboão,
sucessor de Salomão, sem qualquer experiência administrativa, sem tato político,
sem capacidade de ouvir os mais experientes, causou uma divisão em Israel.
Portanto, reafirmo, sejamos cuidados. Líderes autocráticos, que não sabem
compartilhar decisões, são perigosos. E também fiquemos atentos aos que,
fazendo-se de democráticos, desejam sustentar projetos pessoais ou de um grupo,
esquecendo-se do povo.

É curioso observar que as “repúblicas democráticas” ou “repúblicas populares”


eram redutos de ditadores. A República Popular da China nada mais é que a
China comunista; a extinta DDR (República Democrática Alemã) era a
Alemanha comunista; a República de Cuba nada mais é do que a república do
senhor Fidel Castro; a República Democrática Popular da Coreia é a Coreia do
Norte. A história é clara quando mostra a força de líderes carismáticos que,
perpetuando-se no poder, subjugaram o povo.

Liberdade de escolha

Está em nossas mãos a escolha. Reflitamos bem antes de elegermos quem


governará o país nos próximos anos. Feita a escolha, teremos de arcar com as
consequências. Não vamos abrigar-nos à sombra do espinheiro.

Quero concluir com duas afirmações de Salomão: “Quando os honestos


governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama.”
Pv 29: 2; Provérbios 29:18: “Um país sem a orientação de Deus é um país sem
ordem. Quem guarda a lei de Deus é feliz.”

……………………

Fonte: Adaptado do artigo publicado no Jornal Aleluia de outubro de 2010, ed.


357, p. 02

Significado de ministério no Novo


Testamento – Julho/1998
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

Compreender o pastorado em sua essência


é uma tarefa a que todo ministro
do evangelho deveria se dedicar. A falta
de entendimento dos mais profundos conceitos
existentes no Novo Testamento
sobre este assunto leva muitos obreiros
a um ministério fraco, que não enfoca
os propósitos de Deus para os que estão
na liderança do rebanho.

Já conheci e também já ouvi falar acerca de pastores que tratam suas igrejas
como se fossem empresas. Outros são dominadores, autocratas, perseguem
aqueles que não compartilham de seus pontos de vista. Tratam o rebanho como
se todos fossem seus subalternos. Que visão deturpada de ministério! Que visão
míope para um chamado tão nobre! Para muitos pastores, ser ministro do
Evangelho é fazer parte de uma elite. Essas pessoas nunca compreenderam sua
vocação.

Fico impressionado com homens da envergadura teológica de Karl Barth, que,


com o renome que possuía, e com tamanha contribuição que deu à Teologia,
enquanto se dedicava ao magistério teológico em Basileia, na Suíça, também se
preocupava com o ministério da pregação em um presídio, e chegou a dizer:
“Entre as minhas atividades em Basileia ainda se deveria mencionar que, para as
minhas pregações ocasionais, a prisão local tornou-se nestes anos o meu púlpito
predileto. (Dádiva e Louvor, Ed. Sinodal, pág. 429). Isso é servir. Na verdade, a
ideia essencial de ministério no Novo Testamento é a de serviço. E a grande
inspiração do ministério de Deus é o exemplo de Jesus: “Pois o próprio Filho do
homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos”.

Ministros servos

Há diferentes termos usados no Novo Testamento para se referir ao trabalho


pastoral, geralmente traduzidos para o português como ministério. Todos
enfocam a ideia de serviço. É muito bonito ler 1Co 4:1: “Assim, pois, importa
que os homens nos considerem como ministros de Cristo…” . Ou também At
26:16: “Porque por isto te apareci, para te constituir ministro…”. O termo grego
que aparece aqui é huperetes, cujo significado sempre está ligado à ideia geral de
serviço.
Huperetes era a palavra grega para designar aquele que rema, portanto, o membro
da tripulação de um navio. Mas referia-se também a qualquer serviçal. O termo
designa o oficial de justiça em Mt 5:25; os serventuários, em Mt 26:58; o
assistente na sinagoga, em Lc. 4:20, o servo auxiliar, At. 13:5; os guardas em Jo
7:32. É como se Paulo dissesse: “que os homens nos considerem como serviçais
de Cristo”. Muito bem traduz a Bíblia na Linguagem de Hoje: “Vocês nos devem
tratar como servidores de Cristo.”

Diákonos é outra palavra largamente usada no NT para se referir ao ministério do


homem de Deus. Quando Jesus disse que veio para servir, Mt 20:28, usa um
verbo que tem essa mesma raiz. O apóstolo Paulo emprega essa palavra para falar
dos ministros do evangelho em 2Co 3:6, etc. A palavra diakonia aparece
traduzida como ministério em 2Co 4:1; 5:18; 1Tm 1:12.

No grego secular, o termo diákonos significava servir à mesa. O trabalho


envolvia sujeição pessoal, que era considerada indigna e indecorosa para um
homem livre. Também poderia referir-se simplesmente a cuidar das necessidades
do lar e, às vezes, era também usado para indicar qualquer trabalho num sentido
mais genérico, como prestar serviço a uma causa. O termo também foi muito
usado no Novo Testamento para referir-se ao trabalho dos diáconos na
assistência social, 1Tm 3:10, 13; Rm 16:1; Fp 1:1; 1Tm 3:8, 12.

Ministros cooperadores

Dois outros termos que aparecem no NT, e com eles vou finalizando este artigo,
são synergon e leitourgon. Synergon, 1Ts 3:2, significa trabalhar juntamente. O
termo aparece em Rm 16:3; 1Co 3:9. A ênfase é a do trabalho conjunto. O
homem de Deus precisa conscientizar-se de que ele é apenas instrumento. Ele
planta a semente, vem outro e rega. Mas quem dá vida e faz crescer é Deus.
Portanto, do Senhor é a glória.

E, finalmente, o termo leitourgos, que está em Romanos 15:16; Fp 2:25. A


princípio, indicava o ato de fazer obras públicas a próprias expensas; fazer
serviço para o povo. A forma mais antiga do termo é composta de laos (povo) e
ergon (trabalho). Daí é que veio esse significado.
Na Septuaginta, tradução do AT para o grego, a palavra refere-se ao serviço dos
sacerdotes e levitas no templo. No NT, em Hebreus, o termo é usado no sentido
ritual sagrado. Veja Hb 8:2. Paulo o utiliza em Rm 15:16, onde parece ter um
significado semelhante ao empregado no AT, indicando um trabalho sacerdotal
do apóstolo, levando os gentios a Cristo. Em Fp 2:25,30, o termo indica
cooperador, ajudador. O ministro é um leitourgos porque cabe a ele fazer
discípulos, cuidar desses discípulos e levá-los ao crescimento na fé, para que se
tornem semelhantes a Jesus.

Portanto, o pastor é um servo que gasta sua vida para ajudar a promover o
crescimento do Corpo de Cristo: “E ele concedeu outros para pastores e mestres
com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço,
para a edificação do corpo de Cristo”, Ef 4:11-12. Seus interesses vão muito além
daquilo que pode nortear o trabalho de qualquer profissional.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia 222, de julho de 1999

“Persiste em ler…” – Março de 2006


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

O mercado editorial cristão tem crescido


de modo extraordinário no Brasil.
A cada mês, o leitor tem à sua disposição dezenas
de novos títulos. São obras acadêmicas, devocionais,
de autoajuda, testemunhos, etc.
A Editora Aleluia se insere nesse contexto,
publicando literatura que ensina e edifica

Como seria bom se todos soubéssemos aproveitar bem a riqueza de conteúdo que
nos é oferecida. Mas, infelizmente, as estatísticas comprovam que o brasileiro lê
pouco, quando comparado aos europeus ou aos norte-americanos. No Brasil, a
média de livros lidos por ano é de 1,8 por pessoa. Na Europa, ultrapassa a casa
dos sete livros por pessoa. E há mais uma agravante na realidade brasileira:
pesquisas revelam que até nos meios universitários há muita dificuldade na
interpretação de textos.
Apesar do triste quadro em que está imersa a cultura brasileira, os evangélicos
levam vantagem no hábito da leitura. Leem mais do que o restante da população.
Leem a Bíblia, leem os textos usados nas escolas bíblicas, leem os autores
cristãos.

O poder da literatura

A literatura é um poderoso instrumento para formar opinião, firmar conceitos,


propagar ideias, criar debates. Há obras que jamais cairão no esquecimento.
Atravessam séculos, milênios e não perdem sua atualidade. A Bíblia é o maior
exemplo. E tantas outras verdadeiras pérolas da literatura mundial permanecem
sendo editadas e influenciando pessoas.

Precisamos ler mais. E devemos ser críticos quando abrimos um livro e


começamos a nos deliciar com ele. O leitor deve ser o grande juiz dos conceitos
que o autor está querendo transmitir.

Diante de tantas opções para alimentar nossas mentes e almas, temos de ser
criteriosos nas escolhas que fazemos.

A fé cristã na mira
de grandes autores

Redigi este artigo para chamar a atenção do leitor para algumas novidades no
mundo editorial secular que têm como objetivo achincalhar a fé.

Muitas obras já foram publicadas com a finalidade de questionar as bases do


Cristianismo. Recentemente, algumas ganharam notoriedade em todo o mundo.
Seja pelo estilo romanceado, seja pela linguagem, foram ganhando força e
criando polêmica. Quero chamar a atenção para duas delas.

Jesus e Javé – Os Nomes Divinos é o título de um novo livro publicado no Brasil.


Em 276 páginas, o autor, Harold Bloom, rebate conceitos fundamentais em que o
Cristianismo se baseia. Ele contesta a ideia de que existe uma cultura judaico-
cristã. Nega qualquer continuidade entre Judaísmo e Cristianismo e opõe-se à
ideia de que o Deus do Antigo Testamento seja uma divindade amorosa, como a
que nós, cristãos, cultuamos.
Uma resenha publicada na revista Veja afirma que o autor apresenta um Jesus
que “mostra pouco afeto por seus discípulos, que parecem escolhidos por sua
incapacidade de entender o que o mestre prega…” (Jerônimo Teixeira, “Deus não
é amor”, Veja, 22/02/ 2006, p. 107).

O Código Da Vinci é outra dessas obras polêmicas que atacam a fé. Milhões de
cópias já foram vendidas em todo o mundo. Escrito por Dan Brown, o romance
propõe a falsidade do Cristianismo. O autor questiona a veracidade histórica da
fé e afirma que Jesus foi casado com Maria Madalena, com quem teve uma filha.

Que respostas temos?

Enquanto alguns autores escolhem como tema de suas obras a crítica ao


Cristianismo, e vendem milhões de exemplares, nós, cristãos, muitas vezes
ficamos apáticos. Não temos respostas para dar àqueles que leem essas obras e
nos questionam sobre pontos da fé que lhes parecem contraditórios.

O apóstolo Pedro orientou seus leitores: “Estando sempre preparados para


responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”, 1 Pe 3:
15.

E a literatura infanto-juvenil:
que livros nossos filhos estão lendo?

Além dos nítidos ataques à fé direcionados ao leitor adulto, nossos jovens e


adolescentes também estão na mira dos escritores. Nos últimos anos, a autora J.
K. Rowling fez sucesso em todo o mundo ao escrever diversos livros cujo
principal personagem é Harry Potter, o mais amado bruxo das crianças e
adolescentes.

Segundo especialistas em comportamento, essa série de obras tem influenciado


muitos jovens leitores e os levado à prática da bruxaria. Artigo publicado pela
Folha de São Paulo, em 06/09/2004, mostra que, por influência do bruxo da
ficção, adolescentes estão se tornando praticantes da bruxaria Wica: “Inspirados
por sucessos como o fenômeno Harry Potter, muitos jovens começam a pesquisar
sobre o assunto na internet e encontram páginas de grupos que promovem
rituais.” (“Folha de São Paulo, Folha-teen, “O Feitiço virou moda”).
As Crônicas de Nárnia

Recentemente, a mídia chamou a atenção para As Crônicas de Nárnia. Esse


trabalho literário merece ser conhecido.

Em dezembro, a famosa obra O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, escrita por


C. S. Lewis, virou filme. Talvez, muitos tenham se assustado com o título e
pensado tratar-se de mais alguma obra que apregoe o ocultismo. Enganou-se
quem pensou assim.

Quanto à obra de C. S. Lewis, não é preciso ter medo algum. Famoso pensador
cristão irlandês, ele escreveu a série As Crônicas de Nárnia voltadas para o
público juvenil. São sete obras que, sem mencionar o Cristianismo ou o nome de
Jesus, tratam de profundas questões concernentes à fé cristã. Usando linguagem
simbólica, personagens mitológicos, o leitor é levado a refletir sobre temas como
redenção, pecado, natureza humana, etc.

Conclusão

Quando Paulo recomendou a Timóteo: “Persiste em ler” (1Tim 4:13), referia-se à


necessidade que o jovem pastor tinha de dedicar-se à leitura das Escrituras.

Diante da riqueza dos debates contemporâneos, de modo nenhum podemos


manter-nos alienados das ideias que circulam no mundo secular e também no
religioso. Devemos, sim, saber filtrar e reter o que é bom. 1Timóteo 4:13.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de março de 2006

Os dons do Espírito Santo – Dezembro/2004


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

Todo movimento de renovação espiritual,


para ser legítimo, precisa aceitar
e pôr em prática, de forma irrestrita,
as doutrinas bíblicas relacionadas
à ação do Espírito Santo.
E uma delas é a existência dos dons espirituais
para os nossos dias. Os dons são ferramentas
que o Espírito de Deus entrega aos crentes, conforme sua vontade e propósito,
sempre visando
à edificação do Corpo de Cristo.

A Igreja está envolvida numa intensa batalha espiritual. Seus conflitos não se
travam contra poderes humanos, mas contra potestades do mal. Por isso, é
importante ter recursos espirituais para lutar contra os poderes que escravizam o
homem, levando-o ao pecado.

Os dons são para hoje ou não?

Para os grupos carismáticos e pentecostais, a atualidade dos dons espirituais é um


fato incontestável. Mas não ocorre a mesma coisa nas igrejas chamadas de
históricas ou tradicionais. Nestas, a não-aceitação da atualidade dos dons sempre
foi motivo de discussões e divisões.

Para alguns teólogos, os dons eram apenas para os dias apostólicos, para a igreja
primitiva. Quem pensa dessa maneira toma por base o texto de 1Co 13: 8-10. A
expressão “quando vier o que é perfeito”, no v. 10, significaria que, ao cessar a
era apostólica, ou quando estivesse completo o cânon do Novo Testamento,
também cessariam os dons. Contudo, a crença de que os dons eram apenas para o
primeiro século da era cristã não é unanimidade nem mesmo dentro das igrejas
históricas.

Os argumentos favoráveis à existência dos dons para os nossos dias são muito
mais convincentes. Há em 1Co 13: 8-10 uma clara referência à volta de Cristo.
Só após a segunda vinda de Cristo é que não mais precisaremos usar os dons.

Jesus prometeu capacitar os crentes para a pregação da Palavra, Lc 10: 19. A


história da Igreja confirma o uso dos dons nos seguintes períodos: IV século –
Irineu, Tertuliano, Crisóstomo e Agostinho; séculos V ao XV, os valdenses, os
albigenses, os jansenitas e os pietistas alemães; no século XIX, os metodistas; os
quakers, Wesley, Whitefield, Moody, além de outros que passaram por essa
experiência.

A diversidade de dons
Os dons têm sua origem na ação do Espírito Santo, 1Co 12: 1-11. Ele é quem os
distribui soberanamente aos crentes, com objetivos específicos, 1Co 12: 7, 11.

Geralmente, ao estudarmos os dons espirituais nos prendemos àqueles


mencionados em 1Co 12. Mas há diferentes listas de dons no Novo Testamento:

Romanos 12: 6-8: profetizar, ministrar, exortar, contribuir, presidir e exercer


misericórdia. O contexto desses versículos enfatiza que todos somos membros do
Corpo de Cristo e dependemos uns dos outros. Cada crente contribui para o
crescimento do Corpo, usando o dom específico que tem recebido.

Efésios 4: 11-16: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores-mestres. Através


desses ministérios os crentes são equipados para o serviço. À proporção que cada
um presta sua contribuição, todo o corpo vai sendo edificado, v. 12, e cada
membro em particular vai crescendo e adquirindo maturidade espiritual, vv. 13-
16.

1Coríntios 12: 4-10: palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de


curar, operações de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de
línguas, interpretação de línguas. Essa passagem, juntamente com os vv. 28 a 31,
se complementa ao narrar os dons do Espírito Santo. No v. 7 o apóstolo ensina
duas grandes lições. A primeira é de que o Espírito concede dons a cada crente:
“a manifestação do Espírito é concedida a cada um…”. Outra lição é a do fim
proveitoso dos dons. Não há distribuição de dom sem finalidade específica.

1Coríntios 12: 28: apóstolos, profetas, mestres, operadores de milagres, dons de


curar, socorros, governar, variedades de línguas.

1Pedro 4: 10-11: falar, servir. O objetivo dessa passagem é acentuar que, se o


crente recebe um dom espiritual, deve empregá-lo a serviço dos outros membros,
conforme o poder de Deus e para a glória do Senhor.

Manifestação do Espírito
no Antigo e Novo Testamentos

Há uma nítida diferença entre o agir do Espírito no Antigo Testamento e no


Novo. No AT, o Espírito Santo agia sobre algumas pessoas específicas, com um
propósito especial, dando-lhes capacidade para executarem certas tarefas. Alguns
exemplos:

Belzaleel recebeu habilidades para trabalhar na obra


do tabernáculo, Êx 35: 30-31;

Otoniel, Gideão, Jefté e outros receberam poder


vindo do Espírito para livrar e governar Israel;

veja também estas ações especiais do Espírito no AT, dando habilidade


específicas a certas pessoas para profetizar, Nm 11:26-27; operar milagres, Js 10:
12-13; ter fé, 1Re 18: 23-30; ter discernimento, 2Rs 5: 25-27; ter sabedoria, 1Rs
4: 29 e Gn 41: 25.

No Novo Testamento, no entanto, há uma nova perspectiva sobre o mover do


Espírito Santo. Vê-se que o Espírito age irrestritamente no Corpo de Cristo. Ele é
o selo que identifica que o salvo é propriedade de Deus, Ef 1: 13; 4: 30. Todo
salvo tem o Espírito, Rm 8: 9. O Espírito é quem habilita os crentes para o
serviço cristão. Ele é o distribuidor dos dons.
Conclusões

Há algumas importantes lições que temos de ter em mente sobre os dons:

1. devemos procurar com zelo os melhores dons, ou seja, aqueles que trazem
edificação aos irmãos, 1Co 12: 31;

2. os dons devem ser usados para o benefício da igreja e não para proveito
próprio;

3. cada cristão deve procurar desenvolver seus dons, 1Tm 4: 14 e 2Tm 1: 6;

4. se os dons não forem bem usados poderão provocar confusão no seio da Igreja,
causando escândalo à obra de Deus;

5. o exercício dos dons espirituais não indica o grau de espiritualidade de uma


pessoa. Compare 1Co 1: 4-7 com 1Co 3: 1-3. Embora os coríntios tivessem
muitos dons, foram chamados de crianças em Cristo. O termômetro para se medir
a espiritualidade de um crente é o fruto do Espírito, Gl 5: 22-23.
6. Os dons só terão valor diante de Deus se forem exercidos com amor.

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Fonte: Jornal Aleluia de dezembro de 2004

O trono da violência – Julho/2000


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

A expressão “trono da violência”


foi usada pelo profeta Amós (6: 3)
para falar de líderes políticos e religiosos
que desrespeitavam o direito do povo
para proteger seus próprios interesses.
Agiam de má fé, lesavam a parte mais fraca.
Todos precisavam calar-se diante deles

Caim matou Abel. Desde então, os relatos bíblicos mostram uma sociedade
impregnada pela maldade. Quem lê o profeta Oseias (4: 2) vê em suas palavras
os crimes retratados todos os dias nos jornais: “O que só prevalece é perjurar,
mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre
homicídios.” Séculos antes de Cristo, a conduta de um povo que dizia conhecer a
Lei do Senhor era vergonhosa.

A violência serve de cenário para a parábola do Bom Samaritano. Jesus refere-se


à conduta dos salteadores que, após terem roubado tudo o que o homem possuía,
o deixaram muito ferido e semimorto.

Violência que atemoriza a sociedade

Pessoas violentas promovem a insegurança da família e da comunidade.


Recentemente um fato abalou o Brasil. Um homem seqüestrou um ônibus no Rio
de Janeiro e, após diversas horas de tensão, o desfecho foi trágico. Uma senhora
que estava sendo usada por ele como escudo humano foi baleada e morreu.
Depois, morreu também o bandido, enquanto era levado ao hospital.

Assaltos a ônibus de turistas, roubos de veículos, seqüestros, crimes cometidos


no trânsito, arrombamentos de residências, estupros são apenas alguns exemplos
de como anda a criminalidade em nosso país. Há pouco tempo, a TV divulgou o
seqüestro de um pastor no Rio de Janeiro. Com idade avançada, ele ficou vários
dias em poder dos bandidos. Sem receber alimentação, ao ser resgatado seu
estado de saúde era extremamente debilitado.

A população sente-se atemorizada, desamparada como parte mais fraca diante da


ousadia dos bandidos e do poderio de suas armas. Os alarmes nos carros, as
grades nas janelas, o seguro que se faz contra roubo são apenas alguns dos
recursos que as pessoas usam para sentir-se um pouco mais protegidas e, assim,
defender seu patrimônio.

Violência que fez o governo


pensar num plano emergencial

Preocupado com a segurança pública, recentemente o governo federal divulgou


um plano que tem como objetivo diminuir a violência em nosso país. Alguns dos
pontos mais importantes são os seguintes: suspensão, por seis meses, da emissão
de registros de arma; criação de um fundo para financiar ações de segurança nos
Estados; desbloqueio de verbas destinadas à construção de penitenciárias
estaduais; projetos de reforma do Código Penal e do Código de Processo Penal;
projetos que autorizem a infiltração policial em organizações criminosas e a
ampliação do programa de proteção à testemunha.

Violência que recebe oposição da Igreja

A Igreja cristã é por natureza pacifista. No Sermão da Montanha, Jesus referiu-se


aos pacificadores como bem-aventurados, porque serão chamados filhos de Deus,
Mt 5: 9. A expressão “Deus da paz” é usada diversas vezes no Novo Testamento
para referir-se ao Senhor. Veja, por exemplo, Rm 16: 20. Um dos requisitos para
alguém ser líder eclesiástico já aos tempos do Novo Testamento é que tal pessoa
não fosse violenta, 1Tim 3: 3.

Na história da Igreja Cristã, há eventos marcados pela violência. Um exemplo foi


o período da chamada “Santa Inquisição”. Atitudes violentas, no entanto, não têm
nada a ver com a essência do Cristianismo e do Evangelho.

O melhor caminho para diminuir a violência


Um plano de combate à violência é, sem dúvida, um importante passo e as
medidas, se devidamente implementadas, com certeza vão inibir a ação dos
bandidos. Mas isso não é tudo. É preciso haver mudanças individuais. Há alguns
dias, o governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, contou uma ilustração
interessante numa de suas entrevistas. Um pai estava trabalhando em casa. O
filho, pequenino, a todo momento o interrompia. Pensando em ocupar o tempo
do filho, o pai pegou um mapa-múndi, recortou-o, separando os continentes, os
mares, etc. Depois, entregou ao filho os pedaços de papel e disse-lhe que só
voltasse quando houvesse juntado as partes corretamente.

Não demorou quase nada e lá estava o menino de volta, com a tarefa realizada. O
pai ficou admirado e perguntou: “como você conseguiu fazer isso tão depressa?”
O filho respondeu: “Eu olhei na parte detrás do mapa e havia figuras de diversas
partes do corpo humano. Fui juntando tudo: cabeça, pescoço, braços, mãos,
tronco, pernas, pés. Quando acabei, olhei do outro lado e o mundo também
estava certinho!”

A lição é clara demais: o caminho para consertar o mundo é consertar, primeiro,


o homem individualmente. E isso, só o Evangelho pode fazer: “E, assim, se
alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas.”, 2Coríntios 5:17.

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Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2000

O poder destrutivo da intolerância –


Junho/2005
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

Uma reflexão sobre Lucas 9: 46-56.

“As leis, por si mesmas, não conseguem


assegurar liberdade de expressão; para que
cada homem exponha seus pontos de vista
sem sofrer penalidade deve haver espírito
de tolerância em toda a população”
                                       
Albert Einstein (1879 – 1955)

Desde o seunascedouro e durantetoda a história da Igreja, o Cristianismo sofre


constantementedoistipos de ataques: os externos, promovidos porforças não-
cristãs que querem barrar a expansão da fé, e os internos, que nascem dentro das
próprias comunidades eclesiásticas.

Exemplo de investidas externas à Igreja são as perseguições movidas pelos


oponentes do Cristianismo, que fizeram milhares de mártires.

Mas há também o que se poderia chamar de autofagia no Corpo de Cristo.


Muitos conflitos nascem dentro da própria comunidade cristã. Surgem
verdadeiros duelos onde cada uma das partes quer fazer prevalecer seus pontos
de vista, sem importar-se com os danos que isso possa trazer.

Um retrato dessa autodestruição pode ser visto nos problemas vivenciados pela
igreja de Corinto, que estava completamente dividida. A dificuldade foi tratada
por Paulo em sua Primeira Carta aos Coríntios. O apóstolo repreendeu com
severidade aqueles que promoviam divisões.

Os cismas na Igreja geralmente ocorrem porque há uma luta por poder. Procura-
se normalmente justificar as divisões por questões doutrinárias. Mas o cerne de
toda problemática geralmente tem a ver com alguma disputa por autoridade e
prevalência de idéias. O orgulho leva à disputa por poder. No texto que nos serve
de base para esta reflexão, os discípulos discutiram sobre qual deles era o maior,
vv. 46-48. Como conseqüência, vieram as atitudes intolerantes.

Sejam de origem externa ou interna, os ataques contra o Corpo de Cristo têm


sempre a intolerância como ponto de apoio. O intolerante não sabe ouvir opiniões
contrárias às suas, não respeita limites, é perseguidor.

Em Lucas 9: 46 a 56, há dois interessantes episódios envolvendo Jesus e os


discípulos. Nos dois casos, o tema da intolerância está presente. Na primeira
narrativa, vv. 49-50, o apóstolo João conta ao Senhor que havia visto um homem
que expulsava demônios em nome de Jesus, porém lho proibira: “Nós lho
proibimos, por que não segue conosco.” Se aquele homem pertencia a um outro
círculo de convivência, raciocina João, como poderia, então, ex-pulsar demônios
em nome de Jesus?
O Senhor, tratando do assunto com extrema sabedoria, disse não à intolerância.
João e os demais apóstolos foram repreendidos pelo Senhor, que disse: “Não
proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós”.

Jesus, assim, condenou a visão míope, unilateral, autofágica e auto-mutiladora.


Aquela atitude de João feria não apenas o homem que fora repreendido, mas o
Reino de Deus. Ao invés de agregar forças, os discípulos estavam desprezando
alguém que poderia fazer um importante trabalho pelo Reino de Deus.

Assim é que, muitas vezes, continuamos agindo até hoje. Basta um ponto de
divergência para que a intolerância se manifeste. E o resultado todos
conhecemos!

Na seqüência da narrativa bíblica (vv. 51-56), há outro episódio curioso.


Novamente, João é um dos que lideram o movimento. Jesus não fora recebido
numa aldeia de samaritanos. Tiago e João, cheios de ira, perguntaram: “Senhor,
queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” E, de novo, Jesus
repreendeu os discípulos. Não havia necessidade de fogo do céu. Estavam ali
almas preciosas que seriam alcançadas pela graça de Deus. Jesus sabia que, mais
tarde, o movimento missionário chegaria aos samaritanos. E, de fato, após um
tempo Filipe pregou o Evangelho àquelas pessoas, At 8: 4-8.

Se desejamos ver igrejas fortes, saudáveis, temos de aprender a ser mais


tolerantes, não-exclusivistas. O modelo ensinado por Jesus é de um coração
fraterno e compreensivo. Atitudes permeadas pelo amor, fruto do Espírito, trarão
mais paz em nossos relacionamentos.

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Fonte: Jornal Aleluia de junho de 2005
O pastor modelo – Junho/2002
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

O trabalho de alguns pastores tem sido alvo


de ferozes críticas na mídia. Os jornais e a TV
não perdoam deslizes e se incumbem de levar
os escândalos aos ouvidos de toda a nação.
Como evangélicos, não gostamos de ver o bom
nome do Evangelho maculado
pelo testemunho inadequado
de homens que deveriam
ser exemplos de vida

Já ao tempo do Novo Testamento, a Igreja sofria certas ameaças. Lobos que se


vestiam de ovelhas rodeavam o rebanho de Jesus. Seus interesses eram egoístas;
seus métodos, espúrios; seu vocabulário, enganador.

O texto de 1Pedro 5: 1-4 é um verdadeiro crivo para separar o bom do mau


pastor. Em dias de mercantilismo da religião, em que pessoas com caráter
doentio promovem escândalos, é necessário que aprendamos com o apóstolo as
atitudes fundamentais de quem deseja pastorear o rebanho de Deus. Ele mostra
três grandes provas a que todo aquele que almeja o pastorado deve se submeter e
ser aprovado.

A prova das motivações

Quais os interesses que levam alguém a optar pelo sagrado ministério? Não pode
ser outro, mas sim a vocação divina. Pedro disse que ninguém pode ir para o
ministério pastoral movido por qualquer tipo de constrangimento. À vocação
divina se atende com espontaneidade, como fizeram os discípulos que, deixando
seus trabalhos e familiares, responderam ao chamado de Jesus, Mt 4: 18-22.

Professores de seminários e de instituições teológicas costumam dizer, nos


primeiros dias de aula, aos alunos: “Se você veio estudar no seminário porque
não conseguiu passar no vestibular, está no caminho errado”. Ministério pastoral
não é segunda opção, não é decisão forçada por circunstâncias humanas.

Ainda quanto às motivações, Pedro cita a “sórdida ganância”. Essa expressão


refere-se a interesses financeiros. Desde o primeiro século, certas pessoas
pensavam no ministério como fonte de ganhos financeiros.

O mercantilismo da fé tornou-se um grande negócio. Há pregadores que usam o


Evangelho como instrumento para enganar o povo em sua simplicidade e
arrebanhar os incautos. Não pensam nas almas perdidas, mas no dinheiro que
podem vir a obter através de contribuições.

A prova do temperamento

Será que para alguém ser pastor é necessário que tenha um determinado
temperamento? É evidente que não. Mas é preciso, sim, que tenha controle de seu
temperamento.

O apóstolo Pedro havia sido um homem impulsivo e volúvel. Num momento


confessara a Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16: 16); logo
depois, ouviu a repreensão: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço,
porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mt 16: 23); numa
circunstância afirmou: “Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão
como para a morte…” (Lc 22: 23); depois disse: “Não conheço tal homem” (Mt
26: 72), negando a Jesus.

O Espírito, contudo, moldou o apóstolo Pedro. Do alto de sua experiência


pastoral, afirmou que todo aquele que pastoreia o rebanho de Deus não pode agir
como “dominador”. Ora, que é isso senão uma afirmação de que o temperamento
de quem exerce o pastorado deve ser completamente submetido ao controle do
Espírito de Deus?

O pastor dominador não é temperante, modesto ou cordato, comportamentos


essenciais mencionados por Paulo em 1Tm 3: 3. O dominador não ouve os
liderados, é autocrático, não permite aos outros fazer escolhas, sente-se dono do
rebanho e faz prevalecer sempre sua vontade. Tal pessoa não serve para o
pastorado, de acordo com o apóstolo Pedro.

A prova do caráter

Finalmente, o apóstolo manda que os pastores sejam modelo para o rebanho.


Essa foi a mesma preocupação que Paulo expressou para com Timóteo:
“Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na
palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1Tm 4: 12).

A palavra grega traduzida por “padrão” nesse versículo é “typos”. Esse termo
(tipo) está relacionado às artes gráficas. O tipo gráfico é um bloco de metal
fundido ou de madeira que tem em uma de suas faces uma determinada gravação
em relevo. Através da impressão são feitas tantas cópias quantas necessárias.
Assim deve ser o pastor: um tipo. Seu caráter deve ser reproduzido no rebanho.

A dura verdade é que há uma crise de comportamento no mundo atual. Essa crise
tem sérios reflexos na igreja. Mas quem não tem condições de ser modelo,
padrão para o rebanho, também não deve exercer o pastorado.

O caráter íntegro e o amor incondicional ao Senhor são marcas daquele que


atendeu à vocação divina. Paulo, em 1Tm 3: 1- 7, enumera as qualificações
necessárias para quem aspira ao ministério.

É impossível ser pastor sem o fruto do Espírito na vida, Gl 5: 22-23. São essas
qualidades que dão condições ao homem de Deus de desenvolver um pastorado
eficaz, produtivo e abençoado.

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Fonte: Jornal Aleluia de junho de 2002

O ministério modelo – Da obra ‘Ministério


Excelente’, 2004
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

Os quatro evangelhos são a grande fonte


de que dispomos para analisar
o ministério de Jesus.
Basta uma leitura rápida desses textos
para nos encantarmos com a beleza
das narrativas e a riqueza de detalhes
e ênfases quando os autores
descrevem a vida do Senhor.

Neste capítulo, (*) nossa atenção se volta para duas passagens dos evangelhos
que resumem os objetivos e as estratégias utilizadas por Jesus: Lucas 4: 18-19 e
Mateus 9: 35-39. São textos curtos, mas permitem ampla reflexão sobre o
trabalho realizado por Jesus como modelo para a ação pastoral hoje.
Lucas 4: 18-19

Em Lucas 4: 18-19, o leitor do Evangelho encontra uma síntese perfeita do


ministério de Jesus. O Senhor havia acabado de passar por um longo período de
jejum e tentação, ao final do qual saíra vitorioso. Estava iniciando seu ministério.
Jesus foi à Galiléia e sua fama já estava se espalhando. Ia às sinagogas, ensinava
e as pessoas ficavam impressionadas não só com o conteúdo de seu ensino, mas
também com a forma como ele expunha as Escrituras. Sua palavra tinha
autoridade (Mc 1: 22).

Chegando a Nazaré, onde fora criado, Jesus dirigiu-se à sinagoga, leu o texto de
Isaías 61: 1-2 e disse que naquele dia aquela palavra profética estava se
cumprindo. A leitura que Jesus fez na sinagoga foi a seguinte:

O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista
aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do
Senhor. (Lc 4: 18-19)

O Espírito do Senhor
está sobre mim, pelo que me ungiu…

Ao dizer que o Espírito do Senhor estava sobre ele, Jesus faz uma grande
distinção entre a ação do Espírito na vida dos servos de Deus do Antigo
Testamento e em sua própria vida. No AT, o Espírito vinha sobre determinadas
pessoas em ocasiões específicas. Dava instruções quanto ao quê deveriam dizer e
as impulsionava a ação. Com Jesus era diferente. O Espírito do Senhor estava
sobre ele não de forma temporária, mas permanente e representava a plenitude
dos dons e da graça divina sobre o Messias:

Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de


entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e
de temor do SENHOR. (Isaías 11: 2)

O Pai não só entregou um ministério nas mãos de Jesus, mas capacitou-o para a
tarefa. O apóstolo Pedro reconheceu o valor dessa unção especial do Espírito
sobre Jesus para o desempenho de seu ministério messiânico (At 10: 38).
Com Jesus, inaugurou-se um novo tempo nas relações entre o Espírito e o salvo.
Num de seus diálogos com os discípulos, o Senhor disse: R20;E eu rogarei ao
Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre
convoscoR21; (João 14:16). E após sua ressurreição, R20;soprou sobre eles e
disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.R21; (Jo 20: 22)

Sem unção do Espírito não há ministério eficiente, há mero profissionalismo; não


há sermões, há discursos; não há formação de caráter dos ouvintes, mas
informação que serve apenas para o intelecto. Sem unção do Espírito o pregador
não tem alimento para dar às almas famintas.

A unção do Espírito traz visão ao ministério pastoral. O espírito abre os olhos do


pastor para que ele consiga enxergar as reais necessidades que estão ao seu
derredor. No ministério de Jesus, o Espírito o ungiu para diferentes tarefas, como
é possível ver nas afirmativas do texto.

… me ungiu para evangelizar os pobres

Quem eram os pobres, aos quais Jesus se referia? Eram aquelas pessoas sem
recursos financeiros, desprezadas pelos doutores judeus. Estes as julgavam
incapazes de compreender a lei e os ensinos que eles ministravam. Os pobres
eram, também, aqueles que tinham consciência de sua fragilidade espiritual e que
sabiam que sua justiça própria não os levaria a lugar algum. Por isso, buscavam a
graça redentora oferecida pelo Messias.

Os fariseus referiam-se ao povo como se fosse escória: R20;Quanto a esta plebe


que nada sabe da lei, é maldita.R21; (Jo 7: 49). Jesus, no entanto, disse que os
pobres de espírito são bem-aventurados, porque deles é o reino dos céus (Mt 5:
3). Em muitas situações, os pobres serviram de exemplo em seus ensinos (Mc 12:
42-43; Lc 16: 19-31)

Jesus foi ungido para evangelizar tais pobres. O verbo evangelizar (gr.
euaggelizw) significa levar boas notícias, anunciar boas novas. Nas traduções
gregas do Antigo Testamento, a palavra era usada para referir-se a qualquer tipo
de boa notícia, particularmente aquelas relacionadas à bondade de Deus e às
bênçãos trazidas pelo Messias. No NT, o termo é empregado para falar das boas-
novas a respeito da vinda do reino de Deus, e da salvação que pode ser obtida
através de Cristo.

Evangelizar, no NT, não é apenas fazer o mero anúncio de uma verdade, mas
refere-se também a instruir as pessoas a respeito das verdades que pertencem à
salvação que há em Cristo. A evangelização praticada por Jesus não era uma
proclamação vazia. Exigia mudança de caráter e de comportamento, como
aconteceu com a mulher samaritana (Jo 4) ou com Zaqueu (Lc 19).

Jesus tinha visão de ministério. Fora ungido para levar boas notícias aos
excluídos. Talvez muitos pastores se vejam limitados no trabalho pastoral porque
esteja faltando visão de trabalho. Você foi ungido para quê? Para que tipo de
trabalho Deus o chamou e o capacitou? Os ministérios são diversos e as
capacitações também.

enviou-me para proclamar


libertação aos cativos

Os grandes opressores da alma do povo eram a lei, o pecado, o poder político


romano e, sobretudo, Satanás. Os ouvintes de Jesus eram totalmente
escravizados, embora não o admitissem: R20;Responderam-lhe: Somos
descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu:
Sereis livres?R21; (Jo 8: 33).

A unção de Jesus era, também, para proclamação de R20;liberdade aos


cativosR21;. O verbo R20;proclamarR21; era usado para designar a atividade de
um arauto. Sugere formalismo, gravidade e autoridade que deveria ser escutada e
obedecida. No Novo Testamento, esse verbo era usado para referir-se à
proclamação pública do evangelho e aos assuntos a ele atinentes.

A libertação dos cativos é um tema profundamente enraizado nas Escrituras,


tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento: Sl 102: 20; 107: 10-16;
146: 7; Is 42: 7; 45: 13; 49: 9, 24, 25; 52R21;2,3; Zc 9: 11, 12; Cl 1: 13. O
Senhor é um Deus de liberdade.

Jesus não anunciou libertação política. Após sua ressurreição, quando os


discípulos pareciam ainda estar encantados com a idéia de um Messias político,
perguntaram-lhe: R20;Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a
Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai
reservou pela sua exclusiva autoridadeR21; (At 1: 6-7).

Os judeus sofriam a opressão política exercida pelo Império Romano. Jesus sabia
que o povo esperava um Messias que trouxesse libertação política. No entanto,
ele não se deixou desviar do grande alvo de seu ministério: alcançar os que
estavam espiritualmente cativos. A pior escravidão que existe é a do espírito.
Quem tem o espírito sob algemas não exerce sua vontade, não pensa, não toma
decisões. A liberdade do espírito é a maior que existe. A partir dela, é possível
desfrutar de outras liberdades.

O pastor precisa saber para que foi chamado e como vai cumprir a vontade de
Deus para sua vida. Muitas vezes, durante o exercício do ministério surgem belas
propostas que tentam afastar o vocacionado do seu chamado. Jesus poderia até
encantar-se com o sonho de liberdade política de seu povo. Mas, os cativos que
ele precisava libertar eram outros.

…restauração da vista aos cegos

A referência aqui é aos que estão mortos em seus delitos. Tais pessoas foram
imobilizadas pelo pecado e tornaram-se insensíveis. Não conseguem enxergar o
avançado estado de decomposição espiritual em que se encontram até que Cristo
abra as portas da prisão e faça com que seus olhos vejam a luz (Is 49: 9).

para pôr em liberdade os oprimidos

É preciso notar a distinção entre as expressões R20;proclamar libertação aos


cativosR21; e R20;pôr em liberdade os oprimidosR21;. A primeira fala de
anunciação de uma verdade, a segunda fala de ação. Jesus não apenas anunciou
que era a liberdade era viável, e não uma utopia, mas ele foi ungido pelo Espírito
para, definitivamente, libertar os oprimidos.

e apregoar o ano aceitável do Senhor

O ano aceitável do Senhor; é uma alusão ao ano do jubileu, em que os escravos


eram libertos, as dívidas perdoadas, as terras devolvidas aos antigos
proprietários, etc. (Lv 25: 8-54). Era um ano de restauração. Na mensagem de
Jesus, o R20;ano aceitávelR21; é o momento que Deus escolheu para revelar seu
Filho ao mundo. É o tempo em que Ele mostra sua boa vontade aos homens,
disposto a celebrar uma nova aliança.

Mateus 9: 35-36

E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas,


pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas
como ovelhas que não têm pastor.

Esse texto também ajuda a entender o ministério de Jesus como modelo para o
pastorado. A passagem revela diferentes dimensões da atividade de Jesus como
pastor de almas.

Jesus, pastor das cidades e dos povoados

Muitos pastores cobiçam pastorear grandes igrejas em movimentados centros


urbanos. Sentem arrepios só em pensar na hipótese de trabalhar com
comunidades pequenas, interioranas. Nesses casos, o foco desses pastores não
são as almas, mas o status que o ministério lhes proporcionará.

Jesus não desprezava as pequenas vilas, onde habitavam pessoas simples e


pobres. Tampouco deixava de visitar as grandes cidades de seu tempo. Seu
ministério tinha como foco o indivíduo. Por isso, ele ia onde estivesse o homem.

Jesus, mestre

Uma das dimensões do ministério de Jesus era o ensino. Os evangelhos são


riquíssimos nas narrativas em que os discípulos sentam-se aos pés de Jesus para
ouvir suas lições. Jesus ensinou sobre o reino de Deus, sobre o pecado, sobre o
homem, etc. Sua linguagem era direta, clara, objetiva. Usou parábolas para
ensinar. Através de fatos conhecidos de seus ouvintes ensinava verdades
espirituais profundas (Mt 13, 18, 20, etc.). Jesus permitia que os discípulos
fizessem perguntas, tirassem dúvidas (Lc 8: 9). Usou o método de perguntas e
respostas (Mc 8: 27). Uma das mais ricas narrativas do Evangelho em que Jesus
ensina seus discípulos está em Mt 5 a 7.
O pastor precisa saber ensinar. Precisa ser mestre (Ef 4: 11). Em 1Tim 3: 2,
falando acerca dos bispos, o apóstolo Paulo exige que os que aspiram o
episcopado sejam aptos para ensinar. Se o pastor não ensina, o rebanho fica
desnutrido. Não há igreja que sobreviva sem alimento sólido. É o ensino que
coloca a Palavra na mente e no coração do povo.

Jesus, o arauto das boas-novas

Em Mateus 9: 35, o verbo traduzido por R20;pregavaR21; também poderia ser


traduzido por R20;proclamavaR21;. O conteúdo da pregação de Jesus era o
Evangelho do Reino e o coração de seu ensino está no Sermão do Monte (Mat. 5-
7).

Os pregadores contemporâneos estão afastando-se da simplicidade do ensino de


Jesus. Estão deturpando a essência do Evangelho. Muitos pregam que a decisão
por Cristo trará prosperidade financeira, aumento de bens, muitas riquezas.
Fazem promessas de que a aceitação do Evangelho vai resultar numa
rechonchuda conta bancária. Que diria Jesus se estivesse sentado num banco de
igreja, ouvindo um desses sermões em que os pregadores dão a idéia de que o
Evangelho é um negócio que se faz com Deus? Essa é a graça barata criticada
pelo teólogo Dietrich Bonhoeffer. É a graça sem compromisso, que Jesus
desconheceu.

Jesus e a cura das enfermidades

O ministério não é feito só com palavras. A eloqüência do pregador não garante a


satisfação do povo. O ministério se faz com o poder que vem do Espírito de
Deus. Jesus era mestre, pregador e também demonstrava que a unção do Senhor
estava sobre ele ao curar as enfermidades. O apóstolo Pedro reconheceu isso em
At 10: 38.

O ministério pastoral tem de ser holístico, integral, abrangente, como o de Jesus.


Ele ensinava, pregava e curava. Fazia tudo movido por compaixão (Mt 9: 36).
Muitos são os pastores que fundam igrejas pensando nas vantagens financeiras
que poderão obter. São os mercenários condenados por Paulo quando escreveu a
Timóteo (1Tim 6:5).
Concluindo

Jesus não se preocupou com o número de seguidores que se agregariam a ele.


Quando lhe perguntaram: R20;Senhor, são poucos os que são salvos?R21; ele
respondeu: R20;Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que
muitos procurarão entrar e não poderão.R21; (Lc 13: 23-24). E, certa vez, ao
pregar um duro sermão, quando todos se retiraram, ele perguntou aos discípulos:
R20;quereis também vós outros retirar-vos?R21; (Jo 6: 67).

Jesus enfatizou o compromisso e a mudança de vida. Não há lugar para vida


cristã descompromissada nos relatos do Novo Testamento: R20;Dizia a todos: Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-
me.R21; (Lucas 9: 23).

As pessoas deixavam Jesus fascinado. Não as altivas, poderosas, cheias de si.


Essas foram duramente criticadas por Jesus. Mas Jesus sentiu compaixão dos que
estavam debilitados, dos oprimidos, dos pobres, dos rejeitados, dos considerados
pecadores. A esses Jesus dedicou sua vida a fim de restaurá-los e de dar-lhes uma
esperança renovada. Esse é o trabalho do pastor.

……………………

Fonte: capítulo do livro “Ministério Excelente” Editora Aleluia, 2004

Em quem confiar nas horas de crise?


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

“Entre os ídolos inúteis das nações existe algum


que possa trazer chuva?
Podem os céus, por si mesmos, produzir chuvas copiosas?
Somente tu o podes, Senhor, nosso Deus!
Portanto, a nossa esperança está em ti, pois tu fazes
todas essas coisas.”

Jeremias 14: 22

A crise hídrica em algumas regiões de nosso país é notícia constante nos meios
de comunicação. Todos os dias, fala-se sobre a falta d’água em São Paulo e em
outras regiões do Sudeste brasileiro. Os reservatórios que abastecem toda a
região metropolitana da capital paulista estão com pouquíssima água. Crescem,
por isso, as campanhas para uso consciente da água.

O que é problema gravíssimo para o Sudeste virou até piada em outras regiões do
país. Recentemente, um garoto do Acre postou um vídeo que, até 15 de fevereiro,
havia tido mais de 500 mil visualizações só no Facebook. O menino abre uma
torneira, entra embaixo de muita água e zomba dos paulistanos.

O Brasil é rico em recursos hídricos. Nosso país tem de 12 a 16% da água doce
disponível no planeta. Mas a concentração desse precioso líquido está nas regiões
onde as florestas são mais preservadas e a população é menor. Por isso, no litoral
brasileiro e nas regiões Sudeste e Nordeste, onde estão 70% da população, os
centros urbanos sofrem por falta d’água.

As perspectivas, infelizmente, não são boas. Os estudiosos do clima preveem


para os próximos anos aumento de temperatura e redução significativa das
chuvas.

Quanto desperdício de água se vê na lavagem de carros e de calçadas. Quanta


água desperdiçada nos longos banhos. Tudo isso colabora para a escassez que
agora vivenciamos. E há, também, a culpa dos governantes, que não tomaram
medidas antecipadamente para evitar a crise.

O profeta Jeremias e a seca

Uma forte crise hídrica também foi o tema abordado em Jeremias 14. A seca
trazia prejuízos incalculáveis para o povo. O profeta menciona as dificuldades
vividas nas cidades pela falta de chuvas (vv. 2-3); fala sobre a seca nos campos
(v. 4) e o sofrimento dos animais pela falta de comida (vv. 5-6). As cidades
definhavam, as cisternas estavam vazias, os agricultores nada colhiam, os
animais pereciam. O povo estava desesperado.

Jeremias associa a seca que seu país vivia ao juízo divino. Havia pecado,
afastamento de Deus, esquecimento da lei, prostituição religiosa. Jeremias, então,
afirma: “Embora os nossos pecados nos acusem, age por amor do teu nome, ó
Senhor! Nossas infidelidades são muitas; temos pecado contra ti. Ó Esperança de
Israel, tu que o salvas na hora da adversidade… não nos abandones”.

Não podemos dizer que o Brasil vive seus melhores dias. Hoje, 23 de fevereiro
de 2015, há manifestações de caminhoneiros em sete estados brasileiros, parando
rodovias, pedindo preços mais baixos de combustíveis, pedágios mais baratos,
fretes mais compensadores. No Paraná, professores estão em greve com várias
reivindicações ao governo. Sinais de corrupção há por todo lado, em todos os
poderes. Fala-se em recessão econômica em 2015. Que fazer em situações assim?

Na hora da crise, o profeta Jeremias vê uma só saída: clamar pela intervenção de


Deus. Ele afirma que os ídolos pagãos não poderiam faziam chover. Nem a
natureza, por si, segundo o profeta, tinha o poder de derramar copiosas chuvas.

A fé que Jeremias nutria em seu coração apontava para o Senhor como sendo
aquele que tem tudo sob o seu domínio, inclusive a natureza. Por isso, diz o
profeta: “Nossa esperança está em ti.”

O profeta nos ensina que, em todos os momentos, precisamos compreender que o


Senhor tem o controle de tudo. Ele é soberano. Ele faz chover. Exemplo disso foi
a experiência do profeta Elias, que orou e por três anos e seis meses não choveu;
depois, orou de novo, e choveu abundantemente (1Rs 17, 18; Tg 5:17-18).

Embora haja razões científicas para explicar a falta de chuvas, as Escrituras nos
fazem ver a questão sob outra perspectiva, com olhos de quem conhece o
sobrenatural poder de quem criou todas as coisas e que rege o universo segundo
seu querer.

Lembro-me de um professor de Teologia, vindo da América do Norte, que fora


missionário no interior do Piauí por alguns anos. Ele contava a história de um
missionário, também no Piauí, que enfrentara forte resistência ao pregar o
Evangelho.

Num período de intensa seca, certa vez aquele missionário orou, pedindo chuva.
Ninguém acreditava que, em terra tão árida, com um período tão prolongado de
estiagem, uma simples oração pudesse fazer chover. Para surpresa de todos,
choveu logo após a oração. A resposta àquela súplica do missionário fez o povo
ver que há um Deus soberano, que controla a natureza. Lembro-me, também, de
um edificante testemunho de um produtor agrícola, temente a Deus, que em
período de seca, orou e viu chover sobre suas terras.

Experiências assim fortalecem nossa fé. Em pleno século XXI, do império da


ciência e da tecnologia, do esfacelamento das verdades absolutas, em que reina
uma fé que se apega ao que pode ser visto, tocado e sentido, devemos voltar os
olhos e o coração às verdades eternas das Escrituras, que nos revelam um Deus
que tudo criou e que jamais perdeu o controle sobre sua criação. “Os céus
proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos.” (Sl
19: 1)

O Senhor a quem servimos é soberano e controla a natureza. Diante desse Deus


nos curvamos. Nele está a nossa esperança porque ele faz até os céus produzirem
copiosas chuvas.

………………..

Fonte: Jornal Aleluia de março de 2015


Disponível em Issuu

A questão teológica da singularidade de


Cristo – Jornal Aleluia 232
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

Aqueles que nunca ouviram


o evangelho serão salvos?

Quem nunca fez uma destas perguntas: “os que jamais ouviram o Evangelho
estão perdidos?”; ou então “os índios vão ser salvos?”.

Em nossas escolas bíblicas dominicais, ou nas conversas sobre evangelismo e


missões, sempre surgem dúvidas como essas.

Normalmente nossas respostas são muito evasivas, se é que temos alguma. Não
refletimos sequer nas implicações que elas possam vir a ter.
Teólogos, pastores e seminaristas fazem a mesma indagação e procuram
investigar o assunto sob uma perspectiva bíblica, teológica e filosófica.

A globalização, o pluralismo religioso, a extrema valorização da religiosidade de


cada povo como fenômeno cultural, o crescente contato entre os povos e o
intercâmbio entre pessoas de diversas culturas vêm fazendo surgir diferentes
respostas quanto à salvação dos que nunca ouviram a pregação do Evangelho. Na
prática, parece que a mentalidade moderna não admite mais a concepção de que
só o Cristianismo têm a resposta única para a salvação humana. Nosso
sentimentalismo e todas as influências da globalização nos impedem que
afirmemos que os budistas, os muçulmanos, ou os índios, para citar alguns
exemplos, que nunca ouviram sobre Jesus, e, portanto, não crêem n’Ele, estão
indo para o inferno. Preferimos ignorar o assunto, ou então, bem lá dentro de nós,
cremos que, no final, Deus vai dar um “jeitinho”.

A afirmação da singularidade de Cristo como Salvador do mundo, ou seja, dizer


que só Jesus salva, é um tema que vem sendo largamente discutido nos Estados
Unidos. Diferentes livros sobre o assunto estão sendo publicados. No Brasil,
ainda não temos discutido amplamente essa temática, mas mesmo
inconscientemente, e sem o necessário debate, possuímos nossas idéias e
respostas. Alguns pastores que andaram pesquisando o pensamento de membros
de suas igrejas sobre isso se assustaram ao perceber que a maioria dos crentes
não achava que a pregação do Evangelho aos povos não-alcançados fosse
essencial porque, de alguma forma, Deus iria salvá-los, mesmo sem a ajuda de
missionários humanos. Já pensou nas implicações disso para missões?

O tema está sendo discutido no Brasil nos meios teológicos por causa de sua
grande relevância. Afirmar, ou então negar, a singularidade de Cristo como
Salvador, têm implicações para diversos aspectos da fé cristã, indo a soteriologia
(doutrina da salvação) à missiologia (estudo de missões). Como subsídio para a
discussão do assunto, a Editora Aleluia lançou um livro sobre o tema. Chama-se
E Aqueles que Nunca Ouviram? Três pontos de vista sobre o destino dos não-
evangelizados.

As respostas
Alguns teólogos acreditam que mesmo aquelas pessoas que nunca ouviram o
evangelho podem ser salvas. Se, através da criação – revelação geral – vierem a
crer em Deus, ainda que não conheçam a Jesus, serão redimidas de seus pecados.
Dizem que qualquer religião pode ser um instrumento útil para aproximar a
pessoa de Deus. Isso é chamado de “inclusivismo”, porque Deus inclui todos em
sua graça, antes de excluí-las no julgamento. Mas a fundamentação bíblica desse
ponto de vista é muito questionável.

Outros dizem que ninguém será salvo com base no conhecimento que possam ter
de Deus através da natureza. No entanto, chegam ao absurdo de afirmar que, logo
após a morte, aqueles que nunca ouviram o Evangelho terão uma oportunidade
de dizer “sim” ou “não” a Jesus. Deus concederá a todos os homens a chance de
ouvir o evangelho e optar, ou não, pela redenção trazida por Jesus. Tomam por
base alguns textos difíceis de 1 Pedro (como o cap. 3: 18ss). Dão ao seu ponto de
vista o nome de “perseverança divina” ou “evangelismo post-mortem”

Há também os teólogos que ensinam não haver qualquer oportunidade de


salvação para o homem, se não existir conhecimento de Cristo e uma resposta
pessoal e consciente ao seu chamado. Essa posição é conhecida como
“exclusivismo”; às vezes também “restritivismo”. Para que alguém seja salvo, é
fundamental ouvir o Evangelho nesta vida e fazer uma decisão por Jesus. Essa é
a interpretação que mais parece se afinar ao ensino geral das Escrituras Sagradas.

Os três pontos de vista mencionados aqui – inclusivismo, perseverança divina e


restritivismo – são amplamente discutidos na obra E aqueles que nunca ouviram?
Três pontos de vista sobre o destino dos não-evangelizados, que a Editora Aleluia
publicou. O livro foi escrito por três professores de teologia norte-americanos. É
em forma de debate. Cada autor expõe seu ponto de vista e, depois, seu
pensamento é avaliado e criticado em duas réplicas escritas pelos co-autores.

A linguagem do livro é clara, com excelente fundamentação. Originalmente foi


publicado em inglês pela Inter Varsity Press. A leitura dessa obra irá ajudar todos
os que sempre buscaram resposta para a pergunta: “o que vai acontecer aos que
jamais ouviram a pregação do Evangelho?”.

……………………
Fonte: Jornal Aleluia 232

Pr. Jonathan Ferreira dos Santos –


Outubro/2002
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

Um dos líderes do movimento de renovação


instaurado na década de 60, do século XX
Um dos fundadores da Igreja Cristã Presbiteriana
Fundador e diretor do Instituto Bíblico de Cianorte, atualmente Seminário
Presbiteriano Renovado
Fundador e Diretor da Missão Antioquia

Pr. Rubens Paes e Pr. Francisco Barretos

Origem e preparo teológico

A origem do pastor Jonathan é muito humilde. Tendo nascido em uma família


pobre, começou a trabalhar cedo. Ainda criança, vendia frutas para ajudar no
orçamento da família. Só aos sete anos de idade é que ganhou seu primeiro par de
sapatos.

Contudo, as dificuldades financeiras não foram empecilho à vocação divina.


Jonathan Ferreira dos Santos formou-se no Seminário Presbiteriano de Campinas,
instituição de renome no meio evangélico brasileiro. Após sua graduação, a Junta
de Missões Nacionais da Igreja Presbiteriana do Brasil colocou diante dele três
opções: Porto Alegre, RS; Dracena, SP, e Cianorte, PR. Após orar, deixou a
decisão para a própria Junta. Como não havia ninguém disposto a ir para
Cianorte, esse foi o campo que lhe designaram.

Em janeiro de 1962, o Pr. Jonathan e D. Euza dirigiram-se a Cianorte. As


estradas eram ruins, não havia asfalto, as travessias dos rios eram feitas em
balsas. Sua esposa deixara um excelente emprego. D. Euza, pessoa fina e
requintada, sofreu com as dificuldades que havia na Cianorte dos anos 60. Mas
Deus abriu as portas e foi suprindo as necessidades. Poucos meses depois que o
casal havia chegado à cidade, D. Euza foi nomeada diretora da única escola que
havia em Cianorte.
Devido à sua formação teológica, resistia a princípio as idéias pentecostais. Mas
participou de um encontro de avivamento em Belo Horizonte, dirigido pelo
pastor Eneias Tognini, e ali foi batizado com o Espírito Santo. Seu ministério
tomou uma nova direção.

Fundação do Instituto Bíblico

Em 12 de agosto de 1965, o pastor Jonathan fundou o Instituto Bíblico


Presbiteriano de Cianorte. Funcionava inicialmente nas dependências da Igreja
Presbiteriana, à rua Porto Seguro. “Era um instituto que não tinha prédio, nem
professores, mas tinha alunos”, brinca o pastor Jonathan.

Contudo, aquele projeto estava no coração de Deus. Em janeiro de 1966, o pastor


Jonathan recebeu a doação de uma quadra inteira para lá instalar o Instituto
Bíblico. Vieram alunos dos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e de
muitos outros lugares do Brasil. Os anos de 1966 a 1976 foram marcados pelas
mais poderosas manifestações de Deus, relata o Pr. Jonathan.

O Pr. Adolfo Neves foi aluno do Instituto nos anos de 1968 a 1971. Naquela
época o número de alunos chegou a 120. Segundo ele, o trabalho do pastor
Jonathan foi marcado pela coragem e pela determinação.

Também o pastor Lauro Celso de Souza conheceu o pastor Jonathan na década


de 1960. Oraram juntos muitas vezes, fizeram diversas vigílias e viagens. Numa
frase de rara inspiração, disse o pastor Lauro: “Tive e tenho o pastor Jonathan
como ministro referencial do Evangelho de Jesus Cristo”.

Em 1976, o pastor Jonathan saiu de Cianorte e foi para Londrina. Depois, foi
para São Paulo. Há diversos anos, dirige a Missão Antioquia, sediada no Vale da
Bênção, em Araçariguama, SP. Lá é feito um trabalho assistencial em que se
cuida de 400 crianças. A Missão Antioquia tem mais de 100 missionários em 20
países. A visão que deu à luz a Missão Antioquia nasceu em reuniões de oração
realizadas no Instituto Bíblico de Cianorte.

Diretores do Seminário de Cianorte

Desde o ano 2000, o Seminário de Cianorte está sob a direção do pastor Esdras
Mendes Linhares. Foram diretores desta instituição: Jonathan Ferreira dos
Santos, Décio de Azevedo, Enoque Pereira Borges, Joel Ribeiro de Camargo,
Palmiro Francisco de Andrade, José Sidney Dantas, Altair do Carmo Mateus
Nunes e Joel de Campos Perroud.
…………………..

Fonte: Jornal Aleluia de outubro de 2002

Complemento
Falece a esposa, dona Eusa

Depois de longos dez anos de luta contra enfermidade pertinaz,


a irmã Eusa, esposa do Pr. Jonathan F. dos Santos,
faleceu, no dia 25/02/2011, aos 77 anos.

A IPRB no contexto religioso brasileiro –


Julho/2003
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil


está vivendo uma nova onda
de despertamento. Igrejas locais estão crescendo,
novos presbitérios estão sendo fundados
e tanto a liderança como a membresia
estão conscientes de sua responsabilidade
neste mundo decadente. A denominação
está trabalhando em diferentes áreas,
a fim de oferecer maior contribuição à sociedade

Áreas que a IPRB está priorizando:

Ajudando espiritualmente as pessoas


através das igrejas locais

As igrejas locais têm tido o mais importante papel na denominação. Nelas os


crentes são alimentados com a Palavra e treinados para fazer evangelismo
pessoal. Algumas estão implantando o sistema de células ou trabalhando com
pequenos grupos. Além das atividades normais de evangelismo, muitas igrejas
locais têm programas específicos para alcançar famílias carentes, presidiários,
dependentes químicos e outras pessoas necessitadas, exercendo a ação social.

Apoiando aos campos missionários

A MISPA é o braço missionário da denominação. Seu início foi modesto. Hoje a


missão tem seus escritórios em Assis, SP, e vários pastores se dedicam à
administração da missão com tempo integral. Seu sustento vem das contribuições
das igrejas locais e de ofertas voluntárias doadas por aqueles que têm o coração
na obra missionária.

A MISPA desenvolve projetos especiais no sertão pernambucano e no Norte do


Brasil. A MISPA, além de sustentar campos missionários em diversos
municípios brasileiros, trabalha entre algumas tribos indígenas e dá apoio a
campos missionários internacionais em África do Sul, Angola, Bélgica, Bolívia,
Argentina, Chile, China, Colômbia, Cabo Verde, Cuba, Espanha, Estados
Unidos, França, Haiti, Inglaterra, Índia, Itália, Japão, Polônia, Portugal, Rússia,
Suíça e Venezuela.

A MISPA mantém cursos de missiologia e oferece vários cursos práticos, nas


férias, para treinamento de interessados em auxiliar no evangelismo nas igrejas
locais, junto aos seus pastores.

Ensinando e preparando
novos pastores e missionários

A IPRB tem dois seminários para a formação de seus pastores e missionários.


Um deles está em Cianorte, região Sul do Brasil, com cerca de 150 alunos, e
outro em Anápolis, no Brasil Central, com 70 alunos.
Além de encontros de avivamento, para os pastores já em atividade há dois
projetos importantes: o PESC (Planejamento Estratégico de Crescimento Integral
Sustentável) e outro destinado ao apoio e treinamento aos novos pastores, que
tenham menos de dez anos de ministério. Os dois projetos promovem cursos,
fornecem literatura e têm um líder para dinamizá-los. Além disso, por ocasião
das Assembleias Gerais, um dia é dedicado ao SAT (Seminário de Atualização
Teológica), quando um preletor fala a toda a liderança.
Publicando literatura própria

Para produção de literatura própria a baixo curso, a Igreja possui a Editora


Aleluia. Ela nasceu a partir da publicação do Jornal Aleluia, editado inicialmente
a cada dois meses. Hoje o Jornal é mensal e já ultrapassou a 420 edições. Para
isso possui gráfica própria com cerca de 30 funcionários. A Editora publica livros
de autores brasileiros e estrangeiros, hinários, redige e publica revistas de EBD e
folhetos para evangelização. Distribui literatura de outros publicadores, além de
prestar serviços comerciais a quem solicita seus préstimos. Ainda na área da
comunicação, a Editora gerencia o site da denominação e um próprio, como Loja
Virtual.

Ênfases e planos

A realidade brasileira exige uma Igreja ativa, dinâmica. As pessoas querem mais
que formas litúrgicas e rituais. Nesse contexto, a IPRB tem procurado descobrir
meios para fazer um evangelismo mais eficaz. Há, também, uma consciência da
importância da comunhão, do discipulado, da Escola Bíblica Dominical e do
trabalho social.

As igrejas locais têm sido encorajadas a desenvolver atividades especiais de


evangelismo e comunhão através de grupos familiares. Uma forte ênfase vem
sendo dada ao treinamento de liderança nas igrejas locais.

Os seminários estão profundamente envolvidos em preparar pessoas para o


pastorado e também para o campo missionário. Além de cursos de extensão, há
projetos para que se desenvolvam cursos para treinamento teológico em vídeo a
serem destinados a líderes leigos que vivem em regiões mais distantes. E
entendimentos para instalação de cursos de nível superior aos de graduação.

A IPRB é uma igreja nova. Muitas Igrejas locais, buscando sua estruturação,
construíram ou estão construindo seus templos. Outras já estão ampliando. Há
ainda muito a ser feito em todas as áreas e necessidades físicas a serem supridas.
Uma novidade é a “Igreja da Criança”. Um templo com todas as instalações
voltadas para o mundo infantil, separadas dos adultos, objetivando seu
crescimento.
Os líderes locais, os pastores e a liderança nacional da IPRB têm planos, projetos
e sonhos. Para que os grandes ideais se tornem realidade, requer-se o
envolvimento total de cada membro do Corpo de Cristo. O peso do trabalho não
pode recair apenas sobre os ombros da liderança ou de alguns. Cada cristão tem
de assumir sua responsabilidade como discípulo de Jesus. A Igreja de Jesus só
faz progresso quando todos abraçam a obra do Senhor com profundo amor em
seus corações.

O Brasil tem uma população de mais de 206 milhões de habitantes. Destes, 125
milhões são católicos romanos. O último Censo mostrou um declínio no quadro
da religião majoritária, cerca de 11,9%, e um avanço dos evangélicos, que
passaram de 13 para 26 milhões. As igrejas que tiveram crescimento mais
expressivo foram as pentecostais e as que estão abertas para a obra de renovação
espiritual. A membresia da IPRB quase que dobrou nesse período, mostrando um
crescimento de 95,3%. Em 2016 ultrapassou os 150 mil membros adultos.

A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil é um ramo do presbiterianismo no


Brasil com forte ênfase na obra do Espírito Santo. A Denominação prega que
tanto o batismo com o Espírito Santo como os dons são bênçãos para os dias
atuais. Prega, também, que o poder do Espírito é fundamental para todos os que
desejam ter uma vida cristã eficaz e procuram comunicar o Evangelho com poder
e autoridade. Adoração, comunhão, santificação, missões e evangelismo são
algumas das palavras-chaves para os presbiterianos renovados.

Traços distintivos

Questiona-se, às vezes, o “presbiterianismo” dos presbiterianos renovados.


Recente artigo de uma revista teológica fez isso. Não há como deixar de
confessar que a IPRB tem suas peculiaridades. Uma delas é a posição teológica
de seus pastores. Há defensores da teologia calvinista como também aqueles que
abraçam as ênfases arminianas. Isso porque a Igreja aprendeu a não deixar que
determinadas questões teológicas sejam entraves à boa convivência e à realização
da obra de Deus.

Outra peculiaridade está em sua forma de governo. A IPRB adota o sistema


presbiteriano, porém simplificado. Nele não existem os Sínodos, mas em seu
lugar há uma diretoria, com poderes administrativos, formada por todos os
presidentes de Presbitérios que decidem as principais questões da Igreja. O órgão
máximo é a Assembleia Geral que elege a Diretoria Executiva. Essa estrutura lhe
confere dinamismo administrativo, sem tirar o sentido participativo necessário
diante da realidade social e cultural tão diversa que existe no Brasil.

Há, ainda, outras peculiaridades que dão à IPRB uma compleição bem particular.
A liturgia simples e a inserção do trabalho leigo têm um alto valor no
crescimento da Denominação.

Afinidade e união
marcam a origem da Igreja

No final dos anos 60, um movimento de renovação espiritual alcançou uma parte
do meio presbiteriano no Brasil. Foi marcado por intensa oração, jejum,
manifestação do dom de línguas, profecias e de outros dons do Espírito.

Grupos avivados surgiram e foram crescendo internamente até que, em 1968,


esses membros da Igreja Presbiteriana do Brasil que foram influenciados pelo
movimento de renovação espiritual deixaram a denominação e fundaram a Igreja
Cristã Presbiteriana.

Processo semelhante aconteceu na Igreja Presbiteriana Independente. Muitos


pastores e membros deixaram a Igreja e, em julho de 1972, fundaram a Igreja
Presbiteriana Independente Renovada.

Essas duas denominações caminharam lado a lado mas, percebendo sua grande
afinidade, trabalharam pela sua união. Em 8 de janeiro de 1975, dois presbitérios
da Igreja Cristã Presbiteriana e seis da Igreja Presbiteriana Independente
Renovada uniram-se, após uma série de reuniões de estudos e de entrosamento, e
constituíram a Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil.

Participaram da primeira assembléia 58 pastores, 30 evangelistas e 78 igrejas


foram representadas. A nova Denominação tinha 8 presbitérios, 8.335 membros e
12.497 alunos na EBD.

……………………
Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2002
Dados atualizados em março de 2017

A família e as relações afetivas no mundo


pós-moderno – Junho/2003
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Rubens Paes /por admin

A expressão “pós-modernismo”
ganhou espaço na Teologia, no Direito,
na Filosofia, nas artes e em outros ramos
do conhecimento humano.
Convencionou-se chamar de pós-moderno
o período que começou em 1945,
após a Segunda Guerra Mundial.
Enquanto o Modernismo representava
uma ruptura com o passado, o Pós-modernismo
mescla o antigo com o novo; é eclético

Os novos conceitos éticos, a moral e os costumes que vão ganhando forma e


conquistando espaço trazem preocupações. Há certas áreas em que o homem
parece regredir. A qualidade da vida emocional das pessoas está piorando a cada
dia. Nos relacionamentos interpessoais falta carinho e sobra agressividade, falta
compromisso e sobeja infidelidade. O caráter das pessoas está enfraquecido.

Os costumes mudaram sensivelmente na segunda metade do século XX. Toda


essa mudança influenciou a família. Os lares tornaram-se mais frágeis. A
sexualidade foi banalizada. Os filhos passaram a viver de forma mais
independente. Os jovens já não são tão entusiastas quando falam em casamento.
Homens e mulheres estão fugindo aos compromissos que a união conjugal traz
consigo. Dentro e fora das igrejas, muita gente vive verdadeiros pesadelos em
seus relacionamentos conjugais. Não é incomum ver homens e mulheres
frustrados que, se pudessem, voltariam no tempo e jamais se casariam.

Contudo, esse não foi o plano de Deus ao instituir o casamento. O Senhor viu que
a solidão não era boa para o homem. Por isso, criou a mulher. O Criador pensou
em companheirismo, em vida sentimental, em carinho, em amor. E o lar é o lugar
que Deus planejou para que as pessoas tenham supridas suas carências
emocionais.

Que é o casamento

Dizem alguns, em tom de brincadeira, que o casamento é um barco feito para


naufragar. Se ele conseguir sustentar-se sobre as águas, será exceção. Que
pensamos nós, cristãos, acerca do casamento? Embora vivamos numa sociedade
chamada de “pós-moderna”, e estejamos cercados por conceitos morais liberais,
nossos princípios devem estar firmados nas Escrituras Sagradas.

a) O casamento é uma instituição divina, Gn 2: 18. Foi Deus quem estabeleceu o


matrimônio, com o objetivo de tornar o homem completo e feliz. A união
conjugal não é um barco feito para naufragar. Jesus ressaltou a importância do
matrimônio e o confirmou como sendo instituição divina, Mc 10: 7-9.

b) O casamento é uma união exclusiva, Gn 2: 24. A idéia original de Deus para o


casamento é a monogamia. O Senhor criou uma mulher, Eva, e a entregou a um
homem, Adão. Contudo, a cobiça humana e as transformações culturais e sociais
se encarregaram de fazer mudanças na estrutura familiar. Por isso a poligamia
tornou-se tão comum nos relatos do Antigo Testamento e impregnou muitas
culturas.

No Brasil, a bigamia é crime. Quem contrai novo casamento, sendo ainda casado,
pode ser condenado de dois a seis anos de reclusão. E o solteiro que contrai
núpcias com alguém que é casado, sabendo dessa circunstância, pode ser
condenado à prisão pelo período de um a três anos. A lei, no entanto, não tem o
poder de fazer com que maridos e esposas sejam fiéis no relacionamento
conjugal.

c) O casamento é uma união entre pessoas de sexo diferente. Dirão alguns


leitores que é óbvio que o casamento se dá entre pessoas de sexo diferente.
Infelizmente, já não é tão óbvio assim. Há legisladores brasileiros lutando pela
aprovação de projetos de lei que autorizariam a união civil entre homossexuais.

Em 2002, um projeto de autoria do deputado Ricardo Fiúza propunha a seguinte


redação para o artigo 11 do Código Civil: “O direito à vida, à integridade físico-
psíquica, à identidade, à honra, à imagem, à liberdade, à privacidade, à opção
sexual e outros reconhecidos à pessoa são natos, absolutos, intransmissíveis,
indisponíveis, irrenunciáveis, ilimitados, imprescritíveis, impenhoráveis e
inexpropriáveis”. (grifo nosso).

O uso da expressão opção sexual na lei teria amplos efeitos e concederia aos
homossexuais a total proteção do Direito. No entanto, nossa abordagem aqui não
tem como fundamento o Direito, mas as Escrituras Sagradas. Aos olhos divinos,
o casamento é uma união entre homem e mulher. As Escrituras sempre
abominaram o homossexualismo, 1Co 6: 9-10; 1Tim 1: 10, etc.

d) O casamento é uma união permanente. Deus planejou o casamento para durar


a vida toda, Gn 1: 24. Contudo, já ao tempo do Antigo Testamento, os casais
enfrentavam tantos problemas que Moisés legislou acerca do divórcio. A mulher
ficava completamente desprotegida diante de um marido que não desejava mais
permanecer casado.

Mas, quando chegamos ao Novo Testamento, percebemos o quanto Jesus zelou


pela saúde da família. Quando lhe perguntaram sobre o divórcio, ele respondeu
que Moisés o autorizara por causa da dureza do coração do povo, Mc 10: 9. Jesus
protegeu o matrimônio, valorizou a mulher na sociedade judaica e disse que a
única hipótese em que o divórcio era admissível seria no caso de infidelidade
conjugal, Mt 19: 9.

Para muitos, o vínculo conjugal pode ser desfeito a partir do momento em que
ocorrerem os primeiros conflitos ou quando os cônjuges não combinarem mais.
Nem todos pensam nos traumas que a separação e o divórcio trazem não só para
o casal, mas também para toda a família.

A Bíblia é clara com respeito aos fortes vínculos dessa união, Mt 19: 9; 1Co 7:
10-11. A expressão “unir” (heb. qbd dabaq), em Gênesis 2: 24, originalmente tem
o sentido de colar, soldar, pressupondo que qualquer tentativa de rompimento
trará efeitos devastadores.

Reafirmando o valor da vida afetiva


Podemos afirmar sem medo de errar que as relações afetivas nos lares não são as
melhores. Por isso, talvez este seja o momento ideal para você avaliar,
juntamente com seu cônjuge e filhos, qual tem sido o nível do relacionamento
afetivo em sua família.

Casais e filhos muito atarefados vão se tornando cada vez mais ausentes da vida
familiar. Reveja as prioridades, reorganize seu tempo para que os males e as
pressões da chamada “pós-modernidade” não destruam sua família e seus sonhos.

………………….

Fonte: O texto é parte do primeiro capítulo do livro “Curando Lares Feridos”,


de Rubens Paes, publicado pela Editora Aleluia, Arapongas, PR, 2003

O valor das metas no ministério cristão –


Abril/2004
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Roberto Braz do Nascimento /por admin

Mais do que nunca,


os cristãos estão conscientes
da necessidade de sonhar
e estabelecer metas para criar projetos ousados

Esta é uma mudança importante no comportamento da igreja cristã da atualidade


que, em muitos de seus segmentos, vivia uma crise de objetividade e dominada
por uma nostalgia infrutífera. No entanto, vemos muita gente sonhando alto e, às
vezes, sem ter a mínima noção de como chegar ao sonho proposto no coração.
Sonhar é preciso. Sem sonhos começamos a morrer ou vivemos para cumprir os
sonhos de outrem.

Deus sonhou em resgatar a humanidade e elaborou um plano para concretizar


esse sonho maravilhoso. Com certeza, Deus pensou na maravilhosa bênção de
voltar a ter o ser humano restaurado ao seu estado original, uma vez que o pecado
tornou o homem um ser maldoso e distante do seu Criador. Mas Deus sabia que
isto lhe custaria muito caro e custou nada mais que a vida do seu próprio Filho.
Por isso, teve de idealizar uma estratégia para alcançar esse objetivo. A essa
estratégia, que é um conjunto de ações e atitudes práticas e sequenciais para
alcançar o objetivo, chamamos de metas.

O ponto-chave para a realização de um ministério de sucesso passa


necessariamente pela obtenção de uma visão clara e divina daquilo que
queremos, pela encarnação dessa visão, tornando-a missão de vida, e pelo
estabelecimento de metas para otimizar esta visão para não se perder na
caminhada ministerial. Um ministro do Evangelho precisa trabalhar dentro de
uma visão clara. Todo líder precisa saber que a visão é o fundamento de toda
tarefa em liderança. A visão exige ação e dedicação. Chamamos isso de missão.
Contudo, uma missão só pode ser realizada através do estabelecimento de metas.
Sua visão de ministério não será realizada a não ser através de um ousado
conjunto de metas.

Henry Kaiser disse: “Defina claramente o que você quer mais que qualquer outra
coisa na vida; registre os meios pelos quais você pretende consegui-lo e não
permita que nada, seja lá o que for, o impeça de alcançar essa meta.”

Exemplos bíblicos

Na Bíblia encontramos exemplos claros de como Deus leva a sério esse assunto.
A começar em Gênesis, nos deparamos com o chamado de Deus para Noé livrar
a raça humana do extermínio. Nesse episódio Deus revelou a Noé o seu plano de
preservá-lo juntamente com sua família e, ao mesmo tempo, destruir a raça
humana através do dilúvio. Veja que Deus deu a visão, que se tornou a missão de
sua vida, mas a realização desta missão foi levada a cabo através de um plano de
metas bem rígido e sequencial, estabelecido pelo próprio Deus, antes de qualquer
coisa, Gn 6: 13-22.

Outro texto que me impressiona muito acerca desse assunto é o de 1Sm 15: 1-35.
Nessa passagem, vemos Deus ordenando a Saul, rei de Israel, através de Samuel,
a destruição dos amalequitas. Veja a ordem: “Vai, pois, pois agora, e fere a
Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém
matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de peito, desde
os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos”. Infelizmente Saul,
ao invés de cumprir as metas de acordo com a visão que Deus lhe dera, fez do
seu próprio jeito.

No primeiro texto vimos que Noé cumpriu as metas estabelecidas por Deus:
construiu a arca, colocou os animais dentro dela literalmente como Deus lhe
ordenara e teve seu nome eternizado como um líder fiel e vitorioso.

Já no segundo exemplo, Saul não levou muito a sério a realização de sua tarefa
ministerial de acordo com um plano de metas baseado na visão que Deus lhe
dera, que era a de destruir completamente os amalequitas.

Isso lhe custou o reinado e o seu nome passou para a história como um dos
líderes bíblicos derrotados por infidelidade e incapacidade de dar conta da
responsabilidade que recebera de Deus. Veja a importância das metas no
ministério cristão.

As metas nos desafiam

Ninguém sobrevive sem desafios novos e interessantes. Desde a infância somos


movidos por desafios: aprender a falar, andar, escrever, etc… Na vida temos de
estabelecer metas para alcançarmos nossos sonhos. Caso contrário, nossos
sonhos acabarão se tornando pesadelos, uma vez que os sonhos não se realizam
sem trabalho e esforço. Todo esforço e trabalho sem etapas mensuráveis não
produzem os efeitos desejáveis. As metas podem produzir uma atmosfera
propícia para suportarmos a espera de uma conquista.

Veja que Noé trabalhou mais de cem anos motivado pela salvação de sua vida e
de sua família na construção da arca, Hb 11: 7. Jesus viveu como homem, mesmo
sendo Deus, por 33 anos e meio, motivado pela salvação da humanidade, Fp 2:6-
11. Leia esse texto. Cada ministro tem no reino de Deus uma missão, que é a de
fazer outros discípulos, e deve desenvolver o ministério para o qual foi chamado
dentro da visão recebida de Deus. Isso certamente nos desafia a estabelecer
metas.

Jesus enfrentou a cruz porque essa era uma das metas estabelecidas em seu
ministério. Foi um desafio grandioso, mas ele o fez, porque fazia parte de um
todo que o levaria ao status de Salvador do mundo de acordo com o plano geral
do Pai, que Ele mesmo havia aceitado por amor do seu Santo Nome e também
por amor à humanidade.

A realização de metas nos consolida


como líderes (1Sm 15: 22)

Saul não foi consolidado como um rei de sucesso porque vacilou na hora de
cumprir as metas estabelecidas por Deus através de seu líder espiritual que era
Samuel. Cada pessoa que deseja tornar-se um líder de sucesso tem de cumprir
suas metas na igreja. Na vida, de um modo em geral, só conseguimos êxito
quando alcançamos nossos alvos. Cada área da nossa vida tem de ser consolidada
por metas alcançadas. Estabeleça suas metas na sua vida espiritual, familiar,
material e pessoal e lute porque o seu sucesso depende de sua capacidade de
perseguir as metas. Ouça o seu líder e seja fiel a ele. Não seja como Saul, que
ignorou Samuel e fez as coisas do seu jeito.

A prática das metas treina nossa obediência: “Eis que o obedecer é melhor que do
que o sacrificar.” Por causa do tempo em que vivemos no mundo sem Jesus, não
estamos preparados para a obediência. Por isso as metas nos ajudam a treinar
esse aspecto da nossa conduta diante de Deus. Sem obediência não alcançaremos
êxito na vida. A obediência aos pais, aos discipuladores, aos pastores e
principalmente a Deus é indispensável. Temos de aprender a fazer as coisas do
jeito de Deus. Não basta fazer! Há pessoas que acham que o importante é
unicamente fazer, mas a Bíblia nos mostra que o importante é fazer como Deus
deseja.

As metas curam o caráter,


afiando nossas capacidades

As pessoas resistem às metas porque não são treinadas para receber ordens e não
gostam disso. Sentem-se ofendidas, manipuladas e ameaçadas. Duas palavras que
mais ouvimos recentemente são “alvo” e “metas”. Ficar ouvindo alguém nos
pedir as metas não é nada confortante para nós, pois elas nos assustam. Mas
ninguém pode dizer que, por causa do estabelecimento de metas, sua vida ficará
mais difícil ou mais pobre ou não conseguirá realizar os seus sonhos. Pelo
contrário, há os que nem sonham! A visão que nos leva a uma missão e ao
estabelecimento de metas despertará sonhos de ganhar vidas, de nos
encontrarmos e de termos um ministério pautado em ações específicas que
tragam resultados.

Nosso medo das metas vem da referência negativa que temos na nossa tradição
cristã baseada numa igreja onde o trabalho era feito por poucos e apreciado e
criticado por muitos. Leia Hb 5: 8; Mt 9: 13; Ec 10: 10; 2Tm 2: 15.

As metas dão objetividade ao ministério

Um ministro não pode perder tempo com coisas supérfluas, nem tampouco
perder tempo realizando aquilo que, embora seja bom, não faça parte da sua
visão de ministério. Há muita coisa boa sendo desenvolvida no mundo cristão,
mas nem todas têm relação com a minha visão ministerial. E minha missão não é
fazer tudo aquilo que é bom, mas aquilo que Deus preparou para mim. Nesse
caso as metas nos ajudam muito porque elas nos tiram do ativismo e nos colocam
nos trilhos da visão de Deus pra nós.

Jesus realizou seu ministério baseado numa visão clara revelada nos profetas.
Encarnou sua missão de forma radical, mas com metas objetivas. Em Mc 1: 38
Jesus, que já havia curado muita gente no dia anterior, se recusa a ter sua agenda
imposta pelo povo ou pelas circunstâncias daquele momento. A multidão queria
que Jesus continuasse por ali para curar os demais enfermos daquelas cercanias
que estavam vindo até ele. Mas ele disse: “Vamos às aldeias vizinhas, para que
ali eu também pregue, porque para isso vim.”

Isso deixa claro que o ministério cristão precisa de objetividade e não somente de
ser preenchido com muitas atividades, por melhor ou mais interessantes que
sejam.

Princípios para o estabelecimento de metas

A mensurabilidade – Nunca se deve estabelecer uma meta que não possa ser
medida. Exemplo: “minha meta é ganhar Arapongas para Jesus”. Essa é uma
visão, um sonho, e não uma meta. “Vamos treinar 500 líderes em 3 anos para
evangelizar Arapongas”. Isso é uma meta mensurável. Cada meta é parte de todo
um sistema de metas com a finalidade de cumprir a visão.
A organização – Quando estabelecemos metas, somos forçados a organizá-las
dentro de uma ordem de prioridades para que não haja conflito de metas ou
duplicação de esforços. Sem organização é impossível alcançar sucesso. As
pessoas envolvidas na visão de uma igreja ou ministério precisam saber o que
elas devem fazer, como e quando. O ministro cristão deve saber organizar-se e
distribuir as tarefas de acordo com as aptidões, a visão em execução e os apelos
da Palavra de Deus. Aprenda a separar as metas organizadamente: estilo de vida
pessoal, atividades sociais, metas financeiras, metas de família, etc. Uma forma
correta de organizar metas é escrevê-las e treinar as pessoas; no caso de metas
pessoais, lê-las com frequência e fazer avaliações periódicas.

Separar as metas permanentes das temporais – As metas são muitas e precisamos


aprender a separar as temporais das permanentes para não nos perdermos e
ficarmos concentrados em um tipo só de meta, amargando o prejuízo da perda do
foco ou visão. Exemplo: orar uma hora por dia deve ser uma meta permanente,
porém evangelizar dois jovens no centro da cidade por semana não. A oração
deve ser permanente: nunca devemos parar de orar; contudo evangelizar os
jovens não. As metas podem mudar, mesmo porque elas são muitas numa visão
ministerial. Temos de estar atentos para modificarmos as metas assim que as
situações exigirem.

O princípio do realismo – Há muito exagero por aí. Os líderes nem sempre olham
para a realidade que os cerca e isso é um perigo muito grande que pode render
frustração e fracasso. Por exemplo, um seminarista de 2° ano num curso de
quatro anos não pode estabelecer a meta de ser diretor do seminário em um ano.
Mas, se ele estabelecer a meta de alcançar esse objetivo em 20 anos, isso fica
mais realista. O ministério não suporta mágica. Ele é feito por homens e
mulheres de visão, mas também por pessoas que sabem discernir seu potencial
sem subestimá-lo nem superestimá-lo.

Conclusão

O desejo de Deus é que aprendamos a colocar em prática o propósito


maravilhoso que Ele tem para as nossas vidas através de metas mensuráveis e
não vivamos por aí fazendo as coisas de qualquer jeito, sem organização. Lute e
descubra o que Deus tem pra você e estabeleça como você vai fazer cada coisa e
quando vai fazer. Deus o abençoe e conte com a sabedoria e a unção do Espírito
Santo.

O estabelecimento de metas é fruto de uma disciplina permanente. Não há como


você elaborá-las de uma vez por todas. Seja um ministro de visão clara,
apaixonado, a ponto de tornar sua visão na missão da sua vida. Seja capaz de
estabelecer metas bem definidas e trabalhar focalizado nelas em todo o tempo.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de abril de 2004

A Igreja rasante – Março/2001


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Roberto Braz do Nascimento /por admin

A igreja de hoje preocupa


pela sua forma rasante de ser.
Parece que está muito ligada
a valores terrenos, esquecendo-se dos valores
celestiais que lhe deram origem

Há algum tempo, no interior do Estado de Minas Gerais, o piloto de um pequeno


avião, que levava consigo um cameraman com a incumbência de filmar uma
festa popular, resolveu, não sabemos por que razão, dar um voo rasante. O
resultado desse aventuroso voo foi uma trombada com um poste da rede elétrica
que matou várias pessoas e feriu outras, além de um “belo” inquérito policial
para apurar as responsabilidades, sem levar em conta o prejuízo da destruição do
avião.

A igreja de hoje preocupa pela sua forma rasante de ser; parece que está muito
ligada a valores terrenos, esquecendo-se dos valores celestiais que lhe deram
origem. Pensando sobre isso, entendemos que alguns fatores têm caracterizado a
forma rasante de ser de muitas igrejas de hoje.

Perda da voz profética, Ez 3: 17; Jr 6: 27

“Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; da minha boca
ouvirás a palavra, e os avisarás da minha parte”.
A principal função do atalaia era avisar e advertir o povo quanto ao perigo
iminente. Percebemos que, na ânsia de crescer, há muitos grupos cristãos que
estão mais preocupados em agradar aos homens do que em proclamar o
Evangelho integral.

A Igreja não pode perder de vista a missão de tocar a trombeta contra a


corrupção, injustiças, opressão, falsidade, enfim contra todo o tipo de pecado.
Jesus foi um autêntico atalaia, Mt 24. Não podemos nos dobrar diante da voz do
deus deste mundo.

Teologia de balcão, At 8: 18-20 e At 15: 1-29

“Vendo, porém Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era
concedido o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro…”

Estamos no tempo da prática de teologias de observação rasa, sem consistência.


As igrejas de hoje têm sido abaladas por um tremendo volume de idéias e
práticas oriundas de observação superficial, sem o necessário embasamento
bíblico. Isso tem produzido muitos cristãos sem compromisso com Deus e com
Sua missão na Terra.

Simão, o mágico, ao observar que, através da imposição das mãos de Pedro, o


Espírito Santo era concedido às pessoas, num passe de mágica desenvolveu sua
“Teologia de Balcão”. Não percebeu as implicações necessárias para que
houvesse aquelas manifestações genuínas do poder de Deus.

Simão tentou usar um princípio pagão para alcançar privilégios espirituais. Este é
apenas um exemplo, mas há uma gama enorme de idéias humanas e pagãs
inseridas e aceitas como práticas cristãs. Esta “teologia” quase sempre é
produzida por mentes nervosas, achando que evangelho é “negócio”; é fruto de
mentes dissociadas da realidade e vazias da revelação divina.

A verdadeira teologia é aquela que resulta de um coração nascido de novo e está


atrelada a uma experiência real e contínua com Cristo. Mas a falsa teologia é
fruto de mera reflexão humana e de uma prática espiritual irrefletida, como no
caso dos filhos de Ceva que, mesmo usando o nome de Jesus, tiveram de fugir
desnudos e feridos, por exercerem práticas espirituais sem conteúdo, At 19: 13-
17.

O estacionamento da cruz, Mc 8: 34-38

“Quem quiser, pois, salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a vida por causa
de mim e do Evangelho, salvá-la-á”, Mc 8: 35.

A cruz é o símbolo que evidencia a religião cristã. A mensagem do Cristianismo


sempre esteve atrelada à cruz, porque Jesus, o Salvador, foi condenado a morrer
numa cruz. O termo “cristão” significa “ser parecido com Cristo”, ou seja, andar
como Ele andou, viver como Ele viveu e, se necessário, morrer como Ele morreu.
Jesus nos convida para uma vida prazerosa, mas sacrificial; abundante, mas
sofrida. No versículo acima citado, quem perde ganha, e quem ganha perde.

Ao chegar a nossa igreja atrasado, no domingo à noite, não é fácil encontrar lugar
para estacionar, devido ao grande número de carros e à falta de espaço. Mas ao
final do culto, o problema deixa de existir porque cada um toma o seu carro e vai
para casa, deixando o estacionamento vazio.

Já quanto ao compromisso de carregar a cruz, parece acontecer o contrário.


Enquanto o culto é realizado, o carro fica no estacionamento e muitos crentes
carregam a cruz. Findo o culto, deixam a cruz de Cristo no estacionamento ao
entrarem no carro, vindo a retomá-la somente no próximo domingo – e olha lá…

Estes cristãos só podem ser identificados durante o culto e nunca na vida diária, o
que é uma pena. O correto é assumir a postura de Paulo, que disse: “Estou
crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”,
Gl 2: 19-20.

O evolucionismo cristão, Ml 3: 6 e Mt 24: 35

“Por que Eu, o Senhor, não mudo.”

É perfeitamente cabível que haja mudanças orgânicas, diaconais e conceituais no


andar da carruagem da Igreja rumo à Canaã Celestial, mas desde que sejam
mudanças que tenham por objetivo recuperar a integralidade da intenção de Deus
para Sua igreja. Quaisquer outras mudanças implicarão em sérios prejuízos.
Quando ouvimos falar da Teoria da Evolução, de Charles Darwin, ficamos
profundamente tristes e não temos dúvidas em afirmar que ela se constitui num
delírio forjado na mente de um homem sem Deus. É uma invenção sem
cabimento esta estória de evolução das espécies. Mas, infelizmente, temos
assistido a uma outra evolução, ou seja, a “evolução” do Cristianismo, que
muitos têm aplaudido de pé.

O trágico nisso tudo é que Darwin escreveu uma teoria sobre a evolução.
Portanto, cada um é livre para acreditar se quiser, pois é simplesmente uma
teoria, onde ele propõe idéias baseadas em hipóteses. Contudo, o Cristianismo,
que não é uma teoria, vem evoluindo inexplicavelmente.

Ao olharmos o Cristianismo pregado no NT e vivido pela Igreja Primitiva e


compará-lo, historicamente, com a fé cristã até os nossos dias veremos diferenças
radicais, ressalvadas as exceções históricas produzidas por avivamentos
genuínos, que trouxeram de volta a disposição para o martírio, a comunhão de
bens, a despreocupação denominacional, a exaltação de Jesus, o discipulado,
milagres em série, enfim a atuação inconteste do Espírito Santo – uma espécie de
continuação dos Atos dos Apóstolos.

A Palavra de Deus está completa, Ap 22: 18-19, e por isso não dá para entender
por que muitos usam a Bíblia como se fosse um livro de receitas culinárias. Na
medida em que são experimentados os vários tipos de comida, vão mudando para
outras receitas e até inventando outras com base nas que já existem. O
interessante é que saboreiam demais uma receita e desprezam outras
necessariamente vitais, produzindo assim um Cristianismo diferente em cada
época e descompromissado com a intenção original de Deus.

Conclusão

A Igreja foi vocacionada para voar nas alturas, pois o apóstolo Paulo afirma
categoricamente que o Deus Pai “nos tem abençoado com todas as bênçãos
espirituais nas regiões celestiais em Cristo”, Ef 1: 3. Desta forma, a missão da
igreja deve ser a de buscar as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à
direita de Deus, Cl 3: 1b. A Igreja do Senhor não pode se aventurar a viver
rasantemente.
……………………

Fonte: Jornal Aleluia de março de 2001

Quando o Crepúsculo Chegar –


Setembro/1989
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Palmiro Francisco de Andrade /por admin

Edificante palavra de ânimo


e coragem, redigida depois de dez anos
de luta contra o período
mais crítico de sua enfermidade

Como é maravilhoso o crepúsculo matutino, quando a luz da aurora vai brilhando


mais e mais até ser dia perfeito. Não é assim o crepúsculo vespertino, quando o
sol vai se pondo mais e mais até anoitecer. A noite chegou. A melancolia, o
medo, as preocupações acentuam-se cada vez mais. Não só os homens passam
por esses dois estágios da vida; isso também ocorre com os animais e as
civilizações. Onde está o esplendor da Grécia, o poderio do Império Romano? Só
nos restam relatos históricos e nada mais…

Quero, nesta oportunidade, ater-me à existência humana. O crepúsculo chega por


meio de uma enfermidade incurável, da velhice, do abandono do lar por parte do
esposo ou da esposa, da morte de um ente querido, da perda de emprego e tantos
outros infortúnios. O que fazer? Muitos se deixam vencer e prostram-se,
aguardando, na morte, a melhor saída. Outros, porém, enfrentam qualquer
circunstância e procuram viver vitoriosamente, antes que a noite chegue.

A história fornece muitos exemplos daqueles que pararam quando ainda muito
poderiam fazer em prol da causa que abraçaram. É o caso de Menahem Begin,
primeiro ministro de Israel por muitos anos, que, inesperadamente, abandona seu
cargo e se isola no mundo exterior. Entre as muitas suposições, julga-se que
assim agiu após a morte de sua esposa. Temos ainda o famoso imperador Carlos
V, da Espanha, no século XVI. Conquistou tantas terras que sobre elas o sol
jamais se punha. Entrega seu trono a seu filho, Felipe II, e passa o final de sua
vida num convento…
Na década de 60, presenciei, em praça pública, numa de nossas cidades,
manifestação idêntica. Um pastor, que havia conseguido uma cadeira num
legislativo estadual, reúne seus amigos e comunica que estava renunciando o seu
cargo, sem explicações plausíveis.

Será isso uma coisa normal? Entendo que não, porque outros têm agido de
maneira diferente, especialmente os servos de Deus que, esperando no Senhor,
renovarão suas forças, subirão com asas e como águias voarão. Correrão e não se
cansarão; caminharão e não se fatigarão. Porque Ele dá esforço ao cansado e
multiplica as forças aos que não têm nenhum vigor, Is 40: 31 e 29.

Nas interrupções físicas, Deus tem dado muitas oportunidades. Cito, para glória
de Deus, o exemplo da irmã Ester Josepetti, da segunda IPR de Maringá, de
saudosa memória. Vítima de enfermidade incurável, por mais de seis anos
enfrentou-a vitoriosamente. Jamais abandonou seus compromissos com a Igreja.
Até mesmo no final de sua existência, quando a enfermidade dilacerava seus
ossos e suas carnes, ela manteve-se firme e ativa. Muitas vezes apoiada em
alguém, participava dos cultos, vigílias, reuniões de oração, campanhas, etc.
Quando não mais pôde sair de sua casa, promovia ali as reuniões de oração,
vigílias e cultos semanais. Só parou quando entrou para a glória.

Não posso também esquecer-me da irmã Soledade, da IPR de Arapongas, de


saudosa memória, que fez de sua cadeira de rodas o seu púlpito, de onde pregou
o evangelho e louvou a Deus por muitos anos.

Peço vênia para relatar minha experiência. No ano de 1979, o crepúsculo chegou
para mim, através de uma insuficiência renal crônica. Os médicos declararam que
minha enfermidade não teria mais cura. Tive de depender, daquela época em
diante, de uma máquina de hemodiálise. Grande foi minha tristeza. Estava à
frente do Seminário, presidia o Presbitério de Curitiba e fazia campanhas nas
Igrejas locais e palestras nos encontros de avivamento.

O que fazer? Parar? Fui aconselhado a assim agir. Mas o Espírito Santo, que
habita em mim, levou-me a clamar ao Senhor para que não permitisse que isso
acontecesse. Foi essa a minha oração. Como resposta, o Senhor disse que iria me
sustentar e mostrar aos médicos o seu poder. Estava, naquela época, com
cinquenta e cinco anos. Dez anos são passados e continuo à frente do Seminário
como professor e diretor, presido o Presbitério de Cianorte, a Associação
Evangélica Educacional Beneficente e participo das reuniões administrativas da
Igreja Renovada. Presido, também, anualmente, o Encontro de Avivamento de
Cianorte e, ainda, prego nos encontros de avivamento e de obreiros.

Continuo com o meu tratamento, agora, em casa, orando para que Deus não
permita que eu venha parar antes do tempo. No decorrer desses de anos, enfrentei
crises que me levaram as forças, mas continuo trabalhando.

Para você, caro leitor, que está enfrentando, ou vai enfrentar o crepúsculo,
aconselho a não parar. Procure fazer alguma coisa e Deus lhe abrirá as portas.
Não se deixe vencer, mas reaja diante do período crepuscular.

Faça sua a oração de Davi: Agora, também, quando estou velho e de cabelos
brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta
geração e o teu poder a todos os vindouros. “Não me rejeites no tempo da
velhice; não me desampares, quando for acabando a minha força; porque na
velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes”, Salmo 71:9, 18, 92:14.

………………..

Fonte: Jornal Aleluia de setembro de 1989


Reproduzido na edição especial, em homenagem ao Pr. Palmiro, de julho de
1991

O relacionamento conjugal abençoado tem


suas regras – Maio/2007
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Nilton Vieira de Mattos /por admin

Casamento é um compromisso a dois


que requer companheirismo, disposição
em compreender um ao outro, força nos momentos
difíceis e muita união.
Por isso, o matrimônio é uma comunidade de vida
e de amor para sempre, onde os cônjuges
se ajudam e se completam.
O Jornal do SBT, na edição do dia 13 de outubro de 2006, trouxe uma
reportagem em que mostrava o Censo do IBGE. Nela constava que o número de
matrimônio no Brasil subiu em dez por cento. A estatística mostrava, ainda, que
as pessoas resolvem se casar por volta dos trinta anos e que, em um ano, há
aproximadamente setecentos mil casamentos no Brasil.

Outro fato interessante, porém negativo, é que, mesmo havendo um aumento no


número de casamento, a média de sua duração, dividido por estado, é: Rio de
Janeiro, onze anos; São Paulo, sete anos; Minas Gerais, seis anos. A repórter
terminou dizendo: “que seja eterno enquanto dure”. Mas o que fazer para que um
casamento dure até que a morte separe os cônjuges?

Gênesis 2: 24 diz: “por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher,
tornando-se os dois uma só carne”. Esse texto traz princípios que, se observados,
podem levar um casal a não entrar na estatística do IBGE, mas, sim, ingressar na
vontade de Deus.

Quando Deus criou o homem logo viu que não era bom que este ficasse só. Com
isso, a vontade de Deus foi de fazer uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Isto é,
uma pessoa que estivesse ao lado do homem e fosse semelhante a ele. Quando o
homem viu esta mulher, aprovou a criação de Deus e, com isto, fora implantada a
primeira lei entre os homens, a do casamento, que assim pode ser resumida:

Deixar pai e mãe

Na atualidade, tanto o homem quanto a mulher buscam independência pessoal


dos seus progenitores. Com isso, o relacionamento no casamento tem o sentido
de começar algo novo sem a interferência de ninguém. É a chamada
independência pessoal.

Porém, independência pessoal e casamento não caminham juntos. Salomão já


dizia: “o solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira
sabedoria”, Pv 18: 1. Sem sabedoria no dia-a-dia da vida conjugal, as
dificuldades serão mais difíceis de serem superadas. Por isso, os dois precisam
dar o sentido bíblico à união conjugal e saber compartilhar esse novo
relacionamento.
Unir à sua mulher

No namoro, as pessoas se conhecem; no noivado, os dois fazem um acordo; e, no


casamento, este pacto é selado diante dos homens e de Deus através da cerimônia
civil e religiosa. Assim, vamos pedir a bênção de Deus para esta união. Bênção
essa que concede o poder ao casal para alcançar sucesso, prosperidade,
fertilidade e longevidade: “o que acha uma esposa acha o bem e alcançou a
benevolência do Senhor”, Pv 18: 22. Cônjuges, percebam e entendam que o
casamento não é com a mamãe e nem com o papai, mas o dois vão se tornar
marido e esposa.

O Senhor criou o homem e a mulher com vocação para o amor, a comunhão e a


união particular, pessoal e íntima. Ele fez o necessário para que a solidão do
homem fosse suprida pela mulher e a da mulher pelo homem. Deus fez uma
mulher com a capacidade de ajudar o seu companheiro, pois ela tinha os mesmos
sentimentos e afeições do seu parceiro. Os dois poderiam caminhar juntos.

Tornar uma só carne

Neste ponto começa o maior desafio para o casal. Porque se trata de duas pessoas
com cultura, hábitos, costumes e manias diferentes. E, quando começam a viver
juntos, logo tudo aflora. Quando eram namorados conseguiam disfarçar bem os
defeitos, mas, na convivência a dois, as coisas complicam. Por isso, o tempo de
relacionamento mostrado pelo IBGE pode ser explicado. O relacionamento
interpessoal deve ter um objetivo comum. E, se o objetivo é “viver juntos até que
a morte os separe”, os dois devem envidar esforços para vencer a si mesmos nos
pontos que os conflitam e procurar avançar mais nos aspectos que os unem e os
aproximam.

Para iniciar, um relacionamento perfeito só é possível quando há harmonia e,


para viver em harmonia, é preciso que ambos sejam um e não dois. O exemplo da
maionese pode explicar, pois, na maionese, todos os ingredientes se unem para
formar um novo sabor. O casamento deve ter um novo sabor. Depois, não deve
ser esquecida a auto-regulagem, que é a capacidade de controlar todos os
impulsos e reações que venham colocar a união em perigo, produzindo
desarmonia. E aconselha-se a pôr em prática:
A criatividade – que é a capacidade de juntos terem idéias para resolver
problemas, pois problemas todos têm. Mas o que faz a diferença é a capacidade
criadora para saírem deles juntos, sem ninguém ficar para trás.

O compromisso – que é saber que no casamento os dois têm obrigações e


deveres, e que eles devem ser respeitados. Cada um deve saber seu papel e
função no casamento. Se um falhar, os dois sofrerão as conseqüências; se os dois
acertarem nas decisões, haverá bons momentos entre eles e o fortalecimento do
relacionamento.

A responsabilidade – que implica na obrigação de cada um responder pelos seus


atos ou, quando for responsável por alguém, responder por este também. No
casamento, os dois respondem diante dos homens e de Deus por esta nova
família.

Com isso, os cônjuges podem caminhar para um casamento perfeito, pois


casamento perfeito não é aquele que não tem problema, mas aquele em que há
uma atuação mútua entre marido e esposa para que esta aliança se mantenha
sólida até que a morte os separe. Isto é simbolizado pela aliança que os dois
usam. Há dois instrumentos poderosos que Deus deu a todos: o pensamento, para
refletir, e o diálogo, para chegar a um acordo. Tudo isso temperado com amor e
fidelidade.

Considerações finais

Podemos perceber que o casamento não é somente uma cerimônia, mas é uma
vivência que requer esforço próprio. Cada um deve pensar sempre na felicidade
do outro para que a união seja duradoura. Isso tudo deve ser de acordo com a
vontade de Deus que é até que a morte os separe.

—————–

Fonte: Jornal Aleluia, maio/2007

Alguns comentários
De André Prado
Igreja Batista de Bonsucesso
Rio de Janeiro
É muito importante estarmos cientes dos planos de Deus para a formação do lar,
pois assim poderemos estar mais capacitados a resistirmos às investidas do diabo.
O destruidor de nossas vidas tem investido fortemente no relacionamento
conjugal, pois, conseguindo destruí-lo, atinge um sem número de pessoas que,
direta ou indiretamente, estão ligadas a ele. Vejo que este artigo do pastor Nilton,
ainda que abordando de forma compacta este assunto, traz à luz tudo o que é
necessário para um bom alicerce matrimonial.

Do Pr. Marco Aurélio


Lagamar, MG

A ideia de casamento surgiu na mente de Deus, e sua instituição se concretizou


com a criação do homem e da mulher. Atualmente o desafio de marido e esposa é
entender suas diferenças e olhar para aquele que os criou com o propósito de
serem um e de compartilharem os desafios cotidianos. O Pr. Nilton Vieira de
Mattos foi muito feliz em sua reflexão sobre o relacionamento conjugal
abençoado. Ele tem suas regras. Isso pelo fato de que é necessário que haja a
coparticipação para o sucesso no casamento, deixando uma realidade passada e
vivendo uma situação presente, onde os dois formam uma nova família.
Parabéns, pastor Nilton; continue a escrever e a cooperar para o sucesso de tantos
lares carentes de uma palavra segura e orientadora.

Do Pr. Eliandro Costa Cordeiro


Seminário Presbiteriano Renovado
Cianorte, PR

O Pr. Nilton relembra-nos elementos simples, porém impreteríveis ao casamento.


Infelizmente esta instituição divina tem-se tornado, a cada dia, apenas um ritual
de passagem, onde um ou outro assume um papel independente ou até mesmo de
déspota. “Ancorar-nos” na Palavra de Deus é sempre o melhor caminho. Ainda
que “aparentemente” simples, a realidade requer esforço, conforme diz o autor,
mas nada que o amor não vença. Portanto, parabéns ao pastor pelo artigo e ao
Jornal Aleluia por procurar ser sempre atual e bíblico.

Renovando a vida – Fevereiro de 2014


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Marlécio Franskoviak /por admin
“e dar-vos-ei um coração novo,
e porei dentro em vós um espírito novo;
e tirarei da vossa carne o coração de pedra,
e vos darei um coração de carne”
Ez. 36.26

Todos nós desejamos renovar alguma coisa. Uns pensam em fazer uma reforma
na casa, ampliar, pintar, modificar. As mulheres querem apenas trocar alguns
móveis: o guarda-roupas, o sofá, algumas cadeiras… Boa parte dos homens
sonha em trocar de carro. Eles têm várias razões para isso. A verdade é que todos
nós desejamos renovar alguma coisa de nosso uso ou de nosso trabalho, mesmo
que sejam algumas peças de roupa.

Agimos assim porque renovar é preciso! Só que há um detalhe: para qualquer


reforma, substituição ou renovação é preciso dinheiro. São necessários recursos
financeiros, o que nem todos têm. Mas, quero apresentar algumas áreas de nossa
vida que podemos renovar sem comprometer o orçamento da família.

Para quem está pensando numa ampla renovação, já começamos pelo nome de
nossa Comunidade: Presbiteriana Renovada.

Na área espiritual, todos nós sempre quisemos e sempre haveremos de querer


uma vida Renovada. Como a maioria, eu também gosto de pensar assim, mas
desejo algo mais, quero uma vida renovada, longa e útil, que eu não precise
trocar a todo o momento. Quero uma VIDA RENOVADA que dure, mais do que
algumas semanas, que faça a diferença neste ano e nos anos vindouros.

E fico pensando como conseguir isso. Como fluir dessa bênção.

E descubro que para renovar nossas vidas precisamos estar abertos para a
novidade de vida que Deus traz a todos nós na pessoa de Jesus Cristo, seu Filho.

RENOVAR é possível
para aqueles que querem ser regenerados

Ao nos entregarmos ao Senhor Jesus, recebemos um novo coração e um novo


espírito, fomos regenerados, transformados em novas pessoas, renovados. Deus
circuncidou os nossos corações incrédulos, dando-nos um coração que o ama e
deseja obedecê-lo.

Ser regenerado é ser transformado de velha criatura em uma nova pessoa. É


nascer de novo! É receber novo nome, mente renovada e a capacidade para ter
novas atitudes. É a capacidade de abandonar velhos hábitos. O jeito antigo do
nosso modo de ver e viver a vida; agora é transformado! E nos dá capacidade de
ver e viver a nossa história a partir do prisma de Deus.

Ser regenerado é experimentar uma ampla, intensa e plena renovação.

Tudo quanto precisávamos Deus já fez ao nos regenerar, pois um coração duro é
teimoso, não responde a Ele. O Senhor nos abençoou de tal forma, capacitando-
nos a viver em novidade de vida.

Portanto:

Chega de adiar, comece agora


a renovação em sua vida!

Bônus sem ônus é o que todos querem, mas é preciso um investimento mínimo,
senão nunca experimentaremos o que desejamos. Para que experimentemos a
renovação em nossa vida é preciso simplesmente continuarmos vinculados em
Jesus.

Nossa vida não pode estar alienada dos projetos, dos sonhos e dos objetivos de
DEUS. No livro de Esdras vemos que ele compreendeu isto muito bem. (Ed
7.27) O apóstolo Paulo nos ensina assim: “Uma coisa faço, esquecendo-me das
coisas que para trás ficam prossigo para o alvo da minha SOBERANA vocação
de Deus em Cristo Jesus”.

Deus tem algo a mais para você, tem algo a mais para sua família, tem algo a
mais para sua casa. Algo a mais da parte de DEUS. Mude hoje, mude agora tome
uma decisão e aja segundo o PROPÓSITO de Deus. E você vai experimentar a
mais profunda e mais significativa renovação que existe.

Renove a devoção
e seja bênção na família e na sociedade
Por onde começar? Comece renovando seu relacionamento com Deus. A oração
e a meditação da Bíblia certamente livrarão você do pecado, do marasmo, da
inércia, do ranço e o colocarão numa nova dimensão espiritual.
Umas das coisas que sempre entendi é que Deus sempre busca se relacionar
conosco. Ele criou meios para se relacionar com Abraão e os patriarcas, com
Moisés, com Davi, com seus juízes, com seus profetas e tantos outros.

A grande nuvem de testemunhas de Hebreus 11 fica a nos rodear, indicando que


Deus se relacionou com homens que tinham problemas como qualquer um hoje,
que pecava como pecamos, mas Deus sempre separou homens e mulheres para se
relacionarem profundamente com ELE.

Um cristão devoto é uma bênção na família, na igreja e sociedade. Tenho certeza


de que tudo começará a fazer sentido para você, de que a vida será mais colorida,
e de que o sofrimento e o vazio de sua alma deixarão de existir.

DEUS está nos esperando no lugar secreto!!! DEUS está à sua procura. Ele quer
encontrar o verdadeiro adorador, aquele que chora na presença dele e que
caminha em novidade de VIDA. Portanto, renove seu relacionamento dom Deus.
Ao fazer isto, DEUS irá renovar seu relacionamento conjugal, familiar e
profissional. Se essas coisas estão se desintegrando, é porque falta o principal –
um profundo relacionamento com Ele.

Adore a Deus pelo que Ele é: santo, justo, amoroso, e por tudo quanto Ele fez e
fará em sua vida. Quando estiver trabalhando, viajando, cantando ou mesmo
comendo uma pizza, faça tudo para a glória de Deus. A adoração alegra o
coração de Deus.

Renove sua paixão missionária

O mandamento da grande comissão ainda está em vigor e precisamos obedecê-lo.


Provavelmente você tem um parente, amigo ou vizinho que ainda não ouviu a
respeito da salvação, portanto, permita que eles vejam Jesus em sua vida.

Renove o serviço

Não há cristão convertido sem dom. Jesus aos subir ao alto levou cativo o
cativeiro e deu dons aos homens. Envolva-se em algo que glorifique ao Pai. Se
observar atentamente perceberá que nesta igreja há um espaço para você servir.
Servir é terapêutico, pois quando servimos sentimo-nos úteis e isso gera cura em
nossa alma.

Comece servindo aqueles que são recém-chegados à sua Comunidade. Renove a


alegria de pregar o Evangelho e servir aos irmãos. Você vai notar que Deus
abrirá meios e oportunidades para que isto aconteça abundantemente em sua
vida.

Renove seu amor pela sua família

Haverá um grande desequilíbrio se for bem sucedido na vida social, comercial ou


profissional, e desqualificado por não ter amado e cuidado pela própria família.

Portanto, priorize a sua família. Se você é solteiro, honre seus pais e ame os seus
irmãos. Se é casado, ame seu cônjuge e cuide dos seus filhos. Os filhos são
herança do Senhor para nossas vidas.

Salomão registrou em Eclesiastes 9: 9 que a mulher de nossa mocidade é toda


recompensa que obtivemos debaixo do sol. Sempre coubemos que o maior
desafio de um cristão é viver o Evangelho dentro de sua própria casa. Encare esse
desafio, seja um luzeiro em seu lar.

Ao renovar a sua vida você se tornará um instrumento de vida e paz na vida das
pessoas.

……………………………
Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de 2014

Halloween, uma tradição exótica que


teimamos em importar – Outubro/2003
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Mário de Jesus Arruda /por admin

Qual seria a necessidade de um estudo


sobre o Halloween, se esta é uma festa americana
e de alguns países europeus?
É que, apesar de essa festividade não ser muito
conhecida pela maioria das pessoas no Brasil,
ela vem ganhando grande espaço
em nossa cultura através de escolas primárias,
escolas de inglês, TV, clubes, etc.
Por essa razão, pais, professores e pastores
precisam saber mais sobre esta festa pagã.

O que são as festas de Halloween? O Halloween acontece nas noites dos dias 31
de outubro quando são geralmente celebradas as festas à fantasia, fogueiras e
com crianças vestidas de monstros, fantasmas, bruxas, etc., as quais saem de casa
em casa pedindo doces (brincadeira de “trick or treat”, “travessuras ou doces”).

Simbolismos e suas origens

Definição: “Hallowed” é uma palavra do Inglês antigo que significa “santo”, e


“e’en” também de origem inglesa significa “noite”, então o significado é “Noite
Santa” ou “All Hallows Eve”, “Noite de Todos os Santos”.

O dia 31 de outubro

O dia 31 de outubro não é uma escolha por acaso. No calendário celta, este é um
dos quatro principais dias de descanso das bruxas, os quatro dias de “meio
trimestre”. O primeiro, 2 de fevereiro, conhecido como Dia da Marmota, honrava
a Brigite, a deusa pagã da cura. O segundo, um feriado de maio chamado
Beltane, era, entre os bruxos, o tempo de plantar. Neste dia os druidas
executavam ritos mágicos para incentivar o crescimento das plantações. O
terceiro, uma festa de colheita em agosto, era comemorado em honra ao deus sol,
a divindade brilhante, Lugh.

Esses três primeiros dias marcavam a passagem das estações, o tempo de plantar
e o tempo de ceifar, bem como o tempo da morte e ressurreição da terra. O
último, Samhain, marcava a entrada do inverno. Nesse tempo, os druidas
executavam rituais em que um caldeirão simbolizava a abundância da deusa.
Dizia-se que era tempo de “estado intermediário”, uma temporada sagrada de
superstição e de conjurações de espíritos.
Para os druidas, 31 de outubro era a noite em que Samhain voltava com os
espíritos dos mortos. Eles precisavam ser apaziguados ou agradados; caso
contrário, os vivos seriam ludibriados. Acendiam-se enormes fogueiras nos topos
das colinas para afugentar os espíritos maus e aplacar os poderes sobrenaturais
que controlavam os processos da natureza. Recentemente alguns imigrantes
europeus, de um modo especial os irlandeses, introduziram o Halloween nos
Estados Unidos. No final do século passado, seus costumes se haviam tornado
populares. Era ocasião de infligir danos às propriedades, e consentir que se
praticassem atos diabólicos não tolerados noutras épocas do ano

A Igreja Católica celebrava originalmente o “Dia de Todos os Santos” no mês de


maio e não dia 1 de novembro como é feito atualmente. O Papa Gregório III, em
835, tentando apaziguar a situação nos territórios pagãos recém conquistados no
noroeste da Europa, permitiu-lhes combinar o antigo ritual do “Dia de Samhain”
ou “Vigília de Samhain” (algo parecido com o que os católicos fizeram no Brasil
com os deuses africanos e os santos da igreja no tempo da escravidão). O Panteão
de Roma, templo edificado para adoração de uma multiplicidade de deuses, foi
transformado em igreja. Os cristãos celebravam ali o dia dos santos falecidos no
dia posterior ao que os pagãos celebravam o dia de seu Senhor dos Mortos.

Druidas

Estes eram membros de um culto sacerdotal entre os celtas na antiga França,


Inglaterra e Irlanda que adoravam deuses semelhantes aos dos gregos e romanos,
mas com nomes diferentes. Pouco se sabe sobre eles, pois os sacerdotes
passavam seus ensinamentos apenas oralmente jurando e fazendo jurar segredo.

Algumas práticas porém são conhecidas. Eles moravam nas florestas e cavernas,
e diziam dar instruções, fazer justiça e prever o futuro através de vôo de pássaros,
do fogo, do fígado e outras entranhas de animais sacrificados. Os druidas também
ofereciam sacrifícios humanos e tinham como sagrados a lua, a “meia-noite”, o
gato, o carvalho, etc. Os druidas foram dizimados pelos romanos na França e
Inglaterra antes do final do primeiro século, mas continuaram ativos na Irlanda
até o quarto século.

Bruxas e fantasmas
Os antigos druidas acreditavam que em uma certa noite (31 de outubro), bruxas,
fantasmas, espíritos, fadas, e duendes saiam para prejudicar as pessoas.

Lua cheia, gatos e morcegos

Acreditava-se que a lua cheia marcava a época de praticar certos rituais ocultos.
O gato estava associado as bruxas por superstição. Acreditava-se que as bruxas
podiam transferir seus espíritos para gatos, então acreditava-se que toda bruxa
tinha um gato. O gato era tido como “um espírito familiar” e muitos eram mortos
quando se suspeitava ser uma bruxa.

Os druidas também tinham os gatos como animais sagrados, acreditando terem


eles sido seres humanos transformados em gatos como punição por algum tipo de
perversidade. Representavam portanto seres humanos encarnados, espíritos
malvados, ou os “espíritos familiares” das bruxas. A cor do gato originalmente
não era um fator importante. O morcego, por sua habilidade de perseguir sua
presa no escuro, adquiriu a reputação de possuir forças ocultas.

O mamífero voador também possuía as características de pássaro (para o


ocultismo, símbolo da alma) e de demônio (por ser noturno). No período
medieval acreditava-se que demônios transformavam-se em morcegos.

Cabeças de Abóbora (“Jack-o-lanterns”)

A lanterna feita com uma abóbora recortada em forma de “careta”, veio da lenda
de um homem notório chamado Jack, a quem foi negada a entrada no céu, por
sua maldade, e no inferno, por pregar peças no diabo. Condenado a perambular
pela terra como espírito até o dia do juízo final, Jack colocou uma brasa brilhante
num grande nabo oco, para iluminar-lhe o caminho através da noite. Este talismã
(que virou abóbora) simbolizava uma alma condenada.

“Travessuras ou Doces” – “Trick or Treat”

Acreditava-se na cultura celta que para se apaziguar espíritos malignos, era


necessário deixar comida para eles. Esta prática foi transformada com o tempo e
os mendigos passaram a pedir comida em troca de orações por quaisquer
membros mortos da família. Também neste contexto, havia na Irlanda a tradição,
que um homem conduzia uma procissão para angariar oferendas de agricultores,
a fim de que sua colheitas não fossem amaldiçoadas por demônios. Uma espécie
de chantagem, que daí deu origem ao “travessuras ou doces” “Trick or Treat”.

As máscaras e fantasias

As máscaras têm sido um meio de supersticiosamente afastar espíritos maus ou


mudar a personalidade do usuário e também de comunicação com o mundo dos
espíritos. Acreditava-se enganar e assustar os espíritos malignos, quando vestidos
com máscaras. Também em outras culturas pessoas tem usado máscaras para
assustar demônios que acreditavam trazer desastres como epidemias, secas, etc.
Grupos envolvidos com magia negra e bruxaria também usam máscaras para
“criar uma ligação” com o mundo dos espíritos.

As fogueiras

A palavra inglesa para fogueira (de acampamento, festas, etc.) é “Bonfire”.


Alguém pode até pensar que quer dizer “fogo bom”, mas na verdade vem de
“Bone” (osso) + “Fire” (fogo). Nas celebrações da “Vigília de Samhain” nos dias
31 de outubro, os druidas acreditavam poder ver boas coisas e mal agouros do
futuro através do fogo. Nestas ocasiões, os druidas construíam grandes fogueiras
com cestas de diversos formatos e queimavam vivos prisioneiros de guerra,
criminosos e animais. Observando a posição dos corpos em chama, eles diziam
ver o futuro.

As cores laranja e preta

As cores usadas no Halloween, o laranja e o preto, também tem sua origem no


oculto. Elas estiveram ligadas a missas comemorativas em favor dos mortos,
celebradas em novembro. As velas de cera de abelha tinham cor alaranjada, e os
esquifes eram cobertos com tecidos pretos.

O Halloween hoje

Vejamos agora a celebração atual do Halloween. Não é uma temática de trevas,


morte, medo, ameaças, destruição e mal? Há bruxas, vassouras, morcegos,
corujas, esqueletos, morte e monstros. Há lugares do mundo (cada vez mais) em
que as crianças se disfarçam de demônios, bruxas e fantasmas, e saem à rua
quando já está escuro, para repetir o que faziam os Druidas: pedir comida – só
que agora pedem guloseimas e, em vez de maldições, ameaçam com travessuras.

No Halloween há adivinhações, velas e invocação de espíritos. Há sacrifícios de


cães, gatos, ratos, galinhas, cabras e até de seres humanos! Podemos pensar: “não
é para levar isso tão a sério”. No entanto, o maligno leva a sério, e Deus também.

O que a Bíblia diz

Sobre o culto ao medo: 2Tim 1: 7

Sobre um dia especial dedicado ao mal: Salmos 118: 24

O que Deus pensa dessa práticas e seus praticantes: Deut.18: 9-14;


Isa. 8: 19; Lev. 19: 26, 31; 20: 6-8; 20: 27;

Sobre as chantagens da esmola: Salmo 37: 25

No Novo Testamento: Gal. 5: 19-21; Apoc. 21: 8; 22: 15

Nossa resposta: Rom. 12: 2; 1João 4: 4; Efés. 6: 12; 1Pedro 5: 8-9; 2Cor. 2: 11.

Refletindo …

Existe algo de ruim nisto?

Quer dizer que esta simples festividade com pessoas e crianças se fantasiando,
pedindo doces é um remanescente de antigas práticas de magia negra, culto aos
mortos e outras coisas sinistras?

Tire suas conclusões:

Nos Estados Unidos foram proibidas as orações públicas. O princípio do


sectarismo tirou das escolas a celebração do Natal. Mas o Halloween permanece.

O abrigo de gatos de Chicago tem uma procura muito grande de gatos pretos
durante os festejos de Halloween. Temendo que os gatos estivessem sendo
usados em rituais macabros pelos que se auto-proclamam bruxos, a Sociedade
Protetora de Animais excluiu a adoção durante essa temporada.
No Brasil e no mundo estão aparecendo pessoas se auto-intitulando bruxos.
Simbolismo apenas? Pense em alguns símbolos e analise-os. Há algum
significado? Há alguma importância? Há alguma influência? Exemplo: bruxas,
fantasmas, cabeças de abóbora, fantasias macabras, etc.

Deve uma igreja acolher tais festividades?

Deve um crente participar de tais festividades? Hoje, mais e mais casos de


sacrifícios humanos ocorrem no mundo ocidental justamente nesta época.

Em Jeremias 10: 2, lemos: “Não aprendais o caminho das gentes”. Uma pessoa
que deseja agradar a Deus deveria dedicar seu tempo e apoio a celebrações como
esta? Deveria permitir que seus filhos participem nas atividades populares
relacionadas com esse festival pagão? Estamos cultivando os frutos do Espírito
ou permitindo que ocasiões como esta nos façam cultivar uma tendência à
idolatria, inimizade, luta, ciúmes, ódio e egoísmo (Gl 5: 19-23)? O Halloween
promove o amor a Deus e a Seu Filho Jesus ou nos envolve com demônios,
bruxarias e uma quantidade de outras atividades que são especificamente
condenadas na Bíblia?

O Halloween nunca foi uma festividade cristã e não tem lugar na vida de um
crente que nasceu de novo em Cristo Jesus. Na verdade, é uma abominação ao
Senhor, e devemos tomar uma posição firme contra essa festa e tudo aquilo que
ela encerra. Vemos que sua história é claramente pagã, e que a expressão
moderna também o é.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de outubro de 2003

Desceu Cristo ao Inferno? – Outubro/2002


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Mário de Jesus Arruda /por admin

O texto de 1Pedro 3: 18-20 tem sido motivo


de muitos debates entre teólogos
e cristãos. Mas, será que Cristo desceu
a um mundo inferior entre
a sua morte e ressurreição?
É o que vamos analisar.

As várias interpretações

1) Interpretação arminiana – Defende que os contemporâneos de Noé não


tiveram nenhum redentor e nenhum guia. Portanto, Deus teve de lhes suprir esta
deficiência e, assim, por fim, o Senhor ressuscitado lhes trouxe a salvação. Para
eles, a rejeição do Evangelho no passado não foi uma rejeição final e definitiva.

Mas, será que a morte não coloca um fim no período em que Deus opera com
Sua graça para salvar pecadores? Será que existe neste texto de Pedro o ensino de
uma nova oportunidade para os ímpios se salvarem, mesmo depois de sua morte?
A grande dificuldade é que os santos do Antigo Testamento já haviam crido no
Messias e, por isso, estavam justificados, Rm 4: 3; Gl 3: 6-9.

2) Interpretação luterana diz que Cristo morreu e, antes de ser ressuscitado, teve
seu espírito restituído ao corpo e, na totalidade de sua natureza humana, foi ao
inferno e proclamou sua vitória a Satanás. Mas, essa interpretação traz
dificuldade porque não havia tido ainda nenhuma manifestação de vitória de
Cristo.

3) Interpretação anglicana ensina que a alma de Cristo desceu ao inferno para


conquistar a morte e o diabo (tomar as chaves) e para libertar as almas dos
homens justos e bons, que desde a queda de Adão morreram por causa de Deus e
na fé e na crença em Jesus, que estava para vir. Sua conquista destruiu qualquer
reivindicação que o diabo tinha sobre os homens, e a descida foi parte do
“resgate” pago por Cristo.

Mas, as Escrituras não ensinam que os crentes do Antigo Testamento foram para
o Hades e que Jesus lá desceu para libertá-los. Esses crentes foram estar com
Deus após a sua morte, Sl 73: 23-24. Enquanto Cristo estava na terra, Elias e
Moisés já estavam com Deus no céu, e não no Hades, 2Rs 2: 11; Lc 9: 29-32.

Análise bíblica de 1Pedro 3: 18-20

1) Qual o significado das expressões


“carne” e “espírito vivificado”?
Neste texto, Pedro está contrastando dois estados de existência de nosso
Redentor.

a) O estado de limitação de Cristo.

“Na carne”: este estado é a natureza humana de Cristo, 1Pe 4: 1; 1 Jo 4: 2; 2Jo 7;


Jo 1: 14; 1Tm 3: 16, Rm 1: 3-4. A expressão “morto na carne” faz referência
quando Jesus morreu e saiu do estado de fraqueza e de limitação.

b) O estado de não-limitação

“Espírito vivificado”. A expressão “vivificado no espírito” se refere à natureza


divina de Jesus. Seu estado antes de sua encarnação. E foi neste estado que Ele
pregou aos “espíritos em prisão”.

Quando o texto fala que Jesus “vivificado em espírito foi e pregou, não está se
referindo a um lugar depois de sua morte, mas onde Ele estava quando havia
desobedientes dos tempos de Noé” (v. 20). Foi neste espírito que Ele pregou
através dos profetas.

“Também”. A palavra “também” do v. 19 mostra a ênfase do estado de limitação


para o estado de não-limitação. Dito de outra forma: Cristo pregou quando estava
em nosso meio, como homem (dias de Sua carne), mas também pregou como
Divino (não-limitação) nos dias de Noé através dos profetas.

2) Quando Cristo pregou?

O ensino desta passagem não é o que Cristo fez entre a morte e a ressurreição,
mas o que Ele fez no seu estado antes da Encarnação – estado não-limitado, no
tempo de Noé, 1Pe 1: 8-12.

3) Qual o conteúdo da pregação? O que Cristo pregou?

Jesus pregou o evangelho aos contemporâneos de Noé. Espiritualmente, Cristo


estava presente em Noé quando este era o “pregoeiro da justiça”, 2Pe 2: 5. Em
1Pe 1: 10-11, o apóstolo mostra o evangelho sendo pregado pelos profetas. Noé
certamente pregou aos seus contemporâneos o evangelho e convocou-os ao
arrependimento.
4) Quem são estes “espíritos em prisão”
a quem Cristo pregou?

A expressão “espíritos em prisão” se refere às pessoas que no tempo de Noé


(noutro tempo) rejeitaram a sua pregação e que foram consideradas “espíritos em
prisão”, incapazes de fazer qualquer coisa que os deixassem livres.
Permaneceram no cativeiro espiritual; permaneceram incrédulos quanto à
mensagem pregada por Noé e na prisão de suas almas.

Concluímos, portanto, afirmando que:

1) Não aceitamos: uma descida literal de Cristo ao Inferno; que o diabo possuía
as “chaves” da morte e do inferno, que Jesus as tomou dele; uma segunda chance
de salvação aos desobedientes após sua morte.

2) Aceitamos: que Cristo esteve sempre presente tipologicamente no Antigo


Testamento, pregando através dos profetas o Evangelho de Salvação, Rm 4: 3; Gl
16-9, 2Pe 2: 5.

Fontes bibliográficas

1) Revista Fides Reformata, vol. IV, nº 1, 1999


2) Revista Os Puritanos, nº 1, ano IX, 2001

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de outubro de 2002

Simonton: o missionário que trouxe o


Presbiterianismo ao Brasil –
Novembro/2002
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Mário de Jesus Arruda /por admin

Texto elaborado pelo Pastor Mário de Jesus Arruda

(1833 – 1867)

Durante o curso no Seminário,


a idéia de ser missionário não
o deixava em paz, até que escreveu à junta de missões oferecendo-se para
trabalho
no Brasil.

Depois de 54 dias num barco


a vela, Simonton entrou na baía
de Guanabara. Era agosto
de 1859.

Simonton nasceu em West Hanover, estado da Pensilvânia, nos EUA, sendo o


nono e último filho de um conceituado médico, deputado federal e devoto cristão.
Ao batizarem o filho, os pais o dedicaram a Deus e ao ministério do evangelho.
Sendo muito honesto consigo mesmo, não se sentia um bom cristão.

No seu diário, transcrito em parte no livro “Simonton”, podemos ver sua luta
íntima. Aos 22 anos, sentiu necessidade de buscar seriamente a Deus pela oração
e cuidadosamente pela leitura da Bíblia. Fez então sua pública profissão de fé e
seguiu para o seminário de Princeton. Durante o curso, a ideia de ser missionário
não o deixava em paz, até que escreveu à junta de missões oferecendo-se para
trabalho no Brasil.

Depois de 54 dias num barco a vela, Simonton entrou na baía de Guanabara. Era
agosto de 1859. Diz o seu diário: “É difícil descrever as emoções com que saudei
esses píncaros elevados (o Pão de Açúcar e Corcovado). O sentimento
predominante é de alegria, pela conclusão feliz da longa jornada, aliado ao temor
da grande responsabilidade e dos problemas dos trabalho que me espera”.

A primeira tarefa a que se dedicou de corpo e alma foi a de aprender a língua


portuguesa. Procurava conversar tanto com adultos como crianças, sempre
estudando e se aprimorando, até que dominou o português tanto na fala como na
escrita. Esse fato muito contribuiu para o sucesso do jornal “Imprensa
Evangélica”, cujo primeiro número foi publicado em novembro de 1864.

Entre as metas cardinais para a implantação do reino de Jesus Cristo no Brasil,


Simonton realçava a importância de literatura evangélica. “A Bíblia, e também
livros e folhetos evangélicos, devem inundar o Brasil. É impossível envolver um
país tão vasto sem o auxílio da palavra impressa”. Muitos liam e reliam a
“Imprensa Evangélica”, na qual Simonton publicava editoriais e seus sermões,
além de contribuições de outros. Passados muitos anos, ainda havia um crente
chamado Juca, que morava no Rio das Antas e ainda preservava sua coleção,
recitando de memória trechos dos sermões de Simonton.

Em seu primeiro ano no Brasil, iniciou uma Escola Dominical com os filhos de
amigos e vizinhos. Em seu diário escreve: “Este é o primeiro ano completo que
passo no Brasil. Essa escola, algumas Bíblias e folhetos postos em circulação,
constituem o conjunto do meu trabalho entre os brasileiros. Sinto a minha falta de
fé e oro por sucesso. Almejo por pregar Cristo mais experimentalmente por ser
capaz de falar daquilo que conheço, porque Cristo o revelou a mim”. Não tardou
a fundação de uma igreja em 1862, recebendo duas pessoas por pública profissão
de fé.

Nesse ano Simonton fez uma viagem aos EUA para ver sua mãe enferma e
prestar relatórios às igrejas. Também conheceu Helen Murdoch, com quem se
casou em março de 1863. O diário diz: “Para mim, meu futuro lar no Brasil
colore-se de cores vivas. Dou graças a Deus por me ter provido graça, coragem e
amor no coração daquela a quem dediquei afeições, a ponto de se dispor a
separar-se de amigos, do lar e da terra natal, a fim de compartilhar da minha vida
o dos meus labores”.

Voltaram ao Brasil. Foi um ano de alegrias inéditas até o nascimento de sua


primeira filhinha. Nove dias depois, diz o diário: “Que Deus tenha misericórdia
de mim, pois águas profundas rolam agora sobre minha alma. Helen jaz num
caixão, na sala. Deus a tirou tão rapidamente que tudo ainda parece sonho”.
Depois de algum tempo a pequena Helen foi para a casa dos tios, missionários
em São Paulo. O versículo que sustentara Simonton no passado ainda falava ao
seu coração: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”.

Simonton, agora mais que nunca, vivia pelo trabalho de compartilhar Cristo.
Nesta época o padre José Manoel da Conceição professou a sua fé em Cristo e foi
batizado. Simonton e Conceição foram grandes colaboradores no trabalho de
implantação da igreja nestes primeiros tempos, cooperando também na
“Imprensa Evangélica”, cuja influência não foi alcançada por nenhuma outra
agência empregada pela missão.
O ano de 1865 viu a organização do primeiro presbitério e o Sr. Conceição foi
ordenado o primeiro ministro presbiteriano brasileiro. Nesta época, quando o
Presidente Lincoln foi morto, Simonton pregou o sermão usando como texto o
salmo 46:1-3, sermão que tocou os corações de crentes e descrentes.

No final de 1866, diz o diário: “No retrospecto de minha própria vida durante o
ano que agora se finda, sinto-me culpado. Aponto algumas obras realizadas da
melhor maneira possível, mas em medida tenho eu progredido na direção do céu?
Aí é que me sinto em falta. Não consigo ir além da prece do publicano ‘Tem
misericórdia de mim, pecador’. Como suspiro por um coração inteiramente
dominado por Cristo!”

Fundou no Rio a primeira Escola Dominical e Igreja Presbiteriana, um jornal, um


presbitério e, agora, um seminário para alcançar uma outra meta principal: “a
formação de um ministério nacional idôneo, isto é, pastores brasileiros para
brasileiros”. Cristo certamente o vinha dominando.

Sem o saber, chegara ao seu último ano de ministério. No prédio da igreja no Rio
funcionava uma escola primária com 70 alunos. Escolas para os filhos de crentes
também eram uma meta principal. Continuava a viajar pelo interior, pregando e
zelando pelo testemunho fiel de cada membro e pela evangelização pessoal, cada
crente comunicando o evangelho a outra pessoa.

Em seu dia a dia, Simonton vivia o que pregava. Neste curto ministério de oito
anos recebeu 80 pessoas na igreja, fruto visível de uma vida consagrada a Deus.
Em dezembro de 1867, contando somente com 34 anos, Simonton morreu em
São Paulo, vítima de febre amarela. Dois dias antes de sua morte, sua irmã
perguntou se tinha alguma palavra à sua igreja no Rio. Simonton replicou: “Deus
levantará alguém para tomar o meu lugar. Ele usará os seus instrumentos para o
Seu trabalho”. E assim o tem feito. Louvado seja o Senhor!

…………

Fonte: Texto elaborado pelo Pastor Mário de Jesus Arruda


Fonte principal: TICKER, Ruth A. Até aos Confins da Terra.
São Paulo. 1986. Vida Nova
Biografia publicada no Jornal Aleluia de novembro de 2002
Retroceder? Jamais – Maio/2016
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Lauro Celso de Souza /por admin

Hebreus 10.36-38

Em verdade vos afirmo que necessitais de perseverança, a fim de que, havendo


cumprido a vontade de Deus, alcanceis plenamente o que Ele prometeu; pois
dentro de pouco tempo “Aquele que vem virá, e não tardará. Mas o justo viverá
pela fé! Contudo, se retroceder, minha alma não se agradará dele”

Desde o início há aqueles que perseveram e avançam, e, aqueles que desanimam


e retrocedem. Ao longo de minha caminhada cristã e pastoral tenho observado
este fato. Mas a questão é: de que grupo você faz parte. Dos que avançam ou dos
que retrocedem? À luz do texto acima, pense comigo:

I – Volta de Jesus: “Aquele que vem, virá e não tardará”

Em Habacuque 2.3, lemos: Porquanto esta visão se cumprirá num tempo


determinado no futuro; é uma visão que fala do fim, e não falhará! Ainda que
demore, aguarde-a confiante; porque ela certamente virá e não se retardará. Deus
é fiel em cumprir sua Palavra. Nesta linha precisamos avançar cheios de fé e
esperança.

A ordem bíblica é: vigiar e orar. Estamos vivendo tempo de apostasia,


relativismo, credulidade e incredulidade. Mas hoje precisamos firmar nossa fé na
Palavra. Há qualquer momento Ele (Jesus) pode vir buscar a sua igreja. Você está
preparado? Pense com seriedade sobre esta questão tão séria.

II – Perseverança: “Em verdade vos afirmo que necessitais de perseverança”

Perseverar, permanecer, ser constante é atitude daqueles que não retrocedem.


Adão e Eva, os patriarcas, os juízes, os profetas, os apóstolos, os crentes do NV
sempre tiveram dificuldade em perseverar. Hoje não é diferente.

Se não cultivarmos a nossa vida espiritual através da oração, Palavra, comunhão,


serviço e prestação de contas, fracassaremos. Não podemos perder o foco:
“olhando para Ele autor e consumador da fé”. Ninguém chega a lugar nenhum se
não tiver foco e perseverança.
III – Fé: “Mas o justo viverá pela fé”

Nada melhor do que lembrarmos Hebreus 11.1: “Ora, a fé é o firme fundamento


das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”. Qual é o
fundamento da nossa fé? A Palavra de Deus, em Romanos 10.17, lemos: Logo a
fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. A nossa fé precisa estar
arraigada, fundamentada, sedimentada na Palavra de Deus. Em Hebreus 11,
temos o registro dos heróis da fé que venceram e não retrocederam. Leia com
atenção e faça um confronto com a sua vida.

Concluindo, corajosa e ousadamente vamos declarar que pertencemos ao grupo


dos que avançam e não retrocedem. Que Deus nos ajude. Por Jesus, amém.

Maio de 2016

Os sonhos e seu preço – Agosto/2013


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Lauro Celso de Souza /por admin

“DEUS é o nosso refúgio e fortaleza,


socorro bem presente na angústia.”

Salmo 46:1

Toda pessoa que sonha paga um alto preço. Assim foi com José do Egito, um
exemplo bastante conhecido. Os matadores de sonhos não são as pessoas mais
distantes. São os da própria casa, os mais próximos, os da comunhão eclesiástica,
os companheiros da liderança. Convido você a refletir sobre isso para não ser
incluído na lista dos matadores de sonhos e nem ter seus sonhos mortos.

Sonhe os sonhos de Deus

Quando temos convicção de que Deus está conosco não temos medo ainda que
todos se levantem contra nós. É óbvio que podemos pagar um preço alto, mas
nada nos intimida. É bem conhecido o caso de Neemias que teve o sonho da
reconstrução dos muros de Jerusalém. Foi em frente e Deus o honrou. Quando
estamos na direção de Deus, temos segurança, firmeza.

Sonhe comigo os sonhos de Deus para esta Igreja. Deus tem feito muitas
promessas que ainda não se cumpriram. As que se cumpriram são a garantia de
que as demais se cumprirão. Concluir a construção do templo, enviar filhos da
igreja para os campos missionários, implantar projetos sociais, produzir DVDs
para o ministério de louvor, enfim, expandir e multiplicar as células de
comunhão, edificação e evangelismo, tudo isto e muito mais está por vir.

Quero motivar esta nova geração visionária que está despontando, e aos mais
experientes, a dar todo suporte necessário para que os sonhos de Deus se
realizem e se cumpram efetivamente na vida desta igreja.

Seja perseverante:
José não desistiu

José sofreu a inveja e perseguição de seus irmãos, a calúnia da esposa de Potifar,


o sofrimento do cárcere, o esquecimento do copeiro-mor, mas ficou firme
esperando em Deus. Foi um alto preço pago, mas valeu a pena. Não pelo fato de
ter-se tornado vice-rei do Egito, mas pelo fato de salvar a sua família, o seu povo
da fome, da morte. “Se a semente cair na terra e não morrer fica só, mas se
morrer produz fruto”.

Quantos que se levantam para abortar nossos sonhos. Por que razão? Porque todo
sonhador incomoda. Constitui ameaça àqueles que querem ficar na zona de
conforto, na mesmice, na rotina, no saudosismo, no passado. Quero motivar você
a perseverar em seus sonhos. Há um campo fértil pela frente. Os desafios são
enormes. Às vezes precisamos vencer gigantes; noutros momentos, temos de
lidar com as ‘raposinhas’ que sutilmente procuram devassar nossos sonhos.

Lance sua confiança inteira


e plenamente no Senhor

Nas horas em que pensamos que estamos sozinhos, Deus levanta companheiros
para estarem conosco na batalha. Sempre Deus coloca um ‘Cirineu’ em nosso
caminho para amenizar nosso sofrimento.

Você e eu temos oportunidade, no curso de nossa caminhada, de servir de


Cirineu a alguém e, vezes por outra, recebermos os benefícios dos cirineus que
Deus coloca ao nosso lado, no nosso caminho. Vamos em frente. Vamos
continuar sonhando.
Deus garante a vitória!

……………………………

O milagre da multiplicação – Agosto/2010


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Lauro Celso de Souza /por admin

Que atitudes tomar para que


aconteça o milagre da multiplicação?

2Samuel 6: 1-7

Fomos criados para crescer, multiplicar, encher a terra, Gn, 1:28. Deus chama a
Abraão e lhe faz promessas de que sua descendência seria tão numerosa como as
estrelas no céu e a areia do mar, Gn 12. Jesus nos chama e envia para fazermos
discípulos, Mt. 28: 19. De acordo com o relato de Atos 2: 47, Deus acrescentava
todos os dias novos convertidos à Igreja. No século XXI, com todos os recursos
que temos, convém entender que, para crescer, multiplicar, povoar o céu,
precisamos:

Ampliar nossa visão de crescimento

O lugar em que habitamos nos é estreito, v.1. Precisamos nos libertar da visão
míope e sermos levados para um lugar espaçoso, Sl 18:19. Temos de nos libertar
das quatro paredes, da zona de conforto, dos embaraços desta vida, Hb. 12: 1. Há
quem só pense em crescimento financeiro ou numérico. Mas é preciso pensar nas
múltiplas áreas de crescimento, tanto social, cultural como, sobretudo, a
espiritual.

Ser cooperador e aceitar sugestões

Ninguém consegue fazer nada sozinho, v. 2. Se atuarmos juntos, seremos


melhores no trabalho, na obra de Deus. Há o apoio mútuo, o encorajamento, o
incentivo. O companheirismo. Um complementa o outro, 1 Co 12: 12-31.

Estar debaixo da autoridade

Para crescermos sem conflitos é importante entendermos o princípio da


autoridade. Os discípulos foram ao profeta Eliseu, pediram-lhe permissão e o
convidaram para ir com eles, vv. 2b e 3. Os insubmissos dão lugar ao diabo e
pecam contra Deus. (A rebeldia é pior que a idolatria). Esteja sempre debaixo da
autoridade espiritual. Eliseu foi com eles, avalizando o trabalho por eles
realizado. E houve bons resultados.

Prestar contas

Finalmente, temos de entender que somos convocados para fazermos a obra e


precisamos prestar contas ao nosso Senhor. Precisamos assumir compromisso
sério com o Senhor da obra. Precisamos devolver o “machado” ao seu legítimo
dono, ou seja, fazer a prestação de contas. Um dia seremos chamados a fazer
isso. Então, será necessário, no dia-a-dia, que o Senhor esteja conosco para fazer
com que o milagre aconteça e o machado flutue.

Concluindo, acima de tudo, precisamos estar com as mãos limpas e o coração


puro. Deus quer fazer o milagre da multiplicação em sua vida, em sua família, na
sua célula, na Igreja. Então, de sua parte, eis o grande desafio: responder
positivamente ao chamado Senhor.

……………………………

Fonte: Jornal Aleluia, ed. 355, p. 15, de agosto de 2010.

Jesus é amoroso e sensível – Fevereiro de


2014
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Lauro Celso de Souza /por admin

A dádiva incomensurável de Jesus ao mundo é a revelação do amor de Deus para


conosco! Ele próprio é o amor encarnado. É a expressão máxima da “Glória de
Deus”. Jamais conheceríamos a Deus, se Jesus não no-lo houvesse revelado.
Jesus, como Deus, e Deus homem, é amoroso e sensível às nossas dores, sejam
elas quais forem. À luz dos textos de 1João 4.16; Lucas 19.41 e João 11.35,
reflita comigo:

Deus é amor

Como podemos experimentar do amor de Deus? Podemos conhecê-lo em nossas


vidas através de Jesus, do seu sacrifício por nós na cruz. Paulo, em Romanos 5.8,
deixa claro que o “amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito
que nos foi dado”. Jesus disse em João 15.26b: “Eu o mandarei a vocês da parte
do Pai, e Ele falará a respeito de mim”.

Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz tão somente por amor à
humanidade. Porque Jesus é o amor de Deus encarnado, ele torna-se sensível às
nossas lágrimas, decepções, sofrimentos, angústias e dores.

Chorou por Jerusalém

Quando ia chegando, vendo a cidade chorou – Lucas 19.41. O contexto bíblico


nos mostra um momento de festa, de júbilo. Jesus entrava de forma triunfal na
cidade de Jerusalém. Vestes e palmas eram colocadas na estrada, discípulos e
multidão exclamavam extasiados: “Bendito é o Rei que vem em nome do
Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas.” Não obstante a euforia, Jesus
olha para a cidade e chora.

Se pudéssemos retroceder no tempo e chegar próximo dEle e perguntar: Mestre,


o clima é de alegria, é o auge de teu ministério, todos te aclamam, porque
lágrimas rolam em tua face? Jesus sempre via além. A óptica de Jesus é bifocal.
Viu a incredulidade do povo, a falsidade dos religiosos e a Jerusalém que seria
destruída num futuro próximo. Compadeceu-se de Jerusalém. Jesus chorou!

Chorou por nós

Jesus, movido de grande compaixão, chorou, João 11: 35. Por inferência, acredito
que Jesus chorou no horto de Getsêmani e, em muitos outros momentos, e chora
até hoje por nós. Por que Jesus chorou? Porque é humano também. É o Verbo
que se fez carne e habitou entre nós (João 1.14). Ele sente as nossas dores, nossos
sofrimentos. Ele viu as lágrimas de Marta e Maria e a falsidade dos religiosos da
época. Em Romanos 12.15 está escrito: “chorai com os que choram”. Como nós
nascemos e vivemos uma boa parte de nossa vida chorando, Jesus chora conosco
e por nós. Chora por nos amar.

Felizes os que choram

Mas Jesus também nos consola. Em Mateus 5.4 está registrado: “Felizes os que
choram, porque Deus os consolará”. Que haja lágrimas de arrependimento, de
confissão de pecados, de amor pelas vidas que perecem. Lágrimas por aqueles
que sofrem à nossa volta, pelos doentes, enlutados. Chora pelos órfãos, pelos
encarcerados pelo pecado, pelos víciados e pelos violentos. Chora por nós e pelos
nossos irmãos que passam por dificuldades, as mais diversas possíveis.

Esse é o Cristianismo de um Jesus que chora. Que Deus nos ajude a sermos
assim compassivos.

…………..
Fevereiro de 2014

Como lidar com a morte – Dezembro/2013


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Lauro Celso de Souza /por admin

A morte é consequência do pecado. “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De


toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do
bem e do mal não comerás; porque, no dia que dela comeres, certamente
morrerás” (Gênesis 2.16-17). Pela desobediência do homem, entrou a morte. A
partir desse momento, a humanidade tem enfrentado a questão da morte.

A princípio, não gostamos de comentar nem de ouvir falar sobre este assunto.
Parece que é algo tão distante que só acontece com outras pessoas, ou nas outras
famílias. Quando chega a nossa vez, estamos despreparados e, muitas vezes,
ficamos reféns destes momentos tão tristes. À luz da Bíblia, gostaria de refletir
com você sobre esta realidade que acaba, dia mais, dia menos, alcançando a
todos nós.

Somos consolados porque Jesus ressuscitou: “Ele não está aqui, mas ressuscitou”
(Lucas 24.6a). A ressurreição de Jesus é a garantia da nossa ressurreição. “A
estes também, depois de ter padecido (Jesus), se apresentou vivo, com muitas
provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas
concernentes ao Reino de Deus” (Atos 1.3).

Somos consolados porque Cristo venceu a morte: “Tragada foi a morte pela
vitória” (1Coríntios 15.54b). Podemos desafiar a própria morte, pois a vida que
temos é eterna. “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta
vida está no seu Filho. Aquele que o Filho tem a vida; aquele que não tem o
Filho de Deus não tem a vida” (1João 5.11-12).

Somos consolados porque, enfim, o crente não morre: “Todo o que vive e crê em
mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (João 11.26). A morte física para o
crente é o momento de sua promoção de sua casa terrena para a celestial, deste
mundo de trevas para o mundo de luz. Aqui forasteiro, lá cidadão definitivo do
céu. Você é convertido a Jesus? Seus queridos são também. Fique tranquilo. A
morte é problema para os descrentes, para os perdidos. Para o salvo e, para seus
familiares, não.

Somos consolados porque temos esperança: É o que nos assegura o apóstolo


Paulo: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus foi derramado
em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5.5).
Estaremos para sempre com o Senhor.

Somos consolados porque cremos na ressurreição: A ressurreição de Jesus é a


garantia de que ressuscitaremos no último dia (Romanos 6)

Conclusão: “Consolemo-nos uns aos outros com estas palavras”.

……………….

Dezembro de 2013

Balido de ovelhas, mugido de bois –


Julho/2011
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Lauro Celso de Souza /por admin

A obediência foi, é e sempre será o pilar número um para uma vida vitoriosa em
todos
os aspectos.

1Samuel 15.22b diz: “A obediência é melhor do que sacrifício”. O ser humano


sempre teve dificuldades em obedecer.

Essa atitude começou no Éden


e perdura até hoje, no tempo da graça.
Mesmo depois de termos passado pelo processo do novo nascimento, sendo
salvos por Jesus, membros do Corpo de Cristo, continuamos enfrentando esse o
terrível problema da desobediência. Precisamos trabalhar contra isso
constantemente em nossas vidas. 1Samuel 15 nos ensina lições preciosas que nos
ajudam a vencer as dificuldades na área da obediência. Vejamos algumas:

Ouvir a mensagem do Senhor

Deus tinha o compromisso de fazer justiça contra os amalequitas que haviam


afrontado os israelitas quando saíram do Egito. A ordem era clara: “Vai, pois,
agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe
poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e
ovelhas, camelos e jumentos”. 1Samuel 15: 3. Era um juízo radical sobre os
amalequitas, mas era ordem do Senhor. Não deveriam poupar nada e a ninguém.

Ser radical no cumprimento


da ordem do Senhor

Saul cumpriu em parte a ordem. Poupou Agague e o melhor do rebanho.


Precisamos ter cuidado com nossas ações e conduta. Ordem dada, ordem
cumprida. Não podemos fazer concessão ao pecado. Saul e seus soldados
encheram os olhos com o melhor dos amalequitas. Traduzindo para nossos dias,
isso significa aderir aos prazeres e buscar riquezas, adquiridas fraudulosamente.

Assumir responsabilidade

Temos a tendência de transferir responsabilidade como fez Saul. Mas o balido


das ovelhas e o mugido dos bois denunciaram a desobediência de Saul. Quando
Samuel pede explicações a Saul, Ele procura transferir a responsabilidade para
seus soldados. Saul procurou “sair pela tangente”, dizendo que havia ido
sacrificar ao Senhor…”. Mas Deus deixa muito claro que sacrifício sem
obediência é pecado. Precisamos ter muito cuidado ao celebrarmos ao Senhor.
Sem obediência, a adoração, louvor, celebração, oração, pregação, entrega de
dízimo e oferta ou qualquer outra coisa que se faça é pecado. Primeiro
obediência, depois o sacrifício.
Assim, conclamo a todos à obediência custe o que custar. Humilhe-se, deixe a
arrogância, o orgulho de lado e seja obediente como foi Jesus: “ate a morte e
morte de cruz”. Obediência sem cruz não existe. Pela cruz nos foi aberto o
caminho que nos dá acesso ao trono.

…………………………..

Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2011

No alvorecer de 2018 – reflexão –


Janeiro/2018
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Lauro Celso de Souza /por admin

No alvorecer de 2018

Enquanto o mundo existir, sempre haverá semeadura e colheita, frio e calor,


verão e inverno, dia e noite (Gênesis 7.22b – BLH)

Deus fez uma aliança com Noé que nunca mais destruiria o mundo com água e
lhe garantiu que o mundo seguiria o seu caminho, conforme o texto acima. É de
nossa experiência que um ano sucede a outro ano. Findamos 2017 e iniciamos
2018.

O que temos a contar do ano que se findou? Qual é nossa expectativa para o ano
atual? Convidamos você a refletir conosco sobre este tema.

O ano de 2017 foi muito decisivo para todos nós como pessoa, família, igreja e
país. Como pessoa, vimos as grandes transformações tecnológicas,
principalmente na área da informática. Mas também o avanço do pecado.
Menosprezo aos valores éticos e morais. Na família, uma banalização total. Perda
completa do foco principal que é Deus. Na igreja, um espírito mercadológico
muito forte, um espírito de competição demoníaco. Um espírito de rebelião
reinando e tomando conta de muitos corações, outrora dóceis e sensíveis à
obediência aos seus líderes. No país, a corrupção grassando escancaradamente.
Pouca coisa se fez para acrescentar para o cidadão brasileiro.

Entretanto, se esses indicativos mostram que as coisas não caminharam bem,


com a iniquidade aumentando e o amor se esfriando, tudo é prenúncio da volta
do Senhor Jesus! ALELUIA! O que fazer diante desse quadro? Tentaremos
oferecer algumas sugestões que, se seguidas, poderão nos ajudar a dar nossa
parcela de contribuição para as necessárias mudanças:

Devemos assimilar e colocar em prática os princípios exarados nas Sagradas


Escrituras no que tange à nossa conduta cristã. Caráter ilibado, testemunho
comprovado, vida santa, amor fraternal e de servo, perdoar tantas vezes quanto
for necessário, primar pela obediência, exercer a fé simples, porém poderosa.
Viver uma vida santa e de intimidade com o Senhor.

Nós, como igreja, haveremos de nos dedicar muito mais uns aos outros, servindo
uns aos outros, orando uns pelos outros, amando uns aos outros. Perdoando-nos
uns aos outros. Suportando-nos uns aos outros. Sendo instrumento de bênçãos
uns aos outros. Lealdade aos líderes e à igreja. Amar os cultos e desejar participar
deles, da EBD, dos treinamentos, retiros, acampamentos, cursos (aliança, homem
ao máximo, mulher única), encontro de casais, de família, das células, dos grupos
de evangelismo. Contribuir com dízimos e ofertas. Usando a linguagem popular:
vamos “vestir a camisa” da igreja.

Deus tem compromisso com a família –


Julho/2012
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Lauro Celso de Souza /por admin

“Disse o Senhor a Noé:


Entra tu e toda a tua casa na arca,
porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração”, Gn 7:1

“Então falou Deus a Noé dizendo:


Sai da arca, tu com tua mulher, e teus filhos e as mulheres de teus filhos”, Gn
8:16

“E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo


e serás salvo, tu e a tua casa”, Atos 16:31

Deus tem um cuidado todo especial com a família. A família é composta de


esposo, esposa e filhos. Eventualmente podem fazer parte da família pessoas
consanguíneas ou afins. A família precisa ser abençoada e abençoadora. Em meio
a uma geração corrompida e famílias desestruturadas, somos chamados por Deus
para fazer diferença. Sermos exemplo, modelo. Que responsabilidade!

Noé, pela sua fidelidade e justiça, alcança sua salvação e de sua família. O
julgamento de Deus veio sobre a raça humana através das águas do dilúvio.
Todavia, Noé e sua família foram poupados. Deus está olhando para o homem e
deseja ardentemente estabelecer aliança de salvação através de Cristo Jesus. “Crê
no Senhor Jesus, e, serás salvo tu e tua casa (família)”. Deus procura um membro
da família para dizer: entra na arca tu e tua família. Se você já foi alcançado pelo
Senhor, saiba que há uma promessa de salvação para sua família. Seja fiel a
Deus. Creia na Palavra. Dê bom testemunho de sua fé. Honre o Cristo do
Cristianismo. Não perca a esperança. Toda sua casa pode perfeitamente ser salva.
Este é o propósito de Deus.

Faça de sua família uma família abençoadora. Confesse a Jesus como Senhor de
sua família. Que o temor do Senhor domine todo sentimento de sua família, tanto
nas atitudes como nas decisões, agindo sempre sob a orientação e direção do
Senhor.

Faça de sua família uma família acolhedora. Acolha aqueles que necessitam de
amparo, de ajuda, de salvação. Lázaro convidou Jesus para ir a sua casa. Acolheu
a Jesus e foi muito abençoado. Acolha uma célula de evangelismo, comunhão e
crescimento.

Estabeleça um clima de comunhão familiar. Que o esposo, no temor e intimidade


com o Senhor, a esposa no interior da casa e os filhos em volta da mesa sejam
instrumentos de bênçãos. Exerça o princípio do perdão. Viva em amor. Seja
instrumento de paz. “Bem-aventurados os pacificadores…”. Que sua vida
familiar seja uma inspiração às pessoas mais próximas. Viva a santidade em
família.

Concluindo, nossa oração é que cada membro alcance testemunho externo de


viver em comunhão e amor na família, na igreja. Esta é a maior mensagem que o
mundo espera de nós como Igreja, como Corpo de Cristo.

Que Deus nos ajude. Por Cristo Jesus, amém.


……………………………

Artigo inserido no site em julho de 2012

Onde foi parar a nossa causa? –


Março/2006
19 de junho de 2018/0 Comentários/em José Pereira de Loyola Jr. /por admin

Tudo existe porque há um motivo.


Quando desaparece o fator motivacional,
desaparece também tudo o que foi gerado
por esse fator. Por exemplo, um dia acontecerá
o arrebatamento da igreja
e, então, não haverá mais motivo
para a existência do Cristianismo bíblico
sobre a face da Terra. A igreja só existe
por causa de Jesus Cristo.

Era o ano de 1987 quando me converti na 2ª IPR de Ponta Grossa, PR. Fui
batizado em uma chácara que tinha uma piscina com águas correntes (o que era
fora do comum na época) pelo então pastor da nossa igreja, o Pr Daniel Zaponi
(que saudades!). Jesus tornou-se o motivo da minha existência física, emocional
e espiritual. Não conseguia mais viver sem o Espírito Santo morando em meu
coração. Eram meus primeiros dias de vida cristã.

Em Cianorte. Que emoção! Lembro-me até hoje do cheiro daquele ônibus velho
e barulhento, de nossa chegada àquela cidade, pra mim pequena, mas muito
significativa. Já tinha ouvido falar sobre o derramar do Espírito Santo e suas
consequências. Os dons espirituais eram buscados por todos que desejavam
ansiosamente uma renovação espiritual. Esses não conseguiam mais ser meros
religiosos dentro da igreja. O que queriam mesmo era ser discípulos de Jesus
Cristo.

Por isso, muitos falavam das maravilhas que Deus operava naquele lugar. Na
época, ainda existiam as federações nacional e presbiteriais, que realizavam forte
movimento de busca pela obra do Espírito Santo entre jovens e senhoras. Quando
a diretoria visitava uma igreja, podia ter certeza de que haveria batismo com o
Espírito Santo, profecias, visões, revelações e muita unção da parte do Senhor.
Era muito bom. Se não me engano, o presidente da FENAJIR – Federação
Nacional de Jovens da Igreja Presbiteriana Renovada – era um jovem (hoje meu
amigo) chamado Douglas do Valle. Hoje pastor da 2ª IPR de Londrina, PR.

Ah, sim, me lembro! Esse jovem me inspirava. As lideranças regionais tinham


em quem se espelhar. As mocidades das igrejas locais eram motivadas a buscar
ao Senhor constantemente. E eles buscavam. Buscavam com prazer. Buscavam
porque acreditam na causa em que estavam envolvidos. Buscavam porque tinham
a certeza de que as razões que os impulsionavam eram celestiais. Buscavam
porque os resultados mostravam que havia muitas pessoas querendo ter mais
experiências com a obra do Espírito Santo.

Já em Cianorte, nunca tinha visto tanta gente que acreditava na mesma coisa
junta. Era como se Atos dos Apóstolos estivesse acontecendo ali: “Em cada alma
havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos… todos os que creram
estavam juntos… perseveravam unânimes… tomavam as suas refeições com
alegria e singeleza de co-ração… louvando a Deus e contando com a simpatia de
todo o povo…”, At 2: 43-47. A realidade bíblica tornava-se uma realidade
pessoal para cada encontrista. Isso fortalecia cada vez mais a causa abraçada por
todos.

Por falar em “louvando a Deus”, quem não se lembra daquelas músicas. A


canção “Os guerreiros se preparam…” fazia ecoar a voz dos pastores. “Obra
Santa do Espírito” era o hino oficial da renovação espiritual. Os cânticos eram
entoados mais com a boca espiritual do que com a do corpo. Era possível ver no
brilho dos olhos de cada cristão a chama ardente do Espírito Santo. E, quanto
mais ardia, mais cantavam. Quanto mais cantavam, mais ardia o ardor pela causa.

Quem não se lembra daqueles alojamentos, dos banheiros, dos colégios públicos,
daqueles colchões, das filas para o almoço, das refeições, da salada de repolho,
da carne com batata, da sala de oração cheia de gente. E, por incrível que pareça
para os nossos dias, a sala de oração sempre estava cheia de pessoas que
buscavam o batismo com Espírito Santo e o exercício dos dons espirituais. Havia
momentos em que era impossível entrar ou andar dentro dela porque o espaço era
pequeno para a quantidade de crentes que ali estavam.

O fato é que eu estive lá e, numa época em que o padre Marcelo Rossi nem
conhecia a música “tem anjos voando neste lugar”, eu me sentia como se o céu
estivesse baixando realmente ali. Essa sensação era visível na expressão facial
dos encontristas. Era como se os anjos nos servissem constantemente. Era como
se a interação entre o mundo espiritual e o mundo humano não tivesse limites.
Era como se a divisória entre o campo celestial e o campo material deixasse de
existir por alguns instantes. Era como se a causa divina houvesse incorporado em
todos e se tornasse uma forte causa para os humanos cristãos.

Eu, de origem religiosa (por parte de pai, adventista; por parte de mãe,
presbiteriana), estava envolvido completamente nessa causa. A “Renovada”,
como era conhecida em nossa cidade, estava alicerçada numa espécie de causa
trinitária, que se constituía na ênfase ao poder do Espírito Santo, à santificação e
ao evangelismo.

Foi uma época interessante. O fato é que a gente acreditava. Eu quase morava na
igreja. Ia de terça a domingo (e às vezes na segunda-feira, na casa do pastor
Daniel e da irmã Nelcy Zaponi).

Você pode ler este texto e me achar saudosista. E quem sabe até seja mesmo.
Porém, tínhamos uma causa. Uma grande, divina, forte e santa causa. Hoje eu me
pergunto: onde ela foi parar?

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de março de 2006

Desafios de um novo tempo – Maio/2006


19 de junho de 2018/0 Comentários/em José Maurício Pereira /por admin

Chegou o momento de a IPRB


dar continuidade em cumprir
o propósito de Deus em sua vocação
histórica na conquista
do Brasil
Deuteronômio 1: 10-11

Esta meditação originou-se do sermão que preguei no 36° Encontro de


Avivamento e Missões da IPRB, em Cianorte – 08/04/2004. Refletindo sobre a
realidade do mundo atual e dos desafios que esperam a igreja neste novo milênio,
cheguei a algumas conclusões que compartilho com os leitores.

Hoje vivemos na pós-modernidade. São dias de mudanças e de multiplicação da


ciência, da quebra de tabus e do controle remoto, dos celulares, do computador e
da internet on-line. Vivemos em um mundo de plástico, onde tudo é descartável.
É também neste tempo de valores passageiros que as pessoas na sociedade se
tornam desprezíveis e desvalorizadas.

A Igreja é desafiada a fazer a diferença. É neste mundo de desesperança e


perdição que Deus tem desafiado a igreja a trazer um tempo novo de salvação e
avivamento. Um tempo que deve ser de grandes desafios e realizações; de
conquistar novos territórios e ampliar a visão ministerial; de vitórias e de
expansão do Reino de Deus.

Percebo que a Igreja Presbiteriana Renovada está convocada para os desafios


deste novo tempo: 1) esta convocação tem ressoado no coração de muitos, e
gostaria muito que ressoasse no seu também; 2) Este desafio nos tem mobilizado
e feito aflorar em nós a capacidade de executar com dedicação e resultados a obra
que Deus nos confiou.

Assim sendo, podemos considerar


algumas afirmações importantes:

1. Apesar dos desafios do presente século, Deus tem uma grande colheita de
almas a entregar a quantos crêem que podem, por graça, realizar um ministério
frutífero.

2. O crescimento da IPRB, a multiplicação de suas fileiras e a participação mais


efetiva na expansão do Reino de Deus, o cumprimento do IDE de Jesus mediante
a evangelização sistemática através das células, grupos familiares ou pequenos
grupos é apenas uma questão de tempo.
3. Chegou o momento de a IPRB dar continuidade em cumprir o propósito de
Deus em sua vocação histórica na conquista do Brasil.

Moisés liberou uma palavra profética a uma a geração de pessoas que iria
conquistar Canaã, Dt 1: 11. Afirmo, em convicção muito forte e baseado na
atualidade da Bíblia: 1) esta é uma palavra atualizada de Deus para a IPRB, e
para quantos se apoderarem dela para sua vida e ministério; 2) O alvo de Deus
para nós é superar os desafios da pós-modernidade e expandir o Reino de Deus.

Visando ampliar nossa visão e ajudar-nos na superação dos desafios dos dias em
que vivemos, ofereço algumas sugestões:

Observe o ministério de Jesus

Jesus é o melhor referencial para o novo tempo porque foi vanguarda em seu
tempo e superou os desafios de seus dias. Hoje, todos buscam um referencial ou
modelo para sua vida, ministério e para a Igreja. Todos buscam se espelhar em
alguém ou em algum método. Convido o leitor a se espelhar em Jesus, sua forma
de viver e de conduzir sua vida. Então vejamos:

Sua relação com o Pai. Esta relação foi responsável pelo sucesso de todo projeto
na vida de Jesus. O caminho do sucesso da igreja hoje esta em valorizar a relação
com Deus: na vida de comunhão, consagração, adoração e principalmente em
uma vida de santidade. Não há conquistas sem Deus. Jesus prezou a comunhão,
buscando Deus para a sua vida. A verdadeira espiritualidade não está em meios
ou métodos, que podem, de forma secundária, oferecer uma excelente ajuda. Mas
a base do sucesso espiritual é a comunhão e vida com Deus, Mt 14: 23; Lc 6: 12.
Jesus valorizou o que vinha do Pai para sua vida.

Sua relação com o Espírito Santo. Quem fez a diferença na vida e no ministério
de Jesus foi o Espírito Santo. Ele guiou, operou e realizou as obras do Pai na vida
de Jesus. Para vencer os desafios do tempo presente, valorize a unção dele em
sua vida. Seja um homem espiritual. A unção do Espírito Santo capacitou Jesus a
cumprir todo o projeto de Deus para sua vida, At 10: 30. Não há possibilidade de
realizarmos a obra do ministério com êxito sem o poder e a unção do Espírito
Santo.
Observe sua relação com os homens

O alvo de Deus sempre foi os homens. Jesus entendeu isto e exerceu seu
ministério buscando homens para a salvação, treinou um grupo com
direcionamento especifico de dar continuidade à obra por ele iniciada.

Jesus treinou pessoas. Homens necessitam de acompanhamento, atenção e


valorização para que possam dar os frutos que Deus espera. No discipulado,
podemos oferecer treinamento, acompanhamento e aconselhamento, para
gerarmos homens devotados a Deus e que dêem prosseguimento ao mesmo
ministério de Jesus.

Jesus se identificava com as pessoas. As necessidades das pessoas falavam ao seu


coração e Ele supria e ajudava a todos que o buscavam. A igreja deve
desenvolver um ministério integral que atenda o homem como todo: o espiritual,
o emocional e o material, Mc 8: 2.

Jesus tinha a resposta para as pessoas. A isso podemos chamar de Ministério da


provisão. É sair na frente. É ter o que o outro precisa. Se quisermos não receber
de outros, temos de ter a revelação de Deus para o presente e pagar o preço. Caso
contrário devemos ter a humildade de aprender e receber o que Deus tem
distribuído através de tantos nestes dias, Mt 14: 19.

Conscientize-se da vocação da Igreja

A cada geração Deus confia a realização da obra a um grupo que compõe o corpo
de Cristo na face da terra. Como este grupo dos dias atuais não podemos nos
escusar, pois temos de ser resposta para nosso tempo. Somos parte do projeto de
Deus nesta geração. Conscientizar as pessoas e integrá-las ao mover de Deus
para hoje se faz necessário, se quisermos cumprir com resultados o nosso
chamado para este tempo novo.

Somos parte da geração com a visão de conquistar o Brasil. Temos de estar


abertos ao que Deus está fazendo hoje. Os patriarcas, os profetas, os apóstolos,
cada qual teve o seu tempo e realizaram com êxito o ministério por Deus a eles
confiado. Chegou o nosso tempo e agora a nossa vez de cumprir este mesmo
chamado.
Somos a igreja de hoje. Devemos exercer o mesmo ministério de Jesus, com a
visão de Deus para os dias atuais: valorizar o Pai, caminhar na unção do Espírito,
ganhando, consolidando, treinando e enviando pessoas a conquistar outros,
visando ao crescimento do Reino de Deus e à expansão da Igreja.

Exerça o ministério voltado a um novo tempo

Quando estamos do lado de fora de um projeto de qualquer natureza, podemos ter


duas atitudes: se gostarmos, aplaudimos e, se não gostarmos, vaiamos. Quando
porém fazemos parte, nos sentimos responsáveis tanto pelos acertos quanto pelos
erros. E, diante do que Deus está fazendo, tanto podemos ficar de fora ou fazer
parte, depende de nossa posição. O que vemos nos dias atuais é que:

Se Deus tem dado um ministério de multiplicação,


então que devemos crer.

Se crermos que Deus tem liberado uma Palavra profética a esta geração, então
devemos, como parte do corpo de Cristo, recebê-la, Dt 1: 11.

Se Deus tem levantado um exército de valentes conquistadores, então devemos


nos envolver.

Deus deu à IPRB uma grande experiência – o avivamento; Ele provou que
podemos – nos equipou com dons e com a unção do Espírito Santo; Deus nos deu
uma visão de conquista e multiplicação – Devemos aceitar o desafio e cumprir o
propósito de Deus. “Ninguém pode impedir um homem determinado a cumprir o
propósito de Deus”. Então: seja você este homem.

Diante do exposto:

Não abra mão de seu território.


Temos conquistado e não podemos voltar atrás.

Confirme o que você tem semeado. A colheita virá em breve.

Mantenha limpo o céu de sua vida. A santidade é meio eficaz para vencer.

Continue declarando que os desafios serão superados, pois é chegado o templo da


colheita e da multiplicação.
……………………

Fonte: Jornal Aleluia de maio de 2004

Desafio ministerial da atualidade –


Fevereiro/2003
19 de junho de 2018/0 Comentários/em José Maurício Pereira /por admin

Como homens e mulheres


de Deus desta geração, estamos
perante o desafio de levarmos
a igreja a uma realidade que faça frente
à atual forma de vivência humana
e social

Como ministros e líderes cristãos deste tempo de possibilidades e de desafios


ministeriais, somos levados a nos conscientizar de que vivemos uma época de
uma revolução de conceitos e valores, de mudanças abrangentes e profundas tais
que ainda não tomamos ampla consciência de sua exata a dimensão.

Cabe-nos velar para que, no cenário de uma globalização crescente, as conquistas


da igreja não se restrinjam a simples questão de ser apenas mais uma organização
religiosa. E sim um organismo vivo que gere transformações profundas e intensas
na evolução da nossa sociedade.

A chamada globalização tem-nos deixado em um mundo sem fronteiras, todavia


a dolorosa verdade é que, junto com as fronteiras das nações, caem os principais
valores éticos, morais e espirituais que foram estabelecidos por Deus para reger a
vida do homem na face da terra.

Considero que, quanto mais o homem se fechar no seu indiferentismo e no


individualismo do seu mundo de solidão, mais ele se descobrirá carente e
necessitado do conhecimento de Deus e da salvação pela graça em Jesus Cristo.

Os fatos que se apresentam têm condenado homens e mulheres a viver em uma


sociedade cada vez mais individualizada, quase intransponível. Porém cada vez
mais necessitados da revelação do amor de Deus que sempre será a resposta para
os mais profundos anseios humanos.

Perante este novo quadro de fenômenos como a globalização, sobretudo a que é


imposta aos menos favorecidos e carentes, que sofrem sem uma verdadeira opção
ou orientação que norteie suas vidas perante essa nova realidade, a pergunta que
fica para os futuros ministros do evangelho é: como a igreja se comportará? Que
tipo de ministério deverá ser exercido?

São dúvidas que nos desafiam a sermos criteriosos e nos tornarmos em obreiros
de maior valor e que busquem o resgate do homem da era digital.

A graça de Deus, que é a solução para a humanidade, e sobretudo a salvação, terá


de se revelar pela dedicação de homens e mulheres valorosos que tenham o
propósito de combater forças escravizadoras, inimigos que não se podem ver,
mas que criam crises e instabilidade na família e em comunidades inteiras.

O valor do ministro

O valor de um homem de Deus é dimensionado não apenas pelo seu discurso,


mas principalmente por sua espiritualidade e aplicação dos princípios de Deus
em sua própria vida. Nós vivemos em dias de profundas transformações e as
necessidades humanas se tornam ainda mais prementes diante dos falsos ensinos,
do materialismo, do consumismo desenfreado, da exploração pelos poderosos, da
falsa segurança representada por uma vivência de pura aparência e, sobretudo,
por uma religiosidade formal.

A igreja é desafiada frente ao descompromisso e o esfriamento da fé e do amor


como cumprimento do tempo do fim. Faz-se necessário um comprometimento
ainda maior, uma dedicação ainda mais sacrificial. É preciso ser destemido e
fazer cumprir a chamada ministerial perante tamanhos desafios.

Uma experiência passada, por mais válida que tenha sido, por mais consistente
que tenha parecido, por si só não será suficiente perante tão grande desafio da
modernidade.

Para avançar e manter-se na vocação de Deus, é necessário que sejamos homens


e mulheres de visão, de compromisso com a verdade e de percepção espiritual na
atuação ministerial, neste cenário de mutações constantes, sob pena de se tornar
evasivo o nosso ministério.

Em muitos casos serão dispensáveis a liturgia e os rituais. O que é imprescindível


é a consistência dos princípios de fidelidade a Deus e ao ministério. Como bem
expressou o apóstolo Paulo em Colossenses 4:17: “Cuida do ministério que
recebestes do Senhor, para o cumprires”.

Como ministros devemos ser arautos e precursores de uma realidade, onde se


valorizem os princípios e não os ritos. O ministério deve ser cumprido com
entusiasmo, fé e amor ao chamado. Devemos fazer com que a salvação e a
Justiça de Deus se estabeleçam tanto nos palácios dos mais abastados quanto nas
choupanas dos desafortunados.

Que possamos entender que para cuidar do essencial é preciso muitas vezes
despir-se do secundário. Para se fortalecer é necessário despojar-se do que seja
apenas acessório, do que seja somente rito ou liturgia religiosa, porém jamais dos
princípios fundamentais que norteiam a fé cristã.

Como igreja devemos escancarar as portas do Reino dos Céus a esta geração,
levando aos lares, às ruas e praças a verdadeira mensagem da redenção. Um
ministério direcionado a gerar transformação de vidas e não apenas mudanças
ocasionais.

Afinal, como vaticinou o apóstolo em Romanos 1: 16: “Porque não me


envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele
que crê”.

As múltiplas abrangências
de nosso ministério

01) Vivemos em tempos de uma revolução de conceitos e valores, de mudanças


abrangentes e profundas tais que ainda não tomamos ampla consciência de sua
exata a dimensão.

02) Diante disso, não se restrinja a ser apenas mais uma organização religiosa.
Faça de sua Igreja um organismo vivo que gere transformações profundas e
intensas na evolução da nossa sociedade.
03) O quadro social e moral escravizador que a globalização nos impõe não é
maior que a graça de Deus, que é a solução para a humanidade e terá de se
revelar pela dedicação de homens e mulheres valorosos, que usem mais que
rituais ou liturgias, mas firmem-se na verdade, na fé, nos princípios, na esperança
e na certeza da ação libertadora e transformadora do Senhor.

………………
Fonte: Jornal Aleluia, fevereiro de 2003

Crescer em Deus é possível – Maio/2006


19 de junho de 2018/0 Comentários/em José Maurício Pereira /por admin

O apóstolo Paulo, ao escrever


a Carta à Igreja em Éfeso, procurou trazer
à mente de seus destinatários
algumas verdades relevantes:
a) o eterno propósito de Deus (1: 3-14);
b) a graça redentora a todos os homens (2: 1-10);
c) a unidade da Igreja (4: 1-16);
d) a necessidade de um viver diário
digno do Senhor (5: 6).

Para Paulo, aplicar esses princípios na vida resultaria em um crescimento


espiritual sadio, levando o cristão à estatura da maturidade de Cristo ou à
“estatura de varão perfeito”. Efésios 2: 21.

É possível vencer as barreiras e crescer

O versículo que deu base a esta meditação fala-nos de um edifício que, estando
bem ajustado, terá como resultado o crescimento espiritual. Nestes últimos
meses, venho edificando uma residência. A cada dia, vejo que o tijolo e a
argamassa, somados ao trabalho de um profissional da construção civil, pouco a
pouco fazem crescer um bonito edifício.

O propósito de Deus é ajustar nossas vidas de forma que cresçamos em todas as


áreas do nosso viver, o que culminará em um forte edifício. Seremos homens e
mulheres sarados, abençoados, vencedores e maduros espiritualmente. Contudo,
apesar de ser esse o propósito de Deus, nem sempre isso tem ocorrido.

Ao olharmos para dentro de nós mesmos, para o nosso homem interior, temos
encontrado limitações, barreiras e mesmo cadeias emocionais que tendem a gerar
uma vida limitada, de frustrações, que atrapalham o nosso crescimento em Deus.
Diante disso, surge-nos uma pergunta: o que fazer?

Lamentar, ou mesmo disfarçar, como se tudo estivesse bem, e acabando por


aceitar tais situações de fracasso ou derrota seria uma opção. Ceder às limitações
e, como escravo, manter a vida presa a estas realidades seria outra. Mas superar
e, pela graça de Deus, obter o crescimento por Ele idealizado seria, com toda
certeza, a melhor de todas as opções.

Como cristão, acredito que podemos superar e mesmo alcançar o crescimento


idealizado por Deus em todas as áreas de nossas vidas.

O rei Davi, ao viver um momento de limitação interior, de acusação da


consciência e perda da comunhão com Deus pelo pecado, bradou no Salmo 51:
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto”…
Sim, um coração puro e um espírito reto são o primeiro fator que nos ajudará a
crescer em Deus, vencendo as limitações.

Situações que causaram transtornos a si mesmo e a outros, prejuízos, ofensas e


mesmo o distanciamento de Deus pelo pecado ou esfriamento espiritual
necessitam ser reparados. Pergunte-se: o que eu devo fazer para reparar esta
situação? Zaqueu tem muito a nos ensinar sobre reparar ou restituir.

Esteja disposto a reparar, a restituir, a voltar atrás, se necessário for. Ofereça


oportunidade para que Deus possa refazer sua vida e a de outras pessoas.

Fraquezas, pecados e mesmo os reveses da vida precisam ser confessados ou,


então, tornar-se-ão cadeias e prisões tais que será impossível rompê-las. Confesse
seus pecados a Deus e obtenha o Seu perdão.

Mudanças necessitam ocorrer em sua vida e não são impossíveis. Para obtê-las,
basta disposição e força de vontade para mudar. Faça uma auto-análise.
Considere o que há de errado e mude sua vida, pautando-a nos princípios da
Palavra de Deus.

É possível buscar transformação e crescer

O segundo fator é estar aberto ao novo de Deus. Paulo bem expressou em sua
Segunda Carta aos Coríntios: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura
é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Alguns, só de pensar,
nem é necessário falar, e já deixam a resistência ao novo brotar em seu coração.
Apenas por ser novo deve ser rejeitado?

O passado por vezes nos domina. Em alguns, por haver sido muito bom, uma
grande experiência com Deus, um momento inesquecível. Diante disto, não
conseguem acreditar que possa surgir novamente algo tão bom e aí ficam presos
ao passado. Para outros, foi muito ruim, ou mesmo doloroso, e o medo de se ferir
novamente os impede de crer em algo novo que possa ser de fato bom.

Bem, não importa. O que passou passou e não voltará outra vez. Por que razão
ficar preso ao que já passou e resistir o novo de Deus? Tire os olhos do passado,
viva o seu presente como um presente de Deus para você. Aprenda a olhar para o
futuro. O melhor de Deus ainda está por vir em sua vida. Você se lembra do
relato sobre as bodas de Caná da Galileia?

É possível crer em Deus e crescer

Finalmente, deixo com você umas poucas sugestões que suponho lhe ajudarão
em seu crescimento em Deus.

a) Procure sempre se ver com a perspectiva de Deus.

b) Seja uma pessoa idealista, acreditando sempre no melhor.

c) Não desperdice seu tempo pensando nos fracassos e reveses da vida.

d) Aprenda com as experiências e siga sempre em frente.

e) Nunca culpe a ninguém por fracassos ou desilusões na vida.

f) Assuma sempre a responsabilidade de suas ações e atitudes.


g) Acredite nos sonhos e no chamado de Deus para você.

Ah… não se esqueça: crescer em Deus é possível!

………………

Fonte: Jornal Aleluia de maio de 2006

As chaves do avivamento – Maio/2006


19 de junho de 2018/0 Comentários/em José Maurício Pereira /por admin

“Bem-aventurada aquela que creu


que se hão de cumprir
as coisas que da parte do Senhor
lhe foram ditas”
Lucas 1: 45

A história da igreja cristã registra vários avivamentos que tiveram grande valor
no desenvolvimento e crescimento da obra do Senhor, no decorrer dos séculos. A
Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil é fruto de avivamento, enviado por Deus
na segunda metade do Século XX, mais precisamente nos anos sessenta. Somos
uma igreja de raízes históricas no presbiterianismo e fruto da renovação
espiritual. Isto significa que cremos na unção e no exercício dos dons do Espírito
Santo para os dias de hoje.

Por essa razão, a IPRB tem estabelecido como meta, nestes próximos anos,
enfatizar o reavivamento de Deus em suas fileiras. Ao pensarmos em avivamento
o que nos vem à mente? (Solicito que você, leitor, coloque este tema em sua
mente enquanto faz a leitura deste artigo).

O maior avivamento que o mundo já conheceu e que resultou na revelação do


salvador, no derramar do Espírito Santo e o no estabelecimento da igreja de
Jesus, teve seu início na revelação de Deus através de um anjo enviado pelo
Senhor a uma jovem do século primeiro, no interior de Israel, em uma cidade
chamada Nazaré, na Palestina do século I da era cristã.

O evangelista Lucas registra, no evangelho que leva o seu nome, no primeiro


capítulo e nos versos 26 e 27: “Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por
Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com
um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria”.

Ao empreendermos uma análise da experiência vivida pela jovem Maria,


podemos, além de revermos a história do anúncio do nascimento de Jesus, nosso
único e suficiente Salvador e Senhor, obter as chaves que muito nos ajudarão a
uma vida cheia do avivamento de Deus.

Segundo o texto, aquela jovem esboçou algumas atitudes em relação à revelação


de Deus para sua vida e que culminariam no maior de todos os avivamentos da
história: a encarnação do verbo de Deus.

O verso vinte e oito diz: “Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo”.


Alegria é uma das características básicas e importantes do avivamento. O
apóstolo Paulo escreveu em sua Carta aos Filipenses, no capítulo quatro, verso
quatro: “Alegrai-vos sempre no Senhor”.

Que tipo de alegria o anjo revela em sua expressão a Maria? Das festas, das
conquistas e realizações humanas? NÃO. Ele revela a alegria de sermos
escolhidos de Deus – Ela se alegraria de ser escolhida do Senhor.

A alegria de saber que Deus é conosco – Maria se alegraria de ter Deus sempre
com ela.

Avivamento não nasce na tristeza, nas letras ou no esforço humano e sim na


alegria de saber que o Senhor está conosco. Entendo que a primeira chave do
avivamento é: deixar a alegria do Senhor invadir nosso coração e nos motivar a
nos alegrarmos e celebrarmos diante dele como fez Miriã, no deserto, após
grande livramento de Deus a seu povo.

Outra chave fundamental para o avivamento, encontramos no verso trinta: “Não


temas,… pois achaste graça diante de Deus”.

O avivamento não é gerado por homens, por conceitos humanos, por estratégias
nascidas nas pesquisas ou nos bancos das grandes faculdades teológicas.
Avivamento é um ato soberano de Deus. Se, de fato, queremos avivamento
genuíno temos de, primeiro, agradar ao Senhor. Avivamento é graça de Deus.
Não há avivamento sem que Deus se agrade de nós. Israel só obteve suas maiores
conquistas quando Deus se agradou de seu povo. Deus se agradou daquela jovem
e fez dela protagonista do maior avivamento de todos os tempos. A encarnação
do Verbo de Deus e a revelação da salvação a todos os homens através de Jesus.
Assim, se Deus se agradar de nós, seremos uma das igrejas mais avivadas do
Brasil, porque a segunda chave do avivamento é achar graça aos olhos de Deus.

No verso 35 o anjo expressou: “Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do


Altíssimo te cobrirá com a sua sombra”. Nesta frase encontramos a terceira chave
para o avivamento genuíno: estar sob a cobertura do Espírito Santo. Nunca
haverá avivamento genuíno sem o mover da do Espírito Santo e sem o derramar
do poder do Altíssimo.

O Espírito Santo é o agente promotor de todos os avivamentos da história, desde


Abel, no início da história humana, até os mais recentes avivamentos da igreja
pós-moderna. Jesus disse: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo”. E o profeta Joel vaticinou: … Derramarei o meu Espírito sobre toda a
carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos,
os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas
naqueles dias derramarei o meu Espírito.

Todos os avivamentos genuínos da história brotaram em apenas um lugar: na


sombra do Onipotente. É aí que a IPRB, seus líderes, pastores, professores de
teologia e todo o seu povo devem estar, se de fato queremos um avivamento
genuíno e poderoso para marcar a história da igreja, do Brasil e do mundo neste
novo século.

Finalizando, convido o leitor a observar o versículo trinta e sete que expressa:


“Para Deus não haverá impossível em todas as suas promessas”.

Avivamento é o cumprir das promessas de Deus na vida de seu povo. Abraão


esperou na promessa de ser pai de uma multidão, Moisés em tirar o povo da casa
da escravidão e celebrar a Deus no sopé do monte Sinai. Josué em conquistar a
terra prometida. E a IPRB, o que espera?

Nossos primeiros pais acreditaram que, na força do Espírito Santo, conduziriam


uma “Obra Santa” e assim o fizeram. Cabe agora a esta nova geração, da qual eu
e você temos o privilégio de fazer parte, de reivindicar as mesmas promessas,
depender mais do Espírito Santo, caminhar no caminho da santidade, trilhar o
caminho do avivamento e não ter medo do novo de Deus para a igreja do século
XXI, pois, afinal, como afirma o evangelista Lucas, em Atos 2.39: “A promessa
vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que…o Senhor nosso Deus
chamar. E Deus está nos chamando hoje para o avivamento. Assim sendo, a
quarta chave do avivamento é: tomar posse das promessas de Deus para hoje.

Quero desafiar você a crer e receber o avivamento de Deus em sua vida e colocá-
lo em prática.
Que o Senhor o abençoe!

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de maio de 2006

O dilema de um pai – Agosto/2001


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Jorge Alves Rodrigues /por admin

Neste estudo, vamos recordar o que ocorreu com um pai


muito conhecido
e famoso, nada menos que o rei Davi.

Se, por um lado, encontramos na biografia desse


eminente chefe de Estado muitos exemplos positivos, por outro, na qualidade de
chefe de um lar, encontramos pontos negativos que serão
alvo de análise a seguir, não com outra intenção
senão a de ajudar a todos os pais para que não venham ter o triste final que teve o
Rei Davi.

2Samuel 15: 13-18

Quantas vezes, bons profissionais, pessoas de bem, despertam nossa atenção pelo
seu sucesso e renome. Homens bem-sucedidos na advocacia, engenharia,
medicina, agricultura, enfim, em todos os ramos, até mesmo no ministério, um
bom pastor, presbítero, diácono ou líder em geral, são por vezes um PAI falho,
que acabam deixando a desejar na área da educação de um filho.
Isso ocorre por desinformação, negligência, imprudência ou mesmo por força de
um passado mal vivido, na qualidade de chefe do lar.

Pais atentos aos seus filhos


têm a percepção do mal
assediando sua família

O episódio que vamos analisar ocorreu nos finais do reinado de Davi, quando
seus filhos já estavam moços. Após Absalão retornar para Jerusalém e ser
admitido à presença do rei, promoveu uma revolta militar contra seu pai e o
obrigou a fugir para continuar vivo, 2Samuel 14 e 15.

Há pais que não percebem que a puberdade do filho ou filha já chegou, mas é
preciso estar atento aos conflitos advindos desta nobre época, fase em que
precisam de muita ajuda. Vejamos algumas falhas de Davi nesse aspecto:

1) Amnom ficou doente em razão dos problemas sexuais que atingiam sua mente.
Davi, o pai, nem notou – deu a filha Tamar de mão beijada para Amnom, 2 Sm
13: 6-7. Davi deveria estranhar, ao menos perguntar, “por que tua irmã?”, “tenho
vários cozinheiros que estão à tua disposição”, não o fez, e nem teve a percepção
do mal armado no coração e mente do próprio filho.

2) Outra falta de percepção de Davi está registrada nos versículos 23-27 do


cap.13. A ideia de que ‘o tempo cura tudo’ aqui não funcionou porque, depois de
dois anos, Absalão pede para o pai deixar seu irmão ir com ele ao campo. As
intenções não eram das melhores. Davi deveria conhecer a história de José e seus
irmãos, quando seu pai Jacó mandou José ao encontro de seus irmãos, que
estavam cheios ódio, Gn 37: 4. O amigo de Amnom, Jonadabe, insinua a Davi
que todos sabiam da decisão de Absalão, v. 32.

3) Consumado o crime, a Davi só restava chorar, lamentar e se humilhar pelo


erro cometido, 2Samuel 13: 31 e 36.

Pais educadores assumem


a responsabilidade em relação aos filhos
Não era Absalão, embora sendo o irmão mais velho, quem deveria cuidar do
problema de Amnom e Tamar, mas sim Davi, quem deveria chamá-los e tratar do
assunto em família. A Bíblia, porém, nos diz que ele só irou-se, 2 Sm 13: 21.

Nem era Talmai, o avô de Absalão, que deveria cuidar do neto, ainda que exista
uma relação íntima dos avós, esta função cabe aos pais, 2 Sm 13: 37. Até Joabe
acaba por fazer alguma coisa, tentando resolver o problema, 2Sm 14: 1ss. Ele
entende que o pai Davi estava muito acomodado.

Não é a igreja, o pastor, a escola dominical ou qualquer pessoa ou órgão que tem
o dever de cuidar de nossos filhos. Lamentavelmente, hoje, como fruto da
tecnologia avançada, temos a babá eletrônica, a TV, responsável no cuidado de
nossos filhos.

Pais amorosos não reagem apenas com o coração ou emoção, mas também com a
razão

Como reagiu Davi

1) Apenas irou-se com o incesto de Amnom e Tamar, 2Sm 13: 21.

2) Apenas chorou com a morte de Amnom 2Sm 13: 37. Nessa hora, “as lágrimas
não substituem o suor que devemos verter em benefício da felicidade”.

3) Apenas beijou seu filho Absalão, 2Sm 14: 33, quando deveria ao menos
aplicar disciplinas, chamar-lhe a atenção, exortá-lo… Não, ele simplesmente
beija-o! O tempo consolou Davi, 13: 39, ao contrário de Absalão que, quanto
mais os dias se passavam, mais ódio abrigava em seu coração contra Amnom, 13:
22, 23, e contra o pai (cap. 15). Esse ódio avolumou-se tanto que, primeiro,
levou-o a matar o próprio irmão e, segundo, tirou o pai da própria casa.

O que faltou a Davi foi justamente enxergar os problemas familiares. Nem


sempre devemos agir sobre a influência de nossas emoções. Precisamos também
racionalizar, ou seja, agir com a razão, principalmente em relação às questões da
personalidade e formação de nossos filhos.

O próprio Adonias, 1Rs 1: 5-9, usurpou o trono, acreditando na fragilidade que


tinha seu pai. Diz o texto: “jamais seu pai o contrariou”.
Psiquiatras e conselheiros de família nos advertem que prejudicamos nossos
filhos, se formos muito condescendentes e esperarmos muito pouco deles. As
crianças cujos pais dizem que as amam demais, evitando castigá-las, são como
carros que descem uma rua sem obedecer aos sinais de tráfego e sem freio.
Confusas e espantadas, essas crianças ou adolescentes podem afrontar seus pais
com atitudes cada vez piores, abusando de sua liberalidade. Talvez pensem: “Se
formos muito longe errando, alguém vai tentar nos brecar?”

Pais convertidos aos filhos


aproveitam o máximo do tempo
para estar ao lado deles

Amnom tinha um Rei que vinha vê-lo, mas não tinha um Pai para conversar. É
triste, mas é a pura realidade de hoje, quando os pais são meras visitas dentro de
casa. Assim era Davi. “Vindo o rei visitá-lo”, 13: 6.

Não recuse o convite de seu filho. Quando adultos, nossos filhos dificilmente nos
envolvem em seus negócios, a não ser quando precisam de um dinheirinho. Mas,
quando crianças, isso ocorre com frequência. É imprescindível que os pais
aceitem, quando eles o fazem. Davi não aproveitou a oportunidade que Absalão
lhe ofertou, 2Sm 13: 24-25.

Quando Davi se apercebeu, já era muito tarde. Veja o que aconteceu:

1) Tamar fora estuprada;

2) Amnom fora morto;

3) Absalão, rebelado, acabou também morto;

4) Adonias, não respeitando o Rei, que ainda vivia, tenta usurpar o trono.

Não deixe ficar tarde demais para dedicar tempo aos seus filhos. Se não fizer
assim, você corre o risco de vir a chorar e a lamentar-se por não ter agido
corretamente no tempo certo. Foi o que ocorreu com Davi, 2Sm 13: 36, 37; 18:
33; 19: 4.

No caso de dificuldade entre o casal, antes de pensar em separação, divórcio ou


em si mesmo, pense nos filhos. Procure uma orientação segura a este respeito. O
pastor Cícero Bartolomeu, em seu livro A Família Feliz, da Editora Aleluia,
afirma:

“… casamentos são desfeitos e quantos outros ainda estão à beira da falência? Já


observou como existem lares arruinados? Pensou em quantas crianças estão
vivendo longe de seus pais? Onde estão os castelos e sonhos? Onde estão as juras
de amor? Onde estão as promessas que fizeram diante do altar?”.

Conclusão

Vivemos em época difícil para a educação de filhos. Mas não podemos nos
esquecer de que temos a Palavra de Deus que nos orienta, guia e aconselha nas
áreas de dificuldades entre pais e filhos, Sl 32: 8. As barreiras de relacionamento,
diálogo, demonstração de amor, carinho e afeto dentro da família podem ser
destruídas através da prática dos princípios estabelecidos na Bíblia para um lar.
Deus é amor, e esse amor é o grande segredo para a verdadeira felicidade.

………………….

Artigo publicado no Jornal Aleluia de agosto de 2001

Dia do Presbítero (2)


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Primeiro de agosto, dia do presbítero


Quem é esse homem? O que é esse título?
Por que essa homenagem?

No sistema presbiteriano, há o presbítero docente e o presbítero regente. Docente


é o pastor, o líder espiritual do rebanho, a quem cabe doutrinar a igreja,
conduzindo-a nos caminhos do Senhor. Regente é o presbítero que se dedica à
administração da igreja, sendo eleito e ordenado para isso. Participa, ao lado do
pastor, da composição do Conselho da Igreja.

Muitos pastores de hoje foram presbíteros ontem. Trabalharam muitos anos na


igreja e pela Igreja e essa experiência prática que trouxeram tem sido muito útil à
sua atual visão de serviço.
De fato, a Igreja Renovada deve muito aos seus presbíteros. Pioneiros, pode-se
dizer que eles implantaram centenas de trabalhos que, prosperando, hoje são
fortes igrejas. Basta olhar as fotos antigas da denominação para comprovar isso.
Alguns, ao mudar-se para novas regiões, como faziam os patriarcas que erguiam
um altar, começaram pontos de pregação que logo se transformaram em fortes
congregações e igrejas.

Só para citar alguns exemplos, foi o caso de um presbítero que, ao aposentar-se,


saiu de São Paulo e iniciou o trabalho no Piauí. Hoje, nesse Estado, existe um
grande Presbitério. Foi esse também o caso dos presbíteros de Rondônia, bem
como dos de Minas. Estes adentraram o Estado da Bahia, empunhando a bandeira
da MISPA, e fundaram, em várias cidades, as primeiras igrejas.

Hoje, o Estado da Bahia tem dois grandes Presbitérios. Outros presbíteros


abriram os trabalhos no Nordeste, como o Pr. Otoniel de Souza, e hoje
Pernambuco tem fortes igrejas. Alguns, partindo de Assis, SP, foram, a serviço
da MISPA, abrir igrejas nas capitais nordestinas. Atualmente fortes trabalhos!
Um presbítero de Cruzeiro do Oeste, PR, Osvaldo Borges, foi para Mato Grosso
e fundou inúmeras igrejas, de tal forma que a Renovada nascia juntamente com
muitas cidades.

Dois presbíteros dedicaram-se às instituições: um deles, Loudomiro Carneiro,


construiu a atual sede da MISPA, em Assis, após adquirir uma belíssima área, e
serviu a obra missionária por vinte anos. Outro, Joel Ribeiro de Camargo, fundou
a gráfica e editora Aleluia, instituição basilar para o incentivo da cultura religiosa
na denominação.

Dois outros presbíteros, Jamil Josepetti e Divino Guimarães, legaram à igreja os


documentos que fazem hoje sua estrutura jurídica. À medida que um fato novo
surgia, demandando uma decisão da diretoria nacional da Igreja, um texto era
produzido e, hoje, a igreja, bem estruturada, caminha com segurança nessa área.
Graças ao conhecimento desses homens na área do Direito, normas foram
redigidas para criação de igrejas, de presbitérios, recepção de pastores, etc.
Resoluções e Estatutos claros, explicitando cada passo para ação dos vários
órgãos administrativos. Alguns desses documentos, inclusive, têm sido copiados
por outras denominações.
Centenas de outros presbíteros viram igrejas nascendo em suas casas; fundaram
pontos de pregação, congregações e igrejas. Pregaram, ensinaram, batizaram.
Fizeram a obra com dedicação.

Muitos templos foram construídos graças ao empenho e liberalidade de


presbíteros. Não se pode esquecer do irmão Saturnino Borges Teixeira,
conhecido como Teixeirinha, de Londrina, PR, que tinha prazer de auxiliar na
construção de templos, favoreceu muitos pastores na compra de veículos e,
principalmente, contribuiu com o Seminário de Cianorte, custeando, em todos os
anos, os estudos de vários seminaristas.

Em 2015, a Renovada tem 2.510 presbíteros. Representam uma força


extraordinária no crescimento da igreja. Repousa sobre seus ombros a grande
responsabilidade de, nos concílios (conselhos das igrejas, presbitérios e
assembleias gerais), representar o pensamento do povo que os elegeu.

Neste ano em que comemoramos os 40 anos da IPRB, nosso desejo é de que


todos os presbíteros cultivem o mesmo amor que envolveu a geração de
presbíteros fundadores da Renovada, homens que se entregaram
incondicionalmente à obra; que tenham o mesmo alvo, dedicando-se à causa do
Senhor com o mesmo entusiasmo. A recompensa virá do Senhor.

Mensagem à família do pastor Francisco


Araújo Barretos Neto
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Pastor da IPRB desde 1993. Em 2000 integrou-se


à equipe da Editora Aleluia, onde atuou
como redator de 2000 a 2008

Francisco Araújo Barretos Neto fora pastor da IPRB de 16 de dezembro de 1993


até 25 de janeiro de 2010, quando faleceu em Rondonópolis, MT, onde residiam
seus familiares.

Nasceu aos 15 de junho de 1963.


Fora recebido como pastor em 16 de dezembro de 1993 e ordenado em 27 de
fevereiro de 1999. Detentor do prontuário número 713.
Pastoreou as igrejas de Jaciara e Alto Araguaia, em Mato
Grosso, e de Pati do Alferes, no Estado do Rio de Janeiro.

Em 01 de dezembro de 2000 veio do Rio de Janeiro para Arapongas, PR, onde se


integrou à equipe da Editora Aleluia, e atuou, durante sete anos, como redator do
Jornal Aleluia, órgão oficial da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil.

Em 2008, desligou-se por motivo de enfermidade.

Formação

Cursou Ciências Contábeis.

Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul


do Brasil, no Rio de Janeiro.

Fez Especialização em Psicologia Pastoral e em Educação Religiosa.

Mestrado em Teologia no Seminário Teológico Batista do Sul


do Brasil, no Rio de Janeiro.

Enquanto trabalhava no Jornal Aleluia, formou-se em Comunicação


Social (Jornalismo) pela UNOPAR, Londrina, PR – 21/01/2007.

Mensagem

à família do Pastor Francisco

Embora distante de vocês, o mesmo sentimento de perda de um companheiro, de


um amigo e de um irmão me envolve neste momento.

DE COMPANHEIRO, porque tive o privilégio de descobrir o Pr. Francisco


quando ainda trabalhava em Pati do Alferes, no Estado do Rio, e convidá-lo para
vir integrar-se à equipe da Editora Aleluia, o que aconteceu no final do ano 2000.

Assentamos juntos, à mesa de trabalho, durante anos. Percebi que ele queria
crescer. Então, conseguimos os recursos para que cursasse Jornalismo. Durante
quatro anos ele fez a jornada Arapongas-Londrina e eu via que o fazia com
alegria. Ele cresceu na profissão. Serviu à Igreja. Produziu reportagens
fotográficas e bons textos, tanto para o Jornal como para a Revista de Escola
Dominical.

DE AMIGO, porque estava sempre pronto para o trabalho. Convocado, nunca


deixava de atuar com interesse. Simples em seus costumes, morava sozinho num
apartamento no próprio prédio da Gráfica, e sabíamos que sua presença ali era
como a de um guardião para aquele patrimônio.

DE IRMÃO, porque era um homem de fé, conhecedor da Palavra, pregador e


assíduo aos trabalhos da Igreja.

Deixei a direção da Editora, mas ele continuou lá, ao lado do Pr. Rubens Paes.
Nos últimos anos, percebíamos que sua capacidade parecia declinar, estava meio
esquecido, mais lento, mas nem de longe imaginávamos que um moço assim tão
forte poderia estar sendo assediado por um mal tão terrível.

Um dia, soubemos de um acidente de carro, que ele parecia querer esconder.


Depois, alguém nos informou sobre um desmaio, durante um culto, que ele disse
que não era nada. Fatos assim estranhos se sucederam. Até que ele mesmo
percebeu o aparecimento de dificuldades visuais.

Mas o especialista constatou que seus olhos estavam perfeitos. E recomendou


exames mais profundos os quais revelaram a presença de um mal contra o qual
ele lutou bravamente. Várias cirurgias, tratamentos, melhoras, pioras…

Enfim, chegou o momento em que a trombeta soou. Era a hora de atravessar o


rio. E ele ouviu a voz de seu Senhor chamando-o: “Francisco, chega de sofrer…
Você foi um servo bom e fiel. Venha aqui. Venha morar comigo.”

Impossibilitado de estar presente, como seria meu desejo, transmito minhas


condolências à família.

E que o bálsamo dos céus console os corações.

A memória do justo é eterna.

Joel R. Camargo
Ex-Diretor da Editora Aleluia
Arapongas, 25 de janeiro de 2010

O momento do adeus – Fevereiro de 2006


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Pronunciamento
do Prof. Joel R. Camargo
para a Diretoria Administrativa
reunida em Anápolis, GO,
em dezembro de 2005

A vida é uma longa viagem…


Se for de trem, a composição parte e segue seu rumo. Depois de horas, pára numa
estação, descem alguns passageiros e sobem outros.

Ela dá o sinal e reinicia sua marcha.


Na próxima estação, descem mais pessoas e outras sobem…

E assim por diante…

Chegou meu momento de descer!

Estou deixando a direção da Junta de Publicações


e da Editora Aleluia. Na verdade, penso que estou fazendo uma parada para
realimentar minha visão
e entusiasmo.
Porque ainda vou prosseguir servindo ao meu Senhor
e à Igreja.

Quando parar?
Eis uma decisão muito complicada.
Quando parar de dirigir? Quando parar de comandar,
de liderar? Quando abandonar a política?

Mas essa atitude tem de ser tomada.


As instituições são maiores que as pessoas.
Outros valores, novos, mais vigorosos, podem assumir nosso lugar e conduzir a
igreja, a empresa ou o que quer que seja com outros olhos.
Ninguém é insubstituível.

Foi pensando assim que resolvi deixar a direção


da Editora Aleluia. O momento pareceu-me certo para essa decisão.

Primeiro, porque a Editora está num estágio muito bom


de trabalho, já tem sua sede, bons equipamentos, finanças estabilizadas. Pode
marchar com suas próprias pernas, como vem fazendo.

Segundo, porque há pessoas que podem conduzir


a instituição com toda segurança, administrando-a
com total entrosamento com a Igreja,
com os funcionários e clientes.

E, por último, porque estou trabalhando no Jornal Aleluia há 32 anos. Dediquei o


melhor de minha vida a esse mister. Começamos do nada. Foi uma semente
que plantamos e que prosperou, com a graça de Deus.

Agora que tudo está bem, gostaria de me colocar


um pouco ao lado e ver a Editora crescendo, avançando.
Esse talvez fosse meu maior prêmio por todas
as vicissitudes que esses anos me impuseram.

Então, chegou o momento do adeus.

Quero agradecer a todos que ombrearam comigo nessa empreitada. Tanto na


Igreja – líderes, pastores, diretores – como aos funcionários, à família e amigos.
Às várias Diretorias da Junta de Publicações. Aos ex-funcionários.

E também às pessoas de outras denominações que foram solidárias com esse


empreendimento. Às editoras irmãs, livreiros, distribuidores, fornecedores, meu
muito obrigado. Aos que redigiram lições, artigos e escreveram livros,
igualmente registro meu sincero reconhecimento.

Infelizmente, nesta longa empreitada, sempre acabamos ferindo alguns,


desgostando outros, sendo
mal-entendidos ou não atendendo como gostaríamos. Quero aproveitar
para pedir que me perdoem e creditem toda atitude negativa ou palavra imprópria
ao desejo que sempre tive de levar avante esta amada instituição.

Agradeço aos que me sustentaram com suas orações,


ou com suas palavras de encorajamento,
e aos que contribuíram financeiramente
para que a Gráfica honrasse seus compromissos
em tempos difíceis.
Tudo foi muito bom. Que ótimo! A Igreja me confiou alguns talentos e estou
devolvendo-os.
Penso que quadruplicados.

Joel Camargo
Anápolis, dezembro de 2005

………………..

Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de 2006

O lugar do IBA nas raízes históricas da


IPRB – Maio/2011
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Para se alinhavar algo sobre a história do Instituto Bíblico de Arapongas,


instituição que atuou na área do ensino teológico de 1970 a 1974, talvez seja
necessário inicialmente propor um conceito de avivamento e relembrar as razões
das origens da Igreja Presbiteriana Renovada. A seguir, verificar quem foi seu
fundador e diretor, apontando traços da ação do Rev. Palmiro Francisco de
Andrade, homem que esteve no centro desses acontecimentos. E, por fim, tentar
recordar um pouco do ambiente espiritual que permeou essa escola e, assim,
poder pensar na sua importância como formadora de homens e mulheres que,
vocacionados, foram ali preparados para a tarefa ministerial.

O avivamento

O avivamento espiritual, conquanto tenha aspectos concretos que podem ser


vistos pela história, sociologia e teologia, também é a vivência de experiências
pessoais quase inexplicáveis. Quem tentou descrevê-lo não fugiu de termos como
reuniões maravilhosas, convicções pessoais, fogueira, pentecostes, unção,
glória… Evan Roberts foi mais longe:

“O avivamento no País de Gales não vem dos homens: é obra de Deus” [1].

Vendo-o assim, da mesma forma como ocorreu em outros países que tiveram o
privilégio de experimentá-lo, também chegou ao Brasil. Somos a geração que
testemunhou sua eclosão, como um presente de Deus, uma resposta dos céus a
muitos clamores e angustiosas orações, na forma como rogava o profeta
Habacuque:

“Aviva, Senhor, a tua obra” [2].

Avivamento que veio chocar-se, na década de 60 do século XX, com um


processo de secularização presente em alguns meios teológicos, e que era
aplaudido como

“altamente positivo para a desmitificação da religiosidade alienante…” [3]

Mas, ao finalizar obra na qual relata a chegada do movimento pentecostal ao


Brasil, no século XX, conclui o historiador e pastor presbiteriano Elben César:

“Não se pode negar a redescoberta da pessoa e obra do Espírito nesse século


pentecostal. Isto procede do Senhor, não se tenha dúvida.” [4]

É nesse tempo e nesse ambiente espiritual que nasce a Igreja Presbiteriana


Independente Renovada, a IPIR, depois de meses[5] muito tensos para os que
aceitaram o avivamento, quando dezenas de pastores e presbíteros foram
despojados de suas funções. A IPIR não foi resultado de decisões de um líder,
nem de um projeto, e muito menos do acaso, mas de uma ação que tinha de ser
tomada para agasalhar espiritualmente os que se achavam desorientados diante de
um quadro conflituoso. Historicamente, ela é fruto de um processo de pregação
do avivamento[6], de busca de uma igreja santificada, de um desejo profundo de
conhecer mais a Palavra de Deus, de expandir a obra missionária, de servir mais
a Jesus e, sobretudo, de viver plenamente a vontade do Senhor para sua Igreja.

Raízes históricas
Duas fontes recentes podem oferecer preciosos subsídios. Comemorando, em
2010, os 35 anos de existência da Igreja, fora editada a obra A IPRB na virada do
milênio, do Pr. Advanir Alves Ferreira[7], seu presidente. Trata-se de amplo
relato com destaque aos seus últimos dez anos de atividades, com introduções
históricas.

E, mais especificamente, devemos citar um trabalho científico que aborda esse


início da obra de avivamento, a tese “Conflitos no campo protestante: o
movimento carismático e o surgimento da Igreja Presbiteriana Renovada (1965-
1975)”.[8] Trata-se de amplo e bem documentado texto, presente na edição de
setembro de 2010 da Revista Brasileira de História das Religiões. Seu autor, o
professor Sérgio Gini, da Universidade Estadual de Maringá, doutorando em
Sociologia pela Universidade Federal do Paraná, pastor da IPI, discorre sobre a
origem da Igreja Presbiteriana Independente Renovada, a IPIR. Com 43 páginas,
inicia-se fazendo referência aos principais cismas no meio protestante brasileiro.
Nos prolegômenos, destaca o afloramento do avivamento na IPI. Segundo ele,
esse movimento cria uma tensão doutrinária interna que resultaria em medidas
administrativas, vindo, no início dos anos 70, a dar origem à IPIR.[9]

Um homem, um líder

A história do IBA não poderia ser descrita sem que conhecêssemos,


primeiramente, um homem chamado Palmiro Francisco de Andrade.[10] Quem
esteve na famosa reunião do Sítio Marília pode fazer constar isso em seu
currículo. Algo inusitado aconteceu ali. O local, a rodovia que liga Cambé a
Londrina, em frente à empresa Cacique de Café Solúvel. Instalações rústicas.
Manhã fria do dia 5 de julho de 1968. Ali está reunido um concílio da maior
importância: o Sínodo Meridional da IPI.

O despertamento espiritual já havia alcançado algumas igrejas no meio


presbiteriano independente nos Estados do Paraná, São Paulo e Minas e isso
inquietava sua liderança, que passara a tomar posições. A missão de seu
presidente, o Rev. Palmiro de Francisco de Andrade, pastor em Joinville, SC, não
era outra senão a de colocar um ponto-final na questão em sua área
administrativa. E ele vinha plenamente decidido a resolver o “problema”.
Entretanto, diz o refrão popular: “o homem põe e Deus dispõe”. Para falar aos
ministros, fora convidado o Rev. Antônio Elias, pastor presbiteriano, de Niterói,
RJ, conhecido avivalista, que discorreu sobre ‘A doutrina do Espírito Santo’. Ao
final, o inesperado: o evento produzira efeito contrário ao que se previa. E, entre
outros, o Rev. Palmiro teve uma experiência espiritual marcante e fora batizado
com o Espírito Santo. Agora, ao voltar para Joinville, SC, levava a chama
pentecostal que iria definir sua história dali para frente.

Com dois cursos superiores – teologia e história – vasta experiência ministerial e


pedagógica, conferencista, de muita autoridade na Palavra, professor em
faculdade de sua cidade, 44 anos, dotado de personalidade forte, esse foi um dos
valentes que Deus levantou, nessa época, para iniciar uma obra que culminaria no
cumprimento de Sua vontade para nosso país. E o revestiu de uma firmeza muito
grande para poder enfrentar as turbulências que os próximos anos lhe
reservariam.

Pelo menos sete trabalhos se destacam em sua biografia: fora pastor na IPI até
21/05/1972, um dos fundadores do Jornal Aleluia, fundou e foi diretor do IBA,
participou da organização da IPIR, fundou e pastoreou a IPR de Arapongas,
pastoreou a IPR de Curitiba (hoje 1ª IPR) e encerrou sua carreira como diretor do
Seminário Presbiteriano Renovado de Cianorte, PR, depois de dedicar 19 anos à
Renovada.

Embora não fosse pastor da IPI de Arapongas, PR, o Rev. Palmiro, quando
diretor do IBA, passou a ser conhecido pelos membros pela sua espiritualidade e
mansidão. Viam nele um homem temente a Deus e cheio do Espírito. Passaram a
amá-lo e, aos poucos, sua liderança foi-se impondo. Muitos lares se abriram para
a oração. O grupo avivado crescia não só em Arapongas, mas também em
cidades vizinhas como Apucarana, Maringá, Paranavaí, Campo Mourão, Assis e
Cianorte.[11]

Já residindo em Arapongas, PR, desde 1970, no começo de 1972 o Presbitério


designou o Rev. Palmiro para assumir a IPI local. A oposição aos líderes
avivados, que já era grande, avultou-se ainda mais. Por isso, escudado em
decisões do Supremo Concílio, no dia 21 de maio de 1972, o Presbitério, reunido
em Maringá, PR, despojou, entre outros, o pastor Palmiro de seus direitos
eclesiásticos, afastando-o do pastorado, e dissolveu o Conselho de Arapongas.
Ferido o pastor, as ovelhas procuraram um novo local para suas reuniões. Era o
começo da futura Renovada em Arapongas.

Uma escola, um propósito

Funcionava desde 1962, nas dependências do Colégio Evangélico de Arapongas,


PR, o Instituto Bíblico João Calvino, o IBJC, escola de teologia fundada e
dirigida pelo Rev. Antonio de Godoi Sobrinho. Em 1969, havendo conflitos com
a Igreja local, seu diretor demitiu-se e a Fundação Eduardo Carlos Pereira,
entidade que administrava o IBJC, nomeou, no dia 25 de fevereiro de 1970, para
seu lugar, o Rev. Palmiro de Andrade, que de imediato se transfere de Joinville,
SC, para Arapongas, no começo de 1970, e se apresenta para assumir a direção
da escola. O ex-diretor, alegando que o nome “IBJC” era um patrimônio da
família, não consentiu no seu uso e ele foi extinto. Em seu lugar, o Rev. Palmiro
criou, no dia 03 de maio de 1970, o IBA, Instituto Bíblico de Arapongas, com
novos currículos, novos métodos de trabalho e novos professores.[12]

Nascia assim, ainda pertencente à IPI, um novo Instituto Bíblico, funcionando


nas dependências cedidas pela igreja local, agora, porém, chamado de Instituto
Bíblico de Arapongas – o IBA. Ter uma instituição para formar pastores na linha
do movimento de renovação foi, sem dúvida, uma grande porta para a
solidificação da futura igreja, que viria a ser organizada dois anos depois.

Numa mesma escola, alunos de posições diferentes agora compartilhavam salas


de aulas, refeitório e o internato. Entre os que não queriam nem saber de
avivamento estava o Otávio Nascimento. Línguas? Curas? Profecias? Isso não
era com ele. Um rapaz forte, inteligente, de firmes convicções. Os meses se
passaram. Os alunos, nos finais de semana, faziam escalas de serviço e
treinamento nas igrejas da região. Otávio ia regularmente para Apucarana. Lá
dava assistência a um grupo que aceitara o avivamento, mas ele, sempre na sua.
Um final de semana, o grupo teria uma vigília. Estavam orando, quando, de
repente, o Otávio fora batizado com o Espírito Santo! E falou línguas até o
amanhecer. No outro dia, um domingo, não pôde pregar, não só pelo
esgotamento físico, mas porque, se abrisse a boca, só falava em línguas. Ficou
hospedado na casa de uma irmã por dois dias. Achando-se melhor, foi até a
rodoviária. Mas o funcionário não entendeu nada do que queria, porque o Otávio
ainda estava embriagado pelo Espírito e não percebia que estava falando em
línguas…

Hoje, quem é o Otávio? Depois de pastorear igrejas renovadas por cerca de vinte
anos no Brasil, foi para a Suíça. Reside em Zurique e, além de pastor local,
preside uma federação de Igrejas Cristãs de Língua Portuguesa. Sua experiência
está em seu livro autobiográfico.[13]

A formação, os resultados

Assim, o IBA foi trabalhando. Chega, porém, o ano de 1972, quando a IPIR fora
organizada em Assis, SP. O Pr. Palmiro fora eleito seu presidente. Era natural
que o IBA tivesse de deixar as dependências do Colégio Evangélico. Fora
alugado um hotel na cidade, o Hotel Prado, situado na Rua Marabu, 229, que
serviu de internato e de residência para o Pastor Palmiro. Uma ampla cozinha era
liderada por dona Rosa Paula Lima, carinhosamente chamada de Tia Rosa pelos
alunos. E um salão, na Rua Tico-Tico, 499, que havia sido uma antiga oficina
mecânica, reformado, era agora o local para as aulas.

Oficialmente, o IBA fora instalado na IPIR no dia 8 de agosto de 1972, com 36


alunos. Um culto de ação de graças fora realizado no dia 16 do mesmo mês,
estando presentes a diretoria da IPIR e o prefeito de Arapongas, Sr. Sadao
Yokomizo. Houve a posse da diretoria do IBA: diretor pastor Palmiro Francisco
de Andrade, tesoureiro Dr. Severo Franco e secretário Paulo Gomes.[14]

Nesse novo lar, o IBA formou admiráveis alunos, gente de fibra espiritual, de
oração, que faziam evangelismo nas ruas, nas cadeias, que no louvor vibravam
como se estivessem vivendo num paraíso, pisando em nuvens. Jovens – moços e
moças – que sabiam com muita segurança de seu chamado. E o resultado foi uma
plêiade de pastores que serviram e ainda servem com total integridade aos
propósitos do reino de Deus.

À noite e nos fins de semana, o salão da Rua Tico-Tico recebia o grupo avivado
de Arapongas para seus cultos. Nesse local houve lindas conversões, muitos
restauraram sua vida espiritual, casais se reconciliaram e houve também um
eficiente trabalho de libertação que beneficiou a muitos. Era o núcleo inicial da
igreja local que veio a ser organizada em 12 de novembro de 1972.

Missão cumprida

O IBA formou três turmas. A de 1972, com 13 alunos[15]; a segunda, no final de


1973, com 14 alunos, e a última, em 74 com três: Nair Ribeiro, Raimundo
Wilson e João Matos.

Em 1974, mais de 26 jovens já estavam atuando no sagrado ministério: Alvino de


Paula Neves, João Bernardino, Jérson de Paula Neves, Natanael A. Palazin,
Ronaldo Tavares, Daniel de Almeida, Francisco da Silva, Jair de Andrade,
Ariovaldo Cardoso, Manoel Messias, Otávio Nascimento, Esmael Arcas, Dilmar
de Paula Neves e as missionárias: Agda Batistela, Mariza Maciel e Rísia Maria
da Costa.[16]

Então chegou o tempo em que IPIR e ICP (Igreja Cristã Presbiteriana) uniram-se,
formando a IPRB, Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil. Depois de vários
meses de aproximação e de reuniões de trabalho, numa inesquecível assembleia,
realizada em Maringá, no dia 8 de janeiro de 1975, as duas igrejas deram-se as
mãos. A ICP administrava o Instituto Bíblico de Cianorte e decidiu-se que os
alunos do IBA seriam transferidos para aquela instituição[17], que passou ao
status de seminário, o Seminário Presbiteriano Renovado de Cianorte.

Passados quarenta anos que tudo isso aconteceu, a cortina do tempo foi levantada
e realizado um reencontro dos ex-alunos, professores e familiares. Nos dias 1 e 2
de maio de 2010, em Arapongas, PR, uma festa de abraços, de risos e de
lágrimas, de cânticos, de fotos e de recordações. E também de saudades e ações
de graças.

Que bom ter tanto a comemorar!

——-
Fonte: Revista Ressurgir nº 1, de maio de 2011, páginas 13 a 16

NOTAS
[1] Bartleman, F. A História do Avivamento. Azusa. 2ª ed. Americana: Worship
Produções, 1981, p. 26.

[2] Habacuque, 3: 2.

[3] Souza, M. Q. de. A IPI do Brasil, o avivamento e o pentecostalismo. In


Cadernos de O Estandarte. 2º Caderno do Centenário. São Paulo: Editora Pendão
Real, janeiro de 2003, p. 29.

[4] César, E. M. L. História da Evangelização do Brasil. Dos Jesuítas aos


neopentecostais. Viçosa: Ultimato, 2000, p. 157.

[5] O Supremo Concílio que se definiu sobre a situação dos avivados fora
realizado em Brasília em janeiro de 1972. A organização da IPIR viria a
concretizar-se em julho daquele ano.

[6] Lima, É. F. S. A IPI do Brasil e o pentecostalismo na década de 50. In:


Cadernos de O Estandarte. 1º Caderno do Centenário. São Paulo: Editora Pendão
Real, julho de 2002, pp. 42-59.

[7] O livro-relatório fora organizado pelo Pr. Émerson Garcia Dutra, tem 319
páginas e fora editado em 2010 pela Ed. Aleluia.

[8] Disponível em: http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf7/08.pdf

[9] O texto traz depoimentos e informações sobre a atuação de pastores como


Azor Etz Rodrigues, Abel Amaral Camargo, Palmiro de Andrade, Jobel Cândido
Venceslau, Jamil Josepetti, José Zaponi, Jonathan Ferreira dos Santos e outros.
Refere-se à origem do Jornal Aleluia, ao Instituto Bíblico de Arapongas, o IBA, à
reunião do sítio Marília, à reunião do Supremo Concílio da IPI, realizado em
Brasília, em 1972, que se posicionou de forma final sobre a não permanência dos
avivados na Igreja.

[10] Palmiro Francisco de Andrade nasceu em Biguaçu, SC, aos 11/10/1924 e


faleceu em Cianorte, PR., em 01/06/1991.

[11] Em Cianorte, em 1968, um grupo se desligara da IPB. Sob liderança do Pr.


Jonathan F. Santos, fora fundada a Igreja Cristã Presbiteriana. O trabalho
expandiu-se, organizou-se um Presbitério e um Instituto Bíblico.
[12] .O Rev. Silas Barbosa Dias, ex-aluno, registrou no Orkut: “Em 1970, eu
tinha uma caderneta onde anotava os fatos mais marcantes do dia. No dia 06 de
maio, tivemos nossa primeira aula, há exatamente 40 anos. O IBA foi instituído
no dia 03 de maio de 1970. No dia 04, houve um culto, quando pregou o pastor
Abel Amaral Camargo. No dia 05, outro culto, e pregou o pastor Matias Quintela
de Souza. Finalmente, no dia 06, a aula.”

[13] Nascimento, O. R. do. Resistindo às provas e crescendo na fé. Arapongas:


Aleluia, 1999.

[14]Paes, R. IBA: Marco histórico na educação teológica da igreja. Jornal


Aleluia, junho de 2010, ed. 353, p. 8.

[15] Segundo informação do Pr. Natanael Palazin, os 13 formandos da 1ª turma


foram: Tânia Maria Tadei, Natanael Antonio Palazin, Shirley Menezes, Manoel
Messias, Ariovaldo Cardozo, Rute Dominoni, Ronaldo Tavares, Neusa
Naramoto, Gerson Paula Neves, Daniel de Almeida, João Bernardino e Marlene
Ramos. Do antigo Seminário, ficaram sete alunos que seriam formandos dessa
turma. Ele se lembrou de três: Osmar Menezes, Amélia e Jessé.

[16] Jornal Aleluia, abril de 1974, p. 2.

[17] Foram transferidos 29 alunos para Cianorte.

História da Editora Aleluia – Agosto/2005


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Fundada em 1987,
tem como um de seus objetivos
prestar serviços na área de produção literária,
tanto à Igreja como a terceiros

Em 1987, a Junta de Publicações da IPRB, que já possuía a Gráfica Aleluia,


criou a Editora Aleluia. Esse novo passo permitiu a ampliação da prestação de
serviços à Igreja e também a terceiros, e proporcionou recursos
para a manutenção dessas duas entidades.

Sede própria
Aos poucos o imóvel alugado em Arapongas, PR, em que estava a gráfica, foi
tornando-se pequeno e inviável. Era preciso mudar-se, mas desejava-se fazê-lo
para um prédio que fosse próprio. Isso foi tema para muitas orações. E Deus
mostrou a solução. Em 1993, a Editora obteve, por doação do Município de
Arapongas, no Parque Industrial II, uma área muito boa. Adquiriu um barracão
nela existente, ampliou-o e ali se instalou, à Rua Gavião de Cauda Curta, 115,
Parque Industrial II.

Na época, as ruas nesse Parque Industrial eram sem asfalto, a área achava-se
isolada, longe do centro e cercada por chácaras; hoje é região nobre. Ali a Editora
construiu, em várias etapas, as edificações que lhe permitiram expandir-se. Com
a aquisição de novas máquinas, a gráfica cresceu, informatizou-se. E a qualidade
dos serviços melhorou significativamente.

Em 1996, foi possível importar uma impressora industrial e uma dobradeira.


Vários equipamentos foram sendo adquiridos, substituídos ou reformados. Em
2004 adquiriu uma impressora offset bicolor.

A redação, coração da editora

Assim, em 2005, a Editora Aleluia acha-se instalada em Arapongas, PR. Tem seu
prédio próprio, com 1350 m2, onde está sua gráfica. Além dos funcionários e
técnicos dos diversos departamentos (produção, faturamento, distribuição,
manutenção, etc.) há a redação que é o coração da Editora. Há dois pastores
trabalhando, em tempo integral, na redação: desde agosto de 1986, o Pr. Rubens
Paes e, desde o final de 1999, o Pr. Francisco Araújo Barretos Neto. E, desde
1974, está na direção o prof. Joel R. Camargo.

Produção de livros

É na área de produção de livros que a Editora Aleluia tem-se empenhado


ultimamente. Já chegam a 35 os títulos publicados. Vários livros de excelente
qualidade foram traduzidos e produzidos, bem como de autores brasileiros,
principalmente de pastores da Igreja. Essa é uma área em que a Editora Aleluia
está pronta para crescer.
O primeiro livro publicado foi “O maior pecado do século: aborto”, de autoria do
Pr. Jobel C. Venceslau, editado em setembro de 1985, com 23 páginas. O
segundo, “Manual de lições bíblicas para preparação de batismo” do Pr. Abel A.
Camargo, em fevereiro de 1988, com 85 páginas.

Revistas para EBD

Em 1977, a Igreja decidiu que deveria editar sua própria revista de EBD e o
Aleluia se encarregou disso. Em 1978 nascia a número 1 e já começava bem! Seu
tema era: “As bases da renovação espiritual”. E assim tem sido.

Produzida regularmente, em 2005 a revista para adultos chegou a 72 edições.


Procurando ser original em seu texto e apresentada numa linguagem de fácil
compreensão ao aluno, tendo suas lições redigidas pelos próprios pastores da
Igreja, a Revista de EBD Aleluia tem sido qualificada como um dos melhores
materiais dessa natureza entre os produzidos no Brasil.

Para ensino aos adolescentes, a Editora elaborou um currículo específico e criou


uma revista. Trabalhando durante seis anos, editou uma série de 15 volumes com
textos redigidos por professores, pedagogos e pastores. Um trabalho esmerado,
que resultou num conjunto de manuais da mais alta especificidade.

Além de revistas para novos convertidos e para jovens, uma equipe vem
trabalhando na produção dos originais de material de apoio para educação cristã
de crianças de 0 (zero) a 11 (onze) anos. Serão produzidas revistas para alunos,
professores e cartazes. Em 2004, já foram editadas as primeiras revistas dessa
faixa: Mel e Leite e Berçário.

Agenda Aleluia

A Agenda Aleluia tem sido um banco de dados indispensável para toda a


liderança. Sua criação pela Editora foi um instrumento que pressionou a coleta e
a organização de informações pessoais e administrativas sobre a denominação.
Agora também disponível na Internet, chamada Agenda Virtual.

Folhetos
Mais de 20 milhões de folhetos já foram editados, em 15 títulos, com mensagens
muito objetivas. Estão disponíveis também em espanhol. Recentemente foi dado
início à série Fé e Renovação, para folhetos de 15 a 20 páginas.

Hinário

Além do hinário com texto, com 450 hinos, e de ter editado o hinário com
partituras musicais (atualmente esgotado), vem editando também o hinário com
música, agora na forma de cadernos, e o hinário cifrado, em duas cores.

Loja Virtual e Televendas

Modernizando seu atendimento, com o advento da Internet, o Aleluia montou sua


Loja Virtual e nela estão disponíveis todos os seus livros e produtos, facilitando a
aquisição pelas igrejas, pastores e interessados. Pelo sistema de Televendas
(0800), atende à igreja sem despesas para os pastores.

O Aleluia tem procurado estabelecer pontos de distribuição de seus produtos nas


principais livrarias do Brasil e tem estado nas reuniões, Assembleias e Encontros
promovidos pela Igreja, divulgando o que produz e suprindo as igrejas.

Site da IPRB

Também criou e tem mantido atualizado o site da IPRB, onde divulga as


principais notícias denominacionais, artigos do Jornal Aleluia, estudos bíblicos,
fotos e informações gerais de interesse dos membros e da liderança, sendo
também instrumento valioso na propagação da Igreja e seus princípios
doutrinários.

Contribuição em mão dupla

É confortador saber da imensa contribuição do Aleluia para a denominação.


Pensar que tudo isso teve seu efeito positivo: vidas foram edificadas, pessoas
foram orientadas, preservou-se a linda história desse grupo heróico de renovação
e até igrejas nasceram pelo influxo dessa literatura.

Mas a Editora não fez todo esse trabalho sozinha. Muitos irmãos compreenderam
o papel que a palavra escrita desempenha e colaboraram escrevendo lições de
EBD, artigos, manuais e livros. Funcionários, companheiros e pastores, na
Editora, trabalharam com dedicação. A Diretoria Executiva da Igreja destinou
verbas, igrejas locais e irmãos prestaram apoio financeiro. Houve aqueles que,
nas horas de dificuldades, estenderam sua destra de companhia, ofereceram
sugestões e, sobretudo, sustentaram com orações. A todos, o registro de
reconhecimento e gratidão.

Refletindo sobre essas bênçãos, e avaliando tudo quanto se fez neste sentido, a
Igreja deve render graças ao Senhor. Ele sabe quanto tudo isso custou em
esforço, em lutas, em tempo e em amor pelo seu reino.

A Deus, toda honra e toda glória.

Joel R. Camargo
……………….

Fonte: Jornal Aleluia de agosto de 2005

Complementação

17-dez-2005 – Joel R. Camargo, aposentando-se, desliga-se da direção da Junta


de Publicações e da Editora Aleluia, a pedido.

17-dez-2005 – Pastor Rubens Paes é nomeado para a direção da Editora Aleluia e


da Junta de Publicações, substituindo Joel R. Camargo.

2011 – A Editora passa a chamar-se Aleluia Empreendimentos Gráficos Ltda.,


após mudanças na estrutura administrativa.

Com objetivo de imprimir o Jornal Aleluia,


em 1978 fez-se a aquisição da primeira impressora. Dava-se início ao que
viria
ser a Gráfica Aleluia

Em Cianorte, PR
Em 1978, Joel R. Camargo fora convidado para dirigir o Seminário da IPRB em
Cianorte, PR. O Jornal Aleluia, que estava sendo redigido por ele em Arapongas
e impresso em Londrina, foi transferido para essa cidade. Mas tinha de ser
impresso em Maringá, PR, distante 67 quilômetros. Era muito trabalhoso,
porque, além de longe, só começavam a compor o Aleluia depois que
terminavam seu jornal local, por volta das 22 horas ou mais. O redator tinha de
ficar ali, junto, fazendo as revisões e orientando a montagem das páginas e dos
fotolitos.

A impressão do jornal terminava de madrugada. O dia já estava amanhecendo,


quando retornava a Cianorte. Fez isso muitas e muitas vezes. Ia cansado, mas
feliz porque levava no carro cheio mais uma edição do Jornal. Trabalhando
sozinho, nos dias seguintes, teria de empacotar tudo, endereçar, colocar nos
Correios e começar a preparar nova edição.

As primeiras máquinas

O alvo de fazer o melhor e com qualidade começava a ser barrado pelas


dificuldades econômicas. A inflação galopante, o fato de só poder ser impresso
em Maringá, à noite, e outras tantas dificuldades levaram a pensar na compra de
máquinas para se produzir o jornal.

O primeiro equipamento foi uma compositora IBM, que a Igreja importou, e que
chegaria em 5/6/78. Um imenso passo para uma igreja pequena. Embora
permitisse compor o jornal, as dificuldades persistiam. A solução seria tentar
imprimir o jornal.

Um dia, quando as portas pareciam estar todas fechadas, orando, Joel clamou ao
Senhor por recursos. E o fez com tanta convicção que marcou na parte final de
sua bíblia: “Hojepedi uma impressora ao Senhor. 19/set/78″.

Exatamente um mês depois, 19 de outubro, estava chegando a Cianorte, a


primeira impressora. Um veículo da firma vendedora viera entregar as máquinas.
No Seminário, duas pequenas salas foram destinadas para uso do Aleluia. Uma
era a redação e, na outra, o equipamento fora instalado. Era tão pequeno que
viera no porta-malas do carro: apenas uma impressora offset de mesa e uma
gravadora de chapas. Mas isso encheu de alegria a todos.
E foi assim, com muito esforço e oração, que se produziu “em casa” a edição
número 29 do Jornal Aleluia, com 16 páginas, em outubro de 1979. A vontade de
vencer era tão grande que permitiu fazer, dali para frente, com equipamento tão
sem recursos, tanta coisa, que hoje, folheando o Jornal da época, é difícil
acreditar ter sido isso possível.

Retorno a Arapongas

Em 1980, o Aleluia deixou o Seminário e instalou-se no centro de Cianorte, fase


em que outras máquinas foram adquiridas. Agora possuía uma guilhotina, uma
gravadora de fotolitos. Nesse período já foi possível produzir as primeiras
revistas para Escola Dominical.

Em 1981, voltou para Arapongas, PR, instalando-se num salão alugado, à rua
Tricódomo, 238, fundos. Já havia um bom começo de gráfica. Além do que
trouxera de Cianorte, nos anos seguintes fora agregando outros equipamentos,
entre eles uma impressora com mais recursos. Em 1986, adquire seu primeiro
computador com os primeiros programas. Já se podia dizer que a Igreja tinha
uma gráfica, que viria a ser a base para a criação da Editora.

A Deus, toda honra e toda glória.


Joel R. Camargo
             

…………
Fonte: Jornal Aleluia de agosto de 2005

O primeiro número do Jornal Aleluia


fora editado em 1972, em Assis, SP

Lançado com objetivo de levar à Igreja


a mensagem renovadora do avivamento,
mais tarde tornou-se órgão oficial da IPRB
Nasce o Jornal

No final da década de 60, a renovação espiritual havia alcançado parte das igrejas
presbiterianas no Brasil. Em Assis, SP, pastores da Igreja Presbiteriana
Independente percebiam a grande necessidade de levar essa mensagem
renovadora a toda a Igreja. Seus artigos e notícias, porém, não eram divulgados
pelo órgão oficial de sua Igreja, que via o avivamento com reservas.

Os fundadores

Sem voz, os pastores Abel Amaral Camargo, Azor Etz Rodrigues, Nilton Tuller,
de Assis, SP, e Palmiro Francisco de Andrade, de Arapongas, PR, resolveram
fundar um jornal para divulgar o avivamento que estava ocorrendo em algumas
igrejas. Assim, em janeiro de 1972 circulava a primeira edição do Jornal Aleluia.

Aleluia nº 2

Em julho de 1972, organizava-se a IPIR – Igreja Presbiteriana Independente


Renovada. No mês de outubro de 72, fora editado, em Maringá, PR, o que viria a
ser o Aleluia número 2. Seu objetivo era informar aos pastores e crentes,
alcançados pelo avivamento, que a IPIR, havia sido organizada.

Pr. Nilton Tuller


editou também o Aleluia nº 2

Aleluia número 3

A regularidade de publicação do Aleluia começa a partir de fevereiro de 1974.


Nessa época a IPIR já era uma realidade, com vários presbitérios organizados.
Em Arapongas, PR, estava o Pr. Palmiro Francisco de Andrade, à frente da Igreja
recém-organizada, do Seminário, o IBA, (Instituto Bíblico de Arapongas) e era
presidente da IPIR.

O objetivo desse projeto era lançar uma publicação para amalgamar os grupos
que vinham chegando, as novas adesões. O professor Joel R. Camargo fora
convidado para redigir e dirigir esse jornal.
Surgiram os primeiros assinantes, o jornal expandiu-se. Às vezes chegavam
cartas de lugares distantes e desconhecidos e as pessoas dizendo: “Conheci o
Jornal Aleluia, gostei muito e quero saber como me tornar assinante.”

O Aleluia número 1 da IPRB

Em 1975, a IPIR uniu-se à ICP (Igreja Cristã Presbiteriana), nascendo a Igreja


Presbiteriana Renovada do Brasil. As duas denominações tinham tudo em
comum e resolveram tornar-se uma só Igreja, a IPRB. O Aleluia foi declarado
seu órgão oficial. Em janeiro daquele ano saía o primeiro número, agora
impresso em offset. A manchete anunciava: “Nasce a Igreja Presbiteriana
Renovada.”

O número 300

Com persistência, após 33 anos de vida, em agosto de 2005, o Jornal Aleluia


chega à significativa marca de 300 edições! Acompanhando bem de perto todos
os passos da Igreja Presbiteriana Renovada, o jornal tornou-se-lhe um documento
extraordinário, pois registrou seu pensamento e sua história desde o seu
nascedouro. Na verdade, bem antes, pois surgiu quando ainda nem havia a
Renovada. Documentou fatos durante a IPIR e vem servindo continuamente à
IPRB.

A Deus, toda honra e toda glória


Joel R. Camargo

…………

Fontes: 1.Jornal Aleluia de agosto de 2005


2.Jornal Aleluia, fevereiro 2012. Os primeiros tempos do Jornal: a fundação da
Gráfica

Complementação

17-dez-2005 – Joel R. Camargo, aposentando-se, desliga-se da direção da Junta


de Publicações e da Editora Aleluia, a pedido.

17-dez-2005 – Pastor Rubens Paes é nomeado para a direção da Editora Aleluia e


da Junta de Publicações, substituindo Joel R. Camargo.
2011 – A Editora passa a chamar-se Aleluia Empreendimentos Gráficos Ltda.,
após mudanças na estrutura administrativa.

2014 – Em outubro de 2014, o jornal chegou a 400 edições.

Jobel Cândido Venceslau – Setembro/2004


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Pastor pioneiro da IPRB


Pioneiro da obra de renovação no Brasil
Jubilado em 2003

O pastor Jobel Cândido Venceslau é um dos pioneiros da obra de renovação


eclodida na década de 60. Já quando estudante ao ministério, pregava
intensamente o despertamento espiritual. Após sua ordenação como pastor, em
1967, assumiu a Igreja de Campo Mourão, PR. Em julho daquele ano
aconteceram os primeiros batismos com o Espírito Santo.

A Igreja evangelizava e crescia na região. Mas, em 1968, surgem as primeiras


oposições oficiais à obra de renovação. Ele, porém continuou na mesma linha e
Deus foi abençoando seu campo, dando muitas conversões. Um dia, leu o texto
de Ezequiel 37 para pregar, mas não conseguiu. O Espírito do Senhor tomou a
igreja de tal forma que muitos foram batizados, outros renovados. Deus agia
poderosamente. Eram anos de bênçãos. A igreja crescia.

É um prazer recordar a biografia desse varão valoroso, pai carinhoso, fiel chefe
de família e pastor amado. O pastor Jobel, 64 anos, pastor em Assis, SP, está à
frente da Congregação Presbiterial do Parque Universitário. Cadastrado no rol de
pastores sob número 17, ocupou os mais diferentes cargos de liderança e já
pastoreou grandes igrejas com vasta folha de trabalho em favor do reino de Deus.

Das reuniões de Diretoria da Igreja, ficaram algumas lembranças positivas sobre


sua atuação. Prudente, conselheiro, sempre que havia um problema em discussão
sua palavra era uma luz oportuna.

A santa mensagem do Evangelho adentrou a casa da família Venceslau em 1893,


através do Major Antônio Brás Nogueira, no Município de Cianorte, PR. Nessa
época Joaquim Cândido Venceslau e Cândida Silvério Venceslau (avós de Jobel)
entregaram suas vidas a Cristo. A grande família Venceslau tem membros
radicados em quase todas as Igrejas evangélicas nos Estados do Paraná e São
Paulo e outros. Jobel nasceu aos 20 de novembro de 1940, em Santo Antônio da
Platina, PR. Filho de José Cândido Venceslau (presbítero) e Izabel Domingues.

Formação

Sentindo-se vocacionado para o ministério, estudou no Instituto Bíblico João


Calvino, em Arapongas, PR, de 1963 a 1965. Em janeiro de 1966, assumiu a
Igreja de Campina da Lagoa, PR, como obreiro provisionado. Morava em Campo
Mourão, PR, e dava assistência a um vasto campo de trabalho, incluindo São José
de Pitanga, Nova Cantu, Ivaiporã, Goioerê e cidades vizinhas.

Em 14/01/1967 contraiu núpcias com Maria Macedo Venceslau, fiel


companheira, ajudadora idônea e companheira de jugo. Desse casamento
nasceram quatro filhos: Jobel Cândido Venceslau Junior, Jader Macedo
Venceslau, Jabner Macedo Venceslau e Jaqueline Macedo Venceslau.

A ordenação ao pastorado ocorreu no dia 07/05/ 1967, pelo Presbitério do Oeste


do Paraná, da IPI, em Umuarama, PR., sob a bênção do Pr. Ner de Moura, nosso
querido patriarca.

Pastorado

Quando pastor em Campo Mourão, PR, Deus abençoou muito o seu ministério e
começou um grande avivamento na cidade e região, no meio presbiteriano,
culminando com o surgimento da Igreja Presbiteriana Independente Renovada, a
IPIR. Em 1973, transferiu-se para Osasco, SP., ficando até dezembro de 1978.
Nessa fase, comprou uma área e construiu o templo da primeira igreja, em
localização privilegiada. Osasco cresceu, muitos outros trabalhos foram abertos
por seu intermédio e que hoje são florescentes igrejas e até Presbitérios.

Seu ministério em Goiânia e Brasília, na IPR de Cruzeiro, foi igualmente muito


abençoado. A Igreja cresceu e abriu muitos trabalhos na região da capital. Seu
segundo período em Brasília foi igualmente próspero. Quando precisou deixar a
Igreja, por estar bastante enfermo, seu rol tinha aproximadamente 1.500
membros. Assumiu um trabalho menor, onde pôde ficar apenas 100 dias. Para
um período de licença, mudou-se para Assis, SP, sendo membro, com toda a
família na IPR Central. Em 2002, já recuperado, assumiu a Congregação de Vila
Rodrigues, no Parque Universitário, hoje uma próspera Congregação Presbiterial.

Liderança

Ao longo de seus 37 anos de ministério, foi presidente de Presbitério por mais de


uma dezena de vezes. Foi membro da Diretoria Executiva Nacional como
secretário, secretário executivo e vice-presidente por vários anos, lutou pela
causa do Mestre ao lado do Pastor Abel A. Camargo e Pr. Dr. Jamil Josepetti,
sempre dando sua assessoria nos momentos cruciais da vida da igreja.

Os filhos

Jobel Cândido Venceslau Júnior – Presbítero IPR Central de Assis, Professor da


EBD, Corretor de Seguros, Mestrando em Administração e Bacharel em Direito.
Sua esposa Elaine de Souza Venceslau é vice-presidente das senhoras e
pedagoga. Seus filhos: Gabriel, 11 anos, é vocal e baterista dos adolescentes;
Isabela, 09 anos, e Rafaela, 07 anos, são coreógrafas.

Jader Macedo Venceslau – Administrador de Empresas, tecladista do Ministério


de Louvor da IPR Central de Assis. Sua esposa Roberta de Souza Barreiros
Venceslau é pedagoga. Seus filhos: Renata, 03 anos, e Julia, 10 meses.

Jabner Macedo Venceslau – Formado em Ciência da Computação com estágio na


Espanha e na Inglaterra, tecladista, membro da IPR Central, solteiro.

Jaqueline Macedo Venceslau – Cursando Publicidade e Propaganda, tecladista,


coreógrafa, membro da IPR do Parque Universitário, solteira.

Destaques

O pastor Jobel participou da reunião do “Sítio Marília”, em Londrina, em


05/07/1968, evento que foi o marco inicial do avivamento no Paraná. Nessa
reunião, entre outros, o pastor Palmiro de Andrade, que era presidente de um
Sínodo e tinha restrições ao avivamento, fora batizado com o Espírito Santo e, a
partir daí, reviu suas posições. O preletor fora o pastor presbiteriano, Rev.
Antonio Elias. Conta o pastor Jobel que um dos líderes da IPB, indignado, teria
perguntado, numa reunião, se o Rev. Antonio Elias era ou não pentecostal.
Houve um momento de silêncio e o Rev. Boanerges Ribeiro respondeu: “Olha, se
o Elias é pentecostal eu não sei, mas onde ele passa o povo todo fica
pentecostal.”

Publicações

O pastor Jobel sempre foi um leitor ardoroso. Estava sempre com um livro à
mão, falando de seu conteúdo ou mesmo revendendo-o. Colaborou bastante com
a Editora Aleluia, escrevendo várias lições para EBD. E foi dele o primeiro livro
publicado pelo Aleluia. Era um opúsculo contra o aborto, chamado “Aborto, o
maior pecado do século” (1985).
Depois, publicou Quem é Jesus, 1997,
e O Cristo que Conheci, 2003.

………….

Fontes:

Texto de Joel R. Camargo publicado no Jornal Aleluia de setembro


de 2004, pp. 8 e 9.

Além de entrevista com o Pr. Jobel, e de texto redigido por Jobel Cândido
Venceslau Junior, especialmente para esta edição, o autor serviu-se de
informações do Jornal Aleluia 47, de outubro de 1982.

“Pr. Jobel C. Venceslau, um dos fundadores da IPIR e IPR, conta como foi
levado à renovação pelo Pr. Enéas Tognini”. Entrevista ao Jornal Aleluia de maio
de 2014, edição 395, páginas 10 e 11.

Complementos

1 – Título de Pastor Pioneiro

O Presbitério de Assis, reunido no templo da IPR de Paraguaçu Paulista, SP, no


dia 19/11/2005, teve o prazer de passar às mãos de um de seus membros, o
estimado Pastor Jobel Cândido Venceslau, o Titulo de Pastor Pioneiro. Este título
foi oferecido pela Diretoria Executiva da IPRB, como parte das comemorações
dos 30 anos da denominação, aos pastores que estiveram presentes na fundação
da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil, em 08/01/1975.

O título foi entregue ao Pastor Jobel Cândido Venceslau pelo Pastor Darci da
Silva Lima, da IPR de Marília – SP. No momento da entrega do título, o Pastor
Elton Nogueira de Almeida (Presidente do Presbitério de Assis), traduziu em
palavras a satisfação de todos por estar compartilhando deste momento, e por
contar com a ajuda do Pastor Jobel Cândido Venceslau como companheiro de
ministério, elogiando sua conduta e firmeza durante estes 30 anos em que esteve
lutando em prol desta obra de renovação. Em seguida fez uma oração,
agradecendo ao Senhor Jesus, pela vida do nobre colega.

2 – Jubilação

A jubilação do Pr. Jobel Cândido Venceslau fora aprovada pela Diretoria


Administrativa em dezembro de 2013. Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de
2014.

Francisco Araújo Barretos Neto – Janeiro


de 2010
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Pastor da IPRB desde 1993. Em 2000 integrou-se


à equipe da Editora Aleluia, onde atuou
como redator de 2000 a 2008

Francisco Araújo Barretos Neto fora pastor da IPRB de 16 de dezembro de 1993


até 25 de janeiro de 2010, quando faleceu em Rondonópolis, MT, onde residiam
seus familiares.

Nasceu aos 15 de junho de 1963.


Fora recebido como pastor em 16 de dezembro de 1993 e ordenado em 27 de
fevereiro de 1999. Detentor do prontuário número 713.

Pastoreou as igrejas de Jaciara e Alto Araguaia, em Mato


Grosso, e de Pati do Alferes, no Estado do Rio de Janeiro.
Em 01 de dezembro de 2000 veio do Rio de Janeiro para Arapongas, PR, onde se
integrou à equipe da Editora Aleluia, e atuou, durante sete anos, como redator do
Jornal Aleluia, órgão oficial da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil.

Em 2008, desligou-se por motivo de enfermidade.

Formação

Cursou Ciências Contábeis.

Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul


do Brasil, no Rio de Janeiro.

Fez Especialização em Psicologia Pastoral e em Educação Religiosa.

Mestrado em Teologia no Seminário Teológico Batista do Sul


do Brasil, no Rio de Janeiro.

Enquanto trabalhava no Jornal Aleluia, formou-se em Comunicação


Social (Jornalismo) pela UNOPAR, Londrina, PR – 21/01/2007.

Mensagem

à família do Pastor Francisco

Embora distante de vocês, o mesmo sentimento de perda de um companheiro, de


um amigo e de um irmão me envolve neste momento.

DE COMPANHEIRO, porque tive o privilégio de descobrir o Pr. Francisco


quando ainda trabalhava em Pati do Alferes, no Estado do Rio, e convidá-lo para
vir integrar-se à equipe da Editora Aleluia, o que aconteceu no final do ano 2000.

Assentamos juntos, à mesa de trabalho, durante anos. Percebi que ele queria
crescer. Então, conseguimos os recursos para que cursasse Jornalismo. Durante
quatro anos ele fez a jornada Arapongas-Londrina e eu via que o fazia com
alegria. Ele cresceu na profissão. Serviu à Igreja. Produziu reportagens
fotográficas e bons textos, tanto para o Jornal como para a Revista de Escola
Dominical.
DE AMIGO, porque estava sempre pronto para o trabalho. Convocado, nunca
deixava de atuar com interesse. Simples em seus costumes, morava sozinho num
apartamento no próprio prédio da Gráfica, e sabíamos que sua presença ali era
como a de um guardião para aquele patrimônio.

DE IRMÃO, porque era um homem de fé, conhecedor da Palavra, pregador e


assíduo aos trabalhos da Igreja.

Deixei a direção da Editora, mas ele continuou lá, ao lado do Pr. Rubens Paes.
Nos últimos anos, percebíamos que sua capacidade parecia declinar, estava meio
esquecido, mais lento, mas nem de longe imaginávamos que um moço assim tão
forte poderia estar sendo assediado por um mal tão terrível.

Um dia, soubemos de um acidente de carro, que ele parecia querer esconder.


Depois, alguém nos informou sobre um desmaio, durante um culto, que ele disse
que não era nada. Fatos assim estranhos se sucederam. Até que ele mesmo
percebeu o aparecimento de dificuldades visuais.

Mas o especialista constatou que seus olhos estavam perfeitos. E recomendou


exames mais profundos os quais revelaram a presença de um mal contra o qual
ele lutou bravamente. Várias cirurgias, tratamentos, melhoras, pioras…

Enfim, chegou o momento em que a trombeta soou. Era a hora de atravessar o


rio. E ele ouviu a voz de seu Senhor chamando-o: “Francisco, chega de sofrer…
Você foi um servo bom e fiel. Venha aqui. Venha morar comigo.”

Impossibilitado de estar presente, como seria meu desejo, transmito minhas


condolências à família.

E que o bálsamo dos céus console os corações.

A memória do justo é eterna.

Joel R. Camargo
Ex-Diretor da Editora Aleluia

Arapongas, 25 de janeiro de 2010


Anairton de Souza Pereira –
Dezembro/2004
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Pastor pioneiro da IPRB


e membro da Diretoria Executiva.
Pastor da IPR de Cruzeiro, SP, desde a sua organização.

Temos o prazer de apresentar o pastor provavelmente


com o mais longo pastorado local numa igreja da Renovada. O pastor Anairton,
50 anos, é um dos pioneiros da obra
de renovação e com larga folha de trabalhos realizados.
Sempre primou pela linha doutrinária que abraçou
desde o princípio da Igreja. Fez uso e valorizou
o exercício dos dons espirituais.

Conversão

Nascido num lar evangélico, fez sua pública profissão de fé na Igreja


Presbiteriana de Conceição de Ipanema. Foi nessa igreja que começou a ter
oportunidade para pregar e onde recebeu seu chamado para o ministério.

Anairton nasceu em Conceição de Ipanema, MG, em 1º de agosto de 1953. Filho


de Delarvino de Souza Pereira e Zédina de Souza Pereira. Casou-se em
20/01/1979, com Eunice Hernandes e tem três filhos: Damares (casada com
Rosivaldo), Jether (casado com Zaíne) e Denise. E um neto: Gabriel, com três
anos.

Avivamento

Como tinha muita simpatia pelo avivamento, costumava frequentar a Igreja


Batista Renovada. Em 1.973, ingressou na Igreja Cristã Presbiteriana. E
participou de um Encontro de Avivamento em Cianorte, no Paraná, onde Deus
falou ao seu coração, confirmando seu chamado para o ministério, e de onde saiu
muito abençoado com as várias palavras proféticas que recebera.
Em 1.973, ingressou na Igreja Cristã Presbiteriana de Vila das Mercês, no
Ipiranga, São Paulo e foi batizado pelo pastor Joed Lamônica Crespo, em São
Caetano do Sul. Recebeu nessa ocasião o batismo com o Espírito Santo e, logo
em seguida, os dons espirituais, os quais têm sido uma bênção em sua vida e na
Igreja.

Cursou, a partir de 1974, o Seminário Pentecostal do Avivamento Bíblico, em


São Paulo, hoje da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

Ingresso na IPR

Com a união da ICP e IPIR, em 1.975, filiou-se à Igreja Presbiteriana Renovada


de Osasco, SP. Em outubro assumiu a Congregação no Jardim Mutinga,
recebendo-a com 16 membros, deixando-a, em 1976, com 38 e um terreno onde
hoje está o templo da Igreja.

Participou da Assembleia Geral de janeiro de 1.977, em Belo Horizonte, onde foi


examinado e recebido como pastor evangelista. E fora designado para assumir o
pastorado da IPR de Cruzeiro, SP, no dia 27 de janeiro de 1.977. Na época, era
presidente do Presbitério da Grande São Paulo o pastor Jobel Cândido Venceslau.
No ano seguinte, no dia 4 de março, fora ordenado pastor, recebendo o número
162 no prontuário da IPRB.

Em janeiro de 2.005, completa 28 anos de pastorado à frente da IPR de Cruzeiro.

Um Presbitério

Partindo de Cruzeiro, o trabalho se estendeu por toda a região. Como


consequência, foi organizado, em 12 de dezembro de 1.986, o Presbitério do Vale
do Paraíba, que é formado por Igrejas e congregações estabelecidas em 20
municípios, abrangendo o Vale do Paraíba, Sul de Minas Gerais e Oeste
Fluminense. A formação desse Presbitério contou diretamente com a liderança
espiritual e administrativa do Pr. Anairton.

O Pr. Anairton está à frente do Presbitério do Vale do Paraíba desde sua


fundação, com exceção do ano de 1.984, ano em que ficou fora da Diretoria.
Gosta de trabalhar com o Presbitério do Vale do Paraíba por se tratar de um
grupo muito unido, que tem procurado preservar os princípios que a igreja
abraçou desde os começos, afirma.

Nos Encontros

O Pr. Anairton tem sido insistentemente convidado para pregar em Encontros de


Avivamento e em campanhas de despertamento. Em Cruzeiro já realizou 20
Encontros, eventos que têm trazido crescimento para todos.

Na Diretoria da IPRB

Em janeiro de 1.989, foi eleito vice-presidente da Igreja Presbiteriana Renovada


do Brasil e exerceu esse cargo por seis anos. Depois fora Segundo Tesoureiro por
três anos. Afirma que foi gratificante trabalhar, entre outros companheiros, ao
lado do Dr. Jamil Josepetti, que deixou marcas de um grande líder, excelente
administrador e amigo fiel.

A IPR de Cruzeiro

Cruzeiro foi uma das primeiras cidades alcançadas pelo avivamento Espiritual, já
na década de 60, sob liderança do pastor Altair Monteiro. O pastor Anairton
assume a Igreja em 1977. Era um salão alugado na Vila Batista. Depois foi
alugado um maior no centro da cidade, na rua Coronel Castro, 623. Em
26/01/1975 foi organizada como Igreja. Em 1976 já se reunia no templo próprio,
à rua Eng. Penido, 19. Atualmente, está se reunindo no novo templo, na rua
Othon Barcelos, 19. Sua EBD (Escola Dominical) está com 156 alunos e a Igreja
com 341 membros.
((

………………

Fonte:
Texto de JRC, redigido em 2009.
Servimo-nos de informações recentes da Profª. Eunice Hernandes Pereira e de
dados
do Jornal Aleluia de maio/1986, fev./1999, julho/2001 e dezembro/2003
Atualizações

Eleito segundo tesoureiro da Diretoria Executiva da IPRB,


em dezembro de 2012, pela XVIII Assembleia Geral, realizada
em Poços de Caldas,MG, para o triênio 2013/2015

Em dezembro de 2015 fora reeleito segundo tesoureiro


da Diretoria Executiva da IPRB pela XIX Assembleia Geral realizada
em Poços de Caldas, MG, para o triênio 2016/2018

Advanir Alves Ferreira – Fevereiro de 2001


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Pastor da IPRB desde 1985


Terceiro presidente da IPRB
Pastor da 10ª IPR de Maringá

Advanir Alves Ferreira é pastor da IPRB desde 17/08/1985,


quando fora recebido pelo Presbitério de Maringá.
Ordenado em 31/12/1988 e detentor é do prontuário 381.

Natural de Londrina, PR, onde nasceu

no dia 1º de dezembro de 1956.


Casado com Jucieni Aguiar Ferreira e tem dois filhos.

Formação

Formado em Economia pela Universidade de Maringá.

Foi professor nessa mesma Universidade, lecionando


Introdução à Economia.

Atuou na área administrativa como Secretário


da Administração municipal em Maringá, PR, por quatro anos.

Cursou Teologia na EETAD, 1980/1983.

Em 2008, concluiu o doutorado em Liderança


e Administração Cristã, pela Faculdade Teológica Sul Americana.
Atuação na IPRB

Exerceu o cargo de primeiro secretário da IPRB

Ex-professor do Seminário Presbiteriano Renovado de Cianorte

Presidente do Presbitério de Maringá

Presidente da IPRB desde 2001 eleito pela XIV Assembleia Geral


realizada em Anápolis, Goiás, em janeiro de 2001.

Reeleito em dezembro de 2003 pela XV Assembleia Geral


realizada em Sumaré, SP, para o triênio 2004/2006

Reeleito em dezembro de 2006 pela XVI Assembleia Geral realizada em


Luziânia, GO, para o triênio 2007/2007

Reeleito em dezembro de 2009 pela XVII Assembleia Geral realizada em Poços


de Caldas, MG, para o triênio 2010/2012

Reeleito presidente da IPRB em dezembro de 2012 pela XVIII Assembleia Geral


realizada em Poços de Caldas, MG, para o triênio 2013/2015

Reeleito presidente da IPRB em dezembro de 2015 pela XIX Assembleia Geral


realizada em Poços de Caldas, MG, para o triênio 2016/2018.

Adolfo Neves – Outubro/2004


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Joel R. de Camargo /por admin

Pastor pioneiro da IPRB chamado carinhosamente


de “batizador”, por ter realizado o primeiro batismo
por imersão, ainda ao tempo da IPIR

O pastor Adolfo Neves vivenciou os dias iniciais da Renovada. Concluído o


Seminário, em 1971 assumiu o campo de Presidente Venceslau, SP, e, no ano
seguinte, o de Pirapozinho, SP.

Nesse tempo, várias igrejas do interior do Estado de São Paulo, Paraná, Minas e
Goiás estavam sendo alcançadas pelo avivamento. Ele também experimentara
essa bênção que, por um lado era de alegria, por outro de dificuldades.
Alegria porque via pessoas sendo batizadas com o Espírito Santo e se dedicando
ao evangelismo como nunca o fizeram anteriormente; de alegria porque o amor
ao evangelho se despertara profundamente em muitas vidas; de alegria porque o
povo se voltava para Bíblia com sede e para a vida de oração com muita fé. Mas
de tristeza por causa das lutas eclesiásticas que essa posição suscitou.

Havia em Pirapozinho um grupo de irmãos vivenciando essa experiência e


estavam interessados em dar continuidade ao trabalho. Para isso fora alugado um
salão na Rua Florisvaldo Ribeiro Bessa, 1209.

O primeiro culto ocorreu no dia 28 de maio de 1972, com a presença de 62


pessoas. A Igreja fora organizada mais tarde, em 6 de agosto de 1972, estando
entre as primeiras a se definir como Igreja Presbiteriana Independente Renovada,
a IPIR. A reunião de organização se deu na casa do presbítero Jacyr Cardoso
Garcia.

Um marco histórico é que o primeiro batismo nas águas na IPIR foi realizado por
essa Igreja, no dia 17/09/1972, no sítio de Altino R. Santana, no distrito de
Tarabay, com direito a banda de música. Foi oficiante o Pr. Adolfo Neves,
estando presentes os pastores Palmiro de Andrade e Celsino Marques de
Azevedo.

Pela sua bravura e força espiritual, convém relembrar os nomes dos primeiros
oficiais, eleitos na data de organização: diáconos: Nehemias Francisco Lagos,
Altair Rodrigues Menezes, Alfredo Frebonio dos Santos, Ivanice Bessa Oliveira,
Ivanilda Bessa Evangelista do Lago e Nair Lourdes Garcia; e presbíteros Jacyr
Cardoso Garcia, Djalma Barbosa Oliveira e Geraldo Soares de Oliveira, tendo o
pastor Adolfo Neves como presidente do Conselho.

Além de Pirapozinho e Cândido Mota, pastoreou, no Paraná: Goioerê (nessa


ocasião fez uma viagem missionária a Foz do Iguaçu e lá foi realizada a primeira
Escola Bíblica Dominical na casa de Dorival Francisco da Silva, na época
funcionário da Itaipu, hoje pastor da IPR em Rondônia), Ubiratã, Campina da
Lagoa, Toledo, Assis Chateaubriand, Aldeia Feliz, Marechal Cândido Rondon e
suas congregações. No Mato Grosso, pastoreou a Igreja de Sinop.

Missionário
Por um período esteve ajudando numa casa de recuperação em Curitiba, PR,
marcado por gloriosas experiências. Depois de trabalhar em mais de 35 cidades,
em três Estados; depois de construir ou reformar mais de vinte imóveis; depois
de ganhar, pela graça de Deus, um número considerável de vidas para Jesus, das
quais mais de dez são pastores, fora enviado, pela MISPA, para o Estado do
Amapá, onde desembarcou em 04/02/1994.

Sua incumbência era a de fundar o trabalho Renovado na cidade de Macapá, e


dar assistência aos campos missionários daquele Estado. No Estado havia quatro
trabalhos, fundados pelo Pr. Márcio Lemes e Soeli e Ronaldo Gazoni. Atuou
nesse campo até 1999. Atualmente está à frente do trabalho o presb. Euclides
Augusto Palheta Pires e conta com 38 membros e 52 alunos na EBD.

Formação

Adolfo Neves é membro da grande família dos Neves, de Palmital, na região


central do Paraná. Filho de Vitório de Paula Neves e de Dulvina Vidal, nasceu
aos 23/11/1946, em Linha Nova, sendo registrado em Pitanga. PR. É o filho mais
velho entre os 11 irmãos.

Desde a infância fora ensinado nos preceitos da Palavra de Deus. Sua conversão
se deu no dia 31 de dezembro de 1967, quando Deus permitiu que um incêndio
destruísse tudo que haviam construído até então. Sua casa, com todos os móveis
e pertences, tudo se queimou e a família chegou a precisar de doação até de
roupas.

Adolfo, que já se sentia chamado para o ministério, começou a pensar seriamente


na transitoriedade da vida. Em 1968 matriculava-se no Instituto Bíblico de
Cianorte, onde fez seu preparo para o ministério.

Família

Foi no Seminário que conheceu Isabel Cristina. Casaram-se em 1971. Souberam


que não poderiam ter filhos, porém o Senhor operou um milagre em suas vidas e
lhes deu três varões: Jônatas, Israel e Paulo César, que hoje é pastor auxiliar em
Faxinal, PR. Há também a Natasha que é a alegria dos avós.

Conclusão
Atualmente pastoreia a IPR de Guarapuava, PR. Deus tem dado um novo rumo
ao seu ministério, acatando a visão celular como princípio bíblico que tem por
objetivo proporcionar à igreja não só um crescimento numérico, mas
principalmente um crescimento do Corpo de Cristo e da expansão do Reino do
Senhor sobre a terra.

Texto de Joel Ribeiro de Camargo

…………

Fontes:

1 – Jornal Aleluia de outubro de 2004, páginas 6 e 7.

2 – Além de texto recente, fornecido pela família, servimo-nos


do Jornal Aleluia de setembro de 1986, p. 7 (biografia),
do Jornal Aleluia de novembro de 1997, p. 16 (sobre Pirapozinho)
e do Jornal Aleluia de dezembro de 1994, p. 12 (sobre Macapá).

Como você tem tratado sua família? –


Agosto/2006
19 de junho de 2018/0 Comentários/em João Souza Matos /por admin

Quando os pais estão bem consigo mesmos,


eles conseguem dialogar,
transmitir amor, educar melhor seus filhos
e dar a devida assistência à família.
Então, cuide mais de sua saúde física,
psicológica e espiritual para que isso
aconteça em seu lar.

Ficamos estarrecidos com certas notícias sobre acontecimentos que envolvem o


relacionamento entre pais e filhos, esposo e esposa ou filhos e pais. Como pais,
convém refletir sobre nossa responsabilidade para com a família. Contemplamos,
nos dias atuais, duros e constantes ataques contra esta instituição. Sendo a família
a célula básica da sociedade, o que vier a acontecer com ela refletirá diretamente
no mundo em que vivemos. Satanás tem procurado destruí-la, pois sabe que ela
define a sociedade em que estamos inseridos.

Esses três fatos iniciais – o valor da família, o perigo que vem correndo e a
existência de um destruidor – cobram dos pais cristãos maior responsabilidade
por serem o sal da terra e a luz do mundo em seu lar, junto aos filhos.

De fato, a família merece nosso melhor cuidado. Falo como pastor e como pai. O
apóstolo Paulo afirma, em 1Timóteo 5: 8, que, quando não cuidamos da família,
erramos e agimos tal como uma pessoa incrédula. Por isso, vamos relembrar
alguns pontos importantes de nossa responsabilidade para o bem-estar da família.

Os pais têm de ter amor por sua família

O ambiente familiar, que deveria ser o local para demonstração de carinho, amor,
afeto e diálogo, em muitos momentos se torna lugar de brigas, discórdias e
indisciplina. Muitos pais não conseguem expressar amor pelos seus filhos. Como
um pai ou mãe pode dizer que não ama os filhos? Mesmo que eles vivam em
rebeldia não deverão ser desprezados, pois: “…os filhos são herança do Senhor, e
o fruto do ventre, o seu galardão. Como flechas na mão do valente, assim são os
filhos da mocidade”, Sl 127: 4-5. Um bom relacionamento pode evitar falhas ou
corrigir os erros cometidos.

A Bíblia nos ensina que devemos amar todos os nossos familiares, pois se
alguém disser que ama a Deus e odeia a seu irmão é mentiroso. Aquele que não
ama a quem vê como pode amar a Deus a quem não vê? A prática de uma boa
convivência é necessária porque todos precisam sentir que são amados, que são
aceitos, que pertencem a uma família e isso acontece através de cada gesto e de
cada palavra. Pais, esposas e filhos podem viver melhor: “A tua mulher será
como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de
oliveira, à roda da tua mesa”, Sl 128: 3.

Os pais precisam assumir o compromisso de orar todos os dias para que Deus
renove e aumente o amor de uns pelos outros dentro da família. O resultado de
um bom relacionamento é que todos serão abençoados pelo Senhor e a alegria
fará parte do dia-a-dia do lar. Dia das Mães e Dia dos Pais são um ótimo
momento para reunião e reflexão familiar, mas não devemos ficar só nisso.
Mudanças para melhor podem acontecer sob a direção de Deus: “instruir-te-ei e
ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos”, Sl 32:
8.

Os pais precisam estabelecer prioridades

Prioridade implica em colocarmos certas questões em ordem de acordo com seu


grau de importância. Se errarmos nessa sequência, poderemos colher resultados
desastrosos. Se quisermos cuidar bem dos outros, primeiro temos de atentar para
nós mesmos. Quando estamos bem conosco, conseguimos dialogar, transmitir
amor, educar melhor nossos filhos e dar a devida assistência à família.
Verdadeiramente, ninguém consegue amar o próximo, se não amar a si mesmo
antes, Lc 10: 27.

Há muitos que não “esquentam a cabeça” nem consigo e nem com sua família.
Os filhos ficam ao léu do tempo, não cuidam da comida deles, não cuidam das
roupas, nem se preocupam com seus estudos, nem com o futuro da casa. Para
esses pais, um pouco de organização pessoal, de planejamento familiar, de temor
de Deus no coração e o estabelecimento de prioridades ajudariam a aprimorar a
vida em família: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as
pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a
rocha”, Mt 7: 24. Se isso acontecer, os membros da casa viverão melhor e mais
felizes.

Com relação à vida eclesiástica, é necessário ter firmeza nas posições tomadas
para que uma coisa não prejudique as outras. Deus está em primeiro lugar, à
família vêm depois e, finalmente, as atividades da igreja. Muitos já dedicaram
muito tempo para a igreja e, quando se lembraram de seus filhos, já era tarde, já
os tinham perdido para o mundo. Por isso, reservar tempo para gastar com o
esposo, com a esposa, com filhos, faz muito bem à saúde da família: “O justo
anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele”, Pv
20: 27. Às vezes oramos muito e esquecemos dos deveres conjugais. Tudo
precisa ter o seu devido lugar e equilíbrio.

Os pais precisam educar seus filhos


Na sociedade atual, há pais e há mães que desenvolvem os dois papéis: o de
papai e o de mamãe. Com tantas separações, a estrutura social familiar acha-se
bastante fragilizada. O momento é bem diferente da ideal, da orientada pelo
Senhor em sua Palavra. Por isso, todos os pastores, pais e educadores estão
conscientes da necessidade de sair em socorro à família, ou seja, prestar apoio e
ajuda aos pais e aos filhos através de conselhos, ensinos, palestras, cursos, grupos
familiares, eventos especiais, etc.

A educação secular e cristã dos filhos (relembramos aqui o relevante papel da


Escola Dominical) deve ser prioridade para que eles tenham um futuro melhor e,
consequentemente, seu filhos cumpram o que está em Pv 17: 6: “Coroa dos
velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais”.

A geração do mundo globalizado vive a maior crise paterna que já existiu!


Pesquisas apontam que, semanalmente, os pais têm em média sete minutos de
conversa significativa com seus filhos. Um dos resultados é que os filhos entram
na vida sexual mais cedo, envolvem-se com drogas e violência. Mas quando há
educação séria, pautada nas Escrituras sagradas, o pai não é visto apenas como o
provedor da família, mas também é amigo, companheiro, confidente e muito
mais. Cabe a eles ensinar as regras do jogo na estrada da vida para que seus
filhos se tornem adultos responsáveis.

Por causa da complexidade da educação dos filhos, muitos pais sabem que
precisam de mais informações e querem aprender, independentemente da idade, a
lidar com seus filhos menores, adolescentes ou jovens. A Igreja tem procurado
proporcionar-lhes isso. Quando os pais são reeducados, os filhos compreendem
que o aprendizado é uma constância na vida, que sempre há algo a ser
assimilado, que nunca se deve parar de estudar. O fato de não estar frequentando
uma escola ou faculdade não significa que não esteja aprendendo sobre a vida. O
dia-a-dia tem muito a ensinar aos pais e aos filhos.

Conclusão

Hoje não está fácil para a família. Se essa é também a sua constatação, nunca
deixe de orar em favor de seu casamento, de seus filhos e dos demais familiares.
É desejo de Deus que seu lar seja um altar. Os pais merecem os parabéns neste
“dia das mães”, mas precisam de coragem para cultivar relações promissoras
dentro de casa. A leitura da Bíblia esclarecerá muitas questões para o sucesso
familiar. Que assim Deus nos ajude.

………………….
Fonte: Jornal Aleluia de agosto de 2006

Um olhar de amor pelos nossos filhos –


Junho/1991
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Jamil Josepetti /por admin

Liberdade com responsabilidade:


orientação pastoral
sobre o avanço das drogas
no meio urbano

A força do mundo das drogas é tremenda. Apesar do esforço das autoridades e


dos educadores, uma faixa cada vez maior da sociedade vem se envolvendo com
entorpecentes. Alguns por desinformação, outros por ganância. Acho que algum
trabalho, alguma medida precisaríamos tomar para proteger nossos filhos e
nossos jovens. E é sobre isso que desejo conversar com os pastores e líderes de
igrejas.

Como nessa área não tenho autoridade para determinar, quero apenas sugerir aos
obreiros que desenvolvam, em todas as igrejas, um trabalho de atendimento aos
lares e às famílias, orientando preventivamente a respeito dos perigos das drogas.
Elas matam, destroem vidas, levam almas ao inferno. Minam a saúde, a paz, a
vida financeira e a vida espiritual de quem com elas se envolve. Tiram jovens das
escolas e das igrejas e levam ao caminho do vício, do roubo e dos crimes. Por
isso, um trabalho de orientação precisa ser feito, imediatamente, a fim de
imunizarmos cada vida que pertence ao nosso rebanho, tentando isolá-la das
possíveis influências negativas que possam advir do meio em que vivem os
jovens, moços e moças, tanto na rua, como nas escolas ou no emprego.

Penso que poderiam ser feitas palestras, estudos, até com proveito, mas acho que
o caminho seria outro, mais direto e mais pessoal. O pastor deveria visitar a
família, colocar pais e filhos em torno de uma mesa e expor claramente o
assunto. Sem alarme, mas agindo pastoralmente, avisando, comprovando com
dados o avanço das drogas no meio urbano. Explicar também aos pais como
acompanhar os filhos, como orientá-los, sem prendê-los demasiadamente, mas
também sem dar tudo o que querem, proporcionando uma liberdade com
responsabilidade. Observar os horários e as companhias. Criar laços mais
estreitos com os filhos, saindo com eles e vivendo mais junto deles. A mãe deve
verificar bem de perto qualquer mudança de comportamento nos filhos e filhas e,
em caso de suspeita, já no início eliminar qualquer indício de uso de drogas.
Temos de fazer um trabalho preventivo, como se fosse uma vacina, porque
depois que estiver viciado, aí vai ser a hora do choro e da lamentação.

E, quanto à Igreja, em seu programa, sugiro que dê toda atenção possível aos
adolescentes e jovens, levando-os a ocupar seu tempo ocioso. Proponham
atividades que possam conduzi-los a uma visão profunda da vida espiritual e
social, com momentos de louvor, estudos, confraternização e oração. Os jovens
precisam chegar a uma real conversão e devem ter a oportunidade de prestar
serviços à causa.

Disse que a força do mundo das drogas é muito grande, é demoníaca. E a


ingenuidade dos jovens é enorme. Se juntarmos a curiosidade, a mente vazia e a
desinformação, eis aí uma porta aberta para o traficante. Não, não vamos deixar
nossos filhos assim tão desprotegidos. Vamos conversar com eles. A começar
pelas crianças, pedindo que não aceitem nada da mão de estranhos. Temos de
começar cedo. Se a criança já tem capacidade de nos atender, vamos falar com
ela de modo a salvá-la desse caminho terrível. Tudo depende de nós, líderes
religiosos, e dos pais. Dar amor é dar meios para que sobrevivam nesse mundo
dominado pelo maligno, 1João 5:19.

…………………..

Fonte: Jornal Aleluia de junho de 1991, pg. 02 da edição 144

Avivamento hoje, necessário e urgente –


Setembro/2016
19 de junho de 2018/0 Comentários/em Isaías Gomes de Oliveira /por admin
Reflexão com base em Daniel 10: 19

AVIVAMENTO TRAZ ARREPENDIMENTO

“A profundidade de qualquer avivamento será determinada precisamente pela


profundidade do espírito de arrependimento que o produziu.”

O AVIVAMENTO TRAZ HUMILDADE

É preciso que sejamos humildes aos nossos próprios olhos, pois o fracasso ou o
sucesso, em última análise, dependerá disso. Caso nos consideremos importantes,
já estamos derrotados. Deus sempre procurou um povo humilde. Ele não pode
usar outro tipo de pessoa. Martinho Lutero, o grande reformador, escreveu:
“Quando o Senhor Jesus diz ‘ARREPENDA-SE’, Ele quer dizer que toda a vida
do crente na terra deve ser um constante e permanente arrependimento”.

AVIVAMENTO TRAZ RELACIONAMENTO


ÍNTIMO COM DEUS

Precisamos de um relacionamento mais íntimo, vivo, pessoal, e comunhão maior


com Deus. Só o homem que vive em comunhão com a realidade divina está
habilitado a levar as pessoas a Deus. Daniel recebe o fardo de seu povo sobre os
ombros, um homem de lágrimas. O povo havia se esquecido de Jerusalém e do
lugar de oração e as pessoas se mostravam pouco interessadas em adorar e servir
a Deus. Parecia que o povo de Deus estava com o coração “cauterizado” e todos
viviam uma vida tomada pela apatia e pelo adormecimento espiritual.

Assim como hoje, quando a maioria dos cristãos não quer aumentar sua carga de
oração. Muitos crentes acham mais fácil criticar a orar. Mas, como os profetas de
antigamente, precisamos orar por aqueles que não oram por si mesmos.
Precisamos confessar os pecados do povo. A carne, naturalmente, reluta diante de
tão árduo sacrifício. Os gemidos não são muito populares em algumas igrejas,
assim como não são agradáveis os brados de uma mulher dando à luz. A angústia
na intercessão não é companhia agradável para os que estão conformados e
acomodados em uma vida egoísta no mundo. E as igrejas não querem ouvir os
gemidos da intercessão. Estão muito mais preocupadas em se divertir. Envolvem-
se em ativismo desnecessário ou implantam inovações que tomam o lugar
daquilo que deveria ser primazia. A verdadeira intercessão com angústia de alma
é tão nítida no espírito quanto as dores de um parto natural. A semelhança é
quase perfeita. Nenhuma alma jamais renasce sem esse processo.

Todos os avivamentos de salvação vêm dessa maneira. Os fardos do povo de


Deus precisam pesar em nossos corações. Jamais seremos verdadeiros
PASTORES E OBREIROS, INTERCESSORES a não ser que sintamos as
aflições do povo sobre nossos ombros. As tristezas do nosso Senhor devem estar
sobre nós. Devemos estar no Jardim do Getsêmani com Ele. “O penoso trabalho
da sua alma” deve estar sobre nós. Devemos temer, como Ele temeu, que não
viveria para ver as respostas das orações e lágrimas pelo avivamento. Uma vida
de oração é muito mais importante do que prédios e organizações. Mas, às vezes,
esses interesses substituem a oração. Entretanto, as almas entram no reino só
através de orações. As orações não podem ser normais, mas devem ser sopradas
pelo Espírito de Deus.

O AVIVAMENTO DESTRÓI BARREIRAS


DENOMINACIONAIS E OS PARADIGMAS

A operação de Deus em nossos corações deve ser mais profunda do que jamais
experimentamos, suficientemente para destruir as barreiras denominacionais,
partidárias, apegos a títulos e a reconhecimentos. Deus tem usado muitos
homens, de diversas denominações, mas às vezes olhamos para tudo isso com um
olhar crítico, ao invés de reter o que é bom e esquecer o que não concordamos.

“Deus é quem aperfeiçoa aqueles que Ele mesmo escolhe.”

O AVIVAMENTO TRAZ OS DONS

Devemos buscar o dom da fé, o discernimento de espíritos, a cura e a profecia.


Precisamos de mais sabedoria e também de amor. O dom da fé, para efetuar
grandes milagres, pois em nossas igrejas deveriam ser notórios os milagres e
maravilhas. Precisamos da fé para que venha o avivamento. Temos de profetizar
a respeito das grandes coisas que estão por vir. Realizarmos atos proféticos em
nossas igrejas e no presbitério. Uma misteriosa e poderosa mobilização no
mundo espiritual está às portas. Temos de ter a sensação de “céu aqui na terra”
com a certeza de que o sobrenatural existe e em sua plenitude em nossas igrejas.
Muitos que agora são cristãos silenciosos liderarão movimentos. Devemos buscar
os sinais e maravilhas. Mc 16:17

John Wesley orou assim: “Senhor, manda-nos o antigo avivamento sem seus
defeitos; mas, se não for possível, manda-o de volta com todos seus defeitos.
Precisamos de avivamento.”

O AVIVAMENTO TRAZ HUMILDADE


E, CONSEQUENTEMENTE, A UNIDADE

Deus usa os mais humildes e às vezes desprezíveis. “De Nazaré pode sair alguma
coisa boa?” Uma carga de dinamite não produz o produto final, mas ajuda a
soltar as pedras que depois serão transformadas em monumentos pelas mãos
talentosas do escultor.

Assim são aqueles que Deus levanta para revolucionar. Não queremos uma igreja
poderosa que influencie e manipule o poder humano, mas queremos uma igreja
que transforme pessoas mediante o poder do sangue de Cristo. O conceito muda,
damos a Deus sem esperar receber, agradamos a Deus e não a nós mesmos.
Quando houve o grande avivamento na rua Azuza em Los Angeles, Califórnia,
em 1906 , liderada por William Joseph Seymour, as pessoas se preocupavam em
viver o amor de Deus. Nenhum pregador ousava criticar igrejas, pastores ,
denominações. O Espírito Santo não lhes dava tempo de pensar, falar ou ouvir
mal de nenhuma criatura. Não precisavam se defender em meio às perseguições.
O Espírito Santo se encarregava de tudo. O Espírito direcionava o conteúdo das
pregações.

Na Igreja da Rua Azuza não havia instrumentos, nem precisavam deles, tudo era
espontâneo, o poder de Deus os enchia e os comovia com cânticos espirituais.
Havia pregação espontânea e apelos ao altar para salvação, santificação e batismo
no Espírito Santo. Quando há unção e a glória de Deus está sobre o ministério
pastoral e na igreja, Deus mesmo se encarrega de fazer o apelo e as pessoas são
impactadas debaixo da nuvem da glória de Deus.

O AVIVAMENTO TRAZ SANTIDADE


Daniel, à semelhança de Isaías, teve seus lábios tocados, e começou a profetizar
pela unção e poder de Deus. Daniel foi profundamente quebrantado. Seu corpo se
enfraqueceu. Daniel caiu prostrado diante do ser celestial, diante da manifestação
da glória de Deus. A glória do Senhor é poderosa demais para um frágil ser
humano suportar. Daniel se humilhou diante de Deus. Nós temos feito o mesmo
hoje? Daniel tinha joelhos que se curvavam quebrantados diante de Deus.
Enquanto a Igreja ora, trava-se uma batalha nas regiões celestiais, há uma guerra
em andamento entre os anjos de Deus e os anjos de Satanás.
De fato, a santidade traz a unção e, a unção, autoridade.

Precisamos ver o nosso povo dando glória a Deus, falando em línguas estranhas,
profetizando. É urgente e necessária a manifestação dos dons , curas, milagres e
maravilhas.

Vejamos um relato de um morador próximo a um dos locais de reunião de


Seymour:

“Eles gritaram três dias e três noites. Era época da Páscoa. As pessoas vinham de
todas partes. Na manhã seguinte não havia como chegar perto da casa. Assim que
as pessoas entravam, elas caíam sob o poder de Deus, e a cidade inteira se
comoveu. Gritaram tanto que a base da casa cedeu, mas ninguém ficou ferido. A
separação racial foi quebrada, famílias brancas começaram a participar e serem
batizadas com o Espírito Santo. Nenhum instrumento musical foi usado. Pois não
eram necessários. Um coro de anjos foi ouvido por alguns, no espírito. Nenhuma
oferta foi recolhida. Nenhum anúncio foi escrito para divulgar as reuniões.
Nenhuma organização eclesiástica estava por trás disso. Todos que estavam em
contato com Deus, logo que entravam nas reuniões percebiam que o Espírito
Santo era o líder.”

A primeira edição da Fé Apostólica afirmou uma reação comum para a


revitalização dos visitantes: “Pregadores orgulhosos e bem vestidos vêm para
‘investigar’. Logo o seu aspecto importante é substituído com assombro. Então
vem a convicção de que, muitas vezes, num curto espaço de tempo você irá
encontrá-los chafurdando no chão sujo, pedindo perdão a Deus e se tornando
como criancinhas.”
Ó Senhor, aviva a tua obra!

O fogo do avivamento – Setembro/2006


19 de junho de 2018/0 Comentários/em Gleidson da Silva Costa /por admin

Os reavivamentos mais famosos da história


da igreja aconteceram na Europa
e na América do Norte.
Entre eles estão a Reforma Protestante
e o movimento da Rua Azusa.
No Brasil, Daniel Berg e Gunnar Vingren
são os fundadores da obra pentecostal.
Nas décadas de 60 e 70, várias igrejas
experimentaram um reavivamento espiritual,
quando surgiu a Igreja Presbiteriana
Renovada do Brasil.

É curioso o nome do livro de Levítico no original: “Vaikrá”, que significa “Ele


Grita”. Mas, quem está gritando? Deus. E o que Ele grita? Sejam santos. O livro
mostra todas as formas, rituais, ofertas e sacrifícios, para ensinar a Israel a se
aproximar de um Deus santo. E o fogo da oferta de holocausto deveria arder
continuamente sobre o altar sem se apagar, Lv 6: 13. Então, como manter o fogo
do avivamento?

O fogo do avivamento
da rendição absoluta a Deus

“Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a


terra, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caiu
de rosto em terra e disse: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!”, 1Rs 18: 38-39.

Como eram os dias de Elias? Eram dias de ambiguidades. Havia um Israel que
ora servia a Deus, ora servia a Baal. Ora dizia que o Senhor é Deus, ora dizia que
Baal era deus. Então Elias desafiou a todos: “Por que vocês estão divididos em
dois pensamentos? Se Baal é deus sirvam a ele, mas se o Senhor é Deus, servi-
O”. Porém, vocês precisam decidir. Elias os desafiou para uma prova e Deus
respondeu com fogo. O holocausto foi consumido e como o povo reagiu?
Prostrado diante do Senhor dizendo: “Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus”.

Muito pior do que os ídolos estarem no andor, no oratório, na escrivaninha, ao


lado da cama, no retrovisor do carro, é quando eles estão no coração, na mente:
Ez 14: 3; Cl 3: 5. Mas, o fogo do avivamento nos faz sermos por inteiro para
Deus e nos capacita a sermos totalmente dirigidos pelo Senhor.

Hoje o Senhor Deus Todo-poderoso enviará fogo dos céus sobre nós. Fogo de
reavivamento e não mais ficaremos divididos. Deus enviará fogo de
reavivamento sobre nós para não mais servirmos a dois senhores. Não mais
pensaremos duas vezes: renunciaremos o mundo e abraçaremos totalmente o
Senhor. Detestaremos o pecado e amaremos a Deus. Rejeitaremos o amor ao
dinheiro e nos contentaremos com a presença do Senhor.

O fogo do avivamento
do coração rasgado para Deus

“Agora, porém, declara o Senhor, voltem-se para mim de todo o coração, com
jejum, lamento e pranto. RASGUEM O CORAÇÃO, e não as vestes. Voltem-se
para o Senhor, o seu Deus, pois é ele é misericordioso e compassivo, muito
paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça”, Joel 2: 12-13.

Poderíamos chamar Joel de “O Profeta do Avivamento” ou “O Profeta do


Derramar do Espírito”. As igrejas históricas, tradicionais, pentecostais, renovadas
e neopentecostais concordam que o que aconteceu com a igreja primitiva, em
Atos 2, é o cumprimento da profecia de Joel 2: 28: “derramarei o meu espírito
sobre toda a carne…”. Todos querem um avivamento de profecias, de visões, de
revelações, de prosperidade e crescimento. Um avivamento para nós, nossos
filhos e nossas filhas.

Antes, porém, Deus enviará um avivamento de santidade. O fogo do


reavivamento que o Senhor enviará rasgará os nossos corações porque a vida
com Cristo não é teatro, não é encenação, não é novela, não é fantasia, não é
magia. Se isto estiver acontecendo em sua vida, hoje Deus vai mudar sua história,
Ez 36: 26. Ele vai trocar a oração do fariseu pela do pecador arrependido, Lc 18:
9-14. Hoje o fogo do reavivamento vai trocar a nossa aparência pela essência, a
nossa encenação por adoração.

O fogo do avivamento
da paixão evangelística

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão
minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins
da terra”, At 1: 8.

Por que somos cristãos? Para sermos santificados, reavivados e produzirmos


frutos através da pregação do evangelho de Cristo. Deus não virá sobre o crente
apenas para produzir arrepios e emoções, mas também para testemunhar,
evangelizar e discipular. O fogo do reavivamento dá uma visão de conquista das
nações e de evangelização do mundo. Quando somos abrasados pelo fogo de
Deus, ele gera em nós uma paixão por vidas, pelas almas.

Vamos orar como estes homens: John Knox: “Senhor, dá-me a Escócia ou eu
morro”; George Whitefield: “Se não queres dar-me almas, retira a minha!”; D. L.
Moody: “Usa-me, então, meu salvador, para qualquer alvo e em qualquer
maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-a
com Tua graça”; Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, dizia: “Aqui
quero ser inteiramente gasto por Deus”; David Brainerd: “Eis-me aqui, Senhor.
Envia-me até aos confins da terra: envia-me aos bárbaros habitantes das selvas,
envia-me para longe de tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me
mesmo para a morte, se for no Teu serviço e para o progresso do Teu reino”.

Este é o clamor, a oração, o grito e a paixão de coração incendiado pelo fogo do


reavivamento. Quem experimenta esse fogo sai pelos quatro cantos da cidade
incendiando corações com o evangelho de Jesus, seja através de literatura,
cruzadas, campanhas, programas de TV ou de rádio, células, grupos familiares,
G-12 ou G-5… Porque o importante são as almas.

Conclusão

O livro de Levítico mostra que os sacerdotes deveriam manter o fogo


constantemente aceso sobre o altar. Sempre tinha de haver lenha para que o fogo
não se apagasse. Deus nos aviva, mas cabe a nós o papel de manter a chama
acesa. Isso é feito através de uma vida de oração, estudo da Bíblia, louvor e
adoração. Certa vez perguntaram ao avivalista John Wesley: “num incêndio, o
que você salvaria? Ele disse: o fogo”. Então, meu amado, hoje salve o fogo do
reavivamento em sua vida.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de setembro de 2006

Retorno aos caminhos do Senhor –


Outubro/2006
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Genilto Santos Amaral /por admin

As reformas são necessárias


quando algo já não atende às finalidades
presentes em sua origem. Muitas vezes precisamos
reformular nossa vida material, emocional,
espiritual, nossos pensamentos e nossa visão
de mundo, Rm 12: 2. A Bíblia fala
de várias reformas na vida do povo
de Deus, Jr 31: 33; Ez 36: 26; 2Re 22.

Neste texto vamos expor as causas da Reforma


Religiosa do Séc. XVI e conhecer os principais reformadores.

A reforma redescobre o ensino bíblico

Nos dias do rei Josias, após longos anos de reinado de homens perversos, a nação
se encontrava mergulhada na idolatria e completamente afastada de Deus. A
ruína já estava predita. A solução foi uma profunda reforma. Altares pagãos
foram derrubados, o templo e o culto foram reparados e até ossos de sacerdotes
pagãos foram queimados. É importante ressaltar que tanto essa como toda
reforma espiritual precisa ser motivada pelo redescobrimento da Palavra e ensino
bíblico.
Foi o que aconteceu no século XVI. Durante um longo período de trevas
espirituais, a igreja havia se afastado da Bíblia e se contaminado com práticas
pagãs. A imoralidade tomava conta de seus líderes. A igreja que coroou reis e
imperadores já não conseguia satisfazer às ansiedades da alma humana.

Ao longo da Idade Média, a igreja havia perdido sua identidade. Preocupada com
luxo e bens materiais, vendia cargos eclesiásticos a quem pudesse pagar (prática
chamada “simonia”, que deu origem a ingressos de sacerdotes que mal sabiam
celebrar uma missa), vendia o perdão dos pecados e o direito à salvação (as
indulgências).

Mas as almas continuavam clamando e perecendo. As cerimônias religiosas eram


celebradas numa língua desconhecida da maioria dos fiéis. Poucos conheciam a
Bíblia, inclusive sacerdotes. Ocorria o que profetizou Jeremias: “Passou a sega,
findou o verão, e nós não estamos salvos”, Jr 8: 20; e o que Jesus constatou:
ovelhas desgarradas procuravam quem as alimentasse, Mt 9:36; Tt 3:3; 1Pe 2:25.

A reforma produz muitos questionamentos

Deus, que jamais abandona os seus (Is 40:11; 49:15), levantou homens para
reverter esse quadro sinistro. No século XII, os valdenses já questionaram a
autoridade eclesiástica, o purgatório e as indulgências. Os cátaros ou albigenses
defenderam, nos séculos XII e XIII, a necessidade de santificação. Os
petrobrussianos rejeitavam a missa e defendiam o casamento dos padres.

No século XIV, na Inglaterra, John Wycliffe defendeu a secularização dos bens


eclesiásticos, o fortalecimento do poder temporal do rei e a negação da presença
corpórea de Cristo na eucaristia. Essas ideias influenciaram o reformador tcheco
João Huss e seus seguidores no território da Boêmia. Entre as vozes protestantes
estava a do monge dominicano Girolamo Savanarola, o qual, a mando do papa,
foi preso, torturado e enforcado.

O movimento religioso iniciado na Alemanha, no séc. XVI, teve mais êxito


porque causou alteração religiosa com desdobramentos econômicos, políticos e
sociais em todo ocidente. No campo político, os reis estavam descontentes com o
papa, pois este interferia muito em seus comandos. O homem renascentista, cada
vez mais crítico, fazia oposição aos preceitos da Igreja. A ideia de um estado
universal foi cedendo lugar ao conceito de nação-estado.

Com a formação das cidades, a classe média forte (a burguesia comercial) estava
inconformada com os clérigos católicos que condenavam suas atividades.
Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a
pensar sobre as coisas do mundo. As descobertas de novas terras por Colombo e
Cabral acentuaram essas mudanças. Os fundamentos do velho mundo estavam
ruindo.

A reforma levanta homens de Deus

A faísca veio em 1517 quando Tetzel, um padre dominicano, pregava as


indulgências com grande exibicionismo: dizia que cada vez que caia uma moeda
na bolsa do frade, uma alma saía do purgatório. Diante disso, Lutero resolveu
protestar, fixando na porta da Igreja de Wittenberg suas famosas 95 teses que
criticavam vários pontos da doutrina católica. A resposta do papa Leão X veio na
bula “Exsurge Domine”, ameaçando Lutero de excomunhão. Mas já era tarde
demais, pois suas teses já haviam sido distribuídas por toda a Alemanha.

Lutero queimou a bula papal em praça pública e recusou-se a comparecer à dieta


de Worms para retratar-se. Em 1529, na dieta de Spira, os cristãos reformistas
foram apelidados pela primeira vez de “protestantes”. Nessa época, os ideais da
reforma já estavam estourando em diversas partes como na Suíça (Zurique),
França e nos Países Baixos. Em todos esses países houve perseguição aos
reformadores e aos novos protestantes. Intensificou-se ainda mais a represália
com a chamada “Contrarreforma”, promovida pelo catolicismo.

Seguiram-se cem anos de guerras religiosas dos reis católicos contra os


protestantes. Mas a reforma prosperou, pois não era obra de homem, mas de
Deus! Igrejas protestantes foram fundadas em todas as partes do mundo. O
espírito liberal (princípio protestante), somado ao vigor da incipiente fé
evangélica, fez com que o Cristianismo sofresse “reformas dentro da Reforma”,
produzindo novos idealizadores do movimento. Os principais reformadores
foram:
Martinho Lutero – Nasceu em Eisleben, em 1483, numa família de camponeses.
Foi ordenado sacerdote em 1507, entrando na ordem agostiniana. Doutor em
Ciências, Filosofia e Teologia, mestre em artes, lecionou em Wittenberg.
Sistematizou a doutrina da justificação pela fé e reivindicou a liberdade de
interpretar a Bíblia. Seu pensamento reformou o sistema de ensino alemão, que
inaugurou a escola moderna. A ideia da escola pública para todos, organizada em
três grandes ciclos (fundamental, médio e superior), nasce de seu projeto
educacional. Deu origem ao conceito de utilidade social da educação e escreveu
que “A maior força de uma cidade é ter muitos cidadãos instruídos”.

Philipp Melanchthon (1497-1560), o “preceptor da Alemanha”, durante o período


em que Lutero estava impedido de se manifestar publicamente foi o porta-voz da
causa reformista e um dos encarregados de reorganizar as igrejas dos principados
que haviam aderido ao luteranismo. Esse trabalho resultou no projeto de criação
de um sistema de escolas públicas, adotado pelo estado da Saxônia e, depois,
copiado em quase toda a Alemanha. Melanchthon e Lutero defendiam a educação
também para as meninas.

Huldreich Zwinglio – De família de fazendeiros, nasceu em 1484, em Wildhaus.


Foi sacerdote católico. Recebeu o grau de bacharel em artes, estudando nas
Universidades de Viena e Basileia. Por volta de 1519, já sob a influência dos
escritos de Erasmo e Lutero, começou a pregar em Zurique contra certos abusos
da Igreja Católica e, logo em seguida, a deixou, convertendo-se.

João Calvino – Nasceu em 1509 na cidade francesa de Noyon, na Picardia. Em


1523, em Paris, estudou latim, humanidades, e teologia. Em 1528, iniciou seus
estudos jurídicos e a língua grega. Converteu-se à fé evangélica por volta de 1533
e teve de fugir por colaborar com a reforma. Em 1536 publicou a primeira edição
da sua grande obra: “As Institutas” ou “Tratado da Religião Cristã”. Em
Estrasburgo, produziu uma apologia da fé reformada entre outras obras. Casou-se
com a viúva Idelette de Bure. Em 1541, em Genebra, assumiu o pastorado da
igreja reformada e escreveu para ela as célebres “Ordenanças Eclesiásticas”.
Tornou-se o sistematizador da teologia protestante e criador presbiterianismo.

João Knox (1515-72) – Padre escocês que começou a pregar ideias da Reforma
em 1540. Foi preso em 1547 pelo exército francês e mandado para a França.
Passou por Genebra onde absorveu de modo completo a doutrina de Calvino. Em
1559 voltou à Escócia para liderar um movimento de reforma nacional.

Concluindo, toda vez que o Cristianismo se afastou dos princípios básicos da fé,
Deus levantou pessoas para reformar a igreja. Eles buscaram a Deus em oração e
leitura da Bíblia. O resultado foi o retorno aos caminhos do Senhor. Hoje, mais
do nunca, precisamos reavaliar nossas vidas e reformá-las a partir da Bíblia.
Você está sendo desafiado a isso.

———————

Artigo publicado no Jornal Aleluia de outubro de 2006

Reformados, sempre reformando –


Outubro/2006
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Gédison Cardoso da Silva /por admin

Os cristãos reformados têm um grande desafio


para nossos dias: manter sempre,
diante do coração e da mente, os motivos
propulsores da Reforma Protestante do século XVI,
como a questão das indulgências
(compra de perdão dos pecados),
a idolatria, as relíquias, a infalibilidade papal,
entre tantos outros dogmas e princípios.

Podemos lembrar que, ao inspirar os reformadores a darem início ao movimento,


o Espírito Santo tinha como objetivo principal a saúde espiritual do corpo de
Cristo (a Igreja), que havia se desviado completamente do seu chamado original,
Mateus 28: 19-20, e estava trilhando caminhos opostos ao “Ide” de Jesus.

A necessidade de estudar os princípios da reforma

O mundo latino conheceu as expressões doutrinárias: Sola Scriptura (Somente a


Escritura), Solus Christus (Somente Cristo), Sola Gratia (Somente a Graça), Sola
Fide (Somente a Fé) e Soli Deo Gloria (A Deus somente a glória). Mas muitos
podem perguntar se há relevância em estudar essas questões nos dias atuais. A
resposta está no fato de que muitos dos problemas daquela época estão bem
presentes em nossos dias, e no meio evangélico.

Vejamos, por exemplo, o evangelho pregado por algumas denominações


neopentecostais. A ênfase está no “eu”, no “ego” de quem está ouvindo a
mensagem, e não em Cristo ou em Sua Palavra. Isso contraria dois princípios da
reforma: somente a Escritura e somente Cristo. A falta de conhecimento das
doutrinas ensinadas pelos reformadores faz muitos líderes, pregadores e
evangelistas cometerem erros desastrosos para o Cristianismo.

Um deles é o culto que deveria ser teocêntrico (Deus como centro), e se torna
antropocêntrico (o centro é o homem, o ser humano), contrariando um ponto
fundamental da reforma: a Deus somente a glória. Essa contrariedade se torna
visível por causa da ênfase exagerada dada à prosperidade financeira ou à
questão da cura divina como sendo primordiais para a manifestação de Deus.

Os cristãos reformados e renovados têm o dever de cultivar uma vida espiritual


sadia e equilibrada, tendo como base a soberania de Deus. O Senhor sabe muito
bem quais são as necessidades e dificuldades de seus filhos, antes de serem
proferidas por nossos lábios em oração. Então, devemos orar apresentando nossas
petições? Certamente que sim! Devemos crer que “tudo o que pedimos em nome
de Cristo” Ele nos concederá? É claro que sim!

Contudo, nossa posição é de servos, não de senhor. Não estamos em condições


de exigir nada. Qual o melhor caminho a seguir? Estudarmos a Reforma e
voltarmos aos seus princípios: somente a Bíblia, somente Cristo, somente a
Graça, somente a Fé e, a Deus, somente a glória. Vejamos dois deles.

Sola Scriptura: “Somente a Escritura”

Timothy George afirma: “Todos os reformadores estavam convencidos daquilo


que Zuinglio chamou de ‘a clareza e certeza da palavra de Deus’ …Eles eram
irrestritos em sua aceitação da Bíblia como a única e divinamente inspirada
Palavra do Senhor”. A Escritura Sagrada é autoridade única e também suficiente
para nortear a Igreja de Cristo. Ela é a verdadeira base para se evitar os erros
doutrinários da atualidade.
As experiências humanas jamais devem ser colocadas no mesmo nível de
autoridade que as Escrituras, pois a Escritura Sagrada é a fonte de todo
posicionamento cristão. Ela é a verdadeira base para alicerçar a fé de todo crente
em Jesus Cristo: “De sorte que a fé é pelo o ouvir, e o ouvir pela palavra de
Deus”, Rm 10: 17. A leitura da Bíblia produz conhecimento, bem-estar espiritual
e um viver cristão saudável. Ela é a espada do Espírito Santo, que convence cada
um do “pecado da justiça e do juízo”. As experiências espirituais servem como
testemunho da ação de Deus.

As profecias, visões, revelações escritas em outros livros jamais devem assumir o


lugar da Palavra de Deus e nem direcionar o caminho daqueles que seguem a
Jesus. Tudo que for contrário à Palavra deve ser rejeitado: “Mas, ainda que nós
ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos
temos pregado, seja anátema”, Gl 1: 8.

Solus Christus: “Somente Cristo”

Cada pessoa tem o seu jeito de ser, sua personalidade, seu estilo, e cada
reformador tinha seu próprio modo de transmitir as verdades sobre a centralidade
de Cristo. Mas eles não abriam mão da verdade de que existe “um só mediador
entre Deus e o homem, Cristo Jesus, homem”, 1Tm 2:5. Por exemplo, Zuinglio
insistiu que: “Cristo é o único caminho que leva à salvação para todos os que
existiram, existem e existirão” – (Timothy George. Teologia dos Reformadores.
p. 310).

No decorrer da história sempre houve pessoas tentando substituir a pessoa de


Jesus. Por exemplo, o Catolicismo Romano passou a prestar culto a Maria já no
século V d.C., o culto às imagens, no século VIII d.C., e a canonização dos
santos, no século X d.C. Instituiu também o sacerdotalismo, que colocava a
salvação e a comunhão com Deus nas mãos dos sacerdotes. O pecador não mais
era responsável perante Deus e sim perante o sacerdote. A Reforma faz com que
Cristo ocupe o seu lugar na igreja e na vida das pessoas.

João Alves dos Santos, em As Doutrinas da Reforma, afirmou: “O que o


catolicismo ensina a respeito de Cristo não é diferente daquilo que professamos
em nossos credos. A encarnação, nascimento virginal, divindade, morte vicária e
ressurreição são cridas e ensinadas. O problema é que a Igreja Romana não crê
na suficiência e exclusividade da obra de Cristo para a salvação. Maria é erigida
à posição de intercessora e até co-redentora (não oficialmente, ainda) e os santos
entram também com os méritos de sua intercessão para a obra salvífica” –
(www.monergismo.com).

A Bíblia é categórica em reformar a mente de seu leitor quando afirma: “E em


nenhum outro há salvação; porque também debaixo do céu nenhum outro nome
há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”, At 4: 12. As idéias, as
formas de pensar e os conceitos de qualquer ser humano são mudados,
reformados, quando essa pessoa passa a ler a Palavra de Deus. Ali ele entende
quem merece o centro de nossa vida. Antes de ser assunto ao céu, Jesus afirmou:
“É-me dado todo o poder no céu e na terra”, Mt 28: 18. É imperativo
conhecermos os pensamentos dos reformadores.

Conclusão

Os dias atuais desafiam a que voltemos aos ideais dos reformadores, porque eles
nada mais fizeram do que se voltarem aos ideais apostólicos: “nós
perseveraremos na oração e no ministério da Palavra”, At 6: 4. Para aqueles que
estão com dificuldades de aceitar uma reforma pessoal, Paulo afirma que “toda
Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para
corrigir, para instruir com justiça”, 2Tm 3: 16. Os reformados precisam sempre
estar se reformando a partir das Escrituras Sagradas. É tempo de praticar os
ideais da Reforma.

………………..

Fonte: Jornal Aleluia de outubro de 2006

Pr. Jonathan Ferreira dos Santos –


Outubro/2002
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Francisco Araújo Barretos Neto /por admin

Um dos líderes do movimento de renovação


instaurado na década de 60, do século XX
Um dos fundadores da Igreja Cristã Presbiteriana
Fundador e diretor do Instituto Bíblico de Cianorte, atualmente Seminário
Presbiteriano Renovado
Fundador e Diretor da Missão Antioquia

Pr. Rubens Paes e Pr. Francisco Barretos

Origem e preparo teológico

A origem do pastor Jonathan é muito humilde. Tendo nascido em uma família


pobre, começou a trabalhar cedo. Ainda criança, vendia frutas para ajudar no
orçamento da família. Só aos sete anos de idade é que ganhou seu primeiro par de
sapatos.

Contudo, as dificuldades financeiras não foram empecilho à vocação divina.


Jonathan Ferreira dos Santos formou-se no Seminário Presbiteriano de Campinas,
instituição de renome no meio evangélico brasileiro. Após sua graduação, a Junta
de Missões Nacionais da Igreja Presbiteriana do Brasil colocou diante dele três
opções: Porto Alegre, RS; Dracena, SP, e Cianorte, PR. Após orar, deixou a
decisão para a própria Junta. Como não havia ninguém disposto a ir para
Cianorte, esse foi o campo que lhe designaram.

Em janeiro de 1962, o Pr. Jonathan e D. Euza dirigiram-se a Cianorte. As


estradas eram ruins, não havia asfalto, as travessias dos rios eram feitas em
balsas. Sua esposa deixara um excelente emprego. D. Euza, pessoa fina e
requintada, sofreu com as dificuldades que havia na Cianorte dos anos 60. Mas
Deus abriu as portas e foi suprindo as necessidades. Poucos meses depois que o
casal havia chegado à cidade, D. Euza foi nomeada diretora da única escola que
havia em Cianorte.

Devido à sua formação teológica, resistia a princípio as idéias pentecostais. Mas


participou de um encontro de avivamento em Belo Horizonte, dirigido pelo
pastor Eneias Tognini, e ali foi batizado com o Espírito Santo. Seu ministério
tomou uma nova direção.

Fundação do Instituto Bíblico

Em 12 de agosto de 1965, o pastor Jonathan fundou o Instituto Bíblico


Presbiteriano de Cianorte. Funcionava inicialmente nas dependências da Igreja
Presbiteriana, à rua Porto Seguro. “Era um instituto que não tinha prédio, nem
professores, mas tinha alunos”, brinca o pastor Jonathan.

Contudo, aquele projeto estava no coração de Deus. Em janeiro de 1966, o pastor


Jonathan recebeu a doação de uma quadra inteira para lá instalar o Instituto
Bíblico. Vieram alunos dos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e de
muitos outros lugares do Brasil. Os anos de 1966 a 1976 foram marcados pelas
mais poderosas manifestações de Deus, relata o Pr. Jonathan.

O Pr. Adolfo Neves foi aluno do Instituto nos anos de 1968 a 1971. Naquela
época o número de alunos chegou a 120. Segundo ele, o trabalho do pastor
Jonathan foi marcado pela coragem e pela determinação.

Também o pastor Lauro Celso de Souza conheceu o pastor Jonathan na década


de 1960. Oraram juntos muitas vezes, fizeram diversas vigílias e viagens. Numa
frase de rara inspiração, disse o pastor Lauro: “Tive e tenho o pastor Jonathan
como ministro referencial do Evangelho de Jesus Cristo”.

Em 1976, o pastor Jonathan saiu de Cianorte e foi para Londrina. Depois, foi
para São Paulo. Há diversos anos, dirige a Missão Antioquia, sediada no Vale da
Bênção, em Araçariguama, SP. Lá é feito um trabalho assistencial em que se
cuida de 400 crianças. A Missão Antioquia tem mais de 100 missionários em 20
países. A visão que deu à luz a Missão Antioquia nasceu em reuniões de oração
realizadas no Instituto Bíblico de Cianorte.

Diretores do Seminário de Cianorte

Desde o ano 2000, o Seminário de Cianorte está sob a direção do pastor Esdras
Mendes Linhares. Foram diretores desta instituição: Jonathan Ferreira dos
Santos, Décio de Azevedo, Enoque Pereira Borges, Joel Ribeiro de Camargo,
Palmiro Francisco de Andrade, José Sidney Dantas, Altair do Carmo Mateus
Nunes e Joel de Campos Perroud.
…………………..

Fonte: Jornal Aleluia de outubro de 2002

Complemento
Falece a esposa, dona Eusa
Depois de longos dez anos de luta contra enfermidade pertinaz,
a irmã Eusa, esposa do Pr. Jonathan F. dos Santos,
faleceu, no dia 25/02/2011, aos 77 anos.

EBD: formando pessoas para a vida –


Fevereiro/2003
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Francisco Araújo Barretos Neto /por admin

A Escola Bíblica Dominical, instrumento fundamental


da educação cristã, na Igreja precisa ser vista como ministério indispensável em
razão da qualidade do ensino
que oferece com continuidade, profundidade e formação ética

Afirma-se, entre os pastores, que há igrejas


que são ótimas parteiras, mas péssimas babás;
outras são ótimas babás, mas péssimas parteiras.

Querem dizer que há igrejas que desenvolvem ótimo evangelismo,


mas não cuidam de suas novas ovelhas e elas se perdem.
Existem aquelas que acompanham o novo convertido
até a maturidade cristã, mas não usam
ou não têm métodos de crescimento.

Nesse contexto, é que entra o papel da educação cristã, área da igreja que visa
desenvolver um trabalho de babá com aqueles que nasceram no reino do Deus.
Para tanto, as igrejas e pastores precisam superar vários desafios.

Desafios de formar educadores

A educação cristã na Igreja precisa ser vista como ministério e o educador cristão
como ministro, Ef 4: 11. Com isso, teremos mais pessoas com formação nessa
área atuando dentro da Igreja e pessoas da Igreja atuando na rede educacional
secular. Assim como há investimento na formação teológica de um pastor,
precisa haver também na formação educacional da pessoa que tem um chamado
de Deus para esse ministério. Pode ser um curso de graduação, especialização,
mestrado e até doutorado.
Valor do ensino – Conceitos errados levam a resultados desastrosos. Por isso é
importante reavaliar que tipo de pensamento está dirigindo as práticas educativas
dos responsáveis por essa área na igreja. À vezes temos professores, mas nem
sempre educadores. O educador tem algo a dizer, sabe o que está dizendo e por
que está dizendo. Se os resultados não estão sendo os esperados, existem
mudanças a serem feitas. E tudo começa com a contextualização do conceito de
educação cristã.

Que é educação cristã – A palavra educação vem do latim ducare que significa
guiar, conduzir; e o prefixo e, significando para fora. Assim, educação pode ser
entendida como a atividade de conduzir para fora. No Novo Testamento, o
vocábulo khristianós refere-se aos cristãos, ou seja, as pessoas que praticam os
ensinamentos de Cristo. Dessa forma, podemos pensar em educação cristã como
um conjunto de atividades que conduz as pessoas para fora do reino das trevas e
as ensina e capacita a viverem de acordo com os princípios de Jesus Cristo.

Papel da educação cristã – O neoconverso tem uma história de vida e conceitos


adquiridos no decorrer de sua existência que precisam ser trabalhados. Para ele, é
um momento de intensa luta e de dúvidas. Cabe à Igreja, através dos meios de
instrução, ajudá-lo a entender o que está acontecendo. Ele está assimilando idéias
bíblicas à sua maneira e é nessa fase que certos conceitos precisam ser corrigidos
ou ampliados. Porém, para isso, é necessário superar o costume de fazer
educação cristã de qualquer maneira. É preciso saber para onde se está
direcionando o educando.

Desafios de educar para tempos como este

Desde os seus primórdios, a comunidade cristã percebeu que seu propósito


educacional era a promoção da fé cristã vivenciada. Porque o maior problema da
humanidade nunca foi o ateísmo, mas a idolatria nos aspectos econômico, social,
político, cultural e religioso.

A sociedade atual – Os últimos cinco séculos se caracterizaram pela


modernização da vida através das ciências, da invenção, da técnica, do forte uso
da razão, do pensamento reflexivo e crítico, com resultados, sobretudo, na área
econômica permitindo mais controle sobre a vida, maior bem-estar, maiores
facilidades e meios para viver bem.

O ser humano atual – Isso produziu uma sociedade moderna, com pessoas que
querem ser modernas, ou seja, que têm pensamento próprio, crítico e livre, que
conhecem cientificamente muitas coisas, que têm comportamentos novos,
sobretudo em relação à família, ao trabalho e à espiritualidade, que são mais
livres, mais individualizadas. Esse é o mundo que está desafiando o educador
cristão.

Numa época em que o visual predomina, é muito importante pensar nos recursos
técnicos do ensino. É fundamental considerar-se o valor do material de apoio
escrito (as revistas de EBD) que devem estar nas mãos dos alunos.

Investindo em pessoas – O cristão não deve se conformar com esse século, mas
ser transformado pela renovação da mente, Rm 12: 2. Ao formar um novo crente,
desde a criança até o adulto, o educador cristão deve encarar o desafio de ser e
produzir cristãos para tempo como este. Não é errado cursar uma faculdade nessa
área para atuar dentro ou fora da igreja. Pelo contrário, com maior conhecimento,
produzirá melhores resultados. Por isso, invista em você mesmo.

Desafios de formar cristãos

Nas igrejas evangélicas, o púlpito é o centro da educação cristã. É através dele


que o pastor imprime à igreja a linha espiritual que o trabalho precisa. Mas,
convenhamos: por causa da distância, da falta de diálogo, da formalidade, o
púlpito nem sempre responde a todas as necessidades imediatas de cada pessoa
que entra no templo. Por isso, a Igreja precisa ter outros mecanismos de educação
cristã, para atender às várias faixas etárias.

Consolidação – Após a decisão (ou a conversão), são dadas as primeiras


instruções e procura-se ver quais são as principais necessidades espirituais do
novo convertido. Por isso, é importante se fazer isso com o mais profundo amor e
segurança.

Discipulado – Não basta apenas ganhar pessoas para Cristo. É preciso capacitá-
las a viver como cristãos. Discipular é conseguir que o novo convertido firme
seus passos nos ensinos de Jesus, de tal maneira que haja mudança de vida e se
envolva nas atividades da igreja. Antes do batismo, todo neoconverso deve fazer
um curso preparatório e, após o batismo, um curso de discipulado.

A Escola Bíblica – A EBD tem a vantagem da continuidade e profundidade. O


educador cristão precisa transmitir, formar e construir valores perenes para a vida
cristã e secular. Para tanto, a escola bíblica dominical é fundamental para formar
o caráter e os conceitos bíblicos de seus participantes.

Cursos e palestras – Alguns temas específicos, tanto na área administrativa,


pessoal ou doutrinária, são mais bem assimilados quando ensinados em
momentos especiais e para um grupo seleto. Para tanto, é necessário
investimento. Encontros, seminários, acampamentos, cursos rápidos
proporcionam esses treinamentos e ampliam a visão dos membros da Igreja.

Formar liderança – Explorar o potencial criativo de cada indivíduo é um meio


para que o educando tenha prazer em compreender, conhecer e descobrir a vida
cristã. Isso produzirá pessoas desejosas de serem treinadas para trabalhar nos
departamentos internos ou no evangelismo. É por isso que uma escola para
formação de liderança dentro da igreja é fundamental. Mas quem cursar essa
escola, jamais deve deixar de ser aluno da EBD.

Conclusão

Um grande desafio para 2003 é fazer com que as pessoas que aceitaram a Cristo
cresçam na fé, permaneçam fiéis a Ele, não abandonando sua igreja. Se forem
bem consolidadas, treinadas e enviadas darão muitos frutos no reino de Deus. Por
isso, na área educacional, a palavra cristã incita essa atividade a enriquecer-se
pela teologia e pelo estudo da Bíblia.

Assumam uma prática educativa que enfatize:

1 – O pleno desenvolvimento de seus educandos em sua vida pessoal, social,


política e espiritual;

2 – O esforço de desenvolver uma ação educativa em que o evangelho seja vivido


na realidade atual da sociedade;
3 – O processo de contínua aprendizagem da verdade libertadora, rumo à
maturidade cristã;

4 – O diálogo permanente entre educador e educando na busca da compreensão


da verdade bíblica;

5 – O trabalho eclesiástico com participação ativa e criativa de todos;

6 – A unção do Espírito Santo como meio de convencimento da verdade cristã.

…………………………….
Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de 2003

Domingo de Páscoa ou do chocolate? –


Reflexão – abril de 2007
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

O que é Páscoa?
Qual tem sido o seu sentido
para a humanidade?

Para muitos, especialmente em nossa cultura, é o dia seguinte ao sábado de


“Aleluia” ou, ainda, o dia de comer as guloseimas deliciosas preparadas para
serem consumidas nesta época: os famosos “ovos de páscoa”. Quem não gosta?
É claro que é muito bom comer chocolate, principalmente quando não temos
problemas de saúde ou não estamos acima do peso! Comer chocolate é bom
demais!

Mas, afinal, o que é Páscoa? Qual o verdadeiro sentido da Páscoa?

A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa passagem. A


celebração da Páscoa entre os judeus marcava o episódio da morte dos
primogênitos – a décima praga. Israel foi liberto da escravidão egípcia por
Moisés. Naquela noite, sob orientação divina, eles prepararam-se para partir do
Egito: mataram o cordeiro, símbolo de Jesus, e passaram seu sangue sobre os
umbrais das portas; quando o anjo da morte passou, à meia-noite, não atingiu
nenhum dos israelitas.
Por ocasião desta festa judaica, Jesus celebrou a Páscoa com os seus discípulos,
trazendo um novo simbolismo para a nova religião que nascia: o Cristianismo.
Foi a última ceia partilhada por Jesus e os seus discípulos. Naquela oportunidade,
o Senhor instituiu a Santa Ceia.

Após ter sido morto e sepultado, no terceiro dia, no domingo, o Senhor Jesus
ressuscitou e levantou-se da sepultura vencendo a morte. Por isso, nessa data é
comemorada a Sua ressurreição.

A Páscoa é o evento religioso-cristão considerado a mais importante festa da


cristandade! Páscoa para nós, que cremos no Senhor Jesus, é mais que ganhar,
dar, vender, comprar “ovos” de chocolate ou deliciar-se com guloseimas. É o dia
em que celebramos a ressurreição do Mestre da Galileia, que morreu, mas
ressuscitou e está vivo para todo sempre. Aleluia!

Ele Vive!!!

Dia mundial de missões – Reflexão –


outubro 2007
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

O dia 20 de outubro é o Dia Mundial de Missões. Nessa data, somos chamados a


refletir sobre nosso posicionamento missionário. Recebemos a incumbência de
continuar a obra de Jesus no mundo e, por isso, temos a responsabilidade de
desenvolver um ministério missiológico. Precisamos repensar a nossa vocação
missionária como verdadeira Igreja, cuja função no mundo é a evangelização.

Como Igreja, devemos ter a consciência de que a principal razão da nossa


existência é adorar a Deus e fazer missões. O mandamento do Senhor para nós é:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos
tenho ordenado”. Essa é a ordem que recebemos do Dele.

Na IPRB, comemoramos no segundo domingo de outubro, o Dia da Mispa –


Missão Priscila e Áquila – agência missionária de nossa Igreja. Nesse dia,
devemos falar nas igrejas locais sobre a Mispa e o trabalho que desenvolve com
muita competência no Brasil e no exterior.
Como podemos ter uma atuação autêntica na obra missionária? Envolvendo a
igreja em missões, orando pelos missionários, levando missionários à igreja,
regularmente, para que falem sobre seu trabalho, contribuindo financeiramente,
sendo fiéis nos 3% que a Igreja deve remeter mensalmente à Mispa… Podemos
adotar um campo ou missionário, mandando-lhe mensalmente uma oferta,
escrever para os missionários com regularidade, enviando-lhes jornais, revistas,
cartas, fotos, boletins, e-mails, CDs, DVDs, etc. Interessante também é
programar cultos de missões, conferências missionárias, abertura de novas
congregações e, se possível, separar uma porcentagem do que ganhamos ou da
arrecadação mensal da igreja para missões.

Essas são algumas formas que podemos utilizar para fazer missões. Bom é orar,
mas não nos esqueçamos de que os campos também têm suas grandes
necessidades materiais. Retaguarda é sustentar as cordas. É cumprir plenamente o
mandamento do Senhor! Você tem sido um missionário? “Cada coração com
Cristo é um missionário e cada coração sem Cristo é um campo missionário”!

Você é missionário ou campo missionário?

Dia dos namorados – Reflexão – junho 2007


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

No dia 12 de junho comemora-se o Dia dos Namorados. A origem dessa data no


Brasil é atribuída ao publicitário João Dória que, em 1950, criou um slogan
comercial que dizia “não é só com beijos que se prova o amor”. A intenção de
Dória era criar o equivalente brasileiro ao Valentine’s Day, o Dia dos Namorados
dos Estados Unidos. É provável que o dia 12 de junho tenha sido escolhido
porque é uma época em que o comércio de presentes é pequeno. A idéia
funcionou tão bem para os comerciantes que, desde aquela época, o Brasil inteiro
comemora anualmente a data.

Quem tem um(a) namorado(a) logo pensa: o que vou dar de presente e o que será
que vou ganhar?!? É lógico que existem aqueles despercebidos que se esquecem
dessa data! Será? É verdade, especialmente depois que o namorado(a) já se
tornou o seu cônjuge.
Infelizmente, muitos deixam de ser namorados(as) após o casamento, perderam o
lado romântico da vida a dois e vivem juntos, mas sem nenhum atrativo, apenas
por conveniência ou para manter a aparência diante da família e da sociedade. Na
verdade, perderam o desejo intenso de um pelo outro, o prazer de estar juntos, de
desfrutar da companhia um do outro. Quando isso acontece, perde-se o brilho da
vida conjugal, tendo como resultado o enfado.

Entendemos que Deus planejou e constituiu a família. Ela começa com o namoro,
o noivado e termina com o casamento. Após o casamento não devemos esquecer
que ainda continuamos a ser namorados(as) do nosso cônjuge e, por isso, temos
de cultivar as atitudes que tínhamos antes de casar: a gentileza, o amor, o
carinho, a criatividade para surpreender e ganhar a pessoa amada…

Não podemos desconsiderar uma série de fatores imprescindíveis para vida a


dois: devemos continuar com o mesmo brilho dos tempos de namoro. Precisamos
cultivar o nosso amor através de atitudes para com o nosso cônjuge. O plano de
Deus é que sejamos namorados até que a morte nos separe! Que Deus abençoe
cada um dos eternos namorados!

Dia do presbítero – Reflexão – agosto 2007


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

No primeiro domingo de agosto comemoramos, na 3ª IPR de Anápolis-GO, o


Dia do Presbítero. Agradecemos a Deus pela vida dos presbíteros Welington
Carlos (Carlinhos), Diógenes e Naasson pelo trabalho desempenhado em nossa
Igreja e ao nosso lado, apoiando-nos na obra que Deus colocou em nossas mãos.
Obrigado!

O presbítero é um oficial da Igreja, eleito por ela, conhecido como braço direito
do pastor, desempenhando várias funções no corpo de Cristo. A importância
desse oficial na Igreja é incalculável e tem origem histórica no Novo Testamento.
Por causa do sistema de administração através dos presbíteros, a nossa igreja
recebeu o nome de Presbiteriana.

As primeiras igrejas do Novo Testamento foram governadas por presbíteros


eleitos pelas comunidades. A Reforma Protestante restaurou este ofício cristão no
seu modo original e segundo o modelo bíblico, uma vez que este, devido os
desvios da Igreja durante a Idade Média, havia sido ignorado. O reformador João
Calvino, na Suíça, no século XVI, resgatou esta função.

Com a vinda da Igreja Presbiteriana para o Brasil, no século XIX, muitos


presbíteros foram eleitos, o que contribuiu para o crescimento da Igreja
brasileira. Entre eles, destacamos a pessoa do presbítero João Antunes de Moura,
de Itapeva-SP, um dos primeiros presbíteros da Igreja Presbiteriana do Brasil,
avô do Pastor Ner de Moura, um dos pastores pioneiros da nossa Igreja.

Na Igreja Presbiteriana Renovada, muitos presbíteros destacaram-se e galgaram


posições importantes dentro da denominação, na diretoria nacional ou nas
instituições da Igreja, como por exemplo: Dr. Jamil Josepetti e José Fernandes
Pedrosa (que foram depois ordenados pastores), Joel Ribeiro de Camargo (que
fundou a Editora Aleluia), Loudomiro Carneiro (que construiu a atual sede da
Mispa) e Divino Guimarães (que militou na Diretoria da IPRB) e outros. Ainda
hoje, muitos presbíteros continuam destacando-se, fazendo a obra de forma
incansável nos conselhos e nas diretorias presbiteriais. Aos 1.985 presbíteros da
IPRB, parabéns!

Queremos, nesta oportunidade, glorificar a Deus por todos os presbíteros da


Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil, que os senhores continuem dando a sua
colaboração à denominação, ajudando seus pastores como verdadeiros
companheiros, caminhando lado a lado, sabendo que “o vosso trabalho não é vão
no Senhor” como disse o apóstolo Paulo. Deus abençoe a todos os nossos
amados presbíteros!

Dia do índio – Reflexão – abril 2007


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

Dia do índio? Isso é um absurdo,


dizem alguns!!! Eles merecem atenção?
Por que se preocupar com eles?
Ah, temos mais o que fazer!

Esse sempre foi o discurso de homens gananciosos que buscavam riquezas a


qualquer custo na América. Os colonizadores portugueses, que vieram para o
Brasil, a partir do século XVI, dizimaram os donos dessa terra. Os índios,
indefesos, foram perseguidos, agredidos e mortos sem nenhuma compaixão de
seus algozes “civilizados”, o homem branco europeu.

Em 1940, realizou-se no México o primeiro Congresso Indigenista


Interamericano que contou com a presença de autoridades de vários países das
Américas e líderes indígenas. Como resultado, criou-se, em 1943, pelo presidente
Getúlio Vargas, a data que comemora o dia do índio no Brasil: 19 de abril.

Infelizmente, os índios têm sido vítimas do abuso de pessoas que se consideram


superiores social, cultural, intelectual e espiritualmente. Na verdade, o índio tinha
sua própria cultura e cosmovisão, não sendo inferior em nada aos conquistadores.
A sua cultura era apenas diferente da dos europeus e nada mais.

Os índios são seres humanos tanto quanto qualquer um de nós. Eles também
foram criados à imagem e semelhança de Deus e, como qualquer ser humano,
precisam de Jesus.

Os índios necessitam de salvação, precisam conhecer a Cristo. Quando o Senhor


Jesus disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações (etnias)”, ele se
referia a todos os grupos existentes sobre a face da terra, inclusive os indígenas.
No Brasil, existem centenas de tribos que ainda não receberam a mensagem do
Evangelho e não têm sequer um versículo da Palavra de Deus em sua língua.

A Mispa tem feito um excelente trabalho junto a algumas aldeias no Estado de


São Paulo e Mato Grosso do Sul, havendo muitos índios já convertidos e igrejas
organizadas.

Infelizmente as autoridades brasileiras têm dificultado o trabalho dos


missionários junto a eles. A FUNAI e alguns antropólogos, “defensores” dos
índios, têm sido um impedimento para que os índios conheçam a Deus. Em nome
da defesa da cultura indígena, têm acusado os missionários, impedindo-os de
atuar junto a eles.

Nossa missão é orar pelos indígenas, pois ainda continuam sendo espoliados nos
seus bens, nas suas terras, e há tribos que passam necessidades; orar para que os
missionários possam ter livre acesso às tribos, levando ajuda social e as boas-
novas de salvação.
Que Deus abençoe os nossos irmãos indígenas de todo o Brasil!

Dia da IPRB – Reflexão – julho 2007


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

O terceiro domingo de julho é o dia da IPRB. No Brasil, o presbiterianismo


nasceu com a vinda de Ashbel Green Simonton, primeiro missionário
presbiteriano, em 1859. De seu trabalho, surgiu a Igreja Presbiteriana do Brasil.
Ao longo dos anos, formaram-se vários ramos, todos eles conservando, na
essência, a teologia e a forma de governo presbiteriano. Nesta data, a
denominação relembra sua história, sua doutrina, seus alvos.

Como resultado do avivamento surgido no final da década de 60 nas igrejas IPB


e IPI, nasceu a nossa amada igreja, a IPRB, Igreja Presbiteriana Renovada do
Brasil, que tem como presidente o Pr. Advanir Alves Ferreira. Naqueles dias
houve um grande despertamento e Deus levantou homens com uma unção
poderosa para essa grande obra no Brasil.

Os pioneiros da IPRB acreditaram no grande mover de Deus, por isso, tomaram


decisões corajosas. Entre esses desbravadores estão alguns pastores e presbíteros,
como: Abel Camargo do Amaral, Jamil Josepetti, Joel Ribeiro de Camargo, José
Fernandes Pedrosa, Jonathan Ferreira dos Santos, Palmiro Francisco de Andrade,
Lauro Celso de Souza, Ner de Moura, Jobel Cândido Venceslau, entre muitos
outros. Todos tiveram um papel decisivo no surgimento de nossa Igreja.

A “Renovada”, como é carinhosamente chamada, é resultado da fusão de grupos


oriundos da IPIR e ICP, que se uniram no dia 08 de janeiro de 1975, fundando a
IPRB. O tempo passou e com ele a primeira geração dos fundadores, agora
fazemos parte da segunda geração de líderes. A IPRB está plantada em todas as
capitais brasileiras e em todos os continentes. Tem atualmente 390 igrejas, 1.171
templos, 823 pastores, 1.986 presbíteros, 2.580 diáconos, 1.957 diaconisas, e
100.832 membros. Aleluia!

Temos o privilégio de ter a ALELUIA (gráfica e editora), a MISPA (Missão


Priscila e Áquila) e dois Seminários, um em Cianorte, PR, e outro em Anápolis,
GO. Muito tem sido feito, mas ainda há muito por fazer, o trabalho é um desafio!
Que Deus continue a usar os líderes da nossa igreja para levar essa obra avante
até o dia da volta do Senhor Jesus. Parabéns a todos os líderes e membros.
Parabéns à IPRB pelo seu dia!

Chegou o Natal – Reflexão – dezembro de


2007
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

O Natal existe para relembrarmos o nascimento do Senhor Jesus.


Foi há dois mil anos, é verdade, porém é como se fosse hoje: Jesus nascendo
em cada coração, em cada vida. Numa terra distante, um casal albarda seu animal
e parte, de madrugada, da pequenina Nazaré para a longínqua Belém.
Sobem montanhas, cruzam vales e planícies. Uma mulher grávida conduz
seu tesouro escondido em seu ventre. Não era uma criatura qualquer que estava
sendo esperada. E nasce, em condições humildes, aquele menino prometido pelos
profetas, que se apresentaria, mais tarde, como Filho de Deus. Aquele
que visitaria aldeia por aldeia, cidade por cidade, comprovando, por sinais,
o seu poder. Aquele que mudaria o mundo com sua mensagem de amor e,
sobretudo, de salvação. E, mais que isso, aquele que daria sua vida, seu sangue
remidor, para selar suas palavras.

No Natal há um ambiente peculiar, um clima de festas, alegria, luzes coloridas


piscando, músicas apropriadas, férias, encontro com parentes e amigos
inesquecíveis, frutas típicas, comidas diferentes, etc. Natal é o momento ideal
para receber e dar presentes. Natal é uma época sem igual! Quem não gosta desta
data? Todos nós! É claro!

No Natal, muitas e boas lembranças invadem a mente da maioria de nós!


Lembranças de momentos preciosos que desfrutamos ao lado das pessoas tão
caras, a quem tanto amamos! Pessoas que fizeram ou fazem parte da nossa vida,
embora algumas já não mais estejam conosco, já se foram, deixando para trás
flashes marcantes de sua existência! São lembranças que jamais serão apagadas
de nossa memória, mas que estão como jóias preciosas, entesouradas no cofre
que existe no recôndito de nosso coração.
Para muitos, Natal é apenas festa e alegria, mas há algo, além disso, que não
podemos esquecer. Natal, antes de tudo, é a comemoração do nascimento de
alguém muito especial, o nascimento do Senhor Jesus! Por causa dele temos esta
festa tão significativa.

Além de receber presentes singulares e valiosos de pessoas tão amadas, está o


presente que veio do céu para toda humanidade, que é Jesus. Aquele menino que
nasceu em Belém há dois mil anos é o grande presente que todos podem receber
daquele que nos amou de tal maneira que o deu para todos nós. Ele não é mais
apenas o pequeno menino da manjedoura, mas o nosso único e suficiente
Salvador.

Infelizmente, muitos têm-se esquecido do mais importante no Natal que é o


aniversariante do dia: Jesus!

A festa natalina será apenas mais uma festa, se Jesus não estiver presente. Deve
estar presente e ser devidamente honrado.

Neste Natal vamos juntos abrir os braços e receber com alegria o grande presente
de Deus e fazer d’Ele o verdadeiro motivo do Natal. Que nunca venhamos
esquecer que o único motivo pelo qual o Natal existe é Jesus! Sem Ele, o Natal se
torna apenas mais uma festa sem nenhum sentido especial.

Que Deus nos abençoe!

Ano-novo Reflexão – janeiro 2007


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

Chegamos ao final de mais um ano! E o ano novo tomou conta do calendário.


Pela graça do nosso bom Deus, vencemos mais uma vez! As lutas vieram, mas
triunfamos, no Senhor Jesus, sobre todas elas. Jesus nos fez vencedores em tudo!
Atravessamos vales escorregadios, desertos causticantes, tempestades bravias,
montanhas que pareciam intransponíveis e saímos ilesos porque o Senhor esteve
conosco!

Este é um momento oportuno para refletirmos sobre o ano que passou. Com
certeza muitas coisas boas e ruins aconteceram, mas em todas elas tivemos
experiências que marcaram nossa vida para sempre. Para nós, que cremos na
soberania de Deus, nada nos aconteceu por acaso, mas tudo teve um fim
proveitoso. Como disse o apóstolo Paulo aos Romanos: “todas as coisas
contribuem para o bem daqueles que amam a Deus”. Às vezes não entendemos
certos acontecimentos, mas mesmo assim devemos ter o espírito de gratidão ao
Pai, pois temos consciência de que Ele, com sabedoria infinita, controla todas as
coisas.

Um novo ano nos espera e com ele a esperança de dias melhores. As expectativas
são muitas. Porém, o que acontecerá só Deus sabe! No entanto, acreditamos que
Deus continuará nos abençoando.

A passagem de ano é um bom momento para projetar nosso futuro, sabendo que
“O homem faz planos, mas a resposta certa vem dos lábios do Senhor”, como diz
a Palavra de Deus em Provérbios.

Nesta oportunidade, queremos convidá-lo, juntamente com sua família, para


fazer um projeto de vida. Um projeto a curto, médio e a longo prazo, colocando
no papel aquilo que você deseja, não esquecendo sobretudo do lado espiritual,
pois ele é fundamental. A Bíblia diz: “Buscai primeiro o Reino de Deus e as
demais coisas serão acrescentadas”.

O problema de muitas pessoas é que costumam deixar Deus em segundo plano e


o resultado é uma vida embaraçada, enrolada, atrapalhada em todos os sentidos.
O salmo 34 diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele
fará”. Confia no Senhor Jesus e Ele cuidará dos detalhes de sua vida no ano que
estamos iniciando! Que Deus nos abençoe e nos faça prosperar!

História do Presbiterianismo no Brasil –


Agosto/2009
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

O Presbiterianismo no Brasil
é fruto do trabalho missionário do norte-americano
Ashbel Green Simonton.
Ele chegou ao Brasil no dia 12de agosto de 1859
e, algum tempo depois, começou o seu ministério
fundando a Igreja Presbiteriana do Brasil,
em 1862, no Rio de Janeiro. Podemos dividir
a história do Presbiterianismo do final
do século XIX em três etapas distintas:

1 – A época de Simonton – de 1859 a 1867

Havendo iniciado o trabalho na capital do Brasil, então Rio de Janeiro, faz sua
primeira viagem para o interior do estado em 1860, visitando também a cidade de
São Paulo e algumas do interior paulista. Em razão desses contatos, algum tempo
depois começa a IPB na capital Paulista com o missionário Alexander Latmer
Blackford e sua esposa Lilie, irmã de Simonton. Este casal tinha vindo dos
Estados Unidos para ajudá-lo no trabalho missionário no Brasil (ATAÍDES, p.
41).

Em 1864, o Rev. Blackford recebe a visita de Antonio Martins Borges, da cidade


de Brotas, SP. Este queria saber mais sobre o Evangelho, pois havia sido
abordado por José Manuel da Conceição, JMC, um ex-padre que havia se
entregado a Cristo graças ao ministério de Simonton. Em 1865, Blackford visita
essa cidade e, ali, organizou-se a 3ª Igreja Presbiteriana no Brasil.

Com três igrejas organizadas, Simonton funda o Presbitério do Rio de Janeiro,


em 16 de dezembro de 1865, e ordena o primeiro pastor brasileiro, José Manuel
da Conceição. Em oito anos e quatro meses, Simonton organizou três igrejas
(Rio, São Paulo e Brotas), um Presbitério (Rio de Janeiro), um Jornal (Imprensa
Evangélica), um Seminário (Seminário Primitivo) e uma Escola (No Rio). Vítima
de febre amarela, falece, no dia 09 de dezembro de 1867, em São Paulo, e é
sepultado no cemitério dos protestantes.

2 – Expansão do Presbiterianismo – de 1867 a 1888

Com a morte do missionário Simonton, a Igreja Presbiteriana continuou o seu


trabalho com os missionários americanos, pastores nacionais e leigos. O ex-padre
JMC teve um papel importante no trabalho de evangelismo de cidade em cidade,
no estado de São Paulo e sul de Minas Gerais. Neste período, ocorre a formação
dos primeiros líderes nacionais e há uma grande expansão da evangelização,
sendo muitas igrejas organizadas, tais como, Sorocaba e Borda da Mata, em
1869, e muitas outras nos anos seguintes. Este foi um momento importante do
trabalho leigo no Brasil. Estes leigos, presbíteros e membros da igreja,
continuaram evangelizando e distribuindo Bíblias com muito amor e fervor.
Entre eles, podemos destacar o presbítero João Antunes de Moura, morador da
cidade de Faxina (hoje Itapeva, SP), que se empenhou em levar Bíblias, como
colportor, a várias cidades da sua região, inclusive chegando ao Estado do Paraná
nas cidades de Guarapuava e Ponta Grossa (ATAÍDES, p. 99). Este irmão era
avô do saudoso Pr. Ner de Moura, um dos pioneiros da IPRB, que faleceu em
junho de 2009, aos 93 anos.

Em razão desse crescimento, em 1888 foi criado o Supremo Concílio da Igreja


Presbiteriana no Brasil. Este Sínodo era composto por missionários norte-
americanos tanto do Sul como do norte, e por pastores nacionais e presbíteros.

3 – Período entre a criação do Sínodo


e a Cisão – de 1888 a 1903

Com a criação do Supremo Concílio, a igreja alcançou certa independência, mas


alguns problemas afloraram, trazendo consigo grandes dificuldades. Pelo menos
três problemas debatidos durante este período vão gerar a divisão da igreja
presbiteriana em 1903: o Sínodo, o Seminário e a Maçonaria.

A relação dos missionários com os concílios

Com a criação do Sínodo no Brasil, os missionários passaram a fazer parte dele,


inclusive da sua diretoria. Blackford representava o Sínodo do norte dos Estados
Unidos e Smith, o do sul. Isto trouxe certo desconforto aos pastores nacionais
que achavam que esses missionários não deveriam fazer parte da direção da
igreja nacional. No entanto, os missionários não abriam mão disso, o que gerou
certa dificuldade entre eles.

Reorganização do seminário

O Mackenzie, escola localizada em São Paulo, era também responsável pelo


seminário. Esse foi o segundo ponto. Alguns pastores brasileiros discordavam e
queriam o Seminário separado da Escola. No entanto, os missionários faziam
algumas exigências para investir num Seminário separado do Mackenzie, pois
isso não era do interesse deles.

Em 1896, Eduardo Carlos Pereira, um dos principais líderes nacionais, desafiou


os missionários, dizendo-lhes que se não investissem no Seminário separado da
Escola, a Igreja Nacional o faria, lançando então uma campanha, através do
“Estandarte” (Jornal Presbiteriano), a fim de arrecadar 100:000$000 (cem contos
de réis) para essa finalidade. Afirmava ele: “vamos tirar das nossas algibeiras”. O
resultado não foi o esperado, por isso, até a cisão em 1903, não haviam
conseguido o montante necessário para tal obra.

Incompatibilidade da maçonaria com o Evangelho

Em 1898, surge a questão da incompatibilidade da maçonaria com o Evangelho.


Alguns pastores nacionais levantaram essa questão, usando o “Estandarte” para
propagar suas teses. Eles acusavam a maçonaria de servir de instrumento ou
“mão-de-gato” ao Mackenzie para tirar o Seminário da Igreja. O Rev. Eduardo C.
Pereira, líder dessa facção e pastor da catedral de São Paulo, propôs demitir ou
eliminar os maçons da igreja nos seguintes termos:

“Que os secretários permanentes dos diversos presbitérios passem cartas


demissórias aos missionários dos Boards para quaisquer presbitérios dos Estados
Unidos indicados pelos mesmos; e, caso não peçam as ditas cartas no prazo de
noventa dias, sejam eliminados dos respectivos presbitérios.

Que os secretários permanentes dos diversos presbitérios passem cartas


demissórias aos ministros e crentes maçons para qualquer igreja Evangélica
indicada por eles mesmos; e, caso não as peçam no prazo de noventa dias, sejam
eliminados do rol dos respectivos presbitérios e igrejas.” (PEREIRA, p. 20).

No Sínodo de 1903, nas primeiras sessões, travou-se uma guerra sobre a


maçonaria. Não havendo conciliação pela intransigência da minoria que
radicalmente rejeitava a maçonaria ocorreu a separação, em 31/07/1903. Criou-
se, então, a IPI – Igreja Presbiteriana Independente. Eduardo C. Pereira, logo
após a cisão, escreveu: “Contristados, despedimo-nos do Sínodo na memorável
noite de 03 de julho de 1903, lamentando profundamente que os missionários
tivessem preferido tão dolorosa solução às nossas dificuldades eclesiásticas”,
(PEREIRA, p. 27).

O Sínodo justificou-se dizendo: “Os irmãos dissidentes insistiam em que a nossa


igreja pronunciasse contra a maçonaria…” (PEREIRA, p. 27 e 28) explicou que
entendiam que a maçonaria não era incompatível com o Evangelho. A partir
desse momento tivemos duas igrejas presbiterianas no Brasil: a IPB e a IPI.

Surge o avivamento

No final da década de 60 e começo da década de 70, surgiu o avivamento dentro


dessas Igrejas. O avivamento provocou dissidências no meio presbiteriano
tradicional, levando à organização da ICP – Igreja Cristã Presbiteriana – em
1968, e à IPIR – Igreja Presbiteriana Independente – em 1972. Essas duas
denominações se aproximaram e deram os passos para sua unificação, o que
ocorreu em 08/01/1975, nascendo então a IPRB – Igreja Presbiteriana Renovada
do Brasil. Durante 34 anos a IPRB tem caminhado e crescido. Dos 8.335
membros iniciais hoje são mais de 116.000, distribuídos por 44 presbitérios e aos
cuidados de 886 pastores. Enfrentou alguns problemas, venceu o período de
transição e está assumindo sua identidade.

A IPRB é uma grande denominação pela sua linha doutrinária, estrutura jurídica
e missão. Possui a Gráfica e Editora Aleluia, que tem excelente estrutura física e
administrativa e edita o Jornal Aleluia, que circula há 38 anos.; dois conceituados
seminários – o Seminário Presbiteriano Renovado, de Cianorte, PR e SPR Brasil
Central, Anápolis, GO, este com uma extensão muito bem estruturada em
Goiânia; uma Agência Missionária – a Mispa (Missão Priscila e Áquila) – com
sede em Assis, SP (www.iprb.org.br). Acima de tudo, a IPRB tem um patrimônio
incalculável que são os seus pastores, missionários e membros.

Que neste aniversário de 150 anos da chegada de Simonton à nossa Pátria,


louvemos juntos a Deus pelo presbiterianismo no Brasil até que o Senhor volte!
Que Deus nos abençoe!

Referências:
ATAÍDES, Florêncio Moreira de. SIMONTON: o missionário que impactou o
Brasil. Arapongas, PR: Aleluia, 2008.

PEREIRA, Eduardo Carlos. As Origens da Igreja Presbiteriana Independente do


Brasil. São Paulo: Almenara, 1965, 2ª Ed.

Site: http://www.iprb.org.br. In: 07/06/09

…………………..

Fonte: Artigo publicado no Jornal Aleluia de agosto de 2009, páginas 08 e 09.

A Reforma Protestante do Século XVI –


Fevereiro/2004
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

“O justo viverá pela sua fé”

O texto de Romanos 1:17


foi fundamental para que surgisse
a Reforma Protestante no Século XVI

Quando Martinho Lutero leu essa passagem


das Escrituras, foi convencido de que nossa justificação não se dá através
das boas obras, mas sim através da fé.
Inicialmente, ‘Reforma Protestante’ foi um termo pejorativo
empregado pelos católicos romanos àqueles que protestaram
contra o sistema religioso da época, mas esse termo
foi assimilado e usado a partir do século XVI até nossos dias
para designar os grandes fatos vividos pelos que desejavam
e desejam pautar sua vida religiosa
segundo a Bíblia.

Que foi a Reforma


Protestante?

Dependendo do ponto de vista, poderíamos ter vários conceitos. No entanto,


consideramos a Reforma como um movimento de retorno aos padrões bíblicos do
Novo Testamento. Isso expressa a realidade da “Reforma Protestante”, pois tudo
que se fez tinha a finalidade de levar as pessoas a se aproximarem de Deus
através de um relacionamento profundo com Ele.

Por que aconteceu


a Reforma Protestante?

Alguns fatores contribuíram para que acontecesse a Reforma. Entre eles podemos
destacar os seguintes:

a) As mudanças geográficas. O século XVI foi a era das grandes navegações


realizadas pelas superpotências Portugal e Espanha e, consequentemente, das
grandes descobertas. Com isso o mundo não se limitava mais à Europa, mas o
novo mundo trouxe novos horizontes de conquista e expansão.

b) Mudanças políticas. Surgem as nações-estados. A Europa começa a se


fragmentar em países independentes politicamente uns dos outros. Surgem países
como a Inglaterra, França, Espanha, Portugal, etc. Com isso é natural o desejo de
cada governante de sentir-se livre de um poder central e dominador que era o
papado.

c) Mudanças intelectuais. Há grandes transformações intelectuais com o


surgimento dos humanistas cristãos, os quais tiveram um interesse profundo pelo
estudo das Escrituras Sagradas e das línguas originais e começaram a fazer uma
comparação entre o Novo Testamento e o que a Igreja Católica Romana estava
vivendo. Entre esses humanistas podemos destacar Desidério Erasmo ou Erasmo
de Rotherdan que influenciou os reformadores com o seu Novo Testamento
Grego.

d) Mudanças religiosas. O autoritarismo da Igreja católica romana era


insustentável. O catolicismo não satisfazia os anseios espirituais do povo que
buscava uma religião satisfatória e prática, que respondesse às suas indagações e
expectativas.

Onde aconteceu
a Reforma Protestante?
A Reforma aconteceu na Alemanha, mas logo, se espalhou para outros países
como Inglaterra, Suíça, França, Escócia, etc. Em cada país podemos destacar um
líder que levou avante este movimento.

Quando
ocorreu a Reforma?

A partir do final do Século XII, começam a surgir alguns movimentos na Europa


que pediam mudanças dentro da Igreja Católica Romana. Entre eles podemos
destacar dois grupos:

Os valdenses com Pedro Valdo na Itália.

Os cataritas na França.

Também surgiram alguns homens que podemos considerá-los pré-reformadores


como:

John Wycliff na Inglaterra, no século XIV, 1384

John Huss na Boêmia, no começo do século XV, 1415

Jerônimo Savanarola na Itália, no final do século XV, 1498

A Reforma Protestante, no entanto, só aconteceu no Século XVI na Alemanha,


quando o frade agostiniano Martinho Lutero afixou as 95 teses nas portas da
igreja do castelo de Wittenberg.

Era o dia 31 de outubro de 1517, véspera do dia de “todos os santos”, quando


milhares de peregrinos afluíam para Wittenberg para a comemoração do feriado
do “dia todos os santos e finados”, 01 e 02 de novembro.

Era costume pregar nos lugares públicos os avisos e comunicados. Lutero


aproveitou a oportunidade e, através de suas teses, combatia as indulgências que
eram vendidas por João Tetzel com a falsa promessa de muitos benefícios. Ele
dizia que, se alguém comprasse uma indulgência para um parente falecido, “no
momento em que a moeda tocasse no fundo do cofre a alma saltava do inferno e
ia direto para o céu”.
Quais foram
os principais reformadores?

Na Alemanha, Martinho Lutero (1483/1546)

Na Suíça, Huldreich Zwínglio (1484/1531) e João Calvino (1509/1564)

Quais foram
as principais obras de Lutero?

Lutero expressa suas ideias através de três obras. São elas:

a) A Liberdade Cristã. Nesse livro, pregou que somos livres em Cristo. Negou
nessa obra que somente o papa pudesse interpretar as Escrituras, mas que podiam
ser lidas e interpretada por qualquer crente sincero.

b) Apelo à Nobreza. Aqui Lutero faz um apelo para o povo se unir contra a Igreja
Católica Romana.

c) Cativeiro Babilônico da Igreja. Afirmava que a Igreja estava vivendo num


cativeiro, assim como o povo de Israel esteve na Babilônia escravizado.

Quais eram as principais doutrinas


defendidas por Lutero?

a) Justificação pela fé. Baseado nos ensinos de Paulo, ele ensinava que o homem
não é justificado pelas suas obras, mas pela fé em Jesus Cristo.

b) A infalibilidade da Bíblia. Ele considerava a Bíblia infalível e acima de toda e


qualquer tradição religiosa. Enquanto a Igreja Católica Romana defendia a ideia
de que o papa era infalível e a Bíblia era sujeita à sua interpretação, Lutero
afirmava que A Bíblia estava acima do papa, pois ela é a Palavra de Deus
inspirada pelo Espírito Santo.

c) Sacerdócio de todos os crentes. Lutero negava o conceito que afirmava ter o


papa poderes sobrenaturais como intermediário entre o povo e Deus. Ele defendia
a ideia de que todo crente é um sacerdote e tem livre acesso à presença de Deus.
Não precisamos de um intermediário, o único intermediário entre o homem e
Deus é o Senhor Jesus Cristo.
Quais eram os princípios
fundamentais da Reforma?

a) Supremacia das Escrituras sobre a tradição.

b) A supremacia da fé sobre as obras.

c) A supremacia do povo sobre o sacerdócio exclusivo.

Lutero foi vitorioso?

Sim. Apesar das tentativas para condenarem Lutero, o papa e o Imperador Carlos
V não conseguiram. Quando foi convocado a comparecer ao concílio diante do
imperador, ele expressou-se destemidamente da seguinte forma: “É impossível
retratar-me, a não ser que me provem que estou laborando em erro, pelo
testemunho das Escrituras ou por uma razão evidente. Não posso confiar nas
decisões de concílios e de Papas, pois é evidente que eles não somente têm
errado, mas se têm contraditado uns aos outros. Minha consciência está
alicerçada na Palavra de Deus. Assim Deus me ajude. Amém”.

Uma das expressões mais profundas do sentimento de Lutero está no hino


Castelo Forte que diz:

“Que a Palavra ficará, sabemos com certeza, e nada nos assustará, com Cristo por
defesa; se temos de perder os filhos bens, mulher, embora a vida vá, por nós
Jesus está, e dar-nos-á seu Reino”.

…………………..

Fonte: Artigo publicado no Jornal Aleluia de fevereiro de 2004

História do Pentecostalismo –
Setembro/2006
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

“O justo viverá pela sua fé”

Quando falamos em Pentecostalismo,


referimo-nos a um fenômeno característico
do século XX: o avivamento que aflorou
em Los Angeles, USA, em 1906

Analisando a História da Igreja, podemos observar nitidamente que Deus sempre


avivou ou reavivou sua Igreja em várias ocasiões diferentes. Esses períodos da
Era Cristã foram marcados por reavivamentos maravilhosos, onde Deus se
manifestou aos seus servos de forma sobrenatural.

No período da Reforma Protestante, no século XVI, Deus levantou homens como


Martinho Lutero, João Calvino e John Knox. No século XVIII, ocorreu o
Avivamento Morávio com o Conde Zinzendorf, o Grande Reavivamento na
Inglaterra com John Wesley, Charles Wesley e George Whitefield e o
Reavivamento Americano com Jonathan Edwards. Nenhum destes avivamentos
foi conhecido como Pentecostal, pois o termo é do início do século XX, quando
houve o derramamento do Espírito Santo nos Estados Unidos da América,
semelhante à manifestação de Atos dois.¹

Conceito de avivamento espiritual

A palavra “Avivamento” vem do verbo “avivar” que significa: tornar mais vivo,
despertar, reanimar-se e vivificar-se. John Stott conceitua avivamento como: “…
uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual
uma comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida
por ela”.2 Devemos compreender que Avivamento é o cumprimento da Promessa
de Deus em Joel 2 e a resposta da oração, inspirada pelo Espírito Santo, do
profeta Habacuque que dizia: “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos
anos”.3

Avivamento é, acima de tudo, a manifestação de Deus no meio do povo, através


do Espírito Santo, com a finalidade de renovar, reavivar e despertar a Igreja
sonolenta e acomodada. O movimento Pentecostal é fruto de um Avivamento
genuíno que ocorreu na América do Norte, no início do século passado, e que se
espalhou por todo mundo, inclusive no Brasil.

Origens do Pentecostalismo
Tradicionalmente, reconhece-se o começo do movimento Pentecostal com o
Avivamento ocorrido em 1906, em Los Angeles (EUA), na Rua Azusa,
caracterizado pelo batismo com o Espírito Santo, evidenciado pelos dons do
Espírito: línguas estranhas, curas, profecias, interpretação de línguas, etc. O
Avivamento na Rua Azusa, rapidamente cresceu alcançando outros lugares e
pessoas de várias partes do mundo que foram até lá para conhecer, de perto, o
movimento.4

Algum tempo depois, vários grupos semelhantes foram formados em muitos


lugares dos USA, mas com o rápido crescimento do movimento, o nível de
organização também cresceu até o grupo denominar-se Missão da Fé Apostólica
da Rua Azusa. A partir desse movimento, houve um despertamento espiritual e
nasceu um fervor missionário por parte daqueles que iam sendo avivados.

Pentecostalismo no Brasil

No Brasil, o Pentecostalismo chegou em 1910 e 1911 com a vinda de


missionários que tinham sido avivados na América do Norte. O primeiro deles
foi o presbiteriano Louis Francescon,5 que dedicou seu trabalho entre as colônias
italianas no Sul e Sudeste do Brasil6 e resultou no nascimento da Congregação
Cristã no Brasil. Logo depois, chegaram os batistas Daniel Berg e Gunnar
Vingren7 que vieram como missionários para Belém, PA,8 e, ali, iniciaram a
Igreja Assembleia de Deus, em 1911.9

Devemos entender que o Pentecostalismo brasileiro nunca foi homogêneo em


razão de suas diferenças internas. O sociólogo Ricardo Mariano10 classifica-o
em três vertentes:

Pentecostalismo Clássico

Deuteropentecostalismo e

Neopentecostalismo.11

Vejamos cada uma delas.

Pentecostalismo clássico
A primeira vertente do Pentecostalismo reproduziu no Brasil uma tipologia
Norte-Americana e é chamada de “Pentecostalismo Clássico”, que abrange o
período de 1910 a 1950. Esse é o período de fundação e “domínio” Pentecostal
dessas duas denominações: a Congregação Cristã no Brasil e a Igreja Assembleia
de Deus, que se difundiram em todo território nacional. Ambas caracterizavam-se
pelo anticatolicismo, ênfase na crença no Espírito Santo, sectarismo radical,
principalmente a primeira, e por um ascetismo que rejeitava os valores do mundo
e defendia a plenitude da vida moral. Essa vertente constitui a maior Igreja
Evangélica brasileira representada pela Assembleia de Deus atualmente.

Deuteropentecostalismo

A segunda vertente é chamada de “Deuteropentecostalismo” 12 vindo através da


Igreja do Evangelho Quadrangular, 13 em 1951, com o missionário Harold
Willians.14 Na capital paulista, ele criou a Cruzada Nacional de Evangelização e
percorreu quase todos estados brasileiros. Seu trabalho era centrado na cura
divina e na evangelização das massas, principalmente pelo rádio, contribuindo
bastante para a expansão do Pentecostalismo no Brasil.15 Paralelamente, surgem
duas Igrejas Pentecostais16 autônomas: “O Brasil para Cristo” (1955) e a “Igreja
Deus é Amor” (1962), fundadas pelos missionários Manoel de Melo e David
Miranda, respectivamente.

Nas décadas de 60 e 70, houve um movimento de avivamento com manifestações


carismáticas, ou seja, pentecostais, nas Igrejas tradicionais, tendo como resultado
o surgimento de vários grupos denominados “Renovados”. Há, a partir desse
período, uma proliferação de novas Igrejas pentecostais, como por exemplo, a
Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil,17 a Convenção Batista Nacional, a
Igreja do Avivamento Bíblico, a Igreja Metodista Wesleyana, a Igreja Cristã
Maranata, entre outras.

Neopentecostalismo

A terceira vertente é a Neopentecostal.18 O neopentecostalismo tem início na


segunda metade dos anos 70. São igrejas fundadas por brasileiros que,
influenciados por movimentos norte-americanos, começaram suas denominações
com características diferentes das duas vertentes anteriores. A Igreja Universal
do Reino de Deus, a Internacional da Graça de Deus, a Comunidade Sara Nossa
Terra e a Renascer em Cristo estão entre as principais. As igrejas neopentecostais
utilizam intensamente a mídia eletrônica para propagar seu movimento,
funcionam como empresas e pregam a Teologia da Prosperidade. O
Neopentecostalismo constitui a vertente pentecostal mais influente e a que mais
cresce hoje no Brasil.19

O Pentecostalismo iniciado na Rua Azusa, em 1906, está completando um


século. E, como resultado de sua consistência e seriedade, tem-se mantido por
todo esse tempo e com certeza continuará até a volta do Senhor. Os desvios e
abusos que eventualmente têm surgido não podem descaracterizar aquilo que
nasceu no coração de Deus, que é reavivar o seu povo para uma obra do fim.

Que Deus nos ajude a ser renovados a cada dia!

Bibliografia

CÉSAR, Elben M. Lens. História da Evangelização do Brasil. Viçosa, MG:


Ultimato, 2000.

MARIANO, Ricardo. Neopentecostais. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

STOTT, John. A verdade do Evangelho: um apelo a unidade. São Paulo: ABU


Editora, 2000.

TUCKER, Ruth. “…Até os Confins da Terra”: Uma História Biográfica das


Missões Cristãs. São Paulo: Vida Nova, 1986.

Notas bibliográficas

1 – Conhecido como Pentecostal por apresentar características espirituais


semelhantes a do Pentecostes, registrado em Atos dois.

2 – STOTT, John. A verdade do Evangelho, p. 119.

3 – Habacuque 3: 2.

4 – Esse movimento de avivamento foi liderado por William Joseph Seymour.


5 – Louis Francescon era um Italiano que estava morando nos USA e mudou-se
para o Brasil em 1910.

6 – O trabalho de Francescon se desenvolveu no Braz, em São Paulo,


e em Santo Antônio da Platina, no Paraná.

7 – Daniel Berg e Gunnar Vingren eram suecos.

8 – TUCKER, Ruth. “…Até os Confins da Terra”, p. 511.

9 – CÉSAR, Elben M. L. História da Evangelização do Brasil, p. 113.

10 – Ricardo Mariano é sociólogo e pesquisador do movimento Neopentecostal


no Brasil.

11 – MARIANO, Ricardo. Neopentecostais, p. 23.

12 – O berço das igrejas Deuteropentecostais é São Paulo.

13 – A International Church of The Four-Square Gospel foi fundada em 1920,


em Los Angeles, pela missionária canadense Aimee Semple Mcpherson.

14 – Harold Willians, ex-ator de filmes de Faroeste, que depois de convertido se


tornou o missionário no Brasil.

15 – CÉSAR, p. 129 e 130.

16 – CÉSAR, p. 139.

17 – A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil foi organizada em Maringá, PR,


no dia 08 de janeiro de 1975.

18 – Diferente da segunda, o berço das igrejas Neopentecostais é o Rio de


Janeiro.

19 – www.pt.34of100e.info/Pentecostal.

…………………..

Fonte: Artigo publicado no Jornal Aleluia de setembro de 2006.


Ashbel Green Simonton: vida e missão –
Biografia
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Florêncio Moreira de Ataídes /por admin

Texto elaborado pelo Pastor Florêncio Moreira de Ataídes

(1833 – 1867)

No dia 27 de novembro de 1858,


o jovem Simonton encaminhou
à Junta de Missões Estrangeiras seu pedido formal para ser missionário,
mencionando o Brasil como campo da sua preferência, deixando, no entanto, a
decisão final aos cuidados da Junta.
Fora aceito. Em agosto de 1859 aportava no Rio de Janeiro.

Simonton nasceu no dia 20 de janeiro de 1833, em West Hanover, na


Pensilvânia, descendente de presbiterianos escoceses-irlandeses que haviam
migrado para os Estados Unidos. Era filho de William Simonton e Martha Davis.
Tinha nove irmãos, sendo cinco homens, denominados os quinque frates (os
cinco irmãos): William, John, James Thomas e quatro irmãs: Martha, Jane,
Elizabeth (Lillie) e Anna Mary.

Desde cedo, Simonton recebeu as melhores influências morais, intelectuais e


espirituais da fé presbiteriana em que fora criado e que podem ser facilmente
observadas no seu diário, escrito a partir dos dezenove anos de idade.

Quando viajava ao sul dos Estados Unidos, atuando como professor, deixava
transparecer, em suas reflexões e personalidade sensível, profundo interesse pelas
coisas espirituais, embora, até então, não tivesse feito sua profissão de fé.
Observava os problemas sociais de sua época, como, por exemplo, mostrando-se
radicalmente contra a questão da escravidão. Sobre o comércio de africanos,
considerava-o como um “tráfico desumano e nenhum homem com sentimento
humanitário poderia se engajar nele” (MATOS, p. 27). Não concordava com o
comportamento de homens que se aproveitavam dos seus semelhantes para se
beneficiarem economicamente.
Importava-se também com os pobres e, na antevéspera do natal, expressou assim
seus sentimentos: “O inverno chegou violento, neve e frio para o prazer dos ricos
e desespero dos pobres (…) Neste inverno haverá mais sofrimentos entre as
classes pobres do que jamais houve. Milhares de trabalhadores já foram
despedidos nas cidades e aglomerados industriais; os aluguéis e a comida estão
caros” (MATOS, p. 78). A situação precária de milhares de pessoas o
incomodava: “isso consistia num grave problema social, o que não passou
despercebido por ele. Simonton era uma pessoa preocupada com o social,
almejando o bem-estar de todos” (ATAÍDES, p. 19).

Até então, não tinha tomado uma decisão de servir a Cristo, pois lhe faltava uma
profunda experiência com Deus. No entanto, sua conversão não demorou muito
para acontecer. Em março de 1855, a igreja, da qual sua mãe era membro,
promoveu uma campanha de oração onde ele se entregou a Cristo, assumindo
publicamente o seu compromisso com Deus. A partir daquele momento “passou
a considerar o ministério como possibilidade em sua carreira. Fez, então, uma
decisão corajosa que mudou para sempre o sentido de sua vida: respondeu
afirmativamente ao apelo do pastor” (ATAÍDES, p. 20).

Em resposta ao chamado, em julho daquele ano, ingressou no Seminário de


Princeton, a fim de preparar-se para o ministério. Ainda no primeiro semestre,
ouviu, na capela do seminário, um sermão que o despertou para missões. “O
pregador era o Dr. Charles Hodge, eminente teólogo e professor do seminário,
que o fez pensar seriamente na possibilidade de devotar-se à obra missionária no
estrangeiro. Aquele sermão tocou profundamente o coração sensível do jovem
seminarista Simonton, levando-o a pensar seriamente, pela primeira vez, sobre o
trabalho missionário” (ATAÍDES, p.23).

Com o consentimento de sua mãe, no dia 27 de novembro de 1858, encaminhou à


Junta de Missões Estrangeiras o pedido formal para ser missionário,
mencionando o Brasil como campo da sua preferência, deixando, no entanto, a
decisão final aos cuidados da Junta. Foi aceito e ordenado pastor, começando os
preparativos para a viagem no ano seguinte.

Na manhã do dia 18 de junho 1859, despediu-se, no porto de Baltimore, de sua


mãe e de seu irmão John que o acompanharam até o navio. Sua mãe escreveu no
diário dela naquela ocasião: “É difícil separar-se daqueles que talvez não
vejamos mais na terra. Mas quando penso no valor das almas imortais que se
estão perdendo pela falta do Evangelho puro… Recomendo você com orações e
lágrimas ao Senhor, que tudo faz para o bem” (www.missiodei.com.br. In:
25/08/06). Oraram fervorosamente por ele e em seguida embarcou num navio à
vela chamado Banshee, rumo ao Brasil. Estava deixando para trás sua pátria,
família e amigos, muitos dos quais não mais veria nesta terra. Foram 55 dias de
viagem, mas desembarcou, finalmente, no porto da capital do Brasil, o Rio de
Janeiro, no dia 12 de agosto daquele ano.

Quando Simonton chegou aqui havia muitos protestantes ingleses (anglicanos)


que tinham vindo para cá ao longo de meio século, liberados por tratado
comercial entre o Império do Brasil e a Inglaterra. No entanto, eles não
evangelizavam em razão das restrições que faziam parte do acordo. A religião
oficial do Brasil Imperial era o catolicismo romano.

Simonton vivia a grande expectativa de pregar o evangelho aqui. Estava bem


consciente de que devia amar as pessoas para ganhá-las para o Senhor, pois ser
missionário sem amor era, para ele, um mau negócio. Como método de
evangelização começou a dar aulas de inglês, como forma de estabelecer contato
com as pessoas e aperfeiçoar sua fluência na língua portuguesa, o que lhe
consistia um grande problema. Lutava para aprender o idioma o mais rápido
possível, a fim de que pudesse comunicar bem o evangelho. Três meses depois
de sua chegada ao Brasil escreveu: “O que mais me interessa agora é aprender a
língua… e enquanto não o completar, não tenho condições de ser útil aqui…
Todos os esforços que fiz até agora para aprender o português não tiveram
sucesso” (MATOS, p. 132).

Depois de alguns meses no Brasil, “no dia 22 de abril de 1860, num domingo,
Simonton realizou a primeira Escola Dominical em sua casa, sendo este seu
primeiro trabalho em Português” (ATAÍDES, p. 40), o que o deixou muito feliz.

Simonton não ficou apenas no Rio, mas visitou várias cidades dos estados do Rio
de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, deixando nelas a semente do Evangelho,
onde nasceram muitas igrejas presbiterianas.
No final de 1862, voltou a sua terra para visitar sua mãe que estava enferma.
Infelizmente, quando chegou ela já havia partido para o Senhor. Teve a
oportunidade de rever seus irmãos pela última vez, descrevendo assim esse
encontro: “a noite passada, ficamos conversando até tarde sobre o passado e
sobre os que partiram. Cada um contribuía com maior ou menor parte dos
tesouros de sua memória; muitos incidentes e lembranças foram revividos e a
conexão do presente com o passado parecia completa” (MATOS, p. 154).

Ainda no final daquele ano, Simonton conheceu a jovem Helen Murdoch com
quem se casara em 19 de março de 1863. Em seguida, vieram para o Brasil e aqui
Helen viveu cerca de um ano e veio a falecer por causa de complicações no parto.
[1] Simonton enlutado e sozinho escreveu suas mais dolorosas palavras: “Deus
tenha piedade de mim agora, pois águas profundas rolaram sobre mim. Helen
está estendida em seu caixão, na salinha de entrada. Deus a levou de repente que
ando como quem sonha” (MATOS, p.164).

A morte da esposa foi uma perda irreparável, um golpe do qual jamais se


recuperou. No entanto, continuou o seu ministério com muito ardor. Com os
colegas de ministério: Blackford, Schneider e Chamberlain, fundou algumas
igrejas Presbiterianas (Rio, São Paulo e Brotas), organizou um Presbitério (o
Presbitério do Rio de Janeiro), um jornal (Imprensa Evangélica), um Seminário
(Seminário Primitivo) e uma Escola Paroquial (no Rio de Janeiro). Tudo isso
ocorreu no curto período de oito anos e quatro meses.

Simonton fazia incansavelmente a obra de Deus e o seu trabalho prosperava em


vários lugares. Um dos frutos mais importantes do seu ministério foi a conversão
do padre José Manuel da Conceição, conhecido como JMC, que se tornou uma
peça-chave na evangelização de muitas cidades nos estados de São Paulo e sul de
Minas Gerais. JMC foi o primeiro pastor brasileiro ordenado.

Em novembro de 1867, Simonton foi acometido de febre amarela e não mais se


recuperou. Apesar de ser devidamente assistido pelos médicos, não resistiu e
faleceu precocemente, no dia 09 de dezembro de 1867, aos 33 anos. O túmulo do
missionário Simonton está ao lado do de JMC, no Cemitério dos Protestantes, em
São Paulo.
Em 12 de agosto de 1959, no centésimo aniversário de sua chegada ao Brasil, a
Igreja Presbiteriana do Brasil colocou, ao pé da lápide do pioneiro, uma placa
comemorativa com a seguinte inscrição: “Primeiro centenário da chegada do
Rev. Ashbel Green Simonton ao Brasil. O seu trabalho não foi em vão no
Senhor” (MATOS, p. 30).

Em 12 de agosto de 2009 comemoramos os 150 anos da chegada de Simonton ao


Brasil para estabelecer o presbiterianismo. Como presbiterianos temos motivos
para louvar a Deus pela sua vida. Reconhecemos a importância de seu trabalho, o
qual continua frutificando para glória de Deus! Amém.

REFERÊNCIAS

ATAÍDES, Florêncio Moreira de. Simonton: o missionário que impactou


o Brasil. Arapongas, PR: Aleluia, 2008.

MATOS, Aldery Souza (org.). O Diário de Simonton. São Paulo, SP: Cultura
Cristã, 2002.

www.missiodei.com.br. In: 25/08/06

[1] Helen Murdoch Simonton, filha de Ashbel e Helen, viveu quase toda sua vida
em Baltimore, estado de Maryland nos Estados Unidos, e faleceu aos 88 anos, no
dia sete de janeiro de 1952.

……………………

FONTE: Texto elaborado pelo Pastor Florêncio Moreira de Ataídes


Publicado no Jornal Aleluia de julho de 2009

O valor do discipulado – Janeiro/2016


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Flavio Cosme dos Santos /por admin

O crescimento sustentável da igreja está ligado


ao valor que damos ao discipulado. Como vamos estudar neste artigo,
discipulado é muito mais do que um método
de crescimento, é a essência
da igreja que cumpre o IDE de Jesus
1. O chamado para o discipulado. Jesus chama os seus discípulos por sua graça e
autoridade. Não havia questionamentos, condições, concessões e garantias. O que
estava em questão não era a estabilidade do discípulo, nem para o que o foi
chamado, mas simplesmente a autoridade e a graça de Jesus. Mateus 9.9

2. O custo do discipulado. Seguir a Cristo não é tarefa fácil. Mudanças radicais


têm de acontecer. Só pessoas com disposição podem atender a este chamado e
pagar todos os custos. Lucas 14.28-33 Isso não deve desanimar o discípulo, mas
estimulá-lo a pagar os custos com alegria em todos os seus aspectos, porque
Jesus pagou um alto preço pelos seus discípulos.

3. A Cruz do discipulado. Leva o discípulo a viver em total negação do “eu”,


significando que o discípulo agora, não segue o seu próprio caminho, e sim o
caminho de submissão ao senhorio de Cristo. É a crucificação e a mortificação do
velho homem. Gálatas 2.20

4. A Palavra do discipulado. O discipulado deve ser bíblico, pois só assim se


estabelecerá o fundamento de fé e prática do discípulo. A fonte de conhecimento
do discipulado que gera crescimento sustentável é a Palavra de Deus.

5. A oração do discipulado. No discipulado de Cristo, a oração sempre foi


exercitada em todas as áreas e momentos de Seu ministério. O discípulo, que tem
como fundamento de seu discipulado a vida de Cristo, entende que na caminhada
do discipulado é imprescindível orar.

6. A santidade do discipulado. O convite para o discipulado sem santidade é fruto


da graça barata. Discipulado é o processo de santificação realizada por meio do
Espírito Santo. Gálatas 5.16-26. O discípulo não entra para uma espécie de vida
de perfeição, mas entra para uma vida de entrega total e obediência a Deus.

7. O serviço do discipulado. É o chamado para servir a Cristo, aos irmãos e à


obra de Deus. Cristo ensinou e deu o exemplo sobre o serviço cristão na última
ceia. Leia João 13 O serviço cristão é caracterizado por amar, ouvir, ajudar e
levar as cargas uns dos outros.

II – TRANSFORMANDO PESSOAS COMUNS EM DISCÍPULOS


O chamado para o discipulado é o processo de transformar pessoas comuns em
discípulos de Jesus. Pessoas comuns são transformadas em discípulos por meio
do relacionamento com Cristo.

1. Pessoas comuns são transformadas em discípulos por meio do relacionamento


com Cristo. Cristo chamou pessoas para vínculos de relacionamentos, ligaduras
no espírito, alianças entranháveis, compromisso de submissão, de andar na luz,
de se deixar tratar. Esse comprometimento é que define se o relacionamento é ou
não discipulado. Uma pessoa que decide discipular outras, precisa seguir este
caminho proposto por Jesus, transmitir vida por meio do modelo de
relacionamento. 1 Coríntios 11.1

2. Pessoas comuns são transformadas em discípulos por meio de um ato de


obediência. Em Lucas 9.57-62, vemos que discipulado não é uma confissão oral
de fé, mas um ato de obediência em fé à ordem: “vai e anuncia o Reino de Deus”
e à realidade: “Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o
Reino de Deus” .

3. Pessoas comuns são transformadas em discípulos quando deixam tudo para


trás e andam ao lado de Jesus. Em Lucas 5.1-11, Observamos que o conteúdo do
discipulado é largar as redes, atender ao convite para pescar homens e seguir a
Jesus como algo vivencial. E, neste caminho de vida, o discípulo aprenderá e
crescerá nas verdades do Evangelho.

III – TRANSFORMANDO DISCÍPULOS EM LÍDERES


MULTIPLICADORES

Tudo o que estudamos até aqui, foi o processo de transformar pessoas comuns
em discípulos. Agora, vamos estudar como podemos transformar discípulos em
líderes multiplicadores por meio do cumprimento do IDE de Jesus. Mateus 28.19,
20.

1. O Líder multiplicador de discípulo. Fazer discípulos é a Grande Comissão da


igreja. Enquanto o discípulo caminha na dinâmica do discipulado, faz discípulos
de todas as nações. Reproduz vida e caráter como Jesus fez.
2. O Líder multiplicador de sacramento. Jesus deu duas ordenanças à igreja,
conhecidas como sacramentos: Batismo e Santa Ceia. O líder multiplicador tem o
dever de levar os discípulos a cumprir os sacramentos. Batizá-los em nome da
trindade e posteriormente fazer parte da mesa do Senhor.

3. O Líder multiplicador de ensino. Liderar é multiplicar ensino. É ensinar os


discípulos a observar o Evangelho integralmente. Uma igreja que quer crescer
sustentavelmente tem de investir na multiplicação do ensino por meio do
discipulado.

4. Líder multiplicador em Pequenos Grupos. As pessoas que estão sendo ganhas,


discipuladas, batizadas e ensinadas devem ser conectadas a um Pequeno Grupo.
Ali serão cuidadas e treinadas para se tornarem líderes multiplicadores.

CONCLUSÃO

Aprendemos neste estudo, a importância do discipulado como essência da igreja


verdadeira. Com isso, devemos valorizar o discipulado em Pequenos Grupos para
alcançar a nova geração. O crescimento da igreja por meio do discipulado não
será explosivo, mas gradativo, integral e sustentável.

NOTAS IMPORTANTES

O QUE NÃO É DISCIPULADO

a. Discipulado não é sala de aula de batismo. Ela pode ser uma excelente forma
de ensino, mas não é tudo.

b. Discipulado não é aconselhamento. Isso é bom para ajuda mútua.

c. Discipulado não é ensino bíblico. Isso é muito necessário para o crescimento


cristão.

d. Discipulado não é um programa ou modelo para o crescimento da igreja. Isso é


muito bom para firmar aqueles que acabaram de se converter. E auxilia no
crescimento da igreja.

Todos esses métodos de trabalho fazem parte do discipulado,


mas não são a sua essência.
CONCEITO ETIMOLÓGICO DE DISCIPULADO

No grego, a primeira palavra que traz a ideia de discipulado é “akolouthein”, um


verbo que significa ‘seguir’. A segunda palavra é “mathetes”, que significa
‘vincular-se a outra pessoa a fim de adaptar-se a ela e adquirir conhecimento
prático e teórico’. A terceira palavra é “mimeomai,” que significa ‘imitar’, que
enfatiza a natureza de um tipo especial de comportamento, modelado em outra
pessoa.

ALGUNS EXEMPLOS DE DISCIPULADO NO NOVO TESTAMENTO

a. JOÃO BATISTA e seus discípulos. Mateus 11.1-7, Marcos 2.18-22, João


1.35-37.

b. BARNABÉ E SAULO. Atos 9.26-28

c. PAULO E TIMÓTEO. 1Timóteo 1.2, 2Timóteo 2.2

A pessoa que foi chamada larga tudo quanto tem, não para fazer algo que tenha
valor especial, mas simplesmente por causa daquele chamado, porque, de outro
modo, não pode seguir a Jesus. A esse ato não se atribui o menor valor. Em si,
continua sendo uma coisa absolutamente destituída de importância, sem merecer
atenção […]. Uma vez chamada para fora, a pessoa tem que abandonar a
existência anterior, tem que simplesmente “existir” no sentido rigoroso da
palavra. O que é velho fica para trás, totalmente abandonado. (BONHOEFFER,
Dietrich. Discipulado. 8ª edição. São Leopoldo: Sinodal, 2004, p. 21)

A paisagem cristã está coberta de escombros de torres inacabadas e abandonadas


– ruínas daqueles que começaram a construir e não puderam terminar. Milhares
de pessoas ainda ignoram esta admoestação de Jesus e decidem segui-lo sem
primeiro pararem para considerar o custo disso. O resultado é o grande escândalo
da cristandade moderna, chamado Cristianismo nominal. […] Não é de se
admirar que os cínicos falem de hipócritas na igreja e dispensem a religião por
considerá-la um escapismo (STOTT, John R. W. Cristianismo básico. Viçosa,
MG: Ultimato, 2007, p. 108)

A imagem usada por Jesus, quando disse que o discípulo que quisesse segui-lo,
deveria tomar a sua cruz, era a de um criminoso condenado à crucificação. Ele
tinha que carregar a sua cruz até o local da crucificação. Era um caminho sem
volta. Esta imagem era comum para aqueles que ouviram este chamado para
cruz. O discípulo verdadeiro é aquele que carrega a cruz, mesmo sabendo que é
um caminho sem volta.

Como implantar Pequenos Grupos na


Igreja local – Setembro/2014
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Flavio Cosme dos Santos /por admin

Existem várias maneiras de implantar Pequenos Grupos na Igreja Local. Todas


são válidas e possuem aspectos positivos e negativos. Vou compartilhar, neste
texto, alguns aspectos importantes, utilizando o texto em que Paulo escreve a
Timóteo sobre a transmissão do Evangelho, para a implantação bem-sucedida de
Pequenos Grupos.

I – A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO EM PEQUENOS


GRUPOS COMEÇA NO MENTOR DA VISÃO

Paulo diz a Timóteo que ele deveria transmitir a outros o que dele aprendera.
Paulo é o Mentor da visão. Foi ele quem incentivou Timóteo a compartilhar para
outros o Evangelho.

Na Igreja Local, o pastor titular tem de ser o mentor da visão. Ele não pode
transferir isto para o pastor auxiliar ou para qualquer outro líder. Ovelhas seguem
o Pastor. Alguns pastores querem implantar em suas igrejas o projeto, mas não
querem assumir a mentoria. Isto é um risco. A implantação pode até acontecer,
mas não subsistirá.

O mentor tem de entender, de forma completa, todo o conteúdo do projeto em


Pequenos Grupos: a base bíblica; o que são pequenos grupos; quais são os
objetivos bíblicos dos Pequenos Grupos; quando se reúnem; a quantidade de
pessoas em cada Pequeno Grupo; como são as reuniões; o que pode acontecer em
uma igreja sem pequenos; e as razões para ter Pequenos Grupos na Igreja Local.
São coisas básicas, mas que fazem a diferença na implantação.

O mentor tem de amar o projeto. Se o pastor implantar o projeto só para ter mais
um programa na igreja, falhará. O pastor tem de estar apaixonado pelo projeto.
Sem amor não haverá sucesso. O pastor só amará o projeto quando ele conhecer
todo o seu conteúdo.

O mentor tem de entender que a implantação é um processo. Muitos líderes


tentaram implantar Pequenos Grupos em suas igrejas e se frustraram porque
acharam que seria instantâneo, e não é. Não adianta o pastor reunir a sua igreja e
dizer que agora a igreja trabalhará em Pequenos Grupos e esperar que toda a
igreja esteja envolvida. A implantação é um processo e isto leva anos. Pelo
menos dois anos.

Finalmente, o mentor tem de entender que a implantação do projeto acontece em


oração. Se o pastor assumir a mentoria, assimilar o conteúdo e o processo de
implantação e não orar, verá o projeto desmoronar. Todo o processo de
implantação deve acontecer em oração.

II – A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO EM PEQUENOS GRUPOS COMEÇA


COM UM GRUPO PILOTO

Paulo diz a Timóteo que ele deveria confiar o ensino a homens que fossem fiéis e
idôneos. Líderes da Igreja.

O pastor, na implantação do Projeto em Pequenos Grupos, deve começar pelo


Pequeno Grupo Piloto. Este Pequeno Grupo será o início de tudo. O Pequeno
Grupo Piloto será o primeiro da igreja e o modelo para os demais nas
multiplicações. Este PG Piloto será composto por pessoas que o Senhor colocará
no coração do pastor. Os homens fiéis e idôneos da Igreja.

Para a implantação do PG Piloto, o pastor local deve seguir basicamente estes


sete passos:

Primeiro: ORAÇÃO
Jesus orou antes de escolher seus discípulos. Lucas 6.12-16

Esta narrativa nos aponta como foi a oração de Jesus.

a) Subiu ao monte a orar. Jesus queria intimidade com Deus. Orou em particular
porque não queria errar na escolha dos discípulos. Antes de escolher seus
discípulos para o PG Piloto, tenha um momento de oração e de intimidade com
Deus. Um lugar em que ninguém o incomode.

b) Passou a noite em oração. Jesus perseverou em oração diante de Deus, para


que este O orientasse quanto à escolha. A escolha de um discípulo acontece
depois do investimento do nosso tempo em oração a Deus.

c) E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles.


Depois do período íntimo e perseverante diante de Deus, Jesus, pela orientação
de Deus, escolheu seus discípulos. Depois que você investir o tempo necessário e
perseverar na oração, Deus vai mostrar a você, um a um, os seus discípulos para
o Pequeno Grupo Piloto.

A oração não vai deixar você escolher pela aparência, assim como fez Samuel,
antes de escolher Davi, porque o Senhor não vê a aparência, mas o coração. O
Senhor vai colocar em sua vida pessoas que você levará, pelo discipulado, ao
nível que Davi tinha com Deus.

Depois que Deus colocar em seu coração as pessoas que serão seus discípulos,
não pare de orar. Agora, é hora de orar por elas, para que Deus prepare seus
corações para que atendam o seu convite.

Segundo: OBSERVE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS


QUE IDENTIFICAM O DISCÍPULO
EM POTENCIAL

Keith Phillips, em seu livro clássico sobre discipulado, A FORMAÇÃO DE UM


DISCÍPULO, apresenta as seguintes características:

a) Ele deseja conhecer intimamente a Deus.

b) Ele está disponível.

c) Ele é submisso.

d) Ele é fiel.

e) Ele procura fazer discípulos


Além destas características, observe a frequência e a participação nos cultos e
trabalhos da Igreja.

Terceiro: TOME A INICIATIVA E FAÇA O CONVITE

Este passo é fundamental. É aqui que a maioria dos líderes para. O medo, a
incerteza e o desafio ficam maiores que o projeto. A maioria dos líderes sabe da
importância do discipulado, mas param aqui. Por isso, a Palavra do Senhor para
este momento é esta:

“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de
moderação.”

Deus já lhe mostrou quem serão os seus discípulos? Levante-se e faça o convite.
No momento em que você fizer o convite, diga que orou antes e que foi o Senhor
quem colocou em seu coração os nomes. Diga também que você observou que
essa pessoa tem vontade de crescer e pode ser um líder de excelência.

Quarto: EXPLIQUE O QUE É O DISCIPULADO


E A VISÃO DO PROCESSO

Convide as pessoas que você escolheu para um café em sua casa e explique que o
discipulado é um meio usado por Deus para o crescimento espiritual e no caráter
de Jesus, tanto do discípulo quanto do discipulador, levando-os à maturidade.
Diga que o discipulado é relacionamento e vocês vão crescer muito em Deus, por
meio de uma reunião semanal para compartilhamento bíblico, aconselhamento e
convívio. Diga que a visão do discipulado é que, depois de alguns meses, ele
poderá discipular outras pessoas por meio dos Pequenos Grupos.

Quinto – DEIXE QUE A PESSOA DECIDA SE QUER


OU NÃO O DISCIPULADO

Depois que você fizer o convite, peça que ore por uma semana para que Deus
confirme em seu coração a entrada dele no processo que mudará sua vida.

Sexto – MÃOS À OBRA

Depois que a pessoa responder a você positivamente, marque um dia que seja
bom para vocês para o primeiro encontro.
Sétimo – O PRIMEIRO ENCONTRO

O encontro:

Escolha o lugar, pode ser em sua casa, na casa do discípulo, ou na Igreja.

O encontro deve ser em horários em que a Igreja não tenha programação.

As reuniões devem durar no máximo uma hora.

Sempre deve começar e terminar com orações.

Tenho o cuidado de não ser um professor ensinando algo. Deixe os discípulos


falarem e tirarem as dúvidas.

Procure ser o mais claro possível.

Fique tranquilo, com o tempo os encontros se tornam mais leves.

São esses os passos básicos. Tudo muito simples, porém, se observados,


resultarão numa boa implantação.

III – A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO


EM PEQUENOS GRUPOS COMEÇA
COM A ESCOLHA DO MATERIAL

Paulo diz a Timóteo que transmissão do conteúdo do Evangelho deveria ser por
meio de ensino.

Na implantação do Projeto, o Pastor deverá elaborar um curriculum de estudos


ou, de preferência, seguir o proposto pelo PESC. Este será o material que será
utilizado no PG Piloto e nos demais PGs.

IV – A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
EM PEQUENOS GRUPOS
DEVE VISAR À MULTIPLICAÇÃO

Paulo transmitiu as verdades do Evangelho a Timóteo que transmitiu a homens


fiéis que transmitiram a outros. O Pequeno Grupo Piloto foi implantado para
gerar líderes multiplicadores. Cada pessoa do PG Piloto, após o estudo da
primeira revista ou, quando sentir segurança, deve começar um Pequeno Grupo
do mesmo modo que o pastor começou o Piloto. Para isso, tudo o que foi exposto
até aqui, o pastor deverá compartilhar no PG Piloto, após o término da primeira
ou segunda revista, como treinamento para que os seus discípulos sejam líderes
multiplicadores em outros PGs.

Durante todo o processo de abertura de novos PGs, o líder do novo PG


permanece no PG Piloto. O PG Piloto nunca termina, pois é ele que dará
sustentação à visão. Funciona assim: na semana, o líder participa do PG Piloto
em um dia e, em outro, lidera o seu PG.

Quando houver as demais multiplicações, o líder que abrir um novo PG


permanecerá no de origem. Ele sempre será ministrado e ministrará aos corações.

CONCLUSÃO

Estes são passos básicos que facilitarão a implantação dos Pequenos em sua
igreja. Qualquer dúvida, durante o processo, pode entrar em contato comigo.

…………………………..

Observação

Sou pastor da IPRB de Guarantã do Norte, MT. Com estes passos básicos
implantei os Pequenos Grupos em maio de 2013. Hoje, agosto de 2014, estamos
com 10 Pequenos Grupos. Pretendemos começar 2015 com 15 Pequenos
Grupos. Deus tem abençoado estas diretrizes de ação.
Flávio Santos. flaviws@hotmail.com

Pilares da Reforma Protestante –


Outubro/2015
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Flavio Cosme dos Santos /por admin

No dia 31 de outubro, os cristãos protestantes comemoram o dia da Reforma. Em


31 de outubro de 1517, Martinho Lutero, protestou contra a Igreja Romana,
afixando, à porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, as famosas 95 teses contra
vários pontos teológicos da doutrina romana. Tudo começou quando Lutero
descobriu que a salvação era pela fé somente.
Além de Martinho Lutero, outros nomes são importantes para o movimento
reformador. João Calvino, com sua mente privilegiada, sistematizando princípios
doutrinários em sua Instituições da Religião Cristã, uma obra que tem servido, ao
longo dos anos, para teólogos, professores e principalmente cristãos que buscam
os valores verdadeiros do Cristianismo. Ulrich Zuínglio que, em sua época,
queria fazer algo corajoso para Deus. E Menno Simons com a reforma radical,
afirmando não haver outro fundamento, senão, aquele que foi estabelecido pela
Palavra de Deus.

As proposições teológicas da Reforma Protestante são os Cinco Solas, que são


frases latinas que surgiram para enfatizar a diferença entre a teologia reformada e
a teologia romana. A palavra latina, sola, significa “somente” ou “apenas”, na
língua portuguesa.

Os cinco solas são: Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia e Soli
Deo Gloria. Esses são os pilares da Reforma Protestante. Vejamos em detalhes.

Sola Fide – Somente a Fé

O princípio “Sola Fide” é a afirmação de que o homem é justificado única e


exclusivamente pela fé, sem o acréscimo das obras do mérito humano. Segundo a
tradição reformada é o artigo pelo qual a igreja é sustentada. A justiça do
Evangelho de que não nos envergonhamos é o poder de Deus para salvação. É do
princípio ao fim pela fé pois, conforme a Carta de Paulo aos Romanos: O justo
viverá pela fé.

A fé que justifica o homem é dom de Deus, é o meio pelo qual a justiça de Cristo
é imputada ao pecador. Não há glória humana nisso. Pela fé somente, os pecados
do homem são lançados sobre Cristo, o verdadeiro justo de Deus, que na Cruz
cumpriu toda justiça de Deus. Daí o homem, no tribunal de Deus, ser declarado,
de uma vez por todas, justo diante de Deus. A Igreja que quer se manter de pé
tem de viver pela fé somente.

Sola Scriptura – Somente a Escritura

A Escritura é a única regra de fé e prática da igreja. Acreditamos em sua


Inspiração, Autoridade, Inerrância, Clareza, Necessidade e Suficiência. É
somente na Escritura que encontramos a história da salvação. É somente na
Escritura que encontramos Jesus representado de várias formas e prometido de
várias maneiras no Antigo Testamento, visto e cumprido no Novo Testamento.

É somente na Escritura que encontramos o fundamento da nossa Teologia, seja


ela sistemática, bíblica, apologética, hermenêutica, exegética ou pastoral. É
somente na Escritura que encontramos o que precisamos para conhecer o Pai, o
Filho e o Espírito Santo; e o Evangelho, para sustentar a fé e nortear a vida cristã.

Solus Christus – Somente Cristo

Somente Cristo foi a reação da Reforma contra a igreja secularizada e contra os


sacerdotes que afirmavam sua posição especial para mediar a graça e o perdão de
Deus por meio dos sacramentos. A reforma defendeu que a mediação entre o
homem e Deus é feita somente por Jesus Cristo.

A salvação do pecador é obra de Cristo. A vida de Jesus sem pecado expiou os


homens de seus pecados. Isto trouxe justificação e colocou o homem em uma
nova posição com o Pai. A posição de filho por meio da reconciliação. Jesus
Cristo é o único salvador. Cristo é central na reforma protestante.

Sola Gratia – Somente a Graça

Além de a graça ser um dos atributos de Deus é, também, o próprio Cristo em


Sua encarnação. E é o Espírito Santo quem aplica a graça ao coração do pecador.

A teologia divide a graça em comum e especial. A graça comum é aquela que é


comunicada a todos os homens. É a que dá aos homens bênçãos sem medida. A
chuva de Deus cai sobre justos e injustos. A graça especial é soteriológica, pois é
por meio dela que o homem é salvo. É a comunicação da salvação de Deus ao
pecador.

O termo “sola gratia”, refere-se a tudo que o homem possui, e, em especial, à


salvação, que é pela graça somente. É pela graça somente que o homem é eleito,
regenerado, justificado, santificado e glorificado. É pela graça somente que o
homem recebe os dons espirituais e talentos que são usados em favor do Reino. É
pela graça somente que o homem recebe as bênçãos de Deus.
Soli Deo Gloria – Somente a Deus a Glória

Soli Deo Gloria é o pilar da Reforma Protestante que afirma que o homem foi
criado para a glória de Deus. Como o homem foi criado para dar glória a Deus
tudo que ele faz deve ser destinado à glória de Deus. Soli Deo Gloria é o
princípio pelo qual toda glória é dada a Deus no processo de salvação. A vida do
cristão é vivida diante de Deus e sob sua autoridade. Isso é para a glória de Deus.
A ele seja a glória eternamente! Amém. Romanos 11.36 O grito dos
reformadores foi para que a Igreja voltasse aos moldes do Cristianismo primitivo.
Que a Igreja retornasse à simplicidade do Evangelho. Que a Igreja vivesse apenas
pela fé. Que a igreja vivesse apenas na Escritura. Que a Igreja vivesse apenas em
Cristo. Que a Igreja vivesse apenas a Graça. Que a Igreja vivesse apenas para a
glória de Deus.

Esse deve ser o nosso grito ao comemorar a Reforma Protestante!

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Outubro de 2015

Preparando-se para uma nova fase na vida


– Março de 2009
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Fábio Ramos da Silva /por admin

Uma análise contextualizada


de Neemias 1 e 2

“Então lhes disse: Bem vedes vós a miséria em que estamos, que Jerusalém está
assolada, e que as suas portas têm sido queimadas a fogo; vinde, pois, e
reedifiquemos o muro de Jerusalém, e não sejamos mais um opróbrio. Então lhes
declarei como a mão do meu Deus me fora favorável, como também as palavras
do rei, que ele me tinha dito; então disseram: Levantemo-nos, e edifiquemos. E
esforçaram as suas mãos para o bem.”
Neemias 2:17-18

Até quando você vai ficar olhando


e remoendo as ruínas do passado, sem tomar
uma decisão corajosa?
As fases da vida são necessárias para completar os ciclos da nossa existência.
Desde o início de tudo e da própria criação do homem, o ser humano passa por
etapas diferentes: infância, juventude, vida adulta, velhice… Os jovens se casam
e passam a viver uma nova fase na vida. E, na vida a dois, vem o período de
adaptação das diferenças de ideias, de hábitos, de costumes… Quando chegam os
filhos, nova fase se instala. E assim, dia a dia, caminha-se para a maturidade,
para a responsabilidade, rumo à velhice.

É interessante como alguém, mesmo sendo especial (deficiente), não escapa


dessas fases. A mente pode continuar como a de um bebê, mas o corpo segue a
lei da natureza e da evolução para a maturidade. Esse é um desafio que jamais
poderemos deixar de enfrentar. Podemos tentar fugir de tudo na vida, mas não
conseguiremos escapar das fases da nossa existência.

Saber que assim é a vida é muito bom. Esses períodos surgem como forma de
desafios a serem enfrentados, sejam desagradáveis ou não. E o que vai
determinar se passaremos bem por todas elas é a nossa reação antes de tentarmos
alcançar a fase seguinte.

No texto bíblico citado, Neemias está vivendo uma fase tranquila em Susã, a
fortaleza de Artaxerxes. Neemias provavelmente não conhecesse Jerusalém. Ao
que tudo indica, ele deve ter nascido no cativeiro. Mas, um dia, sua vida muda
completamente, ao receber notícias trazidas por Hanani, que havia acabado de
chegar de Jerusalém. A informação que chega aos ouvidos de Neemias é de uma
Jerusalém em estado de calamidade, em ruínas. Isso o incomodou muito. E foram
essas notícias que o levaram a orar.

Neemias é conhecido como um homem de oração e consagração. Uma pessoa


sintonizada com o céu. E foi por isso que ele alcançou favor de Deus para ir em
direção ao desconhecido. Neemias vai viver uma nova e marcante fase em sua
vida.

Todas as pessoas estão prestes a iniciar uma nova fase na sua vida. Num piscar
de olhos, podem receber uma notícia que mudará totalmente o seu futuro.
Sabendo disso, como podemos descobrir a vontade de Deus para caminhar em
direção a esse novo passo que estamos prestes a dar?
É fundamental saber que Deus vai estar conosco, que Deus vai responder nossa
oração e entrelaçar-se a algum novo projeto quando eu decidir questionar os
porquês, ou os acontecimentos ao meu redor, v. 2.

A vida de Neemias começa a mudar quando ele, abatido e preocupado, faz


algumas perguntas. Sua indagação a respeito de como andavam as coisas em
Jerusalém transformou o seu futuro e suas idealizações.

Quantas pessoas deixaram de questionar os porquês da sua vida há muito tempo.


Por que estou regredindo financeiramente? Por que meu relacionamento está tão
mal assim? Por que, na minha vida, esse ou aquele plano não dá certo?

Neemias sentiu seu coração sendo direcionado por Deus a um propósito novo,
quando ele sai do seu próprio mundo e começa a se abrir para realidade à sua
volta. Quando pensa no próximo. Quando encarna as dores dos que ficaram na
miséria. Ao tomar essa atitude, descobre que estava vivendo uma tremenda ruína,
uma farsa. Seu povo estava desanimado e sem esperança. E tudo que o levou a
demover-se foi uma pergunta sobre a realidade de um povo.

Uma pergunta pode abrir um leque do que precisamos fazer para trazer mudanças
no quadro em que vivemos. Ouvindo e analisando a resposta, Neemias passa a
assumir erros (vv. 6-7) e a procurar soluções (v. 11) para a miséria que estava
instalada ao seu redor.

Quando começarmos a questionar os porquês da miséria em nossa casa, os


porquês da falta de ânimo, os porquês das orações não respondidas… respostas
vão começar a surgir e todas elas levando-nos a entender que precisamos tomar
uma posição. A falha nunca é de Deus, é sempre nossa.

Ao levantar meu semblante e tomar uma decisão, Deus vai responder minha
oração. É certeza de que estará comigo quando eu decidir edificar sobre os
escombros que restaram das derrotas que tive no passado, v. 17-18.

Quantas vezes decidimos interromper algo de suma importância, simplesmente


porque não tivemos êxito na primeira instância! Não deu certo, pastor, por isso
parei. Não tive apoio, por isso deixei de lado. Não consegui, pastor, por isso
voltei. Abandonei os estudos. Deixei o emprego. Larguei tudo…
Quantas pessoas deixaram de ser abençoadas e de realizar tremendas conquistar
pelo simples fato de olharem para os escombros de sua vida e dizer: não vale a
pena! Por isso deixaram de orar, deixaram de buscar a vontade de Deus e deram
tudo como perdido.

Conta-se que quando Thomas Carlyle, historiador inglês, concluiu o segundo


volume de sua História da Revolução Francesa, entregou o manuscrito a John
Stuart para fazer observações. John leu o manuscrito e emprestou-o a um amigo.
Esse amigo deixou-o sobre a escrivaninha certa noite, depois de lê-lo. Na manhã
seguinte a empregada, procurando alguma coisa com a qual pudesse acender o
fogo, encontrou a pilha de papéis soltos e, pensando que fossem rascunhos
antigos, usou-os para acender o fogo. Aquilo que havia custado anos de trabalho
a Carlyle era cinza agora! Quando seu amigo Mill, relatou a devastadora notícia a
Carlyle, este ficou tão decepcionado com sua perda que não conseguiu fazer nada
durante semanas. Um dia, sentado diante da janela aberta, remoendo sua perda,
observou um pedreiro reconstruindo uma parede de tijolos. Pacientemente, o
homem colocava tijolo sobre tijolo, enquanto assobiava uma alegre melodia.
“Pobre tonto”, pensou Carlyle, “como pode estar tão alegre quando a vida é tão
fútil?” Naquele momento, ele teve outro pensamento, mas agora referente a si
mesmo: “Pobre tonto, você está aqui sentado junto à janela, queixando-se e
lamentando, enquanto aquele homem reconstrói uma casa que durou gerações.”
Naquele momento, tomado de novo ânimo, levantando-se da cadeira, Carlyle
começou a trabalhar no segundo rascunho da História da Revolução Francesa.

Podemos reconstruir sobre as ruínas de nosso passado. O ponto alto da vitória de


Neemias está no momento em que ele começa a andar sobre as ruínas de
Jerusalém, a observar tudo queimado, danificado e decide reconstruir os muros
caídos.

Deixar de ser opróbrio tem a ver com uma decisão que Deus aprova e vai junto
conosco. O passado era vergonhoso e cheio de erros, mas Neemias decidiu seguir
em frente com o aval de Deus. Neemias terminou uma edificação que parecia
impossível, e a fez em apenas cinquenta e dois dias. No final da obra, não
somente ele, mas todo o povo entendeu que Deus havia aprovado e ajudado na
edificação da cidade, causando grande espanto entre os inimigos.
“Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul; em cinquenta e dois
dias. E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, todos os povos que
havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus próprios olhos;
porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra.” Ne 6: 15-16.

Para aqueles que estão vivendo uma nova fase na vida, faz-se necessário seguir o
exemplo de Neemias: fazer perguntas, não se abater diante das ruínas e decidir
edificar uma nova vida, tendo a mão de Deus direcionando todos os seus passos.

…………………………….

Fonte: Jornal Aleluia de março de 2009

Mantendo-se vivo no ministério –


Fevereiro/2007
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Fábio Ramos da Silva /por admin

“Existem homens que lutam um dia e são bons;


existem outros que lutam um ano e são melhores;
existem aqueles que lutam muitos anos
e são muito bons. Porém, existem
os que lutam toda a vida. Estes são
os imprescindíveis”.
Bertolt Brechet

“Agora, pois o Senhor me conservou em vida,


como falou; quarenta e cinco anos há desde que o Senhor
falou a Moisés, andando Israel ainda no deserto.
E já agora tenho oitenta e cinco anos de idade e ainda estou
tão forte como no dia em que Moisés me enviou;
qual era a minha força então, tal ainda é agora,
para a guerra, para sair e para entrar”.
Josué 14: 10-11

“Quando um homem de Deus desistir de algo que é de suma importância para sua
vida, pode ser o primeiro passo para uma série de sucessivas desistências no
decorrer da sua trajetória”.
Como trabalhar para que isso não aconteça? Como lutar para que os desafios que
tentam nos impedir de ver a ação de Deus no deserto não nos façam enterrar
nosso ministério e abandonar as promessas de Deus feitas a nós?

A Bíblia fala de um homem que desafiou os limites da idade e de tudo o que


poderia impedi-lo na conquista de um território prometido por Moisés. Esse
homem, chamado Calebe, “o cão de Deus”, nos deixa o exemplo de como
podemos nos manter vivos em nossos projetos e alvos, mesmo em meio às
muitas adversidades e às muitas limitações.

Com Calebe aprendemos


que não há sonhos impossíveis e nem espaço
de tempo que sejam capazes de fazer parar
um homem movido por propósitos e confiança em Deus

Porque os sonhos impossíveis são aqueles que nós perdemos em nossa mente e
coração com o passar do tempo.

Calebe estava dizendo que não há barreiras para os que vivem e caminham
respirando as promessas que Deus fez um dia. Às vezes tentamos desistir de
projetos que Deus colocou em nosso coração porque encontramos resistências
por parte das Igrejas, ou por parte de pessoas que estão ao nosso lado. E, ao invés
de procurarmos mudar o quadro da nossa vida e marcar a história do lugar onde
Deus nos plantou, aceitamos ser tomados por um sentimento de derrota e
mediocridade.

Isso ocorreu porque esperávamos que tudo acontecesse como num passe de
mágica. Por exemplo, que a Igreja iria explodir em números de imediato, quando
às vezes ocorreu o contrário. Mas Deus não nos deixa esquecer de suas
promessas e, nesses momentos, nós não podemos deixar de continuar, ou seja, de
levar o povo a respirar essas promessas.

Já pensou quantas batalhas Josué venceu? Quantos territórios conquistou para


outros homens? Quantas rebeliões presenciou? Quantos iam morrendo ao seu
lado na caminhada? Mas, com certeza, algo o manteve vivo durante todos
aqueles anos: a esperança de chegar à terra que Moisés prometeu. Nós,
igualmente, precisamos manter bem vivos em nossa memória os propósitos de
Deus e suas promessas. E saber que não é impossível conquistá-las.

Quer se manter vivo no ministério? Apegue-se às promessas que Deus lhe fez um
dia!

Com Calebe aprendemos


que a verdadeira vitória consiste em gastar
a vida pela causa que abraçamos

Foram muitos anos. Eu fico imaginando Calebe esperando o momento de pisar


na terra que seria sua. Vendo a conquista dos outros e fazendo parte delas,
lutando por elas. Vivendo aquele intervalo entre a promessa e a bênção (sempre
mais difícil), quando vem o desânimo pela demora. Mas no seu coração algo
dizia: a minha hora vai chegar!

É assim a nossa luta diária para conseguir o que esperamos. Gastar-se. Como a
história daquele violinista que estava tocando esplendidamente o seu violino,
quando uma mulher lhe disse que daria tudo para tocar como ele, ao que ele
respondeu que foi isso que ele fez: deu a sua vida para tocar daquele jeito. Gastar
a vida é entregar-se à causa pela qual estamos lutando, mesmo que pareça difícil.
Fazer de tudo por aquele objetivo. Viver em função do cumprimento do alvo.

Você estaria disposto a gastar sua vida não somente por programações, mas por
pessoas? Para isso Deus nos chamou.

Lembro de ter lido a história de dois homens que pertenciam ao grupo dos
moravianos, fundado pelo conde Nicolau Van Zinzendorf. Esse grupo tornou-se
um dos maiores movimentos de intercessão do mundo. Eles abriam mapas dos
países e intercediam sobre eles. Esses dois jovens pegaram o mapa da África e
começaram a orar para que o Senhor os levasse até o lugar certo para
evangelizar. Caiu a sorte numa ilha onde não se podia pregar o evangelho. Como
chegar lá? Eles se venderam como escravos e foram em direção à África. E,
quando o navio estava deixando o porto, eles disseram a frase que se tornou o
lema do movimento: “O sacrifício de Jesus é digno”.
Neste momento me vêm à memória nossas reuniões com o grupo de missões do
seminário. Quantas vezes fiz a oração citando o lema do grupo, que era baseado
na Segunda Carta do apóstolo Paulo aos Coríntios, capítulo doze, versículo
quinze, onde diz: “Eu de muito boa vontade gastarei e me deixarei gastar em prol
das vossas almas, ainda que amando cada vez mais, seja menos amado”. É isso.

Abraçar a causa do Mestre é um desafio cansativo. Mas é a causa que abraçamos.


Votos e projetos ministeriais não podem ser esquecidos devido ao cansaço. É
necessário manter-se firme, porque o sacrifício pelo Senhor justifica tudo o que
temos feito. Gaste-se por isso!

Quer seja a sua uma grande Igreja, quer seja uma pequena Igreja. Ou, quem sabe,
você se reúna numa casa ou numa tenda. Parece que vai ser além das suas forças.
Mas saiba de uma coisa: “o sacrifício de Jesus justifica o que você tem feito”.
Mesmo que pareça não haver resultado, ou que pareça que ninguém esteja vendo.
Volte a respirar as promessas de Deus para a sua vida! Lute pelo cumprimento
delas. Gaste a sua vida por elas. Porque, ao final, você vai ver que valeu a pena!

…………………………….

Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de 2007

Enfrentando a vida com a visão de Deus –


Abril/2007
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Fábio Ramos da Silva /por admin

Parece que até Salomão


perdeu o ar da graça
quando a indignação
tomou conta de seu coração

Todos já tiveram aquele dia de não ter disposição nem mesmo para enfrentar a
vida, quando a vontade foi de ficar na cama, quando um mau humor o deixou
impaciente com as pessoas e com tudo. Essa é uma realidade na vida do homem,
principalmente quando passa por momentos críticos.
Salomão ensina que o estudo da Bíblia produz uma visão consciente e construtiva
a respeito da realidade. Ler Eclesiastes 3: 1-15 sem o devido estudo pode parecer
que Salomão estava passando por um dia daqueles e que perdeu o ar da graça.
Parece que a indignação tomou conta do seu coração. Assim, a vida narrada na
perspectiva de Salomão é totalmente sem sentido, depressiva.

Os primeiros versículos dão a impressão de que os acontecimentos vão surgindo


sem muita razão e as únicas coisas que restam são explicações simples e
racionais para tudo. Ora se nasce, ora se morre, ora se edifica, ora se destrói, ora
se ri, ora se chora. Como se tudo passasse pela vida sem sentido algum.

Para o homem sem Deus, pode ser assim mesmo porque ele é vazio. No entanto,
o verso 11 mostra a vida com uma visão consciente e construtiva a respeito da
realidade: “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo”. Salomão ensina muito
a respeito da vida. Este texto e o estudo da Bíblia mostram como viver melhor.

Salomão ensina que os acontecimentos da vida não são uniformes, não são
iguais. Nem todos, hoje, têm motivos para sorrir. Para alguns, hoje está sendo
tempo de edificar, de plantar e de se alegrar. Tempo onde as coisas não poderiam
estar melhores. Para outros, está sendo tempo de destruir e de arrancar o que
plantaram durante a vida inteira: desistem de sonhos, desfazem de bens para
sobreviver e assim por diante. Há aqueles que estão no tempo de insatisfação nas
mais diversas áreas ou momentos de dor, e até de morte.

É difícil entender o momento que o ser humano está passando, porém: “as dores
da nossa história não tiram a beleza da vida por si só” (anônimo). Nesses
momentos, é preciso entender que as dores e dissabores não alteram o agir de
Deus. Depois de alinhar tantos elementos contraditórios, Salomão complementa
que Deus fez formosos os mínimos detalhes da vida, da família, do lar, da igreja
e assim por diante.

Salomão ensina que o ser humano precisa aprender a existir com discernimento,
sabedoria e entendimento. Ensina a buscar sabedoria para viver os
acontecimentos ao seu tempo. A grande dificuldade do homem é aprender a viver
a experiência certa no tempo certo. É impressionante como ele sempre vive
desajustado, fora do tempo com os filhos, com o cônjuge, com Deus, com tudo.
Constantemente, as pessoas se lamentam: “se eu soubesse que os filhos cresciam
tão rapidamente, teria aproveitado mais tempo com eles, enquanto ainda estavam
no meu controle”. Muitas vezes, o ser humano lamenta por algo que não volta
mais. Por isso, é necessário aprender a viver com discernimento. Muitas pessoas
amam na hora errada e, por isso, se separam na hora em que não queriam. Não
aprendem a sorrir na hora certa e, por isso, choram na hora errada. Não
discernem a hora de abraçar e, por isso, se afastam quando não queriam.

Finalizando, a maioria das pessoas não tem discernimento algum para existir e
apenas passam pela vida. Não sabem quando edificar ou quando parar. Quando
abraçar ou quando se afastar. Às vezes antecipam, outras vezes atrasam.
Precisamos aprender a viver cada fato no seu tempo certo. A vida é uma dádiva
de Deus. Precisamos aprender a fazer algo de bom com ela e aproveitar o
máximo daquilo que Deus nos tem dado. Corra para aproveitar o tempo de Deus
para você.

…………………………….

Fonte: Jornal Aleluia de abril de 2007

A boa notícia do céu para você – Abril/2015


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Fábio Ramos da Silva /por admin

Resiliência, uma graça à disposição de todos


– Abril/2009
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

O termo ‘resiliência’ pertence à física,


ou seja, é a propriedade que alguns corpos
apresentam de retornar à forma original ou normal
após terem sido submetidos a uma
deformação elástica.

“O rio atinge seus objetivos


porque aprendeu a contornar
os obstáculos”. (André Luiz)
No sentido figurado, resiliência seria a capacidade de se recobrar facilmente ou
de se afastar das mudanças indesejáveis. Neste sentido, para os especialistas em
comportamento humano, este termo se aplica ou se molda às pessoas que
possuem um alto grau de capacidade para retornar ou dar a volta por cima às
situações anteriores (ou originais), quando são vítimas de grandes investidas ou
adversidades.

Ser resiliente é ter a capacidade de recomeçar ou começar tudo de novo, depois


de sofrer algum dano na vida, seja ele material, físico, ou espiritual. Resiliência é
uma graça de que todos precisamos e que está à nossa disposição. Não há como
negar esta verdade, pois a provação ou a tentação é, incondicionalmente, fator
inerente ao Cristianismo, porque todos estamos sujeitos às intempéries da vida.

Quem nunca foi nocauteado, ou passou por um sério problema, como, por
exemplo: uma doença repentina, a perda do emprego, a falência de um negócio, a
morte de alguém muito próximo, um golpe na vida espiritual, o trauma de um
sequestro ou de um acidente, o rompimento do casamento que durava anos, de
uma amizade muito forte, ou, ainda, a reprovação no vestibular ou em algum
teste? Verdade é que a vida nos proporciona muitas surpresas, e nem todas
agradáveis.

Portanto, ser resiliente constitui-se num desafio constante para qualquer pessoa,
seja ela cristã ou não-cristã. Assim, gostaria de convidar o leitor a uma reflexão
sobre a graça (bênção) da resiliência, fundamentada no contexto das palavras do
apóstolo Paulo, escritas aos Romanos 12: 12: “Alegrai-vos na esperança, sede
pacientes na tribulação, perseverai na oração”.

Alegria na esperança

Parece simples, mas a esperança é o ingrediente número um que possibilita à


pessoa nocauteada por algum acontecimento traiçoeiro retornar à condição de
voltar ao seu estado normal de vida: ¨Alegrai-vos na esperança¨. Quer dizer, ela
seria como um choque elétrico emitido por um desfibrilador em alguém que
sofreu parada cardíaca.

Neste caso, a esperança é a carga elétrica que reativa o processo de respiração do


paciente. Se não fosse a esperança, Jó, que viveu, aproximadamente, 2000 anos
aC., jamais conseguiria dar a volta por cima, quando, em pouco tempo, perdeu
todos os seus bens (casa, fazenda, gado), e, inclusive, a própria família, Jó 1-1-
15.

No entanto, diante de todas as catástrofes ambientais, materiais e espirituais,


ainda teve força para exclamar: ¨Porque eu sei que o meu redentor vive e que por
fim se levantará sobre a terra¨, Jó 19: 25. Ao final, Jó recebeu em dobro tudo o
que havia perdido, 42: 10-17. Alegrar-se na esperança é ter a certeza de que a
luta e o fracasso não são o fim, mas o começo de uma nova etapa.

Certa feita, perguntaram a Henry Ford: o que é um fracasso? Com voz lúcida e
segura, respondeu: “um fracasso é apenas a ocasião de começar uma nova
tentativa com mais sabedoria”. Qualquer pessoa está sujeita a algum tipo de
insucesso na vida, porque não raro as coisas acontecem ou são como não se
imagina.

É nessa hora que a graça ou a bênção da resiliência se manifesta pela força dos
olhos da esperança, afirmando que dias melhores virão e que o sinal verde vai
aparecer no fim do túnel. Com Jesus, não há dúvidas de que somos mais do que
vencedores (resilientes), porque o justo, ainda morrendo, tem esperança, Pv 14:
32 e Rm 8: 37.

Paciência nos desafios

Paciência é um dos segredos para vencer qualquer obstáculo. Todavia, há de se


considerar que é, também, uma dificuldade de todos, pois a síndrome da pressa,
que é o mal do século, tem roubado do ser humano esta bênção. Quando o
apóstolo diz que precisamos ser pacientes na tribulação, pode-se dizer que a
capacidade de alguém dar a volta por cima a uma situação constrangedora vai
exigir da pessoa uma personalidade firme e pacienciosa.

O apóstolo Tiago, ao exortar sobre a paciência, usa a figura do lavrador para


ilustrar a importância desta virtude: ¨Eis que o lavrador espera o precioso fruto da
terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e últimas chuvas¨,
5: 7. Então, se o objetivo de quem busca se restabelecer de alguma situação
adversa é a retomada de novas iniciativas, é preciso fortalecer o coração com a
paciência, v. 8.
Apesar de tudo que ocorreu em sua vida e família, Jó conseguiu voltar ao
primeiro estado ou à normalidade do dia-a-dia, porque foi paciente na tribulação:
¨Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu…¨, Tg.
5: 11. Nada, em hipótese alguma, segundo os ensinamentos bíblicos, é
impossível para quem persiste firme frente aos desafios. Há um ditado francês
que diz que “a paciência é amarga, mas o seu fruto, doce”.

Portanto, as coisas difíceis podem levar muito tempo para ser alcançadas, pois o
impossível pode demorar um pouco mais. Thomas Edson afirmou: “a nossa
maior franqueza reside em que temos a tendência de abandonar. A maneira mais
segura para conseguir atingir os objetivos é: tentar uma vez mais”. Como diz o
refrão de uma das músicas do cantor Armando Filho: “Uma vez, outra vez, vai
em frente, tenta um pouco mais. Quem sabe hoje aqui, angústias vão ter fim. E
gozarás perfeita paz”. Tente novamente!

Persistência na devoção

Falar em oração é falar em devoção de vida com Deus. É relacionar-se com Deus
no dia-a-dia. Não há como sobreviver no mundo espiritual sem a prática do
princípio da oração. Na parábola do juiz iníquo, em Lucas 18: 1-11, Jesus deixou
bem claro que para a oração se tornar um discurso convincente diante Deus, é
preciso orar sempre (perseverar) sem nunca esmorecer, v. 1.

Para isto, seria extremamente necessário um padrão equilibrado na vida de


devoção (oração) a Deus, pois Paulo afirma este conceito teológico: “…
perseverai em oração”. A oração é a mola mestra deste processo. Uma pessoa
movida pela fé e oração é impulsionada a tomar iniciativas, adquirindo, assim,
uma postura de coragem e motivação frente à luta.

Ana, serva fiel do Deus altíssimo, para vencer a multidão de seus cuidados e o
desgosto que amargurava a sua alma, e que abatia profundamente o seu
semblante, deixando-o totalmente triste, 1Sm 1: 16, 18 e 19, só conseguiu dar a
volta por cima e chegar ao estado normal de mãe (pois era estéril e Deus lhe deu
um filho), porque persistiu na comunhão e serviço a Deus: “…perseverando ela
em orar perante o Senhor”, 1Sm 1: 11.
A verdadeira devoção a Deus consiste numa constante batalha, porque “os
vencedores das batalhas da vida são homens perseverantes que, sem se julgaram
gênios, convenceram-se de que só pela perseverança no esforço podem chegar ao
almejado fim”, (Emerson, 1803-1882). Por isso, quem desiste da batalha jamais
faz história, mas quem persevera escreve a história. Seja, portanto, autor de sua
própria história.

Para concluir

Desafio você a refletir sobre isto: não desistir nunca, ou seja, “quando as coisas
derem errado como, às vezes, acontece; quando a estrada na qual você caminha
com dificuldade parece íngreme demais; quando os fundos estão baixos e as
dívidas altas, e você quer sorrir, mas tem de suspirar; quando o cuidado o
pressiona um pouco para baixo, descanse, se precisar, mas não desista, pois a
vida é esquisita com suas idas e vindas.

Como cada um de nós, às vezes, aprende, e muitos fracassos ocorrem, quando se


poderia ter vencido se tivesse resistido. O sucesso é apenas o fracasso virado ao
avesso, a tinta preta das nuvens da dúvida. […] Portanto, aferre-se à luta quando
receber o golpe mais duro. Quando as coisas parecerem piores é que você não
deve, em hipótese alguma, desistir¨! (autor anônimo). Por tudo isso, seja sempre
resiliente em seus projetos e empreendimentos!

…………………..

Fonte: Jornal Aleluia de outubro de 2003

O Natal cristão – Dezembro/1995


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

Que é mesmo o Natal?


Festas, presentes, compras, viagens,
encontros familiares?

O cristão deve ter em mente que o Natal


tem um sentido não apenas humano,
mas profundamente
espiritual. É o que podemos aprender
a partir do registro feito por Mateus
sobre o nascimento de Jesus.

Mateus 2: 1-12

Estamos no mês natalino. Apesar de não ser a data correta, pois não se sabe ao
certo em que dia o Senhor Jesus nasceu, até porque não há uma data específica
registrada na Bíblia, o dia 25 de dezembro, tradicionalmente, é considerado o dia
do seu nascimento.

Por isso, é um dia comemorado e festejado por todos. Para muitos, Natal é um
dia especial em que pessoas viajam para rever parentes e amigos. Para outros,
Natal é promover festas, é uma oportunidade para se deixar extravasar os desejos
da carne. Para uma criança, é uma data desejada e esperada com muita ansiedade
para se ganhar presentes.

Talvez, para muitos, o Natal seja um momento do ano em que as famílias se


reúnem para se alegrar e agradecer a Deus por mais um ano que se passou. Para
os empresários e comerciantes, é um dos eventos festivos do ano que abre o
maior espaço para vendas em todos os aspectos.

Na verdade, o Natal que a humanidade comemora tem pouco a ver com o


nascimento de Jesus. Biblicamente, Ele nasceu um dia em Belém da Judeia. Seu
nascimento foi singular, simples e humilde. Em Belém nasceu Jesus, a parte
humana, a carne do verbo, as vestimentas de carne e ossos com as quais o verbo
se cobriu para que pudéssemos ver a sua glória, Jo 1: 1-3.

E para o cristão, o que é mesmo Natal? Festas, presentes, compras, viagens,


encontros familiares, etc. O cristão deve ter em mente que Natal para ele tem um
sentido profundamente espiritual, e não apenas um sentido humano. Vejamos,
então, o que podemos aprender a respeito do Natal cristão, a partir do registro
feito por Mateus sobre o nascimento de Jesus, em Mt 2: 1-1?

Natal é uma busca


constante do verdadeiro Jesus
Os magos que vieram do Oriente perguntaram: onde está aquele que é nascido rei
dos judeus? Sendo eles incumbidos pelo rei Herodes a respeito do menino Jesus,
v. 8, partiram em busca do recém-nascido, Vv. 1 e 9.

Eles empreenderam uma longa viagem para encontrar-se com o desejado das
nações. Natal é, portanto, exatamente isso: uma busca constante do verdadeiro
Jesus. Hoje, muitos o buscam de três maneiras distintas:

a) Buscam o Jesus que não é verdadeiro, de maneira errada: os sacerdotes e os


levitas que foram enviados pelos judeus perguntaram a João Batista: Quem és tu?
Eles buscavam o Jesus verdadeiro, mas João Batista não o era, Jo 1: 19-20.

b) Buscam o Jesus verdadeiro de maneira errada: em Lucas 2: 48 e 49, seus pais


o buscam em lugares em que Ele não estava presente. Buscavam o Jesus
verdadeiro, mas não o encontraram onde fora procurado.

c) Buscam o Jesus verdadeiro de maneira verdadeira: os magos fizeram isso e o


encontraram com a sua mãe, Mt 1: 11. Nossas irmãs, Maria Madalena, Joana e
Maria foram surpreendidas quando os anjos lhes disseram: por que buscais entre
os mortos quem está vivo?

Graças a Deus porque o Jesus a quem servimos é verdadeiro e está nos céus, à
destra do Pai. Devemos buscá-lo de todo o nosso coração, Mt 7: 7, enquanto
podemos encontrá-lo, Is 55: 6.

Natal é uma adoração


constante ao verdadeiro Jesus

Os magos, guiados pela estrela que tinham visto no Oriente, chegaram à casa de
Maria, mãe de Jesus, encontraram o menino, e, prostrando-se, o adoraram. Um
dos propósitos dessa longa viagem era adorar a Jesus: viemos a adorá-lo, v. 2.

A adoração verdadeira é um dos aspectos relevantes do Natal. Ou seja, não existe


Natal sem o compromisso de adorar o menino (Rei) Jesus. Portanto, Natal sem
adoração ao Deus Trino e Uno não é Natal. Nesse sentido, todos os dias podem
ser Natal, pois todo o dia podemos adorá-lo em Espírito e em verdade, Jo 4: 24.
Porém, não é bem assim que acontece em nossos dias. O mundo comemora o
nascimento de Jesus com bebedeiras, festas, etc. Este é o tipo de Natal sem
sentido, sem valor, sem espiritualidade e sem aceitação divina, porque não alegra
o coração de Deus.

O Natal cristão precisa ser uma constante adoração ao verdadeiro Jesus, que vive
e reina para todo o sempre. É ir à igreja não por um hábito, ou por mero costume,
ou para ver alguém, mas para adorá-lo com um coração preparado, Sl 108: 1.

Por isso, todo culto, quando o adorador se comporta diante de Deus com
adoração verdadeira, pode-se dizer que é dia de Natal, pois Jesus está sendo
reverenciado como o Deus-Filho.

Natal é abrir o coração


e oferecer presentes a Jesus

Os magos, depois de buscarem o menino Jesus, encontrando-o, adoraram-no.


Então, abrindo seus tesouros, apresentaram-lhe presentes, tais como: ouro,
incenso e mirra, v. 11. Vejamos o que isto pode simbolizar para o cristão:

a) Ouro: metal precioso, amarelo e brilhante. Simboliza a realeza de Jesus, ou


seja, sua dignidade de Rei. Ele nasceu como rei. Ele é o Rei da glória, Sl 24. Uns
o conhecem como um simples homem que marcou a História. Nós o
reconhecemos e adoramos como Rei dos reis e Senhor dos senhores.

b) Incenso: resina aromática que se queimava na antiga dispensação. Isto pode


simbolizar o lado divino de Jesus. Nesse aspecto, os magos estavam
reconhecendo Jesus como Filho de Deus. Quando o cristão aceita a divindade de
Jesus, ele está abrindo seus tesouros e dando presentes a Jesus.

c) Mirra: resina odorífera, medicinal, produzida pelo “balsamodendron”.


Analisando o texto de forma abrangente, nesse caso, mirra poderá simbolizar
sacrifício. Talvez seja o sacrifício que eles (os magos) empreenderam na longa
jornada para ver a criança recém-nascida.

Um dos maiores presentes que podemos dar a Cristo é a nossa vida como
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional, Rm 12: 1.
Portanto, abramos nossos tesouros, nossos corações e apresentemos ao Senhor
Jesus nossas dádivas. Ele merece. É Natal! Ele nasceu em nossas vidas, aleluia!

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Fonte: Jornal Aleluia de dezembro de 2008 – com adaptações feitas pelo autor

Matusalém: recordista mundial de


longevidade – Fevereiro/2012
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

No dia 25 de janeiro de 2012,


a IPRB deu adeus a mais um de seus
ícones fundadores, o Pr. José Fernandes
Pedrosa, conhecido por quase todos
como pastor Pedrosa, o Patriarca-mor.
Seu exemplo, sua personalidade e seu jeito
de falar, quando o assunto era a contribuição
das igrejas, permanecerão para sempre em nosso meio.

“E foram todos os dias de Pedrosa


noventa e três anos, e morreu”.

Matusalém foi o personagem bíblico mais longevo, desde a criação do mundo. Se


fosse hoje, receberia o prêmio de recordista mundial de vida. Ele viveu todos os
juros e correção monetária que a vida lhe ofereceu. Seu nome, em hebraico quer
dizer “homem armado” ou homem preparado, o que nos dá a ideia de que ele era
uma pessoa disposta e bem preparada para a vida.

Interessante que todos os patriarcas, de Adão a Noé, viveram séculos e mais


séculos, no entanto o “homem armado” não foi ultrapassado por nenhum deles. O
único que esteve mais próximo foi Noé, seu neto, filho de Lameque, que morreu
aos 950 anos, após cumprir o chamado específico do Senhor, na construção da
Arca, Gênesis 9: 29.

Diante desta realidade, fica claro que Deus nos criou para uma vida longa. No
entanto, todos morreremos um dia, assim como Adão, Matusalém, Noé, Moisés e
tantos outros na atualidade. A vida é para ser desfrutada, conquanto que seja a
serviço de Deus e orientada pelos princípios bíblicos. Sem ele, nele e para ele,
tudo se torna em vão. Com isso, vejamos algumas lições:

Uma vida curta ou longa sem Deus


torna-se inútil diante das riquezas celestiais

O próprio Jesus, que morreu na cruz para garantir a vida eterna à humanidade,
afirmou que seus seguidores não devem ajuntar tesouros nesta terra, mas nos
céus, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam
nem roubam, Mateus 6: 20.

Por isso, viver muito ou pouco na dimensão terrena, sem nenhum compromisso
com Deus, pode custar uma eternidade sem Ele, João 5: 25. Certa feita, falando
sobre a responsabilidade daqueles que o seguem, Jesus não se hesitou em dizer:
“que aproveita o homem ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma?

Ou que darão ao homem em recompensa a sua alma? Ou seja, toda riqueza nesta
terra sem Deus é inútil ou incomparável às riquezas celestiais. Pensar nas coisas
que são lá de cima, e não nas que são da terra, foi sempre o grande desafio dos
cristãos, Colossenses 3: 2.

Uma vida curta ou longa a serviço de Deus


torna-se valiosa diante dos bens
materiais deste mundo

O que significa uma vida a serviço de Deus? Que recompensas receberão os


salvos em Cristo pela folha de serviços prestados a Deus nesta terra? Penso que
estas duas perguntas devem inquietar o leitor e levá-lo a uma reflexão.

Digo isto porque vivemos em mundo capitalista em que tudo gira em torno do
dinheiro, do lucro e dos bens materiais, onde predominam os mais fortes e
poderosos. À igreja compete verdadeiro comprometimento com o Reino de Deus.

Diante disso, afirmar que uma vida curta ou longa a serviço de Deus seria aquela
que não está presa ou voltada para os bens e prazeres do mundo. Uma vida
comprometida com Deus e não com o homem; uma vida de inteira
responsabilidade a favor do “ide” do Senhor Jesus, Mateus 16: 15.
O apóstolo Paulo deixa evidente, em 1 Coríntios 15: 58, que os serviços
prestados a Deus nesta terra são valiosos e têm uma recompensa diante de tudo
aquilo que o mundo oferece.

Uma vida curta ou longa nesta terra


exige preparo para se encontrar com Deus

Para Deus não importa se o homem vai viver pouco ou muito nesta terra. Se ele
possui pouco ou muito dinheiro; se realiza pequenos ou grandes
empreendimentos, a ponto de se tornar famoso, como Steve Jobs, Michael
Jackson e tantos outros. Não importa a cor, raça, tribo ou nação. Todos provarão
a morte, Hebreus 9: 27, e muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão um
dia, “… uns para a vida eterna, outros para vergonha e desprezo eterno, Daniel
12: 2.

O que fazer para se encontrar com Deus na eternidade? O preparo para esse
momento é necessário. Na parábola do rico insensato e descompromissado com
Deus, que possuía muitas empresas, bens e dinheiro, um dia disse: “Alma, tens
em depósito muitos bens, para muitos anos, descansa, come, bebe e folga”. Mas
Deus lhe disse: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado,
para quem será?”, Lucas 12: 20.

Deus criou o homem para viver eternamente; viver é uma dádiva divina
concedida a todos. Mas o pecado entrou no mundo e com ele a morte, limitando
assim a vida do ser humano, Gênesis 2: 16 e 17. Mas, em Jesus, o homem
pecador pode readquirir o direito de viver para sempre, pois com ele está a vida
eterna: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está
em seu filho”, João 5: 11.

Concluindo, gostaria de fazer uso das palavras do grande evangelista D. L.


Moody, ao se referir à convicção na vida eterna:

“Se alguma vez vos disserem que Moody está morto, não o creiais! Apenas que
subiu mais acima! Deixou esta velha casa de barro para entrar em uma casa
imortal, um corpo que não pode ser afetado pela morte, nem contaminado pelo
pecado, um corpo feito à imagem do glorioso corpo do Senhor!”
…………………..

Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de 2012, edição 371, página 5

Marcas da fé não fingida – Junho/2000


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

O apóstolo Paulo ensina sobre a fé


como um dos elementos básicos da doutrina
cristã no processo da salvação,
e que precisa ser conservada diante de quaisquer
dificuldades que surjam.

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo,


pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele
que nele crê; primeiro do judeu, e também do grego”.

Romanos 1: 16

Tendo conhecimento das falsas doutrinas pregadas por aqueles que se faziam de
cristãos, ou achavam que eram os melhores e os mais sinceros dentre os crentes
(1Timóteo 1: 3, 4 e 7), como acontece hoje, o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo,
seu filho na fé, cartas, para instruí-lo e encorajá-lo quanto aos assuntos práticos
como a adoração pública, as qualificações dos oficiais da igreja, e a confrontação
do ensino falso na importante igreja de Éfeso, 1Timóteo 1: 18.

Como herdeiro de uma fé não fingida, isto é, sua experiência de conversão não se
assemelhava ao papel de um ator que precisa fingir para se apresentar (sentido
original da palavra empregada nesses versos) seu testemunho não tinha qualquer
mácula de hipocrisia. Isso tornara a vida cristã desse jovem pastor pura e
genuína. E, em meio aos falsos ensinos, Paulo recomenda-lhe para permanecer
naquilo que aprendeu, 2Tm 3: 14.

No contexto geral de suas cartas a Timóteo, Paulo está falando sobre a fé como
um dos elementos básicos da doutrina cristã no processo da salvação, e que
precisa ser conservada diante das dificuldades surgidas (1Tm 1: 19). Sua ênfase é
a necessidade de uma conduta cristã sem demagogia, uma vida cristã ilibada,
comprometida com Deus, prática, autêntica e fiel aos princípios da Bíblia
Sagrada. E é exatamente isso que é preciso para que o cristianismo pregado
sobreviva.

Talvez seria importante que o leitor pensasse seriamente sobre isso e tentasse
descobrir o que o apóstolo está querendo dizer sobre a fé não fingida. Ou quais
seriam as lições de vida cristã que ele queria passar à igreja de ontem e hoje. Para
isso, gostaria de ajudá-lo e convidá-lo para, juntos, analisarmos, pelo menos, três
marcas ou aspectos da fé não fingida.

Presença de expectativa

Seria a esperança cristã fundada em supostos direitos, probabilidades ou


promessas bíblicas. Se existe algo que o diabo tenta fazer a todo instante é apagar
do coração do cristão a esperança ou expectação de que fatos inexistentes podem
acontecer pela fé, Hb 11: 1.

A igreja primitiva viveu essa experiência. Seus primeiros dias foram marcados
por muita perseguição; os crentes e pastores eram presos e martirizados. Tiago já
havia sido morto, à espada, e Pedro aguardava o momento da morte na prisão
(Atos 12: 1-25). Mas a igreja orava incessantemente por ele a Deus, vv. 6 e 12.
Enquanto a igreja orava, O anjo de Deus visitou Pedro na prisão, e disse:
“Levanta-te depressa” (v. 7). Pedro é milagrosamente solto e, em seguida, dirige-
se à casa de Maria, onde a igreja estava reunida (v. 12). Quando chegou a casa,
ele bateu à porta do pátio, e uma criada chamada Rode saiu a atender, e vendo
que era Pedro, não conteve a alegria, e disse que Pedro estava à porta, Vv. 13 e
14. Ninguém acreditou nesse fato, até o momento que viram-no, e se espantaram
com a realidade, vv. 15 e 16. Teriam esses irmãos se esquecido de que estavam
orando para que Deus libertasse a Pedro da prisão, ou faltaram-lhes a presença da
expectativa cristã?

Aprendemos com essa história que a vida cristã sem a esperança seria o
cristianismo sem objetivo, sem finalidade ou sem rumo. Se você está orando por
libertação, acredite na libertação vinda de Deus; se você está orando por cura,
acredite na cura que Deus fará; se você está orando para Deus abrir as portas,
acredite na intervenção de Deus; se você está orando por um avivamento,
acredite no derramar genuíno do Espírito Santo. É preciso fé nas promessas da
Bíblia Sagrada, especialmente naquelas que falam da volta de Jesus. Alguém
disse que precisamos viver o dia de hoje como se Cristo voltasse amanhã. Ele é a
nossa esperança – MARANATA, Cl 1: 27.

Uso da perspicácia

Uma pessoa perspicaz é aquela que vê bem; que observa de maneira penetrante
ou cuidadosa; pessoa dotada de agudez de espírito, cautelosa ou prudente, 1Jo 4:
1. Quando Jesus enviou os discípulos para anunciarem o reino de Deus entre os
gentios e curarem os enfermos e os leprosos, ressuscitarem os mortos e
expulsarem os demônios, recomendou-lhes perspicácia: “Eu vos envio como
ovelhas no meio de lobos: Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples
como as pombas”, Mt 10: 16.

Uma passagem que pode nos ajudar a compreender melhor esse fato é a de Atos
17. Paulo e Silas pregavam na cidade de Bereia (v. 10). As pessoas recebiam de
bom coração a palavra, de modo que muitos naqueles dias acreditavam naquilo
que ouviam (v. 12). Mas nem por isso eles deixaram de ter o cuidado de conferir
nas Escrituras se o que estavam ouvindo e aprendendo era assim mesmo (v. 11).
Ou seja, eles tiveram a prudência de examinar nas Escrituras o que os pastores
pregavam na sinagoga. Eram pessoas de uma agudez de espírito muito profunda.
Não é incredulidade examinar o que se ouve ou que se lê.

No sermão profético (Mateus 24), falando sobre os acontecimentos dos últimos


dias, Jesus também adverte sobre os perigos que precederão à sua volta, e
recomenda essa virtude: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane”, v. 4. Jesus
está dizendo que é preciso utilizar o filtro da prudência, e manter-se firme nos
princípios da Palavra de Deus.

Ação da persuasão

Em sua declaração de fé, o apóstolo Paulo deixa evidente que ele era um cristão
persuadido por Deus, quando disse: “…eu sei em que quem tenho crido, e estou
certo (no original – persuadido ou convencido) de que ele é poderoso para
guardar o meu depósito até aquele dia” (2Tm 1: 12). Ele sabia em quem havia
depositado sua crença, pois sua declaração era fruto de uma fé experimental ou
pessoal. Isso nos leva a relembrar sua experiência de conversão na estrada de
Damasco (Atos 9). Uma vez convertido ou transformado por Deus, nunca mais
precisou passar pelo processo de conversão, ainda que tenha ficado três anos no
deserto da Arábia antes de fazer missões (Gl 1: 17 e 18).

Um fato comum e natural na vida cristã são certos problemas ou erros


apresentados, que podem levar a fé cristã a ficar debilitada (sem força). E, então,
é nesse momento que o cristão poderá questionar e duvidar daquilo que Cristo
fez por ele no ato da conversão, ou até mesmo questionar o perdão dos pecados
que já foram confessados e perdoados. Vale ressaltar que as circunstâncias
adversas surgidas neste mundo fazem parte de nosso estado mortal e de nossa
experiência humana. Não estamos isentos nem mesmo do fracasso ao pecado,
1Co 10: 12.

Na verdade, há crentes que nunca tiveram uma experiência de conversão, e nem


sabem por que estão na igreja; aqueles que cantam e louvam ao Senhor, mas não
sabem por que cantam e nem para quem cantam; pessoas que vivem dentro das
igrejas e que nunca passaram pelo processo da regeneração; vivem a vida cristã
como se ela terminasse aqui na terra. Leia o que Paulo fala sobre isso, 1Co 15:
19. Gente que não está persuadida de nada, nem mesmo de que Jesus perdoou
seus pecados. A esses, a Bíblia ordena: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos,
para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos de
refrigério pela presença do Senhor ”, Atos 3: 19.

Conclusão

Em qualquer circunstância, eis o grande desafio à igreja do Senhor:

“De fato, a concorrência salta aos olhos. De todo lado há alguém clamando: Eis
aqui o Cristo, na minha igreja, na minha denominação, no meu credo. Todavia,
não perca Jesus de vista!

De fato, a apostasia é impressionante. Muitos dos seus discípulos o abandonaram.


Entram pela porta da frente e saem pela porta dos fundos. Todavia, não perca
Jesus de vista!
De fato, há muitos hipócritas dentro das igrejas. Eles desfiguram o rosto para
parecer que jejuam, dizem uma coisa e fazem outra, mostram-se belos por fora e
escondem a sujeira interior. Todavia, não perca Jesus de vista!

De fato, as igrejas cristãs se transformaram em empresas, em clube de serviço,


em ponto de encontro, em salão de festa, em restaurante, em lugar de fofoca.
Todavia, não perca Jesus de vista!

De fato, há pastores que negam a divindade de Jesus, o nascimento virginal de


Jesus, a morte expiatória de Jesus, os milagres de Jesus e a ressurreição de Jesus.
Todavia, não perca Jesus de vista!

De fato, o diabo anda solto. Ele se transforma em anjo de luz e engana a muitos.
Ele ainda seduz, mente e ruge como leão. Põe loucura no coração do homem e
lhe faz propostas absurdas. Todavia, não perca Jesus de vista!

Não perca Jesus de vista, porque ele é de fato o Cristo, o Filho do Deus vivo Ele
tem de fato toda autoridade no céu e na terra; ele é a ressurreição e a vida; ele
pode abrir os sete selos e dar sequência a história; ele aparecerá segunda vez em
poder e glória e reinará por séculos que tombam sobre séculos numa eterna
sucessão” (Revista Ultimato 235, pág. 3).

…………………..

Fonte: Jornal Aleluia de junho de 2000

Evangelização urbana nos moldes de Jesus


– Junho/2004
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

Um dos fatores determinantes no processo


de crescimento de uma igreja
é o tipo de evangelização por ela realizado.
Evangelização é o ato, é a ação
de comunicar o evangelho.

Um autor afirmou: “evangelizar é um mendigo


dizer a outro mendigo onde conseguir alimento”.
Segundo os entendidos, “nunca, em dois mil anos,
foi tão fácil evangelizar. Nunca foi tão fácil
levar pessoas à conversão e à fé cristã.
Porém, a igreja precisa usar
a metodologia adequada”.

Os missiólogos afirmam que não pode haver nenhum esquema uniforme de


evangelização. O que está dando certo em uma determinada igreja não quer dizer
que dará certo noutra. Assim, pode-se dizer que o trabalho de evangelização
urbana executado pela igreja nunca será ou estará completo. Nesse sentido,
haverá sempre necessidade de descobrir as realidades desconhecidas e repensar
os métodos, técnicas e estratégias utilizadas nesse processo.

O cenário urbano registrado pelo evangelista João é um protótipo ou um modelo


de evangelização urbana que funciona. Jesus havia deixado a Judeia, ao Sul, e
seguido para a Galileia, ao Norte, quando sentiu que era necessário passar por
Samaria, cidade que ficava entre as duas regiões, v. 4. Ao meio-dia, junto ao
poço de Jacó, na cidade de Sicar, travou um longo diálogo com uma mulher
samaritana que viera buscar água. E como resultado de sua estada nesse lugar,
muitas pessoas foram ter com ele, para ouvir a palavra de Deus, v. 30.

O evangelismo pessoal aplicado por Jesus foi dinâmico e transformador. A


pecadora de Samaria ficou convencida de seus pecados e tornou-se uma
testemunha de Jesus. Dentre os diversos aspectos bíblico-dogmáticos vistos neste
texto na atitude evangelizadora nos moldes de Jesus, destacaremos alguns deles.

Práxis da necessidade – v. 4

O texto diz que “era-lhe necessário passar por Samaria”. Está evidente que ele foi
movido por uma intuição própria. Quer dizer: ninguém lhe disse nada, mas a
página da história de uma mulher seria escrita a partir do momento em que ele
pressentiu que era necessário fazer essa traje-tória, ainda que a rota normal dos
judeus fosse dar a volta, seguindo o vale do Rio Jordão para o Norte, até a
Galileia.

Podemos chamar este fato de práxis da necessidade ou da compaixão. Mas o que


é práxis? Seria a “ação criativa e transformadora do povo de Deus na história,
acompanhada de um processo profético e da reflexão crítica que objetiva tornar a
obediência cristã ainda mais efetiva”. Em outras palavras, é ação da igreja em
atenção à necessidade alheia – especial-mente do pecador.

A Bíblia ensina que Jesus andou na práxis da compaixão e do amor. Ele sentia a
necessidade do povo. A história de muita gente foi escrita por suas atitudes
criativas e práticas. Certa ocasião ele olhou para uma multidão e sentiu grande
compaixão por ela: “E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de
íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos”, Mt 14: 14. Se a igreja
quer que sua evangelização urbana seja autêntica e transformadora, Jesus dá a
receita: “Te-nho compaixão desta gente”, Mt 15: 32. Sim, não há como
evangelizar sem sentir que é necessário passar pelas samarias atuais. Este pré-
requisito leva a igreja a perceber que a história de milhares de pessoas que vivem
sem Jesus precisa ser mudada.

Mudança de paradigma – v. 9

Judeus e samaritanos não se falavam em hipótese alguma. Era uma rixa antiga.
“Os judeus chegavam ao extremo de desencorajar a tentativa de fazer prosélitos
dentre os samaritanos […]”. O pedido de Jesus: “dá-me de beber”, deve ter sido
considerado pela mulher como uma atitude tolerante, pois, de imediato, ela
respondeu: “Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher
samaritana”. Tanto é que a conversa delongou e o plano de salvação foi exposto
por Jesus.

No entanto, esse incidente contrariava o comportamento judeu-samaritano


(porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos), vv. 7 e 9. Na
verdade, o comportamento ético-cristão de Jesus fala claramente de mudança ou
alteração de paradigma. Uma cena desta hoje seria, provavelmente, manchete de
capa de revista ou jornal. Ou, na perspectiva religioso-evangélica, mereceria
disciplina ou castigo. Porém, o interessante para Jesus não era manter a tradição
de uma religião, mas cumprir com a missão de seu Pai e favorecer ao Reino de
Deus, Lc 19: 10.

O paradigma “explica como é o mundo e nos ajuda a predizer seu


comportamento. É a forma como você percebe esse mundo. Por exemplo: ele está
para você da mesma forma como a água está para o peixe. O peixe não sabe que
está dentro dela até que o tirem para fora”. Isto se aplica à vida cristã. Às vezes,
diga-se de passagem, certos conceitos dependem do paradigma. A maneira como
se interpreta uma situação é, às vezes, relativa e pode ser até mesmo,
individualista. Porém, Jesus foi além das circunstâncias do relativismo ou
individualismo. Ele precisava passar por Samaria, para evangelizar uma
pecadora.

Contexto urbano – v. 18

O contexto diz respeito à cultura – aos valores, ideias e sentimentos – de um


determinado povo. Também diz respeito às classes sociais, à religião ou religiões.
O contexto revela quais são as características que são próprias de uma
determinada cidade. Isto ensina que evangelização e contexto precisam andar de
mãos dadas. Então, para se usar um determinado tipo de técnica ou método na
evangelização é preciso conhecer o contexto, o ambiente em que se vai trabalhar.

Neste caso, Jesus conhecia o contexto da cidade de Sicar. Ele conhecia o modo
de vida desse povo. Foi em razão disso que em sua conversa com a Samaritana,
ele quer usar o método indutivo, ou seja, ele começou a conversação partindo do
particular para o geral – do problema pessoal para a solução. Os argumentos
usados por ele foram tão convincentes que a mulher abriu-lhe o coração: “vai,
chama o teu marido e vem cá. A mulher respondeu: não tenho marido. Disse-lhe
Jesus: disseste bem: Não tenho marido, porque tiveste cinco e o que tens agora
não é o teu marido”, vv. 18 e 19.

A igreja precisa conhecer o contexto urbano ou onde se localiza. Saber quais os


tipos de pessoas existentes na cidade. Quais as suas preferências e necessidades
básicas. Identificar os focos de convergência da juventude, pois “Deus chama a
igreja para o seu contexto particular, como um instrumento da sua graça e
salvação, desenvolvendo e realizando a missão como um processo criativo e
transformador”.

Por fim, vale dizer que a evangelização urbana da igreja nos moldes de Jesus não
tem nada a ver com a inovação e comprometimento com os padrões de uma
sociedade, mas, simplesmente, com a integridade e contextualização de sua
mensagem no cumprimento de sua missão cristã, Mc 16: 15.

………………….

Fonte: Jornal Aleluia, junho de 2004

Criança: vida que nos ensina –


Outubro/1996
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

Chegando o dia 12 de outubro,


o mundo adulto se lembra de que
as crianças existem.

Há bonitos discursos, o comércio tira


seu proveito, movimentam-se as escolas.

Também a igreja, que tem a responsabilidade de ensinar


às crianças os preceitos do Senhor,
estabelece programas especiais.

Gosto de crianças. Entre outras razões,


porque elas têm muito a nos ensinar.
Analise comigo algumas qualidades
que lhes são peculiares
e veja que grandes lições podem resultar
para a vida cristã.

Em toda a Bíblia há referências às crianças. Destacam-se as exortações sobre o


cuidado que se deve ter em ensiná-las: “Ensina a criança no caminho em que
deve andar, e quando envelhecer não se desviará dele”. Pv 22: 6.

Ao tempo do Antigo Testamento, as crianças já mantinham comunhão com Deus.


Ainda que não fossem conscientes deste fato, elas gozavam da proteção divina.
Deus ouviu a voz de Israel quando ainda era criança, Gn 21: 17. Poupou a vida
do menino Moisés na ocasião em que o Faraó mandou matar todas as crianças do
sexo masculino, Êx 2. Samuel era ainda pequeno quando ouviu a voz de Deus e
recebeu o seu chamado para o ministério profético e sacerdotal, 1Sm 3.

O Novo Testamento afirma que Jesus dispensava atenção e empregava tempo


para atender as crianças: “Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais”,
Mt 19: 14.

Não se pode imaginar a quantidade de lições morais e espirituais que extraímos


da vida de uma criança. Dentre as muitas, veremos algumas que são preciosas
para a vida do cristão. O texto de Marcos 9:33-37 nos traz algumas delas.

Humildade

Jesus e seus discípulos estavam se dirigindo a Cafarnaum. No caminho, houve


uma discussão entre os discípulos, sobre quem seria o maior. Jesus chamou os
doze, e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o último e servo de
todos”, v. 35. Seu ensino foi reforçado quando Ele disse: “Aquele que se tornar
humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus”, Mt 18: 4. Jesus
estava ensinando que a grandeza no reino de Deus é o serviço humilde.

Ninguém discorda de que a criança em si é símbolo de humildade e simplicidade.


Sua maneira de ser fala claramente sobre isto. Uma criança nunca procura ser
maior, ou melhor, mas ser o que é: criança.

A vida cristã deve ser marcada por essa qualidade que é tão recomendada pela
Bíblia Sagrada. Humildade é uma virtude com que manifestamos o sentimento da
nossa fraqueza ou de nosso pouco ou nenhum mérito, e que faz parte de uma
personalidade cristã sólida. Ela deve manifesta-se de maneira voluntária e
constante em nossas atitudes, mantendo-nos numa posição de menor: “… cada
um considere os outros superiores a si mesmo”, Fp 2: 3.

Não se identifica uma pessoa humilde pela sua maneira de falar, vestir, etc. Isto
não vem ao caso. Tampouco se pode dizer que uma pessoa bem vestida não seja
humilde. De ambos os lados pode haver engano, tanto de uma falsa humildade
como de uma aparente arrogância. “É necessário que Cristo cresça, e que eu
diminua”, Jo 3: 30.

Perdão
Ainda falando os discípulos sobre quem seria maior no reino dos céus, Jesus
disse: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes
como crianças, de modo algum entrarão no reino dos céus”, Mt 18: 3.

“Tornardes como crianças” – o que venha a ser isso? Não quer dizer que temos
que nascer de novo, isto seria impossível, Jo 3: 4-5. Jesus está se referindo ao
sentimento de perdão que existe em uma criança. De sua maneira de ser ou
proceder quando é atingida, castigada ou rejeitada, perdoando com facilidade e
naturalidade.

Quando uma criança é repreendida pelos pais ou por outra pessoa, ela chora, fica
brava, mais logo volta a agir naturalmente. Não fica com ódio e mantém a mesma
amizade e carinho de filho. Até mesmo quando há brigas entre elas, o espírito de
perdão sempre prevalece. No momento de um desacerto, uma bate e quebra o
brinquedo da outra, chora. Mas, dali a pouco, tudo fica bem. Parece que não
aconteceu nada. A verdade é que a criança sabe perdoar, e com ela precisamos
aprender.

Jesus tem razão em dizer que precisamos nos tornar como crianças para
entrarmos no reino dos céus. Há situações na vida cristã em que este ensino de
Jesus precisa ser vivenciado. A união, o amor, a compreensão e a comunhão no
meio da igreja dependem de nossas atitudes.

E às vezes precisamos fazer como as crianças fazem entre si. É claro que Deus
não quer que sejamos crianças espiritualmente, mas cristãos que tenham o
sentimento de perdão. Há uma frase que diz: “Aquele que não sabe perdoar
destrói com as próprias mãos a ponte sobre a qual um dia terá de passar”. De
fato, o caminho para o perdão é doloroso, mas quando ele é concedido, constrói-
se uma ponte que servirá no amanhã.

Há pessoas doentes, infelizes ou amarguradas porque remoem fatos que


ocorreram a anos em sua vida e não foram acertados. São feridas abertas.

Jesus estava transmitindo alguns ensinos éticos cristãos, quando lhe trouxeram
algumas crianças para que Ele as abençoasse. Os discípulos não concordaram,
mas Jesus disse: “Deixai vir a mim os pequeninos, pois dos tais é o reino dos
céus”, Mt 19:13 -15.
Será que podemos extrair alguma lição desse quadro quando as crianças estavam
ao redor de Jesus? Claro que sim! O ambiente era o mais saudável possível, pois
onde há criança o lugar é alegre e movimentado. Criança é sempre assim: alegre,
feliz. Alguém disse que “o inferno é triste porque lá não há crianças”. Elas são o
sorriso de Deus para nós.

É natural presenciar a alegria no rosto de uma criança, independente da


circunstância em que ela se encontra. Não há tempo ruim, problema, crise ou
dificuldade para ela. A criança não quer nem saber se amanhã vai chover ou fazer
sol. Ela só pensa em brincar, divertir e aproveitar a vida. Para ela, tudo é festa, é
só alegria.

Jesus fala que devemos nos tornar como crianças. É evidente que não seria levar
a vida na base de brincadeira, sem pensar em nada, à semelhança de uma criança.
Devemos aplicar isso ao nosso relacionamento, e estabelecer um padrão de vida
pautado na honestidade, sinceridade, fidelidade e responsabilidade.

No entanto, podemos ser como as crianças, que independem das circunstâncias


para viverem alegres. A alegria é um verdadeiro bálsamo para a vida. Uma
pessoa triste não tem ânimo pra realizar suas atividades. Ela pode até perder o
sentido de viver. A alegria vinda de Deus é força, Ne 8: 10.

Que Deus nos ajude a sermos verdadeiramente como crianças, não num
comportamento de infantilidade, mas readquirindo seus traços característicos,
que fomos perdendo ao longo dos anos. Eles nos ensinam e nos capacitam a
sermos verdadeiros cidadãos dos céus.

Pureza

Criança exala pureza. Ela não tem maldade naquilo que faz ou recebe. O grau e
pureza existente na vida de uma criança é algo incalculável. Tornar-se como ela é
tornar-se puro, é adquirir o senso de pureza que nela existe. É receber aquela
capacidade que expressa uma vida limpa. É exatamente isto que Jesus quer nos
ensinar.

Esta é uma das tônicas da Igreja que é candidata ao céu. Em sua oração
sacerdotal, Jesus orou pedindo para que ela fosse pura e unida, Jo 17. Pureza e
unidade caminham juntas, são coirmãs. A igreja que vive dentro do padrão de
santidade, logicamente tem que ser uma igreja unida. Não se separa santidade de
unidade ou vice-versa. Jesus disse que o mundo haveria de crer Nele, quando a
sua igreja fosse pura e unida, Jo 17: 23.

A igreja precisar tornar-se como uma criança para entrar no reino dos céus,
despojando-se de toda imundície, pois o céu é lugar de pessoas puras. Os
impuros não herdarão o reino de Deus, 1Co 6: 9 e Hb 4: 12. Deus sempre desejou
que o seu povo fosse separado e diferente. Foi para isto que Ele chamou Abraão e
escolheu Israel. Mesmo depois de entrar na terra prometida, Deus exigiu pureza
dessa nação, Lv 20: 7

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Fonte: Jornal Aleluia 202, de outubro de 1996

As vestes de Jesus – Outubro/1995


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

Os soldados rasgaram as vestes de Jesus.


Essas nada simbolizavam porque glória, majestade,
divindade e poder são as vestes espirituais
de Jesus.

“E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes,


lançando sortes, para que se cumprisse o que foi dito
pelo profeta: Repartiram entre si as minhas vestes,
e sobre a minha túnica lançaram sortes”

Mateus 27: 35

Nossas vestes falam de distinção social,


autoridade, costumes, pudor, respeito, etc.
Biblicamente, elas simbolizam proteção.
Gn 3: 10.

O texto de Mateus fala sobre “as vestes de Jesus”. Parece ser um tema polêmico e
de difícil interpretação. No entanto, observe com atenção que, no momento em
que Jesus morria pela humanidade na cruz do Calvário, os soldados tiraram as
vestes dele e as repartiram entre si.

Fazendo uma aplicação, veremos que não tem sido diferente nos dias de hoje,
pois estão tirando e repartindo as vestes de Jesus, ou seja, estão distorcendo as
doutrinas cristológicas, ferindo os princípios bíblicos, distanciando muitos da fé
cristã ou deixando-os no caminho da dúvida.

Vejamos com que vestes espirituais o Senhor Jesus está protegido e como isso
pode ajudar-nos a compreender que Ele é Deus, a segunda pessoa da Trindade.
Isto nos convida a uma profunda, consciente e atual reflexão.

A veste de glória e majestade

No Antigo Testamento, Deus manifesta sua presença no meio de seu povo


através de sua glória. Moisés rogou a Deus que lhe mostrasse sua glória, Êx 33:
18. O profeta Ezequiel presenciou a glória do Senhor saindo do templo, cap. 10,
e, mais tarde, presenciou a glória voltando ao tempo, cap. 34. Era a presença de
Deus retornando à sua habitação.

No Novo Testamento, Deus manifesta sua presença ao homem na pessoa de


Jesus. Ele é a glória de Deus que veio habitar em nosso meio, Jo 1: 14.

Para que a glória de Deus fosse revelada ao homem foi necessário que Jesus
morresse, depois de sepultado, descesse às partes mais baixas da terra e
ressuscitasse ao terceiro dia com corpo glorificado, subindo acima de todos os
céus, para cumprir todas as coisas, Ef 4: 8 a 10.

Ele é o rei dos reis e Senhor dos senhores que está vestido de glória e majestade.
O salmista reconhece isto quando pergunta: “Quem é o rei da glória? O Senhor
dos exércitos, Ele é o Rei da glória”, Sl 24: 10. “Glória e majestade estão diante
d’Ele”, 1Cr. 16: 27. O texto de Apocalipse 5: 13 enaltece Jesus dizendo: “Ao que
está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro [Jesus] seja o louvor, e a honra e a
glória, e o poder para todo o sempre”.

A glória de Jesus expressa sua majestade que é grandeza própria dos reis.
“Grande é o Senhor [Jesus] e mui digno de louvor”, Sl 48: 1.
Pela sua majestade Ele nos oferece uma grande salvação: “Como escaparemos
nós se não atentarmos para uma tão grande salvação?”, Hb 2: 3. Por que grande?
Porque o Deus que a providenciou é grande: “Que Deus é tão grande como o
nosso Deus?”, reconhece o salmista; e como é grande o nosso pecado! Rm 3: 23.

Jesus veio como profeta, vive nos céus como sacerdote, e voltará em glória e
majestade como Rei dos reis e Senhor dos senhores para implantar o seu reinado
na terra, Ap. 17: 14.

A veste da divindade

Os profetas do Antigo Testamento falaram de Jesus como o Messias prometido, o


Emanuel, o Deus Forte, Pai da Eternidade e o Príncipe da Paz. Isaías profetizou o
seu nascimento, 9: 6. A Bíblia nos ensina que Jesus era verdadeiramente Deus e
verdadeiramente homem. Possuía duas naturezas: humana e divina.

Como homem, teve sua ascendência da linhagem de Davi, Mt. 1:1 e Rm 1:3,
sendo concebido por uma virgem por obra do Espírito Santo, Mt. 1:18 a 20.
Recebeu nomes humanos, Mc 6: 3, Lc. 19: 10. Era limitado, não podia estar em
Jericó e Nazaré ao mesmo tempo. Ele caminhou, sentiu fome, sede e cansaço, Jo
4: 6 e 7.

Como Deus, era ilimitado, estava em todos os lugares ao mesmo instante.


Conhecia os pensamentos e intenções do coração dos homens, Lc 5: 22; exerceu
autoridade sobre a natureza, Mt 8: 26, e recebeu nomes divinos, Mt. 16: 16 e Ap
1: 17.

Divindade é a veste que nos leva a crer e aceitá-lo como Deus. Nada pode
ofuscar essa verdade. Ele é o Deus Filho, segunda pessoa da Trindade.

Na matemática, a soma de um mais um são dois e, mais um, são três; na


multiplicação: uma vez uma é um, vezes um novamente é um. Na matemática
divina, a Trindade é assim: o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três e os três são
um.

Há aqueles que reconhecem Jesus como Filho de Deus, mas não como Deus.
Dizem que Ele foi um simples homem à semelhança de João Batista, Elias, ou
um dos profetas. Não reconhecê-lo como Deus seria proceder da mesma forma
como os soldados fizeram quando Ele estava na cruz do calvário, despindo-o e
repartindo suas vestes.

Ele, sendo Deus, conhece todas as necessidades do homem, até mesmo antes de
pedir-lhe alguma coisa, Porque Ele é Deus, Nele podemos confiar sem nenhuma
sombra de dúvida, Ef 3: 20.

A veste de poder

O homem sempre esteve prestando cultos a vários deuses, esquecendo-se de seu


verdadeiro Criador. Infelizmente cultuam a deuses criados pela sua fantasia e
estes, despidos de poder, nada podem fazer pela humanidade.

Jesus é Deus. Muitos pensam que Jesus, o Deus Filho, operou apenas no passado,
e não mais realiza milagres no presente. A Bíblia, entretanto, diz que Ele é o
mesmo ontem, hoje e eternamente, Hb 13: 8. Está presente conosco todos os dias,
Mt. 28: 20.

Poder é sua veste especial para curar os enfermos, libertar os oprimidos e quebrar
os grilhões de Satanás. Ele está protegido com essa veste: ”É-me dado todo o
poder no céu e na terra”, Mt. 28: 18. À sua igreja é concedido o direito de usá-la:
“Eu vos dei poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda força do inimigo, e
nada vos fará dano algum”, Lc 10: 19.

Em Marcos 5: 25 a 34, lemos a história de uma mulher que estava enferma há


doze anos e que havia utilizado todos os recursos da época para ser curada. Nada
adiantava; pelo contrário, o seu estado era cada vez pior, v. 26. chegou ao seu
conhecimento que Jesus passava pela sua cidade. Imediatamente procurou ver
Jesus. Dizia ela: “Se tão somente tocar nas suas vestes, sararei”, v. 28. Ela fez o
que disse; tocou na veste de Jesus e o milagre aconteceu: de Jesus saiu poder e a
hemorragia estancou-se instantaneamente, v. 29.

Na verdade a mulher tocou na veste física de Jesus, v. 31. No sentido espiritual,


pela fé, v. 34, tocou na veste de poder de Jesus. Ele é poderoso para curar, basta
tocar-lhe na sua veste de poder para receber a bênção almejada.

Por isso, devemos procurar a proteção nas vestes do poder de Jesus para
realizarmos sua obra e libertarmos os oprimidos e cativos pelo diabo.
Conclusão

Precisamos saber em quem estamos crendo. Este foi o grito de convicção do


apóstolo Paulo quando disse: “… Porque eu sei em quem tenho crido, e estou
certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia”, 2Tm 2:
12. Conhecê-lo através de experiências pessoais é uma necessidade para uma fé
inabalável, Salmo 125: 1.

Podemos adquirir esse conhecimento através da leitura e meditação da Palavra,


mantendo uma vida de oração e consagração, sendo aluno da Escola Bíblica
Dominical e nos empenhando em ganhar almas para o Reino de Deus, Mc 16: 15.

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Fonte: Jornal Aleluia, outubro de 1995

A Pedagogia dos sonhos – Dezembro/2007


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

Sonho é uma sequência de fenômenos


psíquicos constituídos de imagens,
representações, atos, ideias, etc., que,
involuntariamente, ocorrem durante o sono.

Outro sentido da palavra se refere


a um desejo veemente ou aspiração,
que pode ser traduzido por visão de futuro.

Neste aspecto, como ensinam


os palestrantes e pregadores, sonhar é pensar positivamente, é projetar o futuro,
é alçar voo na direção de objetivos
preestabelecidos.

Gênesis 37

José é símbolo de sonho. Ainda em casa de seus pais, já apresentava os traços de


uma personalidade firme, tolerante e amorosa. Entretanto, algo o destacava: era
tido por seus irmãos como “o sonhador”, por causa de suas visões de futuro que
lhe eram reveladas: “Lá vem o sonhador”, v. 19. Isso despertava em alguns deles
grande rejeição e até ódio, v. 5. Mal sabiam, porém, que o que sonhava recebera
de Deus. E o Senhor iria concretizar esses sonhos na sua história, tornando sua
vida sublime em todos os aspectos, a ponto de ser um meio para preservação da
própria família.

A admiração de seu pai, v. 3, sua projeção no Egito como pessoa temente a Deus
e como homem público de grande sucesso devem-se a diversos fatores
relacionados aos sonhos recebidos de Deus, Gn 41: 40. Somos admiradores de
José. Ninguém imagina o seu triunfo como resultado de um caminho ardiloso ou
de manobras político-religiosas.

No entanto, para que chegasse ao pódio de uma vida abençoada e aprovada por
Deus, foi necessário trilhar um caminho espinhoso, árduo e muito longo, cap. 45.
Seu triunfo não aconteceu por mágica e tampouco pelo virar da varinha de
condão. Tudo ocorreu segundo a vontade de Deus. José é fruto de uma vida
dirigida por Deus. Assim, destacaremos três pontos importantes quanto aos seus
sonhos, objetivando uma reflexão contextualizada.

Propósito definido

Viver os sonhos divinos para quê? Com quais propósitos? É interessante estudar
a Bíblia com vista aos propósitos de Deus. E isto está bem claro na vida de José.
Sua ascensão ao cargo de Primeiro Ministro no Egito não aconteceu apenas para
que seu ego fosse massageado. O propósito final de Deus era abençoar uma
família, uma nação e, consequentemente, toda a humanidade, 45: 7.

Deus tem um propósito em tudo. Até mesmo as provações que um cristão


enfrenta estão vinculadas ao beneplácito de Deus: “Todas as coisas cooperam
para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados pelo seu decreto”, Rm
12: 2. A Bíblia diz que Deus criou o homem para louvor de sua glória. Portanto,
tudo que aconteceu na vida de José era do consentimento de Deus.

Por isso, se os nossos sonhos, isto é, nossos desejos, ambições, alvos, etc. não
têm como propósito glorificar a Deus, acrescer o reino dos céus, contribuir com o
fraco ou necessitado, eles não passarão de pesadelos ou desejos efêmeros. Deus
quer nos conceder grandes dádivas e nos fazer prósperos em todos os sentidos,
mas desde que tenhamos um fim positivo proposto: “muitos são os planos do
coração do homem, mas é o propósito do senhor que permanecerá”, Pv 19: 21.

Preço a ser pago

Será que, se José soubesse que passaria por tudo quanto passou, ainda assim
desejaria ser fruto dos planos de Deus? Penso que sim, pois ele nos deixa
evidências a este respeito ao rejeitar, veementemente, propostas, aparentemente,
favoráveis e boas, Gn 39: 9. Entretanto, o sofrimento, a calúnia, a inveja, o
ciúme, o desprezo, a prisão não puderam ser impedimentos para que os
propósitos de Deus fossem cumpridos.

Os capítulos 37 a 48 deixam evidente que sua trajetória foi desafiadora e


dolorida. O sucesso de sua vida como cidadão e pessoa comprometida com Deus
custaram-lhe muitas lágrimas, inveja, solidão, assédio, perseguição, prisão,
humilhação, renúncia, perseverança e muitos outros males. O preço pago pelos
sonhos proféticos foi tão alto que os estudiosos o têm como personagem-tipo de
Jesus.

Muitos pregadores usam passagens, como a de José (Gn 37), para motivar seus
ouvintes a sonhar. Há até mesmo aqueles que afirmam: quem não sonha não
vence na vida. Sonhe alto! Não seja mesquinho! E por aí se vão as mais ufanistas
ex-pressões quanto aos sonhos. Mas, o que, na verdade, os pregadores deveriam
ensinar é que há um preço para quem quer sonhar. Precisam dizer que o sonhador
poderá ganhar muitos inimigos e que os altivos e invejosos procurarão a sua
alma.

Então, esse negócio de dizer que o crente tem de sonhar, mas não orientá-lo sobre
as implicações desse fenômeno cristão-espiritual é um perigo muito grande. José
sonhou, no entanto, por suas atitudes percebe-se que estava consciente das
adversidades que lhe sobrevinham de todos os lados.

Tempo a ser cumprido

Diz a Bíblia que “tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo o
propósito debaixo do céu”, Ec 3: 1. Os irmãos de José debochavam dele quando
ouviam contar seus sonhos. Mal sabiam que Deus tinha um tempo determinado
para fazê-los cumprir, 42: 7. O tempo (kairós) de Deus não está preso ao nosso
tempo (cronômetro). Deus tem o controle de tudo, pois é poderoso para fazer
tudo, muito mais abundantemente e além daquilo que pedimos ou pensamos,
segundo o poder que em nós opera, Ef 3: 20.

Os fatos foram acontecendo na vida de José. Ele estava com 17 anos quando teve
os primeiros sonhos. Era ainda um adolescente. Um moço sem experiência de
vida, mas consciente dos planos de Deus. Nem mesmo o seu pai ousou
questionar os mistérios divinos na vida de seu filho, v. 11. Quando foi tirado da
prisão para interpretar os sonhos do faraó, ele estava com 30 anos, Gn 41: 46.
Depois que Deus cumpriu todos os projetos em sua vida, José veio a falecer aos
110 anos, 50: 26.

Interessante que tudo foi acontecendo dentro do momento (kairós) de Deus. Nem
antes e nem depois. Ele faz tudo na hora certa, ou seja, de repente o Espírito
Santo é derramado, At 2; as portas se abrem, Ap 3: 7; o enfermo é curado, a
bravura do mar é acalmada, o incrédulo é salvo. Nada pode impedir que os
ponteiros do relógio de Deus marquem a hora de sua ação. Ele não está
condicionado ao nosso tempo, mas somos nós que estamos condicionados a
Deus. Descanse e aguarde o tempo determinado do cumprimento das promessas
divinas em sua vida.

Os sonhos vêm durante o sono (durante a vida). Ao acordar, a pessoa ainda está
com aquelas impressionantes imagens na mente. Então, vamos fazer uma
dinâmica. Experimente virar a palavra “acordar” de trás para frente: ficaria DAR-
COR-A. Percebeu o que aconteceu com essa inversão? “Dar-cor-a” significa que
a vida tem a cor com que a pintamos. De que cor você está colorindo sua vida?

Finalizando, há pessoas que acordam todos os dias, o que é normal, mas parece
que passam o dia ou a vida inteira dormindo. Sonhar é acordar para a vida e
procurar dar cor aos projetos e realizações de Deus em nossa vida. Acredite em
algo melhor que Deus tem para você. Mas não se esqueça de que os sonhos que
Deus nos dá têm um propósito definido, um preço a ser pago e um tempo
determinado a ser cumprido. Há um caminho longo a ser percorrido. Porém, não
desista! Aprenda, diariamente, com José.
………………….

Fonte: Jornal Aleluia, dezembro de 2007

A Pedagogia da perseverança – Abril/2008


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

“Os vencedores das batalhas


da vida são homens perseverantes que,
sem se julgarem gênios, convenceram-se
de que só pela perseverança
no esforço podem chegar
ao almejado fim”.
Emerson
(1803/1882)

Perseverança, paciência ou persistência são ingredientes indispensáveis em


qualquer tipo de empreendimento. Quem desiste não faz história, mas quem
persevera escreve a história.

A propósito disso, conta-se “a história relatada pelos chineses, de que um de seus


filósofos, durante os seus anos escolares, lançou os seus livros ao chão, certo de
que nunca poderia assenhorear-se deles. Certo dia, andando pela rua, encontrou
uma senhora que estava esfregando uma barra de ferro sobre uma pedra. Por que
está fazendo isto? Perguntou o estudante. Porque desejo obter uma agulha e
assim estou afinando esta barra até que fique em condições para coser. A lição da
paciência e perseverança não foi desprezada pelo jovem que tomou novamente
seus livros, dedicando-se a eles, tornou-se um dos maiores mestres chineses”.

A parábola contada por Jesus, em Lucas 18: 1-8, sobre o dever de orar sempre
sem jamais esmorecer ensina-nos que há situações da vida que podem parecer tão
pesadas ou longas como a tarefa de tornar uma barra de ferro em uma agulha.
Segundo o texto, havia, numa certa cidade, uma viúva, que enfrentava um
problema e que, por muitas vezes, procurou certo juiz para julgar sua causa.

A princípio o juiz nada fez por essa mulher, mas, devido a sua insistência ou
perseverança, o juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava os homens, decidiu
pelo deferimento de sua situação: “Como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe
justiça…”, v. 5.

O que está em evidência neste texto, entre muitas mensagens e lições, é o espírito
de perseverança que impulsionou a mulher a buscar a solução para a sua vida.
Assim como ela perseverou e venceu o obstáculo, Deus nos chama a uma vida de
perseverança e vitória em nosso dia-a-dia. Elas ocorrem em algumas áreas vitais.

Perseverança na oração

A necessidade de estar em constante oração está vinculada ou presa à


persistência. Quer dizer, não se concebe a oração sem a perseverança. Jesus
disse: “… orar sempre e nunca desanimar”, v. 1.

A Bíblia dá grande ênfase à oração, tanto no Antigo Testamento como no Novo


Testamento. A oração move o braço de Deus a favor de quem busca o Senhor em
constante oração: “… orai sem cessar”, 1Ts 5: 17. O mandamento bíblico é
alimentar a oração com perseverança: “… perseverai na oração”, Rm 12: 12.

Esta foi a experiência de vida do salmista: “Esperei com paciência no Senhor, e


ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”, Sl 40: 1. Ana perseverou em
oração e o Senhor concedeu-lhe um filho, 1 Sm 1: 12 e 27. Em certos momentos
da vida parece que Deus se esqueceu de nós, os céus são de bronze, etc., mas,
ainda assim, prevalece a teologia de Jesus: orar sempre e jamais abrir mão de
nossos sonhos ou projetos.

Perseverança no sofrimento

A viúva desejava que o juiz não somente pusesse fim a seu interminável
sofrimento, mas que, também, a libertasse das mãos de seu adversário: “Faze-me
justiça contra o meu adversário”, v. 3. Esta parábola tem recebido diversas
interpretações alegóricas, como, por exemplo, a que diz que a mulher é a igreja, o
adversário é Satanás.

Não vamos entrar nesse mérito, embora seja verdade que na vida todos temos um
adversário, isto é, um problema, um desafio, um imprevisto, etc., Então, neste
caso, o inimigo pode ser representado por qualquer situação adversa da vida.
A viúva não se intimidou com o sofrimento. Ficou firme até o fim, Ap 2: 10. É
na luta que o cristão precisa manter-se inabalável e glorificar a Deus: “Mas
também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz
perseverança, e a perseverança experiência, e a experiência, esperança. E a
esperança não traz confusão”, Rm 5: 2-5.

Todos sabemos que não existe vitória sem lutas ou sofrimento. E a perseverança
precisa fazer parte do estilo de vida de qualquer pessoa que quer vencer na vida:
“… sede pacientes na tribulação…”, Rm 12: 12. Tiago trata da paciência no
sofrimento: “Meus irmãos, tomai como exemplo de paciência os profetas que
falaram em nome do Senhor. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que
Deus lhe deu?”, Tg 5: 10-11.

Perseverança na justiça de Deus

O leitor é capaz de perceber como que Jesus convergiu todo foco de seu discurso
a um dos atributos de seu Pai? “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que
clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?”, v. 7.

Se o injusto juiz atendeu a pobre viúva, quanto mais Deus, cuja base de seu trono
é retidão e justiça, Sl 89: 14. Somente Deus é capaz de fazer justiça com retidão e
perfeição, porque Ele não pode ser subornado ou aliciado. Ele não faz acepção de
pessoas, At 10: 34.

Com Deus não tem nada de mensalão ou mensalinho, máfia das sanguessugas
e/ou das ambulâncias. Com Deus é ou não é, vai ou não vai. Para Ele o
importante não é o ter, mas o ser: Deus é a favor do necessitado – “Ele faz justiça
e julga a todos os oprimidos”, Sl 103: 6.

O homem falha, mas Deus permanece fiel em suas promessas, porque não pode
negar-se a si mesmo, 2Tm 2: 13. Ele é o Jeová Raah, que significa nosso pastor
Jo 10: 11; Jeová Jireh, nosso provedor, Gn 22: 8; Jeová Raphá, nossa cura, Êx
15: 26; Jeová Shalom, nossa paz, Jz 6: 24; o Jeová Shamá, nossa presença, Ez 11:
22; Jeová Nissi, nossa vitória, Êx 17: 15; e o Jeová Tsidkenu, nossa justiça, Jr 23:
6.
Esses nomes revelam a santidade, a majestade e o poder de Deus. Por isso, você
pode descansar na justiça de Deus, porque mais cedo ou mais tarde, Ele virá ao
encontro daquele que persevera, pois Deus não é injusto para ficar esquecido de
seu trabalho, Hb 6: 10.

A viúva da história relatada por Jesus não desistiu de seu objetivo, mas
perseverou e persuadiu o juiz iníquo a julgar o seu adversário. Cumpriu-se o que
diz Provérbios 25: 15: “Pela paciência se persuade um príncipe…”. Por isso,
construiu uma história de vida.

Para refletir e agir

Para concluir, reflita, com base nos ensinos desta palavra, a respeito da
experiência de vida de um homem que: faliu no comércio aos 31 anos de idade;
perdeu para deputado estadual aos 32 anos; faliu novamente no comércio aos 34
anos; aos 35 anos, sua esposa faleceu; teve colapso nervoso aos 36 anos; perdeu
para prefeito aos 38 anos; perdeu para deputado federal aos 43 anos; perdeu para
deputado estadual aos 46 anos; perdeu novamente para deputado federal aos 48
anos; perdeu para senador aos 55 anos; perdeu para vice-presidente aos 56 anos;
perdeu novamente para senador aos 58 anos; mas foi eleito presidente dos
Estados Unidos da América aos 60 anos.

Esse homem foi ABRAHAM LINCOLN, um dos heróis dos EUA, homenageado
nas notas de 5 dólares por suas virtudes.

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Fonte: Jornal Aleluia, abril de 2008

A Pedagogia da motivação bíblica –


Outubro/2003
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

Há momentos na vida cristã ou no ministério,


no trabalho ou nos estudos, na família
ou nos projetos particulares,
em que somos bombardeados
por uma vontade incrível de desistir de tudo.
De sumir, de morrer.

Em meio às aflições e desencorajamento,


precisamos conhecer um pouco
sobre o que vem a ser a motivação
e seus componentes.

Motivação são todos os elementos psicológicos que levam alguém a fazer alguma
coisa. Motivação (motivo em ação), segundo o dicionário Aurélio, é o conjunto
de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica,
intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta ou o
procedimento moral (bom ou mau) de um indivíduo. Geralmente esses motivos
são definidos como necessidades, desejos ou impulsos, oriundos do indivíduo,
que dirigem ou mantêm o comportamento voltado para o objetivo.

Para Abrahan Maslow, os motivos pelos quais agimos estão organizados em uma
hierarquia de necessidades que vão desde os inferiores até os superiores. Essa
hierarquia é composta das seguintes necessidades: fisiológicas (fome, sede, sono
e repouso), de segurança (estabilidade, ordem), de amor (família, amizade e
outras) de estima (auto-respeito, aprovação), de auto-realização
(desenvolvimento de capacidade).

De acordo com Falcão, em Psicologia da Aprendizagem, a motivação pode ser


intrínseca e extrínseca. Na primeira, o interesse reside na atividade em si
(desempenho estimulado pelo interesse na própria tarefa – processo interno). Na
extrínseca, a atividade é encarada como meio para alcançar outro objetivo,
através de fatores externos que provocam a motivação, como ponto-chave para se
alcançar o sucesso.

Há momentos na vida cristã ou no ministério, no trabalho ou nos estudos, na


família ou nos projetos particulares, em que somos bombardeados por uma
vontade incrível de desistir de tudo. De sumir, de morrer. Em meio às aflições e
desencorajamento, precisamos conhecer um pouco sobre o que vem a ser a
motivação e seus componentes.
Antes, porém, de Maslow, de Falcão, de Freud e tantos outros psicólogos
modernos, Jesus foi quem primeiro ensinou sobre esse assunto. Interessante, Ele
nunca estudou psicologia, mas como psicólogo por excelência conhece, por
completo, nossas emoções, sentimentos e intenções. Seu olhar clínico é capaz de
desvendar os segredos do coração do homem, dando solução para todas as
angústias e pavores de sua alma.

Certa feita, momentos antes de sua crucificação, Jesus dirigiu-se aos discípulos e
disse-lhes com voz forte e segura: daqui a mais alguns dias estarei partindo,
vocês ficarão sozinhos e terão muitos problemas. Lembrem-se: “No mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo (motivação), porque eu venci o mundo”, João 16:
33.

Jesus os adverte, mas, ao mesmo tempo, procura entusiasmá-los com palavras de


fé e coragem. Na verdade ele estava dizendo: vocês precisam estar cheios de
motivo. Vejamos que riqueza de ensinos encontramos no sentido dos verbos
contidos no discurso de Jesus.

Jesus previu nossas aflições

Isto pode ser visto em sua afirmação: “tereis aflições”. O mestre estava falando
sobre fatos concretos que, após sua partida, haveriam de suceder. Nesse caso,
previu a perseguição romana, a morte de Tiago à espada, At 12, a perseguição de
Saulo de Tarso contra a igreja do Senhor, At 9, o exilo de João na Ilha de Patmos,
Ap 1, e todas as lutas e dificuldades que a igreja haveria de enfrentar.

Então, quando Jesus disse aos seus discípulos e, consequentemente, àqueles que
haveriam de crer em seu nome, João 17: 20, que no mundo eles enfrentariam
perseguições, lutas, problemas, desafios, crises, doenças, etc., ele estava
preparando seus seguidores para esses momentos difíceis e tentando dizer que o
ministério ou a vida cristã não consistiria num mar de rosas, mas num ato de fé e
coragem, de abnegação e amor ao Senhor em meio às aflições.

Portanto, como homens e mulheres não precisamos nos atemorizar com os


problemas que nos afligem, mas estejamos conscientes de que tudo que
enfrentamos hoje já estava predito pelo Mestre antes de sua crucificação.
Jesus ordenou a motivação

A expressão “Tende bom ânimo” (o verbo está no imperativo) exprime uma


ordem, e não um conselho. Este ponto é fantástico. Vejo aqui a pedagogia da
motivação pregada por Jesus, porque estar animado é estar motivado por algo.

O triunfo de Jesus no calvário só aconteceu porque os motivos intrínsecos e


extrínsecos o impulsionaram a vencer o martírio da cruz. Sua maior motivação
foi trabalhar e fazer com prazer a vontade de seu Pai: “Meu pai trabalha até
agora, eu trabalho também”, Jo 5: 17.

Trabalhar com submissão e coragem era o forte de Jesus. E ele fazia isso movido
pelos objetivos propostos por Deus: Deixou o esplendor de sua glória,
simplesmente para fazer a vontade de Deus e viver entre nós.

Alguém disse que a melhor maneira de se motivar é motivar outrem. Parece que
essa mensagem está claramente implícita no discurso de Jesus. Não era ele quem
precisava de ânimo, de coragem, de fé e de determinação para morrer na cruz?
Então, o que ele faz? Procura motivar seus discípulos, encorajá-los para os
momentos ruins, a fim de que recebessem motivação.

Seria como se ele pegasse Pedro ou um dos seus apóstolos pelo braço, desse um
solavanco e falasse assim: Olha! Eu estou indo embora, mas nada de derrota,
nada de fracasso… Filho, tenha bom ânimo, esteja sempre motivado, porque eu
venci o mal. Como é bom saber que Jesus quer que estejamos motivados a cada
dia.

Não se desespere, não se estresse por qualquer razão, mas tenha sempre em
mente que uma pessoa motivada não desiste facilmente, porque possui em suas
mãos uma arma poderosa.

Jesus proclamou nossa vitória

Esse fato pode ser visto no último verbo que denota uma ação passada: “eu
venci”. Quer dizer: vós vencestes comigo a guerra do calvário; vós ressuscitastes
comigo ao terceiro dia; juntos descemos ao abismo e tomamos as chaves do
inferno das mãos de Satanás. Vencemos para sempre!
Jesus está dizendo: a vitória é sua… Erga a cabeça e prossiga em frente. Não
retroceda em momento algum. Eu, disse Jesus, já decretei o triunfo de minha
igreja ao vencer a morte. Levante-se, desprenda-se e tome posse dos remos e
navegue com fé e disposição.

O apóstolo Paulo ponderou os ensinos de Jesus a este respeito e confirmou a


realidade da vitória proclamada por ele, antes mesmo de sua morte na cruz:
“Bendito seja Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou (ação
passada) com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo
Jesus”, Ef 1: 3.

A bênção do triunfo sobre a nossa vida já está decretada por Jesus. Ele a
promulgou publicamente com o sangue vertido no calvário. Por isso, somos mais
que vencedores em Cristo Jesus, Rm 8: 37.

Para refletir e agir

Gostaria de encerrar com estas palavras: “Toda manhã, na África, uma gazela
acorda. Ela sabe que precisa correr mais rápido do que o mais rápido leão ou
morrerá. Toda manhã, na África, um leão acorda. Ele sabe que precisa ultrapassar
a velocidade da gazela mais lenta ou morrerá de fome. Não importa se você é um
leão ou uma gazela. Quando o sol nascer, é melhor você estar correndo.”

Em outras palavras, é melhor você estar lutando, trabalhando, estudando,


caminhando e prosseguindo em frente, a fim de que todos os seus sonhos sejam
concretizados. Seja sempre uma pessoa motivada!

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Fonte: Jornal Aleluia, outubro de 2003

A graça de envelhecer
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

A vida é um dom de Deus. Pobre de quem não sabe aprender com a sabedoria de
seus avós e das pessoas mais idosas. É neste contexto, de celebrar e recordar a
vida dos que são sinais de graça, que trazemos em nossa memória e em nosso
coração a vida dos 80 anos, que hoje celebramos, do nosso querido e admirado
pai, Sr. Pedro Mendes Dutra.

Como é bom e agradável participarmos de mais uma etapa vencida […]. Nem
todos envelhecem da mesma forma. Há até mesmo aqueles que nem gostam do
termo velho, porque é uma palavra que traz sentido pejorativo. Todavia, não são
todos que têm a graça de se tornarem velhos, porque velho é ser sobrevivente de
uma batalha, em que o cuidado da vida e a sabedoria de Deus foram armas que
fizeram possível celebrar, hoje, uma idade com saúde invejável por todos.

Quem não gostaria de chegar a esta etapa da vida, lúcido, tranqüilo, consciente e
amável? ¨Quem envelhece perde o viço, mas não perde o lustro; perde o brilho,
mas não perde o calor¨, assim é caracterizada a velhice. Precisamos aprender com
a sabedoria e com a fragilidade dos idosos, principalmente daqueles que deram a
vida pelo bem da vida de todos.

Envelhecer é uma graça que Deus reservou para aqueles que o amam e amam a
vida. Quantas jovens não sabem se guardar e preservar para o futuro.
Enveredaram pelos caminhos da morte e da destruição. Envelhecer é uma escolha
e muitos escolheram morrer cedo. Não tiveram a esperança, por isso
envelheceram e morreram jovens.

Obrigado, pai, pela esperança cultivada neste caminho de 80 anos de vida. A sua
alegria é a nossa alegria. A beleza de sua vida não está no brilho de sua pele e
nem de seus olhos, mas no testemunho e na fortaleza de luta e de fé que
permearam em cada passo do passado e iluminam os passos do futuro.

Que as palavras de Calebe sejam reais em sua vida: ¨Agora pois o Senhor me
conservou em vida […] Ainda estou tão forte como no dia em que Moisés me
enviou a Cades-Barneia […] Qual era a minha força então, tal ainda é agora, para
a guerra, para sair e para entrar¨, Js 14.

Que Deus o abençoe sempre, dando-lhe saúde, paz e muita esperança. Ao eterno
Deus, a nossa profunda gratidão por sua vida. Parabéns! De sua esposa, de seus
filhos (as), genros e noras, netos (as) e bisnetos (as), irmãos em Cristo, parentes e
amigos.
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Adaptado

Teologia do Evangelho – Maio/2011


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

Uma reflexão bíblico-teológica


sobre os pontos basilares
das boas-novas de salvação

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo,


pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele
que nele crê; primeiro do judeu, e também do grego”.
Romanos 1: 16.

Na literatura clássica, a palavra evangelho designava a recompensa dada pela


entrega de boas notícias. O evangelho não vem apenas em poder, mas é o próprio
poder de Deus. Paulo o reputa como um tesouro sagrado, 1 Timóteo 1: 11 e 15. O
termo evangelho provém do grego “evangelion”, que significa, literalmente,
“boas-novas”, Marcos 1: 1, 15 e 16: 15.

Para fins práticos, evangelho é o poder de Deus revelado no seu filho, Jesus
Cristo; é Deus fazendo missões culturais e transculturais, por meio de seu filho
unigênito, João 3: 16; é o verbo que se fez carne e habitou entre nós, João 1. É
próprio Jesus encarnado, que morreu e ressuscitou ao 3º dia para consumar a obra
da salvação.

O evangelho é o mais fascinante projeto de vida que Deus tem para oferecer à
humanidade perdida e condenada. Projeto que reconstrói lares, restaura vidas
arruinadas, reintegra o homem à sociedade e o conduz à vida eterna. Ele tem
transformado milhares e milhares de pessoas num acontecimento de vida, alegria
e esperança, e tem gerado os homens mais humanos da história, dos quais o
mundo não era digno.

Por amor e fidelidade ao evangelho de Cristo, homens foram apedrejados,


torturados, serrados, desamparados, afligidos, maltratados, tentados, injuriados,
mortos a fio da espada, Hebreus 11: 37 e 38. Sem o Evangelho não existiriam os
ex-viciados, ex-drogados ex-bandidos, ex-ladrões, ex-alcoólatras, ex-prostitutas,
ex-homossexuais, ex-feiticeiros, ex-assassinos, ex-mentirosos, ex-corruptos, ex-
condenados, etc.

Somos gratos a Deus pelo evangelho, que tem transformado o mais terrível
pecador numa nova criatura em Cristo Jesus, 2 Co 5: 17. Portanto, Evangelho não
é invenção humana nem tampouco um conto de fada, mas uma verdade
irrefutável, que não pode ser negada e que tem atravessado séculos e mais
séculos e chegado até nós.

O apóstolo Paulo, em seu tratado teológico, conforme Romanos 1: 16, trabalha,


de maneira bem didática, a riqueza teológica a respeito das verdades
incontestáveis sobre o poderoso Evangelho. Nesse tratado, ele pré-estabelece
alguns pontos que se tornaram básicos e relevantes para a fé cristã. Senão,
vejamos:

Sua origem: Deus

“… é o poder de Deus…”. É importante destacar que o evangelho tem sua


origem em Deus, ou seja, ele nasceu no coração de Deus e é tão antigo, se assim
podemos dizer, quanto o pecado, Gn 3: 15. Paulo já inicia a carta aos Romanos,
capítulo 1.1, afirmando que foi separado para o evangelho de Deus: “Paulo, servo
de Jesus Cristo, separado para o evangelho de Deus”.

Evangelho não é algo inventado por algum erudito, nem algo descoberto por
algum professor de Teologia. É fato bendito da revelação de Deus. Por isso, a
igreja é obra genuína do Evangelho de Deus. Ela, como corpo de Cristo e não
como instituição eclesiástica, mas de pessoas lavadas e redimidas pelo sangue de
Jesus, só existe por causa do evangelho.

Portanto, ele não é presbiteriano, assembleiano, batista, metodista, pentecostal


nem tampouco histórico. As boas-novas de salvação são obra exclusiva de Deus.
Sua marca e patente estão registradas nos céus. Não pertencem a nenhuma
empresa ou igreja privada. Pelo contrário, à igreja Deus confiou a tarefa de levar
o evangelho a toda à criatura, mas não o direito de se apoderar dele, a ponto de
querer gerenciá-lo.
Sua força: o poder

“… é o poder…”. Jesus disse: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o


Espírito Santo…”, Atos 1: 8. A palavra poder é, no original, “dynamis”. Dela se
derivam três outras na Língua Portuguesa: a) Dinamite, que é um explosivo. O
crente cheio do poder do Espírito destrói todas as fortalezas do diabo. B)
Dínamo, gerador de energia. O crente cheio do poder do Espírito Santo é um
gerador de energia espiritual.

Jesus disse certa feita: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior
fluirão rios de águas vivas”, João 7: 38. c) Dinâmico, que se traduz por
movimento, capacidade, eficácia. Em outras palavras, o crente cheio do poder do
Espírito Santo é ativo, disposto e enfrenta qualquer desafio no trabalho do
Senhor. A Bíblia recomenda que sejamos cheios do Espírito: “… mas enchei-vos
do Espírito Santo”, Efésios 5: 18.

Sabem por que as portas do inferno não prevalecem contra a Igreja? Porque ela é
movida pelo poder do Espírito Santo, Mateus 16: 18, Atos 1: 8. Nos tempos
primitivos o império romano tentou impedir a progresso da igreja, mas não
conseguiu. Na idade média ou idade das trevas (séculos V a XV) houve grandes
investidas contra a igreja, mas nada pôde detê-la. Ainda hoje, muitas são as
investidas de Satanás, mas ela é mais do que vencedora, Romanos 8: 37.

Sua prioridade: a salvação

“… para salvação…”. É importante relembrar que o evangelho nasceu no


coração de Deus, e nasceu com um propósito definido por seu criador: trazer
salvação ao homem perdido: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o
que se havia perdido”, Lucas 19: 10. Não há dúvidas de que a prioridade é a
salvação da humanidade. Tudo que fugir desse contexto não é bíblico, mas
humano.

Portanto, cremos no Jesus (evangelho) que cura, soluciona problemas, derrama


bênçãos sobre o seu, dá prosperidade espiritual e material, abre portas e faz tudo
o que for necessário para os que nele confiam. Tudo isso é bom e bíblico, mas
não se constitui na essência do objetivo primeiro do evangelho, que é
proporcionar ao pecador a vida eterna. Por isso, a igreja não pode perder o
sentido dessa verdade.

Os pregadores da atualidade precisam expor a mensagem do arrependimento e da


fé, elementos essenciais no processo da conversão. O arrependimento para
remissão de pecados foi a contundente mensagem pregada por João Batista no
deserto, por Jesus, por ocasião de seu ministério na terra, pelos os discípulos e
pelo apóstolo Paulo: “Arrependei-vos e crede no evangelho”. Há de se considerar
que o discurso teológico (evangelho) precisa ser contextualizado, mas não pode
perder sua essência e beleza bíblica e ungida.

Sua extensão: o mundo

O texto diz: “… de todo aquele…”. Isso nos leva a pensar na universalidade ou


expansão das boas novas de salvação, ou seja, o evangelho não nasceu apenas
para os judeus, mas para todo aquele que crer em Jesus, primeiro do judeu e
também do grego, João 1: 11. Na Grande Comissão, Jesus disse: “Portanto, ide e
fazei discípulos de todas as nações…”, Mateus 28: 19. Ele ainda ordenou: “E este
evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim”, Mateus 24: 14.

Vale ressaltar que o termo nações neste texto não se refere, necessariamente, às
nações politicamente organizadas, mas às etnias ou povos. Uma etnia, por
exemplo, é um grupo (povo) que se distingue de outro grupo humano por sua
língua e cultura distintas, isto é, costumes, crenças, valores. No Brasil, por
exemplo, existem, além dos indígenas, muitas etnias formadas por imigrantes. Os
povos da janela 10×40 são etnias que precisam ser alcançadas. Pregar o
evangelho a todas as etnias é a missão que Deus incumbiu à igreja na face da
terra.

Por isso, não há limites para se pregar o evangelho. Efésios 3: 18 fala das
dimensões ou do alcance do evangelho (amor) de Deus: largura: todas as nações
e classes de pessoas; extensão: todos os tempos; altura: sua divindade e
onipotência; profundidade: a ação poderosa do evangelho, que desce ao abismo
do pecado e tira de lá o mais vil pecador. O apóstolo João contemplou em sua
visão uma grande multidão (etnias) que fora alcançada pelo evangelho de Deus:
“… vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações,
tribos, povos e línguas, que estavam diante do torno, e do cordeiro…”,
Apocalipse 7: 9.

Sua condição: a fé

Aqui está o ponto final do tratado teológico do apóstolo Paulo: “… aquele que
crê…”. Observe bem o leitor que a única coisa que o pecador precisa fazer para
receber o evangelho da salvação é ter fé em Jesus. No verso 17, o apóstolo
autentica sua teologia ao afirmar: “Por que nele se descobre a justiça de Deus de
fé em fé. Como está escrito: mas o justo viverá da fé”. Crer é a porta de recepção
ao evangelho. Para receber as boas novas da salvação e mudar de vida não é
preciso ter dinheiro, status, posição, fazer boas obras, etc.

Mas é preciso tão-somente crer que Jesus é capaz de transformar a humanidade


perdida. O interessante é que ele tem, de fato, alcançado todos os tipos de
pessoas e todas elas praticam o mesmo ato: apenas creem no evangelho
transformador. Este ponto basilar da teologia paulina encontra forte amparo na
carta escrita aos efésios: “Pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de
vós, é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie.”, 2: 8.

Portanto, o evangelho é o poder de Deus, que salva por meio da fé: “Se com a tua
boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dos mortos, serás salvo”, Romanos 10: 9. Os pecadores se convertem ao Senhor
Jesus unicamente por meio da fé, ouvindo a mensagem do evangelho: “De sorte
que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra (evangelho) de Deus”. Não há
outra forma ou mágica de salvação. Basta, simplesmente, crer em Jesus. Todas as
demais coisas surgem como resultado deste ato.

Diante dessas considerações, gostaria de relembrar, segundo alguns escritores,


algumas diferenças peculiares entre evangelho e religião:

“A religião é obra do homem; mas o evangelho é obra de Deus;

A religião é constituída de ponto de vista; o evangelho de boas notícias;

A religião traz bons conselhos; o evangelho, uma poderosa proclamação;


A religião é o que o homem faz por Deus; o evangelho é o que Deus faz pelo
homem;

A religião é o homem em busca de Deus; o evangelho é Deus em busca do


homem;

A religião é o homem subindo a escada da justiça própria; o evangelho é Deus


descendo a escada da encarnação para se encontrar com o homem no 1º degrau;

A religião toma o homem e o deixa como está; o evangelho toma o homem como
está e o deixa transformado;

A religião promove uma reforma exterior e hipócrita; o evangelho efetua uma


mudança interior;

A religião passa uma caiação; o evangelho limpa, alveja e dá um novo coração;

A religião diz: alcance; o evangelho diz: obtenha;

A religião diz: tente; o evangelho diz: receba;

A religião diz: esforça-te; o evangelho afirma: confia no Senhor;

A religião diz: desenvolva-se a si mesmo; o evangelho diz: negue-se a si mesmo;

A religião diz: salve-se; o evangelho entregue-se a Jesus;

Existem muitas religiões, mas um só evangelho”. Por isso, Paulo está cheio de
razão em dizer: “Não me envergonho do evangelho…, pois é o poder de Deus
para salvação…”.

…………………..

Fonte: Sermão pregado aos alunos do Curso de Teologia do SPR de Cianorte e


do CESUMAR,
Maringá, em 2009. Jornal Aleluia, maio de 2011

Independência ou Morte! O grito de


liberdade ecoado na cruz do Calvário –
setembro de 2016
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

De um povo heroico o brado retumbante,

E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,

Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,

Em teu seio, ó Liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte! […]”

A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso


país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política.
Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por
este ideal. O caso mais conhecido é o de Tiradentes, executado pela Coroa
portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da
Inconfidência Mineira. Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu uma carta da
Corte de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal.

Há tempos os portugueses insistiam nessa ideia, pois pretendiam recolonizar o


Brasil, e a presença de D. Pedro impedia esse ideal. D. Pedro, porém, respondeu
negativamente aos chamados de Portugal e proclamou: “Se é para o bem de todos
e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”. Após o Dia do Fico, D. Pedro
tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam
caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia
Constituinte, organizou a Marinha de Guerra e obrigou as tropas de Portugal a
voltarem para o reino.

Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o
“cumpra-se”, ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do
Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência. O príncipe fez uma rápida
viagem a Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que
estavam preocupados com os últimos acontecimentos, pois acreditavam que tudo
isso poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro
recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e
exigia a volta imediata dele para a metrópole.

Essas notícias chegaram às mãos de D. Pedro quando estava em viagem de


Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e
gritou: “Independência ou Morte!”. Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de
1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D.
Pedro foi declarado imperador do Brasil. Os primeiros países que reconheceram a
independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do
Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a
independência de sua ex-colônia. D. Pedro recorreu a empréstimo da Inglaterra
para pagar a independência brasileira.
(Fonte: http://www.suapesquisa.com/independencia).

Surge então uma pergunta: quais as lições prático-pedagógicas extraídas desse


marco histórico que completa 194 anos? Como cristãos, o que podemos aprender
com esse dia cívico-político? Verdade é que todo acontecimento, de qualquer
espécie, tem sempre uma lição de casa a nos transmitir, ainda mais quando se
trata de fatos que podemos relacionar às verdades bíblicas.

LIÇÃO 1: O ato da independência do Brasil leva-nos a refletir sobre o momento


da independência da humanidade proclamada por Cristo na cruz do Calvário,
séculos antes de D. Pedro. Enquanto esse imperador proclamou a independência
do Brasil com um grito e uma espada, junto ao rio Ipiranga, SP, rebelando-se
contra a ordem vinda de Portugal, num ato legítimo de guerra, Jesus,
transpassado por uma espada, bradou lá no Calvário: Independência ou morte.
Ou seja, ele estava morrendo pela independência de toda a humanidade: “Pai, nas
tuas mãos entrego o meu espírito, está tudo consumado” (Lc 23:46).

LIÇÃO 2: O ato de independência do Brasil por D. Pedro foi a favor da nação


brasileira, ou seja, uma atitude local, militar e governamental, que não envolvia
valores espirituais, como a alma do brasileiro. O ato de independência
proclamado por Jesus envolveu toda a humanidade, todo aquele que nele crê,
visando livrar os pecadores da condenação eterna. Neste aspecto, Jesus morreu
pela humanidade, enquanto D. Pedro não morreu pelos brasileiros quando bradou
às margens do rio Ipiranga: Independência ou morte!

LIÇÃO 3: O ato de independência e liberdade custou ao Brasil 2 milhões de


libras esterlinas. D. Pedro precisou recorrer à Inglaterra e buscar empréstimos
para pagar a Colônia Portuguesa. Com isso, o Brasil passou a ser um país
independente, mas devedor. O preço pago por Jesus para dizer “independência ou
morte” foi o seu próprio sangue, derramado na cruz (1Pe 1:19). Ele não precisou
pegar empréstimo de ninguém, mas humilhou-se até a morte e morte de cruz (Fp
2:5-11). Estávamos em dívida com Deus, mas agora tudo está pago.

LIÇÃO 4: D. Pedro, apesar de ter sido uma autoridade política muito importante
para os brasileiros, foi um homem falho e mortal. Está sepultado, aguardando,
juntamente com todos os mortos, o juízo final. Nessa ocasião, uns ressuscitarão
para a vida eterna e outros para a vergonha eterna (Dn 12:2 e Ap 21:11-15).
Jesus, por sua vez, morreu e foi sepultado, mas ressuscitou ao terceiro dia (1Co
15:4). A morte, o inferno, Satanás e os demônios não puderam nem celebrar a
morte de Jesus, porque no terceiro dia ele ressurgiu dentre os mortos (Mt 28:6).

LIÇÃO 5: O grito de independência do Brasil é um dos fatos históricos mais


importantes de nosso país, pois marcou o fim do domínio português e a conquista
da autonomia política brasileira. Segundo a história, muitos morreram por essa
causa, em nome de uma liberdade terrena. A morte de Jesus, por sua vez, é o
marco mais relevante de todos os tempos, pois Cristo conquistou na cruz a
liberdade espiritual da humanidade, que caminhava a passos largos para o
inferno, dando-lhe a oportunidade de se livrar da morte eterna. Jesus morreu a
nossa morte por esse ideal.

LIÇÃO 6: O Brasil completa, no dia 7 de setembro de 2016, quase dois séculos


de independência política. Historicamente, é uma data para não ser esquecida,
jamais. No entanto, o país continua escravo de uma economia instável e
insustentável, deixando os brasileiros aterrorizados. O governo de D. Pedro
passou, como tantos outros. O governo de Jesus jamais passará, pois é eterno.
Diz a Bíblia que os salvos irão governar com Cristo nesta terra, por ocasião do
milênio e, depois, estarão para sempre com Jesus nos céus (Is 60:10-15, Zc 14: 9,
1Ts 4:16-17).
LIÇÃO 7: O dia 7 de setembro será sempre um momento cívico-espiritual para
que as igrejas possam orar, jejuar e se consagrar com mais intensidade pelo
Brasil, levantando nesse dia mãos santas e suplicando as misericórdias do Senhor
(Sl 15, Lm 3:30, 1Tm 2:1-4). É um dia que nos desafia a sairmos às ruas (das
regiões celestiais) e protestarmos, ajoelhados e humilhados perante o Senhor, em
oração contrita, contra toda a corrupção, mentiras e falcatruas que têm dominado
quase todos os setores da política brasileira (Ef 6:10-18.) Que Deus abençoe,
proteja e salve o Brasil!

—————
Fonte: Jornal Aleluia de agosto de 2016

Debaixo dos alpendres – Novembro/1991


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin
Anunciar o que Cristo faz em nós e por nós
é um fator importante para nossa vida cristã.
Nossa conversão deve ser transmitida ao mundo,
pois somos a luz do mundo e o sal da terra.
João 5: 1 a 15

Havia em Jerusalém um tanque chamado Betesda. “Betesda” em hebraico


significa “casa da graça” ou “misericórdia”. De certo tempo descia um anjo do
Senhor e agitava suas águas. O primeiro que entrasse no tanque após o
movimentar das águas seria curado de qualquer enfermidade, Jo. 5: 4.

Junto ao tanque havia cinco alpendres (teto suspenso por colunas ou pilastras),
sob os quais ficavam os enfermos, aguardando o movimento as águas. O texto de
Jo 5: 1-5 relata a cura de um paralítico que ali estava havia muito tempo. Porém,
não conseguia entrar no tanque porque sempre outro o fazia antes dele, Jesus veio
e o curou.

Essa história retrata a nossa vida. À semelhança dos enfermos que permaneciam
debaixo dos alpendres, aguardando a descida do anjo e o movimentar das águas,
nós também devemos ficar sob alguns alpendres, aguardando a ação poderosa de
Deus em nossas vidas. Vejamos:
O alpendre da esperança

Todos os enfermos que o texto relata ficavam na expectativa da cura que


desejavam, (v. 3). No verso 7, o paralítico revela a esperança que trazia dentro de
si, pois carregava consigo tal enfermidade ao longo de 38 anos, (v. 5). Mesmo
não tendo ninguém que o ajudasse a descer ao tanque, por ocasião do movimento
das águas, a esperança era a voz nítida que lhe dizia sempre: “um dia eu serei
curado”. E isso aconteceu, (v.9).

Enquanto existe esperança há possibilidade de se alcançar o alvo. O Salmo 119:


116 diz: “… não permitas que a minha esperança me envergonhe”. Quantos já
foram envergonhados porque perderam a esperança! Todas as lutas que
enfrentamos em nosso dia a dia devem nos proporcionar esperança, Rm 5: 3 e 4.
Sobre todas as coisas, devemos ter esperança de que Cristo vai voltar e buscar a
sua igreja.

O alpendre da santificação

Não se sabia quando o anjo desceria para tocar as águas. Isto poderia ocorrer a
qualquer momento, (v. 4). Os enfermos deveriam permanecer ali até que isso
acontecesse. Por isso, viviam juntos aos alpendres, naturalmente, separados da
sociedade e familiares. O enfermo que ficasse em sua casa não contemplaria o
anjo descendo para tocar as águas e tampouco teria o privilégio de ser o
“primeiro” da fila de espera. Estavam separados do convívio social maior.

Podemos aplicar isso a “santificação”, “dedicação” e “serviço”. Cada enfermo


que deseja a cura dedica seu tempo à espera da melhora. Não podemos
reivindicar as promessas de Deus sem que nos dediquemos à sua causa.
Santificação é buscar, “em primeiro lugar” o reino de Deus e sua justiça para que
as demais coisas nos sejam acrescentadas, Mt. 6: 33. A igreja deve permanecer
debaixo do alpendre da santificação até que Cristo venha. Caso contrário ela não
verá a Deus, B 12: 14.

O alpendre da oração
“Queres ficar são?” foi a pergunta de Jesus ao paralítico. Ele respondeu: “senhor,
não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me meta no tanque; mas,
enquanto vou, desce outro antes de mim”, (v.7). Aqui está um lindo modelo de
sincera e profunda oração. Orar é conversar com Deus e mostrar a Ele a nossa
necessidade. Isso fez o paralítico: “não tenho ninguém que me ajude”. A seguir,
ele recebe a cura dada por Jesus, (v.9)

Ninguém pode negar a “força” da oração feita por um justo, Tg 5: 16. A oração é
como as asas de um avião: sem elas não se consegue voar. Viver debaixo do
alpendre da oração não tem sido uma missão muito fácil, mas, no entanto, é uma
necessidade da Igreja de Jesus. Sem oração a igreja se torna dormente, fria e
desfalecida. Mas quando há oração, existe força, avivamento, desprendimento e
liberdade para fazer a vontade de Deus.

O alpendre da fé

A fé foi um dos elementos principais na ministração da cura do paralítico. Ele


creu na palavra de Jesus: “levanta-te, toma a tua cama, e anda”. Imediatamente
ele ficou são, (v.9). A fé é essencial na vida cristã: “Sem fé é impossível agradar
a Deus”, Hb 11:6. Ela possui importância fundamental na solução dos problemas
da vida.

A vida cristã exige que a fé se desenvolva constantemente, pois os desafios que


enfrentamos são também constantes. Quando Cristo vier, Ele quer nos encontrar
cheios de fé, Lc 18: 8. Não apenas cheios de fé para sermos curados ou termos
nossos problemas resolvidos, mas cheios de fé para vencer o mundo, I Jo 5: 4. O
alpendre protege a entrada da casa e dá segurança às pessoas. Assim também é a
fé. Ela nos protege contra as astutas ciladas do diabo e nos dá toda segurança em
Deus.
O alpendre do testemunho

Após ter recebido o milagre em sua vida, o verso 15 confirma que: “O paralítico
foi e anunciou aos judeus que Jesus era o que curava”. Anunciar o que Cristo faz
em que nós é um fator importante em nossa vida cristã. Nossa conversão deve ser
transmitida ao mundo, pois somos a luz do mundo e o sal da terra, Mt 5: 13,14.
Testemunhar de Jesus é uma questão de convicção cristã. Hoje, muitos já não
fazem mais isto. Fomos salvos para testemunhar: “Mas recebereis a virtude do
Espírito Santos, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em
Jerusalém com em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”, (At. 1: 8).

Conclusão

Viver debaixo dos cinco alpendres é algo desafiante, principalmente nos dias em
que vivemos. Não se ausente deles, permaneça protegido por eles até que o
Espírito mova as barreiras e Jesus desça para arrebatar a sua Igreja.

…………………..

Fonte: Jornal Aleluia 149, novembro de 1991


Entrevista – Panorama da IPRB em 2002
Somos parte significativa da Igreja do
Senhor Entrevistado: Pr. Advanir Alves
Ferreira – Julho 2002
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Émerson Garcia Dutra /por admin

Entrevista concedida
pelo Pastor Advanir Alves Ferreira,
presidente da IPRB,
ao pastor Émerson Garcia Dutra, titular
da Secretaria Central da IPRB

PANORAMA DA IPRB EM 2002

A igreja evangélica vem se consolidando no Brasil de uma forma gradativa e


constante. Informações do último Censo apontam que os evangélicos cresceram
70,7% nessa última década. Ficamos felizes porque a IPRB tem sua participação
nesse crescimento, pois nesses últimos 10 anos seu número de membros
multiplicou-se. Esse resultado evidencia a boa aceitação de sua linha doutrinária
e de seu trabalho social.

O crescimento revela que sua membresia foi conquistada em razão de sua


mensagem libertadora, pregada através de um evangelismo dinâmico. E revela
ainda mais: que a Igreja Renovada tem estrutura suficiente para continuar
crescendo, servindo ao povo brasileiro, às famílias em conflitos, aos
desesperançados, levando-lhes a autêntica e bíblica mensagem de Jesus.

No 3º domingo de julho, a IPRB estará louvando e agradecendo ao Senhor pelos


27 anos de sua organização. São quase três décadas de um árduo e constante
trabalho em busca dos pecadores para o reino de Deus. Nesse período, surgiram
muitas barreiras que tentaram impedir a marcha da Igreja, mas nem por isso ela
estagnou-se. Pelo contrário, a Renovada vem demonstrando, ao passar dos anos,
que não é apenas mais uma igreja evangélica neste país, mas, na verdade, é uma
Igreja que tem procurado dar uma contribuição positiva para a melhoria de vida
material e espiritual de nosso povo, Mt 5: 13-14.

Aproveitando o momento desta festiva data, quando todas as IPRs estarão


tributando ao Senhor louvor e adoração por mais um ano de vitórias, o leitor terá
a oportunidade, através desta entrevista elaborada pela Secretaria Central (SC),
de saber o que pensa o presidente da IPRB, pastor Advanir Alves Ferreira, e o
que ele tem a dizer aos membros, às lideranças e aos pastores da Igreja.

SC: Como está sendo o relacionamento


da IPRB com as demais igrejas
evangélicas no Brasil?

Presidente: Somos uma parte da Igreja de Jesus – O corpo de Cristo. Nossa


missão, juntamente com as demais igrejas, é a de evangelizar e ganhar o Brasil e
o mundo para Cristo. Para isso, consideramos cada denominação que tem bases
bíblicas sólidas como coirmã e evitamos polemizar ou questionar, pois isso seria
uma forma de julgamento. Toda vanglória e partidarismo não agradam a Deus,
geram isolacionismo e são um mau testemunho diante da comunidade.
Considerando a todos como irmãos venceremos qualquer tipo de barreira
denominacional, e o Senhor será glorificado em nosso meio.

SC: O que poderia ser feito


para que as igrejas evangélicas
se tornassem mais unidas?
Presidente: É possível ser a Igreja de Jesus sem perder sua identidade. Para
sermos mais unidos, é necessário que cada igreja respeite e reconheça o trabalho
das demais, ou seja, sua maneira de trabalhar. Eu até acredito que Deus confiou a
cada denominação um ministério específico. Já pensou se a Igreja no seu todo
fosse da mesma maneira, fizesse tudo de igual para igual? Se assim acontecesse,
como é que iríamos conseguir alcançar os diversos tipos de pessoas? É preciso
haver unidade nos propósitos de salvação, pois só assim iremos fazer Cristo
conhecido, Jo 17: 21.

SC: Como o Senhor avaliou


o resultado do Censo
sobre o crescimento dos evangélicos?

Presidente: Nos últimos 10 anos, a igreja evangélica brasileira cresceu mais de


70%; portanto, a tendência é de que esse crescimento seja avassalador nas
próximas décadas. Estou crendo que Deus vai derramar um grande avivamento
sobre o seu povo, e os evangélicos ainda serão maioria nesta nação. A igreja
precisa se despertar e sonhar com essa realidade. De posse desse derramar do
Espírito, sua mensagem será mais viva e poderosa e como resultado desse fato
vidas se converterão e os milagres serão uma conseqüência dessa bênção.

SC: Dizem que a igreja evangélica


brasileira será o celeiro
de missões mundiais. O irmão vê dessa forma?

Presidente: Creio que sim. O brasileiro é sempre bem recebido no exterior, é um


povo simpático e amigo. Acredito que temos tudo para ser esse celeiro. Por outro
lado, somos devedores àqueles que trouxeram o evangelho ao Brasil.
Reconhecemos que a igreja evangélica brasileira já vem sendo uma igreja
missionária. Temos muitos missionários trabalhando aqui e fora do país. Mas
para que ela seja esse celeiro, é necessário desprender-se muito mais, porque a
obra de Deus requer profunda paixão pelos pecadores e recursos para seu
sustento.
SC: Como o irmão avaliaria
a IPRB após as reformas
estatutárias ocorridas na última Assembléia?

Presidente: Já fazia algum tempo que a Igreja vinha clamando pelas reformas. A
Igreja não pode deixar-se amarrar por leis ou regulamentos, se esses estiveram
impedindo seu progresso. As reformas foram necessárias e foram muito bem
feitas. Estamos ainda assimilando as mudanças. Mas já se pode perceber que as
IPRs de modo geral aceitaram bem as alterações, pois representam aquilo que
seus líderes pensam. Mas não podemos nos esquecer de que a Palavra de Deus é
a nossa bússola. É ela que deve conduzir o cristão a uma vida de santidade ao
Senhor. Jesus disse: “santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”, Jo 17:
17. Estamos no caminho certo, pois Deus tem guiado sua Igreja.

SC: Com isso, a Igreja


tem-se demonstrado
madura e compromissada com o reino?

Presidente: Tudo indica que sim. A própria Assembléia que promoveu as


reformas deu prova desse fato. Uma reunião que deveria demorar praticamente
três dias foi realizada num dia de trabalho. Isso revelou maturidade e firmeza por
parte das lideranças. Tenho visitado Presbitérios e visto que as igrejas estão
alegres, firmes e preocupadas com a evangelização de vidas.

SC: Considerando estes 27 anos


de organização, pode-se afirmar
que a IPRB é uma Igreja estruturada?

Presidente: Claro que sim. Somos uma igreja equipada. Temos dois Seminários,
que se empenham na formação de obreiros com bom nível cultural e espiritual;
uma Editora que vem produzindo obras de qualidade, o jornal que serve como
instrumento para amalgamar a denominação, as Revistas de EBD, que oferecem
segurança doutrinária para a Igreja e todo tipo de material para as secretarias. Na
área de missões, a Missão Priscila e Áquila tem realizado excelente trabalho.

A Renovada é hoje uma igreja reconhecida e conceituada. No dia 28 de fevereiro


deste ano, por exemplo, a Câmara de Deputados de Brasília homenageou a IPRB
por seus 27 anos de organização no Brasil. Neste ano recebemos a visita de
líderes da Knox Fellowship, um grupo de renovação da Igreja Presbiteriana dos
Estados Unidos, voltado ao treinamento para evangelismo e discipulado de
Igrejas locais e presbitérios, que se mostraram interessados em estreitar relações
com a IPRB e já nos convidaram para participar de reunião da Diretoria da Knox
nos Estados Unidos, o que faremos no próximo mês de agosto.

SC: Quais os projetos


para o crescimento da denominação?

Presidente: A Diretoria Executiva, em sua última reunião, lançou um projeto que


envolve todos os presbitérios, instituições, pastores e lideranças da IPRB. Esse
planejamento que visa ao crescimento e à dinamização das igrejas precisa ser
levado a sério. Agir como a igreja dos tempos primitivos, ou aquela que não
esteja enclausurada entre quatro paredes deve ser o sonho de cada pastor ou
liderança. Uma estratégia forte que a Igreja Primitiva aplicava eram as reuniões
de casa em casa. Ainda hoje, essa estratégia, que tem recebido os mais diversos
nomes, poderá ser o ponto chave de crescimento da obra de Deus.

SC: O que cada igreja


ou cada Presbitério poderia fazer
para que a IPRB se tornasse mais contextualizada?

Presidente: Poderia procurar servir-se mais dos avanços tecnológicos atuais, sem
perder de vista os princípios da Palavra de Deus. Embora não sejam
indispensáveis, são fundamentais como estratégia auxiliar de trabalho. Como
pode o pastor trabalhar sem um veículo? Já imaginaram o que o apóstolo Paulo
faria se tivesse em seu escritório um computador, na igreja os equipamentos de
som, os meios de comunicação, ou se tivesse ao seu alcance os recursos que
temos hoje? A Igreja dos primeiros séculos não possuía nada disso, mas mesmo
assim fez muito para o reino de Deus. Não há dúvidas de que as nossas igrejas
precisam se contextualizar e trabalhar sem se contaminar com o mundo.

SC: O irmão tem enfatizado


em suas mensagens a necessidade
de um reavivamento espiritual. Por quê?
Presidente: Prego e continuarei pregando a necessidade de um reavivamento
espiritual legítimo e completo. Essa é a mensagem da Renovada. Prego porque
acredito que somente através dele a igreja será despertada. E haverá
desprendimento, vida com Deus e santificação. Uma verdadeira vida de oração e
comunhão só será alcançada quando isso acontecer. Todo partidarismo, divisão e
falta de amor serão desfeitos com essa bênção. Devemos desejar esse derramar e
rogar ao Senhor para que esse dia chegue logo. A IPRB será outra quando isso
acontecer.

SC: Tem uma palavra


para a Igreja Renovada nesta data?

Presidente: Desejo que nesse dia, 3º domingo de julho, sejamos imensamente


gratos a Deus e nos tornemos mais próximos do Senhor. Lembremos sempre de
que a Renovada é fruto da vontade de Deus, e não da vontade do homem. Vamos
unir nossas forças e deixar um pouco as críticas ferinas de lado. Nas cidades onde
há mais de uma Igreja, procurem irmanar-se, trabalhar juntos. Façam isso em
nome de Jesus. Procurem realizar com amor a obra de Deus. Fiquemos com as
palavras do apóstolo Paulo: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por
humildade”, Fl 2: 3.

Maringá, julho de 2002

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2002

Queremos avivamento – Outubro/2015


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Elzi Gomes Fialho /por admin

O que estamos falando e fazendo


para termos um real avivamento?

Qual tem sido sua contribuição pessoal


para que o avivamento se instale
e permaneça em sua vida e em sua igreja?
Constantemente tenho ouvido, tanto de membros quanto de pastores, um clamor
por avivamento. Segundo o dicionário Silveira Bueno, “avivado” significa
“atiçado, reanimado, realçado, restaurado”. Tenho percebido que o avivamento é
uma necessidade para a igreja. Vejamos algumas razões:

Por que precisamos crer no avivamento?

a) Porque é triste para o pastor pregar uma mensagem, quando ele mesmo está
em dúvida se a mensagem pregada veio do coração de Deus ou do próprio
coração.

b) Porque é triste para o pastor dirigir-se para o templo desmotivado, desanimado


e entregar uma mensagem em que o resultado não foi de jejum, oração e leitura
da Bíblia. Mas baseada no último problema enfrentado ou, às vezes, usando um
texto como pretexto para pôr para fora mágoas do próprio coração.

c) Porque é triste para o pastor perceber que seus ouvintes não estão sendo
alimentados com as mensagens pregadas.

d) Porque é triste para o pastor perceber que o povo entra e sai vazio dos cultos.

e) Porque é duro para o povo estar presente em tantas reuniões, sem ter uma só
experiência com Deus.

Realmente, diante de um quadro assim, é preciso avivamento.

Depois de terem experimentado este poder, esta ação poderosa do Espírito Santo,
At 2: 1-4, os apóstolos não mais abriram mão da vida de oração e do contato
diário com as Escrituras, At 6: 4. Muitas vezes pensamos que a correria do dia-a-
dia é que vai levar nossa igreja a crescer, porém de nada adiantará estar aqui ou
acolá sem tirarmos tempo para uma íntima comunhão com o Espírito Santo e
com a Palavra de Deus.

A correria produzirá cansaço e mensagens fracas, mas quando paramos para


ouvir Deus, para falarmos com Deus, teremos uma palavra ungida para
respondermos a todos sobre nossa esperança.

Por que precisamos de avivamento?


Por que é bom lembrar que as multidões seguiam Jesus sempre à procura de um
milagre, à procura de sinais, Mc 6: 55-56. Hoje não é diferente. Multidões têm
ido aos templos procurando remédio para sua dor, o bálsamo para sua alma,
amor, carinho e compreensão. Mas o que têm encontrado?

Muitas vezes encontram mensagens fracas e vazias, púlpitos sem fogo, crentes
indiferentes, criticas ao próximo, liturgia sem vida e cansativa e, por vezes,
ouvimos reclamações dos crentes dizendo: “Por que as pessoas entram em nossa
igreja e não se convertem? Por que nossa igreja não cresce?”

Isto acontece porque falta poder na igreja. Deus que salvar, transformar, curar,
realizar sinais e maravilhas, mas não tem encontrado no meio de muitos dos seus
um lugar para agir. Muitos cristãos deixam a obra de Deus em segundo plano,
colocando em primeiro lugar, em suas vidas, o ter, o possuir, o comprar e vender,
esquecendo-se de dar primazia às questões do reino de Deus. Assim, a igreja
caminha a passos lentos, enfraquecida, quando a Bíblia diz que Deus tem para a
igreja uma vida mais que abundante.

Por que o avivamento não vem?

O avivamento não vem porque os que falam de avivamento só o fazem dentro do


templo. A doutrina do batismo com Espírito Santo está esquecida em muitos
púlpitos. Muitas vezes tem-se levado a igreja para o lazer, para comemorações,
para diversões, ao invés de levá-la para perto de Deus. Embora o lazer seja
necessário, o que leva uma igreja a ser triunfante e crescente é a ação poderosa
do Espírito Santo.

Sabemos que Deus espera de nós uma busca incessante como prova de que
realmente queremos o avivamento, Mt 7: 7-8. É fácil saber quando, de fato,
queremos alguma coisa. Exemplo:

– Se desejarmos adquirir um veículo, falamos de carro a toda hora. Lemos sobre


carro, perguntamos sobre marcas de carros. Observamos os carros à nossa volta,
vamos às revendedoras de carros, etc. Tudo isso porque queremos um carro.

Temos agido assim em relação ao Espírito Santo? Em relação ao avivamento?


Embora eu fosse bem garoto na época, me lembro do grande avivamento dos
anos 60. O país estava passando por um momento difícil. O golpe militar parou o
Brasil. Naquele momento só existiam duas classes sociais: a rica e a pobre. Via-
se alguém de calça jeans, era o rico, porque os pobres normalmente vestiam
roupas remendadas.

Nesse clima, a igreja só via esperança em Deus. Então passou a buscá-lo


incessantemente. Em Belo Horizonte, as denominações deixaram de lado suas
diferenças e alugaram o andar de um prédio, no centro da cidade, só para oração.
Lembro-me de que meu pai, presbítero Bartolomeu, junto com muitos outros
irmãos, após um dia estafante de serviço pesado e de se alimentar mal, ao invés
de ir para casa, iam direto para o lugar de oração. Passavam a noite gemendo e
chorando diante de Deus, pedindo poder e unção e só se alimentavam na tarde do
dia seguinte, porque queriam um avivamento.

O resultado dessa devoção foi o surgimento de grandes pregadores, de igrejas


fortes e abençoadas, e os frutos destes trabalhos estamos colhendo e vivenciando
até hoje. É preciso falar, buscar, clamar, desejar este avivamento todo dia. Em
casa, no carro, no trabalho, no templo, no púlpito, andando, trabalhando. Não se
trata de pensamento positivo, mas de um desejo ardente de ter uma profunda
experiência com Deus.

Deus quer avivar o seu povo

Deus quer dinamizar o seu povo, realçar, restaurar, atiçar, porém tem encontrado
corações mais voltados para as questões desse mundo do que para as coisas de
Deus. Há cristãos que se envergonham do Evangelho de Jesus Cristo.

Lemos no livro de Atos dos Apóstolos que os primeiros cristãos tinham prazer e
alegria em confessar sua fé e pregavam o Evangelho de Jesus com ousadia em
todo lugar. O assunto da igreja era Jesus Cristo, o ex-crucificado. Percebemos
que o assunto de boa parte do povo de Deus, nos dias atuais, é:

– Pescaria, o tamanho do último peixe fisgado. Ou o esporte. Qual time ou


jogador é melhor? Que técnico é melhor? Quem vai ser campeão? Etc. Há
obreiros deixando os templos fechados em dia de determinados jogos. É um
absurdo! Temos de nos aproximar de Deus e não do mundo.
Creio que temos assuntos melhores, mais edificantes, mais produtivos para o
reino de Deus. Tem de haver diferença entre a igreja e o mundo. O mundo
caminha para o abismo, enquanto a igreja caminha para o céu. Os ímpios, em
suas orgias, não fazem qualquer comentário positivo sobre o reino de Deus, mas
vejo cristãos em nossos ajuntamentos falarem positivamente do que é próprio do
reino das trevas.

É hora de despertarmos, de dedicarmos mais tempo para as questões de Deus, de


buscarmos com mais interesse as coisas do Senhor. Ele quer fazer grandes obras
entre nós e nós somos a boca, as mãos e os pés de Deus neste mundo. Ele precisa
contar com sua igreja. Somos responsáveis pela expansão do reino de Deus.

Despertemos, sejamos crentes avivados e voltados para os interesses mais altos


do reino de Deus.

Por Jesus e pela Renovada.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de maio de 2005

Igrejas Pentecostais no Brasil – Revista


EBD Aleluia, 69, Lição 16
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Edson de Souza /por admin

Que denominações surgiram


no século XX, no Brasil?
Que dados históricos temos sobre elas?

Igrejas pentecostais

O termo pentecostal deriva-se da palavra Pentecostes. Entre os judeus, era a


segunda das três grandes festas anuais a que todo o povo devia comparecer. Era
chamada de Pentecostes porque era observada no quinquagésimo dia depois do
segundo dia da Páscoa.
A festa do Pentecostes era também conhecida como a festa das semanas, porque
observava sete semanas depois da Páscoa, Dt 16: 9. Também se denominava
festa das primícias, Êx 23: 16; Nm 28: 26.

Os grupos pentecostais têm apresentado grande crescimento no Brasil. São


unânimes quanto às doutrinas cristãs básicas, tais como: pecado original, penas
eternas, salvação pela fé, escatologia, santificação. Além disso, têm alguns traços
característicos:

Ênfase à doutrina do batismo com o Espírito Santo.

Ensino de que os dons são para hoje e não apenas para a igreja do primeiro
século, Mc 16: 17-18.

Aproveitamento do leigo na igreja.

Liturgia informal, com oportunidades para testemunhos, cânticos acompanhados


por palmas.

Aceitação da escatologia dispensacionalista, segundo a qual a Igreja não passa


pela Grande Tribulação e a vinda de Jesus será em duas fases distintas.

Ênfase à doutrina bíblica da santificação, Ef 4: 13.

Algumas igrejas são rigorosas nos usos e costumes.

1. Assembleia de Deus. Foi fundada por dois jovens, Daniel Berg e Gunnar
Vingren, que haviam emigrado da Suécia para os Estados Unidos. Em Chicago,
participaram de uma convenção pentecostal. Os dois operários suecos receberam
de Deus uma chamada especial para o Brasil. Chegaram a Belém do Pará no dia
19 de novembro de 1910. Congregaram na igreja Batista, mas suas ideias
pentecostais não foram aceitas. Afastaram-se e fundaram a igreja Assembleia de
Deus, em junho de 1911. Essa denominação é hoje a maior Igreja pentecostal do
Brasil. Creem os assembleianos que o falar em línguas é o sinal do batismo com
o Espírito Santo.

2. Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil. Foi fundada em 1951 pelo


missionário Harold Willians, na cidade de Poços de Caldas. Em 1952 a igreja
chegava a São Paulo, através de campanhas evangelísticas no bairro do Cambuci,
que logo passaram a ser realizadas numa tenda. A partir daí o movimento
cresceu, as tendas saíram peregrinando pelo país numa onda contagiante e cada
tenda era a certeza da implantação de uma nova igreja.

3. Igreja Pentecostal Brasil para Cristo. Foi fundada em 1956 por Manoel de
Melo, ex-membro das Assembleias de Deus e consagrado pastor pela Igreja do
Ev. Quadrangular. Era dono de um grande carisma. Manteve vários programas
radiofônicos que foram um meio eficiente para a expansão da igreja.

4. Igreja Pentecostal Deus é Amor. Foi fundada no dia 3 de junho de 1962, pelo
missionário David Martins Miranda. Chegou a 8.140 igrejas locais, espalhadas
pelo Brasil e mais em 136 países.

5. Congregação Cristã. Foi fundada em 1910, pelo italiano Luigi Francescon,


antigo membro da Igreja Presbiteriana Italiana de Chicago, EUA, e teve grande
desenvolvimento no Brasil. Esta denominação, porém, é considerada como seita
pelos evangélicos devido aos seus inúmeros desvios doutrinários: o uso do véu,
não aceitação do ministério pastoral, pregam contra o dízimo e afirmam que só
nessa igreja é que o homem pode ser salvo. E são extremamente críticos quanto
às demais igrejas.

6. Igreja de Nova Vida. Fundada pelo Bispo Walter Robert McAlister, de


nacionalidade canadense, que veio para o Brasil, Rio de Janeiro, onde implantou
uma grande obra de evangelização conhecida como Cruzada de Nova Vida. A
Igreja de Nova Vida nasceu de um programa de rádio, A Voz da Nova Vida,
transmitido pela primeira vez, em 1 de agosto de 1960, pela Rádio Copacabana
do RJ. Depois começaram fazer seus cultos na Associação Brasileira de
Imprensa. A mensagem desse missionário era voltada para a cura e libertação, o
que despertou interesse de muitos e avanço da denominação.

Igrejas renovadas

Renovadas são aquelas que procederam das denominações históricas,


conservando traços administrativos e teológicos das igrejas mães. As
denominações se formaram porque muitos pastores e líderes abraçaram a
renovação espiritual e desligaram-se de suas igrejas de origem. Outros,
entretanto, foram excluídos de suas igrejas.
1. Igreja Metodista Wesleyana. Foi fundada por um grupo de ministros e leigos
que militavam na Igreja Metodista do Brasil. As razões que deram origem à
Igreja basearam-se na doutrina do batismo com o Espírito Santo como sendo uma
segunda bênção para o crente e na aceitação dos dons espirituais. No dia 5 de
janeiro de 1967, por ocasião do Concílio da Igreja Metodista do Brasil, realizado
na cidade de Nova Friburgo (RJ), foi fundada a Igreja Metodista Wesleyana,
aceitando como forma de governo o centralizado com o conselho geral, seguindo
em linhas gerais o regime metodista.

O movimento que culminou com o surgimento da Igreja Metodista Wesleyana


começou em 1962, quando alguns ministros e leigos começaram a ser
despertados para a obra de renovação espiritual. Em 1964 o grupo começou a ter
contato com grupos de diversas denominações renovadas. Alguns membros do
grupo começaram a ser batizados com o Espírito Santo. Eram constantes as
vigílias nos montes, as reuniões de oração e os retiros. Em 1966 o grupo recebeu
uma circular proibindo orações com imposição de mãos, expulsar demônios,
cantar corinhos e fazer vigílias constantes. No final da carta havia a seguinte
alternativa: se o grupo não obedecesse às normas da Igreja Metodista do Brasil,
todos deveriam deixar suas fileiras.

2. Igreja Batista Nacional. Nos anos 60, líderes batistas, dentre os quais o Pr.
Enéas Tognini, foram alcançados pelo avivamento. Em janeiro de 1965, na
cidade de Niterói, a Convenção Batista Brasileira excluiu cerca de 32 igrejas de
seu rol. No ano seguinte o número de igrejas desarroladas chegou a 52. Em 1966,
foi criada a Associação Missionária Evangélica, que agregava as igrejas
desligadas da Convenção Batista e outras. Em julho de 1967 os Estatutos da
AME foram reformados. As Igrejas não batistas se desligaram da AME e cada
qual se organizou de acordo com suas características históricas. Em 16 de
setembro de 1967 a AME passou a se chamar Convenção Batista Nacional.

3. Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil. A IPRB foi organizada em 8 de


janeiro de 1975, em Maringá, PR, fruto da fusão de duas igrejas oriundas de
denominações históricas: a Igreja Cristã Presbiteriana e Igreja Presbiteriana
Independente Renovada. Crescendo rapidamente, hoje possui igrejas em quase
todos os Estados e em diversos países. Possui uma agência de missões (Mispa),
dois seminários e a Editora Aleluia.

Igrejas neopentecostais

As igrejas neopentecostais começaram a surgir no Brasil no início dos anos 80.


Nessas denominações, há forte centralização de poder nas mãos do líder.
Geralmente há uma ênfase na Teologia da Prosperidade.

Os neopentecostais são menos exigentes em termos éticos que as igrejas


protestantes tradicionais. Seus cultos apelam bastante para as emoções. São
exemplos de grupos neopentecostais: Igreja Universal do Reino de Deus, fundada
por Edir Macedo, em 1977; Igreja Internacional da Graça de Deus, Comunidade
Sara Nossa Terra e Igreja Renascer em Cristo.

Graças ao seu evangelismo ativo, o movimento pentecostal levou milhares de


pessoas a se render ao Senhor Jesus. Isso tem produzido grande crescimento no
reino de Deus no Brasil e fora do Brasil. Em toda a parte do mundo hoje há
missionários brasileiros. Além disso, levou as pessoas a um maior desejo de
santidade, a um testemunho real de sua fé. Segundo as últimas pesquisas, dez por
cento da população brasileira pertencem a uma igreja pentecostal.

…………………..

Fonte: Aleluia, Revista de Escola Bíblica Dominical número 69, lição 16.

Os avivalistas e suas obras – Setembro de


2006
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Denisart de Almeida Júnior /por admin

O ser humano sempre precisou ser alcançado por Jesus


e os cristãos, avivados pelo Espírito Santo

100 anos de avivamento da Rua Azusa! É verdade, comemoramos em 2006 cem


anos de avivamento pentecostal, de um intenso derramar do Espírito Santo, de
um movimento que redirecionou a igreja, transformou vidas e mudou rotas. E até
hoje é referencial para toda igreja de Cristo. O ser humano sempre precisou ser
alcançado por Jesus e os cristãos, avivados pelo Espírito Santo.
A história do Cristianismo mostra que grandes pregadores surgiram em todos os
lugares e foram responsáveis por manter a chama do avivamento acesa. Eles
pregavam para um número tão grande de pessoas que muitos cultos foram
realizados ao ar livre. Os templos não comportavam a multidão. A ênfase das
mensagens era sobre a santidade de vida e o compromisso com Deus e sua
palavra. Eles impactaram a vida espiritual de pessoas. Vejamos alguns desses
nomes e suas obras.

Jonathan Edwards (1703 – 1758)

Edwards entrou para a Universidade de Yale e concluiu sua formação em


teologia aos 17 anos (1720). Foi ordenado em Nortampton, no Oeste de
Massachussetts. Pastor da Igreja Congregacional, desenvolveu seu ministério
como missionário no meio indígena. Foi o primeiro presidente da Princenton
University. Como escritor, um de seus sermões mais conhecido foi “Pecadores na
mão de um Deus irado”, que foi precedido por três dias de oração e jejum. Seu
trabalho de avivamento alcançou as treze colônias norte-americanas e chegou até
na Inglaterra.

O hábito de ler seus sermões fazia parte de sua vida, mas o que realmente
impactou o seu povo foi sua vida devocional porque se acostumou a passar até 13
horas ao dia entre oração e estudos. Escolher uma floresta e ali ficar duas ou três
horas com o rosto em terra, clamando a Deus, fazia parte de sua vida com o
Senhor. Depois de concluir seu ministério de avivalista, partiu para as mansões
celestiais em 1758, em Princeton, vitima da febre resultante da vacina contra a
varíola.

John Wesley (1703-1791)

A Igreja Anglicana ordenou Wesley ao pastorado em 1728. Seu estilo de


pastoreio influenciou profundamente o Cristianismo inglês, onde tudo começou,
e o norte-americano, no século XVIII. O que mais chamava a atenção era sua
vida piedosa e o seu método de estudo bíblico. Gradativamente, as pessoas
observavam que ele era muito metódico e não mudava o seu jeito de ser. Por isso,
ganhou o apelido de “metodista”. Com o tempo, fundou seu próprio movimento
avivalista, que recebeu o nome oficial de Metodista.
Foi missionário nas 13 colônias norte-americanas e, com o tempo, ficou
decepcionado com os resultados de seu trabalho. Então, decidiu voltar para a sua
terra natal: a Inglaterra. No navio, encontrou dois cristãos pertencentes ao
movimento moraviano. Suas experiências tiveram grande influência sobre a vida
de Wesley.

Sua vida devocional mudou e, conseqüentemente, os resultados de sua pregação.


A ação do Espírito Santo fez com que multidões compostas de cinco e até de dez
mil pessoas ouvissem a Palavra de Deus através de sua boca. O toque do Senhor
era tão forte na consciência dos indivíduos que muitos eram tomados pelo
sentimento de angústia e gritavam e gemiam como arrependimento pelos seus
pecados. A idade nunca foi um empecilho em seu ministério. Aos setenta anos,
chegou a falar para um auditório de trinta mil pessoas. Aos oitenta e seis, pregou
ao ar livre na Irlanda seis vezes ao dia. Anunciou as Escrituras Sagradas em
sessenta cidades.

Charles G. Finney (1792-1875)

Finney só teve sua experiência de conversão aos 29 anos, mas depois foi uma
pessoa profundamente dedicada ao movimento avalista. Ele não deu descanso ao
seu corpo e, de 1824 a 1834, trabalhou fortemente para que Deus visitasse a
igreja com um grande avivamento. Por causa desses esforços e desgaste físico na
obra de Deus, ficou enfermo e foi obrigado e passar por período de repouso.
Finney não parou por aí. Em 1835, passou a dar aulas de teologia no Oberlin
College. Com o tempo, assumiu a presidência da instituição. O tempo de trabalho
prático e teórico lhe deu experiência o suficiente para escrever uma extensa obra
sobre Teologia Sistemática.

Deus sempre o utilizou para realização de milagres. Por exemplo, em uma visita
a uma fábrica, uma senhora zombou de dele. Por ser um servo de Deus, não
reagiu. Apenas olhou em seus olhos e foi embora. Passado alguns momentos,
convencida de seus pecados, ela estava chorando com o desejo de entregar-se a
Jesus.

Em viagem de trem, passou por um povoado e os indivíduos que estavam em


locais imorais, foram às pressas para as igrejas porque estavam sentindo o peso e
o remorso pelos seus pecados. Um repórter chegou a investigar sua vida com o
objetivo de descobrir o segredo de seu sucesso, mas ficou espantado ao vê-lo
entrar em uma floresta e passar horas e horas prostrado com o rosto no chão, em
sinal de humilhação para com Deus. As estatísticas mostram que 85% das
pessoas que aceitaram a Jesus através das pregações de Finney permaneceram
firmes em servir a Deus, enquanto a média dos demais pregadores era de 30%.

Charles H. Spurgeon (1834-1892)

Spurgeon é de origem espanhola, mas por causa das perseguições promovidas


pelo Rei Filipe II, no final do século XVI, sua família foi obrigada a mudar para a
Inglaterra. Em Cambridge, aos 17 anos, aceitou a Jesus como seu salvador e
também o chamado para trabalhar na seara do Mestre. Inicialmente, aceitou o
ministério da pregação leiga, isto é, sem formação teológica.

A facilidade que tinha para falar sobre a Palavra de Deus na Comunidade Batista
em Cambridge fez com que sua fama crescesse e, aos dezessete anos, foi
ordenado ao pastorado. Aos vinte, já era conhecido na Inglaterra como “o menino
pregador”. Por causa disso, em Londres, tornou-se hábito ler seus sermões, que
passaram a ser impressos.

Spurgeon foi considerado o “Príncipe dos Pregadores” e fundou um Colégio de


Pastores. Desde o início até a sua morte, treinou cerca de 900 pregadores.
Faleceu em 1892. Em seu caixão, foi colocada a Bíblia aberta no texto usado para
convertê-lo: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os confins da terra; pois
eu sou Deus, e não há outro”, Is 45: 22.

Dwight Lyman Moody (1837 – 1899)

Moody nasceu a 05 de fevereiro de 1837, o sexto entre nove filhos. Seu pai
faleceu quando era ainda pequeno. Em Boston, no fundo da sapataria em que
trabalhava, seu professor da EDB o desafiou a aceitar Jesus e ele tomou a decisão
salvadora. Em 1871, Deus colocou um forte desejo em seu coração de ganhar
almas para Cristo. Por isso, em 1873, ele e Ira D. Sankey iniciaram uma missão
evangelística na Inglaterra. Depois, foram para a Escócia e, então, um grande
avivamento foi espalhado através deles.
Ele fundou escolas e um Instituto Bíblico, em Chicago. Associação Cristã de
Moços sempre recebeu grandes donativos levantados por Moody. Realizou varias
conferências para ministros, estudantes e obreiros cristãos. Pregou seu último
sermão no dia 22 de dezembro de 1899, para uma audiência de 15.000 pessoas.

Willian Joseph Seymour (1870 – 1922)

O avivamento da Rua Azusa afetou profundamente a história do Cristianismo


contemporâneo e o personagem principal foi o pastor William Joseph Seymour.
Tudo iniciou num pequeno armazém, na cidade de Los Angeles, na Rua Azusa,
número 312.

Ele era caolho, analfabeto e negro. Suas mensagens sempre tratavam da


regeneração, santificação, cura divina e batismo no Espírito Santo, com a
evidência do falar em outras línguas. A unção do Espírito Santo era derramada
sobre as pessoas, que manifestavam convicção pelas verdades bíblicas, sincero
desejo de ter uma vida santa. Elas eram batizadas com o Espírito Santo, falavam
em novas línguas, profetizavam e cantavam hinos espirituais.

Esse evento ganhou espaço nos noticiários da cidade e, com o tempo, espalhou-se
pelo mundo. O movimento pentecostal produziu, através de Seymour, uma
experiência similar ao livro de Atos capítulo dois. Inicialmente, sua igreja enviou
missionários para vinte e cinco países.

Conclusão

Homens de Deus sempre foram usados, no decorrer da história do Cristianismo,


para renovar e avivar a obra do Senhor. O movimento pentecostal de 1906 foi um
marco no mundo espiritual das igrejas e continua a avivar o Cristianismo em
nossos dias. O cristão não pode se esquecer de que Deus é o mesmo de ontem,
hoje e anseia derramar mais do Seu Espírito sobre todos os seus filhos. Quero
encorajar o leitor a buscar mais do Espírito Santo de Deus, a experimentar um
genuíno avivamento e a ser usado pelo Senhor na igreja local para avivar a sua
obra.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de setembro de 2006


Tsunâmi, chacina no culto e queda de torre:
lições ensinadas pelas tragédias da vida –
Março/2005
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Claudenir de Pieri /por admin

Morrer em uma tragédia


não é o maior problema
da existência humana; pior que isso
é morrer em rebelião contra Deus.
No dia a dia, alguém pode
até viver sem Jesus.
Horrível será morrer sem Ele como salvador

Tsunâmi, em japonês, significa onda gigante e o termo ficou mundialmente


conhecido após o dia 26 de dezembro de 2004. Nessa data, uma tragédia foi
produzida por sismos submarinos, em uma região em que há fortes movimentos
tectônicos, e pessoas de vários países asiáticos morreram atingidas por
desabamentos ou pela invasão das águas do mar.

O ritual do culto prosseguia normalmente e o sacrifício era oferecido pelos


cultuantes. De repente, os galileus foram surpreendidos por Pilatos, o
governador, que ordenou uma chacina. O sangue dos cultuantes e dos animais
que eram sacrificados se misturam. Uma tragédia moral provocada pelo homem
ocorreu.

Dezoito homens, em Jerusalém, são atingidos pela queda de uma torre e morrem.
Esta tragédia é uma das muitas ocorridas de forma acidental. Por isso, há
momentos na vida em que surgem questionamentos sobre a possibilidade de
pessoas estarem em lugares errados, na hora errada e morrem acidentalmente.

As duas histórias bíblicas não tiveram a cobertura da mídia, como aconteceu com
a tragédia do tsunâmi. Os evangelistas Mateus, Marcos e João não comentam o
ocorrido, somente o evangelista Lucas, no capítulo 13, registra o fato e suas
interpretações.
Os contemporâneos de Jesus e pessoas dos dias atuais questionam: os que
morrem em tragédias são mais pecadores do que toda a humanidade? Se não são,
por que morreram assim? O que havia de errado ou qual era o pecado que estava
escondido na vida dessas pessoas? Jesus ensina quatro princípios, em Lucas 13,
para entendermos essas questões.

O homem é o maior causador


de tragédias no mundo

Podemos classificar as tragédias em duas categorias. As morais e as acidentais.


As morais partem da ação deliberada do homem. As acidentais ocorrem por
fenômenos da natureza ou acidentes alheios à vontade humana.

Os poderosos deste mundo já provocaram enormes tragédias. Faraó, tirano do


antigo Egito, provocou a morte por afogamento de todos os filhos do sexo
masculino, nascidos dos escravos judeus. Herodes, o sanguinário, ordenou a
morte a todos os meninos de dois anos para baixo, simplesmente para eliminar
um possível concorrente ao trono, Jesus.

Pilatos, governador romano, provocou a chacina dos que cultuavam, indefesos


adoradores foram trucidados. Recentemente, Osama bin Laden estabeleceu um
quadro de terror, ao derrubar as torres gêmeas. O episódio da bomba atômica
sobre Nagasaki e Hiroshima é uma marca na história das ações devastadoras do
homem. Sim, o homem é o maior causador de tragédias. Mas, tudo o que o
homem semear ele colherá.

As tragédias não provam


que os que nelas morrem
sejam mais culpados que os outros

Jesus ensina que o pecado é um mal universal, em Lucas 13: 3 e 5. Morrem em


tragédias pessoas de bem e também pecadores corrompidos ao extremo, como os
povos pré-diluvianos, em muita água, Gn 6: 17, e os moradores de Sodoma e
Gomorra, em um fogo devastador, Gn 19: 24.

Em qualquer tragédia, a morte nunca deixou ninguém escapar. Independente dos


diversos questionamentos humanos, morreram também justos e piedosos que não
são culpados de vida profana e ímpia de muitas pessoas. Em todas as tragédias, a
grande verdade é que somente no dia do juízo final é que ficará claro sobre quem
viveu e morreu em pecado e quem teve uma vida na presença de Deus.

As tragédias mostram
a incerteza da vida humana

Em pleno local de culto ocorre uma chacina. Sobre 18 homens cai a torre.
Tsunâmis matam muitas pessoas na Ásia. Não há lugar seguro. Quem poderá
escapar da morte? Uma coisa é certa: a vida é breve!

Como será o amanhã de cada um. Entendo que só Deus tem a resposta. Em 4:14,
o apóstolo Tiago afirma: “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa
vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”.

Jesus sempre ensinou a necessidade de buscar o reino de Deus e sua justiça e se


preparar para o dia do juízo, vivendo uma vida justa pela fé na palavra de Deus.
O último inimigo a ser vencido é a morte.

A maior das tragédias


é morrer em pecado, sem salvação

Sem arrependimento, disse Jesus, todos perecerão. Indagado sobre o número dos
que se salvarão, Jesus respondeu: “Porfiai por entrar pela porta estreita”, Lc 13:
24. Ilustrando este “porfiai”, Jesus falou sobre arrancar um olho, cortar uma das
mãos, significando que o tratamento dado ao pecado deve ser radical. O
arrependimento é a porta estreita.

Um pouco antes de expirar, um dos ladrões da cruz se arrependeu e foi para o céu
com Jesus, Lc 23: 43. O outro, sem arrependimento, pereceu eternamente, Lc 23:
39. João 3: 16 diz que aquele que crer em Jesus será salvo e os que não crerem
perecerão.

Morrer em uma tragédia não é o maior problema, pior é morrer em rebelião


contra Deus, é ir para o túmulo sem ter aceitado a Cristo como salvador. Disse
Jesus: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a
alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?”, Mt 16: 26. Li uma frase
inteligente que explica muito bem essa questão: “Você pode até viver sem Jesus
Cristo, horrível será morrer sem Ele”.

Conclusão

Quando ocorre uma tragédia, os homens são levados a refletir sobre a vida e a
eternidade. Todavia, envolvidos com seus problemas pessoais e com os afazeres
do dia-a-dia, que os comprimem, em breve se esquecem do ocorrido, perdendo-se
o sentimento causado pela tragédia.

Sejamos prudentes e mudemos nossa conduta. As tragédias são avisos! Devemos


meditar nelas com seriedade e buscar mais a Deus e seu plano de vida para nossa
vida material e espiritual.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de março de 2005.

Um olhar histórico sobre o avivamento –


Outubro/2006
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Claudenir de Pieri /por admin

Uma abordagem sobre o avivamento,


vendo-o sob os ângulos bíblico
e histórico

O palpitante e amplo assunto do avivamento pode ser abordado sob os ângulos


bíblico e histórico. Na forma bíblica, observamos, através dos relatos contidos no
Antigo Testamento, em especial nos livros de Esdras, Neemias e Crônicas. Na
forma histórica, vemos o avivamento nos movimentos do Espírito Santo na
história da Igreja. Apreciemos com mais detalhes o avivamento sob seu ângulo
histórico.

O Espírito Santo
é dominante no ministério

Tive a oportunidade de estar em um dos encontros promovidos pelo movimento


“Os puritanos”. Ouvi um crente muito piedoso orar por avivamento, usando a
seguinte expressão: “Oh! Deus, tenho saudade do que nunca conheci. Dá-me
avivamento!”. Este desejo pela presença viva de Deus no meio de seu povo é a
tônica da oração por avivamento.

Na história da Igreja, um dos mais influentes avivalistas foi Jonathan Edwards


(1703-1758). O Dr. Martyn Lloyd-Jones escreveu um livro sobre esse avivalista,
onde aprendemos um pouco de sua história. Tinha mente muito curiosa e ativa.
Era um pregador de estilo direto e vivo. E livre daquilo que se pode denominar
“escolasticismo”.

O elemento do Espírito Santo era dominante em seu ministério. Acreditava numa


direta e imediata influência do Espírito Santo e numa conversão súbita e
dramática. Calvinista e congregacionalista. Opunha-se ao hipercalvinismo e,
igualmente, se opunha ao arminianismo.

A parceria
entre Deus e o homem

Este equilíbrio em seu ensino e em sua posição é demonstrado na seguinte


afirmação: “Na graça eficaz não somos meramente passivos, nem ainda Deus faz
um pouco e nós fazemos o restante. Mas Deus faz tudo, e nós fazemos tudo.
Deus produz tudo, e nós agimos em tudo. Pois é isso que Ele produz, isto é, os
nossos atos. Deus é o único verdadeiro autor e a única verdadeira fonte; nós
somos tão-somente os verdadeiros agentes. Somos, em diferentes aspectos,
totalmente passivos e totalmente ativos”.

Edwards era um grande defensor da conversão das crianças e dava grande


atenção a elas. Permitia até que tivessem suas próprias reuniões. Dava grande
ênfase aos elementos morais e éticos da fé e vida cristã. Ele entrou em cena
depois de um período de considerável falta de vida nas Igrejas.

Um dos ministros daquele tempo descreve a época imediatamente anterior ao


avivamento: “Mas que época morta e estéril tem sido a atual. As chuvas de ouro
foram retidas; as influências do Espírito foram suspensas; e a consequência foi
que o evangelho não teve nenhum sucesso eminente. As conversões têm sido
raras e duvidosas; poucos filhos e filhas têm nascido de Deus, e os corações dos
cristãos já não são tão cheios de vida, calor e vigor sob as ordenanças como
eram. Esse tem sido o triste estado da religião entre nós nesta terra, por muitos
anos”.

Nesta época havia raras igrejas cheias de vida espiritual. A Igreja estava em
condição de inanição. Todavia aconteceu algo novo. Após a seca, chuvas
abundantes; a vida começou a manifestar-se mais uma vez. O avivamento afetou
positivamente a vida da América de modo profundo durante pelo menos 100 anos
e, de fato, até hoje.

O famoso sermão de Edwards “Pecadores nas Mãos de um Deus Irado” tem sido
muito comentado. Este famoso sermão foi proclamado não no estilo de um
pregador bombástico e sim de um fiel ministro que expõe a palavra de Deus.
Lendo-o, vemos que era puro argumento com as palavras das Escrituras. Não era
o que Edwards dizia; era o que as Escrituras diziam. E ele achava que era seu
dever advertir às pessoas. Alguns o criticam outros o admiram.

Edwards cria que a Bíblia diz coisas terríveis sobre quem morre em seus pecados.
Um dos segredos deste homem é que o espiritual dominava o intelectual. Ele foi
preeminentemente um pregador, evangelista e mestre.

Um homem de Deus
tem experiências para testemunhar

Edwards pregava que a religião é algo essencialmente experimental, prático. Um


encontro existencial com Deus. Isto fica claro no famoso relato que faz de uma
experiência que teve: “Uma vez, quando cavalgava nas matas pela minha saúde,
em 1737, tendo apeado do meu cavalo num lugar retirado, como tem sido o meu
costume comumente, para buscar contemplação divina e oração, tive uma visão,
para mim extraordinária, da glória do Filho de Deus, como Mediador entre Deus
e o homem, e a sua Maravilhosa, grande, plena, pura e suave graça e amor, e o
Seu terno e gentil amparo. Esta graça que parecia tão calma e suave parecia
também grande, acima dos céus.

A Pessoa de Cristo parecia inefavelmente excelente, com uma excelência


bastante grande para absorver todo o pensamento e concepção o que continuou,
quanto posso julgar, cerca de uma hora; o que me manteve a maior parte do
tempo num mar de lágrimas, e chorando em voz alta. Senti uma ardência na
alma, anseio por seu ser, o que não sei expressar doutro modo, esvaziado e
aniquilado; jazer no pó e encher-me unicamente de Cristo; amá-lo com amor
santo e puro; confiar nele; viver dele; servi-lo e segui-lo; e ser perfeitamente
santificado e tornado puro, com uma pureza divina e celestial. Várias outras
vezes tive visões da mesma natureza, as quais tiveram os mesmos efeitos.”

“Tendo tido muitas vezes uma percepção da glória da terceira Pessoa da


Trindade, e do Seu ofício como santificador; em suas Santas operações,
comunicando luz e vida divina à alma. Deus, nas comunicações do Seu Santo
Espírito, tem parecido uma infinita fonte de divina glória e dulçor; estando cheio
e sendo suficiente para encher e satisfazer a alma; derramando-se em secretas
comunicações; como o sol em sua glória, difundindo suave e agradável luz e
vida. E às vezes eu tenho uma comovente percepção da excelência da palavra de
Deus como palavra da vida; como a luz da vida; uma suave, excelente palavra
que dá vida; acompanhada de uma sede dessa palavra, para que ela habite
ricamente em meu coração” (Martin Lloyd-Jones. Jonathan Edwards e a crucial
importância de avivamento. pp. 15 e 16). Isso é avivamento.

Conclusão

A IPRB nasceu de avivamento. Desejosa de avivamento, cresceu no avivamento.


E a Igreja Renovada está sempre se renovando, sempre se avivando. Que esse
seja o nosso perene lema. A Palavra de Deus e a história corroboram a oração de
Habacuque: “Deus renova seu povo no meio dos anos”.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de outubro de 2006

A prosperidade como fruto da disciplina –


Novembro/2002
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Cícero Bartolomeu de Araújo /por admin

Para se alcançar prosperidade


à maneira de Deus,
a pessoa precisa ser disciplinada.
A disciplina é instrumento indispensável
na vida espiritual, na saúde, na família,
nos estudos, na área patrimonial.
Por isso, vamos analisar o que vem a ser disciplina
segundo a Bíblia.

Disciplina é fruto de treinamento

Para quem age de conformidade com determinadas regras. É a obediência que


proporciona condições de desenvolvimento em todas as áreas da vida. A
disciplina, quando baseada nas Palavras de Deus, promove crescimento interior
formando o caráter cristão.

Mas para que isso ocorra, é necessário que ela seja aplicada sob a orientação de
Deus, Pv 22: 6. Havendo ensino e disciplina, haverá prosperidade em todas as
fases da vida e, mesmo na velhice, a pessoa continua andando pelo caminho da
prosperidade à maneira de Deus.

Disciplina molda o caráter

O objetivo principal da disciplina é formar, a médio e longo prazo, um bom


caráter, uma personalidade firme com propósito de levar a pessoa a prosperar em
todas as áreas da vida. Assim, disciplinar é sinônimo de transformar a pessoa
num bom mordomo, capaz de cuidar dos bens colocados sob sua
responsabilidade para poder prosperar.

Disciplina gera frutos de justiça

A disciplina nem sempre é bem aceita no início: “Toda disciplina, com efeito, no
momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; mas depois,
entretanto, produz fruto pacifico aos que têm sido por ela exercitados, frutos de
justiça”, Hb 12: 11. Quando aplicada, pode parecer um ato de autoritarismo, só
que depois, vai produzir frutos de prosperidade na vida da pessoa alvo da
correção, conduzindo-a ao topo do caminho da prosperidade.

Disciplina tem valor formativo. Através de sua Palavra, Deus, nos mostra o valor
da disciplina: “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixe a instrução de tua
mãe”, Pv 1: 8. Isso mostra que a disciplina deve começar em casa, com os
conselhos do pai e a instrução da mãe; isso são regras que podem conduzir o
homem ao alvo desejado: a prosperidade. Por isso, não podemos nos esquecer de
que o lar é a primeira escola da vida.

Disciplina se obtém pela instrução

A verdadeira disciplina vem acompanhada da instrução e pode ser feita através


de exemplos, ensino, conselhos, avisos, advertências, leitura, treinamento, etc.
Mas, qualquer que seja o meio, o disciplinando precisa dar ouvidos às palavras
do disciplinador. Deus quer que seus filhos sejam disciplinados, instruídos e
andem no caminho da prosperidade.

Disciplina melhora qualidade produtiva

A pessoa disciplinada produz mais, com maior perfeição, em qualquer área da


vida. Ela evita enganos, sedução, rebeldia e outros vícios e costumes nocivos à
prosperidade. Quem é disciplinado não se esquece de seus deveres e obrigações e
procura realizar as tarefas com perfeição e pontualidade.

Todo comportamento rebelde e indisciplinado leva a prejuízos e, por essa razão,


precisa ser corrigido. Assim, quem aprende as lições da vida tem tudo para
alcançar melhor nível de atitudes e formar um caráter inabalável, que lhe permite
chegar ao topo da prosperidade com sucesso.

Disciplina baseada no temor do Senhor é bem sucedida. Tudo o que um


orientador precisa para disciplinar está relacionado em 1Co 13: 4-8 e são:
paciência, bondade, generosidade, humildade, cortesia, altruísmo, bom gênio,
franqueza e sinceridade. O objetivo dessa disciplina é estabelecer limites porque,
quando dois objetos vão se cruzar no mesmo ponto, é necessário estabelecer
prioridades, caso contrário os acidentes serão inevitáveis.

Concluindo, quando aprendemos estabelecer e respeitar nossas fronteiras,


andamos pelo caminho da prosperidade e do sucesso. Faça isso e você será uma
pessoa próspera à maneira de Deus.

………………..

O autor
Cícero Bartolomeu de Araújo
é pastor da IPRB
desde 15 de agosto de 1993.

Detentor do prontuário número 696.


Residente em Campinas, SP.
Filiado ao Presbitério de Rondônia.
Artigo publ. no Jornal Aleluia de novembro de 2002.

Quem faz um casamento prosperar –


Agosto/2002
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Cícero Bartolomeu de Araújo /por admin

Por ser um momento especial na família,


o casamento é marcado
com festas em todos os povos.
Cada um o celebra à sua maneira.
O primeiro foi o do Jardim do Éden
com Adão e Eva.
Outro inesquecível foi o que ocorreu
em Caná da Galileia
e que contou com a presença de Jesus.

João 2: 1-10

No casamento de Caná houve um grave problema. Os noivos não se proveram de


uma quantidade suficiente de vinho para todos. Isso deu causa a uma grande
confusão, zunzum, falatórios… Só que, entre os convidados, estava Jesus. Essa
presença especial é que fez e faz a diferença em qualquer casamento. O que traz a
prosperidade para um casal não é o vinho, nem a festa, nem a música, nem o
bolo, mas a presença do Senhor dos senhores. Quem faz um casamento prosperar
é Jesus.

Nesse casamento, Jesus operou seu primeiro milagre, o da transformação da água


em vinho. Mas, que estranho milagre! Porém, se pensarmos bem, vamos
imaginar o clima negativo que invadiu aquele ambiente. Os noivos desesperados,
alguns convidados ameaçavam ir embora, outros aborrecidos… Alguém tinha de
fazer alguma coisa. E Jesus resolveu o problema e ponto final. O casamento,
antes ameaçado no seu nascedouro, agora iria prosperar.

O simbolismo do vinho

Hoje também, enquanto tudo vai indo bem, ninguém procura Jesus. Ninguém
quer saber quem Ele é, nem onde está. Se as pessoas têm saúde, moradia, carro
do ano, emprego promissor, faturamento ótimo, faculdade, família bem-sucedida
e altos negócios – pra que pensar em Jesus? Nem dá tempo para falar sobre vida
espiritual. Mas, sem Jesus, tudo isso é vazio, é sem sentido. Falta o bom-humor,
faltam os abraços e a verdadeira prosperidade. O bom é quando podemos receber
Jesus em nossa casa, Ap 3: 20.

Jesus vem para transformar

Há outros que, no afã de alcançar logo o topo da prosperidade, até convidam


Jesus para assistir à cerimônia de seu casamento, para entrar em sua casa, em sua
empresa, para acompanhar seu trabalho, seus estudos, só que querem que Jesus
fique como se fosse uma estátua: não pode mudar nada. Não pode transformar,
não pode aconselhar. Tem apenas de espantar os “olhos gordos”, as invejas e os
fracassos.

Mas não é isso que Jesus quer. Ele prefere participar de seu casamento, de sua
família, de seus negócios e abrir as portas para você prosperar à maneira de Deus.
Você apenas tem de convidá-lo e deixá-lo agir. Jesus age com responsabilidade.
É dessa forma que Ele pode fazer-nos prósperos.

Jesus tem um projeto de vida


para cada pessoa

Para muitos, quando acaba o dinheiro acaba também a razão de viver. Acabam as
amizades, a alegria e a fé. Vem o mau-humor, a reclamação. E dizem: Deus não
se importa mais comigo. Isso ocorre quando pensamos que o vinho é mais
importante que o casamento. Quando o material é mais que o espiritual. Mas, o
que jamais pode acabar em nossa vida é a presença de Jesus.
Do ponto de vista humano, os serventes tinham razão para questionar:
precisamos é de vinho, não de água. Jesus teria outras maneiras de resolver o
problema, mas queria nos ensinar a usar situações conflitantes como degraus para
alcançarmos a vitória. Remover a pedra, encher as talhas são ações que podemos
fazer; mudar a água em vinho, multiplicar o azeite da botija – isso cabe ao
Senhor.

Jesus age na hora certa

Maria, mãe de Jesus, também estava na festa. Percebeu o problema e ficou


ansiosa. Como todos nós, queria uma pronta intervenção de Jesus. Mas ele
aguardou a hora certa. Esperou que viessem trazer o problema a Ele e pedir sua
ajuda. Jesus opera milagres no tempo certo, no lugar certo e por meios certos.

A prosperidade que vem de Deus chega lentamente. É assim que Ele trabalha: o
homem natural não percebe. Mas fica alegre com o resultado. A festa voltou a ter
sentido. O casamento voltou a ter vida. Com Jesus, tudo é maravilhoso! O mundo
precisa beber do vinho do Espírito Santo para alcançar a prosperidade à maneira
de Deus.

……………..
Fonte: Jornal Aleluia de agosto de 2003

A desunião entre irmãos – Julho/2003


18 de junho de 2018/0 Comentários/em Antônio Carlos Paiva /por admin

Ainda não aprendemos a discordar


sem dividir e sem desunir

Infelizmente ainda existem grandes empecilhos


entre os “irmãos” da grande família de Deus
na terra – a Igreja

Tais empecilhos agem como fortes


muralhas de separação
Fato é que o radicalismo dogmático, vindo
de nossas próprias regras e convicções,
tem dividido a Igreja de Cristo Jesus

Vamos refletir sobre alguns deles

A ideia de que Deus só pertence ao “meu” grupo

O conceito de que Deus seja patrimônio de grupos, que o Espírito Santo pode ser
preso a determinados costumes locais. Consequentemente, quem sai destes
grupos não tem Deus, está fora da visão, está sem cobertura espiritual, ou ainda
está em rebeldia. Que tolices!

A ideia de que só a minha hermenêutica está correta

O conceito de que só eu sei fazer a coisa certa. De fato, devemos seguir os


princípios universais da interpretação bíblica. Mas longe de nós dizer: a minha
exegese é perfeita. Porque o exegeta sempre leva para o texto que está
interpretando sua cultura e tradição teológica.

A ideia de que só a minha “performance”


espiritual está correta

O conceito de que só eu sei tudo. Este é outro motivo que tem fragmentado o
corpo de Cristo. Já é tempo de sabermos que a multiforme graça de Deus não
opera sempre da mesma maneira. Não posso julgar ou condenar outros irmãos
que não têm o mesmo jeito que o meu ao liderar, ao pregar, ao ensinar, ao agir.
Pelo contrário, precisamos sempre uns dos outros. Ninguém sabe tudo, ninguém
recebe tudo, e só Deus tem a última palavra.

A ideia de que as tradições são intocáveis

O conceito de que não se pode mudar nada. O apego extremado às tradições tem
causado separações e divisões entre irmãos. Todos os grupos têm tradições e nós
temos as nossas. Em alguns grupos a tradição é tão forte que, quando alguém sai,
o motivo não é a violação de alguma doutrina bíblica, mas a quebra de alguma
tradição. As tradições são como odres velhos que são deixados de lado, não
porque sejam velhos, e sim porque enrijeceram. O odre é feito de pele, precisa
ser macio e elástico porque, quando o vinho novo fermenta, o odre estufa e, se a
pele for velha, arrebenta-se.

Ah! Que força têm as tradições! Mas é de flexibilidade que precisamos diante de
fatos novos, de tempos novos. Às vezes Deus nos obriga a quebrar algumas
tradições para bem dos irmãos e para o êxito da causa que abraçamos.

Palavra final

Vamos pensar sobre este assunto? Sabendo que pensar pode ser perigoso, porque
costuma levar a conclusões de que é preciso mudar, e mudanças podem custar
algumas coisas que nos tirarão da área de conforto.

………………….

Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2003

Avivamento, o clamor do profeta de Deus –


Maio/2007
18 de junho de 2018/0 Comentários/em Anairton de Souza Pereira /por admin

“Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi:


aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos,
no meio dos anos a notifica: na ira
lembra-te da misericórdia”
Habacuque 3: 2

Avivamento consiste no grande desafio e carência da igreja nos dias de hoje.


Gosto de pregar este tipo de mensagem, porque é por meio dela que as igrejas se
renovam e são despertadas para o trabalho de evangelização e ganham um
interesse maior pela busca do poder do Espírito Santo. Expulsar demônios é
bíblico e o ministério de libertação é maravilhoso. No entanto, Deus tem me
chamado para pregar a mensagem de avivamento.

Esta mensagem precisa ser pregada com mais frequência em nossas igrejas.
Tenho feito isto onde tenho pregado e as igrejas têm adquirido profundas
experiências com Deus, tais como: renovação de vidas, batismo com o Espírito
Santo, distribuição de dons espirituais pelo Espírito Santo e restauração de vidas.
O meu discurso é o mesmo do profeta Habacuque: “Aviva, ó Senhor, a Tua
obra…” .

O clamor por um avivamento foi a tônica de sua mensagem. Diz o texto que a
palavra trouxe-lhe temor e, como resultado desta atitude, ecoou do profundo do
seu coração o clamor por um derramar do Espírito sobre a nação de Israel, que
precisava, urgentemente, ser despertada e voltar-se inteiramente para Deus. E isto
só viria a acontecer caso houvesse um mover de Deus: o avivamento.

Portanto, somos pelo avivamento. O presidente da IPRB, pastor Advanir Alves


Ferreira, lançou na última Assembléia o desafio para os próximos três anos de
nossa administração: ‘reavivamento e crescimento da Igreja’. Estamos crendo
que Deus vai envolver esta igreja em uma grande nuvem e virá abundante chuva
de avivamento. Vamos, incessantemente, buscar esta bênção.

Diante disso, quero, nesta oportunidade, fazer algumas colocações sobre alguns
significados do avivamento de Deus para o seu povo.

Despertar-se do sono

Comecemos por esta afirmativa fundamental: avivar-se significa despertar-se do


sono da frieza espiritual. O profeta pediu avivamento porque Israel precisava
acordar. Seus líderes estavam dormindo o sono do comodismo e da inércia
espiritual. Ele sabia que o povo havia pecado e, consequentemente, seria julgado
e condenado. E, por isso, pede para que Deus apareça entre o povo com uma
nova manifestação de poder, por meio de sua graça e de seu Espírito. Somente
assim eles seriam perdoados e salvos.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes de Roma, exorta-os dizendo: “…é hora
de despertamos do sono, porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós
do que quando aceitamos a fé”, Rm 13: 11. Quer dizer: ele apela aos cristãos e os
desafia a uma vida cristã ativa e de trabalho cristão. No verso 12, quando diz que
“a noite é passada e o dia é chegado”, cria na volta iminente de Jesus um fator
motivador para permanecermos acordados na vida cristã: Jesus está vivo e vai
voltar para buscar a igreja.
À semelhança do profeta Jonas que, em razão de sua desobediência a Deus,
dormia um profundo sono no porão do navio, Jn 1: 5, muitos estão fugindo da
presença do Senhor e estão dormindo espiritualmente nos porões da tristeza, da
frieza espiritual, da negligência, do comodismo e da desobediência. A estes, a
Palavra de Deus está dizendo todos os dias: “Desperta, ó tu que dormes, e
levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”, Ef 5: 14.

Atitudes de protesto

O grito de protesto do profeta Habacuque por um avivamento está marcado neste


texto por sua coragem ou destemor ao dizer com fé: “Aviva, ó Senhor, a Tua
obra”. O profeta estava reclamando contra todas as atitudes erradas de sua nação.
O mau comportamento desse povo era uma afronta ao verdadeiro Deus. E, com
temor no coração, ao ouvir a Sua palavra, o profeta não vê outra alternativa a não
ser um real avivamento para varrer do meio do povo todo pecado.

Os dias atuais são difíceis e tenebrosos, porque o mundo jaz no maligno, Jo. 5: 9.
Não dá pra ser crente frio e conformista, Rm 12: 2. Precisamos protestar contra a
frieza espiritual que procura assolar a igreja de Jesus na terra. A Igreja
Presbiteriana Renovada nasceu no fogo do Espírito Santo. Ela é fruto de
avivamento. E o fogo santo queima pecado, mundanismo e todo tipo de atitude
inconveniente que queira impedir o avanço da obra de Deus.

Não podemos ficar calados. Se assim o fizermos, diz a Bíblia que as pedras
clamarão, Lc 19: 40. A ordem bíblica é protestar contra as atitudes do nosso
adversário com a autêntica proclamação do evangelho. Este protesto precisa ser
imperativo e contextualizado, pois o próprio Jesus disse: “Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda criatura”, Mt. 16: 15. A Palavra de Deus afirma que
não há tempo a perder: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou,
enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”, Jo 9: 4.

Para protestar contra o pecado não é preciso sair às ruas com faixas e bandeiras,
mas é possível fazer isto em oração, em consagração e jejum a Deus. A atitude de
protesto da igreja pode ser demonstrada por de meio da qualidade de vida cristã,
isto é, uma vida ordeira e orientada pela Bíblia Sagrada.

Comprometimento com o reino


Em sua oração, o profeta roga a Deus para que, nos tempos de aflição e angústia,
a sua misericórdia seja lembrada, porque sem ela o povo iria perecer no pecado.
A compaixão divina era a porta de retorno a uma vida de reconciliação e,
posteriormente, reafirmação de um autêntico compromisso cristão. E está claro
nas palavras do profeta que o avivamento traçaria este caminho e o poder de
Deus levaria o povo à conscientização e tomada de uma posição coerente com os
princípios de Deus.

Costumo dizer que vida cristã traduz-se por comprometimento com o Reino de
Deus; viver o que cremos e pregamos e uma volta aos dias da Reforma e aos
ensinos do livro de Atos. É também vida no Espírito, Gl 5: 25; vida frutífera, Jo
10: 10 e 15: 5 e vida de serviço ao Reino de Deus. Jesus disse que ninguém que
lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus, Lc 9: 62. Crente
avivado tem como prioridade pensar nas cousas que são lá do alto, Cl 3: 2.

Aprendemos pela Bíblia que vida com Deus é vida plena de submissão e
fidelidade a Ele. O crente comprometido com as coisas espirituais não tem tempo
para aquilo que não é de Deus, porque o fogo do Espírito Santo está
constantemente aceso em seu altar (sua vida). Jesus disse que quem quiser ir para
o céu deve tomar a sua cruz e segui-lo a cada dia, Lc 9: 23. Somente uma vida
avivada e cheia do Espírito Santo poderá suportar as provações e as tentações
deste mundo.

Jesus é o maior exemplo de vida comprometida com o Reino de Deus. Quando


estava sendo julgado, afirmou com convicção: “.O meu Reino não é deste
mundo…”, Jo 18: 36. De fato, a igreja precisa estar ciente de que a sua tarefa
neste mundo é ser sal da terra e luz do mundo, e que ela está no mundo, mas a ele
não pertence: “Não peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal”, Jo 17:
15.

Que a oração do profeta Habacuque seja a constante oração da igreja, e que a


frase “Aviva, ó Senhor, a tua obra…” não seja apenas o lema da IPRB, mas o
lema de vida daquele ou daquela que quer viver uma vida cristã autêntica, até a
volta de Jesus.

……………………
Fonte: Jornal Aleluia de maio de 2002.

Vocação pastoral: uma reflexão na


hipermodernidade! – Junho/2012
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Alessandro Francisco da Silva /por admin

A Bíblia sagrada narra a vida


de vários homens de Deus
que responderam com disposição
à proposta divina
de realizar Sua vontade

Essa “vontade interior”, a que chamamos de vocação, é algo muito mais


profundo que muitas vezes nos leva a renunciar o eu interior para nos colocarmos
à disposição do reino. Somos arregimentados por Cristo, segundo o seu
beneplácito, nos escolheu. “Não fostes vós que me escolheste a mim; pelo
contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis
frutos…” João 15:16.

Para entender melhor esta entrega se faz necessário a abordagem do assunto


vocação em uma era em que o termo pós-moderno já foi substituído para o termo
hipermoderno, mas as observâncias para os vocacionados são atemporais.

Segundo Kiéos Magalhães Lenz César a palavra vocação tem origens gregas no
verbo kaleo e suas variações (o substantivo klêsis e o adjetivo kletós). O verbo
kaleo significa eu chamo, nomeio, convoco: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no
Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados
(eklêthete)” (Ef 4.1). O substantivo klêsis significa vocação, chamado, convite:
“Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação (klêsin)” 1Co 1.26. O adjetivo kletós
significa chamado, convocado: “de cujo número sois também vós, chamados
(kletòi) para serdes de Jesus Cristo” Rm 1.6. Esses termos quase sempre são
empregados com o sentido de vocação procedente da parte de Deus.

Bastos de Ávila faz breve referência a esse uso: originalmente, o termo se referia,
de modo exclusivo, a uma disposição para a vida sacerdotal e religiosa. Nesse
sentido, vocação significa um chamamento divino a um gênero de vida que
permita dedicação total às coisas de Deus.

Calvino, em suas Institutas, diz que a vocação era a condição inicial para
qualquer ofício: “…Portanto, para que alguém seja considerado verdadeiro
ministro da Igreja, primeiro importa que tenha sido devidamente vocacionado,
Hb 5:4; então responda ao chamado…”

O célebre pregador Spurgeon disse: “Antes que um homem assuma a posição de


embaixador de Deus, deve esperar pelo chamamento do alto. Ser pastor sem
vocação é como ser membro professo e batizado sem conversão… Estando
seguro de sua vocação pessoal, deve investigar quanto à questão subsequente da
sua vocação para o ofício; a primeira é-lhe vital como cristão, e a segunda lhe é
igualmente vital como pastor.”

Aqueles que são vocacionados devem sentir-se privilegiados. Veigh disse: “A


vocação do pastor é realmente um ofício especial. Não que ela tenha mais mérito
do que qualquer outra vocação. Deus age e também está escondido em outras
vocações. Mas o ofício pastoral não serve apenas ao mundo, mas ao reino
espiritual de Deus. Cristo age no trabalho do pastor de modo libertador, graças à
palavra do pastor e as consequências eternas do ministério.”

Obreiros vocacionados servem a Deus e a sua geração. Donald T. Turner


disse:“Não há outra carreira ou profissão que ofereça ao homem tão grande
oportunidade para servir sua geração.” Nosso papel, enquanto ministros de
Cristo, é fazer Seu nome conhecido em nossa geração.

“Somos trabalhadores vocacionados da chamada final”, Alberto Barrientos diz.


“A vocação é de Deus e corresponde às suas profundas aspirações. O trabalho
pastoral está no plano de Deus para a humanidade caída. Não tem sua origem em
planos humanos, mas no programa divino”. Todo chamado para obra de Deus
provém da Trindade Divina que escolhe homens, mulheres e crianças para serem
embaixadores do Reino.

Quando um pastor, obedecendo à sua vocação, ministra a palavra de Deus, neste


momento ele se torna porta-voz dos céus. Whitloc declara: “Considerando que
Deus não habita entre nós de forma visível, Ele usa o ministério de homens
vocacionados para declarar abertamente sua vontade, transferindo-lhes o seu
direito e honra, servindo suas bocas apenas para que lhe possa fazer seu
propósito.”

Aqueles que desejam obedecer à sua vocação devem levar em consideração as


palavras de Spurgeon: “Se vocês não sentem o calor sagrado, rogo-lhes que
voltem para casa e sirvam a Deus em suas respectivas esferas. Mas se, com
certeza, as brasas de zimbros chamejam por dentro, não as apaguem”.

Há muitos irmãos em nossas igrejas que sentem um chamado para o ministério,


mas por vários motivos acabam desanimando-se. Uma das evidências da vocação
é que a chama a cada dia aumenta, confirmando assim seu chamado, todavia esta
chama não se restringe somente ao oficio pastoral. Não podemos nos esquecer
dos milhões de soldados valentes que são vocacionados e servem a Deus no
âmbito local.

Conhecemos muitas pessoas inteligentes e capazes, mas no que se refere à obra é


necessário muito mais, pois haverá situações em que será necessário mais que
habilidade humana e sim dependência de Deus.

Lutero aborda esta questão da seguinte forma: “A vocação não deve ser assumida
levianamente, pois não é o suficiente que uma pessoa tenha conhecimento. Ele
precisa estar certo de haver sido devidamente vocacionado. Aqueles que exercem
o ministério sem a devida vocação almejam bom propósito, mas Deus não
abençoa os seus labores. Eles podem ser bons pregadores, mas não edificam.” É
por isso que palavras bonitas e bem colocadas não edificam e nem mudam vidas.

O papel pastoral é muito superior a um show ou apresentação. Somos canais de


Deus e não podemos nos esquecer nunca de que não somos nós, pastores, que
temos o poder de mudar as vidas, mas sem dúvidas somos uma ferramenta usada
por Deus para encaminhar as vidas sedentas a Deus. Não despreze o seu
chamado. Deus é quem o chamou e é fiel e justo para ajudá-lo nas suas
limitações e dificuldades.

Segundo a Junta de Educação Teológica da Igreja Presbiteriana do Brasil,


vocação pode ser definida nos seguintes termos: O chamado para o ministério é
diferente em, pelo menos, três sentidos: (1) não se baseia em tendências, mas no
chamado de Cristo mediante o conhecimento de sua vontade e o testemunho
interior do Espírito Santo; (2) não objetiva uma profissão nem um cargo para
realização pessoal, mas uma posição de serviço que requer abnegação e
transformação de caráter; e (3) implica o cumprimento exemplar de obediência à
Palavra em todo o processo de crescimento espiritual, e capacitações e
habilitações para a pregação e o cuidado público e individual.

Inimigos modernos da vocação pastoral

A vocação pastoral possui inúmeros inimigos modernos:

1) Relativismo missional:

Jedeias, citando Richard Baxter, aborda que o obreiro vocacionado precisa ter
cuidado com a fragmentação do evangelho, pois neste mundo tão ávido por
novidades podemos incorrer inconscientemente, em oferecer formulas rápidas.
Deus nos chamou com o objetivo de anunciar sua palavra que é rica e profunda,
pois o evangelho é tão simples que uma pessoa iletrada pode entender e, ao
mesmo tempo, é tão profundo que os mais hábeis cientistas não conseguem
compreender. Não podemos nos esquecer de que no evangelho, além das
bênçãos, está também embutida a renúncia.

Este mundo pós-moderno tenta sufocar as convicções da igreja, mostrando a


inversão de valores através do relativismo. Não podemos esquecer que o homem
é complexo, mas o evangelho é completo.

2) Pragmatismo missional:

Vivemos em um mundo capitalista e competitivo, e esse vírus do crescimento a


qualquer custo muitas vezes quer contaminar o ambiente cristão “porque nós não
estamos como tantos outros, mercadejando a Palavra de Deus; antes, em Cristo é
que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus”
(2Co 2.17), Rubens Ramiro Muzio em seu livro DNA da Liderança Cristã
declara que muitos estão deixando de buscar orientação de Deus e estão
buscando estratégias mercadológicas coorporativas. De fato, como pastores
entendemos que administrar a igreja não é o mesmo que administrar uma
empresa.
Podemos até emprestar algumas ferramentas para melhor atender a comunidade
cristã, mas o perfil da igreja é completamente antagônico ao de uma empresa.
Toda e qualquer formação secular dever estar subordinada à nossa missão de
proclamadores da palavra de Deus.

Muzio enfatiza que as propostas de crescimento não devem ser pautadas em


marketing, mas em visão missional contextualizadas na teologia bíblica. Segundo
Jedeias de Almeida, muitos buscam crescimento a qualquer custo e sob qualquer
bandeira.

Como vocacionados precisamos buscar em Deus o equilíbrio para entender que


há momentos em nosso ministério em que o crescimento se dá por outras formas
e não somente através de um rol de membros. “Um planta, outro rega e outro
colhe; porém, o crescimento vem de Deus. “De modo que nem o que planta é
alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” 1Coríntios 3:7.

É inegável que nenhum pastor quer terminar o ano com o mesmo numero de
membro com que o iniciou, mas muitas vezes o crescimento se dá, por exemplo,
na consolidação dos recém-convertidos. Não podemos nos esconder atrás do
ócio, mas também devemos ter claro em nossa mente que Deus dá o crescimento.

3) Subjetivismo missional:

Jedeias, em sua tese de doutorado, cita que atualmente pessoas têm escolhido
viver de forma equivocada, achando que a seleção para o ministério se faz na
perspectiva do mercado, necessidades da oferta e da procura e não pela direção
do Espírito Santo. Tais escolhas estão fadadas ao fracasso, pois ser vocacionado
não é buscar emprego.

Anísio Batista Dantas afirma: “Quem pensa que é fácil ser pastor não passa de
um mal informado, ignorante e prepotente. Ser pastor não é ser dirigente de culto,
é ser dirigente de vida e transmitir tudo aquilo que o doador da vida deseja que
todos os homens recebam. Ser pastor não é falar bonito, não ser bom orador. Ser
pastor e ter paixão pelas almas”. Outro aspecto que Rubens Muzio aborda em seu
livro é o seguinte: o pastor desde século precisa ter habilidades para corresponder
às exigências atuais. Jedeias comenta que há pessoas que buscam capacitações e
treinamento no nível corporativo e deixam de buscar o maior e melhor professor
que é o Espírito Santo. Tais capacitações visam ao antropocentrismo, e muitos se
esquecem de que ser vocacionados é viver uma vida cristocêntrica.

Caros colegas, administradores são indicados, governos são eleitos para um


tempo especifico e determinado, mas o pastor é chamado e vocacionado por
Deus para ser porta voz em tempos de Guerras e Paz. MacArthur disse: Um
chamado divino e inigualável, concedido a homens eleitos por Deus para serem
ministros de Sua Palavra e servos de sua igreja.

Nossa vocação não é fruto da mão do homem: “Não fostes vós que me
escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” João 15: 16.
Nossa vocação é fruto de uma escolha diretiva do Senhor. Não devemos nos
esquecer de que estando em um pequeno centro populacional ou em uma
megalópole, pastoreando uma pequena ou grande igreja, tendo inúmeras
habilidades ou sendo limitados por vários contextos, foi Deus que, em seu olhar
eterno, nos arrebanhou para sua seara.

Somos privilegiados por Deus nos conceder tão grande responsabilidade de


pastorear pessoas e ver que através de ministrações, de aconselhamentos e
proposta de intervenções podemos ver estas almas transformadas pelo poder que
há no nome de Jesus e na Palavra de Deus. Somos abençoados por ver um Deus
tão poderoso cuidar de maneira tão especial de nós e de nossas famílias. Às vezes
temos dificuldades, mas não existe nada melhor do que sabermos que estamos
cumprindo as ordens de nosso comandante (o nosso Deus) e ter convicção de que
vai dar tudo certo, porque é Ele que esta no comando. A este Deus que tudo sabe,
que tudo vê, a Ele sejam dadas glórias, pelos séculos dos séculos. Amém. 1Pedro
5: 11.

“Umas das coisas mais belas de se ver em um púlpito é um pastor vocacionado


ministrando.” Pr. Gilberto Eller Filho, IPR de Goioerê, abril
de 1997, Ministração no SPRC.

“Um dos passos mais importantes de um candidato ao Seminário é ter convicção


de sua vocação. Pois no seminário e no ministério o obreiro será testado nos
níveis mais intensos e variados de sua vida. Pr. Lauro Celso de Souza -Santa Ceia
no SPRC, 1998.
“Cada um na vocação em que foi chamado, nela permaneça.” (Vulgata)

Aquele que tem uma profissão tem um bem; aquele que tem uma vocação tem
um cargo de proveito e honra. (Benjamim Franklin)

“O sentido da vocação é o sentido superior do homem… Dia memorável na vida


de um homem é aquele em que ele se convence de que há um serviço que ele
deve e pode prestar à sua pátria ou à sua época.” – John Mackay.

Bibliografia consultada

Donald T Tuner. A Prática do Pastorado. Instituto Bíblico Brasileiro por


correspondência. Imprensa Batista Regular.

Riggs Ralph M. O Guia do Pastor. 3ª ed, 1980, Editora Vida.

Dantas A. Batista. O Pastor e seu Ministério. 1990


Barrientos Alberto. Princípios e Alternativas do Trabalho Pastoral. Editora Crista
Unida.

PETERSON, Eugene. A Vocação Espiritual do Pastor: redescobrindo o chamado


ministerial. São Paulo: Mundo Cristão, 2006.

Junta de Educação Teológica da Igreja Presbiteriana do Brasil. Anexo do


candidato ao ministério.

Kiéos M. Lenz César. Vocação: Perspectivas Bíblicas e Teológicas. Viçosa


Ultimato 2002, pp. 17-23

Duarte A. Jedeias. A Vocação para o Serviço ou Serviço dos Vocacionados.


Fides Reformata XVI, Nº 2, 2011, pp. 99-117

……………………………

Fonte: Jornal Aleluia 374, de junho de 2012, p. 5

Síndrome de Constantino. Uma abordagem


sobre o nominalismo no século XXI –
Maio/2012
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Alessandro Francisco da Silva /por admin
Viver a vida cristã sempre foi um grande desafio.
Mas o prazer da comunhão com Cristo supera qualquer vento contrário. Todo
cristão engajado com os princípios apostólicos tem satisfação em congregar, bem
como em externar sua fé.

O mundo contemporâneo está vivendo uma época de grandes mobilidades. No


que se refere à espiritualidade brasileira, hoje nascem tantas manifestações
religiosas que nos surpreendem pela sua criatividade de nomes e de filosofias
“pseudo-teológicas”. O aumento dessa pluralidade religiosa, entre outras coisas,
tem produzido o aumento do retrato sócio-espiritual que é o aumento de cristãos
evangélicos nominais, ao que podemos denominar de “síndrome de
Constantino”.

Por que síndrome?

Síndrome significa a reunião de alguns sintomas ou comportamentos que


caracterizam uma patologia não específica e sem causa determinada. Dados da
revista Isto É, citando o IBGE, aponta que: os “evangélicos de origem que não
mantêm vínculos com a crença saltaram, em seis anos, de insignificantes 0,7%
para 2,9%”. Em números absolutos são quatro milhões de brasileiros a mais
nessa condição.

O espírito de nominalismo vem de longe e tem como seu precursor o imperador


Constantino que, segundo Gene Edwards, qualifica o Imperador Constantino
como o primeiro cristão medieval: “noventa por cento cristão de nome e noventa
por cento pagão de pensamento”.

Cristão nominal

O termo “cristão nominal” é usado para qualificar o indivíduo que professa uma
determinada fé sem, contudo, ser praticante. Esta expressão foi utilizada pela
primeira vez por William Wilberforce (1759-1833). Winston Churchill, citando
Wilberforce, dizia que esse líder do movimento abolicionista do tráfico negreiro
fora um cristão crítico, que rejeitava o cristianismo acomodado. Wilberforce
dizia: “que não bastava professar o Cristianismo, levar uma vida decente e ir à
Igreja aos domingos, mas que o Cristianismo atravessa cada aspecto, cada canto
da vida cristã”.
Sua abordagem do Cristianismo era essencialmente prática. Dentro da visão de
Wilberforce “os interesses do cristão nominal concentram-se nas coisas
temporais; os interesses do cristão autêntico concentram-se em coisas eternas. O
dicionário catequético da Igreja Presbiteriana do Brasil descreve “cristão
nominal” como aqueles que usam a igreja para “um ponto de encontro para rever
os amigos, parentes e para ter uma “terapia espiritual”, sem, contudo, ter “o novo
nascimento”.

Já o Congresso Internacional de Evangelização, Lausanne, 1974, define como


cristão “nominal” aquele que “se intitula cristão, mas não tem um relacionamento
autêntico com Cristo com base na fé pessoal.”

Perfil do cristão nominal

Nesse Congresso de Lousanne foi levantado o perfil do cristão nominal:

Perfil do cristão nominal

1) Frequenta a igreja, sem relacionamento pessoal com Cristo.

2) Vai à igreja, mas por motivos culturais e não espirituais.

3) Frequenta a igreja, mas só nas festividades e cerimônias especiais.

4) Há o que não frequenta a igreja nem é membro dela, mas se considera


verdadeiro cristão.

Verdades que os cristãos nominais devem saber:

1) Devemos “mostrar” que a verdadeira espiritualidade é evidenciada na prática


diária. Tiago 1: 27: “A religião pura e imaculada com nosso Deus e Pai é esta:
visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e guardar-se incontaminado do
mundo”.

Quando Tiago escreve a respeito do cuidado com órfãos e viúvas, ele tem em
mente evidenciar que a vida cristã tem seu lado prático. Pois fé e obras (a prática)
caminham juntas e são indeléveis. Tiago declara que a espiritualidade saudável é
acompanhada de uma vida prática, e todo cristão autêntico se esforça para viver
as ensinanças do evangelho em seu cotidiano.
2) Devemos “conscientizá-los” de que uma vida cristã plena redunda em bem-
estar espiritual. Tiago 1: 25: “…aquele, porém que atenta bem para lei perfeita, a
da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas executor da
obra, este será BEM-AVENTURADO NO QUE REALIZAR”.

Um dos maiores prazeres que o cristão pode ter é viver as bênçãos contidas na
Palavra, e isso só é possível quando nos entregamos cabalmente à vontade de
Deus. O evangélico que oferta apenas porções de sua vida terá dificuldade em
desfrutar dessa riqueza, pois a vida cristã se torna impraticável quando vivida
pela metade.

3) Devemos mostrar que o evangelho é vivo. Hb 4:12: “Pois a palavra de Deus é


viva e eficaz,e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até
ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração”.

Como líderes, devemos nos esforçar para mostrar aos cristãos nominais que a
Palavra de Deus é viva, Deus é dinâmico e pode aquecer a vida
descompromissada de qualquer pessoa.

4) Devemos “levá-los” a uma experiência impactante. At 9: 3: “Aproximando-se


ele de Damasco, na sua viagem, subitamente o cercou um resplendor de luz do
céu”. 1Cor 4:20: “Pois o reino de Deus, não consiste em palavras, mas em
poder”.

O cristão nominal muitas vezes é perito em repetir textos bíblicos, porém como
ministros da Palavra é de vital importância que sejamos um canal de Deus
levando-os a uma experiência com Deus.

O apóstolo Paulo era doutor da lei judaica, porém só experimentou uma mudança
radical quando teve um impactante encontro com Cristo, segundo o adágio
popular: “contra fatos não há argumentos”. Algumas ferramentas podem ser
utilizadas como campanhas de oração, retiros espirituais, busca de plenitude do
Espírito Santo entre outras, mas o essencial é um real encontro com Cristo,
pessoal e marcante.
5) Devemos tratá-los com medida intervenções de longo prazo. Rm 10: 17: “De
sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”

É necessário que o líder e a igreja tenham paciência pois é um tratamento de


longo prazo.O cristão nominal é um ser dotado de fé, pois ainda esta no meio da
congregação, porém o que lhe falta é o engajamento com os valores do reino,
saindo de um anonimato insípido e cinzento para uma vida de pratica e rica no
âmbito espiritual.

Mudanças no âmbito psico-espiritual muitas vezes levam tempo. E, para não


haver frustração pessoal, é necessário que o líder não desanime em seu ministério
de ensino e de cuidado pastoral.

Caros amigos e colegas! Este tema tem sido recorrente no decorrer dos anos, e
nós, na missão de porta-vozes, não podemos nos esquecer que, se há pessoas
descompromissadas, por outro lado há muitos que são engajados e que se
esforçam por viver os valores do reino. Precisamos estar ao seu lado.

……………………………

Maio de 2012.

Uma abordagem sobre o esgotamento físico


dos pastores – Junho/2011
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Alessandro Francisco da Silva /por admin

A atual conjuntura tem exigido


do pastor tomadas de decisões
que, em outras épocas,
nem eram cogitadas.

A cada dia fica mais comum, em nossas igrejas, termos de orientar casais em
conflitos, famílias vítimas de violências, outras desestruturadas economicamente,
jovens envolvidos com drogas, casamentos precoces, e pastorear, com muita
frequência, pessoas com depressão, câncer, Alzheimer e outras doenças graves.
Tudo nos leva a buscar informações sobre assuntos como eutanásia, tratamento
com células tronco, inseminação artificial, aconselhamento de casal com filhos
siameses, violência, desigualdade social e outros tantos temas e problemas.

O pastor deste mundo pós-moderno, além de lidar com as questões já


mencionadas e outras não listadas, ainda tem de desenvolver diversas
habilidades, especialmente na área administrativa. Para poder corresponder com
as necessidades do homem moderno, segundo Donald Price, em seu livro
Conflitos e Questões Polêmicas na Igreja, a sociedade e igreja cobram do pastor
atual que ele tenha mente erudita, coração de criança e pele de rinoceronte.

Amados, sabemos que para o pastor dar conta de todas essas exigências não é
possível. Nem há tempo e nem condição emocional para tanto. Ocorre, então, que
os desafios da atualidade têm gerado nos pastores desgastes que, por sua vez,
podem ser somatizados, trazendo consequências pessoais, familiares, financeiras,
e para o reino. Sobre isso é que desejamos oferecer uma contribuição

A síndrome de Burnout

Tenho observado que existe um crescente número de pastores que vêm


desenvolvendo problemas de saúde devido ao desgaste como cuidador ou
demonstram a síndrome de Burnout (descoberta na década de 70). É um distúrbio
psíquico de caráter depressivo, caracterizado pelo esgotamento físico e mental.
Burnout é uma expressão inglesa (“to burn out” que significa queimar por
completo. O esgotamento está relacionado com o estresse causado pelo “trabalho
como cuidador”. E o ofício pastoral nada mais é que cuidar espiritualmente,
fisicamente etc.

Segundo Champlim, a palavra pastor vem do hebraico e significa cuidar dos


rebanhos. Na condição de cuidador, o pastor não está isento de sofrer situações
estressantes. O portador da síndrome de Burnout se destaca pela dedicação
exagerada à atividade que exerce, em nosso caso o pastorado. O desejo de ser
sempre melhor, de ter altos desempenhos, o desejo de valorização pessoal faz
com que a vida de cuidador (pastor) se torne uma obstinação e compulsão,
levando a um desgaste emocional e físico muito intenso.
Fisiopatologia do estresse: Em condições de estresse crônico, várias substâncias
como o cortisol e outros são lançadas na corrente sanguínea, causando
desequilíbrio. A maioria dos óbitos é causada por doenças no sistema
cardiovascular e um dos fatores é o estresse.

Alguns sintomas dessa síndrome

Sintomas psicossomáticos: enxaqueca, dores musculares ou cervicais, gastrite,


úlcera, diarreias, palpitações, hipertensão, Na mulher, suspensão do ciclo
menstrual; no homem, a impotência. E baixo libido nas mulheres e homens.

Sintomas comportamentais: violência, drogadição medicamentosa, incapacidade


de relaxar, mudanças abruptas de humor.

Comportamento de risco – Suicídio: conversas que dizem que a vida não vale à
pena ou por que Judas não foi salvo? – tais assuntos têm como alvo defender o
suicídio.

Sintomas emocionais: alto nível de impaciência, distanciamento afetivo como


forma de proteção do ego, frequentes conflitos interpessoais, sentimentos de
solidão, irritabilidade, ansiedade, baixa tolerância à frustração, dificuldade de
concentração impotência, declínio no desempenho profissional (pastorado),
apatia e negação.

Essa síndrome geralmente é desenvolvida em pessoas que tiveram alto grau de


esforço físico ou mental e tiveram ou não pequenos intervalos de descanso para
se recuperarem fisicamente.

O que fazer?

Como pastores, precisamos mudar um aspecto de nossa cultura, pois se não


cuidarmos de nós mesmos como teremos condições de cuidar do próximo? “Ame
o próximo como a ti mesmo.” – Marcos 12: 31. Muitas vezes dizemos para igreja
buscar ajuda de um profissional e nós mesmos não agimos assim.

Os pensamentos geram os comportamentos. Por isso, é de suma importância


mudar tais fatores psíquicos e enxergar que não precisamos ser sempre 100%.
Existe uma máxima em saúde mental: atrás de todo excesso se esconde uma
doença. Em nosso caso, pastores, muitas vezes esquecemos de que o próprio
Deus teve seu momento de descanso. Ele é o promotor dessa ideia. O descanso é
fundamental para renovar nossas energias e nos deixa abertos para novas ações e
empreendimentos. Com as energias renovadas, ficamos mais dinâmicos. É uma
violência consigo mesmo e com sua família o pastor não buscar alternativas para
descansar.

Viver sem estresse

Viver sem estresse é impossível, mas podemos minimizá-lo de algumas formas,


no caso da vida do pastor:

Tirando férias quando possível: o hábito de recarga de energias é importante para


todos os seres vivos, mas algumas vezes nós pastores achamos que não fazemos
parte desse meio. E alguns ficam vários anos sem investir em si através de alguns
dias de férias. E alguns, quando o fazem, ainda querem levar membros da igreja
consigo, nas viagens de férias. Essa atitude, por mais nobre que seja, tira a
privacidade da família pastoral e acaba, de certa forma, minimizando seu
descanso.

Investindo em atividades que proporcionam prazer: muitas vezes parece quase


pecado revelar que temos um hobby, pois, para alguns, falar de algo que não seja
ir à igreja e ler a Palavra “ainda” é um tabu. Mas não podemos esquecer de que o
ministro e sua família precisam de algum tempo de lazer. Esse tempo produzirá
não só o descanso físico, mas também uma renovação mental e espiritual.

Evitando o sedentarismo. A inatividade tem sido a causa de doenças como


obesidade, diabetes mellitus, problemas cardiovasculares, entre outros. A
atividade física proporciona ao organismo uma ativação de substâncias que
estimulam a circulação sanguínea, causando bem-estar físico e mental.

Direcionando seu ministério para uma visão qualitativa. Somos frutos de uma
sociedade competidora, ávida pelo sucesso e, muitas vezes, nós pastores, sem
darmos conta, entramos, nesta correria em busca de produção.

Não podemos nos esquecer de que a obra não é nossa e sim de Deus e, no
demais, nem sempre podemos ter como crescimento somente números. Existem
outros crescimentos além do numérico. Como queremos produzir para o reino,
não devemos viver uma vida apenas de ativismo, “sacrificando” a nós mesmos, à
família e até a igreja em buscas de resultados imediatos.

Que Deus nos ajude a aprender a cuidar bem de nosso corpo para, assim, durante
muitos anos, podermos cuidar com eficiência da obra que Ele nos confiou.
Trabalharmos, sim, mas com moderação e inteligência, para fugirmos de um
estresse que venha nos impedir de servi-lo.

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Fonte: Jornal Aleluia 372, de março/abril de 2012, pp. 8 e 9.

O ministro e sua saúde mental – Novembro


de 2014
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Alessandro Francisco da Silva /por admin

Uma abordagem situacional

sobre a depressão

em pastores

A Organização Mundial de Saúde (OMS), através de pesquisas, tem demonstrado


que a depressão é o mal do século. Segundo esta instituição os casos de
depressão tendem a superar as doenças cardíacas e o câncer, nos próximos vinte
anos. Também será a doença que mais gerará gastos econômicos e sociais para os
governos. Segundo Sexana, médico psiquiatra da OMS:

“Nós poderíamos chamar isso de uma epidemia silenciosa, porque a depressão


está sendo cada vez mais diagnosticada, está em toda parte e deve aumentar em
termos de proporção, enquanto a (ocorrência) de outras doenças está
diminuindo”.

A realidade da depressão entre pastores

Algumas pesquisas entre o público evangélico têm demonstrado que o número de


pastores com problemas psiquiátricos tem aumentado. Segundo o psiquiatra Dr.
Pércio, essas pesquisas tem apontado que, entre os pastores, esse índice é maior
que em outras profissões.

Recentemente foi verificado que, em um grupo amostral, 26% eram pastores


portadores de problemas psiquiátricos e, no caso, depressão. Segundo a pesquisa
de Lotufo Neto, medico psiquiatra e professor de medicina do Hospital das
Clinicas em São Paulo, foi encontrado maior incidência de doenças mentais entre
ministros protestantes se comparados à população geral, e os transtornos
depressivos responderam por 16,4% das doenças mentais encontradas nos
ministros protestantes.

Conforme pesquisas da Universidade do Rio Grande do Sul, a UNISINOS, o


pastor, líder carismático, ungido, investido da imagem do “homem de Deus” na
comunidade, tem de estar sempre pronto e disponível para as atividades
pastorais. Essa pronta disponibilidade atrelada à falta de um horário determinado
para as atividades pastorais é apontada como uma das causas predisponentes a
doenças.

Essas atividades frequentemente demandam uma alternância de emoções:


sepultamento pela manhã, reunião de liderança à tarde, casamento em final de
tarde e culto à noite; ou seja, a vivência, num mesmo dia, da dor e do luto, o
exercício da lógica e a preocupação, a celebração de momento de alegria, prédica
e exortação; e atreladas a essas atividades, todas as emoções sentidas, expressas e
contidas pelo veículo sagrado.

A função pastoral está atrelada a responsabilidades e preocupações com o reino


de Deus de uma forma ampla (crescimento do reino, manutenção, assistência a
líderes e a membros da igreja…) todas essas atividades dinâmicas causam
profundo desgaste físico e, às vezes, até emocional. Existem alguns fatores na
análise de uma depressão.

Fisiopatologia da depressão entre pastores

Fatores endógenos. Existem várias hipóteses para a depressão e uma das mais
aceitas é a biológica. Podem ocorrer deficiências dos neurotransmissores, como a
serotonina (substância que modula o humor, sono e apetite), a noradrenalina
(moduladora do humor), a dopamina (substância estimulante). O baixo nível de
captação neuronal dessas substâncias causa a depressão.

Fatores exógenos. Fatores ambientais, como por exemplo, o estresse,


circunstâncias adversas, problemas profissionais, familiares, momentos de perda,
de ruptura, etc., ou seja, trata-se de uma Depressão causada fundamentalmente
por fatores ambientais externos.

Sintomas. Os sintomas de depressão são muito variados e podem mudar de uma


pessoa para outra. Existe uma forma didática e básica para conseguir detectar
seus sintomas e são chamados: a) Inibição Psíquica, b) Estreitamento do campo
Vivencial e c) Sofrimento Moral.

a) Inibição psíquica

Inibição psíquica é o processo que leva o deprimido a ficar lento em suas ações.
Ela faz com que tarefas do cotidiano se tornem uma eternidade, pois não há
dinamismo mental. Compromete a memória, o rendimento intelectual e o verbal.

b) Estreitamento do campo vivencial (perda de prazer)

O estreitamento é uma expressão que representa a progressiva perda do prazer.


Essa evolução da depressão pode chegar a Anedonia, que é a incapacidade em
sentir prazer em suas atividades, até mesmo as que, no passado, geravam prazer.

Nessa fase, o individuo se fecha para o mundo, pois não há ânimo para as
atividades ocupacionais, as quais são substituídas por grandes períodos de
isolamento. Não existe vivência construtiva com os outros e nem consigo
mesmo. Nada mais pode gerar prazer.

c) Sofrimento moral (autoestima baixa)

Esse sentimento é caracterizado por sentimentos de menos valia. Trata-se de um


sentimento de autodepreciação, auto-acusação, inferioridade, incompetência,
culpa rejeição, fraqueza.

Dados demonstram que, na fase do sofrimento moral, é elevado o número de


pessoas com ideação suicida. A pessoa depressiva se vê como o pior ser humano
do mundo, e se acha o ser humano mais incompetente que existe. Para diminuir
ou acabar com essa dor, alguns buscam a saída no suicido.

Em sua pesquisa o Doutor em Psiquiatria e presbítero da Igreja Presbiteriana do


Brasil, Dr. Pércio, identificou algumas causas que levaram esse grupo amostral
de pastores à depressão. São elas:

Problemas com lideranças da igreja;

Baixa remuneração;

Mudança constante de igreja;

Falta de apoio da igreja local;

Pastor tem expectativas que não são correspondidas pela igreja;

Estresse relacionado à atividade pastoral;

Queixas das esposas com relação ao tratamento dado pela igreja;

Pecado;

Enfraquecimento na fé.

A Bíblia nos mostra homens que tiveram grande experiência com Deus e que
passaram por momentos de comprometimento de sua saúde. Elias foi um dos
personagens que passou por uma depressão. Mesmo tendo passado por este
período difícil de sua vida, Deus lhe mostrou uma saída.

Algumas intervenções
para superar a depressão

1) Abrindo-se para uma experiência diferente com Deus.

Vejamos o que nos ensina o texto de 1Reis 19: 5-21:

“E depois do terremoto um fogo, porém também o Senhor não estava no fogo; e


depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias,
envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu, e pôs-se à entrada da caverna. E eis que
veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias? Versos 12 e 13.
No quadro depressivo é comum as pessoas se fecharem para o mundo, porém
deve-se incentivar a busca da cura através de uma experiência com Deus, pois
Ele sabe como nos ajudar nesse processo. Elias só conseguiu superar seu
problema devido a essa experiência espiritual que mudou sua vida e seu
ministério.

2) Sabendo que nossa missão é importante para Deus

“E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e
vem, e unge a Hazael rei sobre a Síria.” Verso 15.

Deus estava reafirmando que a tarefa de Elias era importante para a nação de
Israel, naquele momento. O cenário espiritual político estava em declínio e Elias
era o homem que seria usado para promover mudanças. Quando alguém entra no
quadro depressivo, logo, para ele, seu trabalho, família e comunidade não têm
mais importância. É necessário realçar que Deus, em seus propósitos, conta com
aquela pessoa, com seus serviços.

3) Superando a decepção com o próximo

“E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos,
porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares, e
mataram os teus profetas à espada; e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma
tirarem.” Verso 14.

A depressão de Elias era exógena. A falta de compromisso das pessoas, o


descaso com o sagrado, a superficialidade fizeram com que lhe aflorasse a
depressão. Pessoas com o perfil de perfeccionismo podem, no decorrer do
ministério, se frustrar, pois vão encontrar pessoas descompromissadas. É
necessário saber que nossa missão, como pastores, é oferecer apoio e alimento
espiritual e caberá ao outro decidir pela escolha. Desta forma teremos claro, em
nossa consciência, o senso de dever cumprido.

4) Utilizar o modelo comportamental adotado por Jesus.

Jesus é nosso modelo perfeito em tudo. Ele possuía engajamento social saudável.
“E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia, e estava ali a
mãe de Jesus. E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as
bodas.” João 2: 1-2.

Um dos fatores exógenos que leva à depressão é o distanciamento social. Jesus


demonstrou muitas vezes estar envolvido com eventos sociais saudáveis.

Dentro da agenda de Jesus, ele destinava períodos para recarregar suas energias
vitais, dando tempo para a reflexão, descanso da fatiga gerada pela ministrações.
É de suma importância que o ministro saiba desfrutar também de tempos para
renovação física e mental, afastando, assim, alguns motivos que desencadeiam a
depressão.

A depressão não escolhe idade nem classe social, e nenhum de nós está isento de
passar por ela. Por isso, é de suma importância que nós, ministros, estejamos
atentos para esses sinais, pois o diagnóstico precoce e a prevenção ainda são o
melhor remédio para cura.

Estamos a serviço do Senhor, mas somos de carne e osso. Não oculte de seu
médico suas preocupações e ele poderá indicar os exames necessários ou mesmo
encaminhá-lo a um especialista.

Novembro de 2014

………………..

Bibliografia

1 – http://www.estadao.com.br/noticias/geral,oms-depressao-sera-doenca-mais-
comum-do-mundo-em-2030,428526,0.htm
Acesso em 12/02/2009.

2 – http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=301&sec=26
Acesso em 01/03/2008.

3 – Deus G. Ribeiro Pérsio. Um Estudo da Depressão em Pastores Protestantes.

4 – LOTUFO NETO, F. Psiquiatria e religião. A prevalência de transtornos


mentais
entre ministros protestantes. 1977. Tese (Livre-Docência)–Universidade de
São Paulo, São Paulo, 1977

5 – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação de transtornos


mentais
e de comportamento do CID 10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas.
10. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. UNISINOS. Stress na vida religiosa.

Tratativa sobre o câncer de próstata –


Novembro de 2014 e novembro de 2017
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Alessandro Francisco da Silva /por admin

Superando preconceitos:
um enfoque sobre a saúde masculina

Ter o dom da vida é um grande milagre de Deus. Desde quando nascemos até
quando já estamos com a idade avançada, desfrutamos desse privilégio. No
entanto, precisamos focar nossa atenção na qualidade de nossa saúde e isso em
cada etapa de nossa vida, pois passamos por mudanças biológicas e físicas a cada
fase que vivemos. Quando pensamos na saúde masculina, faz-se necessário
destacar a atenção que esta merece, principalmente a partir dos quarenta anos de
idade. Cada período de nossa vida deve ser desfrutado ao máximo possível, não
nos esquecendo dos riscos e cuidados que cada um deles merece.

Pensando nisso, gostaria de abordar os cuidados especiais que nós os homens


precisamos ter com nossa saúde, relacionada à área urológica.

O apóstolo João, em sua terceira Carta, demonstra preocupação com a vida


espiritual como também com a vida física (a saúde) dos irmãos de sua época. Ele
intercede para que os cristãos tenham boa saúde. Amado, oro para que você tenha
boa saúde e tudo corra bem, assim como vai bem a sua alma. 3João 1:2.

A palavra de Deus contempla o ser humano em todas as suas esferas, pois a


palavra salvação tem sua origem no grego soteria, transmitindo a ideia de cura,
redenção, remédio e resgate. No latim salvare, que significa salvar´, e também de
`salus´, que significa ajuda ou saúde. Na 3ª Epístola de João 1:2, o termo boa
saúde aparece significando estar saudável. Porém sabemos que estar saudável
todo tempo é impossível, pois a cada momento nosso sistema biológico está em
transformação e se defendendo de todo tipo de agressão. Mas, no tocante à saúde
masculina, temos de nos preocupar, pois com o passar do tempo algumas doenças
podem aparecer.

A partir dos 40 anos

A partir dos 40 anos é de fundamental importância que o homem cuide de sua


vida urológica, buscando assim prevenir um dos grandes males da saúde
masculina chamado câncer de próstata. São recomendados exames de rotina a
partir dos 45 anos para aqueles que não têm casos familiares de câncer, e aos 40
anos para os que, entre seus familiares, há casos de câncer.

A próstata é uma glândula masculina que se localiza entre a bexiga e o reto. Essa
glândula participa da produção do sêmen, líquido que carrega os espermatozoides
produzidos no testículo. Ela envolve a uretra e seu tamanho normal é de uma
azeitona. A próstata, como todo o aparelho sexual masculino, tem o seu
funcionamento regulado pelos níveis de testosterona circulantes, o hormônio
masculino.

Os riscos

O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior


incidência nos homens.

Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem em homens com mais de 65
anos. Quando diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de mortalidade
reduzidos. No Brasil, é a quarta causa de morte e corresponde a 6% do total de
óbitos por este grupo.

Segundo estimativa de pesquisa sobre a incidência de Câncer no Brasil, realizada


pelo Instituto Nacional do Câncer em 2010/2011, a população masculina do Rio
Grande do Sul é a que está sujeita a mais casos de câncer de próstata, sendo de 80
para cada 100 mil homens, por ano.

Na maioria dos homens, o câncer de próstata não apresenta qualquer sintoma na


fase inicial de desenvolvimento da doença. Entretanto, alguns homens podem
sentir os seguintes sinais:
Conheça os sintomas

Jato de urina muito fraco ou reduzido;

Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite;

A sensação de que sua bexiga não se esvaziou completamente


e ainda persiste a vontade de urinar;

Dificuldade de iniciar a passagem da urina;

Dificuldade de interromper o ato de urinar;

Urinar em gotas ou jatos sucessivos;

Necessidade de fazer força para manter o jato de urina;

Necessidade premente de correr ao banheiro – pode,


inclusive, ocorrer que a urina vaze antes que chegue ao banheiro;

Sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos) e

Sintomas menos comuns como dor durante a passagem


da urina, dor quando ejacula ou dor nos testículos.

O exame preventivo independe desses sintomas, pois, sendo preventivo, deve ser
realizado mesmo que não existam sintomas.

***

Homens mais jovens também podem ser afetados, mas são casos raros. O risco
de desenvolver câncer de próstata aumenta com a idade. Mas o histórico familiar
também é importante. Se um parente próximo (pai ou irmão) tem câncer, é
necessária maior atenção e controle. Os riscos aumentam ainda mais caso um
parente próximo tenha sido diagnosticado com câncer com idade inferior a 60
anos.

Segundo pesquisas americanas, homens da raça negra têm mais câncer de


próstata que homens da raça branca, e mais que homens de origem oriental.

Prevenção
Quanto mais precocemente se diagnostica um tumor, maiores são as chances de
cura, sendo diagnosticado no início as chances são de 90% de cura.

Os exames mais comumente realizados para se detectar esse tipo de câncer,


precocemente ou não, são o toque retal, o exame de ultrassonografia transretal e
o exame de PSA (antígeno prostático-específico).

Preconceito

O estudo “Saúde Masculina, o Homem e o Câncer de Próstata” foi realizado em


Belo Horizonte, Belém, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre,
Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, entre os dias 2 e 7 de
outubro de 2009 e revelou dados impressionantes. Entre eles: por que os homens
não fazem o exame? A resposta pode estar no preconceito e machismo. O
levantamento mostrou que 77% concordam que os homens não fazem exame de
toque retal por preconceito e 54% percebem que os homens têm medo do exame.
Mas, quando questionados sobre a não a realização do exame, apenas 8%
admitem preconceito em relação ao toque, enquanto 13% afirmam descuido,
preguiça, relaxo e falta de tempo.

“Ninguém vai dizer que é preconceituoso, pois não é politicamente correto, mas
se admitíssemos o preconceito, talvez estivéssemos indo mais ao médico. O
problema é que o homem foi educado para ser Super-Homem. Pra eles doença é
sinal de fragilidade”, explica Schubert.

Sobre o exame realizado para diagnóstico do câncer de próstata, dados da


pesquisa mostraram que 47% dos homens já fizeram o PSA (exame sanguíneo) e
54% têm conhecimento de tal exame. O coordenador Schubert, no entanto,
reforça que para detectar o câncer de próstata é importante fazer dois exames,
tanto o PSA, quanto o exame de toque, apenas os dois testes conjugados vão
poder ajudar a verificar a presença de um problema na próstata ou a ausência
dele.

Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com
menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco do
câncer. Especialistas recomendam pelo menos 30 minutos diários de atividade
física e procurar manter o peso adequado à altura.
Caros colegas, quantas vezes levamos nossas esposas e filhas ao médico, porém
sempre adiamos nossa vez.

É crescente o número de homens que, quando procuram o medico, já estão em


estado avançado de certas enfermidades, a quem, em muitos casos, o medico diz:
você deveria ter feito o exame preventivo há 10 ou 15 anos, e agora só nos resta
administrar o problema advindo da enfermidade. Quantas pessoas à nossa volta
que, se tivessem realizados exames preventivos, teriam grandes chances de cura
de suas enfermidades.

Somos educados a cuidar bem da nossa vida espiritual e nos esquecemos da vida
física e saúde. Usando as palavras de João: Amado, oro para que você tenha boa
saúde e tudo corra bem, assim como vai bem a sua alma, 3João 1:2, precisamos
rever nossas necessidades e procurar, na mediada do “possível”, cuidar de nossa
saúde como cuidamos de nossa alma. Quantas famílias hoje são privadas da
presença do sacerdote do lar devido à falta de um simples ato que poderia ter sido
tratado há anos.

Que Deus me ajude e que Deus nos ajude nessa mudança de paradigma.

……………..

* O pastor Alessandro Silva é enfermeiro pela Universidade Anhembi Morumbi


(Ênfase em Saúde Mental), formado pela Faculdade de Ciências Biológicas da
Universidade
de Santos e trabalha com Aconselhamento Pastoral CPPC – Corpo de Psicólogos
e Psiquiatras Cristãos.

O pregador vivendo o avivamento –


Dezembro/2006
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Agenor Pereira da Silva /por admin
Uma análise contextualizada
do ministério de João Batista

Entre Malaquias, a última voz do Antigo Testamento, e a manifestação de João


Batista, Mateus 3: 1-11, decorreram mais de 400 anos. No Novo Testamento,
vamos nos deparar com João pregando ardentes mensagens sobre
arrependimento. As pessoas entendiam que estavam erradas, confessavam sua fé
no Messias e eram batizadas. Ele trouxe um vigoroso avivamento espiritual. Sua
vida e ministério muito têm a nos ensinar.
O ministério do pregador avivado

1. a) Brevidade, 1. João exerceu um ministério de pouca duração, mas


seus resultados e frutos foram poderosos, profundos e abundantes. O
ministério do homem de Deus não depende de tempo, da pessoa ou de
posição social, política e econômica, mas da maneira como ele se sujeita
a Deus.

Um ministério avivado, frutífero e próspero nasce de um pregador que, mesmo


tendo pequeno tempo e espaço, deixa-se dirigir pelo poder do Espírito Santo de
Deus. E, esta graça, em pouco tempo e em qualquer lugar, é evidenciada no seu
ensino, em suas pregações, no seu carisma de administração, na ação do Todo-
poderoso sobre sua vida. Precisamos de avivamento em nós pregadores como foi
o de João Batista, Lc 1: 15; Jo 5: 35.

1. b) Ambiente, 1. Pregando no deserto, como arauto de seus tempos,


anunciou, proclamou mensagens que lhe foram comunicadas pelo Senhor,
Dn 3 e 4. Como mensageiro de Deus, foi fiel à vontade divina com
intensidade e submissão, a ponto de dar sua vida pelo propósito, Mt 14: 3-
10.

O ambiente era o deserto árido e vazio por causa da solidão espiritual que
predominava há séculos entre o povo. Não muito diferente de hoje quando,
externamente, há templos suntuosos ou divertimentos e muitos lugares que
proporcionam prazer, mas, no seu íntimo, as pessoas vivenciam a solidão, estão
áridas, como um deserto opressivo. Isso tem sido real na vida de milhares.
Somente o avivamento na vida e no ministério do pregador hoje pode reverdecer
muitos desertos, levando-os ao florescimento, Is 35: 1.

4. c) A modalidade de vida, 4. O estilo de vida de João Batista era


campestre e simples, típico de região desértica. Tudo era tão rústico,
inclusive suas vestes e alimentação. O homem de Deus deve abster-se de
ostentações e exageros na sua maneira de viver, principalmente aqueles que
se dedicam expostamente à dignidade e formação de caráter do santo
ministério.

O ensino doutrinário do pregador avivado


A base dos ensinos e pregações de João Batista era a doutrina do
arrependimento: “Arrependei-vos”, v. 2 e 11, gritava ele. Esse imperativo
também foi o princípio do ministério evangelístico de Jesus, Mc 1: 1-4. Que os
pregadores avivados possam trazer de volta, aos nossos púlpitos, pregações
poderosas sobre o arrependimento, segundo as modalidades de João e seu primo,
Jesus Cristo.
2. a) Arrependimento. O “arrependimento para a redenção” de que a
Bíblia fala, 2Co 7: 10, não é um simples remorso, tristeza, sentimentos
ou pesar passageiro e descomprometido com a realidade cristã bíblica.
Arrependimento para redenção, salvação da alma, é uma mudança
geral na alma e na vida do pecador que se entrega a Jesus Cristo como
seu salvador. Daí a mudança no caráter, no comportamento, na
condição espiritual, mudança de donos, de destino eterno. Seus desejos,
seus hábitos passam a ser outros, 2Co 5: 10, 17; Rm 12: 1-2.
3. b) A importância. O Mestre Jesus pregou enfaticamente sobre o
arrependimento, Mt 4: 17. E ordenou que pregasse o arrependimento
aos pecadores, Lc 24: 27. Então os apóstolos, obedecendo à ordem do
Mestre, pregavam o arrependimento e as igrejas cresciam, At 2: 38; 3:
19; 3: 31.
4. c) A urgência. Deus anuncia a todos os homens que é “agora” a hora da
decisão, At 17: 30. Razões da urgência: “Porque é chegado o reino de
Deus”, Mt 3: 2; “Porque ele é parte do preparativo do caminho do Senhor”,
Mt 3: 3; “Porque o Rei Jesus, o Messias proclamado por João Batista e
pelos profetas anteriores, já havia chegado”, Jo 1: 23-31.
Ênfases do texto para meditar: João viu a Jesus e disse: “Eis o cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo, Ele é maior que eu, Ele é antes de mim”. “Eu
batizo com água para arrependimento”, Mt 3: 11; Ele vos batizará com Espírito
Santo e com fogo, Mt 3: 11b.
 Os ouvintes do pregador avivado
Multidões vindas de toda parte, com sede da Palavra de Deus, dirigiam-se ao
pregador avivado, destemido, poderoso no ensino e ungido de autoridade divina.

6. a) A repercussão, Jo 10:41 e Mt. 3:5 e 6. As notícias da unção de Deus


que emanavam do pregador e ensinador sobre Jesus chegaram a todas
as regiões. O maior milagre na vida de João era seu caráter, sua vida
com fidelidade a Deus, com marcas radicais de uma comunhão com
Deus que noticiavam às multidões uma vida transformada em Cristo,
inclusive de grandes pecadores.
7. b) Os resultados. João, como pregador avivado, sugere aos
ensinadores de nossos dias que, num avivamento cheio do Espírito
Santo, as multidões, inexplicavelmente, buscam a salvação. Através do
poder persuasivo e atrativo “ia ter com Ele o povo de Jerusalém e de toda
a Judeia e de toda província adjacente do Jordão”. Todos ouviram sobre
o arrependimento e vida transformada aos pés de Cristo e eram
batizados, Mt 3: 6. Se hoje os pregadores e as igrejas voltarem às
origens terão os mesmos resultados.

O sucesso ministerial do pregador avivado

Onde estaria a origem do sucesso desse homem? O grande Deus que chama,
vocaciona e prepara é o que faz tudo isso. João era desconhecido. Era do deserto.
Seus trajes não ofereciam nada que despertasse ou chamasse a atenção das
multidões, Lc 7: 24-28. Só que ele tinha elementos em seu mistério que
precisamos descobrir para sermos vitoriosos em nosso trabalho.

O que ele era e o que tinha? João era homem de Deus, ungido, temente, fiel,
simples e obediente ao seu chamado. Tinha poder e autoridade, zelo pelo
ministério, mensagens ungidas e discernimento, pois conhecia os que de fato se
arrependiam, Mt 3: 7.

1. a) Formando discípulos. João formava homens que permaneciam sob


suas ordens. Aos seus pés, aprendiam sobre o mistério de Deus, Lc 7: 18-19;
11: 1. Depois, os discípulos de João seguiram a Jesus, Jo 1: 35-42. Nisso é
revelada a profundidade do testemunho de João Batista sobre Jesus. Seus
discípulos tornaram-se os primeiros discípulos do Mestre Jesus, que
maravilha!

No glorioso avivamento acontecem muitas decisões para uma nova vida.


Conscientes da nova filiação, muitas vidas são batizadas. O batismo por imersão
jamais deve ser realizado como um mero rito ou um meio de acrescentar mais
membros ao rol, mas sim como uma prática da ordenança de Cristo Jesus. Temos
de executar com seriedade, pois o batismo nas águas é uma figura da morte e
ressurreição de nosso Salvador.

23. b) Ensinando avivamento – O arrependimento dos pecadores e


sua conversão são obras do Espírito Santo. Por isso, é importante existir
humildade no crente, no líder, no pregador e no educador. João foi visto
por Jesus como o maior profeta, Mt 11: 11, mas nunca se proclamou
como tal, nem quando insistiam com ele, Jo 1: 19-23. Ele apenas disse
que era: “a voz do que clama no deserto”.

João batizou com água para arrependimento e, com o exemplo de Jesus, o


batismo passou a fazer parte do Cristianismo. Ele também falou sobre batismo
com o Espírito Santo e com fogo, que começou a ser cumprido no Dia de
Pentecostes. Essa experiência é tão profunda na esfera espiritual como o batismo
nas águas na esfera do natural.

Conclusão

O avivamento deve ser uma constância na vida do pregador. Sem ele, não pode
ter poderosas mensagens ungidas que conduzem o pecador ao arrependimento e à
salvação. Então, você está sendo desafiado a buscar o avivamento para sua vida
pessoal e ministerial. Que Deus o abençoe.

……………………………

Fonte: Jornal Aleluia de dezembro de 2006

O avivamento e seus recursos básicos –


Fevereiro/2007
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Agenor Pereira da Silva /por admin
O profeta Habacuque
é lembrado por causa de sua mensagem
de avivamento para seus dias, a qual,
pela sua profundidade, alcança também
a Igreja de hoje.

Por várias vezes, o povo hebreu, envolvido com as lides da vida material,
afastou-se do Senhor. Esse estado de abandono das coisas de Deus, de
esquecimento dos deveres espirituais, de valorização mais das práticas mundanas
que as religiosas também permeou a história da Igreja e, infelizmente, chega até
hoje. Mas Deus, na sua misericórdia, sempre levantou líderes, profetas,
pregadores, homens que estiveram dispostos a enfrentar esse estado negativo e
prontos a proclamar a autêntica e pura vontade do Senhor.

Estudaremos um destes homens, em Habacuque 3: 1-19. O profeta Habacuque é


lembrado por causa de sua mensagem de avivamento para seus dias, a qual, pela
sua profundidade, alcança também a Igreja do terceiro milênio. Sua palavra
sustenta os filhos de Deus, os cristãos de nossos dias, diante do grande risco de
sermos infectados pela mornidão espiritual que assola algumas de nossas igrejas,
como já acontecera ao tempo de João e está narrado em Apocalipse 3: 15 e 16.

Habacuque e sua época

O profeta Habacuque viveu numa das épocas mais conturbadas da história de


Israel. Homem de oração, de profunda comunhão com o Senhor, teve o privilégio
de ver, com clareza o que estava ocorrendo e as consequências que adviriam de
tanta desobediência e afastamento do Senhor.

Para que sua pregação e testemunho permanecessem, ele escreveu sua mensagem
num livro preciosíssimo. Além dos problemas espirituais de afastamento do
Senhor, havia graves problemas internos e ex-ternos em seu país.

● Externamente, a nação, por ser pequena, sentia-se insegura diante da ameaça


da Babilônia (que hoje é o Iraque) e era um poderoso império. Temida por causa
das atrocidades de seu exército, havia vencido os assírios e se preparava para
atracar Israel: “Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que
marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas”,
Hc 1: 6.

● Internamente, Israel vivia um tempo de declínio espiritual e moral. Imperavam


a violência, a iniquidade, a opressão, a injustiça (1: 1-4); Nessa fase o povo
estava longe de Deus e chegavam até a praticar a idolatria: “Ai daquele que diz à
madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! Pode o ídolo ensinar? Eis que está
coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum”. Enfim,
havia um fracasso nacional, como descrito em Hc 1: 2-5.

Notamos que os homens que não servem a Deus agem da mesma forma em todas
as épocas: exploração do próximo, enriquecimento ilícito, ameaças, violência e
assim por diante.

Habacuque sofria duplamente, pois via esse quadro de falta de temor em seus
compatriotas e o Senhor lhe revelava o que iria acontecer ao seu país nos
próximos e anos, que era a irreversível invasão por parte dos babilônios, Hc 1: 6-
8, e o cativeiro.

De fato, a invasão e o cativeiro ocorreram. Narra a história bíblica que, em 586


AC, o exército babilônico cercou Jerusalém. Depois de uns tempos, tomaram a
cidade, prenderam o rei Zedequias, furaram-lhe os olhos, incendiaram o templo e
queimaram as edificações mais importantes, fizeram de seus líderes e habitantes
prisioneiros, que foram levados ao cativeiro, Jr 52: 4-30 e 2Rs 25: 1-10.

Habacuque e seu livro

Pouco se sabe sobre a vida de Habacuque, a não ser o que se pode deduzir de seu
livro, classificado entre os profetas menores por ter apenas três capítulos.
Diferente dos demais, não há profecias contra países vizinhos ou pessoas, mas
revelações do que Deus lhes mostrara, suas orações e reflexões.

Provavelmente atuasse no templo na área do louvor, como instrumentista ou


cantor, Hc 3: 19.

Podemos destacar três afirmações muito importantes em seu livro:


a) “o justo viverá pela sua fé”, 2: 4. Esta declaração inspirou o apóstolo Paulo a
escrever a Carta aos Romanos (Rm 1:7) e, posteriormente, a Martinho Lutero,
que a tomou como base para a Reforma Protestante.

b) Os últimos versos de seu livro são considerados a mais elevada expressão de


fé de todo o Antigo Testamento, 17-19.

c) O versículo “Aviva, ó Senhor, a tua obra”, 3: 2, revela sua insistência com


Deus pela mudança do coração dos homens. E tem sido o lema dos anseios de
renovação nas Igrejas.

Habacuque e a Igreja de hoje

Que lições podemos tirar dos ensinos desse homem de Deus para nossa vida
espiritual e para nossas igrejas hoje?

É tempo de clamar por um avivamento. Habacuque percebeu que seus


compatriotas precisavam mudar seu comportamento espiritual. Por isso, se
coloca diante de Deus e roga que os olhos deles sejam abertos para a maior das
necessidades, que é a de estar mais perto do Senhor e viver seus princípios.

A essa prática espontânea no modo de servir ao Senhor é que chamamos de


avivamento ou renovação espiritual. Ela resultará na ação poderosa, irresistível
do Espírito Santo, que se sobrepõe a qualquer força.

Quando o avivamento acontece, a renovação aparece e, consequentemente, seus


grandes e necessários resultados surgem. A Igreja avivada cria crentes avivados.
Seus membros tornam-se ativos, buscam ao Senhor, Is 55: 6, deixam de ser
simples admiradores e ouvintes e passam a realizadores, Jó 42: 5. “Eu te
conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem”. Os crentes
espirituais, 1Co 2: 15, são ativos e produtivos na obra do Senhor, Ap 22: 11.

É tempo de orar com profundidade. Orar crendo, orar buscando com sinceridade,
orar tendo certeza de que está falando com o rei do universo. Orar para que Deus
conceda um avivamento pessoal e coletivo com poder, glória e soberania.
Vigílias, orações que partam do profundo de uma alma preocupada e que se
derramem diante de Deus.
É tempo de buscar os meios de graça. A Bíblia enfatiza, tanto no Antigo como no
Novo Testamento, que os grandes eventos foram antecedidos, marcados e
alcançados com jejum, arrependimento, confissão, quebrantamento, espírito de
humildade junto ao Deus que santifica, Josué 3: 5.

É tempo de valorizar a Palavra de Deus. Levar para a Igreja a eficiente palavra


que vem como fogo e como martelo que esmiúça a penha do pecado, Jr 23: 29.
Palavra abundante, fluente, poderosa, reavivadora como um carro forte. A
palavra do Senhor é o agente ativo e divino para gerar o avivamento de que
desesperadamente a Igreja precisa.

A Igreja carece de púlpito e de ensino que exponham as excelências do Espírito


Santo e o culto ao Senhor tem de ser realizado com seriedade e espiritualidade.

É tempo de louvar o Senhor no poder do Espírito Santo. No andamento de um


culto, o louvor ministrado com unção e testemunho de vida faz a glória de Deus
se manifestar. Mas o louvor, se não for vigiado, pode ser a porta para entrada de
costumes os mais indesejáveis na Igreja. Temos de clamar por avivamento de
fogo em nossos louvores e zelar pela liturgia que agrade do Senhor e não aos
homens, Amós 5: 21.

É tempo de buscar o temor a Deus e seus resultados. Se não houver temor


constante, o crente vai perdendo a noção dos valores espirituais, dos perigos que
o cercam, perde o repúdio ao mal, ao pecado, perde a sensibilidade para com os
valores divinos e santos do Senhor. Isso empobrece sua vida espiritual. Quando
os valores espirituais são apagados, há impedimento de acesso àquela vida de
santidade e de retidão a Deus que é de suma importância para sua vida ministerial
e no seu viver cotidiano, Habacuque afirma: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e
temi”, 3: 2.

Conclusão

O que Deus fez ontem pode fazer hoje, Hab. 3: 3. Deixemos o Senhor ficar no
controle da Igreja. Para isso, devemos orar como o profeta Habacuque. “Aviva, ó
Senhor, a tua obra no meio dos anos”, 3:2. E, se isso fizermos, o tão precioso
avivamento certamente virá, a renovação se firmará e todos os pastores e igrejas
triunfarão na plenitude do Espírito Santo.
……………………………

Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de 2007

Entrevista – Somos parte significativa da


Igreja do Senhor Entrevistador: Pr.
Émerson Garcia Dutra – Julho/2002
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

Entrevista concedida
pelo Pastor Advanir Alves Ferreira,
presidente da IPRB,
ao pastor Émerson Garcia Dutra, titular
da Secretaria Central da IPRB

PANORAMA DA IPRB EM 2002

A igreja evangélica vem se consolidando no Brasil de uma forma gradativa e


constante. Informações do último Censo apontam que os evangélicos cresceram
70,7% nessa última década. Ficamos felizes porque a IPRB tem sua participação
nesse crescimento, pois nesses últimos 10 anos seu número de membros
multiplicou-se. Esse resultado evidencia a boa aceitação de sua linha doutrinária
e de seu trabalho social.

O crescimento revela que sua membresia foi conquistada em razão de sua


mensagem libertadora, pregada através de um evangelismo dinâmico. E revela
ainda mais: que a Igreja Renovada tem estrutura suficiente para continuar
crescendo, servindo ao povo brasileiro, às famílias em conflitos, aos
desesperançados, levando-lhes a autêntica e bíblica mensagem de Jesus.

No 3º domingo de julho, a IPRB estará louvando e agradecendo ao Senhor pelos


27 anos de sua organização. São quase três décadas de um árduo e constante
trabalho em busca dos pecadores para o reino de Deus. Nesse período, surgiram
muitas barreiras que tentaram impedir a marcha da Igreja, mas nem por isso ela
estagnou-se. Pelo contrário, a Renovada vem demonstrando, ao passar dos anos,
que não é apenas mais uma igreja evangélica neste país, mas, na verdade, é uma
Igreja que tem procurado dar uma contribuição positiva para a melhoria de vida
material e espiritual de nosso povo, Mt 5: 13-14.

Aproveitando o momento desta festiva data, quando todas as IPRs estarão


tributando ao Senhor louvor e adoração por mais um ano de vitórias, o leitor terá
a oportunidade, através desta entrevista elaborada pela Secretaria Central (SC),
de saber o que pensa o presidente da IPRB, pastor Advanir Alves Ferreira, e o
que ele tem a dizer aos membros, às lideranças e aos pastores da Igreja.

SC: Como está sendo o relacionamento


da IPRB com as demais igrejas
evangélicas no Brasil?

Presidente: Somos uma parte da Igreja de Jesus – O corpo de Cristo. Nossa


missão, juntamente com as demais igrejas, é a de evangelizar e ganhar o Brasil e
o mundo para Cristo. Para isso, consideramos cada denominação que tem bases
bíblicas sólidas como coirmã e evitamos polemizar ou questionar, pois isso seria
uma forma de julgamento. Toda vanglória e partidarismo não agradam a Deus,
geram isolacionismo e são um mau testemunho diante da comunidade.
Considerando a todos como irmãos venceremos qualquer tipo de barreira
denominacional, e o Senhor será glorificado em nosso meio.

SC: O que poderia ser feito


para que as igrejas evangélicas
se tornassem mais unidas?

Presidente: É possível ser a Igreja de Jesus sem perder sua identidade. Para
sermos mais unidos, é necessário que cada igreja respeite e reconheça o trabalho
das demais, ou seja, sua maneira de trabalhar. Eu até acredito que Deus confiou a
cada denominação um ministério específico. Já pensou se a Igreja no seu todo
fosse da mesma maneira, fizesse tudo de igual para igual? Se assim acontecesse,
como é que iríamos conseguir alcançar os diversos tipos de pessoas? É preciso
haver unidade nos propósitos de salvação, pois só assim iremos fazer Cristo
conhecido, Jo 17: 21.
SC: Como o Senhor avaliou
o resultado do Censo
sobre o crescimento dos evangélicos?

Presidente: Nos últimos 10 anos, a igreja evangélica brasileira cresceu mais de


70%; portanto, a tendência é de que esse crescimento seja avassalador nas
próximas décadas. Estou crendo que Deus vai derramar um grande avivamento
sobre o seu povo, e os evangélicos ainda serão maioria nesta nação. A igreja
precisa se despertar e sonhar com essa realidade. De posse desse derramar do
Espírito, sua mensagem será mais viva e poderosa e como resultado desse fato
vidas se converterão e os milagres serão uma conseqüência dessa bênção.

SC: Dizem que a igreja evangélica


brasileira será o celeiro
de missões mundiais. O irmão vê dessa forma?

Presidente: Creio que sim. O brasileiro é sempre bem recebido no exterior, é um


povo simpático e amigo. Acredito que temos tudo para ser esse celeiro. Por outro
lado, somos devedores àqueles que trouxeram o evangelho ao Brasil.
Reconhecemos que a igreja evangélica brasileira já vem sendo uma igreja
missionária. Temos muitos missionários trabalhando aqui e fora do país. Mas
para que ela seja esse celeiro, é necessário desprender-se muito mais, porque a
obra de Deus requer profunda paixão pelos pecadores e recursos para seu
sustento.

SC: Como o irmão avaliaria


a IPRB após as reformas
estatutárias ocorridas na última Assembléia?

Presidente: Já fazia algum tempo que a Igreja vinha clamando pelas reformas. A
Igreja não pode deixar-se amarrar por leis ou regulamentos, se esses estiveram
impedindo seu progresso. As reformas foram necessárias e foram muito bem
feitas. Estamos ainda assimilando as mudanças. Mas já se pode perceber que as
IPRs de modo geral aceitaram bem as alterações, pois representam aquilo que
seus líderes pensam. Mas não podemos nos esquecer de que a Palavra de Deus é
a nossa bússola. É ela que deve conduzir o cristão a uma vida de santidade ao
Senhor. Jesus disse: “santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”, Jo 17:
17. Estamos no caminho certo, pois Deus tem guiado sua Igreja.

SC: Com isso, a Igreja


tem-se demonstrado
madura e compromissada com o reino?

Presidente: Tudo indica que sim. A própria Assembléia que promoveu as


reformas deu prova desse fato. Uma reunião que deveria demorar praticamente
três dias foi realizada num dia de trabalho. Isso revelou maturidade e firmeza por
parte das lideranças. Tenho visitado Presbitérios e visto que as igrejas estão
alegres, firmes e preocupadas com a evangelização de vidas.

SC: Considerando estes 27 anos


de organização, pode-se afirmar
que a IPRB é uma Igreja estruturada?

Presidente: Claro que sim. Somos uma igreja equipada. Temos dois Seminários,
que se empenham na formação de obreiros com bom nível cultural e espiritual;
uma Editora que vem produzindo obras de qualidade, o jornal que serve como
instrumento para amalgamar a denominação, as Revistas de EBD, que oferecem
segurança doutrinária para a Igreja e todo tipo de material para as secretarias. Na
área de missões, a Missão Priscila e Áquila tem realizado excelente trabalho.

A Renovada é hoje uma igreja reconhecida e conceituada. No dia 28 de fevereiro


deste ano, por exemplo, a Câmara de Deputados de Brasília homenageou a IPRB
por seus 27 anos de organização no Brasil. Neste ano recebemos a visita de
líderes da Knox Fellowship, um grupo de renovação da Igreja Presbiteriana dos
Estados Unidos, voltado ao treinamento para evangelismo e discipulado de
Igrejas locais e presbitérios, que se mostraram interessados em estreitar relações
com a IPRB e já nos convidaram para participar de reunião da Diretoria da Knox
nos Estados Unidos, o que faremos no próximo mês de agosto.

SC: Quais os projetos


para o crescimento da denominação?
Presidente: A Diretoria Executiva, em sua última reunião, lançou um projeto que
envolve todos os presbitérios, instituições, pastores e lideranças da IPRB. Esse
planejamento que visa ao crescimento e à dinamização das igrejas precisa ser
levado a sério. Agir como a igreja dos tempos primitivos, ou aquela que não
esteja enclausurada entre quatro paredes deve ser o sonho de cada pastor ou
liderança. Uma estratégia forte que a Igreja Primitiva aplicava eram as reuniões
de casa em casa. Ainda hoje, essa estratégia, que tem recebido os mais diversos
nomes, poderá ser o ponto chave de crescimento da obra de Deus.

SC: O que cada igreja


ou cada Presbitério poderia fazer
para que a IPRB se tornasse mais contextualizada?

Presidente: Poderia procurar servir-se mais dos avanços tecnológicos atuais, sem
perder de vista os princípios da Palavra de Deus. Embora não sejam
indispensáveis, são fundamentais como estratégia auxiliar de trabalho. Como
pode o pastor trabalhar sem um veículo? Já imaginaram o que o apóstolo Paulo
faria se tivesse em seu escritório um computador, na igreja os equipamentos de
som, os meios de comunicação, ou se tivesse ao seu alcance os recursos que
temos hoje? A Igreja dos primeiros séculos não possuía nada disso, mas mesmo
assim fez muito para o reino de Deus. Não há dúvidas de que as nossas igrejas
precisam se contextualizar e trabalhar sem se contaminar com o mundo.

SC: O irmão tem enfatizado


em suas mensagens a necessidade
de um reavivamento espiritual. Por quê?

Presidente: Prego e continuarei pregando a necessidade de um reavivamento


espiritual legítimo e completo. Essa é a mensagem da Renovada. Prego porque
acredito que somente através dele a igreja será despertada. E haverá
desprendimento, vida com Deus e santificação. Uma verdadeira vida de oração e
comunhão só será alcançada quando isso acontecer. Todo partidarismo, divisão e
falta de amor serão desfeitos com essa bênção. Devemos desejar esse derramar e
rogar ao Senhor para que esse dia chegue logo. A IPRB será outra quando isso
acontecer.
SC: Tem uma palavra
para a Igreja Renovada nesta data?

Presidente: Desejo que nesse dia, 3º domingo de julho, sejamos imensamente


gratos a Deus e nos tornemos mais próximos do Senhor. Lembremos sempre de
que a Renovada é fruto da vontade de Deus, e não da vontade do homem. Vamos
unir nossas forças e deixar um pouco as críticas ferinas de lado. Nas cidades onde
há mais de uma Igreja, procurem irmanar-se, trabalhar juntos. Façam isso em
nome de Jesus. Procurem realizar com amor a obra de Deus. Fiquemos com as
palavras do apóstolo Paulo: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por
humildade”, Fl 2: 3.

Maringá, julho de 2002

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2002

Entrevista Panorama da IPRB em 2002


13 de junho de 2018/0 Comentários/em Abel Amaral Camargo /por admin

Entrevista concedida
pelo Pastor Advanir Alves Ferreira,
presidente da IPRB,
ao pastor Émerson Garcia Dutra, titular
da Secretaria Central da IPRB

PANORAMA DA IPRB EM 2002

A igreja evangélica vem se consolidando no Brasil de uma forma gradativa e


constante. Informações do último Censo apontam que os evangélicos cresceram
70,7% nessa última década. Ficamos felizes porque a IPRB tem sua participação
nesse crescimento, pois nesses últimos 10 anos seu número de membros
multiplicou-se. Esse resultado evidencia a boa aceitação de sua linha doutrinária
e de seu trabalho social.

O crescimento revela que sua membresia foi conquistada em razão de sua


mensagem libertadora, pregada através de um evangelismo dinâmico. E revela
ainda mais: que a Igreja Renovada tem estrutura suficiente para continuar
crescendo, servindo ao povo brasileiro, às famílias em conflitos, aos
desesperançados, levando-lhes a autêntica e bíblica mensagem de Jesus.

No 3º domingo de julho, a IPRB estará louvando e agradecendo ao Senhor pelos


27 anos de sua organização. São quase três décadas de um árduo e constante
trabalho em busca dos pecadores para o reino de Deus. Nesse período, surgiram
muitas barreiras que tentaram impedir a marcha da Igreja, mas nem por isso ela
estagnou-se. Pelo contrário, a Renovada vem demonstrando, ao passar dos anos,
que não é apenas mais uma igreja evangélica neste país, mas, na verdade, é uma
Igreja que tem procurado dar uma contribuição positiva para a melhoria de vida
material e espiritual de nosso povo, Mt 5: 13-14.

Aproveitando o momento desta festiva data, quando todas as IPRs estarão


tributando ao Senhor louvor e adoração por mais um ano de vitórias, o leitor terá
a oportunidade, através desta entrevista elaborada pela Secretaria Central (SC),
de saber o que pensa o presidente da IPRB, pastor Advanir Alves Ferreira, e o
que ele tem a dizer aos membros, às lideranças e aos pastores da Igreja.

SC: Como está sendo o relacionamento


da IPRB com as demais igrejas
evangélicas no Brasil?

Presidente: Somos uma parte da Igreja de Jesus – O corpo de Cristo. Nossa


missão, juntamente com as demais igrejas, é a de evangelizar e ganhar o Brasil e
o mundo para Cristo. Para isso, consideramos cada denominação que tem bases
bíblicas sólidas como coirmã e evitamos polemizar ou questionar, pois isso seria
uma forma de julgamento. Toda vanglória e partidarismo não agradam a Deus,
geram isolacionismo e são um mau testemunho diante da comunidade.
Considerando a todos como irmãos venceremos qualquer tipo de barreira
denominacional, e o Senhor será glorificado em nosso meio.

SC: O que poderia ser feito


para que as igrejas evangélicas
se tornassem mais unidas?
Presidente: É possível ser a Igreja de Jesus sem perder sua identidade. Para
sermos mais unidos, é necessário que cada igreja respeite e reconheça o trabalho
das demais, ou seja, sua maneira de trabalhar. Eu até acredito que Deus confiou a
cada denominação um ministério específico. Já pensou se a Igreja no seu todo
fosse da mesma maneira, fizesse tudo de igual para igual? Se assim acontecesse,
como é que iríamos conseguir alcançar os diversos tipos de pessoas? É preciso
haver unidade nos propósitos de salvação, pois só assim iremos fazer Cristo
conhecido, Jo 17: 21.

SC: Como o Senhor avaliou


o resultado do Censo
sobre o crescimento dos evangélicos?

Presidente: Nos últimos 10 anos, a igreja evangélica brasileira cresceu mais de


70%; portanto, a tendência é de que esse crescimento seja avassalador nas
próximas décadas. Estou crendo que Deus vai derramar um grande avivamento
sobre o seu povo, e os evangélicos ainda serão maioria nesta nação. A igreja
precisa se despertar e sonhar com essa realidade. De posse desse derramar do
Espírito, sua mensagem será mais viva e poderosa e como resultado desse fato
vidas se converterão e os milagres serão uma conseqüência dessa bênção.

SC: Dizem que a igreja evangélica


brasileira será o celeiro
de missões mundiais. O irmão vê dessa forma?

Presidente: Creio que sim. O brasileiro é sempre bem recebido no exterior, é um


povo simpático e amigo. Acredito que temos tudo para ser esse celeiro. Por outro
lado, somos devedores àqueles que trouxeram o evangelho ao Brasil.
Reconhecemos que a igreja evangélica brasileira já vem sendo uma igreja
missionária. Temos muitos missionários trabalhando aqui e fora do país. Mas
para que ela seja esse celeiro, é necessário desprender-se muito mais, porque a
obra de Deus requer profunda paixão pelos pecadores e recursos para seu
sustento.
SC: Como o irmão avaliaria
a IPRB após as reformas
estatutárias ocorridas na última Assembléia?

Presidente: Já fazia algum tempo que a Igreja vinha clamando pelas reformas. A
Igreja não pode deixar-se amarrar por leis ou regulamentos, se esses estiveram
impedindo seu progresso. As reformas foram necessárias e foram muito bem
feitas. Estamos ainda assimilando as mudanças. Mas já se pode perceber que as
IPRs de modo geral aceitaram bem as alterações, pois representam aquilo que
seus líderes pensam. Mas não podemos nos esquecer de que a Palavra de Deus é
a nossa bússola. É ela que deve conduzir o cristão a uma vida de santidade ao
Senhor. Jesus disse: “santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”, Jo 17:
17. Estamos no caminho certo, pois Deus tem guiado sua Igreja.

SC: Com isso, a Igreja


tem-se demonstrado
madura e compromissada com o reino?

Presidente: Tudo indica que sim. A própria Assembléia que promoveu as


reformas deu prova desse fato. Uma reunião que deveria demorar praticamente
três dias foi realizada num dia de trabalho. Isso revelou maturidade e firmeza por
parte das lideranças. Tenho visitado Presbitérios e visto que as igrejas estão
alegres, firmes e preocupadas com a evangelização de vidas.

SC: Considerando estes 27 anos


de organização, pode-se afirmar
que a IPRB é uma Igreja estruturada?

Presidente: Claro que sim. Somos uma igreja equipada. Temos dois Seminários,
que se empenham na formação de obreiros com bom nível cultural e espiritual;
uma Editora que vem produzindo obras de qualidade, o jornal que serve como
instrumento para amalgamar a denominação, as Revistas de EBD, que oferecem
segurança doutrinária para a Igreja e todo tipo de material para as secretarias. Na
área de missões, a Missão Priscila e Áquila tem realizado excelente trabalho.

A Renovada é hoje uma igreja reconhecida e conceituada. No dia 28 de fevereiro


deste ano, por exemplo, a Câmara de Deputados de Brasília homenageou a IPRB
por seus 27 anos de organização no Brasil. Neste ano recebemos a visita de
líderes da Knox Fellowship, um grupo de renovação da Igreja Presbiteriana dos
Estados Unidos, voltado ao treinamento para evangelismo e discipulado de
Igrejas locais e presbitérios, que se mostraram interessados em estreitar relações
com a IPRB e já nos convidaram para participar de reunião da Diretoria da Knox
nos Estados Unidos, o que faremos no próximo mês de agosto.

SC: Quais os projetos


para o crescimento da denominação?

Presidente: A Diretoria Executiva, em sua última reunião, lançou um projeto que


envolve todos os presbitérios, instituições, pastores e lideranças da IPRB. Esse
planejamento que visa ao crescimento e à dinamização das igrejas precisa ser
levado a sério. Agir como a igreja dos tempos primitivos, ou aquela que não
esteja enclausurada entre quatro paredes deve ser o sonho de cada pastor ou
liderança. Uma estratégia forte que a Igreja Primitiva aplicava eram as reuniões
de casa em casa. Ainda hoje, essa estratégia, que tem recebido os mais diversos
nomes, poderá ser o ponto chave de crescimento da obra de Deus.

SC: O que cada igreja


ou cada Presbitério poderia fazer
para que a IPRB se tornasse mais contextualizada?

Presidente: Poderia procurar servir-se mais dos avanços tecnológicos atuais, sem
perder de vista os princípios da Palavra de Deus. Embora não sejam
indispensáveis, são fundamentais como estratégia auxiliar de trabalho. Como
pode o pastor trabalhar sem um veículo? Já imaginaram o que o apóstolo Paulo
faria se tivesse em seu escritório um computador, na igreja os equipamentos de
som, os meios de comunicação, ou se tivesse ao seu alcance os recursos que
temos hoje? A Igreja dos primeiros séculos não possuía nada disso, mas mesmo
assim fez muito para o reino de Deus. Não há dúvidas de que as nossas igrejas
precisam se contextualizar e trabalhar sem se contaminar com o mundo.

SC: O irmão tem enfatizado


em suas mensagens a necessidade
de um reavivamento espiritual. Por quê?
Presidente: Prego e continuarei pregando a necessidade de um reavivamento
espiritual legítimo e completo. Essa é a mensagem da Renovada. Prego porque
acredito que somente através dele a igreja será despertada. E haverá
desprendimento, vida com Deus e santificação. Uma verdadeira vida de oração e
comunhão só será alcançada quando isso acontecer. Todo partidarismo, divisão e
falta de amor serão desfeitos com essa bênção. Devemos desejar esse derramar e
rogar ao Senhor para que esse dia chegue logo. A IPRB será outra quando isso
acontecer.

SC: Tem uma palavra


para a Igreja Renovada nesta data?

Presidente: Desejo que nesse dia, 3º domingo de julho, sejamos imensamente


gratos a Deus e nos tornemos mais próximos do Senhor. Lembremos sempre de
que a Renovada é fruto da vontade de Deus, e não da vontade do homem. Vamos
unir nossas forças e deixar um pouco as críticas ferinas de lado. Nas cidades onde
há mais de uma Igreja, procurem irmanar-se, trabalhar juntos. Façam isso em
nome de Jesus. Procurem realizar com amor a obra de Deus. Fiquemos com as
palavras do apóstolo Paulo: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por
humildade”, Fl 2: 3.

Maringá, julho de 2002

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Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2002

Reforma Protestante: celebração de fé pelos


500 anos da liberdade eclesiástico-cristã –
Outubro/2017
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

É sabido que a Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão


ocorrido no início do século XVI, cujo marco inaugural
se deu por meio da publicação das 95 teses de Martinho Lutero,
em 31 de outubro de 1517, afixadas à porta da Igreja do Castelo
de Wittenberg, protestando contra diversos pontos doutrinários
da Igreja Católica Romana.

Os números são sempre significativos. Por vezes, falam de datas e marcas, de


fatos e recordações, de pactos e compromissos, do passado e do presente, do
ontem e do hoje, assim como de momentos de reflexão e desafios para novos
objetivos. 500 é um número alto, difícil de ser alcançado e de ser comemorado.
Não é qualquer segmento religioso que atinge essa marca. A Reforma Protestante
fala, antes de qualquer coisa, de liberdade eclesiástico-cristã.

Sim, liberdade e rompimento com a idolatria, com a liturgia engessada e


contaminada pelas heresias, com a devocional acasulada, com o sacerdócio pagão
e místico e com o estado de vida cristã fria, monótona e acorrentada pelos
dogmas do catolicismo romano. Em suma, a Reforma Protestante fala da
liberdade cristã para cultuar e adorar ao Deus eterno, afirmando que Jesus, seu
Filho, é o “único” mediador entre Deus e os homens (1Tm 2:5).

Em 31 de outubro de 2017, completam-se 500 anos dessa façanha cristã. O


momento é oportuno para refletirmos sobre a coragem de Martinho Lutero, ao
protestar e romper com os religiosos romanos, a fim de que a Igreja alcançasse a
liberdade e assumisse a missão divina de ser sal da terra e luz do mundo (Mt
5:16,17). Por isso, vamos celebrar com gratidão e louvores a Deus esse marco
histórico, que nos deixa lições práticas e relevantes para a vida cristã.

Reforma x Bíblia

A Reforma Protestante não é apenas um movimento reformista, em protesto aos


dogmas de uma instituição religiosa. Se assim fosse, não seria tão duradoura. Um
marco desse porte prova a razão de sua existência e finalidade. Seu fundamento
não está na pessoa de Martinho Lutero ou de outro reformador, mas na
veracidade e infalibilidade da Palavra de Deus, capaz de penetrar e dividir alma e
espírito, juntas e medulas, sensível para perceber os pensamentos e intenções do
coração (Hb 4:12).

A Reforma sem Bíblia não seria reforma, não teria valor, não teria credibilidade.
As contestações de Lutero a respeito da venda de indulgência e da salvação pelas
obras estavam alicerçadas nas Sagradas Letras. A Bíblia foi o retrovisor, para que
Lutero enxergasse o que estava por detrás das doutrinas católicas, que cegava e
condenava as pessoas. Nenhuma doutrina deve ter outro fundamento além da
Palavra de Deus.

Bíblia x Indulgência

A Bíblia Sagrada foi a plataforma de sustentação para que Lutero pudesse


mostrar ao mundo os erros da doutrina romana, especialmente a venda de
indulgência. Indulgência, segundo o dicionário, está relacionada à clemência,
tolerância e perdão. O termo originou-se do latim “indulgentia”, que significa
“bondade”, “para ser gentil” ou “perdão de uma pena”. Portanto, no contexto
religioso-romano, seria a remissão dos pecados cometidos por um indivíduo,
sendo perdoado pela Igreja, como ato de sua misericórdia.

Em outras palavras, as indulgências eram concedidas pela Igreja ao pecador para


reparar as penas temporais causadas pelo pecado já perdoado pelo Sacramento da
Confissão. Com isso, a cada pessoa que a Igreja Católica concedia o perdão
divino, por meio da venda da indulgência, aumentava consideravelmente sua
força política e econômica. Isso explica o poderio que essa Igreja exerceu nessas
e em outras áreas do Estado.

Indulgência x Fé

Insatisfeito, Lutero encontra a verdade na Bíblia. O perdão dos pecados e a


salvação do ser humano são resultados da obra vicária de Jesus, pelo seu sangue
derramado na Cruz do Calvário. Garantir perdão por meio da indulgência foi a
grande farsa da Igreja, antes da Reforma Protestante. Isso era inadmissível! Essa
heresia deixou Lutero incomodado e o tornou uma pessoa disposta a lutar a favor
da liberdade cristã. A venda de indulgências era para ele o principal motivo da
Reforma.

Lendo Romanos (1:17), Lutero se depara com a verdade: “Mas o justo viverá
pela fé”. O que representava para o reformador essa palavra? Estaria ele
desvendando uma verdade omitida pelo clero romano? Sim, porque, à luz desse
texto, Lutero passou a compreender e a ensinar a justiça de Deus como um ato
divino, pelo qual o justo (pecador) vive. As obras não são, em hipótese alguma,
suficientes para salvar o perdido, mas simplesmente algo necessário à vida do
cristão (Tg 2:26).

Fé x Liberdade

Liberdade é o que todos desejamos e precisamos. Liberdade é o eco que ainda


ressoa do brado de Jesus na Cruz do Calvário: “Está consumado!” (Jo 19:30). É
como se Jesus dissesse: Pai, agora eles estão livres, eu paguei o preço por todos
(Jo 8:32). Dessa forma, ninguém precisa pagar mais nada pelo perdão e salvação.
Jesus pagou de uma vez por todas a nossa “indulgência” com o seu próprio
sangue: “Mas fostes resgatados pelo precioso sangue de Cristo, como de
Cordeiro sem mácula ou defeito algum” (1Pe 1:19).

Para expressar suas convicções, Lutero escreveu as 95 Teses contra a prática da


Igreja Romana, fixando-as na porta do Castelo de Wittenberg e desafiando, com
muita autoridade, as lideranças do clero ao debate teológico. O conteúdo dessas
teses tinha como meta principal combater o comércio das indulgências praticado
pelo clero romano.

No dia 31 de outubro de 1517, a liberdade eclesiástico-cristã estava proclamada.


A Reforma Protestante nos trouxe muitos legados importantes. Por meio dela, a
Igreja pôde sair do “casulo” e se expandir pelo mundo afora, obedecendo à
ordem de Jesus (Mt 28:19,20; At 1:8). Com isso, surgiram diversas igrejas
cristãs, tais como: Luterana, Anglicana, Presbiteriana e outras mais. A IPRB,
fundada em 8 de janeiro de 1975, é fruto desse movimento histórico-reformista.
Que Deus abençoe a sua Igreja na face da terra, e que esta data seja uma
oportunidade de renovação de compromissos com Deus.

—————
Fonte: Jornal Aleluia de outubro de 2017

Oração: a força-tarefa da Igreja pela pátria


brasileira – Julho/2017
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

Presidente fala à igreja sobre a necessidade urgente


de uma força-tarefa de oração e jejum pelo Brasil

diante do desafio da crise político-econômica

“Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações


de graças, em favor de todas as pessoas; pelos reis e por todos os que exercem
autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade
e dignidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador” (1Tm 2:1-3)

Segundo os estudiosos, uma força-tarefa é um grupo de pessoas


designado para trabalhar em conjunto, a fim de alcançar algo específico e com
objetivos claramente definidos. Uma força-tarefa de qualidade funciona
independentemente
de um departamento para abordar questões de melhoria relativas à produção,
à venda, à administração, ao marketing, etc.

Embora o conceito de força-tarefa seja de origem militar, hoje, forças-tarefas são


frequentemente encontradas além dos limites das forças armadas, aparecendo no
mundo dos negócios e de muitos outros segmentos. O que leva um governo ou
uma empresa
a optar por essa ferramenta para alcançar alvos? Primeiramente
um sentimento de autonomia.

Uma força-tarefa é comandada por alguém de escalão suficientemente alto


para que ele ou ela não precise consultar constantemente superiores para tomar
decisões. Isso faz com que uma força-tarefa seja extremamente móvel, flexível e
eficaz,
permitindo que os membros usem suas habilidades de forma muito eficiente.
Uma força-tarefa típica é multifuncional.

É do conhecimento de todos que o Brasil passa por um momento de instabilidade


política, econômica e social, principalmente depois das notícias veiculadas na
mídia durante os últimos meses. Não precisamos fazer referência a este ou àquele
fato, pois todos sabemos dos acontecimentos políticos que, infelizmente, têm nos
trazido angústia e dores, afetando, sem precedentes, todas as áreas do país.
O momento não é de críticas nem de julgamentos aleatórios, pois somente Deus
julga o mundo com justiça e governa os povos com retidão (Sl 9:8). No entanto,
temos percebido que a situação da sociedade brasileira tem sido de grande
inquietação e insegurança, em razão das graves acusações de corrupção contra a
classe política. Mas nem por isso devemos achar que tudo está perdido.

O momento é complicado e muito sério, mas há esperança para nosso país. Deus
pode levantar homens e mulheres com grande liderança política neste país.
Pessoas que coloquem o Brasil no seu devido lugar, entre as grandes potências do
mundo. Cremos que este país vai superar este momento desafiador. Assim, diante
dessas realidades, aproveitando o momento das comemorações alusivas ao dia da
IPRB, vejamos o que a Palavra de Deus nos ensina sobre os elementos básicos e
estratégicos de uma força-tarefa de oração.

ORAÇÃO E METAS

A mensagem central de Paulo ao seu filho na fé, Timóteo, é que a igreja precisa
se colocar diante de Deus a favor de todas as pessoas deste mundo, pelos reis e
por todos os que exercem algum tipo de autoridade (v. 1). Não há outra forma de
se fazer isso, diz o apóstolo, a não ser com súplicas, orações, intercessões e ações
de graças. Ou seja, por meio de pedidos específicos, fundamentados em
necessidades precisas, mas com os corações rasgados perante Deus (Jl 2:13).

Uma força-tarefa de oração deve ter objetivos definidos. O texto é claro em


estabelecer as nossas metas de intercessão pelas autoridades: “para que tenhamos
uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e
agradável diante de Deus, nosso”. Isto é, dobrar-se diante do Senhor com as
metas descritas no texto será sempre a nossa força motora, para que o Brasil
vença a turbulência política. Afinal, podemos ser bons pilotos de oração (Tg
5:16).

METAS E ESPERANÇA

A esperança deve se alinhar às metas. Esperança de dias melhores; esperança de


que nem tudo está perdido; esperança de que a crise vai passar; esperança de que
podemos ser um país mais próspero. Orar sem o espírito de esperança seria como
um pássaro sem asas, um carro sem rodas ou um rio sem água. A esperança
estimula as metas traçadas e dá à pessoa que busca a Deus a certeza de que ele
agirá na hora dele (At 2:2).

Cristo é a nossa esperança (Cl 1:27). Então, a oração como força-tarefa precisa
ser fundamentalmente estabelecida nele. Com isso, pode-se afirmar que para
Deus não existe crise. Estamos de pleno acordo com essa verdade. Deus é
soberano e é absoluto em seu governo. Ser esperançoso é olhar firmemente para
Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12:2). Isso é essencial para que o
Brasil enfrente com segurança este momento desafiador.

ESPERANÇA E SEGURANÇA

Por fim, a esperança produz segurança, tranquilidade e espírito de pacificidade.


Ela produz uma vida de piedade e dignidade, o que é bom e agradável diante de
Deus (v. 3). No entanto, esse estado de tranquilidade só será possível se a
esperança dentro de nós neutralizar todo tipo de medo, desespero e negativismo
que, às vezes, atingem a nossa autoestima. Por isso, numa força-tarefa de oração
e jejum não se pode retroceder em hipótese alguma.

Qualquer força-tarefa de oração, seja uma reunião, vigília ou algo semelhante,


precisa incomodar o inferno (Ef 6:10-11). Verdade é que não sabemos o que
poderá acontecer com os efeitos das delações premiadas e outros fatos políticos.
As constantes notícias negativas têm gerado um clima de instabilidade em quase
todos os setores da nação, especificamente na economia. Por isso, a força-tarefa
de oração deve se concentrar no combate às forças do mal (Ef 6:12).

Encerrando, queremos desafiar e conclamar a IPRB a uma força-tarefa de oração


e jejum pelas autoridades brasileiras, para que tenhamos homens e mulheres
tementes a Deus e que governem com justiça e transparência. Talvez este seja o
método mais eficiente de combate à corrupção, que vem afetando todas as
camadas da sociedade, desde os seus primórdios (Gn 3:1-6). Somente assim
teremos uma vida tranquila e pacífica.

Sugerimos que as igrejas façam nesses dias programas de oração e intercessão


pelo Brasil, como clamores, vigílias, oração matutina, reuniões de oração nos
templos, nas casas, nos montes, etc., e programas semanais ou mensais de jejum.
Não temos tempo a perder! O Brasil precisa sair da crise e a Igreja Evangélica
pode fazer a diferença e ajudá-lo nessa situação, pois somos o celeiro mundial de
evangelização!

—————
Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2017

Motivação: requisito essencial ao pastorado


– Junho/2008
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

Abordar o tema da motivação pastoral


no começo de um ano eclesiástico seria,
para todos os efeitos, um momento
muito oportuno, porque, todos precisamos
estar animados
para cumprirmos, com desvelo e responsabilidade,
qualquer tipo de atividade,
especialmente a pastoral

O pastor, mais do que ninguém, necessita ser um verdadeiro motivador, porque


ele trabalha diretamente com gente. Gente que sofre, que enfrenta desafios e que
precisa sempre de uma palavra encorajadora. Para tanto, o pastor precisa estar
sempre motivado.

Motivação, de uma maneira prática, pode ser definida como todo motivo que leva
alguém a fazer alguma coisa. Geralmente esses motivos são definidos como
necessidades, desejos ou impulsos, oriundos do indivíduo, que dirigem ou
mantêm o comportamento voltado para o objetivo.

A motivação pode ser intrínseca e extrínseca. Na primeira, o interesse reside na


atividade em si (desempenho estimulado pelo interesse na própria tarefa –
processo interno). Na extrínseca, a atividade é encarada como meio para alcançar
outro objetivo, por meio de fatores externos que provocam a motivação.

Portanto, um obreiro (qualquer pessoa) – intrínseca e extrinsecamente motivado


– tem todas as possibilidades para realizar um ministério a contento, ainda que
em meio às provações e perseguições. Para isto, vamos considerar alguns
aspectos importantes que podem servir como pilares, para que a motivação seja
uma constante no pastorado.

CONVICÇÃO DO CHAMADO

Segundo James M. George, “o chamado de Deus para o ministério vocacional é


diferente do chamado à salvação e do chamado que atinge a todos os crentes: o
serviço. Trata-se de uma convocação de homens selecionados para servir como
líderes da igreja. Os destinatários desse chamado precisam ter a certeza de que
Deus assim os escolhe para liderar”.

Neste aspecto, a convicção do chamado divino é a mola propulsora de todo o


ministério eficaz, ou seja, por maiores que sejam os desafios ou embates
ministeriais, aquele que é chamado para uma obra específica será sempre
amparado por suas convicções ministeriais. O axioma de que foi chamado por
Deus é que produz segurança ao pastor, o que resulta na motivação intrínseca.

Diante das vicissitudes e intempéries da labuta ministerial, somente a convicção


de que realmente foi escolhido por Deus pode fazer com que o ministro triunfe
em glória, transpondo barreiras e galgando alvos desejados. O pastor precisa
acreditar em seu ministério, pois somente assim ele será capaz de confiar no
autor desse chamado – Deus.

Quando esta convicção ou certeza faltar no coração do obreiro, ainda que todos
se coloquem ao seu lado, ele pode estar certo de que o desânimo soará como
prenúncio de uma possível crise ministerial. Contudo, quando cremos piamente
na convocação divina, mesmo que todos se levantem contra nós, continuamos
firmes e inabaláveis, preparando a noiva (a igreja) para se encontrar com o
Noivo.

COMPROMISSO COM DEUS

A maior alegria do pastor é saber que labuta a favor da causa do soberano Deus
do Universo. Quer dizer, ele não é um empregado dos homens, mas um servo do
Deus altíssimo. Paulo expressa esta verdade, quando afirma: ¨Paulo, servo de
Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus¨, Rm 1:
1. Ele estava certo de que o seu compromisso era, antes de qualquer coisa, com
Deus.

Por isso, o pastor não deve se comprometer com os anseios políticos, religiosos e
econômicos, mas com a nobre causa do evangelho. Ele é embaixador de Jesus na
terra. É propagador da maior, mais nobre e melhor causa na face da terra. Ele
ocupa uma posição aspirada por muitos, mas que está reservada apenas àqueles
que são chamados e comprometidos com Deus.

Parece simples, mas a sua função é de grande e extrema responsabilidade. Só


para se ter uma idéia, certo homem disse: “Se um médico errar, ele pode matar o
corpo, porém, se o pastor errar, ele pode matar a alma. Um médico pode mandar
o corpo para o cemitério, mas o pastor pode mandar a alma para o inferno.” Esse
compromisso implica responsabilidade, amor e dedicação à obra do Senhor.

O comprometimento é um grande motivo no desempenho de suas


responsabilidades ministeriais, uma vez que Deus confiou aos seus cuidados as
suas ovelhas: ¨Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a ele, porque velam por
vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas, para que o façam com
alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil¨, 13: 17.

COOPERAÇÃO DIVINA

Depender de Deus é a máxima do pastorado, isto é, o obreiro precisa estar certo


de que o Deus que o chamou é o mesmo que irá cooperar com ele em suas
atividades e sustento. Deus chama e capacita àqueles que Ele separou para o
ministério ou pastorado. Não há nenhum perigo em alguém aceitar a chamada
divina e pensar na possibilidade de não poder contar com a Sua ajuda. Deus se
responsabiliza por aqueles que aceitaram o seu chamado.

Charles Bridges afirmou: ”. “A labuta no escuro, sem uma comissão segura, tolda
em muito a garantia da fé nos compromissos divinos; e o ministro, incapaz de se
valer do apoio celestial, sente em seu trabalho as mãos caídas e os joelhos fracos.
Por outro lado, a confiança de que está agindo em obediência ao chamado de
Deus e de que Ele está em seu trabalho e em seu caminho, encoraja-o nas
dificuldades, conscientizando-o das obrigações pelas quais deve responder com
forças onipotentes
Moisés sentiu isto em sua própria pele, quando, de maneira contundente, suplicou
a Deus que estivesse com ele na condução do povo à terra prometida: ¨Agora
pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que agora me faças saber o
teu caminho , e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos: e atenta que
esta nação é o teu povo¨, Ex 33: 13. E a resposta de Deus foi positiva: ¨Irá a
minha presença contigo para te fazer descansar¨.

Esta narrativa ensina que Deus estará sempre disposto a auxiliar, a socorrer e a
conceder vitórias àquele que é fiel à chamada divina. Sem a presença Dele não
vamos a lugar nenhum. Com ele venceremos os gigantes, tiraremos água da
rocha, as portas se abrirão e o maná celestial nunca faltará à nossa mesa. Para
Deus não há crise, os céus não se cerram e o azeite da botija jamais se acabará,
2Rs 4: 6.

Concluindo, gostaria de fazer uso das palavras de Alex D. Montoya, ao falar


sobre liderança: “como o líder pode motivar? Sendo ele mesmo a chave da
motivação – sua integridade, sua habilidade, seu conhecimento do que deve ser
feito e seu exemplo representam aspectos básicos para a motivação”.
Evidentemente, nada mais motiva às pessoas do que um líder (pastor) animado e
corajoso. Se o pastor conseguir se manter motivado, o entusiasmo dele vai
influenciar outras pessoas.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de junho de 2008

Jornal Aleluia: quatro décadas divulgando


a Palavra e registrando a história da Igreja
– Fevereiro/2012
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

O jornal Aleluia chega, com esta edição, aos seus 40 anos de circulação. É uma
rica oportunidade para refletirmos sobre seu valor denominacional. Ele é o órgão
oficial da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil, (IPRB). Fundado em 1972,
pelos saudosos pastores Abel Amaral Camargo, ex-presidente da IPRB, Palmiro
Francisco de Andrade, ex-diretor do SPR de Cianorte, e Rev. Azor Etz Rodrigues
(todos in memoriam), e Pr. Nilton Tuller, atualmente presidente da Igreja Casa de
Oração para Todos os Povos – O MOLIVI, em Maringá, PR.

Antes de qualquer consideração sobre a importância do Jornal Aleluia para a


IPRB, registramos nossa gratidão a Deus pela vida desses abnegados servos do
Senhor que já partiram para a glória, mas que deixaram suas marcas nas páginas
da história da IPRB. Ao Pr. Nilton Tuller, nosso grande amigo, em nome de toda
a Igreja, a nossa mais sincera gratidão pelos seus serviços prestados ao jornal
Aleluia e à Denominação.

O propósito do Aleluia

O Jornal Aleluia foi “idealizado com o propósito de debater e proclamar a


mensagem da Renovação Espiritual, no final da década de 60, do século XX, em
nosso país, bem como bem como de anunciar a Palavra de Salvação do
Evangelho do Senhor Jesus Cristo”. Além disso, desde essa data, suas
publicações têm sido valiosas e contribuído para preservar a história da IPRB.

Precisamos reconhecer que, sem essa literatura, nossa história não seria escrita,
mas seria simplesmente a palavra falada. Prova disso é a edição do livro “A
IPRB na virada do Milênio”, lançado em dezembro de 2010, pela Editora
Aleluia, que traz os registros da primeira década de conquistas do terceiro
milênio (2001-1010). Praticamente todo material ali exposto teve como fonte o
Aleluia.

A primeira edição

No final da década de 60, o avivamento espiritual alcançou grande parte das


igrejas presbiterianas no Brasil. Em Assis, SP, pastores percebiam a grande
necessidade de levar a mensagem de renovação às Igrejas que aceitavam o mover
de Deus. Entretanto, os artigos e notícias em geral desse agir de Deus não eram,
em hipótese alguma, divulgados pelo órgão oficial (Jornal) das Igrejas naquela
época, que não viam o avivamento com bons olhos.

Por conta disso, os pastores líderes do movimento de renovação espiritual


tiveram a brilhante ideai de fundar o Jornal Aleluia para divulgação das novas
experiências que muitos pastores, presbíteros, diáconos e membros das igrejas
estavam vivendo. Houve uma edição “0” (zero), preparada pelo pastor Nilton
Tuller, com tiragem de cem exemplares, impressa em papel sulfite. Mas foi em
janeiro de 1972 que, efetivamente, nascia a edição número 1 do Aleluia.
Portanto, como brinde desta data comemorativa, temos a alegria de colocar as
mãos de cada pastor e pastor auxiliar uma reprodução da edição número 1,
juntamente com esta edição 371.

O desafio da persistência

Muitas foram as dificuldades para chegarmos até aqui. Por isso é bom frisarmos
que o registro de tudo aquilo que aconteceu e que acontece na IPRB, nos rincões
desta nação, bem como no exterior, tem sido, desde a primeira edição um
trabalho de desafio e perseverança daqueles que assumiram essa tarefa. Ou seja,
se ainda hoje ele circula em nosso meio, é porque existem pessoas convictas do
chamado divino para uma obra específica.

Não podemos nos esquecer do professor Joel Ribeiro de Camargo, que foi seu
redator e organizador por 32 anos, e que dedicou o melhor de sua vida à
publicação de centenas de edições. A ele e família, o nosso reconhecimento pelos
trabalhos prestados ao Aleluia nesses longos anos. Agradecemos ao Pr. Rubens
Paes que, desde 2006, passou a ser o diretor da Editora Aleluia e o redator
responsável pelo jornal. Não podemos nos esquecer, também, de todos aqueles
que, de uma forma ou de outra, deram sua parcela de contribuição para que esses
40 anos fossem hoje comemorados.

Literatura que edifica

O Aleluia não é apenas um informativo ou um veículo que leva às pessoas avisos


e notícias daquilo que acontece em nossas igrejas, como encontros de missões, de
jovens, homens e mulheres, trabalhos especiais, comemorações, de aniversários
de igrejas, batismos, falecimentos, cerimônias de casamento, bodas de prata, de
ouro, etc. Ele tem uma pauta literária própria, apresentando aos seus leitores um
material seguro embasado na Palavra de Deus.

Seus artigos, mensagens e estudos bíblicos têm trazido enriquecimento e


edificação para o povo de Deus. Jamais seremos capazes de medir a dimensão de
satisfação ou alegria de seus leitores ao receberem uma nova edição. Quando
recebo a edição do mês, faço questão de ler tudo, principalmente os artigos e
mensagens, porque assim fico inteirado do que minha igreja está fazendo. Por
isso precisamos urgentemente valorizar muito mais esta literatura que tem sido
uma fonte de bênção para todos nós.

Apoio dos pastores e igrejas

Nesta oportunidade, gostaríamos de solicitar o apoio e oração de todos os


pastores, lideranças e membros em favor de todos aqueles que trabalham na
elaboração deste precioso material. A participação direta e indireta de cada um é
muito relevante para que ele continue a circular em nosso meio, como agente de
informação e divulgação da Palavra. Seu propósito, que fora estabelecido em
1972, não pode ser interrompido. Precisamos ser verdadeiros colaboradores
também na área financeira, e participativos do progresso desta preciosa literatura.

Por isso, esta data constitui-se em uma ótima oportunidade para reafirmarmos
nosso compromisso de assinante fiel, bem como conquistarmos outras pessoas
para que sejam assinantes. Deixamos um apelo especial a cada pastor e pastor
auxiliar que ainda não é assinante para subscrever sua assinatura hoje mesmo e
começar a receber o Jornal.

Que Deus abençoe a todos e que estejamos prontos para ajudar no crescimento e
expansão da obra do Senhor por meio desse órgão.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia 371, de fevereiro de 2012.

Jornal Aleluia: 300 edições de comunicação


do Evangelho – Set/2005
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

Um dos meios mais eficientes


no processo de comunicação é a palavra escrita.

A Bíblia, por exemplo, constitui-se


no livro de maior poder de comunicação.
No entanto, para que suas mensagens
sejam interpretadas e transmitidas
é necessária a sua divulgação,
que poderá ocorrer pela oralidade
ou através da escrita.

Comunicar quer dizer fazer-se propagar ou transmitir uma mensagem. Sem


comunicação seria impossível estabelecer relações entre os diversos povos,
propagar descobertas técnico-científicas e promover o sentido de unidade entre as
nações, isto é, não é possível imaginar a convivência entre as pessoas, sem que
elas tenham a capacidade de expressar suas vontades e opiniões. Cada pessoa
seria um mundo à parte, se não houvesse a troca de experiências. Neste caso, a
mídia, que se traduz pelos meios de comunicação, tais como a TV, o rádio, os
jornais, as revistas e outros mais, constitui-se no suporte principal no processo da
comunicação.

Assim, registramos essas palavras, com propósito de lembrar que o Jornal


Aleluia, fundado em fevereiro de 1972, acaba de atingir a significativa marca de
300 edições. Não se trata de um jornal qualquer, mas do órgão oficial da Igreja
Presbiteriana Renovada do Brasil, que fora idealizado com o propósito de debater
e proclamar a mensagem da renovação espiritual e do avivamento que se
instaurara no final da década de 60 em nosso país, bem como o de anunciar a
palavra de salvação do evangelho do Senhor Jesus.

Portanto, nesta oportunidade, gostaria de refletir sobre alguns aspectos relevantes


sobre o Jornal Aleluia.

O Aleluia e seus redatores

Uma das marcas das comemorações das 300 edições do Jornal Aleluia é o
trabalho de seus redatores, ou seja, das pessoas que têm a grande
responsabilidade no preparo e revisão das matérias a serem mensalmente
publicadas neste Jornal. Não há dúvidas de que se trata de um trabalho criterioso
e que exige capacidade e muita dedicação.

Para que as 300 edições fossem publicadas, foi necessário o empenho de sua
liderança e de seus redatores, como, por exemplo, do professor Joel Ribeiro de
Camargo, diretor da Junta de Publicações, que está à frente do Jornal desde a
edição de número 3, assim como os pastores Rubens Paes e Francisco Araújo
Barretos Neto, que atualmente trabalham na redação e publicação do Jornal, das
Revistas de EBD, de livros, de folhetos e de todo tipo de material para as igrejas.
É um trabalho que precisa ser valorizado por todos.

Por outro lado, não podemos esquecer-nos de outros pastores como José Sidney
Dantas, Zinaldo Martins, Valteno Hercílio de Oliveira e Davilson José de Araújo
que, em anos anteriores, atuaram na produção deste abençoado Jornal.
Precisamos reconhecer o trabalho desses e de todos denodados servos de Deus
que durante esses anos prestaram e prestam serviços à causa do Senhor na IPRB.
A nossa gratidão a Deus pela vida de cada um deles.

O Aleluia e seus escritores

A trecentésima edição do Jornal Aleluia é resultado de um trabalho participativo,


isto é, além do esforço e dedicação dos redatores, há, também, a colaboração dos
pastores, lideranças em geral (presbíteros e diáconos) e irmãos das igrejas
renovadas em geral, que enviam artigos e notícias para serem publicados no
Jornal.

Falo em colaboração, porque cada edição do Jornal Aleluia conta o apoio e


participação dessas pessoas. Além do mais, há de se considerar que o Aleluia é
um Jornal em que todos têm a oportunidade de escrever e publicar matérias
alusivas às suas igrejas e Presbitérios. Trata-se de um canal para abençoar as
famílias cristãs e não-cristãs e evangelizar os pecadores.

Um detalhe importante a ser observado é que os artigos publicados procuram


evitar uma linha polêmica, mas têm como objetivo principal a edificação do povo
de Deus. Por isso, trazer à lembrança àqueles têm seus artigos publicados e
àqueles que são escritores colaboradores deste meio de comunicação e das
revistas de EBD é, da minha parte, um simples ato de gratidão a Deus.

O Aleluia e seus objetivos

A princípio, um dos objetivos deste Jornal foi informar às igrejas renovadas


sobre os acontecimentos da obra de avivamento espiritual, na década de 70, nas
igrejas Presbiterianas dos Estados do Paraná, Minas, São Paulo e Goiás. Com o
passar do tempo, este veículo foi recebendo forma de Jornal Evangélico e
ganhando espaço no meio Presbiteriano Renovado. Hoje, é considerado o meio
mais eficiente de comunicação interação entre o povo renovado.

Portanto, os leitores do Jornal Aleluia, em especial os membros da Igreja


Presbiteriana Renovada do Brasil, têm participação especial nas comemorações
das 300 edições. O mérito é de Deus que concedeu graça e coragem aos seus
fundadores (pastores Abel Amaral de Camargo, Azor Etz Rodrigues e Palmiro F.
de Andrade – em memória – e Nilton Tuller), redatores e escritores para atingir
este número expressivo e histórico. São 300 edições que registram para as
gerações posteriores a história da IPRB.

O Aleluia e seus leitores

Mas não basta produzir um bom jornal, recheado de notícias e de artigos


edificantes nem tão pouco um jornal com uma linda folha de serviços prestados à
denominação, se hoje ele não está chegando às mãos dos membros de nossas
igrejas. Por isso, gostaria de apelar aos pastores, lideranças e membros em geral
para promover em suas igrejas um esforço específico, um empenho, a fim de
elevar o número de leitores e de pessoas que se beneficiam dessa literatura.

É inadmissível que uma denominação como a IPRB de, aproximadamente, 100


mil membros tenha um número tão insignificante de assinantes. Eu penso que
cada família, pelo menos, poderia ter uma assinatura. Cada igreja poderia
subscrever uma cota do Jornal, como já orientou, nesse sentido, a Administrativa.

Desta forma, em nome da Diretoria Executiva da IPRB, gostaria de agradecer e


abençoar a todos que têm contribuído de uma maneira ou de outra para a
continuidade do trabalho do Jornal Aleluia. Que Deus abençoe ricamente a atual
diretoria da Gráfica e Editora Aleluia e todos que trabalham nesta Instituição.
Vamos carregar esta bandeira e proclamar o evangelho de Jesus a todos os povos,
Mc 16: 15.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de setembro de 2005


Evidências de um autêntico avivamento –
Julho/2008
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

Não há nada que demonstre, de forma tão eloquente,


a soberania e poder divino como o avivamento,
que é a erupção de Deus na História
e a manifestação de sua graça poderosa

Quando o povo de Israel ou a Igreja, na sua jornada histórica, se mostravam


enfraquecidos, fracassados, desacreditados e sem poder, rendiam-se ao Senhor e
Deus os soerguia. Não há nada que demonstre, de forma tão eloquente, a
soberania e poder divino como o avivamento, que é a erupção de Deus na
História e a manifestação de sua graça poderosa.

O brado por um avivamento foi o pedido do profeta Habacuque, 3: 2. Ciente


dessa necessidade, o homem de Deus pede ao Senhor que avive a Sua obra, pois
estava certo de que, com o passar dos anos, o povo se esfriaria em sua fé de tal
modo que todos já anteviam seu fim. Por isso roga, urgentemente, um
avivamento para que a obra mantenha-se viva.

Por ocasião do dia da IPRB, que comemoramos no terceiro domingo de julho, e


por considerar que o nosso lema nesses últimos anos é Avivamento e
Crescimento, gostaria de convidar o amado leitor a uma reflexão bíblica e
histórica sobre algumas evidências e resultados advindos dos grandes
avivamentos, aplicando-as à nossa vida eclesiástica e pessoal.

Confissão e arrependimento

O pecado é o maior empecilho ao avivamento. A igreja está sofrendo uma vida


pobre e superficial porque tem pouca convicção de pecado. Ela tem-se
conformado com suas falhas. Parece que tudo se tornou normal ou comum para o
povo de Deus. Mas o arrependimento e o choro pelos pecados é a chave para
vermos os céus abertos.

Se quisermos avivamento, precisamos tratar a sério a questão do pecado, isto é,


avivamento começa com insatisfação, com humilhação, com lágrimas e não com
riso e festa. Enquanto a igreja estiver satisfeita consigo mesma, não haverá
esperança de avivamento. Portanto, a igreja que não se quebrantar, que não se
arrepender, que não se voltar para Deus não estará abrindo as portas para ser
usada pelo Senhor, Jr. 15: 19.

Um exemplo sempre atual, que ilustra muito bem esta verdade, é a oração do rei
Salomão. Após edificar o templo e orar pedindo as bênçãos sobre aquele lugar,
Deus lhe aparece, numa visão, dizendo que no dia em que o povo pecasse e se
rebelasse contra Ele sofreria as terríveis consequências do pecado, 2Cr 7: 13 e
14. Todavia, se o povo se humilhasse e reconhecesse o seu pecado, convertendo-
se de seus maus caminhos, a bênção tornaria a repousar sobre eles.

Todo grande derramar do poder do Espírito Santo na história, sempre foi


precedido por uma profunda convicção de pecado, por meio de arrependimento e
oração. Ninguém tem dúvidas de que todo avivamento é precedido de oração.
Não se desvincula a oração do poder divino. E Deus não pode conceder poder
àquele que está embaraçado com as coisas desta vida, Hb 12: 1 e 2.

Intensa sede de Deus

Outro aspecto é que todo avivamento é marcado por um profundo desejo de


intimidade com o Eterno. O Salmo 42 retrata esta realidade. O salmista, na
tentativa de fugir dos problemas da vida, vai ao deserto do Neguebe, região da
Judeia, um lugar pedregoso, solitário, cáustico e perigoso. O sol ardente o assola
e, de repente, vê uma corsa exausta, que corre desesperadamente em direção à
água, em busca da satisfação interior.

É nesse momento que o salmista olha para esse animal e exclama: “Como a corsa
que brama pelas correntes das águas, assim suspira a alma por ti, ó Deus! A
minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo…¨, vs. 1 e 2. O salmista está
querendo dizer que a ansiedade desse animal retratava a sua ânsia por Deus. Ele
não conseguia viver sem a presença do seu criador. Seu anseio por Ele estava
acima de tudo.

Muitas pessoas têm procurado ou buscado a Deus meramente em troca das


bênçãos. Vivemos um Cristianismo extremamente antropocêntrico: tudo gira em
torno do homem. Deus, para muitos, não passa de um instrumento secundário,
que trabalha para a realização de todos os gostos e vontades do homem. Os
sermões pregados em nossos dias às vezes têm perdido de vista os fundamentos
bíblicos.

Em tempos de avivamento, a igreja passa a ter mais sede de Deus do que pelas
coisas que Ele pode dar. Empenha-se totalmente na busca da intimidade e
comunhão com Deus – não se contentando com as bênçãos, mas desejando
ansiosamente o próprio Deus. Isto é um dos verdadeiros frutos do avivamento.
Esta sede se concretiza na oração, na comunhão, no amor, nas práticas sociais, no
estudo da palavra e nas ações evangelísticas da Igreja.

Santidade e amor à palavra

O próprio Jesus disse: ¨Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade¨, Jo 17:


17. O mover de Deus traz esse comprometimento com a Palavra. A história
registra que em épocas de avivamento a igreja é renovada em seu amor pela
Palavra. Não há avivamento sem volta à Bíblia, sem fome da Palavra, sem que a
igreja tenha avidez pelas verdades eternas. Ou seja, todo avivamento é centrado
na Palavra.

Quando a Bíblia é deixada de lado, o Deus da Palavra é rejeitado. E, se isso


acontece, a igreja se extrema para o subjetivismo, calcado em experiências e na
mística, ou para o racionalismo incrédulo. O grande evangelista Moody, ao se
referir à Bíblia, dizia: “Ou este livro o afastará do pecado ou o pecado o afastará
desse livro”. Quanto mais longe da Palavra, mais perto do pecado. Quanto mais
perto da Palavra, mais longe do pecado.

Leonard Ravenhill, ardoroso escritor e pregador da Palavra, disse que “a maior


vergonha dos nossos dias é que a santidade que pregamos é anulada pela
impiedade do nosso viver”. Há enorme lacuna entre o que a igreja prega e o que
vive, entre o sermão e a vida, entre a fé e as obras. Não vivemos o que pregamos
e pregamos o que não vivemos.

É impossível ser de Cristo e do mundo ao mesmo tempo. A ausência de santidade


é a causa do fracasso e o grande obstáculo do avivamento. A falta de santidade
emperra, amarra e deixa a igreja em descrédito. Quando a igreja perde o foco da
santidade e passa a amar o mundo, cria-se com isso o maior impedimento à ação
de Deus na História.

Ardor evangelístico

Avivamento sempre gera um ardor evangelístico e conscientiza a igreja da


responsabilidade de fazer missões nacionais e transculturais. Em todas ocasiões
em que o Espírito foi derramado, houve experiências de uma profunda paixão
pelos pecadores. Quando o Espírito desceu sobre a Igreja Primitiva, At 2, os
discípulos romperam com as quatro paredes e alvoroçaram o mundo da época, e
de maneira ousada anunciaram o evangelho em todos os lugares, At 1: 8.

Avivamento que não gera evangelização e comprometimento com o crescimento


do Reino de Deus não é bíblico. São apenas movimentos que vêm e passam
rapidamente. O avivamento, por usa vez, desperta a igreja e esta,
consequentemente, busca os perdidos com a mensagem de transformação. O
genuíno avivamento contamina a igreja com o fogo desbravador do Espírito
Santo.

Por isso, evangelização é a tônica da igreja, porque essa é a sua missão na terra,
Mc 16: 15. Só para se ter uma ideia, de acordo com as estatísticas, de 10 mil
pessoas que vivem nos arredores de uma igreja, quatro delas morrerão
semanalmente. Quer dizer, 16 por mês, 192 a cada ano. Pergunta-se: todas vão
morrer salvas? A igreja não pode ser indiferente. Não pode agir, como na
parábola do Bom Samaritano, da mesma forma que o sacerdote e o levita que
nada fizeram pelo moribundo. Isso é uma afronta a Deus, Lc 10: 15-37.

Não podemos nos esquecer que todo cristão é um missionário em potencial. Jesus
nos chamou para sermos testemunhas, quer dizer: “todo coração com Cristo é um
missionário; todo coração sem Cristo é um campo missionário.” Será que a
igreja, em vez de ser uma agência missionária, não está se transformando num
campo missionário? Como igreja, precisamos erguer a cabeça e ver os campos
que já estão brancos para a ceifa e escutar o gemido das multidões que perecem
sem Cristo, a começar por Jerusalém (nossa cidade).

Que caia sobre todas as igrejas renovadas, sobre todos os nossos membros, sobre
nossos jovens e líderes, bem como sobre todo segmento evangélico de nosso
país, uma chuva de avivamento, que leve o povo a ter sede e fome de Deus, para
que aconteça um verdadeiro envolvimento e comprometimento com a Sua obra.
Somente assim estaremos prontos para dizer como o profeta Isaías: “Eis-me aqui,
envia-me a mim”, Is 6: 8. E, sem dúvida alguma, o resultado desse avivamento
será o maior crescimento já provado por esta geração.

……………………

Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2008

Dia do Índio: uma oportunidade de reflexão


missional – maio/2016
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

19 de abril é Dia do Índio, ou Dia dos Povos Indígenas, criado pelo presidente
Getúlio Vargas, por meio do decreto-lei 5540, de 1943. Essa data foi proposta
pelas lideranças indígenas do continente americano que participaram do 1º
Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. A data, além de ser
um motivo de reflexão sobre os valores culturais dos indígenas e a importância
da preservação e respeito desses valores, trata-se de uma motivação para
refletirmos sobre o grande desafio e a urgência da evangelização desses povos,
abrangidos por Jesus em Mateus 28:19, bem como uma oportunidade para
homenagearmos nossos obreiros e igrejas nas tribos indígenas, nos Estados do
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazônia, São Paulo e outros.

***

Jesus foi categórico em afirmar que todas as nações deste planeta precisam
conhecer o seu nome, que está acima de todo nome (Mt 28:19; Mc 16:15; At
1:8). O apóstolo Paulo diz que, um dia, todo joelho se dobrará e toda língua
confessará que Jesus é o Senhor, para a glória de Deus (Fp 2:10-11). São
evidentes as palavras de Jesus, registradas por Mateus, que dizem que, enquanto
o evangelho não for pregado nos cantos e recantos deste mundo, em testemunho
a todas as gentes, o fim não virá (Mt 24:14).

É impressionante a velocidade com que o tempo está passando e as profecias


estão se cumprindo. O Cristianismo é, hoje, a maior religião do mundo. Seu
crescimento tem sido gradativo e constante, mas há ainda milhões e milhões de
pessoas que nunca ouviram falar de Jesus. Nem é preciso falar dos mais de 3
milhões que vivem na Janela 10×40 e que sequer ouviram falar de Jesus.
Verdade é que existem muitas etnias que ainda precisam ser alcançadas pelo
evangelho.

Conceito de etnia

Segundo a missiologia, etnia é um grupo de pessoas distinto de outro grupo


humano, devido à sua língua e cultura. Ou seja, são povos ou gente que possuem
crenças, valores e instituições totalmente diferentes. Por exemplo, os japoneses
no Brasil são um grupo de pessoas etnicamente diferente dos coreanos que aqui
residem. As diferenças entre essas etnias são várias: comida, aparência,
comportamento social, religião, modo de pensar, etc.

Nesse aspecto, os povos indígenas, que provavelmente vieram da Ásia e depois


se espalharam pelas Américas, estão inclusos nas palavras de Jesus no texto da
Grande Comissão, e precisam ser alcançados pelo poder do evangelho. Aliás, os
grupos indígenas que vivem no Brasil podem ser considerados verdadeiras
nações de costumes absolutamente diferentes. Vale ressaltar que nação, aqui, não
se trata de país politicamente consolidado, mas de um grupo de gente que tem
sua própria cultura.

Gente carente de Jesus

Antes da descoberta do Brasil, por Pedro Álvares Cabral, os indígenas já estavam


aqui e dominavam as terras brasileiras. Um índio Caimbé, referindo-se a eles
como os primeiros habitantes do solo brasileiro, disse: “O Brasil não foi
descoberto, o Brasil foi roubado”. O censo de 2010 do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a população indígena é de quase 897
mil, sendo que 63,8% vivem na zona rural e 36,2%, na urbana, distribuídos em
305 etnias.

A maioria dos indígenas mora na bacia amazônica, os demais estão espalhados


pelo Brasil, sendo 38,2% na região Norte, 25,9% no Nordeste, 16% no Centro-
Oeste, 11,1% no Sudeste, e 8,8% no Sul. Dos mais de 250 povos indígenas
brasileiros, 133 possuem presença missionária evangélica e 20 têm igrejas com
liderança autóctone. Dessas 20 igrejas, apenas 14 possuem o NT traduzido para a
sua língua. Precisamos orar para que Deus levante tradutores, pois se sabe que
grande parte dos tradutores não consegue conciliar tradução e evangelização,
devido à intensidade do trabalho.

O número de tribos que não possuem nenhuma porção da tradução da Bíblia é


ainda muito grande. As etnias indígenas carecem de grande empenho para serem
alcançadas. A Igreja precisa se inteirar da situação cultural, social e religiosa
desses povos para apresentar-lhes o Evangelho Integral Sustentável.

Igrejas autóctones

O que seria uma igreja autóctone? É a igreja nascida em um país e que não possui
influência externa, ou seja, influência cultural importada, já que os seus padrões
são todos nativos. A igreja autóctone atenta mais para os princípios da Palavra de
Deus do que para os métodos, de forma que a exposição do evangelho seja
compatível com o povo no meio do qual ela existe ou está sendo plantada. Jesus
não interferia na cultura e nos costumes dos povos evangelizados (Jo 4:1-30).

Ele anunciava o reino de Deus e, com isso, as cidades eram transformadas,


porque as pessoas eram, primeiramente, transformadas pelo poder de sua Palavra
(Jo 6:63). Esse deve ser o foco para plantação de igrejas em outras culturas, isto
é, ter como objetivo primeiro a criatura humana (Mc 16:15), para que, depois de
convertida, o evangelho alcance o grupo de pessoas no meio do qual ela vive.
Desta forma, as verdades bíblicas serão muito mais proveitosas pelo grupo étnico
alcançado.

Por isso, precisamos admitir que um obreiro indígena possui suas


particularidades étnicas, e que não temos como exigir que ele se enquadre dentro
dos princípios de um obreiro não-indígena. Um pastor autóctone tem maiores
possibilidades de ser bem-sucedido como missionário do que um obreiro que não
seja daquele contexto. Somos gratos a Deus pela vida dos irmãos Carmo da Silva
e Emenergildo Balbino, hoje pastores/missionários autóctones da IPRB nas
aldeias indígenas de Miranda, MS. Deus abençoe suas vidas, famílias e igrejas
indígenas renovadas no Brasil.

Igreja missional
A igreja em Antioquia era a “base missionária” da igreja primitiva. É o protótipo
para todas as demais igrejas. De lá saíram os primeiros missionários: Paulo e
Barnabé. Por isso, missões é tarefa da igreja local, e não exclusiva das agências
missionárias. Estas devem funcionar como parceiras das igrejas na
evangelização. A igreja local é o celeiro, de onde homens e mulheres são
chamados e enviados para os campos missionários, e ela deve prover os recursos
necessários para manutenção dos missionários.

O leitor poderia perguntar: mas o que seria uma igreja missional? Seria uma
igreja missionária? Sim, mas o conceito do termo “missional”, segundo Rubens
Muzio, é uma forma de enfatizar a verdadeira vocação da igreja na terra como
povo chamado e enviado para servir e evangelizar. Isto é, o termo impõe sobre a
igreja uma responsabilidade mais aguda, exigente e urgente. Ser uma igreja
missional significa ser uma igreja urbana que faz o mesmo trabalho de um
missionário, a partir do bairro onde está inserida.

A igreja missional cumpre o que está escrito em Atos 1:8, evangelizando em


Jerusalém (dimensão urbana-local), Judeia (dimensão urbana-nacional), Samaria
(dimensão urbana-continental) e os confins da terra (dimensão urbana-mundial).
Em outras palavras, igreja missional significa adotar a postura profética de um
missionário, que se adapta ao contexto do outro sem perder de vista a essência
dos ensinos da Bíblia Sagrada. Ser uma igreja missional é um estilo de vida
cristã.

Missionário em potencial

Discipular ou fazer discípulos de todas as etnias é a missão dada à Igreja. O


desafio da evangelização do indígena não é uma tarefa apenas das agências
missionárias, mas de qualquer cristão. Ou seja, cada crente é considerado um
“missionário em potencial”. Ninguém pode se eximir dessa responsabilidade,
dizendo: “Eu não posso sair da minha cidade”. Se não podemos ir, podemos
contribuir ou até mesmo orar a favor das tribos indígenas, para que Deus levante
pessoas para trabalhar entre esses povos.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes de Corinto, traça de maneira prática o


perfil de um missionário: “Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de
quem crestes, e isso conforme o Senhor concedeu a cada um” (1Co 3:5).
Missionário é, portanto, um servo de Deus, por meio de quem as pessoas vão crer
em Jesus (2Co 3:4). É claro que cada um tem a sua especificidade. Um foi
chamado para plantar, outro foi para regar e assim por diante. Cada um faz para
Deus aquilo que está vinculado ao propósito divino para sua vida (1Co 3:6-8).
Todo cristão deve ser uma testemunha viva da Palavra de Deus (At 1:8).

Para refletir

“Era uma vez quatro indivíduos chamados: Todo Mundo, Alguém, Ninguém e
Qualquer Um. Quando havia um trabalho importante para ser feito (por exemplo,
a obra de Deus), Todo Mundo estava certo de que Alguém faria; Qualquer Um
poderia ter feito, mas Ninguém o fez. Quando Ninguém o fez, Alguém ficou
nervoso, porque isso era obrigação de Todo Mundo. No final, Todo Mundo
culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito”.
Jesus disse: “Trabalhemos enquanto é dia, porque a noite vem” (Jo 9:4).

———
Fonte: Jornal Aleluia, maio de 2016

Dia das mães: uma data a ser comemorada


com gratidão todos os dias – Maio/2017
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

Nesta oportunidade, gostaríamos de parabenizar


e homenagear com esta reflexão bíblica todas as mães
do Brasil e do mundo, e desejar que Deus abençoe cada família nesse dia
especial, 2º domingo de maio, em que se comemora o dia das mães.

O Dia das Mães é uma data comemorativa em que se homenageia a mãe e a


maternidade. Em alguns países, esse dia é comemorado no segundo domingo do
mês de maio, como no Brasil e na Irlanda. Em Portugal, por exemplo, é
comemorado no primeiro domingo de maio. Segundo a enciclopédia Wikipédia,
mãe, genitora, progenitora, ou ainda geradora, é o ser do gênero feminino que
gera uma vida em seu útero como consequência de fertilização.
Mãe é, também, para todos os efeitos, aquela pessoa do gênero feminino que
adota, cria, e cuida de uma criança gerada por outrem que, por alguma razão, não
pôde ficar com seus pais. Verdade é que o Dia das Mães deve ser todos os dias.
Eva, que em hebraico significa vida, é o nome que Adão deu à sua mulher. Ela é
mãe de todos os seres humanos. Eles tiveram três filhos: Caim, Abel e Sete;
depois, geraram outros filhos e filhas (Gn 3:30; 4:1,2,25; 5:4)

O princípio bíblico estabelecido por Deus no Jardim do Éden para que uma
mulher se torne mãe perdura até hoje. Ou seja, o homem deixará seu pai e sua
mãe e unir-se-á à sua mulher, e os dois serão uma só carne, gerando filhos e
filhas, como herança do Senhor (Gn 2: 24 e Sl 123: 3). Vejamos o que nos
legaram algumas mães da Bíblia Sagrada.

Joquebede: mãe provada e aprovada

Seu nome quer dizer “Jeová é glória”. Ela foi a mãe do grande estadista Moisés,
que quer dizer “tirado das águas”. Como deve ser difícil para uma mãe gerar um
filho e não poder dizer a todos que ele lhe pertence. Que provação terrível! Essa
foi a história dessa mulher, que foi provada e aprovada por Deus. Moisés nasceu,
mas não pôde ficar sob os seus cuidados. Todavia, a intervenção de Deus foi tão
precisa que Joquebede teve a oportunidade de cuidar de seu filho até ele crescer.

Segundo o decreto de Faraó, todas as crianças do sexo masculino deveriam


morrer ao nascer (Êx 1:16). Então, nasce Moisés, um menino muito formoso. Sua
mãe o esconde por três meses. Não podendo ficar com ele por mais tempo, pois
os egípcios poderiam matá-lo, ela o coloca dentro de um cesto de junco e o deixa
à beira do rio Nilo. A irmã do menino fica observando de longe o que haveria de
lhe acontecer. A filha de Faraó e suas donzelas, que passeavam pela beira do rio,
logo pegaram a criança.

Joquebede tinha a glória de Deus em sua vida, por isso era uma mulher
iluminada. A princesa egípcia, sem compreender os mistérios de Deus, por meio
da irmã do menino, o entrega à mãe dele, a fim de que ela o criasse, e ainda lhe
paga um salário (Ex 2:9). Depois de crescido, Joquebede entrega o menino à filha
de Faraó, que o adota como filho. Como é importante confiarmos no agir de
Deus. A você, mãe, que tem sido provada de muitas maneiras, ore, persevere e
acredite na intervenção divina. Deus vai trazer de volta aquilo que é seu, pois ele
tem visto suas lágrimas.

Ana: mãe piedosa e intercessora

Israel vivia o período dos juízes (1200-1020 a.C.) A situação político-espiritual


nesse tempo era instável e caótica. O governo ainda era teocrático, mas Deus já
estava se movendo e preparando grandes mudanças em Israel. Para isso, havia
necessidade de um grande líder. Quem seria ele? De onde viria essa pessoa? De
que linhagem? Então Deus se manifesta na história, fazendo surgir no cenário
israelita um grande juiz, profeta e sacerdote, que se chamava Samuel.

Não foi por acaso que Samuel surgiu e se tornou um grande ícone em Israel. Seu
nascimento, vida e ministério são frutos de uma mãe piedosa, que orava muito e
era cheia da graça divina. Deus tem prazer em se manifestar em terra árida, no
deserto, no meio da crise, da tempestade, da provação e do sofrimento humano.
O profeta diz que, quando Deus age, ninguém pode impedir (Is 43:13). Foi nesse
contexto que o Senhor se manifestou na vida de Ana, quando Eli lhe disse que
Deus haveria de atendê-la (1Sm 1:17).

Ana, cujo nome significa graça de Deus, era uma mulher estéril e menosprezada.
Em uma das ocasiões em que orava no templo, o sacerdote Eli a julgou por
embriagada, tão grande era o seu desgosto (1Sm 1:14-16). Deus se compadeceu
de sua aflição e lhe deu um filho (1Sm 1:19-20). É assim que devemos nos
comportar quando o solo em que vivemos parece improdutivo, árido e estéril. É
nessa hora que devemos contar para Deus nossas angústias e aguardar sua
intervenção. Seja uma Ana, minha irmã, e creia na soberania divina, pois ele virá
ao seu encontro no tempo certo (Jó 19:25).

Eunice: mãe zelosa e educadora

Timóteo é filho de um casamento misto, seu pai era grego e sua mãe, judia. Sua
mãe, Eunice (que significa vencedora), e sua avó, Lóide, possivelmente tenham
se convertido a Jesus na ocasião da primeira viagem dos missionários Paulo e
Barnabé, quando estiveram em Listra, na Licaônia. Quanto a seu pai, não há
informações precisas de que ele tenha se convertido ao evangelho ou ao
judaísmo. Talvez seja por esta razão que Timóteo não tenha sido circuncidado ao
nascer, mas somente mais tarde (Atos 16:3).

No entanto, apesar se ser um cristão dotado das mesmas paixões de um jovem


(2Tm 2:22), sua conduta sempre chamou a atenção das pessoas onde morava ou
por onde passava. Timóteo fora criado e educado nos princípios da Palavra de
Deus desde os tempos de criança (2Tm 3:15). Interessante que o apóstolo Paulo,
ao escrever sua segunda carta a esse moço, que também era pastor, deixou claro
que o presbítero e o diácono precisam ser pessoas de vida cristã ilibada (1Tm
3:1-13).

A educação que ele recebeu de sua progenitora e avó foram suficientes para fazê-
lo um exemplo dos fiéis (1Tm 4:12). Todavia, não podemos nos esquecer do
espírito de dedicação e zelo dessas mulheres. À semelhança de muitas mulheres
cristãs hoje, Eunice não tinha o marido cristão, mas isso não a impediu de
transmitir ao seu filho a cultura de uma fé não fingida (2Tm 1:5). Isso nos ensina
que a mãe, dentro da sua polivalência, precisa ser uma educadora. Gostaríamos
de dizer às mães, principalmente àquelas que não têm o marido crente, que sejam
firmes na fé e não desistam nunca das promessas de Deus (Rm 12:12).

Maria: mãe amada e privilegiada

Maria e José são “nomes-símbolos”. A história de vida deles é contada por


gerações e mais gerações e nunca poderá ser apagada, até porque eles são os pais
de Jesus, o nome mais lido e falado no mundo inteiro. Falar de Maria, como mãe
de Jesus, não tem nada a ver com fé cristã, salvação ou outro tema teológico.
Apesar de ser uma mulher privilegiada, por ser a progenitora do filho de Deus,
foi uma mulher comum e com as mesmas dificuldades que qualquer outra pessoa
possui.

Um dos pontos da vida de Maria que queremos destacar é que José a amava
profundamente. Quando ficou sabendo que ela estava grávida, não quis infamá-
la, antes, preferiu deixá-la secretamente. Mas, antes que isso acontecesse,
recebeu a visitação de Deus, por meio do anjo, que lhe disse: “[…] não temas
receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt
1:20). Ninguém discordaria de que não foi fácil para José conceber esse fato e
receber a Maria (1:24). Este é um ponto relevante da vida desse casal, que nos
ensina a acreditar sem reservas nos planos de Deus.

Reconhecemos que ser mãe é uma dádiva de Deus. Gerar um filho dentro do
propósito divino é uma grande bênção. Quantas mulheres têm o profundo desejo
de ser mãe. Maria foi uma mulher amada e privilegiada, mas o seu prestígio
diante de Deus, por ter sido escolhida entre muitas para ser a mãe de Jesus, não
ofusca o ato gratificante que uma mulher tem em dizer que é mãe. Você é uma
privilegiada porque é mãe do filho ou dos filhos que Deus lhe deu para cuidar.
Portanto, faça isso com zelo, honra e amor, pois nossos filhos pertencem ao
Senhor; deles apenas cuidamos (1Sm 1:27-28).

Salário de uma mãe

Um estudo mostrou que uma mãe atua em várias áreas: ela cria os filhos, cuida e
mantém limpa e em ordem a casa, lava a roupa, a louça; faz o trabalho de
enfermeira quando os filhos estão doentes; de psicóloga quando estão em
conflito; de economista quando as finanças estão apertadas; e de uma professora,
ajudando nas tarefas da escola.

Numa família comum, se uma pessoa fosse contratada para fazer cada uma
dessas tarefas, ficaria uma fortuna. O site americano www.salary.com calculou
que o salário, em média, de uma mãe (americana) que fica em casa seria US$
134,121, por ano (R$ 482.835,00). Isso se ela fosse paga para fazer as tarefas ou
atividades da casa.

Agora perguntamos: quanto é que uma mãe ganha para fazer tudo isso? Em
termos financeiros ou salário mensal, não ganha nada. No entanto, ela não faz
nada disso pelo dinheiro, mas por amor. É justo que, ao menos uma vez por ano,
honremos com dignidade essas mulheres que fazem tanto sacrifício com tão
pouco reconhecimento.

A IPRB e os 500 anos de João Calvino –


Julho/2009
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin
A família presbiteriana do Brasil comemora,
neste ano de 2009, os 500 anos
do nascimento de João Calvino, reformador
nascido em Noyon, Picardia, França,
no dia 10 de julho de 1509, e os 150 anos
de Presbiterianismo no Brasil,
que ocorreu com a chegada do jovem
missionário Ashbel Green Simonton
ao solo brasileiro,
no dia 12 de agosto de 1859

Quem foi Calvino?

João Calvino, além de ser considerado o maior teólogo do Cristianismo depois de


Agostinho, foi, acima de tudo, “pastor zeloso e incansável no seu esforço em
favor de suas muitas ovelhas sofridas e angustiadas por males de toda sorte”, e,
também, o grande evangelista de Genebra, Suíça.

Conhecido como o grande teólogo da Reforma Protestante do século XVI, autor


das Institutas da Religião Cristã, publicadas em Basiléia, 1536, bem como um
grande estrategista político e um dos pais da democracia moderna, é considerado
com um dos principais líderes da segunda geração de reformadores do século
XVI.

Simonton, missionário pioneiro

Filho mais novo do Dr. William Simonton, médico conceituado, deputado federal
nos EUA e cristão devoto. Desde cedo, recebeu fortes influências morais,
intelectuais e espirituais da fé presbiteriana em que fora criado. Simonton foi o
primeiro missionário Presbiteriano a chegar ao Brasil, enviado pela Igreja
Presbiteriana do Norte dos Estados Unidos, em agosto de 1859.

Sua vida foi curta. Viveu apenas 34 anos e morreu em São Paulo, vítima de febre
amarela. Apesar disso, não mediu esforços para fazer a obra de Deus. Sua vida
foi marcada pela dedicação e empenho missionário. Dois dias antes de morrer,
deixou a seguinte palavra à igreja que fundou no Rio de Janeiro: “Deus levantará
alguém para tomar o meu lugar. Ele usará os seus instrumentos para o Seu
trabalho”.

A IPRB e o Presbiterianismo

O nascimento da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil (IPRB) está


profundamente vinculado ao Presbiterianismo que chegou ao Brasil com o
missionário Simonton, especificamente à Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) e à
Igreja Presbiteriana Independente (IPI). As raízes da Denominação também se
ligam ao movimento pentecostal moderno, que teve seu início nos EUA.

O avivamento pentecostal surgiu no início do século XX, com Charles Parham,


em Topeka, Kansas, em 1901. Seu discípulo, William Seymour, iniciou, em
1906, o que ficou mundialmente conhecido como o avivamento da Rua Azuza,
em Los Angeles, de onde se espalhou por todo o mundo, chegando logo mais ao
Brasil.

Como Presbiterianos Renovados, alcançados pelo avivamento espiritual da


década de 70, oriundos do Presbiterianismo que chegou ao Brasil há um século e
meio, e como fruto da união da Igreja Presbiteriana Independente Renovada
(IPIR) e Igreja Cristã Presbiteriana (ICP), em 1975, somos gratos a Deus por
esses séculos de presbiterianismo, bem como pelos 35 anos de fundação da Igreja
Presbiteriana Renovada do Brasil. Juntos, rendemos a nossa mais sincera gratidão
a Deus.

Sessão Solene em São Paulo

No dia 7 de agosto (20 horas), está prevista uma Sessão Solene na Assembleia
Legislativa de São Paulo, alusiva às comemorações dos 500 anos de Calvino e
150 anos da chegada do missionário Simonton, que trouxe o Presbiterianismo ao
Brasil.

A Diretoria Executiva da IPRB se fará presente à referida sessão, bem como os


pastores da região da Grande São Paulo e todos aqueles que desejarem participar
do evento. Essa comemoração é uma iniciativa de representantes das diversas
Igrejas do ramo Presbiteriano.

Chuva de avivamento
Diante de tudo isso, esperamos que as comemorações alusivas aos 500 anos de
Calvino e aos 150 de Simonton constituam-se num tempo de Deus para as nossas
vidas. Que o Espírito Santo derrame sobre todos os presbiterianos, do Brasil e do
mundo, bem como sobre todos os evangélicos, uma chuva de avivamento, a fim
de que as igrejas sejam despertadas, para que vidas sejam salvas e o Reino dos
céus seja beneficiado.

…………………..
Fonte: Jornal Aleluia de julho de 2009

A dinâmica da cristologia integral na


oração sacerdotal de Jesus – Junho/2017
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

Uma análise bíblico-pastoral da oração


de despedida de Jesus, em João 17: 1-26,
alusiva ao Dia do Pastor

Prega-se muito nos púlpitos das igrejas sobre o tema Missão Integral ou Missão
Holística. Ou seja, a missão que se preocupa com o ser humano por completo:
corpo, alma e espírito. Segundo o missiólogo René Padilla: “A igreja que se
compromete com a missão integral entende que seu propósito não é chegar a ser
grande, rica ou politicamente influente, mas sim encarnar os valores do reino de
Deus e manifestar o amor e a justiça, tanto em âmbito pessoal como em âmbito
comunitário”.

Apesar do termo “integral” não configurar na Bíblia, ele está amplamente


presente em diversos conceitos teológicos, inclusive na Cristologia, parte da
teologia que estuda a natureza de Cristo. Então, o que seria Cristologia Integral
nesta reflexão? A associação do termo “integral” à Cristologia assume um
sentido de completude, considerando que Jesus intercede irrestritamente por seus
discípulos, que haveriam de enfrentar o desafio de fazê-lo conhecido neste
mundo (v. 23).

A dinâmica da Cristologia Integral na oração Sacerdotal de Jesus leva em conta


todas as dimensões da trajetória ministerial de seus discípulos neste mundo, que
se inicia com a conversão aos seus ensinos e doutrina e termina com a promessa
da vida eterna com Jesus. Isso é maravilhoso porque, enquanto estivermos nesta
terra, podemos estar certos de que jamais seremos desamparados por ele (Jo
16:33).

Jesus Cristo, o filho do Deus, veio a este mundo para exercer o tríplice ofício: rei,
profeta e sacerdote. Isso se aplica tanto ao seu estado de humilhação como de
exaltação. Como Rei dos reis e Senhor dos senhores, ele governa o mundo e
protege o seu povo do maligno. Como Profeta, nos revela a vontade e a pessoa do
Deus todo-poderoso. E como Sacerdote eterno, ofereceu a sua própria vida em
sacrifício e está à destra de Deus intercedendo pela igreja na terra.

Na oração sacerdotal (João 17:1-26), antes de sua partida deste mundo, Jesus ora
em favor dos seus discípulos e daqueles que haveriam de crer nele. O que está em
destaque nesse texto é o seu ofício sacerdotal: ele se coloca diante do Pai e
intercede por seus discípulos. É grande o efeito de sua intercessão, a fim de
manter os seus escolhidos salvos do poder de Satanás e guardá-los de todo o mal.
Diante disso, qual a dinâmica de sua oração nesse texto? O que ele pede ao Pai
pelos discípulos e por nós?

NOSSA PROTEÇÃO

Essa é uma promessa maravilhosa. A certeza de sua proteção, após a sua morte,
ressurreição e assunção aos céus: ”Não peço que os tires do mundo, e sim que os
guardes do mal” (v. 15). Jesus está demonstrando com isso total interesse e
preocupação, se assim podemos dizer, em nos ver protegidos de todo o poder
maligno. A convicção da proteção divina foi o pedido de Moisés para continuar
seu pastoreado no deserto: “Se a tua presença não for comigo, não nos faça subir
deste lugar” (Êx 33:15).

O que vale a vida cristã sem a proteção de Jesus? Qual seria o seu sentido?
Talvez nenhum, porque a presença de Jesus nos dá segurança em todos os
sentidos. Por isso, podemos confiar totalmente nele, uma vez que é o nosso Sumo
Sacerdote e que se coloca constantemente diante do Pai celestial, pelo seu povo.
Neste mundo vil e de tantas injustiças, o que todos queremos e precisamos é ser
protegidos. Não há dúvidas de que o ministério pastoral sem o cuidado de Jesus
não compensaria.

NOSSA SANTIFICAÇÃO

Além da proteção, Jesus pediu ao Pai que santificasse seus discípulos na verdade
da sua palavra: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (v. 17). Não
temos dúvida de que a vivência da Palavra de Deus tem sido o efeito purificador
da nossa mente e coração. Ler e aplicar diariamente os ensinos da Palavra em
nossas vidas, para que tenhamos uma vida pura e santa diante de Deus e dos
homens é extremamente essencial. Sem santificação ninguém poderá ver o
Senhor (Hb 12:14).

A dinâmica da Cristologia Integral nessa oração passa pelo crivo da santificação,


que sempre foi o termômetro de Deus para o sucesso ministerial. Quer dizer, essa
prerrogativa bíblica foi, também, uma exigência divina ao tempo do Antigo
Testamento: “Pois eu sou o Senhor, o vosso Deus; consagrem-se e sejam santos,
porque eu sou santo” (Lv 11:44). Portanto, a súplica de Jesus pela santidade de
seus discípulos é, simplesmente, uma reafirmação daquilo que Deus sempre quis
e desejou de seus servos no AT.

NOSSA MISSÃO

Jesus não apenas nos deu a incumbência de pregarmos o evangelho a toda


criatura (Mc 16:15), mas intercedeu por esse propósito divino: “Assim como tu
me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (v. 18). Com isso, temos
o compromisso de sermos o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5:13-16).
Precisamos cumprir efetivamente a missão de pregar o evangelho sem tentar
escapar do mundo nem evitar os relacionamentos com os não cristãos, pois
fomos enviados para levar a salvação aos perdidos.

É muito interessante a sequência dos argumentos na oração de Jesus. Primeiro,


suplica por nossa proteção. Depois, roga ao Pai pela santificação dos seus
discípulos. Com isso, diz ao Pai que eles estão preparados para ser enviados à
Seara (Mt 9:37,38). Portanto, cumprir o “ide” e fazer discípulos de todas as
nações (etnias), estando preparados e tendo certeza de sua presença, será sempre
uma tarefa frutífera e consolidada: “E certamente estou convosco todos os dias,
até consumação do século” (Mt 28:20).

NOSSA UNIDADE

Unidade é a máxima do sucesso de qualquer segmento, especialmente da vida


cristã. Sabendo dessa verdade, Jesus intercede pela unidade de seu povo: “A fim
de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam
eles em nós” (v. 21). Ele deseja e quer a nossa unidade para que o mundo creia
nele. Temos de priorizar a unidade na igreja, para que ela seja uma testemunha
poderosa da realidade do amor de Deus. A falta desse ingrediente, principalmente
na liderança, prejudica a comunhão e o trabalho de evangelização.

A unidade precisa começar pela cabeça, ou seja, pela liderança. Líderes unidos,
liderados unidos; líderes desunidos, liderados desunidos. Infelizmente será
sempre assim, pois o reflexo de uma liderança unida, ainda que as diferenças
existam, o que é natural em qualquer engrenagem, será sempre contemplada com
os frutos dos alvos estabelecidos. Não nos esqueçamos da figura do corpo usada
por Paulo para ilustrar a unidade da igreja: “Pois há muitos membros, mas um só
corpo” (1Co 12:20).

NOSSA ETERNIDADE

Por fim, Jesus faz o seguinte pedido em sua oração: ”Pai, a minha vontade é que
onde eu estou, estejam também comigo os que me deste” (v. 24). Na verdade, ele
está nos levando a pensar nos propósitos de Deus para com o homem, desde o
jardim do Éden. Deus nos criou para vivermos eternamente nesse lugar especial.
No entanto, o pecado roubou do ser humano essa prerrogativa, levando-a ao
sofrimento e destruição total (Gn 3). Mas Jesus, um pouco antes de morrer na
cruz do Calvário, deixa claro que quer os salvos juntos dele.

A vida além-túmulo é a esperança dos salvos. Paulo diz que “Se a nossa
esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens” (1Co 15:19). Podemos ter a firme convicção de que Jesus quer
nos arrebatar e nos levar para estar com ele em sua morada celestial (1Ts
4:16,17). Alegremo-nos e nos regozijemos por tão grande privilégio que há de
acontecer em breve. Como é maravilhoso sabermos que Jesus, nosso grande
intercessor junto ao Pai Celestial, orou por nossa proteção, santidade, missão,
unidade e eternidade.

PARA REFLETIR!

Não estamos sós! No inverno de 1864, nos EUA, uma velhinha cristã dirigiu-se à
Casa Branca para falar com Abraham Lincoln. Segurou a mão do grande
presidente e apertou-a fortemente. Queria contar-lhe um segredo: “Amigo
Abraham, você não está só, estamos todos orando por você. Você não pode
fraquejar, pois o coração de todo o povo está com você. O Senhor mesmo foi que
lhe colocou neste lugar. Você é amado pelo povo como nunca antes outro homem
o foi. Deus está com você e o povo atrás de você!”

Nós, ministros de Deus, temos a certeza de que não estarmos sós (Is 43:1-5 e Jo
14:18).

A complexidade da voz profética da igreja


evangélica brasileira – Agosto/2016
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

Uma reflexão bíblico-teológica


alusiva ao dia da Independência do Brasil

“Meu filho, tema a Deus, o Senhor, e respeite as autoridades.


Não se envolva com as pessoas que se revoltam contra elas,
pois num instante elas podem se arruinar”
Pv 24:21

Que o Brasil é um país abençoado por Deus, disso não temos dúvida alguma.
Somos uma terra fértil e produtiva, um povo simpático e querido por todos no
mundo inteiro. Apesar do momento político e econômico da nação brasileira não
ser completamente favorável a ninguém, somos um país sem guerras, sem
terrorismo e sem derramamento de sangue. Por certo, o leitor já ouviu falar que
Deus é brasileiro. Mas seria Deus brasileiro?

A crença popular verde-amarela de que Deus é brasileiro não passa de um


bairrismo nacional que acaba descontraindo as pessoas. Estamos certos de que
Deus é divino e não humano-brasileiro; eterno e não passageiro; celestial e não
terreno, espírito e não matéria; santo e não contaminável; grande e não pode ser
contido; é majestoso e está entronizado entre os querubins e os serafins. Deus
tem o governo absoluto do mundo que criou em suas mãos.

O Brasil pertence a Deus! Esta tem sido a oração de milhões e milhões de


cristãos evangélicos brasileiros. Não há dúvidas de que tudo poderia estar ainda
pior em nossa nação, se não fosse a presença da igreja, como agência de Deus
neste mundo. A data comemorativa de 7 de setembro, dia da Independência do
Brasil, é um momento oportuno para refletirmos sobre alguns conceitos bíblico-
teológicos concernentes à complexidade da voz profética da igreja frente ao
contexto político-econômico de nossa nação.

A HONRA ÀS AUTORIDADES

Honra e respeito às autoridades constituídas por Deus é o imperativo bíblico-


salomônico: “respeite as autoridades”. O apóstolo Paulo afirma que toda
autoridade, seja ela eclesiástica ou não, é constituída por Deus (Rm 13:1). Ou
seja, toda autoridade tem o pleno consentimento divino para o exercício de suas
funções. A doutrina bíblico-teológica da providência divina ensina que Deus é
quem permite ou impede tanto o querer como o efetuar: “Porque Deus é o que
opera em vós, tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”, (Fp
2:13).

Portanto, negligência, desonra e desrespeito a qualquer tipo de autoridade é um


princípio antibíblico, que foge da legalidade de um viver coerente para com
Deus, com o próximo e consigo mesmo. O papel da igreja é fazer a diferença,
para que o Brasil tenha sempre a proteção divina. Agora, em se tratando da
submissão às autoridades políticas brasileiras, é bom seguirmos os trilhos dos
ensinos bíblicos que regem a conduta cristã, lembrando sempre que somos o sal
da terra e a luz do mundo (Mt 5:13-14).

A NATUREZA DA POLÍTICA

O ser humano é por natureza político. A política está presente na família, na


escola, na igreja, no trabalho e em quase todos os ambientes e segmentos em que
estamos inseridos. Segundo Leonardo Sampaio, educador político, existem
diferenças evidentes entre política, ser político e fazer política. Política se traduz
pela ciência, arte ou meio de fazer o bem comum ou promover a felicidade
humana. Ser político é fazer valer os direitos dos cidadãos e o dever do Estado,
conforme prevê a Constituição. É esse tipo de político que se constitui como
verdadeira autoridade quando eleito ou nomeado para ocupar um cargo público.

Agora, fazer política é outra questão, que exige da pessoa que vai exercer um
cargo ou mandato o senso da ética, do compromisso, da dignidade, da
honestidade e do conhecimento da função. Talvez esses aspectos constituam o
cerne da problemática atual da política brasileira. No Antigo Testamento e na
antiguidade, os reis e os juízes (1390 a 1030 a.C.) de Israel tinham compromisso
exclusivo com a nação, pois lutavam (literalmente) e faziam prevalecer os
direitos do povo. São de políticos assim que precisamos na atualidade.
Autoridades que defendam e façam prevalecer os direitos da população.

A ANTIGUIDADE DA CORRUPÇÃO

O termo corrupção, do latim “corruptus”, significa o “ato de quebrar aos


pedaços” ou decompor e deteriorar algo. Seria o efeito de corromper alguém em
troca de algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros,
usurpando-se de meios ilegais e mentirosos. Que a corrupção é tão antiga quanto
ao pecado, disso não temos dúvidas. Foi dessa forma que serpente agiu com os
habitantes do jardim do Éden e continua agindo em nossos dias. Ela usou da
artimanha corrupta para ludibriar Eva e a seu marido, Adão: “Porque Deus sabe
que no dia em comerdes se vos abrirão vossos olhos e, como Deus, sereis
conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:5).

A proposta de “ser como Deus” pareceu muito vantajosa à mulher: “Vendo a


mulher que a árvore era boa para se comer […], tomou-lhe do fruto e comeu e
deu também a seu marido, e ele comeu” (Gn 3:6). A corrupção será sempre o
resultado de uma ambição desenfreada, da mentira e do descumprimento do
pacto de confiança com Deus e com o próximo. Propostas de barganha,
negociações, licitações fraudulentas, serviços facilitados e propinas são notícias
veiculadas diariamente nas mídias em geral. A igreja não pode compactuar com
esse modelo de vida, (Ml 3: 18 e Ef 2: 1-3).
A VOZ DOS PROTESTOS

Corrupção gera déficit. Déficit gera crise. Crise gera desemprego. Desemprego
gera descontentamento e protestos. Esse foi o cenário pós-Éden, depois das
“sanções penais” sofridas pela humanidade devido à desobediência corrupta:
tristezas, brigas, dores, sofrimento, trabalho dobrado, fadigas, improdutividade da
terra e demissão do paraíso (Gn 3:15-24). Antes da maldita corrupção no jardim,
era tudo muito bom. Deus andava pelo Paraíso, conversava com seus habitantes,
a terra produzia abundantemente e não existiam cardos nem espinhos (Gn 3:17-
10). O contexto político-econômico dessa cidade era uma maravilha.

No entanto, a ambição levou o casal e toda a humanidade a uma vida de intenso


trabalho e calamidade. A partir de então, surgiram as manifestações como forma
de protestos. A construção da Torre de Babel, por exemplo, foi uma expressão de
descontentamento da população daqueles dias, que serviu como álibi de
preservação da vida. Parecia uma forma correta de manifestação pública. Mas, na
verdade, não passava de um ato de rebelião, que levou Deus a intervir na história,
anulando os planos daquele povo (Gn 11:1-9). O cristão pode reivindicar seus
direitos, sim, desejar galgar novas posições, adquirir riquezas, etc., mas desde
que tudo esteja de conformidade com a Palavra de Deus, não se envolvendo com
aqueles que estão descontentes com as autoridades.

O FATOR DA COMPLEXIDADE

Mas nem tudo está perdido, porque apesar de Deus não ser brasileiro, ele faz a
chuva cair sobre os bons e os maus (Mt 5:45). Porém, o contexto emaranhado em
que vive o Brasil criou uma complexidade na vida do brasileiro, gerando
insegurança, medo, desemprego, maior número de assaltos e criminalidade. O
fator da complexidade da vida diz que ninguém é dono de sua própria vida, e que
todos estamos sujeitos ao Estado. Segundo os estudiosos, o brasileiro sofre de
personalidade múltipla, ou seja, ele exerce diversos papéis sociais ao mesmo
tempo, tais como: eleitor, militante, trabalhador, contribuinte, etc.

A complexidade da vida se torna ainda mais difícil quando sabemos que temos
direito a uma boa educação, assistência médica adequada e melhor qualidade
vida, o que não condiz com nossa realidade. Sem falar das pesadas cargas
tributárias que as empresas e indústrias têm de pagar para se manter no mercado
de trabalho e gerar empregos à população. Mas nem por isso a igreja deve sair às
ruas para protestar contra os governantes e se aliar aos revoltados, pois essa não é
a forma coerente para que ela exerça sua voz profética.

Ademais, a igreja deve e precisa pagar o preço de uma vida de oração,


intercessão, consagração, e denunciar, dentro dos padrões bíblicos e da legislação
brasileira, as mazelas que destroem nossa nação (1Tm 2:1-4). À igreja compete o
papel de ser presente e não ausente; atuante e não dormente; atenta e não
despercebida; disposta e não indisposta; preparada e não acomodada; quente e
não morna; ativa e não passiva.

Ela precisa ser o termostato de Deus neste mundo, sem jamais se omitir ou
terceirizar sua missão de transformar o mundo pela Palavra de Deus (Mt 28:18-
20). Que Deus abençoe a todos e o nosso Brasil.
————-
Fonte: Jornal Aleluia nº 420, agosto/2016, p. 2

A arte de falar a mesma língua no contexto


bíblico-ministerial – Junho/2016
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Advanir Alves Ferreira /por admin

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo,


que faleis todos a mesma coisa e que não haja
entre vós divisões; antes, sejais inteiramente
unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer”
1Co 1:10

Naturalmente o leitor já tenha ouvido esta frase: “Aqui,


todos precisam falar a mesma língua”. Em palestra, um gerente
de uma rede de lojas diz aos seus funcionários: “Precisamos ser unidos,
não podemos ficar dispersos, temos de focar o mesmo alvo,
se é que queremos alcançar nossas metas financeiras,
conquistar novos clientes e continuar sendo a maior
rede de lojas do Brasil”.
Falar a mesma língua precisa ser a marca de nossa
identificação, pois esse é o imperativo de sucesso de qualquer
grupo que tenha um fim proposto. Seja na família, na escola,
no futebol, na empresa, na igreja, no trabalho,
em qualquer repartição ou segmento há sempre
a necessidade de se viver o espírito
de luta, munido pela união de um mesmo parecer
e disposição mental.
Contudo, ninguém discordaria de que não é nada fácil
exercitar essa “ginástica”, ainda mais dentro do contexto
eclesiástico-ministerial.

O apóstolo Paulo, ao se dirigir à igreja de Corinto com um discurso de urgência


sobre a necessidade da unidade na administração e projetos da igreja, deixa
evidente que havia entre os crentes dificuldade de se falar uma mesma língua.
Esse fato estava trazendo sérios problemas para as lideranças locais e regionais,
bem como provocando uma “linha de impedimento” no crescimento integral
(orgânico, diaconal, conceitual e numérico) dessa igreja.

Com isso, surgiram dentro da igreja torcidas e bandeiras apostólicas sem


precedentes, gerando partidos político-eclesiásticos, a ponto de irmãos se
odiarem e guerrearem: “Refiro-me ao fato de um de vós afirmar: “Eu sou de
Paulo”; enquanto o outro declara: “Eu sou de Apolo”; e outro: “Eu sou de
Pedro”; e outro ainda: “Eu sou de Cristo! ” (1Co 1:12). Foi por essa razão que o
apóstolo os chamou de carnais, invejosos, segundo os padrões deste mundo (1Co
3:3).

Hoje não tem sido diferente nas famílias, na política, nas denominações. Os fatos
tomam dimensão bem mais rápido do que naqueles dias. Àquela época, o mundo
em que a igreja de Corinto estava inserida era mais compacto, retraído e tímido.
Não estamos dizendo que não havia violência, criminalidade, assaltos, corrupção,
etc. O mundo foi sempre perverso, desde o início, após o pecado (Gn 3). O que
estamos dizendo é que hoje tudo é mais veloz e dinâmico. Tudo se faz e refaz
numa velocidade incrível.
As redes sociais e os meios de comunicação, que por sinal são uma bênção e têm
seus valores, transformou o mundo numa “aldeia globalizada“, onde todos sabem
de todos em qualquer lugar deste planeta em fração de minutos. No entanto, esse
avanço tem trazido certos desvarios e constrangimentos, que prejudicam a obra
de Deus. É sobre isso que gostaríamos de refletir neste momento, por ocasião do
dia do pastor, segundo domingo de junho, uma vez que somos responsáveis pelo
rebanho de Deus (Hb 13:17).

BÍBLIA E TEOLOGIA

A teologia existe porque a Bíblia é um livro invulnerável e inatacável. Se a


Teologia discute sobre a existência de Deus e os fatos relacionados a ele e ao
mundo, não há como desvincular um do outro nem tampouco fundamentar
qualquer tese teológica sem o respaldo das Escrituras. Não é assim que temos
visto hoje em dia, quando muitos tentam sustentar de qualquer forma suas
correntes teológicas. Jesus disse que uma casa (teologia) sem fundamento
(Bíblia), construída sobre a areia, não suportaria a chuva e a força dos ventos que
soprariam contra ela (Mt 7:24-27).

Pregam-se, hoje, mensagens sem nenhuma fundamentação bíblico-teológica. Por


isso, os pastores e líderes da IPRB precisam precaver-se com relação àquilo que
ensinam nos púlpitos. Há muita discussão desnecessária sobre certos conceitos
que não nos levam a lugar algum. O verdadeiro conhecimento bíblico é a
essência de uma boa e sadia teologia bíblica. Deus disse pelo profeta Oséias que
o seu povo errava por falta de conhecimento (Os 4:6). É tempo de pregar e
ensinar usando a mesma linguagem.

TEOLOGIA E ECLESIOLOGIA

É bem verdade que a teologia bíblica não é um produto acabado. Se assim fosse,
não existiriam discussões e especulações a seu respeito. Todavia, ela não deve ser
banalizada, como ocorreu em algumas circunstâncias da história. Há quem diga
que a teologia, de tempo em tempo, precisa ser reformulada. Essa é uma questão
que tem sido alvo de debates acadêmicos e ministeriais. No entanto, sendo ou
não verdade qualquer conjectura a respeito de seus conceitos, seus princípios
bíblicos jamais poderão ser alterados.
A eclesiologia, por sua vez, que é o ramo da teologia que trata da doutrina da
igreja, responsável por assuntos importantes, como o papel da salvação, sua
origem, sua disciplina, sua forma de se relacionar com o mundo, seu papel social,
as mudanças ocorridas, as crises enfrentadas, a relação com outras denominações
e sua forma de governo (veja a Confissão de Fé da IPRB), deve ser orientada por
uma teologia, essencialmente, bíblica, madura e equilibrada, e, por que não dizer,
holística. Por isso, a IPRB crê e adota uma eclesiologia com diretrizes balizadas
unicamente pela Bíblia, o que nos outorga o status de uma denominação séria e
reconhecida pelos segmentos políticos, religiosos e sociais em geral.

ECLESIOLOGIA E UNIDADE

Se a eclesiologia é responsável pela conduta da igreja dentro dos trilhos de uma


teologia sadia e equilibrada, a unidade, neste caso, é o resultado dessa
engrenagem, que funciona como mola-mestra da igreja. Quer dizer, a unidade é o
ponto-chave para que a igreja tenha êxito na missão de fazer discípulos de todas
as nações, segundo as palavras do próprio Jesus: “A fim de que todos sejam um;
e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o
mundo creia que tu me enviaste. […] Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam
aperfeiçoados em unidade” (Jo 17:21 e 23).

Fica evidente no discurso de Jesus que a unidade move o corpo de Cristo. Sem
ela o mundo é impedido de crer que Jesus foi o enviado do Pai, e não há como o
corpo ter vida plena. Paulo deixa isso claro quando fala da igreja como corpo de
Cristo: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os
membros sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a
Cristo (1Co 12:12). Portanto, entende-se que a unidade é parte essencial e
indispensável, a fim de que os membros do corpo de Cristo sejam de mesma
disposição mental e parecer.

UNIDADE E DIVERSIDADE

Por fim, aqui se complementa o processo da arte de falar uma mesma língua. A
unidade é a característica dominante do corpo; e a diversidade, a cooperação no
funcionamento. Parece não ser possível ter o mesmo parecer quando se trata de
igreja. No entanto, na unidade todos são um e um são todos, porque o corpo
precisa ser bem ajustado. Dentro da diversidade, todos não são todos, porque são
membros diferentes que formam o corpo. Todavia, todos dependem de todos
porque estão ligados uns aos outros no mesmo corpo.

Mas como explicar isso? O apóstolo Paulo dá a receita certa para esta pergunta:
“Porque também o corpo não é só membro, mas muitos. […] O certo é que há
muitos membros, mas um só corpo” (1Co 12:14,20). Portanto, a diversidade na
unidade é uma realidade necessária, e não há como dizer o contrário. É na
diversidade que as ideias opostas se acasalam e geram bons resultados. Além do
mais, é bom lembramos que Deus nos criou únicos e é exatamente por isso que
não seremos jamais iguais: “Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um
deles no corpo, como lhes aprouve” (1Co 12:18).

Por isso, caros colegas, estejamos certos de que Deus colocou cada um nós em
seu devido lugar no corpo, com uma função específica, o que é salutar para a
igreja. Podemos, sim, caminhar harmoniosamente dentro da diversidade, tendo
um mesmo parecer, como o apóstolo recomenda aos crentes de Corinto,
respeitando o espaço psicológico uns dos outros, porque a igreja é de Deus, e não
nossa. Uma das grandes virtudes do ser humano é ser submisso a Deus e
aguardar o momento certo de ser usado por ele naquilo que for a Sua vontade.

Desta forma, desejamos que Deus capacite e abençoe a todos os pastores e


pastores auxiliares da IPRB, dando-lhes muita graça e sabedoria. Que nossos
pastores e suas famílias sejam, dignamente, reconhecidos como homens e
mulheres que o Senhor escolheu para pastorear o rebanho divino.

LIÇÕES PEDAGÓGICAS CONCLUSIVAS

Diante de tudo que analisamos, vamos elencar algumas lições bíblico-


pedagógicas, que nos propõem diretrizes para o uso comum de uma mesma
língua no discurso ministerial e denominacional.

Lição 1: Nenhum projeto, seja ele espiritual ou material, terá sucesso se todos
não se unirem para falar ou pensar uma mesma coisa.

Lição 2: Todo projeto precisa ter como propósito primeiro o Reino de Deus, e
não do homem ou da instituição.
Lição 3: Quando não se fala uma mesma língua, na edificação de qualquer
empreendimento, a tendência é que ele seja embargado por Deus.

Lição 4: Falar a mesma língua consiste na arte da unidade-diversidade, para que


os pontos de vista tenham uma vista correta dos pontos.

Lição 5: Para se elaborar qualquer tipo de projeto, precisamos, antes de tudo,


consultar e buscar a direção e a aprovação de Deus.

A IPRB é fruto do avivamento –


Junho/1975 e Julho/2000
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Abel Amaral Camargo /por admin

O avivamento chegou!
Com ele a bênção. Nele estão a coragem, a firmeza,
a fé, o arrependimento, o abandono de pecados,
a santificação, a pureza
e o propósito de só amar a Deus.

Avivamento é renovação

Renovação por dentro. Renovação por fora. Despertamento. Todos querem ser
renovados. É uma necessidade. Renovação faz parte da vida. A natureza muda.
As estações mudam. Água doce e salgada muda. Árvores e animais mudam. O
homem muda o meio ambiente. O próprio homem muda. A vida exige mudança.
O passado ficou. O presente é. O futuro virá. É a mudança. Quantas vezes total e
completa.

Avivamento é vida espiritual

Renovação na vida religiosa. Fala à alma, ao espírito. É vontade de Deus ao


homem, Sua imagem. É bênção de Deus derramada no coração do homem. É
despertamento religioso muito profundo. Atinge o coração, a alma, a
personalidade toda. É a entrada do Espírito Santo no interior do homem,
dominando-o inteiramente.

Avivamento é pentecostes
É o derramamento da chama do céu. Avivamento real e de PODER ligam-se
intimamente ao pentecostes. Com ele a VIRTUDE dos céus envolveu os homens
da igreja primitiva que abalou o mundo de seus dias. Era o PODER DO
ESPÍRITO SANTO nas vidas resgatadas pelo sangue do Cordeiro de Deus. O
pecador renovado é um cristão sobrenatural. Passou por uma experiência
sobrenatural. É um pentecostal. Avivamento é muito mais do que cantar
corinhos, do que orar, do que visitar, do que ser membro de uma igreja local. É
Deus no centro da vida. É estar cheio de Deus. O avivamento está ao nosso
alcance.

Avivamento é uma comunidade embebida de Deus

Deus incendiou a igreja de Jerusalém. O povo da cidade presenciou o fogo que


ardia. Milhares foram salvos. Avivamento é chama no púlpito e nos bancos da
Igreja, isto é, nos ouvintes. Avivamento é uma comunidade embebida de Deus. É
vida santificada. Avivamento é o único plano de Deus para incendiar o mundo.
Avivamento é PODER. Poder para evangelizar. Poder para salvar as almas.

O avivamento chegou

Com ele a bênção. Exige um preço. Ele entra e o pecado sai. Nele estão a
coragem, a firmeza, a fé, o arrependimento, o abandono de pecados, a
santificação, a pureza e o propósito de só amar a Deus. Começa com a Palavra de
Deus. Apoia-se na Palavra de Deus. Inspira-se na Palavra de Deus. Alimenta-se
da Palavra de Deus. É o resultado de orações, jejuns, vigílias, humilhação e
estudo da Palavra de Deus. Este avivamento inflama os corações com um
PODER tal que a vida se torna uma chama nas mãos de Deus. É vida nova com o
Senhor. É separação do mundo.

O avivamento está ao nosso alcance

Deus continua entre nós. Ele quer derramar do seu Espírito. Se não vem é porque
a confiança está ainda depositada nos planos humanos. O importante é colocar
tudo no altar até que a promessa venha. O cristão deve viver tão alto que não
precise do mundo. Há igrejas que precisam de novos pastores para os púlpitos. E
há bancos que precisam de novos auditórios.

Busque este avivamento e tenha poder!

A origem do avivamento no Brasil –


Abril/1974
13 de junho de 2018/0 Comentários/em Abel Amaral Camargo /por admin
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