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CAPÍTULO 7
PROPÓSITO
Como funciona o grupo de pastoreio
de pastores?

1
O que é o
pastoreio de 2
12
pastores? Qual a
O que é e o que
importância do
faz a Equipe
pastoreio de
Estadual?
pastores?

11 3
Como melhorar O que norteia
a qualidade e nossa prática no
aumentar a pastoreio de
quantidade? pastores?

4
10
Como identificar
PASTOREIO Quais são os
maiores
e treinar líderes
no pastoreio de
DE obstáculos ao
pastoreio de
pastores? PASTORES pastores?

9 5
Qual é o Como iniciar e
currículo básico dar seguimento
do pastoreio de ao pastoreio de
pastores? pastores?

8 6
Como Como conduzir o
aprofundar 7 encontro de
relacionamentos Como funciona pastoreio de
de confiança? o grupo de pastores?
pastoreio de
pastores?

Sugerimos que o pastoreio de pastores deve incluir quatro funções:


A. Cuidado pastoral de sua vida.
B. Assessoria ou mentoria ministerial.
C. Ouvir a Deus junto com outros colegas.
D. Sequência de estudo, tratando de um tema no qual o grupo quer se
aprimorar.

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Abaixo veremos cada uma delas com mais alguns detalhes.

A. Cuidado pastoral de sua vida


Isto pode acontecer de múltiplas formas sejam informais ou mais formais.
Ajuda se as pessoas são do mesmo sexo para evitar intimidade neste con-
texto entre homens e mulheres. O ideal é um grupo pequeno de três pesso-
as, chegando a quatro, dividir em duas duplas, a fim de que cada um real-
mente tenha tempo de compartilhar, dentro do espaço de uma hora.
1. As perguntas de acompanhamento. A seguir oferecemos dez pergun-
tas excelentes para a prestação de contas em grupos de duas ou três
pessoas.
1) Como está seu relacionamento com Deus? Seu tempo devocional e
de oração? Falou de Jesus para um não crente?
2) Sua identidade como homem ou mulher está firmada em Deus?
Preocupa-se demais com as opiniões dos outros?
3) Deu atenção apropriada para sua família nesta semana? Escutou as
pessoas com amor? Se casado, como mostrou amor para seu cônju-
ge? Tratou seus filhos com amor?
4) Como está sua saúde emocional? Está sensível, amargurado, irado?
Deixou de perdoar alguém?
5) Protegeu seu coração em relação ao sexo oposto? Evitou a porno-
grafia? Manteve pensamentos puros?
6) Foi cuidadoso com suas palavras? Falou a verdade em amor? Falou
mal de alguém? Falou demais?
7) Você está desenvolvendo relacionamentos autênticos?
8) Como está sua saúde financeira? Ficou cobiçando ou insatisfeito
com seus bens materiais? Gastou mais que devia? Cedeu a algum
vício?
9) Você está discernindo o que o Pai está fazendo e apenas fazendo o
que Ele manda?
10) Acrescente sua própria pergunta em uma área onde Deus está
trabalhando em sua vida.

2. Como usar as dez perguntas de acompanhamento?

. Primeira possibilidade – caminhando pelas 10 áreas:

1. Uma pessoa lê uma pergunta e todos os que enfrentaram dificulda-


des nesta área compartilham.
2. Vai lendo uma após a outra e fazendo as mesmas considerações.
3. Se não conseguirem fazer as dez num encontro, retomam de onde
pararam no encontro anterior e vão até o final, e se ainda houver
tempo, recomecem na primeira novamente.

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4. Separem cinco a dez minutos no final para orarem em cima do que
compartilharam.
. Segunda possibilidade – focando duas áreas:

1. Focar duas perguntas em cada encontro e investir tempo e aprofun-


dar a discussão com orações por cada um dos participantes. Uma
variação nesta ideia seria que cada pessoa escolha as duas pergun-
tas que mais lhe interessem.
2. Ler uma pergunta, dar uma pausa e cada um compartilha se teve di-
ficuldades nesta área. Ouçam uns aos outros e partam para a segun-
da da mesma forma que a primeira.
3. Procure anotar quais pontos os colegas falaram que precisam cres-
cer, para orarem no final. Terão terminado as dez perguntas em
cinco encontros.

Terceira possibilidade – focando uma área:

1. Cada um lê uma pergunta seguidamente da outra. Enquanto lê pede


para cada um anotar uma área em que deseja receber ajuda.
2. Ao terminar a leitura, cada um terá quinze a vinte minutos para fa-
lar e receber oração/ministração dos outros colegas, naquela área.
3. Se uma área for muito grande, poderá fazer um AROA ou marcar
para a próxima semana.

Perguntas para aplicação

1. Como tem sido a experiência com o uso das dez per-


guntas de prestação de contas em seu grupo de pas-
toreio?

2. Descrevemos três possibilidades de usar as dez perguntas de prestação


de contas. Deve escolher uma delas, por exemplo, a primeira, e ficar
uns três meses somente nela, até ganhar uma boa prática. Daí então
aplique a segunda possibilidade, e depois, de mais ou menos três me-
ses pode aplicar até uma terceira, etc. Com qual delas você poderia
começar em seu grupo?

B. Assessoria ou mentoria ministerial.


Esta assessoria acontece através de um trio onde a cada encontro cada um
exerce um desses três papéis: a) o mentoreado; b) o mentor; e c) o observa-
dor/apoiador que comenta ao final do processo os pontos fortes e um ou dois

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que podem ser melhorados na parte do mentor. O papel de observador é
durante o período de aprendizagem do modelo. Uma vez que as pessoas
dominam bem o modelo, a terceira pessoa num trio passaria a ser o mentor
secundário ou auxiliar, juntando forças com o mentor principal para ajudar o
mentoreado.
Uma estrutura simples e flexível para mentorear ou municiar pastores e
líderes através de quatro passos chama se AROA.
A – Alvo a ser alcançado
R – Realidade a ser trabalhada
O – Opções que surgem
A – Ação – Desenvolvendo um plano de ação com datas definidas.

1. O papel do mentor - Neste modelo, ele se esforça para limitar-se


principalmente a fazer boas perguntas. Baseia-se na convicção de que
o mentoreado precisa chegar às suas próprias conclusões para que haja
mudanças reais em sua vida. O mentor NÃO é a pessoa das respostas.
Nem precisa ter uma resposta em mente. Deve fazer boas perguntas
para ajudar o mentoreado, com a ajuda do Espírito Santo que está den-
tro dele, encontrar a direção que está lhe faltando. O mentor usa um
paradigma de quatro passos (AROA), fazendo perguntas em cada uma
destas áreas:
 Alvos. O que o mentoreado deseja que mude em sua vida? As pesso-
as normalmente vêm com um problema na cabeça. Problemas focali-
zam o passado e o negativo; alvos focalizam o futuro e o positivo. Es-
ta simples mas profunda mudança de perspectiva gera esperança e
energia.
 Realidade. Qual sua realidade – o que impede e o que contribui
para que a mudança aconteça?
 Opções. Geralmente a pessoa enxerga poucas ou nenhuma opção.
Tome três minutos para cada um anotar possibilidades e depois faça
uma lista em conjunto de suas ideias. Trabalhe com uma tempestade
de ideias onde, inicialmente, tudo vale. Isso libera a criatividade. Os
três minutos de silêncio geram o segundo “milagre” neste modelo –
uma lista de opções que aprofunda a esperança, levanta alegria e dá
uma força maravilhosa para o mentoreado.
 Ação. Identifique passos iniciais de forma escrita e quem serviria
para apoio e para prestação de contas. Normalmente isto acontece
através de priorizar 3-4 das opções como seus primeiros passos e às
vezes umas outras 3-4 opções como passos numa segunda fase.

2. O papel do observador/apoiador - Ele deve anotar suas observações


e ajudar na avaliação da mentoria. Normalmente não participará ati-
vamente. Ele pode até fazer umas intervenções, mas sem perder seu
papel. As intervenções, quando necessárias, devem ser rápidas, para
que ele volte a sua função. Ele deve:

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A. Anotar observações sobre a) o alvo, b) realidade, c) opções, e d)
ação.
B. Controlar o tempo. Indicar quando faltam 10 minutos e, de novo,
quando restam 2 minutos para ajudar o mentor perceber quando o
tempo de 45-50 minutos está acabando. Isto libera o mentor de se
preocupar com o tempo.
C. Facilitar a avaliação da mentoria durante 10 minutos através de pe-
dir um retorno primeiro do mentor e depois do mentoreado:
 Pedir o mentor dar uma nota de 0 a 10 a si mesmo e fazer um
breve comentário explicando sua nota.
 Pedir ao mentoreado dar uma nota quanto à medida na qual
atingiu seu alvo. (Não é para ele dar nota ao mentor.)
 Dar uma nota para o mentor, comentando 3 ou 4 dos pontos
mais positivos (sem repetir o que já foi falado pelos outros) e
apenas um ou dois que devem ser melhorados.

3. Perguntas básicas e tempo para cada passo


Alvo: (10 minutos) Qual a área ou relacionamento que você mais gos-
taria que mudasse?
Realidade: (10 minutos) Qual é a situação atual? De onde surgiu este
problema e o que até agora o impediu de resolvê-lo?
Opções: (15 minutos) Três minutos de tempestade de ideias em silên-
cio, cada um anotando opções para depois compartilhar, fazendo
uma lista escrita em conjunto.
Ação: (15 minutos), incluindo cerrar em oração.
1) Escolha três ou quatro opções ou passos como ponto de partida.
2) Indique para quem você pretende prestar contas. Deve ser uma
pessoa, não um grupo.

Perguntas para aplicação

1. Com que frequência o AROA é praticado em seu


grupo? Se não for com alguma frequência, por quê?

2. Que dificuldades você prevê na utilização do modelo AROA no pro-


cesso de mentoria?

3. Este modelo é baseado em boas perguntas. Como você pode crescer


em sua habilidade de fazer boas perguntas?

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C. Ouvir a Deus junto com outros colegas
Tendo definido uma área na qual o grupo ou um membro dele precisa
ouvir de Deus, o grupo pode entrar num período de silêncio para ouvir ao
Senhor (2-5 minutos).

Se estiver fazendo isso a favor de uma pessoa, ele pode ficar sentado
onde está como também existe a opção de que o grupo interceda com
imposição de mãos.

Durante esse silêncio, todos devem ficar atentos ao que o Espírito Santo
trouxer às suas mentes, especialmente passagens bíblicas chaves (veja
João 5.19, 20a; 16.12-15; Hb 4.12).

Às vezes ajuda se houver alguém anotando o que é ministrado. Ao con-


cluir esta ministração, a pessoa ministrada deve expressar para Deus o que
está sentindo. Para não perder a profundidade do que foi ministrado, ela
também deve escrever o que ouviu Deus falar e o que sentiu ele fazer, antes
de dormir essa noite (veja Hc 2.1-3).

Perguntas para aplicação

1. Quais são as maiores barreiras que você enfrenta,


pessoalmente, para ouvir a Deus?

2. Como superar estas barreiras?

D. Sequência de estudo
Cada grupo tem um perfil diferente. Existem grupos que querem algo
mais estruturado e com uma direção clara de capacitação, enquanto ou-
tros preferem algo mais flexível e livre. O alvo não é o estudo, o estudo
se torna uma poderosa ferramenta para abrir o coração e para crescer.
Características de um bom material incluem:
1. Assunto prático e relevante, que leve a mudanças.
2. Tarefa ou perguntas para aplicação.
3. Base bíblica sólida.
4. Dinâmicas em pequenos grupos.
5. Planos de seguimentos.

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Perguntas para aplicação

1. Em quais áreas você mais gostaria de crescer neste


período da sua vida? Indique duas ou três.

2. Algum livro ou material marcou sua vida de modo especial nestes úl-
timos tempos?

3. Esse livro serviria para seu grupo atual de pastoreio de pastores ou


começar um grupo se você não tiver grupo? Nesse segundo caso,
quem você poderia convidar para crescer nessa área?

Outros recursos e ferramentas:

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