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I

por

ilcnnett) Jante

Curso Bíblico
"ALFAEÔMEGA"
C.P. 3033
06210-990 Osasco - SP
Fone: (011) 869-3526
Lição N- 1
SAMUEL
Leitura: l5 Samuel 1.1 ã 8

No manuscrito hebraico, o primeiro e o segundo livros de Samuel formam


um só livro chamado "O Livro de Samuel", porque provavelmente ele escreveu o
livro até o capítulo 24. Sabemos que ele escreveu um livro (19 Samuel 10.25) e que
ele e os profetas Nata e Gade escreveram crónicas do período descrito em 19 e 2°
Samuel (1? Crónicas 29.29). Pode ser que um deles tenha compilado as três cróni-
cas para formar um livro hebraico chamado "O Livro de Samuel".
A época descrita no começo do livro era de grande perigo nacional, quando a
nação, afastada de Deus, tornou-se imoral e onde reinava a anarquia, pois "cada
pessoa fazia o que achava mais reto" (Juizes 21.25). Portanto, a nação estava em
perigo de se desintegrar e ser absorvida pelas nações em redor. Deus não podia
permitir isto por causa da Sua promessa feita a Abraão (Génesis 12.2). O plano de
Deus foi restaurar a ordem e o governo e, para fazer retornar o povo a Deus, Ele
suscitou Samuel, o último dos juizes e o primeiro de uma linha de profetas que
profetizaram durante a monarquia e durante o cativeiro. Isto não quer dizer que
não havia profetas antes de Samuel, porque Abraão (Génesis 20.7) e Moiáés tam-
bém eram profetas.
Por causa da rejeição do governo de Deus e pela instituição da monarquia,
Deus precisava de um meio para comunicar-se com o povo, pois não podia aban-
doná-lo. O sacerdócio corrompeu-se e tornou-se perverso e, por isso, não servia
mais para comunicar a vontade de Deus ao povo. Para este fim, Deus suscitou os
grandes profetas a fim de falarem com autoridade a Sua Palavra e, inspirados pelo
Espírito Santo, alguns escreveram a Palavra de Deus. Os livros de Samuel foram
colocados pelos judeus na seção do Velho Testamento chamada "Os Profetas".

VIGILÂNCIA PELA NAÇÃO


O livro de Samuel começa assim: "Houve um homem de Ramataim-Zofim..."
Que palavra comprida! Qual é o propósito deste nome comprido, considerando
que em outros versículos chama-se simplesmente "Rama"? A Bíblia não tem pala-
vra supérflua; todas elas têm utilidade.
O NOME "RAMATAIM-ZOFIM" SIGNIFICA "OS PICOS GÉMEOS DOS VI-
GILANTES" E SIMBOLIZA A FUNÇÃO DOS PROFETAS.
Nas profecias de Isaías, de Jeremias e de Ezequiel há, pelo menos, dez tre-
chos onde o profeta é chamado um "vigilante" ou onde se usa um sinónimo como
"atalaia", "guarda" ou "sentinela". Deus colocou os profetas como vigilantes para
avisarem o povo dos perigos e para darem orientação segura quanto à vida nacio-
nal, moral e espiritual.
A palavra de Deus a Ezequiel ensina-nos a respeito da FUNÇÃO DO PROFE-
TA. Disse o Senhor a Ezequiel: "Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; da Mi-
nha boca ouvirás a palavra e os avisarás da Minha parte" (Ezequiel 3.17).
A RESPONSABILIDADE DO ATALAIA SE DESCREVE EM EZEQUIEL 33.1 a
9. O atalaia é responsável para avisar do perigo. Ao chegar o inimigo, se o atalaia
não tocar a trombeta ou se, pela sua falta, alguém vier a morrer, ele fica culpado,
mas, se tocar a trombeta e o povo não atender ao aviso, ele fica livre das conse-
-2-
qúências (w. 7 a 9). Samuel trabalhou como juiz e profeta em Rama dos Vigilantes.

VIGILÂNCIA NO LAR
O lar de Elcana era um lar perturbado. A causa da perturbação foi a desobe-
diência ao padrão estabelecido por Deus para o casamento. "Por isso deixa o ho-
mem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Génesis
2.24).
Deus nunca mudou esta norma para a humanidade. Então, por que lemos na
Bíblia de bigamia e de poligamia? Porque é consequência da dureza do coração do
homem (Mateus 19.8). Deus nunca aprovou a bigamia, mas mostra as consequên-
cias quando o homem desobedece a ordem estabelecida por Deus quanto ao casa-
mento. O homem colhe os frutos do que semeou e Deus deixa o próprio pecado
castigá-lo (Gaiatas 6.7). Abraão, pelo nascimento de seu filho Ismael com Hagar,
caiu no pecado e desgraça. Foi uma perturbação não somente para o seu lar como
também para a sua nação até ao dia de hoje, porque os descendentes de Ismael
pertencem à raça árabe, que persegue os judeus.
No primeiro versículo, Elcana chama-se efraimita poque nasceu na região
montanhosa de Efraim, porém ele nasceu da tribo de Levi (19 Crónicas 7.33, 34), a
qual Deus escolheu para fazer o serviço do tabernáculo.
A CAUSA DA DECADÊNCIA MORAL E ESPIRITUAL DE ISRAEL (v. 3).
Começou com os líderes religiosos, que não seguiram as ordens de Deus
quanto aos sacrifícios. Perverteram o serviço sacerdotal e profanaram a casa de
Deus. Na última parte do versículo 3, a palavra "como" indica tudo. "Estavam ali os
dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, COMO sacerdotes do Senhor", pois, ao invés de
fazerem o serviço de Deus, estavam satisfazendo os seus próprios desejos carnais.
A VIAGEM ANUAL PARA SACRIFICAR NO TABERNÁCULO EM SILO RE-
VELA O ESTADO PRECÁRIO DO LAR DE ELCANA (w. 4 a 8).
A cada ano faziam uma viagem a Silo para sacrificar no tabernáculo. A pala-
vra "templo" refere-se ao tabernáculo, porque o templo de Salomão ainda não
existia naquela época.
ELCANA MOSTROU PREFERÊNCIA E PARCIALIDADE. Ele deu porções do
sacrifício a Penina, sua mulher, e a seus filhos, "a Ana, porém, dava porção dupla,
porque ele a amava" (v. 5). Vendo o trato preferencial dispensado a Ana, Penina
encheu-e de inveja e de ciúmes. A mesma situação se deu no caso de José e seus
irmãos e no de Jacó e Esaú. Houve rivais no lar e isto sempre produz conflito. Pe-
nina provocava Ana excessivamente para a irritar, porque Ana não tinha finos. Que
lar! Dois partidos opostos, rivalidade, provocação e irritação! De ano em ano,
quando Elcana e a família subiam à casa do Senhor, Penina aproveitava a oportu-
nidade para irritar Ana, pelo que esta chorava e não comia.
Elcana, querendo sanar o problema, fez quatro perguntas tolas, que nada
ajudaram a resolver o problema. Além disto, ele mostrou que ignorava ser ele
mesmo a causa do problema, pois sua vida não se conformava com o padrão de
casamento como se encontra na Palavra de Deus.

VIGILÂNCIA NA ADORAÇÃO
A adoração do israelita era uma parte essencial da sua vida. Josué armou o
tabernáculo em Silo, que se tornou o centro religioso em Israel durante a época dos
-3-
juizes. Silo fica distante de Rama cerca de dezesseis quilómetros.
• Sabemos que a oferta que Elcana oferecia todos os anos em Silo é o sacrifício
pacifico porque é o único sacrifício de que o ofertante e a sua família podiam co-
mer.
Havia cinco ofertas principais, cada uma apresentando um aspecto diferente
do sacrifício do Senhor Jesus. Há duas categorias de sacrifícios:
(1) Ofertas de aroma agradável a Deus. São o holocausto, a oferta de manja-
res e o sacrifício pacífico.
(2) Ofertas pelo pecado e pela culpa.
A OFERTA PACÍFICA apresenta a verdade da RECONCILIAÇÃO DO HOMEM
COM DEUS POR MEIO DO SACRIFÍCIO DO SENHOR JESUS. "E que, havendo
feito a paz pelo sangue da Sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo
todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus" (Colossenses 1.20). "Justifica-
dos, pois, mediante a fé, TEMOS PAZ COM DEUS por meio de nosso Senhor Je-
sus Cristo" (Romanos 5.1 ).
UMA DIFERENÇA ENTRE A OFERTA PACÍFICA E AS DEMAIS É QUE O
OFERTANTE E SUA FAMÍLIA SE ALIMENTAVAM DO SACRIFÍCIO. A parte re-
servada para Deus era queimada sobre o altar. Outra parte cabia ao sacerdote, e o
ofertante e a sua família comiam o resto. É um bonito quadro de Deus com o sa-
cerdote e o adorador apreciando o sacrifício e satisfeitos com ele. A oferta pacifica
mostra Deus e o adorador, satisfeitos, em plena paz e comunhão por meio do sa-
crifício de Cristo (Efésios 2.14 a 18). Mas também o Senhor Jesus, pelo Seu sacrifí-
cio, traz paz e comunhão entre os adoradores. Porém, Elcana e sua família nada
sabiam da realidade desta figura de paz e comunhão.

Lição N? 2
ANA
Leitura: 1- Samuel 1.9 a 28

Os primeiros capítulos de Samuel descrevem uma" nação sem Deus e, para


mudar esta situação, Deus precisava de um homem de confiança para levar o povo
mais uma vez para Deus.

COMO MUDOU A SITUAÇÃO?


•í Deus começou no lar onde o mal começou. A influência do lar é muito grande
e pode ser para o bem ou para o mal. Nos livros de Samuel e dos Reis vemos que
foi para o mal. No lar de Elcana houve bigamia e confusão; no lar de Eli faltou o
exemplo e a repreensão dos filhos; no lar de Saul houve inveja e divisão; o lar de
Davi foi dominado pela poligamia e, como consequência, a espada começou a des-
truir a sua própria casa; na casa de Salomão a poligamia tomou conta, descamban-
do para idolatria e resultando na divisão do reino, no cativeiro e na destruição do
templo e da cidade de Jerusalém.
DEUS COMEÇOU A SUA OBRA DE UMA MANEIRA INSIGNIFICANTE,
escolhendo uma mulher atormentada, passando por uma situação insuportável.
—4—
EM PRIMEIRO LUGAR, DEUS ESCOLHEU A MÃE DO FUTURO LÍDER. O
problema dela foi resolvido por oração, pois a oração pode mudar a situação.
ELA SENTIU UM GRANDE FARDO. "Levantou-se Ana e, com amargura de
alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente" (v. 10). Isto aconteceu na casa de
Deus em Silo quando acabaram de comer e quando Eli estava assentado numa ca-
deira junto a um pilar na casa do Senhor, corno juiz da nação para resolver algum
problema.

LIÇÕES DA ORAÇÃO DE ANA


Ela aproximou-se de Deus com um fardo muito pesado, mas O LANÇOU
SOBRE O SENHOR. O apóstolo Pedro exortou aos crentes: "Lançando sobre Ele
toda a vossa ansiedade porque Ele tem cuidado de vÍ5s" (1- Pedro 5.7). O salmista,
no Salmo 55.22, escreveu: "Confia os teus cuidados ao Senhor e Ele te susterá, ja-
mais permitirá que o justo seja abalado".
"DEMOROU-SE ELA NO ORAR PERANTE O SENHOR" (v. 12). Ela náo so-
mente fez um pedido, mas conversou na presença de Deus, em comunhão com Ele.
ANA OROU DE CORAÇÃO. "Porquanto Ana só no coração falava; seus lábios
se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso Eli a teve por embria-
gada" (v. 13). Pela boca não expressou nenhuma palavra, porém Deus percebeu a
sua oração. Gritaria e barulho não são oração. Deus não é surdo e, além disso. Ele
ouve a oração do coração. A sua oração foi interrompida por Eli, que achou que ela
estivesse bêbeda. Ele disse: "Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse
vinho" (v. 14). Numa resposta gentil ela expressou os sinceros sentimentos de sua
alma. Ela disse: "VENHO DERRAMANDO A MINHA "ALMA PERANTE O SE-
NHOR" (v. 15). O salmista, no Salmo 62.8, disse: "Confiai nEle, ó povo, em todo
tempo; DERRAMAI PERANTE ELE O VOSSO CORAÇÃO".
Até agora não temos mencionado o pedido de Ana, nem a promessa que ela
fez. Na sua oração Ana fez um voto. Para o crente consagrado a Deus, fazer um
voto não é necessário e nem conveniente. Parece que está querendo fazer um ne-
gócio com Deus. Porém o voto de Ana foi diferente. Ela falou de uma proposta que
estava no seu coração. Ela pediu um filho (v. 11). Desta maneira, poderia resolver o
seu problema pessoal, mas, ao mesmo tempo, resolveu o grande problema nacio-
nal.

A ORAÇÃO DE ANA NÃO FOI EGOÍSTA


Muitas vezes em oração pensamos somente nas nossas necessidades. Ana,
porém, colocou Deus em primeiro lugar, pois tinha o propósito de glorificar a Deus.

ANA FEZ DUAS PROMESSAS


"Ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida" (v. 11). Samuel, por ser da
tribo de Levi, foi destinado a entrar no serviço do tabernáculo na idade de 25 anos
até os 50 anos (Números 8.24 e 25). Creio que Ana estava pensando no serviço
maior do levita porque disse: "Ao Senhor a darei por todos os dias da sua vida".
SEU FILHO SERIA NAZIREU."E sobre a sua cabeça não passará navalha" (v.
11). Entre os judeus, o nazireu não cortava o cabelo como sinal que era completa-
mente consagrado a Deus (Números 6). Ana não somente queria que o filho fosse
servo de Deus todos os dias da sua vida, mas também queria que ele fosse com-
-5-
pletamente consagrado a Deus, isto é, cem por cento a Deus.
ELA SAIU DA CASA DE DEUS COM A CERTEZA QUE A SUA ORAÇÃO
FORA RESPONDIDA. É a confiança da fé. Eli animou a mulher com as suas pala-
vras: "Vai-te em paz e o Deus de Israel te conceda a petição que Lhe fizeste" (v.
17).Mas, além destas palavras animadoras, a sua própria fé reagiu e confirmou no
seu íntimo que Deus aceitara a sua oração e a sua proposta. Voltou para casa. "As-
sim a mulher se foi seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste". No
devido tempo teve um filho, a que chamou Samuel, pois dizia: "Do Senhor o pedi"
(v. 20). O nome Samuel significa ou "ouvido por Deus" ou "pedido por Deus".
A APRESENTAÇÃO DE SAMUEL AO SENHOR É MUITO EMOCIONANTE.
"Havendo-o desmamado, levou-o consigo, com um novilho de três anos, um efa
d#farinha é Um odre de vinho e o apresentou à casa do Senhor, a Silo. Era o meni-
no muito criança" (v. 24).
ANA DEU AO SENHOR O QUE ERA MAIS PRECIOSO NA SUA VIDA. É a
atitude do verdadeiro adorador de Deus.

PARA ADORAR, ELA LEVOU UM SACRIFÍCIO À CASA DO SENHOR


No versículo 24 há uma diferença de tradução entre a Versão Almeida Corri-
gida e a Versão Almeida Atualizada. Na Corrigida lemos: "E, havendo-o desmama-
do, levou-o consigo com três bezerros". Na Atualizada lemos: "Levou-o consigo
COM UM NOVILHO DE TRÊS ANOS". Esta é a mesma tradução da Septuaginta e
é a certa.
Imolaram o novilho e trouxeram o menino a Eli. Desta vez o sacrifício foi di-
ferente do sacrifício pacífico que Elcana oferecia na sua visita anual com sua família
a Silo. Os ofertantes não podiam comer agora do holocausto.
O HOLOCAUSTO, EM CUMPRIMENTO DE UM VOTO, ERA UMA OFERTA
QUEIMADA (Números 15.3).

A APRESENTAÇÃO DE SAMUEL À CASA DO SENHOR FOI UM ATO DE DE-


DICAÇÃO E DE ADORAÇÃO
Ana levou três ofertas, cada uma apresentando um aspecto diferente do sa-
crifício do Senhor Jesus na cruz.
(DO NOVILHO PARA O HOLOCAUSTO (Levítico 1 e Números 15.3).
Tipifica a morte de Cristo como vista e apreciada somente por Deus. Simboli-
za a completa dedicação de Jesus Cristo à vontade do Pai. Ele "a Si mesmo se hu-
milhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Filipenses 2.8). Nas
palavras proféticas, Ele podia dizer: "Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a Tua von-
tade" (Hebreus 10.7).
(2) A FARINHA PARA OFERTA DE MANJARES (Levítico 2 e Números 15.4).
Foi feita com flor de farinha, sem fermento, amassada com azeite. Não há
derramamento de sangue. Simboliza a vida perfeita de Jesus Cristo (2- Coríntios
5.21). Uma porção foi queimada sobre o altar e o resto foi comido pelos sacerdotes.
Cristo podia ser o sacrifício em virtude da perfeição de Sua vida.
(3) O VINHO PARA A LIBAÇÃO (Números 15.1).
Foi derramado sobre o holocausto como uma oferta adicional. Vinho é sím-
bolo de alegria e gozo. Em primeiro lugar, a libação é figura do Senhor Jesus "o
qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo ca-

-6-
só da ignomínia e está assentado à destra de Deus" (Hebreus 12.2).
O apóstolo Paulo referiu-se à libação duas vezes em suas cartas. Em Filipen-
ses 2.17, ele escreveu: "Entretanto, mesmo que SEJA EU OFERECIDO POR LIBA-
ÇÃO sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e com todos vós me con-
gratulo". Paulo comparou o serviço da fé da igreja em Filipos como um grande sa-
crifício, por exemplo, como um boi, e o martírio dele como uma libação e um pou-
co de vinho deitado sobre o sacrifício. Em 2- Timóteo 4.6, ele escreveu do seu mar-
tírio iminente e disse: "Quanto a mim, estou sendo já OFERECIDO POR LIBAÇÃO
e o tempo da minha partida é chegado". Aqui ele comparou a sua dedicação a um
pouquinho de vinho deitado sobre o sacrifício. Mas foi uma dedicação e sacrifício
que ele fez com muita alegria.

Lição N* 3
O CÂNTICO DE ANA
Leitura: V Samuel 2.1 a 3 e Daniel 4.28 a 37

Devemos lembrar sempre que no Velho Testamento hebraico e no Novo


Testamento grego não existem capítulos. Estes foram feitos para nossa conveniên-
cia, mas nem sempre é percebida a sequência do assunto.
O capítulo 2 começa com: "ENTÃO Ana orou e disse", desta.maneira há uma
ligação com o último assunto do capítulo 1, que é a apresentação por Ana de seu
filho a Deus. Apresentação esta de um sacrifício que simboliza a completa dedica-
ção do Senhor Jesus à vontade do Pai, a dedicação de Ana e a sua rendição sem
reservas ao Senhor. Neste contexto, Ana orou e, assim, deixou para nós um cântico
espiritual de grande beleza e de profundo respeito ao caráter de Deus.
Na Natureza e na Criação há uma variedade de cousas que a obra de Deus re-
vela. O Deus da Criação é também o autor da Bíblia, onde também existe varieda-
de. A Bíblia não consiste somente de afirmações e de uma lista de cousas que de-
vemos fazer ou não devemos fazer. Deus se revela de diversas maneiras como, por
exemplo, pela história, por orações, por cânticos bonitos e pelos Seus vávios rvo-
mes.

O SENHOR DOS EXÉRCITOS


No primeiro livro de Samuel encontra-se, pela primeira vez na Bíblia, um
nome de Deus. É Jehovah-Saboath, que é traduzido "O Senhor dos Exércitos".
Nos primeiros livros da Bíblia os nomes Elohim e Adonai são principalmente usa-
dos, mas também Jeová é encontrado. O nome Jeová tem 16 títulos que são for-
mados pelo acréscimo de outra palavra como, por exemplo, Jehovah-Jireh (Géne-
sis 22.14), que significa "O Senhor Proverá", e Jehovah-Shalom (Juizes 6.24), "O
Senhor é Paz". Estes nomes de Deus revelam quem é Deus e o que Ele é para nós.
O nome "O Senhor dos Exércitos" encontra-se pela primeira vez na Bíblia em
1? Samuel 1.3 e a segunda vez foi proferido por Ana (19 Samuel 1.11).
Este nome foi muito usado pelos profetas. Encontra-se 281 vezes no Velho
Testamento, sendo 18 vezes de 19 Samuel a. Crónicas, 15 vezes nos Salmos, 62 ve-
-7-
zes em Isalas, 79 vezes em Jeremias, 14 vezes em Ageu, 53 vezes em Zacarias, 26
vezes em Malaquias e 16 vezes nos outros profetas menores. Encontra-se somente
uma vez no Novo Testamento (Tiago 5.4). Durante a monarquia os profetas anun-
ciaram este nome-para chamar a atenção para o fato que o Senhor dos Exércitos
reina em todas as épocas. :

COMO PODEMOS ENTENDER O SIGNIFICADO DESTE TÍTULO?


Ele ê Senhor não somente das hostes celestiais, pois a história prova que Ele
tem todo o poder sobre os exércitos da terra. Nada acontece sem a Sua permissão
e ninguém ultrapassa os limites determinados por Ele. O nome é esclarecido em 1-
Timóteo 6.15: "Em Suas épocas determinadas há de ser revelada pelo BENDITO E
ÚNICO SOBERANO, O REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES". Em tempos
de decadência espiritual e de afastamento de Deus, os profetas avisaram ao povo
que Deus vive, age e, como Senhor dos Exércitos, Ele é supremo, soberano e reina.
Nó cântico de Ana não se encontra o nome "Senhor dos Exércitos", porém o tre-
cho é um comentário sobre esse nome.
Na sua oração Ana não faz pedido, mas ocupa-se inteiramente com Deus e a
sua atitude é de adoração. Nessa oração Ana revela o seu conhecimento de Deus e
a sua experiência como Ele é tudo para ela. Ela fala do coração a respeito da reali-
dade de Deus.
Nos primeiros três versículos apresentam-se

TRÊS GRANDES VERDADES A RESPEITO DE DEUS.


(1) É O DEUS DA SALVAÇÃO (v. 1). O conhecimento de Deus como Salvador
está em primeiro lugar porque é o ponto inicial onde alguém pode conhecê-IO. O
primeiro contato do pecador com Deus tem de ser como Salvador. O cântico é es-
piritual, pois ela não se preocupa mais com o problema doméstico, mas com a so-
lução do seu problema espiritual, a salvação do pecador e a reconciliação com
Deus.
Como podia Ana ter a salvação do pecado sem conhecer a morte de Cristo
como sacrifício pelos pecados? O judeu temente a Deus, mediante os sacrifícios
oferecidos no tabernáculo, olhava para o futuro, para o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo. Nós olhamos para o passado, para a cruz de Cristo. Ela olhava
para o futuro e foi salva pela morte de Cristo, corno também nós o somos.
No primeiro versículo, Ana alcançou quatro bênçãos: Regozijo no Senhor,
Força espiritual, Vitória e Gozo da salvação.
O primeiro versículo começa e termina com o assunto de alegria. O primeiro
motivo de alegria é a pessoa de Deus. Este é o assunto da Epístola aos^ Filipenses,
"onde Paulo exortou: "Alegrai-vos no Senhor" (Filipenses 3.1).
A VERDADEIRA ALEGRIA ENCONTRA-SE NO SENHOR E NA SUA SAL-
VAÇÃO. A salvação de Deus nos traz força, vitória e alegria, mas a razão da alegria
é a salvação. Não é uma alegria fingida, pois é do coração. O anjo que anunciou a
vinda do Salvador disse: "Não temais, eis aqui vos trago boa nova DE GRANDE
ALEGRIA, que será para todo o povo" (Lucas 2.10). A respeito de Zaqueu, o publi-
cano, lemos: "Ele desceu a toda pressa e O recebeu com alegria" (Lucas 19.6).
Quando o Evangelho entrou em Samaria "houve grande alegria naquela cidade"
(Atos 8.8). O eunuco da Etiópia, quando recebeu o Evangelho, "foi seguindo o seu
-8-
caminho cheio de júbilo" (Atos 8.39).
A segunda grande verdade se encontra no versículo 2.
(2) ELE É O DEUS SANTO. "Não há santo como o Senhor". Como sabia Ana
que Deus é santo? Pelos mandamentos e pela maneira de adorar a Deus no taber-
náculo. Sem dúvida, ela sabia do caso de Nadabe e Abiú, que desrespeitaram a
santidade de Deus levando fogo estranho perante o Senhor e o fogo diante do Se-
nhor os consumiu (Levítico 10.1 e 2).
O SENHOR É SOBERANO E É O ÚNICO DEUS. "Porque não há outro além
de Ti". Esta afirmação pode ser o texto do capítulo 5, a respeito da arca de Deus
na casa de Dagom.
"E ROCHA NÃO HÁ, NENHUMA, COMO O NOSSO DEUS". A rocha é sím-
bolo de firmeza e de confiança porque é firme e não cede. O salmista fala da rocha
como uma fortaleza e abrigo dos seus inimigos (Salmo 62.6).
(3)É O DEUS DA SABEDORIA (1? Samuel 2.3). Ana adverte os orgulhosos e
arrogantes, pois eles se exaltam contra Deus. A razão desta advertência é: "POR-
QUE O SENHOR É O DEUS DA SABEDORIA E PESA TODOS OS FEITOS NA
BALANÇA". Desta Escritura aprendemos: (a) A nossa vida é uma prova para fazer
uma avaliação dos nossos feitos. Todos nós estamos na balança de Deus. (b) A
avaliação dos nossos feitos é feita pelo Deus sábio que conhece os motivos e es-
quadrinha o coração.
Na parábola do fariseu e do publicano no templo, a oração do fariseu foi or-
gulhosa e arrogante, enquanto a oração do publicano foi humilde e contrita. Ambos
foram colocados na balança de Deus. Disse Jesus: "Digo-vos que este Io publica-
no] desceu justificado para a sua casa e não aquele [o fariseu] porque todo o que se
exalta será humilhado, mas o que se humilha será exaltado" (Lucas 18.14).
No caso de Nabucodonosor, o julgamento foi imediato e ele enlouqueceu.
Quando ele se exaltou, o julgamento foi anunciado e Deus acrescentou: "Até que
aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem
quer" (Daniel 4.32). Porém, ele foi restaurado ao seu juízo e ao seu reino para dar
louvores a Deus (Daniel 4.34).
O rei Belsazar, no seu banquete, desafiou o próprio Deus, bebendo vinho nos
utensílios que o rei Nabucodonosor trouxe do templo em Jerusalém e louvaram
aos seus ídolos. Imediatamente os dedos, escrevendo na parede, pronunciaram o
julgamento: "Contou Deu o teu reino e deu cabo dete... Pesado foste na balança e
achado em falta. Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas" (Daniel
5.24 a 31). O julgamento foi repentino: "Naquela mesma noite foi morto Belsazar,
rei dos caldeus" (v. 30).

Lição N? 4
O SENHOR DOS EXÉRCITOS
Leitura: 1- Samuel 2.4 a 11

Os primeiros três versículos do cântico de Ana contêm verdades a respeito de


Deus, apresentando de um modo claro quem é Deus, o Seu caráter, os Seus atos e
_ 9-
qual é o significado do Seu nome "O Senhor dos Exércitos", que se encontra pela
primeira vez na Bíblia no primeiro livro de Samuel.

VERDADES MARAVILHOSAS
Aprendemos' nestes versículos maravilhosos as seguintes verdades: Deus é
Salvador, é Santo, é o único Deus e não aceita rival. Ele é Rocha e não há nenhum
outro como o nosso Deus. Por isso Ele é de confiança. O terceiro versículo é a in-
trodução do resto do cântico que é o assunto desta lição.

A ATITUDE DE DEUS PARA COM O HOMEM DEPENDE DA ATITUDE DO


HOMEM PARA COM DEUS
Ana adverte os arrogantes e orgulhosos que "o Senhor é o Deus de sabedoria
e pesa todos os feitos na balança".
DEUS NÃO SOMENTE SABE PESAR OS FEITOS DO HOMEM, MAS TAM-
BÉM SABE, DE DIVERSAS MANEIRAS, TRATAR COM O HOMEM (ou em julga-
mento ou em Sua graça).
"O ARCO DOS FORTES É QUEBRADO, porém os débeis cingidos de força"
(2.4). "O arco dos fortes" se refere a um poder militar. Deus é o Senhor dos Exér-
citos e sabe muito bem controlar e disciplinar os exércitos deste mundo. Ana sabia
a história do grande poder militar do Egito e da maneira como o povo de Israel foi
escravizado por ele. Deus derrotou o exército egípcio e libertou o povo débil e es-
cravo. O que é importante é a maneira como Deus, na Sua infinita sabedoria, fez
isto. Faraó resolveu não deixar o povo ir embora e resistiu à ordem de Deus. Quem
ganhou? Deus experimentou Faraó e também o castigou juntamente com o"seu
povo com dez pragas, as quais foram castigo contra os deuses egípcios. Faraó jul-
gava-se mais sábio do que Deus e, quando viu que o povo de Israel entrou no ca-
minho para o Mar Vermelho, um beco sem saída. Faraó pensava que podia pegá-
los numa cilada e, confiando neste pensamento, enviou o seu exército atrás dos is-
raelitas para os capturar. Mas Deus abriu um caminho no Mar Vermelho e o povo
de Israel passou para o outro lado. Faraó pensava que podia fazer a mesma cousa,
mas as rodas dos carros afundaram no leito do mar, as águas voltaram e cobriram
o exército de Faraó. Os israelitas exultaram e cantaram quando descobriram que
Deus tinha quebrado o arco dos fortes e cingido os débeis com força.
DEUS, O SUSTENTADOR DA VIDA (v. 5). Ana agora está falando de três ca-
sos que sucederam na época em que ela vivia - a época dos juizes:
(a) Aconteceu com a casa de Eli, segundo uma profecia (1? Samuel 2.36). Por
causa tios abusos dos privilégios do sacerdócio, os descendentes de Eli tornaram-
se mendigos e pediram um cargo sacerdotal a fim de poderem comer pão. (b) "Os
que andavam famintos não sofrem mais fome". Por causa da fome, Elimeleque e
Noemi saíram de Belém. Parece que faltou confiança em Deus. Noemi, já viúva,
ouvindo que "o Senhor se lembrara do Seu povo, dando-lhe pão" (Rute 1.6), junto
com a sua nora Rute voltou à sua terra e gozou a bênção do suprimento de pão em
Belém (Rute 2.16 e 17). (c) "Até a estéril tem sete filhos e a que tinha muitos filhos
perde o vigor". Ana ganhou seis filhos, mas, sem dúvida, também ela está referin-
do-se ao seu caso.
A NOSSA VIDA ESTÁ NAS MÃOS DE DEUS. "O Senhor é o que tira a vida e
a dá" (v. 6). Refere-se à morte e ao nascimento.

- 10-
E O SENHOR DA RESSURREIÇÃO. "Faz descer à sepultura e faz subir". A
palavra hebraica traduzida "sepultura" é Sheol, o lugar das almas das pessoas que
partiram deste mundo. "Faz subir" da sepultura pode referir-se à primeira ressur-
reição, que é a dos salvos, e "faz subir" os descrentes para julgamento. No Apoca-
lipse lemos: "A morte e o além (Hades) entregaram os mortos que neles estavam"
(20.13). "Então a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago do fogo.
Esta é a segunda morte" (20.14).
DEUS É SOBERANO. "O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também
exalta" (v. 7). Deus também executa as Suas leis pelas quais Ele administra o mun-
do. Uma delas encontra-se em Lucas 18.14.
O SENHOR DE TODA GRAÇA. Os primeiros dois versículos do cântico têm
por assunto a salvação de Deus. Ana, no versículo 8, continua o assunto com um
quadro da graça de Deus. O sentido do nome Ana é "Graça".

TRÊS VERDADES IMPORTANTES DO VERSÍCULO 8


(1) O LUGAR ONDE ELE NOS ACHOU. "Levanta o pobre do pó e desde o
monturo exalta o necessitado" (v. 8). É um quadro da destituição do pecador. Não
pode ter uma condição mais desesperadora e mais baixa. Não pode haver uma po-
breza pior do que "do pó". Monturo é lugar de lixo e de cousas que não têm valor
nem utilidade. Ele pode salvar o mais vil pecador.
(2) O LUGAR PARA ONDE ELE QUER NOS LEVAR. "Para o fazer assentar
entre os príncipes". Que transformação! Tirado da pobreza e da necessidade para
ser elevado a uma posição de príncipe e com fartura. Ana está profetizando a res-
peito da transformação na pessoa que crê em Cristo e cuja posição é mudada pela
graça de Deus. Esta posição se descreve em Efésios 2.6 e 7.
(3) AS BASES DA MUDANÇA. Pelo que temos estudado no cântico de Ana,
sabemos que uma das bases para a mudança maravilhosa do pecador que crê em
Cristo é a graça de Deus, porém essa graça é apoiada e acompanhada pela Sua
onipotência. Pelo Seu poder Deus criou e sustenta o mundo e, por isso, Ele pode
transformar a posição e a pessoa do pecador. Também Ele tem poder para execu-
tar as Suas leis e os princípios divinos que se encontram no cântico de Ana. "Por-
que do Senhor são as colunas da terra e assentou sobre elas o mundo" (v. 8).
O cântico continua nos dois últimos versículos no mesmo assunto do poder
de Deus, mas sob aspectos diferentes. Para com os santos, isto é, o povo de Deus,
Ele manifesta o Seu poder de uma maneira especial. "Ele guarda os pés dos Seus
santos" (v. 9). Como guarda Deus os pés dos Seus santos? Ele os protege do ini-
migo e os guarda do pecado. Mas o caso do perverso é diferente porque ele não
segue o caminho direito e quer prevalecer pela força. O seu fim é triste porque "os
perversos emudecem nas trevas da morte; porque o homem não prevalece pela
força" (v. 9).
O cântico de Ana continua a exposição sobre um nome de Deus, "O SENHOR
DOS EXÉRCITOS", que indica que Deus tem domínio completo sobre o mundo. O
último versículo do cântico apresenta duas verdades quanto a este tema.
A PRIMEIRA É: "O SENHOR JULGA AS EXTREMIDADES DA TERRA" (v.
10).A Bíblia ensina a respeito de julgamentos no futuro como, por exemplo, o jul-
gamento das nações vivas na vinda do Senhor Jesus.à terra (Mateus 25.32) e o juí-
zo final (Apocalipse 20.12), porém o julgamento a que Ana se referia não está no
- 11 -
futuro, mas sim, no presente, quando Deus julga e corrige as nações. Julgou a na-
ção de Israel por causa da sua idolatria e a enviou ao cativeiro. Julgou o rei Nabu-
codonosor e depois o rei Belsazar, acabando com o seu reino. Faraó contendia com
o Senhor e foi quebrantado.
:- A SEGUNDA VERDADE É: "DÁ FORÇA AO SEU REI E EXALTA O PODER
DO SEU UNGIDO". Até aquela época, Israel nunca tinha tido rei. Qual é o rei a que
Ana se refere? Quem é o seu ungido? O nome Cristo significa "ungido" e, desta
forma, é a primeira profecia a respeito de Cristo como o Rei Ungido. O Senhor dos
Exércitos julga e reina, mas por quem? Em João 5.22 lemos: "O Pai a ninguém jul-
ga, mas ao Filho confiou o julgamento". Ele "dá força ao Seu rei e exalta o poder
do Seu ungido [Cristo]". O cântico de Ana termina com esta bela profecia de Cristo
como rei.

Lição N2 5
OU HONRADO OU DESMERECIDO
Leitura: 1? Samuel 2.12 a 36

"Porém agora diz o Senhor: Longe de Mim tal cousa, porque AOS QUE ME
HONRAM, HONRAREI, PORÉM OS QUE ME DESPREZEM SERÃO DESMERECI-
DOS" (1? Samuel 2.30).
ESTE É UM VERSÍCULO INFALÍVEL QUÊ ATUA NA VIDA DE TODOS. Va-
mos descobrir como este principio funcionou nos lares de Eli e de Ana.

O LAR DO SUMO SACERDOTE ELI (2.12 a 17 e 22 a 36)


Apesar de ser responsável pela liderança espiritual e civil da nação, Eli não
honrou a Deus. O nosso texto foi proferido a Eli por um profeta desconhecido.
Deus enviou duas mensagens de julgamento a Eli, uma pelo profeta desconhecido
e a, outra por Samuel (2.27 a36e3.11 a 18).

OS ERROS DE ELI
(1 ) Honrou a seus filhos mais do que a Deus (v. 29).
(2) Foi cúmplice da violência e do desprezo das cousas sagradas no taberná-
culo. Eli não fez atos de violência como seus filhos no tabernáculo, mas ele comia
da carne tirada pelos seus filhos e isto era contrário às instruções dadas por Deus
(v. 29).
(3) Não havia disciplina no lar. A decadência espiritual e moral começou no
lar. Eli deixou os seus filhos crescerem sem disciplina. Deus disse a Samuel a res-
peito de- Eli: "Porque seus filhos se fizeram execráveis e ele OS NÃO REPREEN-
DEU" (3.1 3).

OS PECADOS DOS FILHOS DE ELI (2.12 a 17)


Eram "filhos de Beliaí", homens sem valor e sem confiança. Faziam o serviço
do santuário, mas "NÃO CONHECIAM A DEUS".
ELES "NÃO SE IMPORTAVAM COM O SENHOR" (v. 12). Eram incrédulos,
- 12-
pois não acreditavam na existência de Deus, nem no serviço que estavam fazendo,
mas aproveitaram da sua posição como sacerdotes para receber certas vantagens
materiais. Como líderes eram péssimos exemplos para o povo. "Faziam transgredir
o povo do Senhor" (19 Samuel 2.24). Tal líder, tal povo.
"ERA, POIS, MUI GRANDE O PECADO DESTES MOÇOS PERANTE O SE-
NHOR PORQUE ELES DESPREZARAM A OFERTA DO SENHOR" (v. 17). Cada sa-
cerdote sabia porque havia necessidade do sacrifício. São figuras do verdadeiro sa-
crifício do Senhor Jesus na cruz, fazendo expiação pelos pecados. Os filhos de Eli
abusaram do seu privilégio sagrado e fizeram do altar um lugar de matar os ani-
mais para satisfazer o seu apetite carnal. Por isso Deus lhes disse: "Porque pisais
aos pés os Meus sacrifícios...?" (v. 29). Foi um ato pelo qual mereceram a morte.
ERAM IMORAIS (v. 22). Eli ouviu notícias da imoralidade de seus filhos, mas
lhes deu somente uma repreensão branda e era tarde demais. A repreensão forte
foi feita pelo profeta desconhecido. O seu recado, vindo de Deus, condenou a Eli e a
seus filhos pelo abuso dos seus grandes privilégios e pela desonra de Deus pelo seu
procedimento.
O PROFETA ANUNCIOU O CASTIGO, VINDO DE DEUS, SOBRE ELI E A.
SUA FAMÍLIA (w. 31 a 36). Foram desmerecidos por Deus.

A PROFECIA E O SEU CUMPRIMENTO


(1) Não haveria mais velho em sua casa. Todos haviam de morrer jovens
(2.31).
(2) Haveria um aperto na morada de Deus (v. 32). A arca foi tirada para nunca
mais voltar a Silo. No Salmo 78.60 e 61, o salmista descreve a destruição de Silo.
(3) Os descendentes de Eli que não fossem mortos ficariam num estado de-
plorável (v. 33).
(4) Hofni e Finéias morreriam no mesmo dia e também seu pai (4.11 e 18).
(5) A família de Eli seria cortada do serviço sacerdotal e outro seria escolhido
como fiel sacerdote. Disse Deus: "Então suscitarei para Mim um sacerdote fiel, que
procederá segundo o que tenho no coração e na mente; edificar-lhe-ei uma casa
estável e andará ele diante do Meu ungido para sempre" (v. 35). Eli era descen-
dente de Itamar, o quarto filho de Aarão. O sacerdote fiel é Zadoque, descendente
de Eleazar, o primeiro filho de Aarão. Nos reinados de Davi e de Salomão, Zadoque
tornou-se sumo sacerdote. Desta maneira, o sumo sacerdócio voltou para a casa de
Eleazar, a quem realmente pertencia. A profecia se cumpriu e a casa de Eli foi ex-
pulsa do sacerdócio. Em Ezequiel 44.15 lemos que os filhos de Zadoque servirão
como sacerdotes no templo durante os mil anos do reinado de Cristo. O "Meu un-
gido" refere-se a Cristo e esta é a segunda vez neste livro que Ele é chamado "o
ungido" (2.10).
Saul mandou matar os 85 sacerdotes de Nobe, descendentes de Eli (19 Sa-
muel 22.16 a 19). Um deles, chamado Abiatar, escapou e refugiou-se com Davi.
Abiatar foi expulso do sacerdócio por Salomão e tudo isto aconteceu em cumpri-
mento da profecia do profeta desconhecido (w. 33 e 35).
(6) Os que restassem da casa de Eli pediriam um cargo sacerdotal para po-
derem comer pão e receber uma moeda de prata que, pela palavra usada, era a
moeda de menor valor. Tudo isto aconteceu à descendência de Eli: "Porque os que
Me desprezam serão desmerecidos".
- 13-
O LAR DE ANA
Foi o lar onde Deus foi honrado. Há um grande contraste entre o lar de Ana e
o de Eli.
ANA TINHA UM GRANDE CONHECIMENTO DE DEUS. Podemos descobrir
isto pelo seu cântico.
ELA HONROU A DEUS PELO FATO QUE NA SUA AFLIÇÃO PROCUROU A
FACE DE DEUS PARA RESOLVER O SEU PROBLEMA. Deus quer que nós O bus-
quemos em oração. A pessoa que não busca a presença de Deus não honra a Deus.
A confiança em Deus é importante e Ana confiou a Deus um problema que ela não
podia resolver por si só.
ANA ERA TEMENTE A DEUS. Ela colocou Deus em primeiro lugar na sua
vida e não o seu filho. Eli agia de outra forma e honrou a seus filhos em lugar de
honrara Deus.
ANA DEU A DEUS O MELHOR E O QUE ERA MAIS PRECIOSO NA SUA
VIDA. Ela honrou a sua palavra de dar seu filho Samuel para o serviço de Deus.
ANA HONROU AO SENHOR NO SEU CÂNTICO DE LOUVOR, exaltando o
nome de Deus.
ELA HONROU AO SEU DEUS PELO SACRIFÍCIO, não desprezando-o, mas,
ao contrário, mostrando a necessidade dele.
NÃO SOMENTE ANA HONROU A DEUS, MAS TAMBÉM DEUS A HON-
ROU C\- Samuel 2.18 a 21). É muito emocionante pensar como Ana entregou o pe-
queno Samuel a Eli para fazer o serviço de Deus e com que dedicação fazia uma
túnica pequena e a trazia de ano em ano quando, com o seu marido, subia a ofere-
cer o sacrifício anual.
Lemos no versículo 20 que "Eli abençoava Elcana e sua mulher", mas no ver-
sículo seguinte lemos: "ABENÇOOU, POIS, O SENHOR A ANA" (v. 21). Em lugar
do filho que ela devolveu ao Senhor, ela ganhou mais três filhos e duas filhas. Po-
rém, a maior honra para ela foi ter um filho que se tornou juiz e profeta, um dos
maiores vultos do Velho Testamento, que levou o povo de volta a Deus. O que da-
mos ao Senhor realmente é emprestado porque recebemos muito mais de Deus do
que nós damos a Ele.

Lição NS 6
"FALA, SENHOR, PORQUE O TEU SERVO OUVE"
Leitura: 1- Samuel 3.1 a 21

O PROFETA SAMUEL
Samuel era ainda menino quando ouviu pela primeira vez a voz de Deus. O
capítulo começa com a menção do menino como servo de Deus e, ao mesmo tem-
po, sujeito a Eli. "O jovem Samuel servia ao Senhor PERANTE ELI". A pessoa que
não aprendeu a obedecer ordens e se sujeitar à autoridade não está em condições
para servir a Deus. No primeiro capítulo lemos de Samuel como PEDIDO AO SE-
NHOR (1.20) e "DEVOLVIDO AO SENHOR" (1.28) e agora nos capítulos 2 e 3:
"SERVINDO AO SENHOR" (2.18 e 3.1).
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Em 19 Samuel 2.18 lemos: "Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ain-
da menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho". Não devemos pensar que
ele fizesse o serviço sacerdotal. Como servia Samuel ao Senhor? Ele era porteiro e
abria as portas da casa do Senhor. Como servente do sumo sacerdote, ele fazia pe-
quenos serviços na Casa de Deus. Ele estava vestido de uma estola sacerdotal, que
era uma vestimenta parecida com um avental, feita de duas peças, ligadas no om-
bro e presa com um cinto na cintura. Além disto, ele usava uma túnica pequena que
sua mãe trazia de ano em ano. Vestia-se como sacerdote, mas fazia somente servi-
ços humildes na Casa de Deus.
O servo de Deus sempre tem de aprender a fazer o seu serviço desta maneira.
Serviço humilde e insignificante tem muito valor para Deus.
SAMUEL CRESCIA DIANTE DO SENHOR (2.21). Ele não seguiu o mau
exemplo daqueles que estavam ao seu redor. "O jovem Samuel crescia em estatura
e no favor do Senhor e dos homens". A este versículo segue a descrição da imora-
lidade de Hofni e Finéias. No meio de tanta imoralidade e perversidade, Samuel vi-
via uma vida pura que agrada a Deus. Ele cresceu no físico, no bom caráter, no te-
mor de Deus e na vida espiritual.

COMO NAZIREU ELE PRECISAVA SER SEPARADO DO MUNDO.


A mãe de Samuel, ao pedir a Deus um filho, fez o voto de nazireu, pelo qual o
seu filho seria separado do mundo e do pecado para Deus e para o Seu serviço.
SAMUEL OUVINDO A VOZ DE DEUS (3.4). O primeiro versículo do capítulo
3 revela que o estado moral e espiritual tão deplorável do povo de Israel, em parte,
foi proveniente da falta da palavra de Deus. "Naqueles dias a palavra do Senhor era
mui rara; as visões não eram-frequentes". Na época dos juizes havia muitos juizes,
mas poucos profetas. Desde os dias de Josué lemos somente de Débora, profetisa
(Juizes4.4) e outro profeta de quem não sabemos o seu nome (Juizes 6.8).
O povo podia procurar a vontade de Deus por intermédio do sacerdócio. Os
sacerdotes também tinham o dever de ensinar a Palavra de Deus (os livros de Moi-
sés) ao povo; porém, além de falharem completamente, não estavam eracondições
para ensinar a Palavra de Deus. Era impossível para Deus comunicar-se ao povo
por um sacerdote perverso e corrupto e que não conhecia ao Senhor. Deus deixou
de lado a Eli, o sumo sacerdote, e a seus filhos para comunicar Sua vontade me-
diante um jovem chamado Samuel.
O povo daquele tempo não era privilegiado como nós hoje em dia. Nós te-
mos a completa revelação de Deus e ela é suficiente para a nossa necessidade espi-
ritual. Portanto, havia em Israel no tempo dos juizes poucos livros da Bíblia. Havia
os livros de Moisés, mas era muito difícil obter uma cópia deles. Pela falta de co-
nhecimento de Deus, a nação de Israel estava nas trevas e afastada do Deus verda-
deiro. O resultado foi imoralidade e idolatria.
A nossa posição hoje em dia é bem diferente. Temos a Bíblia completa. "Ha-
vendo Deus, outrora, falado muito vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos pro-
fetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho" (Hebreus 1.1 e 2). Deus não fala
mais pelos profetas, mas sim, por Seu Filho, pela Sua Palavra.

O SILÊNCIO DE DEUS
Por que Deus se mantém em silêncio quando homens maus têm a liberdade

- 15-
pára fazer o que desejam? Por que Deus permitiu aos filhos de Eli fazerem tanta
perversidade? Deus espera a Sua hora, enquanto Ele prepara o jovem Samuel para
ser o Seu porta-voz, para levar o povo de volta para Deus. O silêncio de Deus entre
o Velho e o Novo Testamentos foi de 400 anos, terminando com a vinda do Salva-
dor.
Quando DEUS FALOU PELA PRIMEIRA VEZ A SAMUEL, tanto Eli como
Samuel estavam deitados nos seus aposentos pertencentes ao tabernáculo. Antes
de apagar a lâmpada do santuário, isto é, um pouco antes de raiar o dia, Deus falou
a Samuel.

OUVINDO A VOZ DO SENHOR


FOI UMA CHAMADA PESSOAL. Chamou o jovem pelo seu nome: "Samuel,
Samuel". Ele conhece cada um dos Seus servos pelo seu nome. O Senhor Jesus
disse: "Conheço as Minhas ovelhas e elas Me conhecem a Mim" (João 10.14). De
madrugada, ainda escuro, Ele chamou Samuel, mas este não reconheceu a voz de
Deus. E a primeira vez que Deus lhe fala e, por isso, ele acha que é Eli que está
chamando-o. Mostrou uma boa disposição e correu para Eli, dizendo: "Eis-me
aqui". Eli respondeu: "Não te chamei, meu filho, torna a deitar-te". Isto aconteceu
por três vezes, mas na terceira vez Eli descobriu o que estava acontecendo. Deus
estava falando ao novo profeta. Eli então instruiu Samuel a responder: "Fala, Se-
nhor, porque o Teu servo ouve". Samuel omitiu o nome do Senhor talvez porque
para muitos israelitas o nome Jeová era santo demais para ser falado. Talvez omi-
tiu o nome porque realmente não sabia com quem estava falando.

OUVIR A VOZ DO SENHOR É A PRIMEIRA NECESSIDADE DO SERVO DE


DEUS
É a primeira necessidade de todos os crentes em Cristo para que em todos os
setores da vida possam ser orientados por Deus. Existem pessoas que falam tanto
que não ouvem o que outros estão falando.

COMO DEUS PALA A NÓS HOJE EM DIA?


Ele não fala a nós como falou a Samuel porque Samuel era profeta e nós não
o somos. Deus não fala aos nossos ouvidos naturais, como o fez no caso de Sa-
muel. Ele fala aos nossos corações por meio da Sua Palavra escrita. Ao ler ou me-
ditar na Palavra de Deus ou ao ouvir uma exposição dela, o crente pode ouvir Deus
falando com ele no seu coração pelo Espírito Santo. Isto é essencial para o nosso
crescimento espiritual e para o nosso serviço a Deus.

A MENSAGEM QUE DEUS ENTREGOU A SAMUEL NÃO FOI AGRADÁVEL


Foi uma mensagem de julgamento sobre a casa de Eli (3.11 a 14). Samuel fi-
cou deitado até pela manhã e então abriu as portas da Casa do Senhor, porém te-
mia relatar a visão a Eli. Entretanto, Eli queria saber o que Deus lhe falara e, fiel-
mente; Samuel contou tudo (v. 18). No versículo 19, pela terceira vez lemos que
Samuel CRESCIA (2.21, 26 e 3.19) e do mesmo versículo aprendemos três fatos: (a)
"Crescia Samuel", (b) "O Senhor era com ele", (c) "Nenhuma de todas as Suas pa-
lavras [q Senhor) deixou cair em terra". E isto porque ele entregou fielmente o que
Deus lhe falara.
- 16-
PODEMOS APRENDER TRÊS FATOS A RESPEITO DE SAMUEL COMO O
PROFETA DO SENHOR
(1 ) Foi reconhecido por todo o Israel como o profeta do Senhor (3.20).
(2) O Senhor continuou a aparecera Samuel (3.21).
(3) Veio a palavra de Samuel a todo Israel (4.1).

COMO PODEMOS RECONHECER A VOZ DE DEUS?


EXISTE A VOZ DOS NOSSOS DESEJOS. Alguém deseja alguma cousa e
acha que é Deus que está falando.
EXISTE A VOZ DO MUNDO que está sempre conosco.
EXISTE A VOZ DOS DEMÓNIOS (1? Reis 22).
Se não ouvirmos a voz do Senhor, a nossa vida espiritual enfraquece, o nosso
testemunho perde o seu valor e o nossa serviço fica sem poder.

Lição N? 7
DESPREZO DA SANTIDADE DE DEUS E AS CONSEQUÊNCIAS
Leitura: 1° Samuel 4.1 a 22

O assunto principal dos capítulos 4, 5 e 6 é "A Arca do Senhor dos Exércitos"


(4.4). A arca era a peça mais sagrada da mobília do tabernáculo e ocupava o lugar
central no lugar Santo dos Santos, onde somente o sumo sacerdote podia entrar
e isto só uma vez por ano. Em cada extremidade do propiciatório, que era a tampa
da arca, havia um querubim de ouro, os dois olhando para o propiciatório, onde o
sumo sacerdote espargia o sangue no Dia da Expiação.
A arca da aliança, embora sagrada, não era para ser adorada, pois era so-
mente feita de madeira e de ouro. Foi colocada fora da vista do povo e, quando
mudavam o tabernáculo para outra localidade, a arca era coberta com um pano
azul (Números 4.6). Não podia ser vista nem tocada pelo povo.

QUAL ERA A UTILIDADE DA ARCA?


A arca era um objeto pelo qual Deus queria ensinar ao Seu povo verdades
preciosas. São as seguintes lições:
(1) A SANTIDADE DE DEUS E DA SUA PRESENÇA. O lugar Santos dos
Santos simbolizava a presença de Deus e alguém que ousasse entrar sem ser auto-
rizado por Deus seria morto. O sumo sacerdote também precisava tomar cuidado
ao entrar no Santo dos Santos uma vez por ano. No Dia da Expiação ele levava o
sangue do sacrifício e, ao aproximar-se da arca e do propiciatório, colocava dois
punhados de incenso em cima das brasas do incensário. As brasas eram tiradas do
altar e a nuvem de incenso subia e cobria o propiciatório para que o sumo sacer-
dote não morresse (Levítico 16.12 e 13)
(2) ERA UMA FIGURA DE JESUS CRISTO. Foi para ensinar ao povo que o
caminho para Deus é pelo Senhor Jesus e pela expiação dos pecados por Sua
morte na cruz, pela qual o homem pode ser reconciliado com Deus e ter entrada na
Sua presença que Deus a deu.
- 17-
OS ISRAELITAS NÃO SE LEMBRARAM DAS LIÇÕES DA HISTÓRIA, de
como ganharam as vitórias pelo poder de Deus e que, quando dEle se afastavam,
sofriam derrotas. O povo de Israel resolveu combater os filisteus na sua própria
força e foi derrotado (4.1 a 3). Estava longe de Deus e não procurou a Sua direção,
mas quando foi derrotado lançou a culpa em Deus e disse: "Por que nos feriu o Se-
nhor hoje diante dos filisteus?" (v. 4). Deus não tinha nada com aquilo.
EM SEGUIDA, O POVO FEZ UMA COISA MUITO ATREVIDA. Resolveu tirar
a arca do santuário e levá-la para a batalha contra os filisteus. "Mandou, pois, o po-
vo trazer de Silo a arca do Senhor dos Exércitos, entronizado entre os querubins"
{v. 4). Por este crime merecia a morte instantânea. Por que Deus não feriu o povo
de uma vez? Por duas razões. Primeiramente, Deus deixou o povo morrer como ví-
tima da sua própria tolice e pecado. Em segundo lugar, Deus quer nos ensinar que
devemos respeitar a Sua santidade.
O POVO QUERIA USAR A ARCA PARA TRAZER-LHE SORTE, mas, em lou-
gar de sorte, foi castigado por Deus (vv. 10 e 11). O julgamento caiu sobre o povo.
"Caíram de Israel trinta mil homens. Foi tomada a arca de Deus e mortos os dois
filhos de Eli, Hofni e Finéias". Este acontecimento nos revela a ignorância do povo
de Israel. Agia como se Deus não existisse e tratava a arca da aliança como se fosse
uma caixa mágica que podia manobrar e manipular para a sua conveniência, e de
acordo com os seus desejos. O povo se enganou porque com Deus não se brinca. A
arca em si mesma não tinha poder. Era somente uma caixa coberta de ouro. E Deus
que tem o poder e as Suas ordens, quando obedecidas, trazem bênçãos para nós.

A ARCA SOMENTE PODIA SER MOVIDA POR ORDEM DE DEUS


A arca também tem ensino para o tempo atual. Na história do povo de Israel
há duas ocasiões especiais em que a arca foi tirada do tabernáculo por ordem de
Deus.
A primeira foi na TRAVESSIA DO RIO JORDÃO PELO POVO DE ISRAEL. A
história encontra-se em Josué 3. O povo de Israel chegou à fronteira da terra que
Deus lhe deu, a Terra de Canaã, mas havia no caminho uma barreira muito grande:
o rio Jordão estava cheio. Deus queria ensinar ao povo a lição de que não podia
entrar na Terra Prometida pela sua força, mas sim, pelo poder e pela vontade de
Deus.
Para o povo poder passar o rio Jordão, os sacerdotes entraram no rio com a
arca e logo se abriu o caminho. Os sacerdotes ficaram no meio do rio Jordão com a
arca, enquanto o povo passou para O outro lado - a terra de Canaã. Para nós, hoje
em dia, a travessia do rio: Jordão tem um significado especial. A arca é tipo do Se-
nhor Jesus e somente-por Ele é que podemos entrar na posse das bênçãos espiri-
tuais. "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado
com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Efésios 1.3).
A segunda ocasião foi quando o povo de Israel conquistou a cidade de Jericó,
não pela sua força, mas pelo poder de Deus. O povo de Israel ganhou a vitória so-
bre a cidade de Jericó de uma maneira singular. Foi pela fé e pelo poder de Deus.
Parece até absurdo! Os soldados rodearam a cidade uma vez por dia durante seis
dias. Sete sacerdotes andaram com trombetas de chifres de carneiros adiante da
arca. No sétimo dia rodearam a cidade sete vezes e os sacerdotes tocaram as trom-
betas. Quando Josué falou: "Gritai!", o povo gritou e os muros caíram e os solda-
- 18 -
dos israelitas entraram na cidade. Aprendemos a lição que ganhamos as nossas
vitórias espirituais somente pelo Senhor Jesus, pela fé, pelo poder de Deus e pela
obediência à Sua Palavra.
O trecho de 4.12 a 22 é triste porque revela a derrota do povo de Israel na
batalha e o julgamento sobre a casa de Eli. O juízo demorou, mas por fim veio. Os
dois filhos foram mortos no mesmo dia, enquanto levavam a arca. Eli, como juiz,
estava assentado perto do portão e quando ouviu as notícias da derrota caiu para
trás e morreu. Para ele a notícia pior foi que a arca da aliança tinha sido tomada
pelos filisteus. A mulher de Finéias, já na hora do parto, ao ouvir a notícia que a ar-
ca tinha sido tomada e que seu sogro e seu marido tinham morrido, ao dar à luz,
morreu, mas ao morrer chamou seu filho de Icabode, dizendo: "Foi-se a glória de
Israel, pois foi tomada a arca de Deus" e por causa de seu sogro e de seu marido.
Realmente, a glória de Israel foi-se muitos anos antes deste acontecimento.
Eli, ao repreender seus filhos, disse-lhes: "Pecando o homem contra o pró-
ximo, Deus lhe será o árbitro; pecando, porém, contra o Senhor, quem intercederá
por ele?" (2.25).

Lição N? 8
NÃO HÁ OUTRO DEUS
Leitura: l9 Samuel 5.1 a 12

Ana, no seu cântico, disse a Deus: "Não há outro além de Ti" (1 - Samuel 22).
Esta verdade serve de título para esta lição, que trata da arca do Senhor dos Exér-
citos entre os filisteus. Na lição anterior aprendemos que a arca servia principal-
mente para ensinar verdades a respeito de Deus, da Sua santidade, da Sua justiça e
de como podemos nos aproximar de Deus, alcançar vitórias e entrar na posse das
bênçãos espirituais. Pela derrota dos israelitas pelos filisteus podemos aprender
que ninguém pode manobrar ou manipular Deus porque Ele é soberano e santo.

A ARCA DO SENHOR DOS EXÉRCITOS ENTRE OS FILISTEUS


Pensaram que a arca que tinham capturado fosse um ídolo ou um deus e,
desta maneira, eles se alegraram, pensando que o seu deus Dagom tivesse ganha-
do a vitória sobre o Deus de Israel. Os filisteus eram pagãos e adoravam um ídolo
feito de barro na forma de um peixe. Sansão derribiu a casa de Dagom em Gate,
matando uma multidão de filisteus (Juizes 16. 23).
OS FILISTEUS LEVARAM A ARCA DE DEUS A ASDODE "E A METERAM
NA CASA DE DAGOM, JUNTO A ESTE" (1? Samuel 5.2). Será que os filisteus
pensaram que a arca fosse o Deus de Israel? Ou que o Deus de Israel fosse igual a
Dagom? Em todo caso, parece que, para os filisteus, a arca foi um trofeu de guerra
e que o Deus de Israel tinha sido vencido por Dagom.
FOI UM DESAFIO AO DEUS DE ISRAEL e Deus aceitou o desafio porque
Ele cuida da Sua honra e glória. No dia seguinte, os filisteus entraram no templo e
"eis que estava Dagom caído, rpsto em terra, diante da arca do Senhor; tomaram-
no e tornaram a pô-lo no seu lugar" (5.3). A posição de Dagom é significativa, pois
é de humilhação e de submissão. Será a posição de todos os inimigos de Deus.

- 19-
Lembremo-nos que a arca é figura de Jesus Cristo e não são somente os inimigos
que terão de se sujeitar a Ele, mas também, como está escrito: "Para que ao nome
de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, ha terra e debaixo da terra e toda língua
confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2.10 e 11).
OS FILISTEUS NÃO APRENDERAM A PRIMEIRA LIÇÃO. Colocaram o ídolo
de novo ao lado da arca. No dia seguinte, "eis que Dagom jazia caído de bruços
diante da arca do Senhor; a cabeça de Dagom e as suas mãos estavam cortadas so-
bre o limiar; dele ficara apenas o tronco" (v. 4).
MOSTROU O QUE UM ÍDOLO REALMENTE É. Sem cabeça não tem autori-
dade e sem mãos mostrou a sua impotência. Por ser a imagem de um peixe não ti-
nha pés e ficou somente o tronco inútil.

A LIÇÃO PARA NÓS


A lição é: QUEM NÃO SE ENCURVAR E SE SUBMETER A CRISTO SERÁ
QUEBRADO. Deus não aceita um rival e castiga, não somente os idólatras, mas
também seus deuses. Deus julgou os deuses do Egito (Êxodo 12.12). Este fato é
provado pela história. Qualquer cousa ou pessoa que o homem coloca antes de
Deus é destinado a falhar e ter as esperanças perdidas. Deus não aceita a idolatria e
os deuses e os ídolos têm de se tombar diante dEle.
A mão do Senhor castigou duramente os filisteus e os feriu de tumores.
Agora eles começam a compreender que com Deus não se brinca e mudam tam-
bém o pensamento acerca de que a arca fosse um ídolo, pois eles disseram: "Não
fique conosco a arca do Deus de Israel" (5.7). Custaram a chegar à conclusão certa e
à compreensão que o Deus de Israel não é um ídolo.

HAVIA UM PROBLEMA
Eles perguntaram: "Que faremos da arca do Deus de Israel?" Os príncipes
dos filisteus ainda queriam exibir a arca nas cidades dos filisteus como trofeu de
guerra, mas Deus castigou as cidades para onde levaram a arca. Em Gate "a mão
do Senhor foi contra aquela cidade, com mui grande terror; pois feriu os homens
daquela cidade" (v. 9). Em Ecrom "os homens que não morreram eram atingidos
com os tumores; e o clamor da cidade subiu até ao céu" (v. 12). Os ecronitas acer-
taram quando disseram: "Devolvei a arca do Deus de Israel e torne para o seu lu-
gar, para que não mate nem a nós nem ao nosso povo" (v. 11). Não fizeram o que é
direito com a arca e por isso foram castigados por Deus. O lugar da arca era o san-
tuário de Deus e não o templo de Dagom nem as cidades dos filisteus.

O DILEMA DOS FILISTEUS: "QUE FAREMOS DA ARCA DO DEUS DE IS-


RAEL?"
Mais uma vez precisamos lembrar que a arca é figura de Cristo e "tudo
quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito". Os filisteus não sabiam
o que fazer com a arca de Deus e a pergunta que muitos faziam é: "QUE FARE-
MOS DA ARCA DO DEUS DE ISRAEL?"

UMA PERGUNTA SEMELHANTE


No Novo Testamento encontra-se uma pergunta parecida: "QUE FAREI EN-
TÃODE JESUS, CHAMADO CRISTO?" (Mateus 27.22). Quando os judeus levaram
-20-
o Senhor Jesus ao governador romano, apesar de Pilatos declarar o Senhor Jesus
inocente, os judeus insistiram na Sua crucificação. Pilatos procurou soltar Jesus e
queria aproveitar o costume de se soltar um preso na ocasião da Páscoa, porém os
judeus escolheram Barrabás, um criminoso, em lugar de Jesus. Pilatos perguntou à
multidão: "Que farei então de Jesus, chamado Cristo?"
Os chefes religiosos não fizeram o que é direito com o Senhor Jesus, mas fi-
zeram-Lhe muitas injustiças como a traição, o julgamento de noite (que é contra
a lei), as falsas testemunhas e O maltrataram.
Também a culpa de Pilatos foi muito grande porque, sabendo que o Senhor
Jesus era inocente, ele O entregou para ser açoitado e crucificado. Ele, como juiz,
devia ter soltado a Jesus, ao invés de perguntar ao povo: "Que farei então de Je-
sus, chamado Cristo?" Pilatos não queria fazer cousa alguma com Jesus Cristo,
mas queria se livrar da sua responsabilidade. Em primeiro lugar, ele voltou-se para
os Seus acusadores e disse-lhes: "Tomai-O vós outros e julgai-O segundo a vossa
lei", mas eles responderam que não podiam (João 18.31). Pilatos, sabendo que Je-
sus era da Galiléia, a jurisdição de Herodes, enyiou-0 a Herodes, mas este também
não queria julgá-IO e, depois de zombar dEle, mandou-O de volta para Pilatos.
Este logo pensou outra cousa para poder se livrar de Jesus. Era o costume na oca-
sião da Páscoa soltar-se um preso e Pilatos logo pensou em soltar o Senhor Jesus,
mas quando O apresentou à multidão o povo gritou: "Fora com este. Solta-nos
Barrabás" (Lucas 23.18). O último recurso que Pilatos experimentou foi lavar as
suas mãos perante o povo e disse: "Estou inocente do sangue deste justo; fique o
caso, convosco" (Mateus 27.24). Ele lavou as mãos, mas ficou manchado da culpa
de não fazer o que devia com Jesus Cristo. O povo, hoje em dia, tem a grande res-
ponsabilidade de se arrepender e aceitá-IO como Salvador e Senhor.

Lição N? 9
O TEMOR DE DEUS
Leitura: 1- Samuel 6.1 a 7.1

Neste trecho há duas perguntas que ensinam o temor de Deus e o respeito à


Sua presença. A primeira foi feita pelos filisteus: "Que faremos da arca do Senhor?
Fazei-nos saber como a devolveremos para o seu lugar" (6.2). A segunda pergunta
foi feita pelos israelitas de Bete-Semes: "Quem poderia estar perante o Senhor,
este Deus santo? e para quem subirá desde nós?" (v. 20). Em primeiro lugar, consi-
deremos:

A ATITUDE DOS FILISTEUS PARA COM A PRESENÇA DE DEUS


Os filisteus eram pagãos e tinham pouco conhecimento do Deus de Israel,
mas por meio da arca da aliança aprenderam a respeito dEle e do temor de Deus.
"Sete meses esteve a arca do Senhor na terra dos filisteus" (v. 1). Foram sete me-
ses de pavor e de castigo que sofreram por falta do conhecimento e do temor de
Deus. Dagom, o deus dos filisteus, foi quebrado e os filisteus feridos de tumores e o
seu território assolado. Aprenderam que Deus não pode ser tratado de qualquer
-21 -
maneira e chegaram à conclusão que eram culpados por não fazerem o que é certo
com a arca do Senhor.
Resolveram devolvê-la ao lugar a que pertencia, mas o problema agora era
como o fazer? Os filisteus chamaram os sacerdotes de Dagom e os adivinhadores e
lhes disseram: "Que faremos da arca do Senhor? Fazei-nos saber como a devolve-
remos para o seu lugar". As respostas dos sacerdotes de Dagom mostram que
aprenderam que o Deus de Israel não é um ídolo, mas que Ele é o Senhor e o Deus
vivo.
RECONHECERAM QUE TINHAM OFENDIDO AO DEUS VIVO. Começaram a
ter o temor de Deus, mas, como pagãos, eles achavam que os deuses eram vingati-
vos e que precisavam aplacar a ira deles com uma oferta. Deus é o Deus de justiça e
de amor e não precisa receber oferta para aplacar a Sua ira porque, pelo sacrifício
de Seu Filho na cruz. Ele perdoa os que reconhecem a sua culpa e crêem em Cristo.
Ele faz isto gratuitamente, sem pagamento algum.
O POVO FOI ACONSELHADO A DAR GLÓRIA A DEUS. "Dai glória ao Deus
de Israel" (v. 5). Que mudança de atitude dos filisteus para com Deus! Os filhos de
Eli, sacerdotes de Israel, tinham procedido vergonhosamente e não tinham glorifi-
cado a Deus; porém, os filisteus, tendo sido castigados por Deus, deram-Lhe glória.
OS FILISTEUS FORAM EXORTADOS A NÃO ENDURECEREM OS SEUS
CORAÇÕES COMO TINHAM FEITO OS EGÍPCIOS. "Por que, pois, endureceríeis o
vosso coração, como os egípcios e Faraó endureceram o coração?" (v. 6). Os filis-
teus sabiam a história da saída de Israel do Egito e como Faraó endureceu o cora-
ção contra Deus e não queria deixar sair o povo de Israel. Sabiam como Deus tinha
castigado os egípcios e depois tinha derrotado e acabado com o exército egípcio no
Mar Vermelho. A lição que aprenderam da salda de Israel do Egito é que Deus
sempre vence e cumpre o Seu propósito, apesar da oposição do homem (v. 6). O
conselho dos sacerdotes de Dagom é bom ainda hoje para os que estão resistindo a
Deus.

OS FILISTEUS PROCURARAM DEVOLVER A ARCA DO SENHOR DA ME-


LHOR MANEIRA POSSÍVEL
Disseram: "Agora, pois, fazei um carro novo" (v. 7). Eram pagãos e não sa-
biam que Deus tinha dado instruções para que somente os levitas carregassem a
arca. Os filisteus não tinham levitas, mas fizeram o melhor possível para a arca re-
tornar a Israel.
OS FILISTEUS QUERIAM PROVA QUE O DEUS DE ISRAEL É O DEUS VI-
VO E PODEROSO E QUERIAM SABER SE ELE MESMO ESTAVA CASTIGANDO
O POVO OU SE O CASTIGO VIERA POR ACASO. Resolveram fazer uma experiên-
cia na maneira de a arcar retornar para os israelitas. Tomaram duas vacas com as
crias, sobre as quais ainda não se tinha posto jugo, o que foi uma aventura, porque
não eram amansadas. Ataram as vacas ao carro novo, prenderam os bezerros e
soltaram as vacas puxando o carro que carregava a arca. Os filisteus escolheram o
destino do carro e disseram: "Reparai: se subir pelo caminho rumo do seu território
a Bete-Semes, foi Ele que nos fez este grande mal; e, se não, saberemos que não
foi a Sua mão que nos feriu; foi casual o que nos sucedeu" (v. 9).
Segundo os seus instintos, as vacas voltariam para os seus bezerros; porém,
contra a sua própria natureza, elas se encaminharam, sem desviar-se do caminho,
- 22-
diretamente para Bete-Semes. Os príncipes dos filisteus foram atrás delas até Bete-
Semes e presenciaram tudo; então voltaram para a sua terra sabendo que o castigo
viera pela mão de Deus. Por meio das experiências pelas quais passaram com arca
do Senhor, os filisteus aprenderam o temor do Senhor.

A ATITUDE DO POVO DE BETE-SEMES PARA COM A PRESENÇA DO SE-


NHOR
Bete-Semes pertencia a Israel e estava situada na fronteira com a terra dos fi-
listeus. A arca do Senhor no carro novo, puxado por uma junta de vacas, chegou a
Bete-Semes no tempo da sega, quando todos estavam no campo, colhendo trigo.
Quando avistaram a arca do Senhor, se alegraram. Não havia ninguém guiando as
vacas para aquele lugar, pois realmente o destino tinha sido escolhido por Deus
e foi Ele que guiou até aquele lugar, onde havia uma grande pedra. O que aconte-
ceu naquela pedra é uma ilustração de como o pecador pode ficar livre do castigo
por causa do seu pecado e de como pode ser salvo.
Duas vezes menciona-se a pedra e lemos: "Parou ali onde havia uma grande
pedra" (v. 4) e "a grande pedra sobre a qual puseram arca do Senhor está até ao
dia de hoje no campo de Josué, o bete-semita" (v. 18). Bete-Semes era um cidade
dos sacerdotes de Deus e a primeira cousa que fizeram foi fender a madeira do
carro e ofercer as vacas ao Senhor em holocausto. É pelo sacrifício do Senhor Je-
sus na cruz que há salvação. Em seguida, a arca foi colocada sobre a rocha. A arca é
figura de Cristo, pois só por Ele o pecador pode se aproximar de Deus; enquanto a
rocha é símbolo da firmeza e da confiança que encontramos em Deus. Estes são os
temas do cântico de Ana, quando ela afirmou: "Porq~uanto me alegro na Tua salva-
ção. Não há santo como o Senhor; porque não há outro além de Ti e rocha não há,
nenhuma, como o nosso Deus" (1? Samuel 2.1 e 2).

A ARCA DO SENHOR EM BETE-SEMES


A chegada da arca a Bete-Semes foi motivo de grande alegria; porém, pela
atitude dos homens de Bete-Semes para com a arca do Senhor, em lugar de ale-
gria, houve julgamento e tristeza. Feriu o Senhor os homens de Bete-Semes por-
que olharam para dentro da arca do Senhor. Ninguém devia olhar para dentro da
arca, nem o sumo sacerdote. A arca era símbolo da presença de Deus, pela qual
Deus exigia respeito e santidade. Os setenta»homens de Bete-Semes que morreram
deviam ter sabido a respeito da santidade de Deus, mas, para satisfazer a sua curio-
sidade, desrespeitaram a Sua presença.
Apesar do povo de Israel em Bete-Semes ser o povo de Deus, eles viviam
numa época de grande decadência espiritual. A primeira cousa que precisavam
aprender é o temor de Deus, pois ele é o princípio da sabedoria. "Então diseram os
homens de Bete-Semes: Quem poderia estar perante o Senhor, este Deus santo? e
para quem subirá desde nós?" (v. 20). Mandaram mensageiros ao povo de Quiria-
te-Jearim e este veio e levou a arca do Senhor à casa de Abinadabe e Eleazar, seu
filho, foi consagrado para que guardasse a arca do Senhor (7.1 ).

-23-
Lição N2 10
MISPA E EBENÉZER
Leitura: 1° Samuel 7.2 a 17

O melhor comentário na introdução desta lição são as palavras do apóstolo


Pedro: "Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se
primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao Evangelho
de Deus?" (1? Pedro 4.17). A Casa de Deus, o tabernáculo, foi armado por Josué
em Silo (Josué 18.1), mas, mais tarde, os sacerdotes, filhos do sumo sacerdote Eli,
•profanaram a Casa dê Deus para satisfazer seus próprios desejos e apetites.
O profeta Jeremias, ao revelar que o julgamento de Deus caiu sobre Silo, es-
creveu palavras que foram citadas pelo Senhor Jesus quando Ele purificou o tem-
plo (Mateus 21.13). "Será esta casa que se chama pelo Meu nome um covil de sal-
teadores aos vossos olhos? Eis que Eu, Eu mesmo, vi isto, diz o Senhor" (Jeremias
7.11). No versículo seguinte, ele chama a atenção do povo da sua época para o jul-
gamento do Senhor que caiu sobre Silo. "Mas ide agora ao Meu lugar, que estava
em Silo, onde, no princípio, fiz habitar o Meu nome, e vede o que lhe fiz por causa
da maldade do Meu povo de Israel" (Jeremias 7.12). Jeremias também profetizou:
"Até aqui não Me ouvistes, então farei que esta casa seja como Silo e farei desta ci-
dade [Jerusalém] maldição para todas as nações da terra"(Jeremias 26.6). Prova-
velmente Silo foi destruída quando os israelitas foram derrotados pelos filisteus e a
arca de Deus tomada e levada ao templo de Dagom.

SABEMOS QUE DEUS ABANDONOU O SEU TABERNÁCULO


O salmista escreveu: "Deus ouviu isso e se indignou e se aborreceu de Israel.
Por isso abandonou o tabernáculo de Silo, a tenda da Sua morada entre os ho-
mens, e passou a arca da Sua força ao cativeiro e a Sua glória à mão do adversário"
(Salmo 78.59 a 61). O tabernáculo, depois que saiu de Silo, foi armado em Nobe (l9
Samuel 21.1) e depois em Gibeon (l9 Crónicas 21.29). A última vez que lemos do
lugar dele foi quando o rei Salomão o guardou no templo (19 Reis 8.4).
A arca não voltou a Silo, mas foi levada à casa de Abinadabe em Quiriate-
Jearim, onde ficou muito mais do que vinte anos; mas, vinte anos depois, houve
um grande despertamento espiritual em Mispa. Samuel deve ter saído de Silo antes
da destruição da cidade, mudando-se para a sua terra natal, para a cidade de Rama,
dez quilómetros ao norte de Jerusalém. "De ano em ano ele fazia uma volta, pas-
sando pelas cidades de Betei, Gilgal e Mispa e julgava a Israel em todos esses lu-
gares" (1° Samuel 7.16). Samuel talvez tivesse uns trinta anos de idade quando a
arca de Deus foi capturada pelos filisteus e agora, vinte anos depois, ele alcança um
sucesso e uma vitória muito grandes.

A GRANDE VITÓRIA DE SAMUEL EM MISPA E A VOLTA DO POVO PARA


DEUS FOI UM GRANDE ACONTECIMENTO
NO ENTANTO, ISTO FOI PRECEDIDO POR VINTE ANOS DE PREPARA-
ÇÃO. É interessante notar como se descreve o período de vinte anos antes do po-
vo voltar para Deus em Mispa: "Tantos dias se passaram que chegaram a vinte
anos" (7.2). Este período começou com o julgamento de Deus sobre os Kderes reli-
giosos Hofni e Finéias, falsos servos, e também sobre o povo idólatra e rebelde a

- 24-
Deus.
Por causa da sua infidelidade a Deus, o povo era derrotado e o seu país do-
minado pelos filisteus. No passado, Deus era tudo para aquele povo e a sua pros-
peridade e proteção dependiam dEle, mas agora Deus se afastou do povo de Israel
porque não podia suportar um povo rebelde, idólatra e imoral. Passaram-se vinte
anos tristes, em que o povo ceifava o que tinha semeado.

A TAREFA DE SAMUEL FOI MUITO GRANDE E DIFÍCIL


O povo estava completamente afastado de Deus e ignorante dEle, porém
Deus levantou um profeta para fazer este serviço de fazer retornar o povo para
Deus. MISPA é o símbolo do seu serviço. O sentido da palavra Mispa é "Torre de
atalaia", onde os vigilantes davam avisos em relação ao inimigo. Está situada na
região montanhosa de Benjamim, ao norte de Jerusalém. O serviço de Samuel foi
de VIGILANTE, ADVERTINDO O POVO DOS GRANDES PERIGOS.
ELE OROU PELO SEU POVO. Orar e vigiar é também o nosso dever. Samuel
perseverava em oração e por vinte anos esperou a resposta de Deus. Ele não desa-
nimou, pois, como profeta, comunicava as mensagens de Deus ao povo. "O Senhor
era com ele e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra" (1 ° Samuel
3.19).
O PRIMEIRO RESULTADO DO SERVIÇO DE SAMUEL FOh "E toda a casa
de Israel dirigia lamentações ao Senhor" (v. 2). Levou muito tempo, mas, por fim, o
povo sentiu a falta de Deus e viu a tolice do seu procedimento. Isto quer dizer que
Israel já estava buscando a Deus.

Samuel preparou o povo para voltar a Deus, através de três exortações prin-
cipais:
(2) "TIRAI OS DEUSES ESTRANHOS" (v. 3). Deus não tolera a idolatria.
(2) "PREPARAI O CORAÇÃO AO SENHOR" (v. 3). Eles fizeram isto em Mis-
pa.
(3) "SERVI A ELE SÓ" (v. 3). Samuel não apenas fez exigências, mas também
deu uma promessa: "E Ele vos livrará da mão dos filisteus".

"SERVI A ELE SÓ"


É a mensagem de outros servos de Deus e do Senhor Jesus. Josué, ao fazer a
despedida final do seu povo, disse-lhe: "Porém, se vos parece mal servir ao Se-
nhor, escolhei hoje a quem sirvais... Eu e a minha casa serviremos ao Senhor" (Jo-
sué 24.14). Elias, ao chegar ao monte Carmelo, desafiou o povo de Israel com estas
palavras: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, se-
gui-O; se é Baal, segui-o" (l9 Reis 18.21).

O ENSINO DO SENHOR JESUS É: "Ninguém pode servira dois senhores;


porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro; ou se devotará a um e des-
prezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Mateus 6.24). O ídolo
mais popular hoje em dia é o materialismo. Não se pode servir a Deus e às rique-
zas.
Os filhos de Israel obedeceram a Samuel e "tiraram dentre si os baalins e os
astarotes e serviram só ao Senhor" (v. 4).
- 25 -
SAMUEL CONVIDOU O POVO A CONGREGAR-SE EM MISPA
Ali ele orou pela nação. Nas suas exigências ao povo, Samuel havia dito:
"Preparai o vosso coração ao Senhor" (v. 3). No dia em que se congregaram em
Mispa mostraram. que tinham preparado o seu coração para o Senhor. Primeira-
mente, PELO SEU ARREPENDIMENTO. "Derramaram água perante o Senhor". O
povo, acostumado a interpretar símbolos, externou o seu sentimento de arrepen-
dimento desta maneira. Em segundo lugar, confessaram o seu pecado. "Ali disse-
ram: Pecamos contra o Senhor". O seu pecado principal foi de revolta contra
Deus. O homem chega a Cristo como um pecador. Não confessa todos os seus pe-
cados porque são muitos e é impossível lembrar-se deles; porém, precisa da con-
fissão: "Eu pequei". O crente que comete um pecado precisa mencionar e confessar
aquele pecado na presença de Deus. "Se confessarmos os nossos pecdos, Ele é fiel
e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1- João 1.9).
NA HORA DA ALEGRIA PELO RETORNO A DEUS, O INIMIGO ATACA. Os
filisteus, seus inimigos, ouvindo que o povo estava reunido em Mispa, subiram
contra Israel. O povo, subjugado pelos filisteus, não estava em condições de com-
bater o exército filisteu.

OS ISRAELITAS ENCONTRAM-SE NUM APERTO


Temeram e pediram que Samuel orasse por eles: "Não cesses de clamar ao
Senhor nosso Deus por nós, para que nos livre das mãos dos filisteus" (1? Samuel
7.8). Em resposta ao pedido do povo, Samuel fez duas cousas que significam para
nós o caminho da vitória.
VITÓRIA PELO SANGUE DO CORDEIRO. Samuel ofereceu um cordeiro co-
mo sacrifício.
VITÓRIA PELA ORAÇÃO. A resposta veio logo: "Clamou Samuel ao Senhor
por Israel e o Senhor lhe respondeu" (v. 9). Quando os filisteus chegaram/trove-
jou o Senhor aquele dia" de tal maneira que os filisteus ficaram apavorados, "de tal
modo que foram derrotados diante dos filhos de Israel" (v. 10).

QUE DATA INESQUECÍVEL!


O povo de Israel voltou para Deus (v. 6). Deus o livrou dos seus inimigos (v.
13) e deu paz à nação (v. 14). Para celebrar as bênçãos daquele dia, Samuel colocou
uma pedra "entre Mispa e Sem e lhe chamou EBENÉZER e disse: ATÉ AQUI NOS
AJUDOU O SENHOR" (v. 12).

Lição N 5 11
QUEREMOS UM REI
Leitura: 12 Samuel 8.1 a 22

U governo da nação de Israel até o evento que vamos estudar nesta lição era
teocracia, isto é, o governo de Deus. É o governo perfeito, mas o povo falhou e, ao
invés de reconhecer a sua desobediência ao governo divino, eles preferiram mudar
para monarquia, isto é, o governo de um rei.

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COMO DEUS GOVERNAVA O SEU POVO?
Em primeiro lugar. Deus deu as Suas ordens por intermédio de Moisés, o
profeta, e este as anunciou ao povo, a quem deu a Lei. Deus decretou os manda-
mentos para todos os setores da vida da nação - leis civis e militares. Leis quanto à
adoração de Deus, saúde pública, relações no lar e também com outras nações, etc.
O fato é que Deus governava todo aspecto da vida da nação e, qualquer problema
que surgisse e que não pudesse ser resolvido pelos mandamentos, Moisés procu-
rava a solução com Deus. "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor".
Depois da morte de Moisés e de Josué houve um período muito triste de
afastamento do povo de Deus, que seguiu a idolatria. A idolatria é degradante e
atrasa qualquer nação e, quando Israel se afastou do Senhor, então o Senhor se
afastou dele. Israel logo descobriu que, deixado aos seus próprios recursos, encon-
trava-se em apuros e foi subjugado pelas outras nações. Clamaram ao Senhor e Ele
enviou os juizes para libertar o Seu povo. Deus também se comunicava pelo sacer-
dócio, porém, como o sacerdócio era hereditário, o filho herdava o direito de ser
sacerdote. Quando de bons pais nasceram filhos ruins e pervertidos, estes corrom-
peram o sacerdócio, como no caso dos filhos de Eli. Deus suscitou os juizes e estes
não herdaram a posição dos pais. Portanto, Samuel não aprendeu as lições do pas-
sado e escolheu seus filhos para serem juizes em seu lugar. Mas estes não segui-
ram o exemplo do pai. Cometeram três males: "Eles se inclinaram à avareza, acei-
taram subornos e perverteram o direito" (1? Samuel 8.3). Não deu certo.
O homem não se torna profeta por herança recebida do pai, porque o profeta
é um homem preparado e escolhido por Deus para este serviço. O trabalho de Sa-
muel foi bom e ele alcançou bom êxito, mas o povo não queria mais um profeta,
antes pediram um rei como o tinham as outras nações. Isto não resolve o problema
porque um bom rei pode ter um filho mau e este herda o trono, o que aconteceu
mais tarde na história de Israel. Os israelitas rejeitaram os profetas levantados por
Deus para comunicar a mensagem de Deus a eles. Samuel ficou muito desaponta-
do cem o desejo do povo e sentiu-se rejeitado pela nação a quem ele tanto ajudara.
SAMUEL OROU AO SENHOR. Pela resposta, Samuel descobriu que ele não
tinha sido o único, nem o principal, a ser rejeitado, porque Deus disse: "POIS NÃO
TE REJEITARAM A Tl, MAS A MIM, PARA EU NÃO REINAR SOBRE ELES" (1?
Samuel 8.9). É UM MAL MUITO ANTIGO E TAMBÉM MODERNO. A MAIORIA
NÃO QUER O GOVERNO DE DEUS NA SUA VIDA. A história do mundo é a his-
tória do homem rebelando-se contra Deus e o Seu governo.
O GOVERNO DE DEUS É IDEAL e Deus, na Sua mensagem a Samuel, revela
porque não funcionou. A falha não era de Deus, mas do povo. Disse Deus: "Segun-
do todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até hoje, pois a
Mim Me deixaram e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti" (1e Sa-
muel 8.8).

SERÁ QUE A MONARQUIA É MELHOR QUE A TEOCRACIA?


De forma alguma. Pela maneira como Deus executou o Seu plano, cuidou do
Seu povo e demonstrou paciência no Seu trato com ele, podemos afirmar que nin-
guém tem melhor propósito do que Deus. Será que um rei poderia fazer o que
Deus fez pelo Seu povo? Qual o rei que poderia ter libertado Israel da escravidão •
do Egito? Ou que poderia ter aberto caminho no Mar Vermelho? Ou que poderia
-27-
ter derrotado os egípcios no Mar? Ou que poderia ter sustentado aquele povo no
deserto por quarenta anos e depois levá-lo para a Terra Prometida? Só Deus.

SERÁ QUE O PROCEDIMENTO DO POVO SERIA MELHOR SE GOVERNADO


POR UM REI AO INVÉS DE GOVERNADO POR DEUS?
Pela história da monarquia sabemos que cousas horríveis foram cometidas e,
apesar das advertências e dos avisos dos profetas, os reis e o povo se afastaram de
Deus e tornaram-se uma nação de idolatria e de costumes inconvenientes e abomi-
náveis. Chegou-se ao ponto de Deus ver-se obrigado a deixar as outras nações le-
varem o povo para o cativeiro, destruindo o templo e a cidade e empobrecendo o
país.

O POVO DE ISRAEL QUERIA SER COMO AS OUTRAS NAÇÕES


Este não foi o plano de Deus. Ele escolheu Abraão e os seus descendentes
não apenas para serem uma grande nação, mas também PARA SEREM UM POVO
DIFERENTE.

COMO ISRAEL FOI ESCOLHIDO PARA SER UM POVO DIFERENTE?


(1) PARA CONHECER E ADORAR O DEUS VERDADEIRO e não adorar ído-
los, como os pagãos.
(2) DEUS PROMETEU FAZER DE ISRAEL UMA NAÇÃO que seria urr.a bên-
ção para as outras (Génesis 12.2 e 3).
(3) DEUS HAVIA DE ORIENTAR E GOVERNAR O POVO pelas Suas ordens e
mandamentos.
(4) SERIA UM POVO SANTO, SEPARADO DAS OUTRAS NAÇÕES EXCLU-
SIVAMENTE PARA DEUS (Levítico 11.44 e 45). Ainda assim, o povo ficou rebelde e
clamou: "Queremos um rei para nos governar, como o têm as outras nações" (19
Samuel 8.5). Desprezaram os grandes privilégios que Deus lhes dava.
Nós condenamos o povo de Israel do passado, mas será que esquecemos dos
nossos grandes privilégios e de nossa posição na Igreja de Cristo? A palavra grega
traduzida "igreja" significa "chamado para fora". Alguém, ao crer em Cristo como
Salvador, é chamado do mundo e do pecado para pertencer exclusivamente a
Deus. Torna-se "santo", isto é, separado do mundo para Deus. O crente está no
mundo, mas não é do mundo. O apóstolo Pedro escreveu: "Vós, porém, sois raça
eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim
de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua mara-
vilhosa luz; vós, sim, que antes não éreis povo, mas agora sois povo de Deus" (1?
Pedro 2.9 e 10).
No versículo 10, Samuel fielmente referiu "todas as palavras do Senhor ao
povo" e no versículo 21 "todas as palavras do povo as repetiu perante o Senhor".
Deus deu ordem para atender a voz do povo, mas, ao mesmo tempo, era necessá-
rio adverti-lo quanto aos direitos do rei. A advertência encontra-se nos versículos
1 1 a 18. Ao invés do povo servir a Deus voluntariamente, como na construção do
tabernáculo, o rei haveria de colocar um jugo pesado no povo. Deus dava tudo ao
povo, mas o rei havia de tomar o melhor para ele mesmo (w. 14 a 17).
Apesar desta advertência, "o povo não atendeu à voz de Samuel e disse: Não,
mas teremos um rei sobre nós" (v. 19).

- 28-
No versículo 18, Deus deu ao povo mais um aviso: "Naquele dia clamareis
por causa do vosso rei que houverdes escolhido, mas o Senhor não vos ouvirá na-
quele dia" (v. 18). Há orações que Deus não ouve e, portanto, não atende. Não
atendeu o pedido de Moisés (Deuteronômio 3.25 e 26). O rei Saul consultou ao Se-
nhor, porém Este não lhe respondeu (1? Samuel 28.6).
Deus deu permissão a Samuel para estabelecer um reino: "Então o Senhor
disse a Samuel: Atende à sua voz e estabelece-lhe um rei. Samuel disse aos filhos
Israel: Volte cada um para a sua cidade" (8.22). Deus não obriga ninguém a fazer a
Sua vontade. Sabemos que a vontade de Deus é melhor, mas, se alguém a rejeita,
vai colher as consequências. Existem pessoas que culpam a Deus pela confusão no
mundo, enquanto que a confusão é causada pela sua rejeição da vontade de Deus.
No Novo Testamento, pela vinda do Senhor Jesus, Deus ofereceu o Seu go-
verno a Israel. João Batista, e depois o Senhor Jesus, pregaram: "Arrependei-vos
porque ESTÁ PRÓXIMO O REINO DOS CÉUS" (Mateus 3.2). O reino dos céus é o
governo dos céus aqui na terra. Nós sabemos que Ele virá outra vez para reinar
aqui na terra. Será um reino de prosperidade e de paz, por mil anos. Será um reino
material com bênçãos materiais, mas, na Sua primeira vinda. Ele veio para
trazer o governo espiritual e, pela Sua morte na cruz. Ele quer reinar no coração
humano. Quando Pilatos apresentou Cristo à multidão como Rei, ele disse: "Eis
aqui o vosso rei" (João 19.14). "Eles, porém, clamavam: Fora! Fora! Crucifica-O!"
(19.15). Eles não queriam o governo de Deus na sua vida. Uma cousa é certa: Cristo
quer governar a nossa vida.

Lição N? 12
SAUL
Leitura: 1* Samuel 9.1 a 3, 25 a 27; 10.1 a 8, 17 a 24; 11.1 a 3, 11 a 15

O capítulo 9 começa com a apresentação do primeiro rei de Israel, um moço


alto e bonito, filho de fazendeiro rico, da tribo de Benjamim.

SAUL FOI ESCOLHIDO POR DEUS


E A MANEIRA COMO ISTO FOI REVELADO A SAUL, A SAMUEL E AO PO-
VO DE ISRAEL DEMONSTRA QUE DEUS É O SENHOR DAS CIRCUNSTÂNCIAS.
Aconteceu que Saul e seu companheiro foram buscar as jumentas extraviadas
e este foi o caminho para o reino. Chegaram à cidade de Rama e o companheiro de
Saul lembrou-se que morava ali "um homem de Deus muito estimado; tudo
quanto ele diz, sucede" (9.6). Saul foi consultar o profeta sobre um assunto banal,
porém o que ele ouviu foi de grande importância para Israel.
Então encontraram umas moças que lhes deram notícias do profeta, dizendo
que estava na cidade oferecendo um sacrifício e acrescentaram: "Entrando vós na
cidade, logo o achareis" (9.13). Saul, agora, ao invés de procurar as jumentas, está
procurando o profeta e o profeta também o está procurando.
Um dia antes. Deus tinha dito a Samuel: "Amanhã a estas horas TE ENVIA-
REI um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por príncipe sobre o Meu po-
vo de Israel" (9.15 e 16). Tudo isto não foi por acaso, mas foi a mão de Deus con-
- 29-
trolando as circunstâncias. Deus é o Senhor das circunstâncias, pois foi Deus que
enviou Saul a Samuel.
A primeira honra que Saul recebeu foi quando Samuel o mandou ir adiante
dele ao alto. Foi este um gesto de honra. Quando Samuel revelou que as jumentas
já tinham sido achadas, lhe disse: "E para quem está reservado tudo o que é pre-
cioso em Israel? não é para ti e para toda a casa de teu pai?" (9.20). A resposta de
Saul foi modesta e humilde (v. 21?. Saul foi levado com o seu moço para a sala de
jantar, onde, perante os convidados, lhe foi dado o lugar de honra e a porção espe-
cial do sacrifício. Ao voltar para a sua casa, Samuel e Saul subiram ao eirado e, sem
dúvida, conversaram a respeito do reino.

SAUL, UNGIDO COMO REI


De madrugada, Samuel chamou Saul e ambos saíram, mas, quando chega-
ram è extremidade da cidade, Samuel pediu que o moço passasse para a frente en-
quanto Samuel ungia a Saul e disse: "Não te ungiu o Senhor por príncipe sobre a
Sua herança, o povo de Israel?" (10.1).
A UNÇÃO FOI CONFIRMADA PELO CUMPRIMENTO DE TRÊS SINAIS
profetizados por Samuel. (1) Junto ao sepulcro de Raquel (10.2) encontrou dois
homens que lhe deram notícias que as jumentas tinham sido achadas e que o pai
começava a se afligir pela falta de seu filho. (2) Chegando ao carvalho de Tabor, no
caminho para Betei (vv. 3 e 4) encontrou três homens; um levando três cabritos,
outro com três bolos de pão e outro com um odre de vinho e deram a Saul dois
pães. (3) O terceiro lugar foi em Gibeá-Eloim, que significa Gibeá do Senhor e que
mais tarde foi conhecida como Gibeá de Saul. Realmente, ele estava chegando à
sua casa porque a fazenda de seu pai ficava perto do lugar onde havia uma guarni-
ção de filisteus que, naquele tempo, dominavam a Israel.
Quando Saul virou-se para despedir-se de Samuel lemos que "Deus lhe mu-
dou o coração e todos esses sinais se deram naquele mesmo dia". Não devemos
pensar que fosse uma mudança espiritual. A mudança foi a transformação de Saul
de um trabalhador de fazenda em um rei e líder de seu povo.
Ao chegar a Gibeá, desceu do alto um grupo de profetas precedidos por mú-
sicos tocando os seus instrumentos e foram ao encontro de Saul. Lemos que o Es-
pírito do Senhor se apoderou dele e que ele profetizou no meio deles. Deus deu
o recurso porque pelo Espírito Santo e em obediência à Palavra de Deus ele pode-
ria enfrentar os filisteus e ganhar a vitória. O Espírito Santo se apoderou dele da
mesma maneira que também se apoderou dos juizes. Veio o Espírito sobre Otniel
Uuízes 3.10), sobre Gideão (Juizes 6.34), sobre Jefté (Juizes 11.29). Diversas vezes
o Espírito se apoderou de Sansão (Juizes 14.6; 14.19; 15.14), como também se au-
sentou dele. No Velho Testamento o Espírito se apoderou de certas pessoas para
fazer uma obra física, para libertar o povo dos seus inimigos, mas podia ausentar-
se deles também. Não é assim no Novo Testamento. No dia de Pentecoste, o Espi-
rito do Senhor desceu para tomar o lugar de Cristo, para fazer uma obra espiritual
e para estar com os crentes para sempre (João 14.16 a 18).

SAUL ESCOLHIDO REI PELO POVO


Então Samuel convocou o povo ao Senhor em Mispa. Em seu discurso men-
cionou que o desejo do povo de ter um rei era uma manifestação de sua rejeição de
-30-
Deus. Samuel fez chegar todas as tribos e, por sorte, foi indicada a tribo de Benja-
mim, a família de Saul e, por fim, o próprio Saul. Samuel precisou perguntar a
Deus onde estava Saul. Este foi trazido perante o povo e foi grandemente aplaudi-
do porque era um homem de boa aparência e muito mais alto do que o resto do
povo. Samuel exclamou: "Vedes a quem o Senhor escolheu? Pois em todo o povo
não há nenhum semelhante a ele. Então todo o povo rompeu em gritos, exclaman-
do: Viva o rei" (10.24). Desta maneira o rei foi aceito pelo povo.

Apesar disto, Saul não começou a reinar, mas foi para casa e com ele um
grupo de homens cujos corações Deus tocara (v. 26), porém os filhos de Belial o
desprezaram e disseram: "Como poderá este homem salvar-nos?" Por que ele não
começou a reinar? O QUE ESTAVA FALTANDO? Faltou a resposta aos filhos de
Belial que tinham perguntado: "COMO PODERÁ ESTE HOMEM SALVAR-NOS?"
(v. 27). Faltava-lhe uma grande vitória sobre os inimigos do povo de Israel.

NO CAPÍTULO 11 CONTA-SE A HISTÓRIA DA PRIMEIRA VITÓRIA DE SAUL


E COMO ELE FOI PROCLAMADO REI
Chegou a oportunidade para mostrar a sua qualidade de liderança. Chegou a
notícia muito triste que Naás, amonita, tinha sitiado Jabes-Gileade, uma cidade ao
leste do Jordão, e estava exigindo como condição de paz que fosse vazado o olho
direito do povo de Jabes-Gileade. O povo pediu prazo de sete dias e enviou men-
sageiros a todo Israel. Saul voltava do campo atrás dos bois, quando ouviu o povo
chorar pelas notícias. Agora tinha chegado a hora para mostrar as qualidades do
rei. O Espírito do Senhor se apossou de Saul e este tomou uma junta de bois, cor-
tou-os em pedaços e os enviou a todos os territórios de Israel com esta ameaça:
"Assim se fará aos bois de todo aquele que não seguir Saul e Samuel. Então caiu o
temor do Senhor sobre o povo e saíram como um só homem" (11.7). Em Bezeque
Saul dividiu o exército em três companhias que marcharam durante a noite, che-
gando a Jabes na vigília da manhã, entre 2 e 6 horas da manhã, e feriu e derrotou
os amonitas. Os israelitas ganharam uma grande vitória e o povo de Jabes-Gileade
foi salvo.
Na hora da vitória Saul mostrou boas qualidades. Perdoou os que falaram:
"Como poderá este homem salvar-nos?". No princípio, quando ouviu estas pala-
vras, "Saul fez-se surdo" (10.27). Agora o povo queria matá-los. Porém Saul disse:
"Hoje ninguém será morto, porque no dia de hoje o Senhor salvou a Israel" (11.13).
O resultado da vitória foi a proclamação de Saul como Rei (11.14 e 15).

Samuel chamou o povo para renovar o reino em Gilgal, um dos lugares his-
tóricos de Israel. "E todo o povo partiu para Gilgal, onde proclamaram a Saul seu
rei perante o Senhor, a cuja presença trouxeram ofertas pacíficas e Saul muito se
alegrou ali com todos os homens de Israel" (11.15). Saul já tinha sido ungido.
Agora era escolhido rei pelo povo PORQUE O DIREITO DE REINAR É PELA VI-
TÓRIA SOBRE OS INIMIGOS.

Cristo, em relação à Sua Igreja, é chamado "o cabeça" e "o Senhor". En-
quanto o rei governa o reino, o Senhor governa a Igreja e tem o direito de governar
a vida de cada crente.

-31 -
QUAL É O DIREITO OE JESUS CRISTO DE GOVERNAR A MINHA VIDA E
DE SER MEU SENHOR?
É pelo direito de sua vitória sobre os Seus inimigos pela Sua morte na cruz e
pelo triunfo da Sua ressurreição. O apóstolo Pedro, no dia de Pentecoste, declarou:
"Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus que vós
crucificastes, DEUS O FEZ SENHOR E CRISTO" (Atos2.36).

Lição N5 13
A PRESTAÇÃO DE CONTAS
Leitura: 12 Samuel 12.1 a 25

Os dois últimos versículos do capítulo onze resgistram a inauguração da mo-


narquia em Israel, quando o povo foi convocado a Gilgal e Saul foi proclamado rei.
A época dos juizes terminara e Samuel, o último dos juizes, estava ao lado de Saul,
o primeiro dos reis, para entregar o seu cargo de juiz e para entregar a sua mensa-
gem de despedida ao povo. Ele ainda é sacerdote e profeta e agora, como profeta,
vai continuar o seu serviço entre o povo.
Samuel começa com estas palavras do capitulo 12: "Então disse Samuel a to-
do o Israel" e a mensagem dele foi solene. Ele se referiu a Saul como o líder do
futuro: "Agora, pois, eis que tendes o rei à vossa frente".

SAMUEL PRESTA CONTAS DE SUA ADMINISTRAÇÃO


Quando ele ouviu a voz de Deus, pela primeira vez, disse: "Eis-me aqui" (3.4)
e foi uma chamada para um ministério excelente; agora, na presença de Deus, ele
diz mais uma vez: "Eis-me aqui", mas agora é para prestar contas do serviço para o
qual foi chamado.
Chamou o povo a testificar contra ele se, de fato, tivesse aproveitado da sua
posição como juiz. Ele perguntou: "De quem tomei o boi? de quem tomei o ju-
mento? a quem defraudei? a quem oprimi? e das mãos de quem aceitei suborno
para encobrir com ele os olhos? e vo-lo restituirei" (v. 3). O povo concordou que a
sua administração fora honesta e ninguém tinha queixa contra ele.
Um fato que Samuel frisou é que não somente o povo, mas também Deus, ti-
nha sido testemunha da sua vida e ele fez a prestação de contas na presença de
Deus.
Depois do arrebatamento da Igreja cada crente terá de prestar contas perante
Cristo pela administração de sua vida e do seu serviço aqui na terra. O apóstolo
Paulo escreveu: "Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal
de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por
meio do corpo" (2? Corfntios 5.10). Não se trata da salvação da alma, mas sim, da
prestação de contas da nossa vida e do nosso serviço para Cristo. "Se permanecer a
obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a
obra de alguém se queimar, sofrerá dano; mas esse mesmo será salvo, todavia,
como que através do fogo" (15 Corfntios 3.14 e 15).
A segunda parte do discurso de Samuel ocupa-se com os feitos de Deus co-
-32-
mo o Rei do povo de Israel no passado e o procedimento dos israelitas e a sua in-
gratidão pelas muitas vezes que Deus os libertou. Depois de mencionar a grande li-
bertação da escravidão do Egito, ele acusa o povo de ingratidão a Deus, pois "es-
queceram o Senhor seu Deus" (v. 9). Ainda assim, cada vez que eles se afastaram
de Deus e ficaram em apuros pela opressão dos inimigos clamaram ao Senhor e
Ele os atendeu e os libertou mediante os juizes Gideão, Baraque, Jefté e Samuel.
Portanto, ele falou não somente da fidelidade de Deus no passado, mas afirmou
que Ele seria fiel no futuro, apesar do fato que o Senhor fora rejeitado como go-
vernador do Seu povo.
Mais uma vez Samuel, tendo Saul ao seu lado, disse ao povo: "Agora, eis aí o
rei que elegestes e que pedistes e eis que o Senhor vos deu um rei" (v. 13).

A RECEITA DA FELICIDADE DA NAÇÃO (v. 14)


(1)0 temor do Senhor. (2) Servir ao Senhor. (3) Atender à Sua voz. (4) Não se
rebelar ao mandado do Senhor. (5) Seguir ao Senhor e "BEM SERÁ". E ainda lhes
diz que, se não seguissem este conselho, "a mão do Senhor será contra vás outros
como o foi contra vossos pais" (v. 15)..
Nos versículos 16 a 18 houve UMA DEMONSTRAÇÃO DO PODER DE DEUS
E DO PODER DA ORAÇÃO DE SAMUEL.
A estação não era de tempestades, mas Samuel clamou ao Senhor para dar
trovões e o Senhor deu trovões naquele dia "pelo que todo o povo temeu em
grande maneira ao Senhor e a Samuel" (v. 18). Estavam com medo de morrer e
sentiram o seu pecado em ter pedido um rei. Pediram que Samuel rogasse a Deus
por eles. Com certeza eles sabiam o poder das orações de Samuel, pois desde que
o conheceram a oração era uma constante em sua vida. Pelo susto que o povo pas-
sou, Samuel aproveitou a oportunidade para dar CONSELHOS QUANTO AO FU-
TURO E TAMBÉM DEU UMA PROMESSA.
Em primeiro lugar, ele conforta o povo: "Não temais", O primeiro conselho é
"não vos desvieis de seguir ao Senhor, mas servi ao Senhor de todo o vosso cora-
ção". Tão importante é este conselho que ele explica no versículo 21: "Não vos
desvieis; pois seguirteis cousas vãs, que nada aproveitam, e tampouco vos podem
livrar, porque vaidade são" (v. 21).
A PROMESSA encontra-se no versículo 22.

O PECADO DE OMISSÃO
Ao ouvir os trovões, o povo pediu que Samuel orasse por eles. Samuel res-
pondeu: "QUANTO A MIM, LONGE DE MIM QUÊ EU PEQUE CONTRA O SE-
NHOR, DEIXANDO DE ORAR POR VÓS; ANTES VOS ENSINAREI O CAMINHO
BOM E DIREITO" (v. 23).
Para Samuel seria um pecado deixar de orar pelo povo. Este pecado chama-
se o pecado de omissão. Se nos omitimos em fazer o que deveria mós fazer, come-
temos pecado. E costume pensar que pecado é aquilo que o homem faz, mas tam-
bém pode ser pecado o que o homem deixa de fazer. Tiago declarou: "PORTAN-
TO, AQUELE QUE SABE QUE DEVE FAZER O BEM E NÃO O FAZ, NISSO ESTÁ
PECANDO" (Tiago 4.17).
No Velho Testamento encontram-se exemplos desse fato. Em Salmo 78.9
lemos a respeito da covardia dos filhos de Efraim que, "embora armados de arco,

- 33-
bateram retirada no dia do combate". No cântico de Débora há uma maldição con-
tra os moradores de Meroz: "Amaldiçoai duramente os seus moradores porque
não vieram em socorro do Senhor e dos Seus heróis" (Juizes 5.23). Aquela região
de Rama e Mispa.também nos fornece uma ilustração da responsabilidade de um
atalaia ou vigilante. Havia torres de vigilantes onde os atalaias davam aviso quando
se aproximava o inimigo ou qualquer outro perigo. Se o vigilante falhasse no seu
dever, ele seria o responsável. Os profetas se colocaram como atalaias para entre-
gar as mensagens de Deus e para avisar ao povo a respeito dos grandes perigos
espirituais e morais. Nós sabemos que Samuel cumpriu fielmente o seu dever para
com o povo de Israel.
No Novo Testamento há ensinos e advertências quanto ao pecado de omis-
são. Como atalaias, nós temos a responsabilidade de avisar ao povo dos perigos
espirituais, especialmente do perigo de rejeitar o Senhor Jesus. O Senhor propôs a
parábola de um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e con-
fiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, segun-
do a sua capacidade e então partiu. Quando voltou ele ajustou contas com seus
servos. O servo com cinco talentos ganhara mais cinco e o de dois mais dois, mas
aquele que recebeu um único talento disse ao seu senhor. "Receoso, escondi na
terra o teu talento; aqui tens o que é teu". A resposta do seu senhor foi dura: "Ser-
vo mau e negligente". O talento foi tirada dele e dado ao que tinha dez (Mateus
25.14 a 30).
Tudo que temos recebido de Deus - a nossa vida, os bens e os dons - temos
a responsabilidade de usar para a glória de Deus.

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-34-
PROVAS DE
"SAMUEL"

INSTRUÇÕES: Depois de ter estudado a lição e os versículos da Bíblia men-


cionados, deve responder às perguntas da prova.

Prova N? 1
SAMUEL
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. Samuel foi:
a) Juiz, sacerdote e profeta.
b) Juiz e profeta, mas não sacerdote.
c) Juiz e sacerdote, mas não profeta. _~~_.
2. O profeta é chamado "vigilante" (ou um sinónimo) nas profecias de:
a) Isafas, Jonas e Malaquias.
b) Isaías, Jeremias e Ezequiel.
c) Jeremias, Ezequiel e Daniel. ....„„,.
3. Segundo a lição, no lar de Elcana:
a) A sua mulher, Penina, causou os problemas.
b) O próprio Elcana causou os problemas.
c) O maior problema foi a atitude de Ana. _.__
4. O sacrifício que Elcana oferecia de ano em ano era:
a) Um holocausto.
b) Não sabemos, pois a Bíblia não diz.
c) Uma oferta pacífica. .„.__
5. As quatro perguntas de Elcana:
a) Serviram para que Ana se conformasse com a situação.
b) Indicam que Elcana foi um homem piedoso.
c) Foram perguntas tolas. ~~~~
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. Nos dias em que Samuel nasceu o sacerdócio estava corrompido. ___~_
7. Havia decadência geral no começo do livro de Samuel. ~~~-~
8. Os grandes profetas foram chamados exclusivamente para revelar o futuro de
Israel. ____
9. O atalaia era responsável pela obediência dos avisados. .»~~~
10. Samuel foi o primeiro profeta mencionado nas Escrituras. ..........

Prova N* 2
ANA
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. Quando Ana orou:
a) O sacerdote Eli intercedeu por ela.
b) Muitos a ouviram orando.
c) Ela fez um voto. __._.
- 1 -
2. Quando Ana levou Samuel à casa do Sçnhor foi com:
a) Apenas uma oferta para holocausto.
b) Uma oferta para holocausto, de manjares e uma libação.
c) Uma oferta pacífica pelo pecado.
3. Sabemos que Samuel era nazíreu porque:
a) Ana levou um novilho para holocausto.
b) Ele ficou na casa do Senhor com Eli.
c) O cabelo dele não foi cortado. .....
4. Quando Ana levou Samuel para apresentá-lo ao Senhor:
a) Ele estava com 12 anos.
b) Foi logo depois de desmamar.
c) Ele estava com 15 anos. ..........
5. Paulo, em Filipenses 2.17:
a) Compara-se a si mesmo com a libação que acompanhava o sacrifício
principal, que representa o serviço dos filipenses.
b) Compara o serviço dos filipenses com a libação, sendo ele o sacrifício
principal.
c) Compara-se a si mesmo com o efa de farinha que acompanhava o sacri-
fício principal.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. A restauração de Israel a Deus começou com uma mulher. ..........
7. A lição fala de vários lares abençoados e felizes. ..........
8. A oração de Ana foi de coração.
9. Elcana era da tribo de Levi.
10. Ana mostrou ter-se arrependido pelo voto mie tinha feito. ..........

Prova N2 3
O CÂNTICO DE ANA
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. O nome "Senhor dos Exércitos" é usado com mais frequência em:
a) Os livros de Moisés.
b) Alguns livros proféticos.
c) Os Salmos. ..........
2. "Senhor dos Exércitos" significa que Ele é o Senhor:
a) Das hostes celestiais.
b) Sobre os exércitos da terra.
c) Tanto no céu como na terra. ..........
3. Na oração de Ana no capítulo 2:
a) Ela manifestou uma atitude de adoração.
b) Ela só fez um pedido.
c) Ete só pediu para outras pessoas. ..........
4. Os atributos de Deus que Ana reconheceu em sua oração incluem:
a) Paciência e misericórdia.
b) Poder e amor.
c) Santidade, sabedoria e soberania. .„„..„.
5. Um rei mencionado na lição que sofreu julgamento imediato, mas que depois
foi restaurado, foi:
a) Belsazar.
b) Nabucodonosor.
c) Dario. ...^_M
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. Os homens que Deus usou para escrever a Bíblia também foram inspirados ao
dividir o texto em capítulos. . ~.-^.
7. A oração de Ana foi dita depois de apresentar Samuel ao Senhor. „....„..
8. Os nomes e títulos de Deus revelam verdades preciosas a respeito de Sua
Pessoa. „
9. O nome "Senhor dos Exércitos" se encontra pela primeira vez no livro de Jui-
zes. ..........
10. As quatro bênçãos que Ana alcançou são: regozijo no Senhor, força espiri-
tual, vitória e gozo da salvação. ......_..

Prova N? 4
O SENHOR DOS EXÉRCITOS
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. De acordo com a lição, um grande exemplo do cumprimento do verso 4 de 1?
Samuel 2 é:
a) Daniel na cova dos leões.
b) O Êxodo de Israel da terra do Egito.
c) Jonas e o grande peixe. ..........
2. Quando fomos salvos pela graça, através da fé em nosso Senhor Jesus, Deus
nos achou:
a) Em ótima condição moral.
b) Em boa condição espiritual, mas com o físico decaído.
c) No pó e no monturo. ...„.
3. O nome "SENHOR DOS EXÉRCITOS" indica que:
a) Deus domina as forças armadas de todos os países.
b) Deus domina todos os homens.
c) Deus domina todo o Universo.
4. Quando Ana, no verso 10, disse: "Dá força ao seu rei e exalta o poder do seu
ungido", ela estava profetizando:
a) A respeito de Saul.
b) A respeito de Davi.
c) A respeito do Senhor Jesus Cristo. ...-...„
5. Um bom exemplo do julgamento de Deus no passado foi:
a) A queda de Belsazar.
b) O nascimento de Samuel.
c) A morte de Davi. ....„.«.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na tinha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. A atitude de Deus para com o homem depende da atitude do homem para
com Deus. ..„...„.
7. Os descendentes de Eli continuaram sendo sacerdotes, apesar de algumas fa-
inas. „.....„.
8. "O Senhor é que tira a vida e a dá" refere-se à morte e ao nascimento. _.
- 3 -
9. A proteção de Deus para os Seus santos é uma grande mostra do Seu poder.

10. Deus Pai um dia julgará todas as nações. ..—..

Prova N* 5
OU HONRADO OU DESMERECIDO
Escreva uma das tetras (a, b ou cl abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. Segundo a Bfblia, os filhos de Eli eram:
a) Um pouco desobedientes a seu pai.
b) Infiéis para com Deus.
c) Bons líderes. ..........
2. O sacerdote fiel a que se refere o verso 35 é:
a) Samuel.
b) Zadoque.
c) Eleazar.
3. O grande erro de Eli foi:
a) Honrar seus filhos mais do que Deus.
b) Não cuidar bem do serviço do tabernáculo.
c) Não ser um pai amoroso. ..........
4. A pessoa que no capítulo 2 proferiu as palavras contra a casa de Eli foi:
a) Nata.
b) Samuel.
c) Um profeta desconhecido. ..........
5. Pelo exemplo que vemos da casa de Eli, podemos afirmar que:
a) Somente seus filhos eram infiéis.
b) Tanto Eli como seus filhos não andaram corretamente perante o Se-
nhor.
c) Eli era o único culpado pela ruína de sua casa.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. Pelo que aconteceu à casa de Eli, podemos concluir que Deus se preocupa
mais que Lhe ofereçamos sacrifícios do que Lhe sejamos obedientes. ..........
7. 1? Samuel 22.16-19 foi cumprimento do verso 33 e 35 de 19 Samuel capítulo 2.

8. Eli não tinha qualquer culpa pela infidelidade de seus filhos. ..........
9. Deus não se agrada quando chegamos à Sua presença com muitos proble-
mas.
10. E impossível honrarmos a Deus por meio de sacrifícios. ..........

Prova N? 6
"FALA, SENHOR, PORQUE O TEU SERVO OUVE"
Escreva uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. Durante seus primeiros anos de serviço, Samuel foi:
a) Um sacerdote.
b) Um profeta.
c) Um servente do sumo sacerdote.
2. No capítulo 2 de 1 - Samuel, Deus lhe falou através de:
— 4—
a) Um sonho.
b) Uma visão.
c) Um aparecimento pessoal.
3. O sentido do nome "filhos de Belial" é:
a) Idólatras.
b) Filhos de um sacerdote.
c) Homens sem valor.
4. A primeira necessidade do servo de Deus é:
a) Ser sustentado pela igreja.
b) Ser sustentado por Deus.
c) Ouvir a voz de Deus pela Sua Palavra.
5. Samuel foi reconhecido por todo o Israel porque:
a) Era um bom homem,
b) O Senhor estava com ele.
c) Tinha a aprovação de Eli.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. Quando estamos trabalhando para o Senhor, não precisamos estar preocupa-
dos em obedecer a homem algum. ..........
7. Em nossa época, Deus fala conosco por meio da Sua Palavra. ..........
8. Serviços humildes não têm nenhum valor perante Deus, pois Ele quer que de-
sempenhemos funções que os homens valorizam. ..........
9. Precisamos da orientação do Senhor somente para certos setores da nossa vi-

10. Ao ouvir a chamada de Deus pela terceira vez, Samuel respondeu: "Fala, Se-
nhor, porque o Teu servo ouve". ..........

Prova !\ie 7
DESPREZO DA SANTIDADE DE DEUS E AS CONSEQUÊNCIAS
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. A arca ficava no seu devido lugar:
a) No Santo lugar.
b) No Santo dos Santos.
c) Sem nenhum lugar definido. ..........
2. A entrada no Santo dos Santos foi permitida:
a) Aos levitas, com sacrifícios.
b) Aos sacerdotes nos seus turnos de trabalho.
c) Ao sumo sacerdote. ~~~~.
3. O propiciatório era:
a) A tampa da arca.
b) A mesa que suportava a arca.
c) O interior da arca. _...«_
4. A arca foi feita de:
a) Madeira e pedras preciosas.
b) Madeira e ouro.
c) Madeira e prata. .. ...
5. A arca simbolizava:
- 5-
a) A presença dos anjos.
b) Um objeto de adoração.
c) A presença de Deus e a Sua santidade. ~.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) ria linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. A arca é uma figura do Senhor Jesus Cristo: ..........
7. O povo de Israel foi castigado imediatamente por ter tirado a arca de Silo.

8. No julgamento do povo morreram trinta mil homens de Israel. „.


9. Somente os levitas podiam carregar a arca.
10. O povo queria usar a arca para ter sorte na batalha.

Prova N* 8
NÃO HÁ OUTRO DEUS
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. A arca nos ensina a verdade que Deus é:
a) Amor.
b) Santo, justo e soberano.
c) Longânimo. ..........
2. Na presença da arca, Dagon, o deus dos filisteus:
a) Ficou como antes da arca chegar.
b) Desapareceu.
c) Estava caído com o rosta em terra.
3. Os filisteus pensaram que a arca:
a) Podia substituir Dagom.
b) Era apenas uma caixa feita de ouro e madeira.
c) Era um ídolo ou um deus.
4. A presença da arca entre os filisteus provocou:
a) Uma praga desconhecida.
b) A morte do seu gado.
c) Tumores nos filisteus.
5. Dagom, caído com o rosto no chão perante a arca, sendo esta uma figura do
Senhor Jesus, significa:
a) Que ele estava mal colocado.
b) Que foi empurrado.
c) Qual a posição dos inimigos de Deus perante o Senhor Jesus.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. A pergunta: "Que faremos da arca do Deus de Israel?" tem paralelo com Ma-
teus 27.22.
7. Pilatos não teve culpa da morte do Senhor Jesus, pois lavou suas mãos.

8. Os chefes religiosos não fizeram o que era direito com o Senhor Jesus.
9.0 julgamento do Senhor Jesus foi uma perversão da justiça ..........
10. Pilatos não tinha culpa porque ele queria soltar o Senhor Jesus.

-6-
Prova N? 9
O TEMOR D E DEUS
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. A pergunta: "Quem poderia estar perante o Senhor, este Deus santo?" revela
que:
a) Os judeus eram tímidos.
b) Os homens de Bete-Semes não tinham coragem.
c) Importa temer o Senhor e respeitar Sua presença. ._....„
2. Os filisteus reconheceram que:
a) A arca é um objeto perigoso.
b) Há grande bênção na presença da arca.
c) Deus é o Deus vivo. ..........
3. Os filisteus foram aconselhados pelos seus sacerdotes a:
a) Dar glória a Deus.
b) Esquecer-se da arca.
c) Amaldiçoar a Deus. .........
4. Os filisteus foram aconselhados a não endurecer os seus corações como:
a) Os babilónios.
b) Os egípcios.
c) Os assírios. .........
5. Os filisteus devolveram a arca:
a) Num carro novo.
b) Chamando os levitas para a buscar.
c) Carregada nos ombros dos sacerdotes filisteus. ..........
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. O castigo dos filisteus foi uma prova de que Deus é vivo e poderoso.
7. Os filisteus sabiam que somente os levitas podiam carregar a arca.
8. Os filisteus resolveram provar se o que tinha acontecido era castigo de Deus
ou se tinha acontecido por acaso. ..........
9. Foi Ana quem afirmou: "Não há Santo como o Senhor, não há outro além de
Ti, Rocha não há como nosso Deus". ......__
10. O povo de Bete-Semes vivia um período de reavivamento. ..........

Prova N? 10
MISPA E EBENÉZER
Escreva uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentenca.e
escreva-a na linha à direita:
1. Na terra de Israel, o tabernáculo estava armado primeiramente em:
a) Silo.
b) Gibeon.
c) Quiriate-Gearim.
2. A palavra "Ebenézer" significa:
a) O Senhor é fiel.
b) Até quando nos ajudará o Senhor?
c) Até aqui nos ajudou o Senhor.

- 7-
3. Nestes estudos, os israelitas foram derrotados pelos:
a) Filisteus.
b) Moabitas.
c) Egípcios. ~.
4. A arca ficou por vinte anos:
a) Na terra de Zebulom.
b) Em Quiriate-Gearim.
c) Em Asdode.
5. "Mispa" significa:
a) Advertência ao povo.
b) Torre de vingança.
c) Torre de vigilância.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. Os filhos do profeta Elias profanaram a casa de Deus para satisfazer os seus
próprios desejos. ..........
7. A arca ficou mais de vinte anos na casa de Abinadabe. . ....
8. Hofni e Finéias são retratos dos falsos líderes religiosos.
9. Os israelitas eram derrotados sempre que se afastavam de Deus.
10. Uma das exortações dadas por Samuel ao povo era para jogarem fora os fal-
sos fdolos.

Prova N2 11
QUEREMOS UM REI
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. O governo teocrático é aquele exercido:
a) Pelo rei.
b) Por Deus.
c) Pela maioria do povo. ..........
2. O povo, ao recusar o governo teocrático, estava recusando a:
a) Samuel.
b) O rei.
c) Deus.
3. A passagem em que Deus adverte os israelitas que não ouviria as reclamações
deles por causa do rei está em:
a) 1? Samuel 8.6.
b) 1? Samuel 8.18,
c) 1? Samuel 8.22.
4. O tipo de governo deixado pelos israelitas neste estudo foi:
a) A monarquia.
b) A teocracia.
c) A democracia.
5. Quando os anciãos de Israel pediram um rei, Samuel primeiramente:
a) Preparou uma lista de homens qualificados.
b) Advertiu-os, explicando qual seria o direito do rei.
c) Orou ao Senhor.

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Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. Os filhos de Samuel foram fiéis ao Senhor. ..........
7. O povo queria um rei como as outras nações. TTI1I|----
8. O texto nos ensina que, se o pai é bom, os filhos também serão bpns. .^.^..
9. A desobediência dos israelitas foi a causa deles não quererem o governo teo-
crático. .„„„.„
10. A monarquia é melhor do que a teocracia. .-.„«.

Prova N2 12
SAUL
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha â direita:
1. A escolha de Saul como rei de Israel foi feita por:
a) Revelação de Deus.
b) Voto direto do povo.
c) Direito hereditário. ..........
2. Saul era da tribo de:
a) Judá.
b) Benjamim.
c) Jacó. .„.....«
3. Saul saiu de casa porque:
a) Queria ser rei.
b) Estava atrás das jumentas.
c) Queria conhecer a Samuel. ..~._.^
4. Quando Saul soube que tinham sido achadas as jumentas, ele estava:
a) Chegando ao carvalho de Tabor, no caminho para Betei.
b) Em Gibeá-Eloim.
c) Junto ao sepulcro de Raquel. ..........
5. A primeira guerra comandada por Saul foi:
a) Contra os filisteus.
b) Contra os amonitas.
c) Contra os egfpcios. ..........
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa] na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. Saul começou a reinar logo após ser ungido por Saul.
7. Gibeá-Eloim veio a ser chamada Gibeá-Saul.
8. Os filisteus ameaçaram furar o olho direito do povo de Jabes-Gileade.
9. Após a vitória de Saul sobre os seus inimigos, ele mandou matar os filhos de
Belial.
10. Saul usou pedaços da junta de bois para fazer os israelitas lutarem em prol
do povo de Jabes-Gileade. ..........

Prova N? 13
A PRESTAÇÃO DE CONTAS
Escolha uma das letras (a, b ou c) abaixo, que melhor complete a sentença, e
escreva-a na linha à direita:
1. Depois que a Igreja for arrebatada, cada um:

-9-
a) Receberá o seu galardão.
b) Terá seu serviço testado pelo fogo.
c) Terá seus pecados todos expostos.
"2.1Mo capítulo 12, Samuel recordou ao povo:
a) Como seus pais se tinham esquecido do Senhor.
b) Como Deus tinha enviado profetas para os livrar das mãos dos seus
inimigos.
c) A fidelidade dos seus pais.
3. A parábola citada na lição como exemplo do pecado de omissão é a:
a) Dos talentos.
b) Das minas.
c) Dos dois filhos.
4. O povo de Israel temeu ao Senhor quando:
a) Saul foi visto ao lado de Samuel.
b) O Senhor deu trovões e chuva.
c) Samuel falou do mal que Israel tinha feito no passado.
5. Segundo a lição, a receita da felicidade da nação se encontra em 1Ç Samuel:
a) 12.23.
b) 12.19.
c) 12.14.
Escreva a letra V (de Verdadeira) ou F (de Falsa) na linha à direita de cada
uma das afirmações abaixo:
6. Com a inauguração da monarquia em Israel, Samuel entregou o seu cargo de
profeta, mas continuou como juiz.
7. Samuel apresentou Saul ao povo como o novo líder deles.
8. O pecado sempre consiste em fazer algo contra a vontade de Deus. -
9. Somos responsáveis por usar as nossas vidas e tudo o que temos para o Se-
nhor. ..........
10. Segundo o Novo Testamento, só os descrentes terão que prestar contas a
Deus. ..........

_ 10 -
POR FAVOR, ESCREVA SEU NOME E ENDEREÇO COM LETRAS DE FORMA:

NOME:
ENDEREÇO:

REMETA AS PROVAS PARA:

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Fone: (011) 869-3526

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