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• O surgimento da economia

As discussões mais antigas sobre economia datam da época antiga (e.g.


a Artaxastra de Cautília ou o Oeconomicus de Xenofonte). Desde então, até a revolução
industrial, a economia não era uma disciplina separada mas uma parte da filosofia.

• O absolutismo e o Mercantilismo

O período compreendido entre os séculos xvi ao xviii foi marcado por uma política de
governo altamente centralizada e autoritária: o absolutismo. Este momento histórico
caracterizou-se por sua sociedade estamental com baixíssima mobilidade social, em que
o poder estava unicamente nas mãos do rei, além de apresentar uma nobreza e clero
permeados por privilégios cedidos pelo monarca. Em meio a este contexto sócio-político,
a economia baseava-se exclusivamente no mercantilismo. Este sistema representou a
primeira escola econômica, ainda que já houvesse registros tanto da utilização da palavra
economia (oikonomía) como de estudos abordando aspectos da administração privada e
finanças públicas, em textos de aristóteles, platão e xenofonte. O mercantilismo
estruturava-se em torno do acúmulo de metais preciosos com poderosa e constante
intervenção estatal em assuntos econômicos. Tais características estimulavam guerras e
o surgimento de um nacionalismo exacerbado.

• Fisiocracia

Em oposição a isso, surge no século xviii a escola fisiocrata. Tanto quanto o


mercantilismo, objetivava a multiplicação de riquezas; porém, tendo em vista a escassez
de alimentos, não acreditava na regulamentação e intervenção do estado como melhor
meio para alcançá-la. Seria, portanto, o monarca apenas um mantenedor da ordem,
enquanto as riquezas derivariam da terra e as leis, da natureza. A pesca, a lavoura, a
agricultura e tudo aquilo ligado ao natural era priorizado, e seus defensores propunham
uma diminuição no número de trabalhadores ligados ao comércio e às finanças. 

• Liberalismo

Desde o fim do século xvii começam a fomentar, na europa ocidental, correntes de


pensamento contrárias ao poder absoluto do rei, que no século posterior culminariam em
algumas das revoluções mais significativas da história.  E com essas revoluções,
oroginou-se o Liberalismo Econômico, tendo como principal personagem o economista
inglês, Adam Smith, que publicou sua obra, ‘A riqueza das nações”, sistematizando pela
primeira vez os fundamentos da economia, inaugurando o liberalismo econômico. Por fim,
a máquina a vapor, no âmbito tecnológico, simbolizou a entrada à revolução industrial,
fator propulsor para a evolução do pensamento econômico liberal. O liberalismo
econômico, implantado então, transformou profundamente a relação estado-sociedade no
que diz respeitos às transações comerciais. Essa nova doutrina prevê a total abstenção
da regulamentação estatal na economia, já que assumia que uma “mão invisível” regularia
o mercado e a livre concorrência. A liberdade de iniciativa e a especialização dos
trabalhadores deveria prevalecer, pois, segundo smith, o trabalho humano era a causa da
riqueza de uma nação, e deste modo, a produção seria otimizada. O estado garantiria,
portanto, apenas a integridade e a segurança da sociedade.
• Keynesianismo

Em contraponto ao sistema liberal, O Keynesianismo, também chamado de Escola ou


Teoria Keynesiana, é uma teoria político-econômica que defende a intervenção do Estado
na organização econômica de um país. Surgiu na década de 30 do século XX e recebe
esse nome por ter sido elaborado pelo economista britânico John Maynard Keynes (1883-
1946).
O pensamento Keynesiano afirma que o Esyado deve oferecer benefícios sociais aos
trabalhadores, como seguros de saúde, seguro desemprego, salário mínimo, férias
remuneradas, dentre outros.
Nesse sentido, o Estado tem deveres a cumprir para com seus cidadãos, lhes
proporcionando uma vida digna. Essa teoria levou ao surgimento do conceito de Bem-
Estar social. Keynes argumenta que o mercado não é capaz de se regular por si mesmo e
que o Estado deveria participar na economia, através de investimentos, empresas e
regulando o comércio.

• Marxismo

Anos depois, rivalizando com o liberalismo econômico, surge o Marxismo,


fundamentando-se na obra “o capital” de karl marx (1818 – 1883). Para o autor, o capital
decorre do surgimento da burguesia, classe social posterior ao desaparecimento do
feudalismo. Julga-a responsável por apropriar-se da força de trabalho do proletariado,
obrigado a tanto, por ser incapaz de produzir o necessário para sobreviver. Desenvolve,
juntamente a friedrich engels (1820-1895), também, estudos a respeito da apropriação do
excedente produtivo, a mais-valia. Marx conceitua-a como o lucro gerado para o
capitalista a partir do excedente do valor da força de trabalho.
O pensamento marxista está fundamentado no reconhecimento de um sistema de
exploração da classe operária pela burguesia. Fundado por Karl Marx e Friedrich Engels,
o marxismo fundou-se com base em um pensamento socialista já existente na Europa
industrial, a fim de criar uma doutrina amparada pela socialização dos meios de
produção (indústrias) e pela tomada de poder da classe operária, tendo em vista sua
libertação do sistema explorador.
O marxismo começou a ser difundido por meio das obras de Marx e Engels, lembrando
que não foram os autores que criaram o termo “marxismo”, e ganhou força no fim do
século XIX a partir da formação de grandes sindicatos de operários. A expressão maior do
marxismo deu-se com a Revolução Russa e a ascensão de Vladimir Lenin ao poder na
nascente União Soviética.

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