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CONSEQUÊNCIAS DA OCUPAÇÃO EFECTIVA

Com a expansão europeia o mundo conheceu uma nova fase de desenvolvimento da economia,
sobre tudo foi mais notório das potências imperiais em detrimento das colónias. Então vamos
analisar até que ponto a colonização afectou na vida económica, política e ideológica/cultural entre
Europa, África, e no caso especifico de Moçambique.

1.1 Consequências para Europa

No âmbito da ocupação efectiva permitiu aos europeus pobres emigrarem para a África e melhorar
as suas condições de vidas.

 Expansão dos valores religiosos culturais da europa;


 Conquista de novos território significou alargamento de mercado consumidor e do mesmo
lado como novas fontes de produção;
 Perda de vidas humanas no período das resistências africanas,
 Expansão e influência das políticas europeias em outros continentes, em aspectos políticos,
militares e económicos, criando desigualdades sociais para as populações colonizadas;
 A conquista e novas terras significou também concorrências entre potências imperialistas
levando a novos conflitos, quer na Europa1. Assim como na África;
 O investimento nas vias de comunicação e indústria da metrópole e nas colónias significou
também por outro lado pressão financeira para as economias das potências imperiais.

1.2 Consequências Para África

1.2.1 Plano político

 As guerras étnicas deixaram de ocorrer em quase toda África;


 Desaparecimento de cidades-estados, pequenos reinos ou sociedade tribais surgimento de
territórios multitribais;
 As tribos inimigas se tornaram amigas e as amigas e ou irmãs formam separadas;
 A partilha e a conquista de áfrica reformularam as fronteiras e alterou mapa político do
continente;
 A introdução das línguas europeias possibilitou a comunicação entre os grupos étnicos das
diferentes origens no mesmo território, criando a base da unidade nacional nas diferenças
puramente ocidental.
 Introdução de novas instituições politicas, como a lei escrita;
 A destruição da monarquia africana assim como enfraquecimento das autoridades e do poder
dos indígenas, (a perda da soberania e da independência, os africanos perderam o direito de
autogovernarem e de exercerem eles próprio a diplomacia nas relações internacionais).

1.2.2 Plano económico

 Construção de infra-estruturas, como: aeroportos, ferrovias, pontes portos, estradas,


escolas, hospitais, instalação de telefones, telégrafos; (estas infra-estruturas não tinham

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Que posteriormente implicou uma das causas das 1ª G.M
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como finalidade desenvolver as colónias mas sim facilitar a circulação interna para escoar
produtos e fazer ligação entre as colónias e o mercado mundial;
 Na agricultura: Introdução de novas culturas, como: café, chá, tabaco, cacau, algodão,
sisal, borracha etc.
 As actividades artesanais foram transformadas em fontes de abastecimento de matérias-
primas e o homem africano como mão-de-obra para servir interesses dos colonos,
originando assim fome, epidemias severas, desnutrição e mortes.

1.3 Consequências para Moçambique

1.3.1 Plano económico

 Economia estava orientada para produção de mercadorias procuradas no mercado


internacional e para a manutenção de uma intensa reserva de mão-de-obra ao dispor do
capital mineiro sul-africano e rodesiano, e respectivamente.
 A população foi obrigada a trabalhar nas explorações das companhias, as matérias-primas
passaram a ser exploradas pelos colonos portugueses, onde muitos moçambicanos tiveram
de ir trabalhar nas minas, plantações e fábricas da colónia do natal e da república do Transval
(África do Sul).
 A economia colonial custou um preço elevado ao africano: o trabalho migratório, que destruiu
as culturas e as economias pré coloniais em África, a produção de culturas obrigatória para a
exportação limitou a produção de cultura de substância, a elevada taxa de mortalidade nas
minas:

1.3.2 No plano político

Moçambique foi dividido em circunscrições e postos de fiscalização nas áreas onde as populações
indígenas estavam dominadas e pacificadas nas restantes regiões do país onde os nativos se
mostrassem em estado de rebeliões, foram criadas capitanias-mor, divididas em comandos militares.

Na organização administrativa- criou-se uma nova hierarquia de régulos regedores, cabos de terra e
Cipaios

1.3.3 Plano cultural ideológico:

 Administração colonial foi justificada ideologicamente pela negação de homem africano, a


raça e a segregação passaram a estar latentes na prática colonial, nas leis para os indígenas.
 Aculturação do povo moçambicano, com a aquisição da língua, habito e costumes do povo
colonizador.
 Assistiu-se a proliferação da igreja crista para o país todo, e o atraso no nível de escolaridade
para os moçambicanos da época.

A ocupação efectiva impediu o desenvolvimento e manifestações culturais e o desabrochar de


outras.

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