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HISTÓRIA

RESOLUÇÕES
05 A
DE OLHO NO ENEM E VESTIBULARES
O trecho da carta de Caminha ressalta e valoriza o traba-
lho de catequese que deveria ser efetuado em relação aos
01 D povos nativos, o que pode ser ressaltado pela seguinte
Ambas as colonizações tinham perfil mercantil, mas as colô- afirmação: “o melhor fruto que dela [a terra] se pode tirar
nias inglesas (britânicas) do Norte eram baseadas na agri- me parece que será salvar esta gente”.
cultura de subsistência como modelo de produção e esta-
vam voltadas para a construção de um mercado interno. As
disputas entre potências europeias eram mais influenciado- 06 B
ras no contexto da América portuguesa do que nas colô- A afirmativa I é incorreta porque o empreendimento
nias do Norte, uma vez que estas tinham vínculos menos das navegações, incluindo a expedição comandada por
estreitos com a metrópole. A colonização portuguesa era Cabral, foi financiado pela Coroa e pela burguesia mer-
uma empresa financiada pela própria Coroa, o que signi- cantil portuguesa, que em troca desse investimento mone-
ficou o estabelecimento de modelos governamentais cen- tário ganhava privilégios.
tralizados, comandados por pessoas ligadas à metrópole, a A afirmativa III é incorreta porque os comandantes de
fim de garantir seus interesses. As colônias do Norte eram esquadra nas navegações eram provenientes das camadas
estruturadas em formas descentralizadas de governo local. mais altas da sociedade portuguesa.

02 E
07 D
O texto apresenta a colonização do Novo Mundo como
parte do processo de acumulação de riquezas dos Estados Ao se estabelecer uma relação entre os textos utilizados
europeus no contexto do capitalismo mercantil. Portanto, na questão, percebe-se que o quadro de Victor Meirelles,
essa colonização estava baseada em um sistema de colô- A primeira missa no Brasil, é uma construção fantasiosa
nias de exploração, voltadas para a produção de gêne- (“realidade mitológica”) do processo de conquista colo-
ros comerciais para as metrópoles. Porém, outra forma nial. Da mesma maneira, muitas fontes sobre o “Descobri-
de organização foi desenvolvida na América, a colônia de mento do Brasil”, inclusive obras de arte como as pinturas,
povoamento, que fugia à lógica do comércio metropoli- construíram uma visão pacífica da “fundação da nação”
tano, como ocorreu nas colônias inglesas do Norte. com ênfase em aspectos do catolicismo. Não por acaso,
a pintura de Meirelles, produzida no século XIX, está inse-
03 E rida no contexto de investimento do governo imperial do
Brasil na construção de uma história oficial da nação.
No século XV, os Estados Nacionais europeus buscavam,
principalmente, acumular metais preciosos, como ouro
e prata, e descobrir novas rotas comerciais e, por isso, 08 D
aventuraram-se nas Grandes Navegações e na busca por
Durante o Período Pré-Colonial do Brasil, a extração de
novos territórios. Os colonizadores espanhóis entraram em
pau-brasil, desenvolvida com autorização da Coroa por-
contato com sociedades autóctones que já usavam obje-
tuguesa, foi a atividade mais rentável, caracterizando-se
tos elaborados com esses metais em diversos partes do
pelo extrativismo predatório ao longo do litoral, sem fina-
território americano. Assim, pode-se dizer que uma forma
lidade de povoar o território.
de ocupação desses territórios era por meio do estabele-
cimento de relações com as lideranças indígenas para o
controle da exploração dos metais, e a outra era a funda- 09 D
ção de cidades para controlar a circulação de riquezas. Segundo o texto do historiador Luiz Felipe de Alencastro,
as doenças trazidas pelos europeus, as quais devastaram
04 D comunidades indígenas inteiras, provocaram um medo
Nesta crônica, o frei faz um relato dos métodos violentos que pode ser percebido na entidade maléfica Curupira,
utilizados pelos espanhóis na colonização da América. ser da mitologia tupi que significa “o coberto de pústu-
Pode-se perceber um tom de crítica e denúncia sobre a las”, interpretado como uma representação simbólica dos
colonização espanhola, que, para Las Casas, não teria para- problemas causados pelo choque bacteriológico ocorrido
lelos em relação à colonização espanhola em outros locais. no contato dos colonizadores com os povos nativos.

1a série – Ensino Médio – Livro 5 1


H I STÓ RI A

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A “guerra justa” foi uma forma de contornar a proibição A mão de obra escrava foi utilizada no campo e na cidade,
do uso de indígenas como mão de obra escrava, justifi- na realização de diversas funções. Muitos africanos escra-
cando a sua escravização. Assim, tribos que praticavam vizados trazidos para o Brasil tinham conhecimentos espe-
antropofagia ou se defendiam dos ataques portugueses cíficos que eram considerados no momento de sua com-
tinham seus membros capturados e aprisionados. pra. Não existia produção industrial na época colonial. As
tarefas eram organizadas pelos senhores de engenho de
acordo com suas necessidades.
11 B
O Governo-Geral foi criado em 1548 para centralizar a adminis-
17 C
tração da América portuguesa, organizando as ações de con-
quista e exploração da colônia. Dentre as obrigações desse Entre 1580 e 1640, as coroas espanhola e portuguesa se
governo, chefiado pelo governador-geral, um nobre portu- uniram no que foi chamado de União das Coroas Ibéri-
guês, estavam a ampliação do controle luso sobre a colônia e cas, ou apenas União Ibérica, no contexto de disputa pelo
a garantia da efetiva ocupação e exploração do território. trono português após a morte do rei Sebastião I. Este epi-
sódio foi o estopim para as invasões holandesas no Brasil,
uma vez que a Coroa espanhola estava em guerra com
12 B os Países Baixos e proibiu quaisquer territórios sob o seu
O objetivo da Companhia de Jesus na colônia era a evan- domínio – o que, nessa conjuntura, incluía o Brasil – de
gelização dos indígenas, ampliando assim o alcance da reli- realizar o comércio de açúcar com os holandeses.
gião católica. Tomé de Souza, primeiro governador-geral
da colônia portuguesa na América, objetivava a ampliação 18 D
do controle luso sobre a colônia e a garantia da efetiva
O texto sobre o engenho colonial presente na questão:
ocupação da América pelos portugueses. As revoluções
Industrial e Francesa são posteriores ao estabelecimento
do Governo-Geral na América portuguesa. O Brasil foi uma
 menciona a presença de uma capela para cerimônias
e ofícios, mas não faz referência a qualquer impedi-
colônia de exploração com produção de monocultura vol- mento à escravização das populações indígenas.
tada para o mercado europeu. A Reforma e a revolução de
Copérnico não tiveram influência no sistema educacional
 não defende nem contesta a ideia da colonização na
América portuguesa como sendo de exploração das
implementado pelos jesuítas na colônia. riquezas materiais do território.

13 A
 trata do uso dos rios e florestas nos arredores do
engenho não como uma preocupação ambiental, mas
A resistência da população africana escravizada ia desde sim como exploração de recursos necessários para a
sabotagens na produção do açúcar até fugas do engenho manutenção do engenho.
para o interior, onde construíam locais de moradia e resis-
tência chamados de quilombos. Nesses lugares, escravos
 informa que o engenho estava intimamente relacio-
nado com o restante da empresa colonial pois não
fugidos estabeleciam novas comunidades, baseadas na era autossuficiente.
autossuficiência e em relações sociais menos desiguais.
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14 B O trecho do texto de Antonil faz uma diferenciação entre
A análise da imagem permite observar um crucifixo colo- tipos de engenhos que podiam ser encontrados na época
cado na parte central da parede da casa. A presença desse colonial: enquanto uns, chamados “reais”, os engenhos
objeto indica a influência que a religião católica tinha na maiores, eram capazes de desenvolver todas as etapas
sociedade. Alguns elementos da imagem, principalmente da produção do açúcar, outros, chamados “engenho-
no canto esquerdo, reforçam o convívio, no mesmo espaço, cas”, precisavam realizar alguma etapa da produção em
do senhor e sua família com os escravos, como as crianças outro engenho.
negras brincando com uma criança branca.
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15 C A União das Coroas Ibéricas, nome do período em que
A análise do texto permite relacioná-lo ao trabalho escravo a Coroa portuguesa se uniu à espanhola, e os conflitos
negro no engenho. O trecho “quem vir na escuridade da entre Espanha e os Países Baixos, que lutavam por inde-
noite aquelas fornalhas tremendas perpetuamente arden- pendência, foram alguns dos fatores que desencadea-
tes [...]” faz referência às fornalhas, utilizadas no engenho ram as invasões holandesas na América portuguesa. Um
de cana-de-açúcar; e o excerto “[...] o ruído das rodas, das dos objetivos das invasões holandesas era garantir que
cadeias, da gente toda da cor da mesma noite, trabalhando os comerciantes holandeses tivessem acesso à produção
vivamente, [...]” se refere aos africanos escravizados, mão de açucareira, portanto uma das medidas de Nassau foi o
obra utilizada nos engenhos. incentivo ao aumento da produtividade dos engenhos.

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HIS T Ó R I A

O conflito entre colonos e holandeses tornou propícia a


fuga de escravos, que se refugiavam em quilombos.

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