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COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ

CEL. PM. FELIPPE DE SOUSA MIRANDA


CURSO DE GEOGRAFIA

RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS ANGLO-BRASILEIRAS NO PERÍODO


IMPERIAL

ERIK MAKIAK
MATHEUS MALHEIROS PINTO
THIAGO BERNARDI

CURITIBA
2020

SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………....2
2- OBJETIVOS………………………………………………………………………...........3
3- JUSTIFICATIVA…………………………………………………………………………..4
4- REVISÃO TEÓRICA……………………………………………………………………..5
5- METODOLOGIA………………………………………………………………………….6
6- CRONOGRAMA………………………………………………………………………….7
7- BIBLIOGRAFIA……………………………………………………………………..........8
8- ANEXOS………………………………………………………………………………....10

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1- INTRODUÇÃO
Em 7 de setembro de 1822, florescia em terras brasileiras a primeira
monarquia politicamente independente na América do Sul, sob o comando do então
príncipe regente Pedro de Alcântara, homem que posteriormente seria chamado
Pedro I do Brasil. Logo nos primeiros anos da nação, o Brasil já enfrentava
problemas de controle territorial interno e de reconhecimento externo. Em ambos os
casos, o Império Britânico interveio em nossa história: na conciliação Argentina-
Brasil pelo território da Província da Cisplatina, e no reconhecimento da
Independência da ex-colônia por Portugal. Mas por que nossas relações com o
Império mais importante do planeta são tão influentes em nossa história?
Parte majoritária dos empréstimos que constituíram o princípio de nossa
dívida pública, a guerra do Paraguai, a questão Christie: muitos dos importantes
acontecimentos de nosso período imperial tiveram influência inglesa. Mas será que
era apenas puro interesse do imperialismo Britânico ou uma relação diplomática de
coadjuvação?
Foi a vontade de entender esse assunto mais a fundo e o apreço natural de
nós, integrantes dessa pesquisa, por questões históricas, que levou-nos a fundar
esse projeto.
Portanto, em explicação direta sobre o título na primeira página, o corpo de
desenvolvimento desse documento será dedicado à pormenorizar as relações com
influência direta ou indireta britânica que formaram nossa base diplomática.

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2- OBJETIVOS

De forma geral, o objetivo dessa investigação é: Analisar e explicitar, de


forma profunda, as questões diplomáticas essencialmente políticas que o Brasil e a
Inglaterra vivenciaram de forma relacionada. No momento, tópicos específicos já
decididos que terão pesquisa serão: Reconhecimento do Brasil enquanto país livre;
empréstimos feitos com britânicos e o início de nossa dívida externa; influência
inglesa nas guerras sul-americanas da Cisplatina e do Paraguai; e a Questão
Christie1.
De forma específica, as etapas usadas para que consigamos chegar ao
objetivo geral serão duas: conhecer o tema, fazer entrevistas, ler livros, analisar
documentos, cartas e teses. Na segunda, transmitir o conteúdo assimilado para o
interlocutor, explicar, descrever e caracterizar o tema, por meio da elaboração do
artigo e da explanação presencial do mesmo.

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3- JUSTIFICATIVA

O tema escolhido é de importância fundamental para que nós, brasileiros,


possamos entender mais profundamente o nosso passado e, com isso, sabermos o
porquê das coisas no presente e como agir no futuro. Ao estudar nossas raízes
diplomáticas, podemos chegar a um entendimento mais claro do motivo de nossa

1 Ao longo do curso da pesquisa, novos pontos serão entendidos como relacionados e, então,
colocados na pauta.
submissão ao cenário global, sendo quase sempre apenas mais um seguidor das
grandes potências políticas atuais. Poderemos ter uma melhor noção de onde está a
raiz do problema.
O desenvolvimento de teses que englobam todo o assunto das relações entre
o Império Brasileiro e Império Britânico é muito baixo. A maior parte das teses que
aborda as relações entre ambos foca em apenas um fato, a Questão Christie. Por
isso a importância desse artigo para as pessoas: quando quiserem estudar esse
ponto em específico, poderão recorrer à esta publicação para ter uma noção dos
tópicos que abrangem as duas potências do século XIX.
Com essa investigação, também temos a esperança de instigar mais pessoas
a entender profundamente outros temas e realizar mais pesquisas, entendendo que
a História é algo que pode ser aproveitado como entretenimento ao mesmo tempo
que forma-se um cidadão mais consciente.

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4- REVISÃO TEÓRICA

Até o momento, foi pesquisado sobre a Questão Christie, abolição do tráfico


de escravos e o papel britânico na paz da guerra da Cisplatina. Nosso material de
pesquisa está disperso em diversos autores, dos quais citaremos algumas opiniões
aqui.
Richard Graham, com seus artigos sobre a ruptura de relações diplomáticas
entre o Brasil e o Império Britânico em 1863, a Questão Christie, defende uma ideia
diferente da convencional. Enquanto certos autores defendem que o impasse foi
causado porque a Inglaterra teria ficado descontente com o naufrágio de um de seus
navios próximo à costa brasileira, e que três oficiais britânicos foram presos no Rio
de Janeiro; para Richard isso não era suficiente para causar uma crise tão grande.
Para ele, “Parece que a Grã-Bretanha procurava uma ocasião para exibir o
Para Alain El Youssef, porém, a Questão teve outros motivos. Segundo sua
tese em Questão Christie em perspectiva global: Pressão britânica, guerra civil
norte-americana e o início da crise da escravidão brasileira (1860-1864), a crise
anglo-brasileira sofreu forte influência da guerra civil americana e de outras questões
externas.
Em Africanos livres: A abolição do tráfico de escravos no Brasil, Beatriz
Mamigonian defende a hipótese de que parte de nossas leis de restrição à
escravidão vieram da pressão inglesa. Por exemplo, a Lei Feijó, de 1831, ficou
conhecida como “lei para inglês ver”, pois ela proibia o tráfico negreiro embora com
cobrança pouco efetiva. Para ela, o motivo dessa pressão era que o Império
Britânico, na verdade, tinha forte interesse em subempregar esses negros em suas
colônias, as quais oficialmente não usavam mais mão de obra escrava.
Já para Leslie Bethell em “A abolição do tráfico de escravos no Brasil”, a
intenção inglesa de acabar com o tráfico negreiro não era para subempregar negros
libertos, mas para balancear a concorrência britânica e brasileira, pois enquanto os
ingleses não tinham mais acesso ao tráfico, os brasileiros traficavam muitos
escravos para o cultivo do açúcar. Para ele, um fator que também contribuiu na não-
fiscalização da Lei Feijó e da dificuldade de passar mais propostas abolicionistas era
o forte anti-anglicismo e a mentalidade escravista presentes nas Câmaras brasileiras
e em parte do povo.
A “pax britânica” e a independência do Uruguai: Estado-tampão e
balcanização do espaço platino, de Enrique Serra Padrós, relaciona a interferência
britânica no tratado de paz da Guerra da Cisplatina com o interesse da potência em
criar uma espécie de barreira entre as duas forças emergentes locais: o Brasil e a
Argentina. Para ela, a criação de um novo país na região não deixaria que nenhum
dos dois rivais controlassem a foz do Prata.
Em “O imperialismo britânico e a Guerra do Paraguai”, Leslie Bethell defende
a interpretação de que a Guerra do Paraguai está relacionado com o avanço
capitalista junto com o interesse econômico do Reino Unido na região. A Guerra Civil
Norte-Americana e a Guerra do Paraguai, segundo ele, faziam, cada uma do seu
próprio modo, parte do processo de expansão capitalista global. Encarava a Guerra
do Paraguai, por exemplo, como uma das consequências da integração da Bacia do
Rio da Prata na economia do mundo britânico: "Argentina, Uruguai e Brasil, com
seus rostos e suas economias voltados para o Atlântico, forçaram o Paraguai a sair
do seu estado de auto-suficiência".
Já para Alfredo da Mota Menezes em “A guerra é nossa”, a guerra entre a
tríplice aliança e o Paraguai não teve grande influência britânica em sua essência.
Para ele, segundo fontes de cartas e câmaras legislativas, a guerra foi causada por
crises regionais, com pouca ou nenhuma culpa do expansionismo inglês.

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5- METODOLOGIA

A forma de desenvolvimento da pesquisa será, majoritariamente, documental


e bibliográfica. Serão analisados textos, cartas, livros, teses, artigos e outras
documentações escritas. Se possível, serão realizadas entrevistas com historiadores
com conhecimento sobre o assunto.
A coleta de materiais será feita de forma seletiva e analítica, captando
informações de diversas fontes e agrupando os pontos de interesse em nosso corpo
de texto. Principalmente durante o período de pandemia que estamos vivendo, a
maioria dos recursos encontrados serão provenientes da internet. Até o momento,
nenhuma biblioteca ou estabelecimento foi visitado.
A parte prática será composta de entrevistas, por conta do objetivo da
pesquisa ser conhecer um período e juntar informações sobre este.
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6- CRONOGRAMA

MÊS/ Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
ETAPAS

Escolha do X X X X
tema

Levantamento X X X
Bibliográfico

Elaboração e X X
apresentação
do projeto

Coleta e X X X X
análise de
dados

Organização e X X X
início do
trabalho
Revisão e X X X
finalização do
trabalho

Entrega do X X
trabalho/
Apresentação

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7- BIBLIOGRAFIA

Graham, Richard: Os fundamentos da ruptura de relações diplomáticas entre


o Brasil e a Grã-Bretanha em 1863: "A questão Christie" . Periódicos da USP,
publicado em 29/03/1962.
Disponível em <http://www.periodicos.usp.br/revhistoria/article/view/121593>
Acesso em 25/05/2020.

Graham, Richard: Os fundamentos da ruptura de relações diplomáticas entre


o Brasil e a Grã-Bretanha em 1863: "A questão Christie" (II). Periódicos da USP,
publicado em 30/06/1962.
Disponível em <http://www.periodicos.usp.br/revhistoria/article/view/121625>
Acesso em 25/05/2020.
Pinsky, Jaime: Livro "Escravidão no Brasil": publicado pela "Editora
Contexto" em 01/03/1992. Acesso em 25/05/2020.

Mamigonian, Beatriz: Livro "Africanos livres: A abolição do tráfico de escravos


no Brasil": publicado pela editora "Companhia das Letras" em 31/07/2017. Acesso
em 25/05/2020.

Menezes, Alfredo da Mota: Livro "A Guerra é nossa: a Inglaterra não


provocou a Guerra do Paraguai": publicado pela editora "editora contexto" em
01/11/2012. Acesso em 25/05/2020.

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Marquese, Rafael de Bivar: Artigo “Imprensa e escravidão: política e tráfico
negreiro no Império do Brasil”: Teses da USP, publicado em: 17/02/2011.
Disponível em:
<https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-06072011-090553/en.php>
Acesso em 25/05/2020.

Torres, João Camilo de Oliveira: Livro “A democracia coroada: teoria política


do império do Brasil”: publicado pela editora “Edições Câmara” em 24/10/2018.
Acesso em 25/05/2020.

Padrós, Enrique serra: Artigo “A pax britânica e a independência do Uruguai:


estado tampão e balcanização no espaço platino: publicado em 1996 na revista
“anos 90” da UFRGS.
Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/31687/000149437.pdf?
sequence=1> Acesso em 25/05/2020.
Bethell, Leslie: Artigo “ O imperialismo britânico e a guerra do paraguai”:
publicado em 25/11/1994 na Biblioteca nacional.
Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
40141995000200014&script=sci_arttext&tlng=pt>
Acesso em 26/05/2020.

Bethell, Leslie: Artigo “A abolição do tráfico de escravos no Brasil”:


publicado em 1976 na Scielo.
Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
75901976000400007&script=sci_arttext&tlng=pt>
Acesso 26/05/2020.

Parron, Tâmis Peixoto: Artigo “A política da escravidão no império do Brasil,


1826-1865”: publicado em 30/04/2009 nas teses da USP.
Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-04022010-
112116/en.php>
Acesso: 26/05/2020
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8- ANEXOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

IV - CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - Resolução 196/96 CONEP


O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após
consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou
por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na
pesquisa.
IV.1 - Exige-se que o esclarecimento dos sujeitos se faça em linguagem acessível e
que inclua necessariamente os seguintes aspectos:
a) a justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa;
b) os desconfortos e riscos possíveis e os benefícios esperados;
c) os métodos alternativos existentes;
d) a forma de acompanhamento e assistência, assim como seus responsáveis;
e) a garantia de esclarecimento, antes e durante o curso da pesquisa, sobre a
metodologia, informando a
possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo;
f) a liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em
qualquer fase da
pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado;
g) a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados
confidenciais envolvidos
na pesquisa;
h) as formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação na
pesquisa; e
i) as formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa.

IV.2 - O termo de consentimento livre e esclarecido obedecerá aos seguintes


requisitos:
a) ser elaborado pelo pesquisador responsável, expressando o cumprimento de
cada uma das exigências acima;
b) ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que referenda a investigação;
c) ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica, por todos e cada um
dos sujeitos da pesquisa ou por seus representantes legais; e
d) ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa ou por seu
representante legal e uma arquivada pelo pesquisador.
IV.3 - Nos casos em que haja qualquer restrição à liberdade ou ao esclarecimento
necessários para o adequado consentimento, deve-se ainda observar:
a) em pesquisas envolvendo crianças e adolescentes , portadores de perturbação ou
doença mental e sujeitos em situação de substancial diminuição em suas
capacidades de consentimento, deverá haver justificação clara da escolha dos
sujeitos da pesquisa, especificada no protocolo, aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa, e cumprir as exigências do consentimento livre e esclarecido, através dos
representantes legais dos referidos sujeitos, sem suspensão do direito de
informação do indivíduo, no limite de sua capacidade;
b) a liberdade do consentimento deverá ser particularmente garantida para aqueles
sujeitos que, embora adultos e capazes, estejam expostos a condicionamentos
específicos ou à influência de autoridade, especialmente estudantes, militares,
empregados, presidiários, internos em centros de readaptação, casas-abrigo, asilos,
associações religiosas e semelhantes, assegurando-lhes a inteira liberdade de
participar ou não da pesquisa, sem quaisquer represálias;
c) nos casos em que seja impossível registrar o consentimento livre e esclarecido,
tal fato deve ser devidamente documentado com explicação das causas da
impossibilidade e parecer do Comitê de Ética em Pesquisa;
d) as pesquisas em pessoas com o diagnóstico de morte encefálica só podem ser
realizadas desde que estejam preenchidas as seguintes condições:
- documento comprobatório da morte encefálica (atestado de óbito);
- consentimento explícito dos familiares e/ou do responsável legal, ou manifestação
prévia da vontade da pessoa;
- respeito total à dignidade do ser humano sem mutilação ou violação do corpo;
- sem ônus econômico financeiro adicional à família;
- sem prejuízo para outros pacientes aguardando internação ou tratamento;
- possibilidade de obter conhecimento científico relevante, novo e que não possa ser
obtido de outra maneira;
e) em comunidades culturalmente diferenciadas, inclusive indígenas , deve-se contar
com a anuência antecipada da comunidade através dos seus próprios líderes, não
se dispensando, porém, esforços no sentido de obtenção do consentimento
individual;
f) quando o mérito da pesquisa depender de alguma restrição de informações aos
sujeitos, tal fato deve ser devidamente explicitado e justificado pelo pesquisador e
submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa.
Os dados obtidos a partir dos sujeitos da pesquisa não poderão ser usados para
outros fins que os não previstos no protocolo e/ou no consentimento.

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