Você está na página 1de 2

Resumo de Estudo - 3°BIMESTRE

- Os conquistadores lidavam com a grande quantidade de povos nativos no contexto da colonização


espanhola na América. Quase com a mesma determinação com que procuravam ouro, os espanhóis
lançaram-se à caça de populações nativas. [...] Aliados eram sempre fontes potenciais de informações
inestimáveis, além de fornecerem um apoio crucial em termos de provisões e carregadores para
transportá-las. Acima de tudo, os aliados nativos prestavam auxílio militar, compensando assim o possível
desequilíbrio numérico no campo de batalha [...].A colonização espanhola na América, é possível afirmar
que uma das estratégias desenvolvidas pelos conquistadores espanhóis foi o aproveitamento das intrigas
existentes entre as populações nativas, com o objetivo de compensar a inferioridade numérica espanhola.

- Bartolomé de Las Casas foi um bispo espanhol do século XVI, que atuou principalmente no México.
Aqueles que foram de Espanha para esses países (e se tem na conta de cristãos) usaram de duas
maneiras gerais e principais para extirpar da face da terra aquelas míseras nações. Uma foi a guerra
injusta, cruel, tirânica e sangrenta. Outra foi matar todos aqueles que podiam ainda respirar ou suspirar e
pensar em recobrar a liberdade [...]. A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi
unicamente não terem outra finalidade última senão o ouro, para enriquecer em pouco tempo [...]., a
colonização espanhola na América foi um processo violento, movimentado pela guerra e pela ganância
dos espanhóis.

- A colonização da América inglesa foi bem diferente da observada nas colonizações ibéricas..Por volta de
1640, a região que aqui chamamos de Nova Inglaterra era formada por quatro colônias: Massachusetts,
Connecticut, New Hampshire e Rhode Island. Não é possível afirmar que os colonos vindos para essas
áreas partilhavam todos as mesmas convicções teológicas, mas é possível notar alguns traços de união
em suas experiências de assentamento na América: a imigração de base familiar com forte autoridade
paterna, a pequena presença de trabalhadores por contrato e a expressiva maioria de puritanos entre os
primeiros colonos. No contexto da colonização inglesa na América, as colônias localizadas mais ao Norte
foram denominadas de Nova Inglaterra, devido à semelhança com o clima inglês e por ser essa a
nacionalidade da maioria dos colonos puritanos que ali se estabeleceram. A colonização das terras
localizadas mais ao Norte pode ser descrita como de povoamento, dedicada à permanência definitiva dos
colonos puritanos.

- Após a chegada de Pedro Álvares Cabral, outras expedições exploraram o litoral brasileiro ao longo do
século XVI. Apesar dos exageros e incorreções, a Lettera de Américo Vespúcio para Piero Soderini com
certeza continha várias passagens verídicas. Uma delas é o trecho no qual, referindo-se à sua primeira
viagem ao Brasil, realizada entre maio de 1501 e julho de 1502, Vespúcio afirma: ‘Nessa costa não vimos
coisa de proveito, exceto uma infinidade de árvores de pau-brasil [...] e já tendo estado na viagem bem dez
meses, e visto que nessa terra não encontrávamos coisa de metal algum, acordamos despedirmo-nos
dela.’ Deve ter sido exatamente esse o teor do relatório que Vespúcio entregou para o rei D. Manoel, em
julho de 1502, logo após desembarcar em Lisboa, ao final de sua primeira viagem sob bandeira
portuguesa.O desinteresse inicial de Portugal por seus domínios na América do Sul pode ser
compreendido como consequência da escassez de produtos de interesse comercial no litoral brasileiro,
especialmente metais preciosos.

- Os objetivos da Coroa portuguesa com a instituição do Governo-Geral no Brasil Colônia, em 1548. O


governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as práticas colonizadoras do Brasil.
Consistiriam estas últimas em dar às Capitanias Hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a
valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos donatários. A decisão de Portugal
de criar um Governo-Geral para o Brasil, em 1548, estava associada ao fracasso da maioria das
capitanias em desenvolver a produção de artigos tropicais para exportação.

- Os povos nativos do Brasil foram escravizados pelos colonizadores portugueses, mas logo se
estabeleceu a “preferência” pelos escravizados de origem africana. Mas na ‘preferência’ pelo africano
revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num
sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico
negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do
comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. A opção de
Portugal pelos escravizados de origem africana pode ser identificada como uma consequência dos altos
lucros que o tráfico atlântico de escravizados proporcionava aos portugueses.

- A América portuguesa foi o destino de cerca de 5 milhões de africanos escravizados. No entanto, essa
longa rede comercial começava na própria África. Os africanos não escravizavam africanos, nem se
reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de
aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os
mesmos deuses. [...] Quando um chefe [...] entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não
estava vendendo africanos nem negros, mas [...] uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e
bárbara, podia ser escravizada. Sobre as práticas ligadas à escravidão entre os africanos ao longo da
história, pode-se constatar que a escravidão era reservada aos povos inimigos e passou a ser entendida
como comércio depois do contato com o europeu.

- A cana-de-açúcar, tão importante na história brasileira, não é uma planta nativa das Américas e já havia
sido cultivada por vários outros povos. O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa
pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos
XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época, passou a ser importado do Oriente Médio e
produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente
caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. A decisão portuguesa de produzir açúcar no
Brasil, durante o Período Colonial, pode ser compreendida como uma forma de a Coroa portuguesa gerar
grandes lucros a Portugal, com a comercialização do açúcar produzido na Colônia.

- O senhor de engenho é um dos personagens mais lembrados do Período Colonial brasileiro, pois reunia
muitas das características daquela sociedade. Em 1709, por exemplo, José da Cunha Deça face à morte
de boa parte de seus escravos africanos, quando não fugiam pelas matas, havia requerido à Coroa e
obtido a devida autorização régia para “resgatar” 120 cativos índios nos sertões da Amazônia, além da
preferência para a aquisição de 20 negros que viessem no primeiro navio, que os trouxesse por conta da
fazenda real, caso contrário seus “copiosos canaviais”, em seu engenho no distrito de Belém, haviam de
ficar inaproveitáveis. As requisições do senhor de engenho José da Cunha Deça à Coroa portuguesa,
apresentadas pela influência dos senhores de engenho no Brasil Colônia.

- Apesar de aparecerem mais raramente nos documentos coloniais, as mulheres também se destacaram
no Período Colonial brasileiro. No período colonial brasileiro as mulheres eram peças fundamentais para a
construção da nova terra, porém a elas foi relegado um papel secundário ou quase invisível no meio
social. O cotidiano feminino era marcado por rígido controle [...]. Conhecer as mulheres coloniais abre ao
leitor parte da História do Brasil que por muito tempo ficou escondida e revela que o cotidiano era mais
conturbado e ativo do que aquele que por muito tempo foi apresentado de maneira calma, tranquila,
serena; como se as mulheres fossem bonecas que qualquer um pudesse manipular.o papel das mulheres
na sociedade colonial brasileira, é possível analisar que existiam muitas tensões no sistema patriarcal da
sociedade colonial brasileira.

Você também pode gostar