Você está na página 1de 4

- FHC redação

O período do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) ficou


notoriamente marcado pela implementação de políticas neoliberais,
delineadas com o propósito de promover a abertura da economia, a
privatização de empresas estatais, a diminuição do papel do Estado e a
consecução da estabilidade monetária. Em 1994, foi lançado o Plano Real,
uma iniciativa emblemática que consistiu na criação de uma nova moeda, o
real, lastreado no dólar e sustentado por reservas internacionais. Este plano
revelou-se eficaz ao controlar a inflação, que atingira patamares acima de
900% ao ano em 1994, e ao potencializar o poder de compra da população.
Ademais, proporcionou uma integração mais robusta do Brasil ao mercado
global, atraindo investimentos estrangeiros e ampliando as exportações.
Paralelamente, o governo FHC empreendeu reformas estruturais,
notadamente a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impôs limites aos gastos
públicos, e a Lei de Parcerias Público-Privadas, estimulando a participação
do setor privado em projetos de infraestrutura.

Apesar dos êxitos na estabilização econômica, as políticas neoliberais


engendraram consequências adversas para o país. A abertura comercial
expôs a economia brasileira às vicissitudes de crises internacionais, como as
asiática (1997), russa (1998) e argentina (2001), ocasionando
desvalorizações cambiais e fuga de capitais. A privatização de empresas
estratégicas, a exemplo da Vale do Rio Doce e da Telebrás, suscitou críticas
pela suposta alienação do patrimônio nacional a preços desfavoráveis. A
redução do papel do Estado resultou em cortes sociais, impactando áreas
cruciais como saúde, educação e previdência. Além disso, o neoliberalismo
exacerbou as disparidades regionais e sociais, consolidando a concentração
de renda e riqueza nas mãos de uma minoria.

As implicações sociais e econômicas do neoliberalismo na


redemocratização brasileira, conforme delineadas por Oliveira Negrão (1996),
foram amplas e profundas. A desregulamentação e privatização de
setores-chave da economia, como telecomunicações, energia e
infraestrutura, afetaram a distribuição de renda, o acesso a serviços públicos
e o emprego. A abertura ao capital estrangeiro, aliada a elevadas taxas de
juros, atraiu investimentos financeiros internacionais, porém, tornou a
economia brasileira mais suscetível a choques externos e especulação
financeira. Setores da economia experimentaram declínio devido à falta de
medidas protecionistas, acarretando perda de empregos e competição
desigual com produtos estrangeiros, muitas vezes fabricados em condições
precárias de trabalho. O neoliberalismo, ao sacrificar direitos básicos, sociais
e políticos, distanciou-se dos padrões regulatórios negociados entre agentes
coletivos, minando a base democrática.

No contexto da redemocratização brasileira, o neoliberalismo gerou uma


série de desafios. A "nova ordem mundial", conforme discutido na revista
"Novos Rumos", revelam uma perspectiva que visa manter a hegemonia
econômica e política sobre países em desenvolvimento. Contudo,
questiona-se a premissa de que esse modelo é a única via possível para o
desenvolvimento e a democracia, defendendo-se a necessidade de
alternativas que respeitem a soberania e diversidade dos povos.

Uma alternativa delineada seria a construção de uma ordem multipolar e


democrática, fundamentada na cooperação, solidariedade e integração
regional. Essa abordagem preconiza o reconhecimento dos direitos humanos,
sociais e ambientais como fundamentais para o bem-estar das nações.
Propõe-se um diálogo intercultural e inter-religioso entre os diferentes povos e
culturas, visando fortalecer o respeito mútuo, a tolerância, a compreensão e a
convivência pacífica entre as nações. Tal diálogo aspira estimular a
participação cidadã, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável.

Essa alternativa pressupõe o comprometimento de governos, organizações


internacionais, sociedade civil e indivíduos na promoção de uma cultura de
paz e direitos humanos. Fundamentada nos princípios da democracia, justiça,
igualdade e solidariedade, essa abordagem busca, de forma transversal,
incorporar a tecnologia como meio de comunicação e disseminação através
da globalização. Em última análise, visa criar uma base que propicie um
ambiente propício para a construção de uma sociedade mais equitativa e
sustentável.

- Resenha do Curta-Metragem "Memórias Silenciadas

"Memórias Silenciadas" é uma obra cinematográfica envolvente que se


aprofunda nas sombras da ditadura militar no Brasil. Sob a direção perspicaz
de Ana Silva, o filme habilmente tece uma narrativa que captura a atmosfera
de medo, repressão e censura que caracterizou aquele período obscuro da
história brasileira.
A narrativa do curta desenrola-se por meio das memórias de um personagem
fictício, habilmente mesclando relatos pessoais com imagens de arquivo
impactantes da época. A escolha de incorporar depoimentos reais de
pessoas que vivenciaram diretamente esses eventos confere autenticidade à
produção, proporcionando uma perspectiva humana e visceral sobre as
complexidades daquele período.

A trilha sonora, embora sutil, desempenha um papel crucial na criação da


atmosfera do curta. Evocativa e muitas vezes melancólica, a música contribui
para a ressonância emocional da narrativa. Além disso, a direção de
fotografia utiliza uma paleta de tons escuros e sombras de maneira magistral,
intensificando a sensação de opressão que permeava a sociedade.

As transições entre cenas são trabalhadas de forma a reforçar a


complexidade emocional da narrativa, permitindo que o espectador absorva
não apenas os abusos dos direitos humanos ocorridos durante a ditadura,
mas também a resiliência e a coragem daqueles que resistiram.

"Memórias Silenciadas" não se limita a expor as crueldades e injustiças


daquele período, mas também ressalta a importância da preservação da
memória histórica. Ao abordar temas sensíveis como censura, perseguição
política e o impacto duradouro na sociedade brasileira, o curta-metragem
incita à reflexão sobre a necessidade de aprender com o passado para evitar
a repetição de injustiças no presente e no futuro.

- Brasil Colonial: Fichamento

- Período: O Brasil Colonial abrange o período de 1500 a 1822, marcado


pela chegada dos portugueses com a expedição de Pedro Álvares
Cabral até a independência do país.
- 2. Economia Baseada na Exploração: A economia colonial era
fundamentada na exploração de recursos naturais, com destaque para
o cultivo de cana-de-açúcar, o ouro e a produção de tabaco,
estabelecendo o sistema de plantation e a monocultura.
- 3. Sociedade Estratificada: A sociedade colonial era hierarquizada,
dividida entre colonizadores, escravizados africanos, povos indígenas e
uma classe intermediária. O sistema de sesmarias consolidou a
concentração de terras nas mãos de poucos.
- 4. Ciclo do Ouro e Diamantes: No século XVIII, a descoberta de ouro e
diamantes em Minas Gerais provocou um significativo crescimento
econômico, atraindo uma grande migração e gerando conflitos, como a
Revolta de Vila Rica.
- 5. Influência Religiosa: A Igreja Católica exerceu forte influência, sendo
responsável por disseminar a cultura europeia, além de desempenhar
papel central na administração e educação.
- 6. Invasões Estrangeiras: O Brasil Colonial enfrentou ameaças de
invasões estrangeiras, como as investidas de franceses e holandeses,
destacando-se o período da dominação holandesa em partes do
nordeste.
- 7. Independência e o Fim do Período Colonial: A independência do
Brasil foi proclamada em 1822 por Dom Pedro I, rompendo com o
domínio português e encerrando o longo período colonial.
- Este fichamento destaca elementos essenciais do Brasil Colonial,
desde os primeiros contatos europeus até a independência, revelando
aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos que moldaram a
formação histórica do país.

Você também pode gostar