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Resumo

O artigo pretende demonstrar as rápidas modificações ocorridas na identidade cultural através


da influência do processo denominado globalização. Como esse processo tende a afetar a
cultura contemporânea e a dificuldade de diferenciar a globalização da internacionalização.
Palavras-chave: Globalização. Identidade Cultural. Internacionalização.

Introdução
A globalização tornou-se um dos grandes temas de debates nos últimos anos devido ao seu
impacto em culturas do mundo todo. É inegável a influência do crescimento das redes sociais
como uma ferramenta de fácil expansão da globalização onde as culturas ditas como
tradicionais são, em sua maioria, as que mais ganham espaço nos feed das redes sociais e
aplicativos mais utilizados. Este processo é amplamente divulgado como uma forma de
aproximar culturas e fortalecer relações sem estar em uma localidade próxima ao outro
indivíduo, mas na prática resulta em uma gama de impactos negativos em culturas que não
possuem uma política socioeconômica forte o suficiente para proteger sua cultura e ganhar
visibilidade em nações imperialistas.

O sentimento de nação na contemporaneidade


Após a consolidação dos ideais iluministas na França, que valorizavam a ciência e a
racionalidade em vez da religião e da espiritualidade, no início do século XIX a população
francesa passou a rejeitar o Estado absolutista e monárquico que comandava em seu país. Por
isso, começaram a buscar um governo democrático, em que fossem destacados os ideais
democráticos e em que houvesse participação dos cidadãos em primeiro lugar, não de um rei.
Esses valores se espalharam pelo continente europeu e chegaram a países que ainda não
estavam consolidados como Estados-nação, como a Itália e a Alemanha. O historiador Eric
Hobsbawn desenvolveu uma tese em afirmava que o nacionalismo despertava um sentimento
comum a todas as pessoas que se identificavam com sua nação e poderiam ser mobilizados a
explorar esse sentimento com finalidades políticas.
O nacionalismo é atualmente expressado pelo patriotismo que é representado pela utilização
de bandeira, hino e símbolos que foram decretados como representações daquela nação. Ou
seja, o nacionalismo é fruto de uma ideologia política que valoriza as características de uma
nação.
Um dos ideais nacionalistas é a preservação da nação, na defesa de territórios e fronteiras,
assim como na manutenção do idioma, nas manifestações culturais, opondo-se a todos os
processos que possam destruir essa identidade ou mudá-las.
O nacionalismo que vemos hoje nas democracias consolidadas é muito diferente. Afinal, o
mundo está muito diferente. Não tão presente no culto aos símbolos, como o hino e a
bandeira; traz um pano de fundo étnico, relacionado à crise de refugiados, que buscam abrigo
em outros países, por exemplo. Em alguns países há vontade de não tê-los em seu próprio
território, o “medo” que isso acabe com a cultura do povo de algum lugar e influencie
negativamente na preservação de suas tradições, tal qual o antigo nacionalismo.

O nacionalismo no Brasil
O nacionalismo no Brasil está diretamente relacionado ao período de governo de Getúlio
Vargas, principalmente no período da ditadura do Estado Novo, quando era presidente no
Brasil. O Estado Novo foi de 1937 a 1945 e tinha como principais características o
anticomunismo, o autoritarismo e o nacionalismo. Vargas incentivava o nacionalismo de
diversas formas, desde a implementação de políticas populistas, a utilização de propaganda
do seu governo, a extrema valorização do território brasileiro. Economicamente, ele optou
por fortalecer, em muitos casos até criar, a economia brasileira, ao diversificar a sua gama de
atuação e se fechar para as importações. Também criou grandes empresas estatais no país,
como a Petrobras, a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional.

A globalização no cenário mundial


A globalização é um processo caracterizado pelo rápido desenvolvimento da comunicação
em escala mundial Isso possibilitou o aumento do fluxo no mundo, resultando um processo
de imigração mundial, tendo como seu fundamento o capitalismo de produção. Logo, a
globalização remete ao aprofundamento das relações econômicas, políticas e sociais entre os
países do globo.
As Grandes Navegações significaram o início do estabelecimento de relações produtivas em
larga escala no mundo, por meio da comercialização de diversos produtos, além de trocas
diversas entre os diferentes países. Esse processo desenvolveu-se ao longo do tempo,
especialmente por causa da hegemonia do sistema capitalista de produção. O Colonialismo e
o Imperialismo são marcos históricos que contribuíram para a introdução das relações de
produção capitalista no globo. Por sua vez, a ocorrência das sucessivas revoluções industriais,
com o desenvolvimento de tecnologias diversas, atingiu na integração produtiva do planeta
em larga escala, consolidando o processo de globalização.

Os impactos da Globalização

A globalização é um fenômeno com ramificações industriais, de prestação de serviços,


comerciais ou financeiras, graças à queda do custo da comunicação e as novas tecnologias de
troca de dados. A rapidez, o barateamento e a confiabilidade caracterizam a globalização do
ponto de vista tecnológico. A Velocidade da informação pelo mundo é a característica atual
da globalização. A globalização não beneficia a todos de maneira uniforme. Uns ganham
muito, outros ganham menos, outros perdem. Exigem-se menores custos de produção e maior
tecnologia. A mão-de-obra menos qualificada é descartada.

Em decorrência do avanço das telecomunicações, do intercâmbio dos negócios por meio de


viagens, da troca de informação e de ideologias,da difusão da língua inglesa e do
desmoronamento do bloco soviético, o mundo foi-se integrando e tornando-se cada vez
menor, apesar do abismo entre ricos e pobres não ter diminuído. Pelo contrário, quando
países tecnologicamente avançados investem em economias mais frágeis, alarga-se o abismo
econômico entre os que têm e os que não têm.

A globalização,no entanto,faz parte de nossa realidade. Não há como negá-la.Tanto é que os


conselhos de administração das grandes empresas estão ficando cada vez mais parecidas com
assembléias da ONU: representantes internacionais estão cada vez mais presentes nos
negócios. As fusões e aquisições, sobretudo no setor de serviços como energia e
telecomunicação, fazem com que as empresas passem da condição de multinacionais para a
de globais.

Conclusão

A globalização por mais que houvesse esse aparente sentimento de aproximação de culturas e
quebra de barreiras sociais, é mais uma ferramenta de desigualdade entre nações menores
contra nações de poder econômico gigante.

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