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Vamos estudar sobre os aspectos gerais da globalização compondo uma interessante trama
envolvendo a cultura, a política e a sociedade. Veremos que a globalização não é apenas um
processo de integração econômica, mas também de integração cultural, social e política.
Como estamos imersos na globalização, você pode comprar na rua da sua casa um produto que
foi fabricado do outro lado do mundo – como na China, por exemplo – e que usou matéria-prima
adquirida em qualquer outro país. A globalização é um fenômeno que nasce da necessidade do
capitalismo de conquistar novos mercados, rompendo barreiras físicas.
Como a globalização atinge, molda e compõe nossa realidade econômica, nossa cultura, nosso
aparato tecnológico, os fluxos de informações, de mercadorias, de capitais e de pessoas?
Os termos “economia global” e “globalização” têm sido usados para caracterizar o processo atual
de integração econômica, que agora se faz em escala planetária, com a consequente perda de
importância das economias nacionais.
Desta forma, o processo de integração econômica é uma forte marca da globalização, mas não a
única. Uma das decorrências da globalização é a clara divisão que se estabelece entre as
nações que pensam, idealizam e elaboram novos produtos e aquelas que os produzem, que
entregam mão de obra barata para execução e que serão possíveis consumidores. É preciso
levar em conta mais dois importantes aspectos:
Conforme Giddens (1991), a globalização pode ser definida como a intensificação das relações
sociais em escala mundial, ligando localidades distantes de forma que acontecimentos locais são
influenciados, alterados e modelados por eventos que ocorrem a grandes distâncias.
A transformação que se dá localmente é uma marca da globalização que cria conexões sociais
independentemente do tempo e do espaço. Com o capital, pessoas, serviços e bens circulando
ativamente, as relações sociais também são intensificadas e agora se fazem em escala mundial.
O aumento da exclusão social de grande contingente humano que fica à margem da dinâmica
capitalista é uma grave decorrência desse processo. Cria-se um sistema com severos
antagonismos: é capaz de produzir e de conviver simultaneamente com formas de trabalho muito
modernas e formas de exploração arcaicas e desumanas, tais como o trabalho infantil, o trabalho
análogo à escravidão, por exemplo.