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INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1
1. Advento de Salazar...........................................................................................................2
2. Os planos de fomento.......................................................................................................5
CONCLUSÃO.........................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................12
INTRODUÇÃO
Quanto a abordagem do trabalho tem como objetivo geral: fazer compreender aspectos
ligados ao Estado Novo e o posicionamento de Moçambique diante da política do mesmo
Estado, e como objectivo específico: Identificar o Estado Novo no seu contexto político e
descrever a sua relação com Moçambique.
Numa visão estrutural, o trabalho conta primeiramente com a Introdução que para além de
nos introduzir o tema em estudo ela nos contextualiza o ambiente político e financeiro vivido
em Portugal, como pressuposto para o nascimento do Estado Novo, e segue-se do corpo da
pesquisa com os seus variados títulos e subtítulos em virtude de satisfazer os objectivos e por
fim a Conclusão e Referências Bibliográficas.
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MOÇAMBIQUE E O ESTADO NOVO
1. Advento de Salazar
Segundo Malyn Newitt(2012), após o golpe dado pelos militares ou generais que derrubou o
governo republicano em 1926, passaram-se quatro anos em que os generais apelavam cada
vez mais pelo Professor Antonio de Oliveira Salazar da Universidade de Coimbra.
Em 1928 chamaram o mesmo Salazar, para resolver problemas financeiros, tomando assim o
cargo de Ministro das finanças, em 1930 passou já a controlar o governo como Ministro das
colônias e posteriormente em 1932 tornou-se Primeiro-Ministro até 1968.
De acordo com Newitt (2012), Salazar juntamente com o professor Marcelo Caetano
elaboraram uma nova constituição e criaram uma estrutura ideológica que iria controlar os
assuntos portugueses durante quarenta anos seguintes. Para eles, Moçambique simbolizava
tudo o que existia de errado no regime republicano- caos administrativo, falta de políticas
financeiras e econômicas coerentes, inflação e uma moeda sem valor, domínio estrangeiro e
fraqueza e humilhação internacional. (Newitt, 2012, pg.390)
Por mais que o desenvolvimento econômico de Portugal fosse o âmago da missão de Salazar,
que seria por meio das colônias, Salazar teve o objetivo de estabelecer uma economia
nacional. Onde o próprio desenvolvimento de Portugal seria autofinanciado e as colônias
seriam libertadas.
No governo de Salazar toda liberdade era reprimida, a pobreza institucionalizada e o povo
Africano reduzido a mão-de-obra forçada e a servidão. Como consta em (Newitt, 1995, pg.
391), os quarenta anos de regime portugues, foi para eles um longo pesadelo, em que
posteriormente 1974 retomaram os rumos da sua história,que tinham sidos obrigados a
abandonar em 1926.
Com o objectivo de tornar Portugal numa economia industrializada, as colónias e a metrópole
tinham de se unir numa zona de escudo, e assim constituindo uma economia fechada isto para
alcançar um elevado nível de autossuficiência.
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1.1. A nova constituição social
Conta Newitt (2012), que muito antes de Salazar, houve pessoas que chegaram a conclusão
que era necessário uma reforma e análise e minuciosa da posição da constituição e da lei
pública das colônias, dentre essas pessoas, João Belo iniciara uma série de reformas,
divulgando Bases Orgânicas da administração colonial e o Estatuto político civil e criminal
dos indígenas.
Newitt (2012), Baseando-se nestes o noutros decretos do regime monárquico e republicano,
os ministros de Salazar elaboraram uma série de diplomas que definiam a posição
constitucional das colônias, os diplomas mais importantes foram o acto colonial de 1930 e
constituição portuguesa, a Carta orgânica, divulgadas para cada colônia em 1933.
Esta Legislação transformou as colônias numa entidade legal única com a sua própria
metrópole, que era parte do estado Portugues, haveria então uma lei e uma cidadania comuns,
apesar de permanecer ainda a distinção entre indígenas e não-indígenas, porém somente o
não-indigena que gozava da cidadania plena, e isso não exclui a responsabilidade de civilizar
os indígenas e incorporá-los na cultura portuguesa.
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Salazar estava decidido a reduzir a dependência de Portugal da importação de
alimentos, matérias-primas e produtos Industriais. Enquanto se faziam planos para o
desenvolvimento industrial do país. Planos esses que incluíam o crescimento do
mercado colonial, as colônias eram incumbidas da missão de fornecer as matérias-
primas e os gêneros alimentícios (Newitt 2012, pg.396).
Segundo Nhapulom(2021), as principais causas ou objetivos desta política são: acabar com O
caos administrativo e económico que se vivia em Portugal e nas colónias; acabar com o
domínio do capital estrangeiro não-português, sobretudo com a hegemonia inglesa;
necessidade de obrigar as colónias ao fornecimento das matérias-primas e ao consumo de
produtos portugueses.
O fim dos poderes concessionárias da campanha do Niassa e das grandes companhias dos
prazos em 1929/ 1930 constituiu uma fase importante no desenvolvimento da economia de
Moçambique. As grandes companhias concessionárias tinham agido como senhores feudais,
obtendo os seus lucros do controlo directo da tribulação e da mão-de-obra, da obtenção de
monopólios comerciais e do direito de arrendar subconcessões. Newitt ( 2012)
Caju foi outra história de êxito na década de 1930, até então, o caju tinha sido
recolhido principalmente para destilação das bebidas alcoólicas e somente na década
de 1920 começaram a ser exportadas pequenas quantidades. Por via de regra, o caju
era uma colheita rural, e tornou-se rapidamente uma grande fonte de receitas para os
camponeses (Newitt, 2012, pg. 400).
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2. Os planos de fomento
Salazar manteve a neutralidade durante a segunda guerra Mundial, decidido a que nem
Portugal nem as suas colónias se vissem envolvidos no conflito. No início da guerra, Portugal
favoreceu as potências do Eixo e continuou a vender volfrâmio às indústrias de armamento
alemãs. Salazar começou a pajear abertamente os aliados ocidentais e em 1944 permitiu que a
força aérea dos Estados Unidos usasse os Açores para guerra no Atlântico. Depois da guerra,
Salazar abandonou muitas das características do fascismo e, em 1949, Portugal entrou para a
NATO. Newitt (2012, pg.403-404)
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Para a África portuguesa, a guerra foi um período de grande oportunidade e mesmo
prosperidade. As colónias não foram acertadas pelo conflito em curso. Os preços mundiais
dos produtos das colónias dispararam, e Moçambique e Angola podiam vender a preços
elevados praticamente qualquer produto que retirassem da terra. Moçambique em participar,
beneficiou no sector de plantações. A produção e as vendas de açúcar e chá atingiram novos
máximos e o governo promoveu a cultura organizada de algodão e arroz. No entanto, a
prosperidade dos anos da guerra fez sair finanças de Moçambique da depressão da década de
1930. Idem
Quando Salazar veio ocupar o poder, viu que as somas gastas com os emigrantes
brancos podiam ser objecto de cortes, permitindo o equilíbrio dos orçamentos
colonias. Durante anos, a emigração branca foi fortemente desencorajada, e no início
da década de 1930, a população branca das colónias terá diminuído. (Newitt, 2012,
Pg. 404).
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3.1. O início da industrialização de Moçambique
Dos primeiros e segundos planos para a comercialização permitiu que aparecesse um umas
das indústrias locais e os grandes bancos e das pessoas que se associaram para associarem as
suas finitudes profissionais das indústrias portuguesas foram encorajados para a investigar
nas colónias e criar-se nas suas grandes fábricas, sobretudo nas duas principais cidades a
saber: Lourenço Marques que actualmente chama-se da cidade de Maputo e a cidade da
Beira. Que a fábrica mais importante era a de refinação de petróleo.
Conta Newitt (2012), uma fábrica em Matola, província de Lourenço Marques actualmente
Maputo, especializou-se na refinação de pesado para um significativo mercado de exportação
na África do Sul criando mais um elo industrial vital entre os dois países. Por último
verificou-se um aumento da construção em grande escala nos principais centros urbanos.
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paz de versalhês, mas a África do Sul continuou a pressionar Lourenço Marques, as
condições deploráveis dos territórios da companhia do Niassa.
A estrutura legal da política implementada pelo Estado Novo estava presente no acto
colonial, na carta Orgânica do império colonial Português, publicado em 1930, e na
constituição de 1933. Como afirma Omar Ribeiro Thomaz, essa legislação era produto de
uma ideologia e uma tradição do podre colonial português, que tinha por objectivo de traduzir
como o império deveria ser e actuar em seus territórios.
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4. A administração de Moçambique nas dêcadas de 1950 e 1960
Como nos mostra Newitt (2012), com a vitória dos aliados na segunda guerra mundial,
Salasar achou oportuno mudar o carácter fascista do Estado Novo e adoptar as formas
exteriores de uma democracia liberal.
No início da década de 1950, o direito civil de Portugal e do seu império foi apreciado muito.
Em 1951, a Constituição portuguesa foi objecto de uma revisão e o termo “colónia”, de modo
a evitar que Portugal fosse considerado nos fórus internacionais como uma potência colonial,
e passou-se a se designar por Província Ultramarina, acentuando a reivindicação do regime de
que os territórios africanos e Portugal constituiam um único País indivisível. “Em 1953, foi
publicada a lei orgânica de Portugal Ultramarino e em 1955 seguiu-se um Estado para
Província de Moçambique”, Newitt (2012).
Em 1959 foi criado um conselho de coordenação económica. O governo geral exercia o seu
cargo através do Conselho do Governo, constituido por secretários provinciais, militares, o
procurador geral da Reupública, o Ministro das Finanças e dois membros da assembleia
legislativa. Ao nível local havia nove distritos: Lourenço Marques, Gaza, Inhambane, Manica
e Sofala, Tete, Zambézia, Cabo-Delgado e Niassa.
O rítimo lento do aumento populacional esteve sem dúvida ligado à falta de uma assistência
médica adequada que caracterizou Moçambique até à dêcada de 1960. As doenças mais
comuns eram: a malária, a doença do sono, a lepra e a bilharzíase, Newitt (2012).
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Em 1929, o governo havia criado unidades de combate à malária e doença do sono e a pós
segunda guerra mundial, a bilharzíase, a tuberculose e a lepra foram acrescentadas à lista.
Em 1940, o departamento de saúde empregava 78 médicos, 166 enfermeiros de diversos
graus e 102 enfermeiros africanos.
Samora Machel, por exemplo, entendia que o progresso na educação lhe estava vedado a
menos que se tornasse católico baptizado, e assim, para progredir, aderiu à Igreja, Idem.
A família Machel era Metodista Livre, sem uma grande vontade de enviar para uma escola
católica, mas era isso ou nada, Christie Iain (1996).
Esta imposição, como nos narra Christie Iain, enraiveceu muitos josvens moçambicano. No
caso de Samora Machael a raiva não derivava de uma piedade protestante ferida, mas da
percepção de que o objectivo era, citando próprio Samora, “não educar mas ensinar doutrina
(...) O objetivo principal da Missão era endoutrinar-nos, fazer de nós católicos romanos”.
Idem
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CONCLUSÃO
Como vimos, Estado Novo foi uma organização política económica, isto é, um governo,
formado em Portugal sob o comando de António de Oliveira Salasar. Em que anteriormente,
o governo
O Estado surgiu num contexto de crise económica, eis a razão de alguns generais chamarem
Salasar em 1928 para resolver problemas financeiros, tomando assim o cargo de Ministro das
finanças. E em 1930 tornou-se Ministro das colônias.
As medidas económicas tomadas por Salasar tinham como objetivo, estabilizar o escudo e as
moedas coloniais, isto é, as colónias punham-se em serviço com o intuito de manter a
economia da Metrópole, neste caso, Moçambique sendo uma das colónias mais ricas de
Portugal, disponibilizava matérias primas e Mão-de-obra ao serviço da economia portuguesa.
Queremos terminar com as nossas huldes gratidões ao docente, que nos recomendou fazer
este trabalho, e nós estamos bem contentes, por que deu para saber o que antes não sabiamos,
a todos que duma ou doutra forma nos ajudaram a elaborar o mesmo trabalho, endereçamos o
nosso muito obrigado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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