Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução ................................................................................................................................ 2
Objectivos ................................................................................................................................ 2
Geral ........................................................................................................................................ 2
Especifico ................................................................................................................................ 2
Metodologia ............................................................................................................................. 2
O Mussoco. .............................................................................................................................. 5
Conclusão .............................................................................................................................. 10
Objectivos
Geral
Compreender A companhia de Moçambique
Especifico
Fazer a descrição da breve história desta companhia
Trazer uma cronologia e caracterizar essa companhia
Detalhar e trazer aspectos principais desta companhia
Metodologia
Para a realização e concretização deste trabalho foi necessário e muito importante o uso do
método de pesquisa bibliográfico associado a leitura de alguns manuais da cadeira fornecidos
pelo docente da cadeira, assim como a leitura de alguns livros e artigos pela internet com o
objectivo de melhorar o discurso do trabalho
O Centro e a Companhia de Moçambique
A ocupação de Manica e Sofala pela Companhia Majestática de Moçambique marca, na história
da região, a transição do período mercantil para o período da dominação imperialista. Esta
transformação qualitativa foi possível através da intervenção directa do capital na esfera
produtiva, engendrando na esfera das estruturas pré-capitalistas novas formas de produção
determinadas pelas necessidades de acumulação capitalista à escala mundial. A actuação do
capital deixou de ser somente a circulação de mercadorias para se centrar, sobretudo, na
produção de mercadorias, explorando, sob diversas formas, a força de trabalho da população
local nas plantações, nas “farms”, na extracção mineira, dominando e controlando a produção
camponesa.
A competição entre os capitais britânicos e franceses dava uma certa margem de manobra ao
Governo português que, porém, precisava de aprovar todas as medidas favoráveis à Companhia
de capitais no território. A exploração económica levada a cabo pela Companhia de Moçambique
nos territórios de Manica e Sofala, entre 1892 e 1942, assentou nos seguintes aspectos
fundamentais:
O Mussoco não era uma instituição nova nas relações sociais a norte do rio Púngoé. Os
camponeses através do mussoco, renda em géneros, canalizavam parte dos seus excedentes
agrícolas para a elite prazeira, sendo, muitas vezes, utilizados para alimentação dos A-chicundas.
Cobrava-se também em produtos exóticos para a exportação (marfim, mel de abelhas, etc.).
Com a penetração crescente do capitalismo colonial, o mussoco passou a ser cobrado em
trabalho e, depois, em dinheiro, o que exprime uma profunda mudança nas relações sociais de
produção.
A Política Concessionária
A política concessionária desenvolvida pela Companhia de Moçambique baseava-se no direito
de posse sobre a terra conferido por uma Carta Concessionaria. Para a Companhia, o
arrendamento da terra às empresas subsidiárias ou aos colonos, constituía uma actividade
especulativa bastante rentável. Existiam diferentes tipos de concessões:
Concessões Mineiras
O arrendamento de terrenos para a exploração de pedras de materiais preciosos e de minas em
geral concentrava-se na actual província de Manica - O mito do ouro. Várias sociedades
adquiriam claims (terrenos) em volta de Macequece, iniciando-se a prospecção e exploração
mineira (ouro).
As obras de construção foram concluídas, desde Beira a Untáli, a 10 de Julho 1900. Em 1925,
um contrato celebrado entre a Companhia de Moçambique e The Porto of Beira Devolopment
Corporation culminou com a construção do Porto da Beira, concluído em 1929.
Concessões Agrícolas
Só a partir de 1895/96 é que apareceram algumas concessões de relativa importância. Entre as
concessões mais importantes feitas nesses anos, contam-se:
Os primeiros anos foram desastrosos para os colonos. Mortes, desaparecimentos, fugas para os
territórios vizinhos por motivo de insolvência, troca de agricultura pela actividade comercial foi
o saldo das actividades dos colonos. A causa do fracasso da colonização teria residido na falta de
capital e de preparação técnica ou de experiência prática de agricultura, numa altura em que o
conhecimento das condições agrícolas da região era diminuto. Tal situação, tornava-os
dependentes do apoio da Companhia em tudo
Face à crise, João Pery de Lind decidiu criar em 1911, a Repartição de Trabalho Indígena (RTI),
com a função de centralizar a procura e a oferta de mão-de-obra. Persuadiu os farmeiros a
aceitarem trabalhadores provenientes dos distritos de Moçambique, Tete e Zambézia, além da
mão de-obra recrutada localmente. Mais tarde (1926/7) a angariação de trabalhadores para
serviços particulares deixou de ser feita pelos funcionários da Companhia, para passar a ser feita
pela Associação do Trabalho Indígena (ATI).
Na mesma altura, a RTI foi substituía pela Direcção dos Negócios Indígenas (DNI) com funções
similares. O recrutamento directo foi retomado em 1926/31, em consequência de crise de mão-
de-obra provocada pela crise mundial.
O Sistema Monetário
A companhia gozava do direito de emissão de moeda. Uma das primeiras medidas tomadas face
à situação financeira do território consistiu no afastamento das moedas que vinham circulando
(rupia da Índia inglesa, peso Maria Teresa, pataca mexicana, shillings e moedas portuguesas de
prata e cobre) e na adopção das moedas de prata e ouro portuguesas para os pagamentos,
admitindo-se as de cobre como moedas subsidiárias. Para a emissão das moedas fundou-se o
Banco da Beira, que teve pouca duração, tendo sido substituído na sua função pelo Banco
Nacional Ultramarino
Conclusão
A companhia de Moçambique foi uma companhia majestática da colonia portuguesa em
Moçambique com direitos de soberania delegados pelo Estado. Tinha a concessão das terras que
abrangem as actuais províncias de Manica e Sofala. A Companhia teve a sua sede na Beira, onde
controlava a administração pública e os correios, tendo inclusivamente criado um banco privado
o Banco da Beira que emitia moeda, com a denominação de Libra.
Referencias Bibliograficas
ROCHA, Aurélio. Associativismo e Nativismo em Moçambique: Contribuição para o Estudo das
Origens do Nacionalismo. Maputo, Texto Editores, 2006.
PÉLISSIER, René. História de Moçambique: Formação e Oposição 1854-1918, Lisboa, Editorial
Estampa, Vol. I, 1994.
SERRA, Carlos (Coord.). História de Moçambique, Vol. 1. Maputo, Livraria Universitária,
UEM, 2000.
SOUTO, Amália Neves. Guia bibliográfica para o estudante de História de Moçambique, 1ª Ed.,
Maputo, Imprensa Universitária, UEM/CEA, 1996.
BOHAEN, A. Adu (ed). História Geral de África – A África Sob a dominação Colonial, 1880-
1935, Vol. VII, Paris, UNESCO/África, 1991.