Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

O pagamento diferido no contesto da estabilidade financeira da Administração Colonial


Portuguesa em moeda Estrangeira.

Sarneta Fenias Mapazene Mente:41210724


Maxixe, Março de 2024
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

O pagamento diferido no contesto da estabilidade financeira da Administração Colonial


Portuguesa em moeda Estrangeira.

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de História do ISCED.
Tutor:

Sarneta Fenias Mapazene Mente:41210724

Maxixe, Março de 2024


2
Índice
1. Introdução. ................................................................................................................................................4

Objectivos ..................................................................................................................................................4

1.2. Geral....................................................................................................................................................4

1.3. Especifico............................................................................................................................................4

1.4. Metodologia. .......................................................................................................................................4

2. O pagamento deferido no contesto da estabilidade financeira da Administração Colonial Portuguesa em


moeda Estrangeira. .........................................................................................................................................5

2.1. A crise na Agricultura captalista de 1930. ..........................................................................................6

2.2. Singular Indústria da mineração. ........................................................................................................7

3. Conclusão. ..................................................................................................................................................8

4. Referencias Bibliográficas. ........................................................................................................................9

3
1. Introdução.

O presente trabalho visa abordar sobre o tema o pagamento diferido no contesto da


estabilidade financeira da Administração Colonial Portuguesa em moeda Estrangeira, nos
últimos anos da dominação colonial portuguesa, a economia de Moçambique estava
centralizada nos corredores de exportação de mão-de-obra para as minas na África do Sul,
transporte ferroviário da costa moçambicana para os países vizinhos, que gerava receitas
através do pagamento diferido e do mecanismo da cláusula de ouro, e na agricultura centrada
nas culturas obrigatórias de algodão e castanha de caju para exportação como matéria-prima
da indústria transformadora na metrópole, o asbestos, tântalo, nióbio, carvão e a bauxita,
quantidades de cobre e ouro, gás natural e reservas de petróleo fez com que o governo
português abrandar as restrições aos investimentos estrangeiros das províncias
ultramarinas.

Objectivos

1.2. Geral

 Compreender o envolvimento de pagamento diferido para o estado colonial português em


Moçambique.

1.3. Especifico.

 Explicar os factores que contribuíram para crise capitalista de 1930.


 Identificar as causas da redução da mão-de-obra no pagamento diferido no sector da
mineração;
 Explicar as causa que contribuíram para que o governo português abrandasse as restrições
aos investimentos estrangeiros das províncias ultramarinas.
1.4.Metodologia.

Segundo Marconi & Lakatos (2009), definem a metodologia como conjunto detalhado e
sequencial de métodos, técnicas científicas a serem executadas ao longo de pesquisa, de
tal modo que se consiga atingir os objectivos inerentes e ao mesmo tempo, atender aos
critérios de menor custo, maior rapidez, maior eficácia e mais contabilidade de
informação. Neste diapasão a realização do trabalho em curso baseou-se no método
exploratório bibliográfica pertinente

4
2. O pagamento diferido no contesto da estabilidade financeira da Administração
Colonial Portuguesa em moeda Estrangeira.
O governo português actuou em relação a produção de algodão promulgando normas que
determinava normas de no sector agrícola dos camponeses quanto ao algodão. O governo
criou grandes autorizações de áreas a companhias concessionárias que se envolviam a
construir fábricas de cascar e montar um armazém em cada zona.
A governação tinha o papel de difundir e determinar a cultura repartir sementes a
população camponesa, fornecer insumos, comercializar a produção, descaroçar para
exportação de fibras e vigiar os camponeses. Demais acções do novo comando
contribuíram para incremento das posições burguesas e inglesas em Moçambique.
Por exemplo após o golpe Portugal autorizou um financiamento a Moçambique para
cobrir débitos externos, isso facilitou crescentes importações de vinho português que
aumentou as capacidades de litros em 1930. Como consequência largou-se o projecto de
encontrar capitais ingleses para desenvolvimento do Sul de Moçambique e rubricou-se na
década 20, uma nova convenção com África do Sul.
O pagamento diferido auxiliou para a estabilidade financeira da administração colonial
em moeda estrangeira. No que tange a mão-de-obra, os contingentes a serem recrutados
eram formados para atender às necessidades dos colonos do sul de Save e das minas e
plantações da União sul-africana.

Pelo acordo, pode-se ter a impressão de que os dois governos elegeram prudentemente
seguir um caminho de cooperação útil. Depois a convenção começou a ser inquerido
devido a:
 O desequilíbrio agrícola capitalista de 1930, forçar a Administração da União a pressionar
a Câmara de Minas para boicotar o recrutamento de mão-de-obra moçambicana.
 A indústria de mineração, tinha uma taxa de crescimento estável, iniciou a contratar
trabalhadores sul-africanos nativos.
Esta medida resultou na redução da mão-de-obra e no diferimento de pagamentos,
afectando a governo colonial Português e o comércio em Moçambique. Para a WENELA,
esta circunstância contribuiu na redução imensa dos custos de recrutamento, basicamente
nos salários pagos a agentes de recrutamento e despesas com transporte, vestuário e
mantimento para trabalhadores estrangeiros moçambicanos.

5
A consequência directa em Moçambique foi o desrespeito das disposições do acordo que
previa a contratação de 85.000 trabalhadores em 1932 e não de 58.380, como acontecia. O
diferimento de pagamentos, notou-se uma redução afectando as autoridades portuguesas e
o comércio em Moçambique.
As negociações em Lourenço Marques, iniciaram aos 11 de Julho de 1934, o que resultou
na implementação de mudanças significativas na convenção de 1928, com objectivo de
acabar com a área de jurisdição e interesse de tráfego, e diminuir o número mínimo de
produtos do solo e da indústria moçambicana que tinham livre-trânsito no país e sem
limite de trabalhadores nas minas.

2.1. A crise na Agricultura capitalista de 1930.


Os recursos das colónias nos anos de 1930, propôs-se a imposição de um controle mais
rigoroso e directo. Para isso fora usado varias medidas, a saber:

 A Lei colonial incorporada na constituição portuguesa de 1933 que prezava a união de


território, isto é, significava a eliminação do sistema de companhias Majestáticas e
arrendamento da terra, assim unificando a Administração colonial que encarregava-se
na regulamentação de recrutamento e divisão da força de trabalho entre diferentes
sectores económicos, plantações, trabalhos públicos, minas. Para o desenvolvimento da
indústria metropolitana as políticas tinham que tomarem as colónias eficazes na
produção de matérias primas necessárias. Implementou-se caderneta indígena e dos
cartões mensais para controlo dos trabalhadores.
 Revitalização das produções existentes com objectivo de dinamizar a produção de
sisal, coqueiro, e açúcar, introduziu-se novas produções nomeadamente: o algodão,
café em meados de 1930, e o chá na década 1940, e expandiu-se o algodão como
cultura obrigatória de produção comercial, na industria alimentar, mapira, arroz e
milho para ser vendidas as companhias comerciais com monopólio em particular.
Implementou-se ainda o melhoramento do sistema das cobranças dos impostos, onde o
imposto de palhota substituiu o imposto de capitação que moveu-se de forma dedicada
para a consolidação dos seus domínios nos anos 1942, onde as mulheres foram
inclusas. As reformas de salários e organização de serviços sociais nas cidades foram

6
dirigidas pelas classes médias e baixas nativas, e consequentemente nos anos de 1950
foi admitida aos nativos a formação das cooperativas de produção e comercialização.

2.2. Singular Indústria da mineração.


Em 1960 os recursos minerais e da indústria, se revelou pouca ou nula e a colónia parecia
não produzir mais do que os modernos lucros vindos da agricultura, no entanto a
descoberta de vários minérios relevantes incluindo o asbestos, tântalo, nióbio, carvão e a
bauxita, além de quantidades de cobre e ouro, gás natural e reservas de petróleo fez com
que o governo português abrandasse as restrições aos investimentos estrangeiros das
províncias ultramarinas. Contribuindo no encorajamento de abundância massiva da
moeda estrangeira em Moçambique.

O Investimento da década de 1960 limitava-se essencialmente nos projectos agrícolas


onde a proveniência era Inglaterra, por exemplo a Sena Sugar Estatais era uma das
companhias mais importantes desta fase inicial de investimento, e possuía capital
maioritário britânico, como maior produtor do açúcar de todas as colónias portuguesas
entre 1965 e 1966, comparticipou com 70% da produção total; e empregava 25000
trabalhadores africanos, e no ano 1967 apresentou uma receita de 1.400.000 libras, antes
da redução do imposto.

7
3. Conclusão.
A fonte principal de receitas do Estado proveniente da venda da mão-de-obra mineira era
através do sistema obrigatório do pagamento diferido de uma percentagem fixa dos salários
dos mineiros. Sob certas cláusulas das Convenções estas somas de pagamentos diferidos eram
transferidas para o Estado português na forma de ouro valorizado a um preço especial. Este
sistema terminou em 1977 quando a África do Sul revalorizou as suas reservas de ouro em
consequência de uma emenda aos artigos de Acordo com o Fundo Monetário Internacional.

O pagamento diferido sobre o ouro permitia ao estado português receber em vez de dinheiro,
ouro. O momento do pagamento diferido era substituído em ouro a câmbio fixo Rand=Ouro,
que nunca se alterou. Esse ouro era depois vendido pela África do Sul no mercado
internacional e o valor depois entregue a Portugal.

8
4. Referencias Bibliográficas.

1. KHAN, Abdul Magid. Contencioso económico-financeiro entre Portugal e Moçambique na


Transição à Independência. Lisboa, Setembro de 2018.
2. MALOA, Tomé Miranda. História da economia socialista Moçambicana. Dissertação de
Mestrado em história económica. São Paulo, 2016.
3. FERNANDES, Carlos Manuel Dias. Dinâmicas de pesquisa em ciências sociais no
Moçambique pós independente: o caso do Centro de Estudos Africanos, 1975-1990.
4. GIMENEZ, Denis Maracci. SANTOS, Anselmo Luís dos. A grande depressão dos Anos
1930 e a crise atual: contra pontos e reflexões.

Você também pode gostar