Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ednólia Inocêncio
Licenciatura em Geografia
Universidade Save
Chongoene
2022
1
1
Ednólia Inocêncio
Universidade Save
Chongoene
2022
1
Índice
0.0 Introdução..................................................................................................................3
1.0. Objetivos...................................................................................................................4
1.1.1. Objetivo Geral.......................................................................................................4
1.1.2. Objetivos específicos.............................................................................................4
1.1.3 Metodologias..........................................................................................................4
2.0. Penetração Mercantil Portuguesa.............................................................................5
2.1. Comércio de Marfim.................................................................................................6
2.2. Intervenientes da Penetração Mercantil Portuguesa.................................................7
2.3. Objetivos da Penetração Mercantil Portuguesa........................................................7
2.4. Características Políticas da Penetração Mercantil Portuguesa.................................7
2.5 Características Socioeconómicas da Penetração.......................................................7
2.6. Características Ideológico e Cultural........................................................................8
2.7 Características sociais................................................................................................8
3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................9
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................10
2
0.0 Introdução.
No inicio do seculo XVI existiam provavelmente alguns milhares de mouros, o termo com
que os portugueses designados swahili, no império dos mueneputapa. Não comerciavam
apenas: passaram também a trabalhar cobre e ferro. No mesmo período, cerca de 400
mouros estavam estabelecidos em Sofala. O ouro constituía o principal artigo de comércio:
com efeito, já muito antes da chegada do, mercadores portugueses os swahili-arabes
controlavam o ouro vindo do império de Mwenemutapa (CARLOS SERRA 2000).
Importa-nos referir que o objectivo do presente trabalho é apresenta uma visão geral acerca
de penetração mercantil portuguesa em Moçambique, seus intervenientes, objectivos e
características económicas, sociais, politicas e culturas.
3
1.0. Objetivos
1.1.1. Objetivo Geral
Trazer a concepção da penetração mercantil Portuguesa em Moçambique.
1.1.3 Metodologias
Segundo HEGEMBERG citado por MARCONI e LAKATOS (2000) ‘método é o caminho
pelo qual se chega a determinado resultado ainda que esse caminho não tenha sido fixado
de antemão de modo reflectido e deliberado’. Para elaboração deste trabalho recorreu-se a
observação indirecta, através das consultas e leituras bibliográficas, levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como
livros, artigos científicos, obras que versam sobre a penetração mercantil portuguesa em
Moçambique dados cujas referências estão patentes na última página deste trabalho.
4
2.0. Penetração Mercantil Portuguesa
Foi fundamentalmente o ouro que trouxe os Portugueses a Moçambique. O ouro permitia-
lhes comprar entre outras coisas as especiarias asiáticas com as quais a burguesia mercantil
portuguesa penetrava no mercado europeu de produtos exótico. Moçambique passou a
constituir uma espécie de reserva de meios de pegamentos das especiarias e essa foi a razão
por que os portugueses se fixaram no país, primeiros como mercadores e, só mias tarde,
como colonizadores efetivos (CARLOS SERRA 1885).
A fixação fez se inicialmente no litoral, particularmente em Sofala em 1505 e na ilha
Moçambique em 1507. Com a fixação em Sofala esperavam os portugueses controlar as
vias de escoamento de ouro do interior, e em menor escala, de marfim, as tinham em Sofala
o seu término.
Até 1530 os mercadores portugueses tentaram lutar sem êxito contra a concorrência que
fizeram os Swahili-arabes, que transformaram Angoxe no novo centro escoador de ouro,
tornando, assim estratégica a via fluvial do Zambeze, bem como contra o bloqueio de certas
dinastias Karanga-chona á passagem das mercadorias da costa-tecidos e missangas-para o
interior. E exemplo deste ultimo caso o soberano Inhamunda, do estado de e Quiteve, em
aliança com os Changamire do Butua, dificultou durante muitos anos os contactos com o
Mwenemutapa. O ouro do mesmo tipo de bloqueio encontrava se na dinastia de Chicanga
de Manica (CARLOS SERRA 1885).
A partir de 1530, os portugueses decidiram penetrar no vale do Zambeze. Como corolário,
Tete e Sena são fundados em 1530 e Quelimane em 1544. Tratava se agora, já não da
tentativa de controlo das vias de escoamento de outro, mas dos próprios acesso as zonas
produtoras. Os Swahile-arabes foram gradualmente substituídos como intermediários
comerciantes em Zimbabwe e no Vale, não sem intensa luta.
O Mwenemutapa lutava na altura para manter sobre a sua tutela não apenas os restantes
membros da aristocracia do Mwenemutapa, como, também o estrato dominante dos estados
satélites. E neste contesto de luta intra e interdinastias que os mercadores portugueses que
se introduzem na capital de Mwenemutapa, tornando aqueles crescentemente dependentes
do auxílio militar portuguesa (CARLOS SERRA 1885).
A penetração mercantil fez se acompanhar do fluxo de tecidos adquiridos na Índia e de
missangas compradas em Veneza, destinados ao estrato dominante do Mwenemutapa.
Esses tecidos de missangas perdiam a sua qualidades de mercadorias ao entrarem no estado
5
e transformavam se em bens de prestígio, suporte de realidade política e de submissão. Por
outras palavras os canais por que passavam a circular não eram mais os mercantis, os de
poder e parentesco.
Foi a necessidade de um suprimento regular de tecido e de missanga cuja a missão era
politica e não económico, que conduziu o Mwenemupata a fazer concessões crescentes aos
mercadores portugueses e alienar virtualmente o território. A alienação expressou se na
cedência ou na venda de terras ricas em meios de ouro ou em ouro fluvial.
6
ouro a te a terra e presa ao elefante: homem, o próprio produtor, a mateira prima
humana.
Já no seculo XVII tinham saído escravos do país. Mas os objetivos nem os efetivos
coincidiram com os do seculo XVIII em diante: algumas dezenas, talvez centenas, de
mulheres que iam geralmente para as casas de portugueses e indianos em Goa e India.
A partir dos meados do seculo XVIII, a situação muda radicalmente.
Em um documento de 1762, um anonimo escreveu terem saído 1100 escravos de
Moçambique, sem 30n de Sena, 200 de Sofala, 400 de Inhambane e 200 das Ilhas
Quirimbas. Ma s em 1790 um escritor português observa que a costa de Moçambique
lançava de si quatro, a cinco mil, e mas por ano.
Numa primeira fase, desde cerca de 1740, os escravos eram adquiridos pelos franceses
que os levavam para trabalhar nas suas plantações de açúcar e de café nas Ilha da
Mascarenhas do indico (CARLOS SERRA 1885).
Na segunda fase e dadas as solicitações em mão-de-obra da América do Sul, sobretudo
do Brasil – para assegurar a produção nas plantações de açúcar, café, cacau e algodão,
entre outras, e nas minas de ouro e diamantes - mercadores brasileiros, no norte-
americano e centro-americano começaram a parecer na costa moçambicana e, nos
primórdios do seculo XIX, o trafico para as américas predominava sobre o trafico para
as Mascarenhas.
Na terceira fase, sobretudo apos a abolição oficial do tráfico em 1836e em 1842, a saída
clandestina de escrevo fazia se essencialmente através dos xeicados de Quitagonha,
Sancul, Sangage e do Sultanato de Angoxe, bem como dos prazos.
A atividade mercantil dos escravos traficantes de escravos não era alheia ao
desenvolvimento industrial europeu. Através do trabalho escravo, as indústrias
europeias recebiam produtos como o café, o cacau e o açúcar. Porem o capital
indústrias não era ainda dominante nesse período, o q uso acontecera generalizadamente
a partir dos meados do seculo passado.
Ad duas áreas onde, por
7
2.3. Objetivos da Penetração Mercantil Portuguesa
A procura de ouro profundamente trouxe os Portugueses a Moçambique, pois com
ele permitia-lhes comprar os produtos orientais, as especiarias, as especiarias
asiáticas com as quais a burguesia mercantil portuguesa penetrava no mercado
europeu de produtos exóticos. Moçambique passou a constituir uma espécie de
reserva de meios pagamentos de especiarias por essa razão os portugueses fixaram
primeiros como mercadores e só mais tardes como colonizadores efetivos. ROCHA,
(2006).
8
2.7 Características sociais
O processo do trabalho nas minas era geralmente organizado no quadro das
relações de parantestico e a divisão das tarefas no decorrer do processo produtivo
fazia se de acordo com esse quadro;
Era sobre tudo mulheres e crianças que trabalhavam nas minas ou, pelógenos,
9
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SERRA, CARLOS. História de Moçambique. Penetração mercantil portuguesa em
Moçambique. Maputo- volume I. 2000.
10