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Universidade Pedagógica
Nampula
2018
Lucas Fernando Fundi
Universidade pedagógica
Nampula
2018
Índice
Introdução ………………….…………………………………………..…………...…...3
Conclusão……………………………….…………………………………….…………9
Referencias bibliográficas ……….…….…….…….…………………………………..10
Introdução
O presente trabalho visa dar uma visão mais profunda sobre o tema a expansão marítima
europeia e a presença portuguesa em Moçambique que teve seu início pela conquista da
cidade de Ceuta localizada no norte da África, que é o importante centro comercial, lá
eram negociadas vários tipos de mercadorias: seda, marfim, ouro e escravos.
Por volta de 1600, Portugal começou a enviar para Moçambique colonos, muitos de
origem indiana, que queriam fixar-se naquele território. Esses colonos, muitas vezes
casavam com as filhas de chefes locais e estabeleciam linhagens que, entre o comércio e
a agricultura, podiam tornar-se poderosas.
Em meados do século XVII, o governo português decide que as terras ocupadas por portugueses
em Moçambique pertenciam à coroa e estes passavam a ter o dever de arrendá-las a prazos que
eram definidos por 3 gerações e transmitidos por via feminina
Expansão marítima Teve seu início com a conquista da cidade de Ceuta. Localizada no
norte da África, importante centro comercial, lá eram negociadas vários tipos de
mercadorias: seda, marfim, ouro e escravos. (Além do interesse comercial, significava
também a continuidade da reconquista cristã, pois ajudou a libertar a navegação
comercial europeia dos piratas marroquinos, donos da conquista de Ceuta.)
Por volta de 1600, Portugal começou a enviar para Moçambique colonos, muitos de
origem indiana, que queriam fixar-se naquele território. Esses colonos, muitas vezes
casavam com as filhas de chefes locais e estabeleciam linhagens que, entre o comércio e
a agricultura, podiam tornar-se poderosas.
Em meados do século XVII, o governo português decide que as terras ocupadas por
portugueses em Moçambique pertenciam à coroa e estes passavam a ter o dever de
arrendá-las a prazos que eram definidos por 3 gerações e transmitidos por via feminina.
Esta tentativa de assegurar a soberania na colónia recente, não foi muitos êxitos porque,
de facto, os "muzungos" e as "donas" já tinham bastante poder, mesmo militar, com os
seus exércitos de "xicundas", e muitas vezes se opunham à administração colonial, que
era obrigada a responder igualmente pela força das armas.
Não só estes senhores feudais não pagavam renda ao Estado português, como
organizaram um sistema de cobrar o "mussoco" (um imposto individual em espécie,
devido por todos os homens válidos, maiores de 16 anos) aos camponeses que
cultivavam nas suas terras. Além disso, minoravam ouro, marfim e escravos, que
comerciavam em troca de panos e missangas que recebiam da Índia e de Lisboa. Até
1850, Cuba foi o principal destino dos escravos provenientes da Zambézia.
Em 1890, o futuro "Comissário Régio" António Enes decreta, numa revisão do Código
de Trabalho Rural de 1875 (que estabelecia apenas a obrigação "moral" dos colonos
(leia-se camponeses indígenas) de produzirem bens para comercialização), que o
camponês já não tem a opção de pagar o "mussoco" em géneros: "…O arrendatário
[dos Prazos] fica obrigado a cobrar dos colonos em trabalho rural, pelo menos metade
da capitação de 800 réis, pagando esse trabalho aos adultos na razão de 400 réis por
semana e aos menores na de 200 réis."
Esse decreto impunha ainda aos prazeiros a ocupação efectiva das terras arrendadas e o
pagamento à autoridade colonial da respectiva renda. Mas os prazeiros não tinham
conseguido converter a sua actividade de simples fornecedores de escravos ou de
pequenas quantidades de produtos na de organização das plantações, não só por falta de
preparação (ou de vocação), mas também por falta de capital. O resultado foi terem sido
obrigados a subarrendar ou vender os seus prazos, terminando assim a fase feudal desta
porção de Moçambique.
O propósito, já não era o simples controlo do escoamento do ouro, mas sim de dominar
o acesso às zonas produtoras do ouro. Esta fase da penetração mercantil é designada de
fase de ouro. As outras duas últimas por fase de marfim e de escravos na medida em que
os produtos mais procurados pelo mercantilismo eram exactamente o marfim e os
escravos respectivamente.
A abolição do sistema prazeiro pelos decretos régios de 1832 e 1854 criou condições
para a emergência dos Estados militares do vale do Zambeze que se dedicaram
fundamental ao tráfego de escravos, mesmo após a abolição oficial da escravatura em
1836 e mais tarde em 1842.
Nesta região do País foi desenvolvida basicamente uma economia de serviços assente na
exportação da mão de obra para as minas sul-africanas e no transporte ferro-portuário
via Porto de Maputo.Estada divisão económica regional explica a razão da actual
simetria de desenvolvimento entre o Norte e o Sul do País.
O ouro foi transportado para a Europa e usado como moeda de troca na Índia, para a
compra de especiarias. O marfim também serviu para produzir objectos de adorno.
Situação geográfica favorável – a longa extensão da costa Portuguesa fez com que
desde muito cedo, os Portugueses adquirissem experiência marítima. Desde o século
XII que aventurava do comércio marítimo de longa distância, entre a península Ibérica e
o norte da Europa.
Condições políticas e sócias – a crise do século XIV tinha feito sentir a falta de metais
preciosos, cereais, mão-de-obra e matérias-primas. Todos os grupos sociais (clero,
nobreza, e povo) eram favoráveis a expansão e viam-na como a solução dos problemas
económicos. A coroa Portuguesa pretendia agradar ao papa com a conquista de novos
territórios para a igreja cristã, espalhando a fé e lutando contra os inimigos muçulmanos
do norte de África.
Conclusão
Desta forma concluímos que maior parte dos moçambicano as populações macúa-lómué
foram as mais sacrificadas pela escravatura. Muitos deles foram exportadas para as ilhas
Mascarenhas, Madagáscar, Zanzibar, Golfo Pérsico, Brasil e Cuba. Até cerca de 1850,
Cuba constituía o principal mercado de escravos Zambezianos.
Bibliografia