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Introdução
Este trabalho foi-nos proposto pelo Tutor da cadeira de Evolução do Pensamento
Geográfico, com o objectivo de ficar a conhecer melhor a abordagem do tema o lugar da
terra no universo um dos temas a desenvolver nas aulas.

O presente trabalho esta estruturado em cinco capítulos que iremos abordar a seguir.

A largada ocorreu no primeiro capitulo, com objectivo de compreender a importância de


do tema Esfera Celeste para o curso de Ensino de Geografia, buscando simplesmente
apontar o papel importante, no desempenho das actividades do professor de Geografia.

O segundo capitulo destacamos a conceitualização das Galáxias e Via – láctea, as suas


descobertas e componentes respectivamente.
No terceiro, quarto e quinto conceptualizamos o sistema solar, os planetas, a terra e os
seus movimentos, descrevendo as suas respectivas características.
Esse estudo é uma pesquisa descritiva, qualitativa, de cunho teórico, elaborado por meio
de análise de dados disponíveis na literatura, caracterizando uma revisão bibliográfica.
Para tanto, foram utilizados artigos científicos, manual da Evolução do Pensamento
Geográfico, e trabalhos científicos sobre os temas abordados.
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A Esfera Celeste

A esfera celeste é uma esfera ideal de raio arbitrário, com centro em um ponto qualquer
do espaço, sobre a superfície da qual estão projectadas as posições relativas dos astros.
Esfera celeste é uma esfera imaginária de raio indefinido, centrada na Terra. A abóboda
celeste vista de um lugar qualquer sobre a Terra é parte da esfera celeste. Todos os
objectos visíveis têm sua projecção nessa esfera. Portanto, suas posições relativas são
aparentes. Suas posições verdadeiras dependem das distâncias em que eles se encontram
da Terra.

Observando o céu de qualquer lugar da Terra, vêmo-lo como uma semi-esfera, cujo
centro da curvatura parece o local onde estamos. Se mudarmos para qualquer outro
lugar e qualquer que seja o sentido, temos a sensação de que a Terra está envolvida por
uma esfera, em cuja superfície interna se encontram todos os astros, à mesma distância
de nos.
A essa esfera aparente, que é uma esfera ideal, oca, com o centro no lugar de
observação e em cuja superfície interna imaginamos fixos os astros, chamamos esfera
celeste.

Em Astronomia definimos a «esfera celeste» como um globo fictício de raio indefinido,


cujo centro radial é o olho do observador. Na esfera celeste, os pontos das posições
aparentes dos astros, independente das suas distâncias marcam esta superfície
hipotética.

Esta superfície onde aparentemente estão as estrelas fixas, gira em torno duma linha
chamada PPI, denominada linha do eixo do mundo, ou linha dos pólos. Perpendicular
a este eixo existe uma superfície circular plana denominada EE', que é definida como
o equador celeste. Observando-se a superfície circular do ponto de vista do hemisfério
norte do plano equatorial e imprimindo-se um movimento no sentido horário no círculo
equatorial temos um eixo ZZ', que é vertical ao lugar onde se encontra o observador, é
chamado Zénite (Z, ao Norte) e Nadir (Z', ao Sul). Esta linha vertical tem,
atravessando-a, um plano perpendicular que é chamado horizonte celeste. As rectas PPI
e ZZ formam um plano chamado plano meridiano do lugar. A direcção OS é o Sul, e a
direcção ON é o Norte. Perpendicularmente, ou na horizontal, temos uma linha
chamada linha este-oeste. Portanto, quando o observador olha para o Norte tem o Leste
à sua direita e o Oeste à esquerda.
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Na verdade, tudo o que vemos no céu está de tal modo tão distante que as posições
relativas, inclusive os movimentos, são impossíveis de determinar apenas por
observação visual, o que torna correcta a abstracção. Como as distâncias são também
indeterminadas, apenas necessitamos de saber a inclinação dum ponto relativo å
superfície da Terra para o conseguirmos projectar no céu. Desta forma, o modelo da
esfera celeste com as estrelas fixas, é uma ferramenta muito útil no campo da orientação
espacial da navegação astronómica.

À medida que a Terra gira em torno do seu eixo, os objectos na esfera celeste parecem
rodar em torno dos pólos celestes. Por exemplo, o Sol parece surgir todos os dias a Este
e desaparecer a Oeste, da mesma forma que as estrelas, os planetas e a Lua. Como a
Terra gira de Oeste para Leste, a esfera celeste aparenta girar de Este para Oeste.
Algumas estrelas localizadas suficientemente perto dos pólos celestes parecem não se
deslocar e apenas flutuar sobre o horizonte; são as chamadas estrelas circumpolares.

Através da projecção do equador, a esfera celeste está dividida em hemisfério celeste


Norte e hemisfério celeste Sul. Da mesma forma, podem ser projectados os trópicos de
Câncer e Capricórnio e os pólos Norte e Sul.

A eclíptica é um grande círculo imaginário na esfera celeste através do qual o Sol


parece mover-se durante um ano. É realmente a Orbita da Terra volta do Sol que
provoca a mudança na direcção aparente do Sol. A eclíptica está inclinada 23,5 graus
em relação ao equador celeste. Os dois pontos em que a eclíptica cruza o equador
celeste são conhecidos por equinócios

O Universo é constituído por milhares de corpos celestes ou astros por


exemplo, estrelas, planetas, cometas, asteroides, meteoritos e galáxias.

Os pólos celestes são as projecções dos pólos geográficos na esfera celeste. O equador
celeste é a projecção do equador terrestre na esfera celeste. Como a Terra gira sobre seu
eixo no sentido de oeste para leste, quando vista sobre do celeste norte, a esfera celeste
parece girar de leste para oeste. Esse é o movimento diário do céu. As estrelas nascem
no lado leste e se põem no lado oeste.

A Esfera Celeste” de Enos Picazzio (2010) e “Constelações: da antiguidade aos dias


atuais, um estudo sobre as constelações zodiacais” de Raquel Viana Bernardo et al
(2010).
Esfera Celeste (EC) é uma abstracção que facilita a compreensão dos movimentos
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aparentes dos astros. Trata-se de uma esfera imaginária com raio arbitrário e centro num
ponto qualquer do espaço. Se pretendemos discutir o movimento aparente dos astros,
então é conveniente fazer coincidir os centros da EC e o da Terra. Como o raio é
arbitrário a superfície da EC poderá passar por qualquer astro. As distâncias
geocêntricas dos objectos celestes são variadas, mas podemos simplificar o cenário
trabalhando com as projecções das imagens dos astros sobre a superfície de uma EC
única. Sobre esta superfície podemos, então, traçar linhas imaginárias que permitem
determinar as posições dos astros, assim como as distâncias relativas (aparentes) entre
eles. Note que este é um sistema bidimensional, já que estamos trabalhando com “as
projecções” das imagens. Conhecendo a distância geocêntrica do astro observado,
podemos trabalhar com uma esfera particular cuja superfície passe por esse astro. Neste
caso, temos um sistema tridimensional.
Um observador situado no centro desse sistema, vê a EC girar sobre um eixo imaginário
que passa pelo seu centro. Na realidade, esse movimento aparente da EC é consequência
do movimento de rotação da Terra. Assim, podemos dizer que a EC tem seu eixo de
rotação coincidente com o eixo da rotação da Terra, e seu movimento aparente é em
sentido oposto ao movimento de rotação da Terra: a Terra gira de oeste para leste, a
esfera celeste gira de leste para oeste.
Posições aparentes dos Astros. Constelações Dentre os astros visíveis a olho nu, isto é,
sem auxílio de instrumentos, a maioria é estrela. Aparentemente, as estrelas mantêm
fixas suas posições relativas. Bem menos abundantes vemos também alguns planetas.

Os principais pontos, círculos e planos da esfera celeste são:


• O eixo celeste ou o eixo do mundo é uma recta imaginária resultante do
prolongamento do eixo terrestre, em torno do qual a esfera celeste executa seu
movimento aparente de
rotação.

• O polo norte celeste e o polo sul celeste são pontos imaginários, diametralmente opôs-
tos, onde o eixo celeste intersecta a esfera celeste. Como o eixo celeste coincide com o
eixo de rotação da Terra, os polos celestes são as projecções dos polos terrestres sobre a
esfera celeste.
• O equador celeste é o círculo máximo resultante da intersecção do plano do Equador
com a esfera celeste. Ou seja, o equador celeste é a projecção do equador terrestre na
esfera celeste.
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• O paralelo celeste é qualquer círculo menor que resulta da intersecção da esfera celeste
com um plano paralelo ao plano do equador celeste.
• A intersecção do plano do horizonte com a esfera celeste é um círculo máximo deno-
minado linha do horizonte ou horizonte astronômico ou horizonte celeste. A parte
visível da esfera celeste é o hemisfério que está acima do plano do horizonte e o hemis-
fério invisível localiza-se abaixo do plano do horizonte.

• O zênite e o nadir são pontos, diametralmente opostos, da esfera celeste obtidos pela
intersecção da vertical do lugar com a esfera celeste. O zênite está situado no hemisfério
visível, enquanto que o nadir, no hemisfério invisível. Observe ainda que o zênite e o
nadir são polos da linha do horizonte.
• O círculo de altura é qualquer círculo menor que resulta da intersecção de um plano
paralelo ao plano do horizonte com a esfera celeste. A esse círculo, também, é dado o
nome de almucântara ou paralelo de altura.
• O círculo vertical é qualquer semicírculo máximo da esfera celeste que contém o
zênite
e o Nadir. A vertical do lugar é a origem do semiplano que contém o círculo vertical.
• O ponto cardeal norte é o ponto da esfera celeste em que o círculo vertical que passa
pelo polo norte celeste intersecta a linha do horizonte . Já, o círculo vertical que passa
pelo polo sul celeste intersecta a linha do horizonte no ponto cardeal sul. A recta, no
plano do horizonte, que passa pelos pontos geográficos norte e sul recebe o nome de
linha norte-sul. A linha leste-oeste é perpendicular à linha norte-sul, sobre o plano do
horizonte.
• O círculo horário ou meridiano celeste é qualquer semicírculo da esfera celeste que
contém os dois polos celestes. A origem do semiplano que contém o círculo horário é o
eixo celeste. O círculo horário da esfera celeste que contém o zênite chama-se
meridiano
local.
• O plano meridiano é o plano que contém o meridiano local e intersecta o plano do
horizonte sobre a linha norte-sul.

Galáxias e Via-Láctea

As galáxias são grandes agrupamentos de milhares de milhões de estrelas, ligadas entre


si pela força da gravidade, que fazem parte de enormes nuvens de gás e poeiras
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designadas nebulosas. Algumas galáxias só contêm estrelas velhas; outras possuem


regiões onde novas estrelas estão em formação continua.

A Via Lactea, a galaxia na qual nos encontramos, estende-se como um grande circulo
cortando a esfera celeste. Sua aparencia e nebulosa e irregular. As Nuvens de
Magalhaes, a Pequena e a Grande, sao observadas aproximadamente na direcao do Polo
Sul Celeste. A quarta galaxia visivel a olho nu e a galaxia da constelacao de
Andromeda. Essas galaxias tem em comum o aspecto nebuloso que lhes valeu o nome
de nebulosas ate a decada de 1930, resultado do brilho de bilhoes de estrelas. Devido a
dificuldade em medir distancias extragalacticas, se cogitou que as galaxias seriam
nebulosas da Via Lactea. Galaxias sao associacoes ligadas pela gravitacao compostas de
estrelas, gas e poeira interestelar, e de materia escura.
Descoberta das galáxias e da Via Láctea
As galaxias tiveram sua natureza reconhecida apenas nos anos 1920 do seculo passado.
Ate entao, eram identificadas apenas como “nebulosas”. Galileu foi o primeiro a
reconhecer que a Via Lactea e composta por um vasto numero de estrelas em 1609. Em
1716 o astronomo ingles Edmond Halley discutiu a natureza das “manchas luminosas e
nebulosas” do ceu. Na metade do seculo 18, o astronomo ingles Thomas Wright sugeriu
que as estrelas na Via Lactea se distribuiam como uma casca esferica e que as
misteriosas nebulosas seriam sistemas semelhantes a Via Lactea. Essa ideia foi abracada
e popularizada pelo filosofo alemao Immanuel Kant. As galaxias eram entao
confundidas com as nebulosas (gas interestelar que brilha gracas a luz das estrelas
proximas) presentes nos catalogos de Charles Messier e William Herschel. Lord Rosse
foi o primeiro a distinguir os bracos espirais em algumas nebulosas no seculo 19.
Em 1920, existiam duas correntes de pensamento em relacao as “nebulosas”. Uma
propunha que a Via Lactea era muito grande, com o Sol localizado longe do centro e
todas as nebulosas estariam contidas nela. A outra corrente propunha uma Via Lactea
pequena, o Sol no centro e as nebulosas espirais e elipticas seriam “universos-ilhas”.
Esse debate e considerado por muitos astronomos como o inicio da astrofisica
extragalactica moderna. Edwin Hubble mediu a distancia de algumas nebulosas e
constatou que sao exteriores a Via Lactea. Em 1929, Hubble mostrou que o Universo
esta em expansao e as galaxias se afastam umas das outras com velocidade proporcional
a distancia em que se encontram.
Inicialmente e apresentada a estrutura geral da Via Lactea, como observada a olho nu.
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Destaca-se o fato de que podemos observar milhoes de galaxias no ceu, com formas e
tamanhos diferentes, sendo a Via Lactea apenas uma galaxia comum, semelhante a
muitas.
O Sistema Solar esta contido na Via Lactea, o que torna mais dificil estudar algumas das
propriedades da nossa galaxia. Por esta razao, o estudo da Galaxia deve ser feito em
comparacao com outras galaxias.
A forma da Via Lactea pode ser associada a um disco, com altura bem menor que o
diametro. A primeira caracteristica a ser notada e a faixa plana central, tambem
observada a olho nu. A segunda caracteristica que podemos observar e um nucleo
brilhante, presente tambem em muitas outras galaxias. Finalmente, podemos notar na
faixa central a presenca de manchas escuras. Sabemos que nestas regioes ocorre uma
concentracao de poeira e esta poeira absorve parcial ou totalmente a luz das estrelas
localizadas naquela direcao. O disco achatado pode ser dividido em duas componentes,
o disco espesso e o disco fino, e as demais componentes são um bojo bem definido e um
halo composto basicamente por estrelas. Ha evidencias de uma barra na regiao central,
de onde partem bracos espirais, que podem ser vistos detalhamente em outras galaxias,
mas apresentam complicacoes no caso de nossa propria Galaxia.
Finalmente, discute-se que nossa Galaxia nao esta isolada no Universo. Muitas galaxias
pertencem a grupos chamados aglomerados de galáxias, e a Via Lactea faz parte de um
grupo chamado Grupo Local, que contem cerca de 40 a 50 objetos, entre os quais as
Nuvens de Magalhaes e a galaxia de Andromeda, uma galaxia espiral muito parecida
com a Via Lactea.
Componentes da Via Láctea
Neste item sao discutidos os principais constituintes daVia Lactea. As estrelas sao
provavelmente o principal componente da Via Lactea, armazenando a maior parte de
sua massa visivel. Elas podem ser estrelas de campo ou estrelas de aglomerados, que
podem ser do tipo globular ou galácticos, dependendo de suas dimensoes, localizacao
na Galaxia e conteudo estelar. As estrelas emitem luz, ou radiacao, criando um campo
de radiação, composto pelos fotons emitidos por elas.
As nebulosas galácticas sao essencialmente nuvens de gas e poeira, geralmente
associadas com estrelas. Algumas sao nebulosas difusas ou regiões HII, isto e, regioes
em que o hidrogenio esta ionizado e estao sempre associadas com estrelas muito jovens
e brilhantes. Nestas nebulosas podem tambem ser observadas regioes escuras, como a
nebulosa da Cabeca de Cavalo, que contem uma grande densidade de poeira, que
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absorve a luz das estrelas. Quando o gas e a poeira estao associados com estrelas
quentes, mas nao quentes o suficiente para ionizar os atomos de hidrogenio, temos as
chamadas nebulosas de reflexão, como as Pleiades, na constelacao do Touro. Um outro
tipo de nebulosa sao as nebulosas planetárias. Estes objetos tem dimensoes muito
menores que as regioes HII, e foram ejetadas pela estrela progenitora, sendo um aspecto
do estagio final da vida das estrelas mais velhas e de pequena massa. Um terceiro tipo
de nebulosa, tambem ionizada, sao os restos de supernovas, ou remanescentes de
supernovas, como a nebulosa do Caranguejo. Estas nebulosas sao tambem associadas
com o final da vida das estrelas, mas neste caso sao estrelas de grande massa, que
explodem como supernovas.
A distincao entre os diversos tipos de nebulosas, e entre as nebulosas e galaxias
externas, somente foi possivel a partir do desenvolvimento da espectroscopia
astronomica. Uma vez determinadas as condicoes fisicas das nebulosas fotoionizadas,
podemos determinar sua composicao quimica com uma precisao relativamente alta.
Esses resultados sao interessantes para o estudo da evolucao quimica da Galaxia.
Sistema Solar

Nosso sistema solar está composto pela nossa estrela, o Sol, pelos oito planetas com
suas luas e anéis, além dos planetas anões, asteroides e cometas. Os cinco planetas mais
brilhantes, que são visíveis a olho nu, já eram conhecidos desde a antiguidade. A
palavra planeta em grego quer dizer astro errante. Depois da invenção do telescópio,
outros 2 planetas do sistema solar foram descobertos: Urano em 1781 por William
Herschel (1738-1822), Netuno em 1846 por previsão de Urbain Jean Joseph Le Verrier
(1811-1877) e John Couch Adams (1819-1892).
Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde William Tombaugh (1906-1997), em
classificado até agosto de 2006 como o nono planeta do sistema solar. Desde então a
União Astronômica Internacional reclassificou Plutão como planeta anão, constituindo
uma nova categoria de corpos do sistema solar, na qual também foram encaixados
Ceres, o maior objeto do cinturão de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter, e Éris
(2003UB313) o maior asteroide do cinturão de Kuiper. Mais informações sobre
asteroides serão dadas na aula sobre corpos menores do sistema solar.
Os nomes dos planetas são associados a deuses romanos: Júpiter, deus dos deuses;
Marte, deus da guerra; Mercúrio, mensageiro dos deuses; Vênus, deusa do amor e da
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beleza; Saturno, pai de Júpiter, deus da agricultura; Urano, deus do céu e das estrelas,
Netuno, deus do mar e Plutão, deus do inferno.

Todos os planetas giram em torno do Sol aproximadamente no mesmo plano e no


mesmo sentido, e quase todos os planetas giram em torno de seu próprio eixo no mesmo
sentido da translação em torno do Sol.

A hipótese moderna para a origem do sistema solar é baseada na hipótese nebular,


sugerida em 1755 pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), e desenvolvida em
1796 pelo matemático francês Pierre-Simon de Laplace (1749-1827), em seu livro
Exposition du Systéme du Monde. Laplace, que
desenvolveu a teoria das probabilidades, calculou que como todos os planetas estão no
mesmo plano, giram em torno do Sol no mesmo sentido, e também giram em torno de si
mesmo no mesmo sentido (com excecção de Vênus e de Urano), só poderiam ter se
formado de uma mesma grande nuvem discoidal de partículas em rotação, a nebulosa
solar.

A versão moderna da teoria nebular propõe que uma grande nuvem rotante de gás
interestelar colapsou para dar origem ao Sol e aos planetas. Uma vez que a contracção
iniciou, a força gravitacional da nuvem atuando em si mesma acelerou o colapso. À
medida que a nuvem colapsava, a rotação da
nuvem aumentava por conservação do momentum angular e, com o passar do tempo, a
massa de gás rotante assumiria ma forma discoidal, com uma concentração central que
deu origem ao Sol. Os planetas teriam se formado a partir do material no disco.
As observações modernas indicam que muitas nuvens de gás interestelar estão no
processo de colapsar em estrelas, e os argumentos físicos que predizem o achatamento e
o aumento da taxa de spin estão correctos.Após o colapso da nuvem, ela começou a
esfriar; apenas o protossol, no centro, manteve sua temperatura. O resfriamento
acarretou a condensação rápida do material, o que deu origem aos planetesimais,
agregados de material com tamanhos da ordem de quilômetros de diâmetro, cuja
composição dependia da distância ao Sol: regiões mais externas tinham temperaturas
mais baixas, e mesmo os materiais voláteis tinham condições de se condensar, ao passo
que nas regiões mais internas e quentes, as substâncias voláteis foram perdidas.

Os planetesimais a seguir cresceram


por acreção de material para dar origem a objectos maiores, os núcleos planetários. Na
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parte externa do sistema solar, onde o material condensado da nebulosa continha


silicatos e gelos, esses núcleos cresceram até atingirem massas da ordem de 10 vezes a
massa da Terra, ficando tão grandes a ponto de poderem atrair o gás a seu redor, e então
cresceram mais ainda por acreção de grande quantidade de hidrogênio e hélio da
nebulosa solar. Deram origem assim aos planetas jovianos. Na parte interna, onde
apenas os silicatos estavam presentes, os núcleos planetários não puderam crescer
muito, dando origem aos planetas terrestres.
A melhor determinação da idade do sistema solar vem da determinação das abundâncias
isotópicas dos elementos que têm isótopos radiactivos e estáveis: (4,57 ± 0,02) bilhões
de anos.

Os Planetas

Existem dois tipos básicos de planetas, os terrestres, que são do tipo da Terra, e os
jovianos, que são do tipo de Júpiter. Os planetas terrestres compreendem os quatro
planetas mais próximos do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Os jovianos
compreendem os quatro planetas mais distantes, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Massa: determinada a partir da terceira lei de Kepler, se o planeta tem satélites. Se não
tem, é determinada a partir de perturbações causadas nas órbitas de outros planetas ou
de satélites artificiais que são enviados até esses planetas.

Raio: medido directamente do tamanho angular, desde que se conheça a distância do


planeta.
Distância ao Sol: Determinada por triangulação; no caso dos planetas mais próximos da
Terra, actualmente, pode-se fazer por medidas de radar.
Composição química: pode ser estimada a partir da densidade média do planeta, e por
espectroscopia, que vamos ver mais adiante nesta disciplina.

Outras propriedades importantes dos planetas são:


Rotação: detectada a partir da observação de aspectos de sua superfície, por medidas de
efeito Doppler (quando o planeta gira, as duas bordas apresentam velocidades em
relação à Terra com sentidos opostos, de
maneira que a radiação que vem de uma borda apresenta desvio para comprimentos de
onda menores enquanto a radiação que vem da outra borda apresenta desvios para
comprimentos de onda maiores), ou por medidas da taxa de rotação do campo
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magnético.
Temperatura: como os planetas obtém a maior parte de sua energia da luz solar, suas
temperaturas dependem basicamente de sua distância ao Sol. Existe uma relação
simples entre a temperatura característica, ou temperatura efectiva (Tef) de um planeta e
sua distância ao Sol

Sistema planetário é o conjunto de objectos não estelares, tais como planetas, satélites,
asteroides, cometas fragmentos menores, que orbitam uma ou mais estrelas. Esses
sistemas surgem durante os estágios de formação estelar, por isso o Universo deve estar
repleto de planetas.
O sistema planetário do Sol é chamado Sistema Solar. Ele é único, pois só essa estrela
chama-se Sol. Os corpos deste sistema se agregam pela acção da força gravitacional do
Sol.
O conjunto de objectos é formado por corpos diferentes em tamanho, composição
química, distância, etc. A região limítrofe do Sistema Solar é a esférica Nuvem de Oort,
cujo raio atinge quase um terço da distância do Sol à estrela mais próxima (Próxima do
Centauro).

Movimentos da terra

A rotação é o movimento giratório que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo.

A translação é o movimento que a Terra realiza ao redor do Sol, completando uma volta
completa em 1 ano sideral ou 365,256363 dias solares a uma velocidade orbital média
de 29,78 km/s.
• A precessão é o movimento cíclico do eixo de rotação terrestre, em torno de um eixo
perpendicular ao plano da órbita da Terra. Seu período é cerca de 26000 anos. O eixo,
nesse movimento, descreve uma superfície cônica com uma amplitude de 47 ◦.
• A nutação é o movimento do eixo terrestre que se superpõe ao movimento de
precessão. Devido a esse movimento, o eixo da Terra move-se em oscilações, com
períodos de 18,6 anos.

Em seu movimento orbital ao redor do Sol e de rotação, o planeta Terra apresenta


alguns outros movimentos com períodos mais longos, por exemplo, a precessão e a
obliqüidade (MATOS 2007). Estes movimentos possuem importância nos fenômenos
meteorológicos, o que pode ser constatado pela simples observação de que a translação
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da Terra, associada à inclinação do eixo de rotação desta, por exemplo, define o que se
conhece como “estações do ano” (GRIMM, 1999).
O movimento de rotação é responsável pela alternância do dia e da noite e também
pelo clima das regiões da Terra, esse movimento é feito em torno do próprio eixo da
Terra tendo uma duração de 23h56min e 4,09s chegando a uma velocidade de
1.666km /h sendo esse resultado considerado através de uma divisão do perímetro da
Terra
considerando de aproximadamente 40.000km e o tempo gasto nesse processo de cerca
de 24hs. Portanto: 40.000km/24h=1.666km/h.

Uma arte conceitual divulgada pela NASA nos mostra como seria a terra sem o seu
movimento de rotação, ou seja, se ela estivesse estática. Poderíamos imaginar o lado
escuro, oposto ao sol, sendo sempre noite e com temperaturas baixas; o outro lado do
planeta estaria sempre voltado para a estrela e, portanto, seria sempre dia, tendo
temperaturas elevadas. A figura 2 mostra como poderia ser a Terra vista do espaço sob
essas condições: o lado sempre irradiado seria como um grande deserto, pois a água
seria evaporada, enquanto o lado voltado para a escuridão, sempre frio, seria como uma
“concha branca de gelo”, um grande oceano congelado devido às baixas temperaturas.
Na figura, podemos observar que o artista destaca a existência de uma área de transição
entre esses dois hemisférios de extremos, onde poderia haver oceanos, com água líquida
na superfície.

Chama-se translação o movimento anual que a Terra faz em torno do Sol. Este
movimento já era estudado por Nicolau Copérnico, em um trabalho publicado em 1543,
após a morte do cientista. As teorias de Copérnico foram “matematizadas” em 1604,
pelo estudante alemão Johanes Kepler (discípulo de Ticho Brahe) que através de três
leis, sistematizou o movimento de translação dos planetas (e não apenas da Terra) ao
redor do Sol.

Embora a órbita da terra em torno do Sol seja uma elipse, e não um círculo, a sua
excentricidade de 0, 0167 é pequena, de modo que a distância entre o Sol e a Terra ao
longo de um ano varia em torno de 3%, sendo que a Terra está mais próxima do Sol em
janeiro, o que resulta numa variação anual de 6% do fluxo de radiação solar que atinge
o topo da atmosfera (KEPLER E SARAIVA, 2003 ).
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Ao transladar através da órbita, o planeta Terra define um plano orbital conhecido


como plano da eclíptica, que nada mais é do que o plano da órbita da Terra em torno do
Sol.
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Conclusão

Na conclusão deste trabalho o estudante apresenta uma atitude mais activa e


participativa no conhecimentos sobre o lugar da terra no universo buscando não
simplesmente apontar factos importantes, mas trazer elementos que podem contribuir na
melhoria a compreensão da matéria.
Para finalizar, é importante ressaltar que o trabalho teve seu foco voltado aos capitulo
da Esfera celeste, galaxias e vias-lactea, o sistema solar, os planetas, a terra e seus
movimentos. O conhecimento das características individuais de crescimento e
desenvolvimento e do nível de familiaridade com a modalidade permite uma melhor
organização dos aulas, favorecendo o envolvimento e a evolução do desempenho.
Evidentemente, também devem ser enfatizados os aspectos psicológicos, culturais e
sociais presentes em qualquer actividade humana.

Este estudo é uma pesquisa descritiva, qualitativa, de cunho teórico, elaborado por meio
de análise de dados disponíveis na literatura, caracterizando uma revisão bibliográfica.
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Bibliografia

Bernardo, Raquel Viana; Freitas, Radma Almeida de; Silva, Maria Romênia da. (2010)
Constelações: da antiguidade aos dias atuais, um estudo sobre as constelações
zodiacais. Instituto Federal de Educação – RN, p. 1.
Grimm, A. M.; (1999).Meteorologia básica – Notas de aula. Publicação eletrônica
disponível em física.ufpr.br/grimm (Acesso em 19 de maio de 2013).

Matos, J.; Geodésia e sistemas de referência.( 2007) Publicação eletrônica. disponível


em https://dspace.ist.utl.pt (Acesso em 22 de maio de 2013.).

Kepler, S. O., Saraiva, M. F. O.( 2003). Astronomia e Geofísica. Universidade Federal


do Rio Grande do Sul, Instituto de Física, Departamento de Astronomia.

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