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A MARCHA DO APRENDIZ MAÇOM


E OS SIGNOS DO ZODÍACO

Roberto Aguilar M. S. Silva


M∴M∴, Gr∴ 18
Membro Vitalício da Academia Maçônica de Letras
de Mato Grosso do Sul
Membro Honorário da Loja Pharol do Norte, Ladário,
MS, Brasil

As Constelações
Na astronomia1 moderna, uma constelação é uma área internacionalmente
definida da esfera celeste2. Essas áreas são agrupadas em torno de
asterismos3, padrões formados por estrelas importantes, aparentemente
próximas umas das outras no céu noturno terrestre.

1
Astronomia, que etimologicamente significa "lei das estrelas" com origem grego: (άστρο + νόµος)povos
que acreditavam existir um ensinamento vindo das estrelas, é hoje uma ciência que se abre num leque de
categorias complementares aos interesses da geografia, da física, da matemática e da biologia. Envolve
diversas observações procurando respostas aos fenômenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra
bem como em sua atmosfera e estuda as origens, evolução e propriedades físicas e químicas de todos os
objectos que podem ser observados no céu (e estão além da Terra), bem como todos os processos que
os envolvem. Observações astronômicas não são relevantes apenas para a astronomia, mas também
fornecem informações essenciais para a verificação de teorias fundamentais da física, tais como a teoria
da relatividade geral. A origem da astronomia se baseia na antiga ciência, hoje considerada
pseudociência astrologia, praticada desde tempos remotos. Todos os povos desenvolveram, ao observar
o céu, um ou outro tipo de calendário, para medir a posição dos astros em função das variações do clima
no decorrer do ano. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais
dependia a sobrevivência humana, como a chegada das chuvas ou do frio. Esse conhecimento empírico
foi a base de classificações variadas dos corpos celestes.
2
Em astronomia e navegação, a esfera celeste, incluindo a meia esfera do dia e da noite, é a propria
abóboda celeste que vemos no céu. Visto de qualquer posição, forma-se uma esfera de raio indefinido e
concêntrico com as coordenadas da Terra. Todos os objectos visíveis no céu podem ser então
representados como projeções na abóboda celeste. Do mesmo modo, são projectados na esfera celeste
o Polo Norte, o Polo Sul e o Equador terrestres, formando respectivamente os polos celestiais e o
equador celeste .
3
Na astronomia, um asterismo é um padrão reconhecível de estrelas no céu noturno da Terra. Ele pode
fazer parte de uma constelação oficial ou ser composto por estrelas de mais de uma constelação. Como
as constelações, os asterismos, em sua maioria, são compostos por estrelas que, embora estejam
visíveis na mesma direção geral, não são fisicamente relacionadas e estão a distâncias da Terra
significativamente diferentes. As formas geralmente simples e o pequeno número de estrelas fazem esses
padrões facilmente identificáveis e, portanto, bastante úteis para aqueles aprendendo a se familiarizar
com o céu noturno.
3

A Esfera Celeste

Em astronomia temos a "esfera celeste", que pode ser considerada como um


globo fictício de raio indefinido, cujo centro radial é o olho do observador. Na
esfera celeste os pontos das posições aparentes dos astros,
independentemente de suas distâncias, marcam esta superfície hipotética. Esta
superfície, onde aparentemente as estrelas estão fixadas, gira em torno de
uma linha chamada de PP', denominada de linha do eixo do mundo, ou linha
dos polos4. Perpendicular a este eixo existe uma superfície circular plana
denominada EE', que é definida como o "Equador Celeste5".

A Esfera Celeste.

4
Polos celestes são pontos imaginários onde o eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste.
5
O equador celeste é o círculo máximo determinado pela intersecção da esfera celeste com o plano
perpendicular ao eixo terrestre que passa pelo centro da Terra. Esse círculo máximo divide a esfera
celeste em dois hemisférios: o hemisfério celestial norte e o hemisfério celestial sul.
4

Observando-se a superfície circular do ponto de vista do hemisfério norte do


plano equatorial e imprimindo-se um movimento no sentido horário no círculo
equatorial, temos um eixo ZZ', que é vertical ao lugar onde se encontra o
observador, a qual é chamada de Zênite6 (Z, ao norte) e Nadir7 (Z', ao sul).
Esta linha vertical é atravessada por um plano perpendicular que é chamado de
horizonte celeste. As retas PP' e ZZ' formam um plano chamado de "plano
meridiano do lugar". A direção OS é o sul e a direção ON é o norte.
Perpendicularmente ou na horizontal temos uma linha chamada de "linha leste-
oeste". Portanto, quando o observador olha para o norte tem o Leste à sua
direita e o oeste à esquerda.

Ilustração da posição relativa do Zénite e do


Nadir.

6
Zênite (português brasileiro) ou zénite (português europeu) é um conceito utilizado nas ciências naturais,
principalmente na astronomia, sendo um ponto de referência para a observação do céu integrado aos
pontos cardeais. Ele é definido como o ponto exatamente acima do lugar geométrico ocupado pelo
observador, ou seja, traçando-se, a partir do ponto ocupado pelo observador, um vetor normal à
superfície terrestre, o zênite encontra-se no ponto em que este vetor corta a esfera celeste. Outra forma
de encontrá-lo é a partir de um fio de prumo, pois este aponta para o núcleo da a terra e esse ao seu
ponto oposto nadir. A palavra zênite deriva da leitura desatenta da expressão árabe ‫( ـ ت ا ــرأس‬samt ar-
ra's), significando "direção da cabeça" ou "caminho acima da cabeça". Essa tradução ou transliteração,
para o latim medieval, feita por escribas da idade média durante o século XIV. A expressão foi
incorretamente reduzida para 'samt' ("direção") e escrita como 'senit'/'cenit' pelos escribas
7
Em astronomia e Geografia nadir (do árabe ‫ ــــد ر‬nadeer ‫ ظــــ ر‬nathir, "opósito") é o ponto inferior da
esfera celeste, segundo a perspectiva de um observador na superfície do planeta é a projeção do
alinhamento vertical que esta sob os pés do observador à esfera celeste superior, localizada do outro lado
do planeta e é o oposto ao Zênite, ponto em que o sol fica perpendicular a região subtropical em pleno
solstício. Também, nadir quer dizer "raro" em hebraico (‫ )נדיר‬e em árabe
5

Muitas das civilizações antigas acreditavam que as estrelas estavam


equidistantes da Terra e que a esfera celeste existia na realidade como o
"local" onde elas estavam posicionadas. O firmamento, o suposto firme dos
antigos, não tem existência real, é portanto uma ilusão de óptica. No entanto,
apesar de incorreto, este modelo é uma útil abstração. Na verdade, tudo o que
vemos no céu está de tal modo distante que as posições relativas e inclusive
os movimentos são impossíveis de determinar apenas por observação visual, o
que tornava correta a abstração. E visto que as distâncias são também
indeterminadas, apenas necessitamos de saber a inclinação de um ponto
relativo à superfície da terra para o conseguirmos projetar no céu. Desta forma,
o modelo da esfera celestial com as estrelas fixas8 é uma ferramenta muito útil
no campo da orientação espacial (Navegação astronômica9). É de certa
maneira o telescópio que põe termo à ilusão do firmamento.
Há 88 constelações10 reconhecidas pela União Astronômica Internacional (UAI)
desde 1922. A maioria delas inclui-se nas 48 constelações definidas por
Ptolomeu11 em seu Almagesto12, no século II; as outras foram definidas nos
séculos XVII e XVIII, sendo que as mais recentes se encontram no céu

8
Estrelas fixas (do latim stellae fixae) são objetos celestes que aparentam não mover em relação a outras
estrelas no céu noturno. Portanto, uma estrela fixa é qualquer estrela com exceção do Sol. Nebulosas ou
outros corpos celestes de aparência similar a estrelas no céu terrestre também podem ser categorizadas
como estrelas fixas
9
Navegação astronómica é parte de um ramo das ciências astronómicas usada para fins de orientação e
cuja missão é, fazendo uso de tábuas logarítmicas, anular os movimentos de translação e rotação do
planeta Terra a fim de congelar os aparentes, relativos ao Sol, a Lua e estrelas durante os 365 dias do
ano, o sistema oferece ao navegador para cada momento da observação a posição exacta das estrelas
como se estivessem sempre fixas no céu. Esse conhecimento, feito com a comprovação da altura das
estrelas em relação ao horizonte, permite ao navegador corrigir a sua posição estimada.
10
Em 1930, a União Astronômica Internacional dividiu o céu em 88 constelações com fronteiras precisas.
Desta forma, cada direção no céu pertence necessariamente a uma (e apenas uma) delas. As novas
contelações foram definidas e batizadas, sempre que possível, seguindo a tradição proveniente da Grécia
antiga, e seus nomes oficiais são sempre em latim.
11
Cláudio Ptolemeu ou Ptolomeu (em latim: Claudius Ptolemaeus; em grego: Κλαύδιος Πτολεµαῖος; 90 –
168), foi um cientista grego que viveu em Alexandria, uma cidade do Egito. Ele é reconhecido pelos seus
trabalhos em matemática, astrologia, astronomia, geografia e cartografia. Realizou também trabalhos
importantes em óptica e teoria musical.
12
Almagesto, palavra árabe que significa "O Maior", é o nome de um tratado de Astronomia escrito no
século II pelo astrônomo Claudius Ptolomaeus de Alexandria, Egito. A obra, uma coleção de 13 livros,
contém o mais completo catálogo de estrelas (cerca de mil) da Antiguidade e foi utilizado amplamente
pelos árabes e europeus até a alta Idade Média. Descrevia também o geocentrismo e o movimento
aparente das estrelas. Tinha o título original de "A Coleção Matemática", no entanto, ficou conhecida por
"O Grande Astrônomo", de onde vem o seu título final.
6

meridional, definidas por Nicolas Louis de Lacaille13 em Coelum australe


stelliferum (1763).
As primeiras idéias de constelação surgiram da necessidade de memorizar o
cenário de fundo e assim acompanhar o movimento dos planetas atravessarem
esse quadro de referência fixo. Existem também numerosas constelações
históricas não reconhecidas pela UAI, bem como constelações reconhecidas
em tradições regionais da astronomia ou astrologia, como a chinesa, a hindu
ou a aborígine australiana.

Constelações do Zodíaco
Conforme Varella e Oliveira o zodíaco é uma faixa do céu limitada por dois
paralelos de latitude celeste: um situado a 8º ao norte e o outro a 8º ao sul da
Eclíptica, por onde sempre se deslocam Sol, a Lua e os planetas, exceto Plutão
que nem sempre está nesta faixa.
A Eclíptica é o círculo máximo da Esfera Celeste que representa a trajetória
anual do Sol em seu movimento aparente ao redor da Terra. O movimento
aparente do Sol é uma conseqüência do movimento de translação da Terra. Na
realidade é a Terra que, em um ano, descreve sua órbita ao redor do Sol. O
Sol, deslocando-se pela Eclíptica, atravessa 13 constelações denominadas
constelações zodiacais: Pisces, Aries, Taurus, Gemini, Cancer, Leo, Virgo,
Libra, Scorpius, Ophiuchus, Sagittarius, Capricornus e Aquarius. Para o
observador terrestre, a Terra parece fixa e tem-se a impressão que é o Sol que,
em um ano, faz uma volta pela Esfera Celeste, percorrendo a linha central do
zodíaco ( a Eclíptica ).
Como a órbita da Lua é pouco inclinada em relação à Eclíptica (5º 09', em
média), nosso satélite encontra-se sempre nessa faixa. Já o planeta Plutão,
cuja órbita é muito inclinada (cerca de 17º) frequentemente sai da faixa
zodiacal. A única importância do zodíaco provém do seguinte fato: é sobre ele
que está o Sol, a Lua e a quase totalidade dos planetas.

13
Nicolas Louis de Lacaille (Rumigny, 15 de março de 1713 — 21 de março de 1762) foi um astrônomo
francês conhecido principalmente pelo seu trabalho de catalogação de estrelas (cerca de 10 000) e por ter
nomeado 14 constelações das 88 atuais. Calculou e tabulou uma lista de eclipses para 1800 anos.
7

O movimento aparente anual do Sol pelas constelações zodiacais.

Inúmeras constelações (24 no total ) estão localizadas na faixa zodiacal -


algumas totalmente inclusas, e outras em parte. Destacam-se 13 que são
atravessadas pela Eclíptica e, portanto, pelo Sol ao longo do seu movimento
aparente anual.
Na tabela estão relacionadas as 13 constelações zodiacais, com seus nomes
em latim, de acordo com a convenção astronômica, seus nomes em português,
o período em que cada constelação é atravessada pelo Sol e o tempo de
permanência do Sol em cada uma delas. O Sol permanece 44 dias na
constelação de Virgo e apenas 07 dias em Scorpius
8

Constelação Significado Período Permanência

01 Capricornus Capricórnio de Jan.20 a Fev.16 28 dias


02 Aquarius Aquário de Fev.17 a Mar.11 23 dias
03 Pisces Peixes de Mar.12 a Abr.18 38 dias
04 Aries Carneiro de Abr.19 a Mai.13 25 dias
05 Taurus Touro de Mai.14 a Jun.21 39 dias
06 Gemini Gêmeos de Jun.22 a Jul.20 29 dias
07 Cancer Caranguejo de Jul.21 a Ago.10 21 dias
08 Leo Leão de Ago.11 a Set.16 37 dias
09 Virgo Virgem de Set.17 a Out.30 44 dias
10 Libra Balança de Out.31 a Nov.22 23 dias
11 Scorpius Escorpião de Nov.23 a Nov.29 07 dias
12 Ophiuchus Serpentário de Nov.30 a Dez.17 18 dias
13 Sagittarius Sagitário de Dez.18 a Jan.19 33 dias

O Zodíaco
Zodíaco (do latim zōdiacus, por sua vez do grego antigo ζωδιακός κύκλος,
transl. zōdiakós kýklos, "círculo de animais", derivado de ζώδιον, transl. zōdion,
diminutivo de ζῶον, zōon, "animal") é uma faixa imaginária do firmamento
celeste que inclui as órbitas aparentes da Lua e dos planetas Mercúrio, Vênus,
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. As divisões do zodíaco representam
constelações na astronomia e signos na astrologia14.

Os Signos Zodíacais
Os Signos do Zodíaco ou Signos Zodiacais têm sua origem nas doze
constelações do zodíaco visíveis na Eclíptica, que também é conhecida como o
Cinturão Zodiacal ou Via Solis, ‘Caminho do Sol’.
Há cerca de dois mil anos , quando o grego Cláudio Ptolomeu sistematizou
todo o conhecimento recolhido à tradição astrológica dos povos com quem os

14
A Astrologia (do grego astron, "astros", "estrelas", "corpos celestes", e logos, "palavra", "estudo") é a
pseudociência segundo a qual as posições relativas dos corpos celestes podem, hipoteticamente, prover
informação sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos mundanos. É, como tal, uma
atividade divinatória, quando usada como oráculo, mas também pode ser usada como ferramenta para
definição das personalidades humanas.
9

gregos mantiveram contato, o equinócio15 vernal – marca do início da


primavera16 no hemisfério norte – era assinalado pelo “ingresso” do Sol na
constelação de Áries. Na verdade, tratava-se do fato de que, da Terra, o Sol
era visto tendo a constelação de Áries “ao fundo”.
Como este fato marcava o retorno da vegetação e do calor após os meses de
inverno, o momento em que a vida irrompia do solo e o início de um novo ciclo,
Áries foi considerado o primeiro signo zodiacal e as constelações seguintes
passaram a nomear os signos em seqüência.
Aqui faz-se necessário um esclarecimento. Por uma questão prática e estética,
adotou-se a idéia do círculo (360º) para a representação do céu. Este círculo
também representava o caminho do Sol através das constelações/signos. A
cada signo corresponderiam trinta graus em doze parcelas correspondentes.
Esta representação veio a ser considerada um ‘zodíaco intelectual’, já que
simplificava propositalmente a representação elíptica da órbita dos planetas.
Importa saber que, nestes tempos, ainda se acreditava que a Terra era o
centro do universo. A Astrologia e a Astronomia, até então consideradas
ciências complementares, baseavam-se na visão geocêntrica.
Com o passar do tempo, notou-se que um fenômeno “celeste” fazia com que o
ponto equinocial de primavera retrocedesse à constelação anterior, neste caso,
Peixes. Este fenômeno veio a ser chamado de Precessão17 Equinocial. A partir
desta constatação, a Astrologia, que se mantinha fiel à forma geocêntrica de
representar as posições signo/planeta e à representação destas posições
dentro dos 360ºgraus do cículo, passou a ser violentamente desacreditada e
combatida.Entretanto, objeto de estudo e prática de inúmeros cientistas de

15
Na astronomia, equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente, (como vista
da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste).
Mais precisamente é o ponto no qual a eclíptica cruza o equador celeste.
16
A primavera é a estação do ano que se segue ao Inverno e precede o Verão. É tipicamente associada
ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres. A Primavera do hemisfério norte é chamada de
"Primavera boreal", e a do hemisfério sul é chamada de "Primavera austral". A "Primavera boreal" tem
início, no Hemisfério Norte, a 21 de Março e termina a 21 de Junho. A "Primavera austral" tem início, no
Hemisfério Sul, a 23 de Setembro e termina a 21 de Dezembro. Do ponto de vista da Astronomia, a
primavera do hemisfério sul inicia-se no equinócio de Setembro e termina no solstício de Dezembro, no
caso do hemisfério norte inicia-se no equinócio de Março e termina no solstício de Junho.
17
Precessão é um fenômeno físico que consiste na mudança do eixo de rotação de um objeto. Esse
efeito giroscópico, observado nos movimentos dos pontos de referência celestes, pode ser explicado pela
análise vetorial das grandezas envolvidas, torque e momento angular.
10

todas as épocas, a Astrologia seguiu atraindo adeptos e solidificando seus


princípios e técnicas.
Os signos representam formas de comportamento primordiais e simples,
características que podem ser percebidas com facilidade, se nos dermos ao
trabalho de verificá-las. O signo de Áries, por exemplo, pode ser percebido em
indivíduos muito enérgicos, irrequietos, cheios de iniciativa e destemor. Podem
ser impacientes, e tendem a dizer o que pensam sem medir as conseqüências.
As situações e/ou atividades onde estas características sejam necessárias,
certamente estão sobre a influência deste signo. Outro fator importante na
percepção da influência dos signos zodiacais é o efeito que neles produz a
passagem (trânsito) dos planetas do nosso sistema. Os estudiosos atribuíram
um planeta a cada signo, cuja influência guardava forte analogia com o assunto
de cada signo. Estes planetas vieram a ser chamados “planetas regentes”.
Como, na Antiguidade, o método mais utilizado para a observação da
movimentação planetária era olhar para o céu, apenas cinco planetas eram
visíveis. Eram eles: Mercúrio, Marte, Vênus, Júpiter e Saturno. O Sol e a Lua
eram chamados luminares, e contavam entre os planetas, quanto à distribuição
de regentes por signo. Desta forma, o Sol e a Lua foram atribuídos aos signos
de Leão e de Câncer, respectivamente. Aos cinco planetas foi atribuída uma
regência dupla. Vênus, por exemplo, rege a Touro e a Libra. No primeiro,
estimularia a sensualidade e a exploração dos sentidos, o desejo pela matéria
de boa qualidade, pela opulência das formas, a doçura, quando em ambientes
calmos. No segundo, o desejo pela harmonia, pelo equilíbrio estético, a
cortesia, a beleza e o charme, o desejo de seduzir pela graça.
Note-se que o termo ‘planeta’ desde o princípio correspondia a um corpo
luminoso, que era visto no céu a “cruzar” uma determinada constelação/signo.
Este nome tem origem grega e vem do adjetivo ‘planétes’ ‘errante, vagabundo’,
significando qualquer corpo celeste que, em relação à eclíptica, apresentava
órbita irregular, dada a sofrer alterações de direção e ritmo. O movimento do
Sol e o da Lua jamais se alteram.
11

O signo solar

O signo solar é aquele no qual o Sol é visto por ocasião do nascimento ou do


início de uma pessoa ou atividade. Quem afirma “Sou de Capricórnio!”, p.ex.,
nos informa que nasceu em algum momento do período em que o Sol cruza
este signo. O signo solar nos informa das qualidades e defeitos que
precisaremos desenvolver ou minimizar durante a nossa vida. Refere-se a
potenciais dos quais devemos nos conscientizar, uma vez que o Sol simboliza
o princípio vital, doador de vida, assim como a consciência em estado
primordial. Entretanto, para uma orientação mais aprofundada e útil, deve-se
procurar estudar o mapa natal onde, da interação do conjunto dos doze signos,
dos planetas e luminares, um astrólogo competente levantará significados que
poderão inspirar a nossa inteligência, sugerir caminhos e escolhas adequadas
para o momento.
Planetas Regentes e os Signos

• Sol: Leão;
• Lua: Caranguejo (Câncer).
• Mercúrio: Gémeos (Gêmeos) e Virgem;
• Vénus (Vênus): Touro e Balança (Libra);
• Terra: Touro
• Marte: Carneiro (Áries); Co-Regente: Escorpião
• Júpiter: Sagitário; Co-Regente: Peixes
• Saturno: Capricórnio; Co-Regente: Aquário
• Urano: Aquário;
• Netuno: Peixes;
• Plutão: Escorpião; Co-Regente: Áries
12

Os Signos


HS
- Carneiro ou Áries (21 de Março - 20 de abril) - Signo do Fogo do Outono / Terra
HN
na Primavera .

HS
- Touro (21 de Abril - 20 de maio) - Signo da Terra do Outono / Água na
HN
Primavera .

HS
- Gémeos ou Gêmeos (21 de maio - 20 de Junho) - Signo do Ar do Outono / Fogo
HN
na Primavera .

HS
- Caranguejo ou Câncer (21 de Junho - 21 de julho) - Signo da Água do Inverno /
HN
Terra na Verão .


HS HN
- Leão (22 de Julho - 22 de Agosto) - Signo do Fogo do Inverno / Ar no Verão .


HS
- Virgem (23 de Agosto - 22 de Setembro) - Signo da Terra do Inverno / Água no
HN
Verão .

HS
- Balança ou Libra (23 de Setembro - 22 de Outubro) - Signo do Ar da Primavera /
HN
Fogo no Outono .

HS
- Escorpião (23 de Outubro - 21 de Novembro) - Signo da Água da Primavera /
HN
Terra no Outono .

HS
- Sagitário (22 de Novembro - 21 de dezembro) - Signo do Fogo da Primavera / Ar
HN
no Outono .

HS
- Capricórnio (22 de Dezembro - 20 de janeiro) - Signo da Terra do Verão / Água
HN
no Inverno .

HS
- Aquário (21 de Janeiro - 19 de Fevereiro) - Signo do Ar do Verão / Fogo no
HN
Inverno .


HS
- Peixes (20 de fevereiro - 20 de março) - signo da Água do verão / Terra no
HN
inverno .

HN - hemisfério norte HS - hemisfério sul

Modos do Zodíaco

• Cardinal18 - Carneiro (Áries); Caranguejo (Câncer); Balança (Libra);


Capricórnio.
• Fixo19 - Touro; Leão; Escorpião; Aquário.
• Mutável20 -Gêmeos; Virgem; Sagitário; Peixes.

18
O signo cardinal é um subgrupo dentro do zodíaco, formado pelos signos de Áries, Câncer, Libra e
Capricórnio. Quem tem um signo cardinal, segundo as crenças astrológicas, realizaria suas tarefas de
imediato, com senso de liderança. Com um enorme sentido de imediatismo, fariam tudo prontamente. Por
conta disso, seriam automotivados, ativos, ambiciosos, entusiásticos, inconsequentes e dominadores.
19
Signo Fixo é uma qualidade dos signos, representado por Leão, Touro, Escorpião e Aquário. São
pessoas persistentes e estáveis, resistentes a mudanças ou dificuldades em largar hábitos.
Comportamento sólido e seguro, inflexível, formal e fanático. Alcançam resultados vagarosamente, porém
com segurança. Por não arriscarem acabam se passando por chatos e neuróticos. Sua mente é
penetrante e costumam ter boa memória. São pacientes, preservam as tradições e mantém a posição.
Tendem a ser intransigentes e radicais, para não falar da convicção. São líderes natos, estrategistas.
13

O nome das constelações zodiacais e sua relação na mitologia.


Ossola (2011) apresenta abaixo o histórico de cada uma delas
.

Áries
Frixo e Hele eram filhos de Atamante, rei de Orcômeno, segundo conta a
mitologia grega. Sua segunda mulher, Ino, convenceu o marido a sacrificá-los,
na crença de que isso daria um fim à crise de seca e esterilidade pela qual
passava a região. Porém Zeus, descontente porque o sacrifício era apenas um
estratagema para que a madrasta se livrasse dos filhos do marido, enviou o
carneiro Crisómalos, que os salvou, levando-os para o Oriente. Crisómalos era
filho de Poseidon e da Ninfa Teófana, uma carneiro com pêlo de Ouro, que
voava, nadava e corria melhor que qualquer outro animal. Áries é esse
carneiro, eternizado no firmamento.

20
Os signos mutáveis são representados por Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes. Adaptando-se a
qualquer situação e a qualquer tipo de ambiente e grupo sempre serão simpáticos. Pelo grande poder de
mudança ao estarem entre pessoas educadas serão assim, e se estiverem no meio de pessoas mais
comuns se portarão assim.
14

Touro
A jovem Europa brincava com suas irmãs numa praia de Tiro. Zeus a viu e,
encantado com sua beleza, transformou-se num touro branco que ajoelhou-se
a seus pés. Europa não resistiu e montou em seu dorso. Imediatamente o
animal levantou-se e mergulhou no mar, levando Europa para a ilha de Creta.
Lá, Zeus uniu-se a Europa, que teve três filhos do deus. O Touro brilha até hoje
no céu como uma constelação, para recordar essa união.

Gêmeos
Os gêmeos Castor e Pólux eram filhos de Leda e Zeus, sendo Pólux gerado
por Zeus e Castor gerado por Tíndaro, rei de Esparta, marido de Leda. Eram
grandes e inseparáveis amigos, mas quando Castor morreu, Pólux ficou muito
15

deprimido, pois sendo imortal não poderia acompanhar o irmão. Então Zeus
colocou ambos entre os astros, formando a constelação de Gêmeos.

Câncer
O herói Hércules combatia a Hidra de Lerna, uma região da Argólida. Era uma
serpente com nove cabeças e hálito mortal. Além disso as cabeças renasciam
se cortadas, e a cabeça do centro era imortal. A deusa Hera enviou o
caranguejo Câncer para atrapalhar o herói, que não se intimidou com a picada
e o esmigalhou com um pontapé. Hera colocou Câncer entre as constelações
do Zodíaco.

Leão
Na região da Argólida conhecida como Neméia habitava um terrível leão que
16

devorava os rebanhos e as pessoas que ali habitavam. O animal parecia


invulnerável, mas Hércules o estrangulou, depois de uma tentativa fracassada
de matá-lo a flechadas. Zeus transformou o leão de Neméia em constelação,
perpetuando a façanha do herói.

Virgem
Astréia era filha de Zeus e Têmis, irmã de Pudor. Viveu entre os homens na
Idade do Ouro, espalhando entre eles sentimentos de justiça e bondade.
Quando a humanidade se perverteu, Astréia21 e sua irmã retiraram-se do
convívio dos mortais e, sob o nome de Virgem, fixou-se no céu como uma
constelação.

21
Durante a Idade de Ouro, quando a primavera era eterna e os homens viviam em harmonia com os
deuses, Astréia, filha de Júpiter e Têmis, vivia na terra, entre os humanos, aconselhando-os e dando-lhes
noções de leis e justiça. Nesta época, no mundo não haviam guerras, catástrofes ou crimes. A natureza
era plena e oferecia alimento a todos os homens, que existiam em paz com os deuses. Mas os homens
tornaram-se gananciosos e passaram a negligenciar suas obrigações com os deuses, acreditando-se
donos do próprio destino. Irritado com a prepotência dos mortais, Zeus determina um castigo: a Idade de
Ouro estava acabada. A primavera seria limitada, a terra deveria ser tratada para produzir frutos e a
juventude eterna não existiria mais. Ao ver o comportamento dos humanos e os castigos que o deus dos
deuses os impunha, Astréia se refugia nas montanhas, mas continua a disposição daqueles que quiserem
procurá-la e ouvir seus sábios conselhos. Mesmo com todos os castigos de Zeus, a punição da
humanidade não terminara, os homens descobrem a guerra. Este período belicoso caminha para uma
nova era, a Idade de Ferro, em que os homens não têm mais respeito pela honra, franqueza e lealdade,
tendo as ações determinadas pela ambição e violência. Ao ver em qual ponto as coisas estavam, Astréia,
entristecida, resolve abandonar a Terra e deixar de conviver com os mortais. A deusa, então, refugia-se
no céu na constelação de Virgem. Sua balança também é catasterizada na constelação de Libra, para
lembrar aos homens que o mundo é regido por leis e que tudo deve ser ponderado - as ações devem ser
pesadas em contraponto com as conseqüências.
17

Libra
Não se conhecem lendas associadas à essa constelação, possivelmente pelo
fato de pertencer originalmente à vizinha Escorpião. Também não é conhecido
a partir de qual período a Balança tornou-se uma constelação individualizada.
Mas é provável que o fato do Sol situar-se em Libra por ocasião do equinócio,
quando dias e noites tem igual duração, tenha sugerido a noção de eqüidade
de uma balança.

Escorpião
Diana, ou Ártemis, era uma das doze divindades do Olimpo, deusa da caça.
Certa vez, o gigante Órion a desafiou num torneio de disco mas Diana enviou o
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Escorpião para picá-lo no calcanhar. Órion ainda tentou se defender usando


seu arco, mas a flecha não conseguiu penetrar na couraça do pequeno animal
e este acabou lhe causando a morte. Numa variante da lenda, o Escorpião foi
enviado para castigar Órion por ter seduzido uma das ninfas que
acompanhavam Diana em suas caçadas, ou ainda, por ter tentado violentar a
própria deusa. Zeus transformou Órion e o Escorpião em constelações, mas
colocou-os em posições opostas na esfera celeste, para que jamais se
ferissem novamente. O nome Antares vem do grego e significa anti ares, o rival
de Ares (Marte), por causa de seu brilho que rivalizava em cor com o planeta
vermelho. Antares é uma estrela supergigante e se fosse colocada no lugar do
Sol engolfaria Mercúrio, Vênus, a Terra, Marte e o Cinturão de Asteróides,
deixando Júpiter tão próximo quanto estamos do Sol. Antares tem uma
companheira gravitacional com quatro vezes o diâmetro do Sol. Ambas orbitam
em torno de um centro comum em 878 anos e distam uma da outra cerca de 14
vezes a distância do Sol a Plutão.

Sagitário
Quíron era filho de Cronos e Filira. Um centauro, metade homem, metade
cavalo, mas que diferia dos demais de sua espécie por sua grande sabedoria.
Seu pai transmitiu-lhe conhecimentos de medicina, astronomia e música.
Quíron incumbiu-se da educação de vários príncipes e heróis, como Aquiles,
Teseu, Ulisses e Jasão. Mas quando ao lado de Hércules, lutava contra os
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centauros, foi atingido, acidentalmente, por uma flecha disparada pelo herói.
Sofrendo terríveis dores mas impedido de morrer, Quíron cedeu a sua
imortalidade a Prometeu e Zeus o colocou no Zodíaco, onde constitui a
constelação do Sagitário. Trata-se de uma constelação muito mais antiga que o
Centauro, do hemisfério austral. Provavelmente de origem suméria, na
Babilônia, Pérsia e Egito, Sagitário era um deus arqueiro com cabeça e busto
humanos e corpo de cavalo.

Capricórnio
Décima constelação do Zodíaco, o Capricórnio está ligado a lenda do deus Pã
(ou Pan), descrito como um ser meio homem, meio animal, com torso humano,
coberto de pêlos e com cabeça e pés de bode. Habitava os bosques e divertia-
se assustando os que passavam com suas bruscas aparições (daí a origem do
termo pânico). Zeus o transformou em constelação por ter ajudado a combater
o terrível monstro Tífon. Numa outra versão, o Capricórnio é a cabra Amaltéa,
nutriz de Zeus.
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Aquário
A constelação de Aquário vem sendo associada à água desde a Antigüidade,
quando o Sol passava por essa região do céu durante a estação chuvosa. Na
antiga Babilônia ela era representada por um homem que verte água sobre um
pequeno peixe, o vizinho peixe austral. Para a mitologia greco-romana, o mito
do Aquário relaciona-se a figura de Ganimedes, considerado o mais belo do
mortais, raptado por Zeus que o queria no Olimpo, para servir aos deuses.

Peixes
Enquanto passeavam nas margens do rio Eufrates, a deusa Afrodite e seu filho
Cupido (irmão de Fobos e Deimos e filhos de Ares) se depararam com o
monstruoso Tífon. Para escapar do gigante, mergulharam no rio e se
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transformaram em peixes, ou segundo outra versão, foram salvos por dois


peixes. Para imortalizar o acontecimento a deusa Athena transformou os dois
peixes em constelação.
A Maçonaria e as Colunas Zodiacais
Segundo Rocha e Albuquerque (2011), cada uma das colunas, em sentido
horário, apresenta um significado relativo aos maçons em sua evolução na
senda maçônica. Podemos referenciar na coluna I, o signo de Áries [Fogo-
Marte], o ardor iniciático a procura da iniciação e do iniciado; na coluna II, de
Touro [Terra-Vênus], a elaboração interior ou o profano admitido às provas
iniciáticas; na coluna III, de Gêmeos [Ar-Mercúrio], a vitalidade do neófito
recebendo a luz; na coluna IV, de Câncer [Água-Lua], o iniciado que se instrui
ou o iniciado assimilando os ensinamentos iniciáticos; na coluna V, de Leão
[Fogo-Sol], a razão aplicada exercendo crítica severa sobre todas as lições
iniciáticas recebidas ou o iniciado julgado, por si próprio, as ideias que acaba
de conceber; na coluna VI, de Virgem [Terra-Mercúrio], o homem iniciado
maçom reunido os materiais de construção para desbastar a pedra bruta e
talhá-los segundo seu destino. Todo este simbolismo encontra-se ao Sul, na
coluna dos Aprendizes.

Localização das Colunas Zodiacais no Templo Maçônico.


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Na coluna VII, temos o signo de Libra [Ar-Vênus], representando o


Companheiro em sua maturidade e apto a desenvolver o máximo de atividade
laborativa; na coluna VIII, de Escorpião [Água-Marte], a massa aquosa em
fermentação, os elementos da construção vital em dissociação atraída por
combinações novas, a desorganização revolucionária, o Sol mergulhando em
queda de um para outro hemisfério. Maçonicamente representa o conluio dos
maus companheiros que feriram Hiram de morte; na coluna IX, de Sagitário
[Fogo-Júpiter], os obreiros da arte real abandonados, sem direção, se
lamentam e dispersam-se à procura do corpo do Mestre imolado; na coluna X,
de Capricórnio [Terra-Saturno] simboliza a descoberta do túmulo de Hiram; na
coluna XI, de Aquário [Ar-Saturno], os elementos constitutivos se recompõem
na terra adormecida, simbolicamente representada pela ressuscitação do
cadáver de Hiram; e na coluna XII, de Peixes [Água-Júpiter], Hiram é levantado
e torna a si, significando que a “palavra perdida” foi encontrada. O
Companheiro suficientemente instruído alcança a maestria maçônica e está
apto a reencentar22 nova caminhada pelos signos do zodíaco, ensinando e
aprendendo com os novos Aprendizes.

A Marcha do Aprendiz-Maçom e os Signos do Zodíaco


Os passos da marcha de Aprendiz tem intima ligação com os três primeiros
signos do Zodíaco representados pelas três primeiras colunas zodiacais,
colocadas ao norte; Áries, Touro, Gêmeos. Esses três signos zodiacais sofrem
influencia de três notáveis planetas do mundo sideral: Marte, Vênus e Mercúrio.
Assim, o primeiro passo da Marcha do Aprendiz denomina-se Luta, sabido que
o Carneiro é animal símbolo do ardor, da coragem, representando as
disposições do Aprendiz para os conhecimentos do Grau. Aries recebe
influencia de Marte23, deus mitológico da guerra.

22
v.t. Recomeçar, reatar: reencetar um discurso, um entendimento, uma conversação
23
Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares. Filho de Juno e de Júpiter, era
considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã Minerva, que representa a guerra justa
e diplomática. Os dois irmãos tinham uma rixa, que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, junto
das muralhas de Tróia, cada um dos quais defendendo um dos exércitos. Marte, protector dos troianos,
acabou derrotado. Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Vênus, e com ela teve um
filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia. Na verdade tratava-se de uma relação adúltera, uma vez que
a deusa era esposa de Vulcano, que arranjou um estratagema para os descobrir e prender numa rede
enquanto estavam juntos na cama.
23

Dando o primeiro passo o Aprendiz defronta-se com o segundo signo do


zodíaco, ou seja, Touro símbolo da força, do trabalho e da perseverança, tal
como deve ser o Maçom. Touro recebe a influencia de Vênus24 com sua luz
branca e suave, indicando que o Aprendiz deve trabalhar com prudência, mas
sem temor. O segundo passo, chama-se Perseverança.
No terceiro passo esta o Aprendiz frente ao terceiro signo zodiacal: Gêmeos,
símbolo da união, da fraternidade. Gêmeos sofre influencia de Mercúrio, o
planeta mais próximo do Sol, recebendo por isso forte luz e calor. O terceiro
passo recebe o nome de Fraternidade, sendo os Gêmeos considerados um
símbolo da amizade que deve unir os Maçons. Dado o terceiro passo, o
Aprendiz chega vitorioso dos esforços que empregou, mais distanciado das
trevas e iniquidades da sociedade profana.

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Vênus (português brasileiro) ou Vénus (português europeu) é a deusa do panteão (ou panteon)
romano, equivalente a Afrodite no panteão grego, cujo nome vem acompanhado, por vezes, de epítetos
como "Citereia" já que, quando do nascimento, teria passado por Citera, onde era adorada sob este
nome. É a deusa do Amor e da Beleza, tendo sido assimilada à Vênus romana, uma deusa local do
mercado. O mito do nascimento conta que surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido
gerada pelas espumas (aphros, em grego). Em outra versão, é filha de Júpiter e Dione. Era considerada
esposa de Vulcano, o deus manco, mas mantinha uma relação adúltera com Marte.
24

Bibliografia
CABALA MAÇONARIA. 17 A Kabbalah e as 4 leis do Universo.http://
cabalamaconaria.blogspot.com/2008_09_01_archive.html

GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.


Ritual do Primeiro Grau. 176 p., 2009/2012.

OLIVEIRA, M. M. R. O Templo Maçônico. http://www.ictys.kit.net/Maat/


templo.htm

OSSOLA, L. As Constelações Zodiacais na Mitologia. http://


arqueoastronomy.blogspot.com/2008/03/as-constelaes-zodiacais-na-
mitologia.html

ROCHA, L. G.; ALBUQUERQUE, R. G. Maçonaria e Astrologia [Parte I].


http://asceta33.wordpress.com/teste/

VARELLA, I. G.; OLIVEIRA, P. D. C. F. Constelações do Zodíaco. http://www.


uranometrianova.pro.br/astronomia/AA001/zodiaco.htm

WIKIPEDIA. Signos zodiacais. http://pt.wikipedia.org/wiki/Signos_zodiacais

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