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REI SALOM‹O
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Trabalhos Digitais
Parte IV
Projeto Companheiro
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OS CÉTICOS
OS CINCO DEGRAUS
Enquanto que as primeiras três viagens terminam próximas ao Segundo Vigilante, ao término
da quarta e da quinta viagens o aspirante é conduzido junto ao Primeiro Vigilante, que lhe
pede, primeiro, o toque e logo a palavra de Aprendiz. Isto significa que antes de receber, o
aspirante deve dar tudo que possui ou conhece; além disso com o toque demonstra ter
passado pelos primeiros três anos ou etapas de seu progresso, representados pelas três
viagens, e com a palavra reafirma o Ato de Fé, representado pelo sentido dessa palavra, a
qual adquire uma importância especial depois da quinta viagem.
Ao passar da coluna do Norte para a do Sul, ou da perpendicular ao nível, onde termina para
ele a orientação do Segundo Vigilante e inicia-se a orientação do Primeiro Vigilante, estando
entre ambos, já se observa desde da quarta viagem, depois de ter provado na terceira
viagem, com o uso da alavanca em união com régua, ter conseguido a perfeição como
Aprendiz, pondo em ação e fazendo operativa a Fé, que é a qualidade que especialmente
deve desenvolver-se neste grau, em união com a retidão dos propósitos.
O esquadro que se une à régua na quarta viagem, mostra também o domínio do nível, que se
impõem sobre o prumo, que dizer, a necessidade de um perfeito equilíbrio e de uma
constante estabilidade e firmeza em seus propósitos e aspirações, qualidades muito bem
expressas pelo simbólico Edifício que se constrói com o auxilio destes instrumentos. O prumo
se transforma assim no Tau sagrado, sobre o qual há de brilhar a Estrela de sua Chispa
Divina.
Para subir ao trono do Primeiro Vigilante precisa subir os cinco degraus, emblemáticos das
cinco etapas ou viagens até agora recorridos. Estes degraus podemos representá-los de
diferentes cores, em correspondência com o elementos e experiências das provas iniciáticas.
A primeira é negra, e corresponde a prova da terra. Recorda ao aspirante a Câmara de
Reflexão, na qual foi introduzido para a necessária preparação ao grau de Aprendiz, e lhe
mostra a necessidade de visitar o interior da terra, penetrando na realidade das coisas que se
esconde atrás de sua aparência ou forma exterior.
A segunda é azul e corresponde à prova do ar. Recorda a primeira viagem do Aprendiz e a
necessidade de enfrentar-se com os prejuízos e os erros, as correntes contrárias do mundo,
permanecendo firme em seu juízo e em seus convencimentos espirituais, como uma torre
que não vacila e não se desapruma sobre o ímpeto dos furacões mais violentos.
OS CINCO SENTIDOS
Cumpre-nos dizer algo, todavia, sobre os cinco sentidos e as cinco funções ativas, simbolizados uns e outros nas
cinco pontas do pentagrama e representados, respectivamente, em nove e sete órgãos distintos. São estes,
evidentemente, com as cinco funções vegetativas (respiração, digestão, circulação, expressão e reprodução) as mais
características expressões do quinário, que é o número que preside a todas as manifestações da vida,
especialmente animal, que se encontra no homem sob o domínio de um princípio superior.
A observação da "vida psíquica" dos animais em suas fases mais elementais, nos leva a reconhecer como primeiro
sentido a percepção indistinta de uma presença em geral distanciada e relacionada com o espaço, para o qual se
formou um órgão cujo o desenvolvimento pode mui bem ter sido anterior a capacidade de mover-se.
Paralelamente com este órgão se desenvolveu a capacidade de expressar-se por meio de ruídos instintivos que
evolucionaram finalmente na voz humana.
O órgão da vista nasceu depois, como evolução daquela sensibilidade a ação da luz, que é muito evidente também
no reino vegetal, manifestando-se a ação dos diferentes raios em distintos pigmentos que se desenvolveram sob sua
influência, análogos aos que se encontram também em nossos olhos.
Paralelamente a vista se desenvolveu a capacidade de mover-se ou estender-se em determinada direção, faculdade
que manifestam também as plantas, crescendo em direção a luz, que estimula seu movimento.
O órgão do tato, apesar de que pareça o mais material, não é o primeiro na escala evolutiva, estando relacionado
com a faculdade de por-se em contato e, por onde, de "ir" em determinada direção, impulsionando-o a ele uma
percepção anterior de diferente natureza. Este órgão é um complemento evidente da vista e do ouvido, enquanto por
meio do mesmo nos é dado assegurar-mos da realidade física ou tangível do que vemos ou ouvimos.
Assim como o órgão da vista impulsiona naturalmente a tocar o que um vê, desenvolvendo as mãos em sua dupla
função de órgãos ativos e sensitivos (função especialmente característica do homem) e os pés para mover-se na
mesma direção, assim também esta capacidade fez evolucionar o gosto, ao que podemos considerar como uma
OS CINCO SENTIDOS
A existência do Grande Arquiteto do Universo, inegavelmente, é o elo comum que une os Maçons entre si, essa
união oriunda da verdade irrefutável da existência de Deus e incontestavelmente ratificada através do conhecimento
dessa existência, pela criação do Universo, quando do nada, Deus completou sua obra criadora, de cuja razão
concluímos que Deus é eterno, não teve princípio, nem terá fim.
Os cinco sentidos que estabelecem a comunicação da alma com o mundo material. Tato, audição, visão,
olfato e paladar, dos quais para os Maçons três servem a comunicação fraternal, pois é pelo tato que se
conhecem os toques Pela audição se percebem as palavras , e pela visão se notam os sinais. Mas não se pode
esquecer o paladar, pelo qual se conhecem as bebidas amargas e doces, bem como o sal, o pão e o vinho.
Finalmente pelo olfato se percebem as fragrâncias das flores e os aromas do altar de perfumes.
O poder da criação do Grande Arquiteto do Universo tornou possível a nossa existência e com ela a grande
indagação do homem, cuja busca para saber a verdade sobre a sua origem e o seu destino, leva-o a uma só direção,
a do seu próprio Criador.
Assim, o Maçom pode e deve direcionar a sua vivência para o bem e, para isto, deverá usar dos dons da Inteligência,
da Vontade e da Liberdade, bem como os seus cinco sentidos em toda a sua potencialidade. O que deverá ser feito
dentro dos princípios de uma moral sadia, pura, condizente e propícia para formar e aperfeiçoar o caráter do Iniciado
para que possa prosseguir em direção à meta para a qual foi criado, para a maior glória do Grande Arquiteto do
Universo, para amar a si mesmo, e para amar o seu próximo, o seu Irmão.
Analisando a busca do homem pelo uso de seus dons, no encontro da verdade, se torna imprescindível o trabalho de
polir a aspereza das paixões que o envolvem com o verniz da virtude, o que faz quando usa os Símbolos e os seus
cinco sentidos para construir a sua perfeição, pautando a sua conduta em Loja e fora dela, erigindo a grande obra de
construção da sua vida, no convívio com os Irmãos, onde do alto se destacam, a Honra, o Equilíbrio, a Igualdade e a
Justiça, para que possa conduzir-se de forma justa e perfeita.
OS DIÁCONOS
Que a Maçonaria levante homens qualificados para servir como verdadeiros diáconos, pois
assim teremos sempre uma Loja devidamente representada por valorosos irmãos Diáconos.
Para toda construção se necessita de instrumentos adequados. Sem dúvida, dado o caráter especial de
nossa arquitetura individual, tais instrumentos se buscam, como nos ensina, no interior da mesma.
Efetivamente, nas colunas de bronze que caracterizam o grau de Companheiro, estão ocas para conter os
instrumentos da construção e guarda-los junto com o salário que constitui a recompensa de seus esforços.
Portanto, tampouco a recompensa ou salário deve buscar-se no resultado exterior, senão melhor que aquele
crescimento interior, a raiz da qual o resultado exterior tem que amadurecer
inevitavelmente, como o fruto no ramo quando chega a estação oportuna.
Estes instrumentos são os mesmos que adquiriu o Companheiro, o
conhecimento e o uso, no curso de suas viagens, instrumentos mentais e
espirituais que só podem encontrar-se e desenvolver-se no oco de sua coluna
individual. O malho, o cinzel, a régua, a alavanca, o compasso e o esquadro se
agregam o prumo e o nível, dos quais já temos aprendido a simbologia de suas
funções.
O malho e o cinzel, por meio dos quais o pedreiro desbasta a pedra bruta,
"aproximando a uma forma em relação com seu destino", são para o maçom as
duas faculdades gêmeas da vontade e da determinação inteligente, sobre a
qual a primeira tem que aplicar-se para produzir um resultado aproveitável na
Obra de Construção Individual, meta de seus esforços.
O primeiro destes dois instrumentos, o malho, utiliza a força da gravidade, com a massa metálica de que se
compõem, para produzir um efeito determinado: a desagregação ou fratura de outra massa de pedra ou
matéria bruta, menos homogênea e resistente que a massa metálica, que sobre a mesma se aplica. É uma
força ou Poder cujo efeito seria constantemente destrutivo, senão se aplicar com extremo cuidado e
inteligência.
Em comparação com o malho, o cinzel tem uma massa metálica limitada; porém sua têmpera e agudez o
fazem distinguir nitidamente do primeiro, enquanto se grava numa forma determinada sobre a matéria bruta
na qual o aplicamos, cortando-a em vez de quebrá-la e faze-la em pedaços, como o faria por si só o malho.
Por outro lado, a resistência e homogeneidade da massa metálica de que se compõem, o fazem
especialmente adaptável para suportar, em seu extremo superior, os golpes do malho, e transmiti-lo como
efeito útil sobre a matéria em que obra, separando da mesma um fragmento determinado, melhor que
destruí-la cega e não inteligentemente.
Sem dúvida, o cinzel sem o malho, que aplica sobre ele mesmo a energia da massa de que se compõem,
seria igualmente ineficiente e incapaz de produzir por si só aquele trabalho a que esta destinado, em
colaboração com o segundo.
A régua e o compasso não são simplesmente dois instrumentos de medida, em que a medida da terra ou
mundo objetivo, seja o significado originário da palavra Geometria, senão melhor criativos e cognitivos,
Bibliografia:
O PAINEL DO COMPANHEIRO
- no Ritual do Rito Brasileiro, publicado pelo Grande Oriente do Brasil em 1972, traz dois
Painéis, um com o título de Síntese Simbólica do Grau de Companheiro o outro, o Painel
Simbólico do Grau de Companheiro;
- no Ritual do Rito Moderno, editado pelo Grande Oriente de São Paulo, em 1976, traz dois
Painéis: o Painel Simbólico do Segundo Grau e o Painel Alegórico, do Ir.’. Harris;
- no Ritual do Rito Adonhiramita, publicado elo Grande Oriente do Brasil, em 1934, traz três
Painéis: o Painel Alegórico, o Painel Simbólico e o Painel da Loja de Companheiro;
- no Ritual do Rito Escocês, editado pelo Grande Oriente de São Paulo, traz os três
painéis: o Painel Alegórico, o Painel Simbólico e o Painel da Loja de Companheiro;
- no Ritual do Rito de Schoroeder, de 1957 não traz nenhum Painel, já no Ritual da Grande
Loja do Rio Grande do Sul, editado em 1988, traz um Painel próprio do Rito,
completamente diferente dos demais.
BIBLIOGRAFIA:
- Graus Simbólicos – 1989 – Ir.’. Wilton Harbet (tradução do inglês)
- Ritos e Filosofias Maçônicas – Editora Samambaia
se inscreve no pentágono.
Essas considerações se empregadas na vida diária de cada um quando se vai tomar uma
decisão é de grande valor para se evitar erros.
A Estrela Flamejante só é conhecida na Maçonaria pelo menos em princípio pelo
Companheiro e a ela é dada o nome de Estrela Hominial, e é chamada de Flamejante, não pelas
chamas que a rodeiam, mas sim, pelo brilho interno, como consequência da sua universalidade.
Algumas definições da Estrela Flamejante:
A Estrela Flamejante é o centro de onde parte a verdadeira Luz.
A Estrela Flamejante representa a Luz, iluminando o discípulo dos Mestres, o operário
capaz de servi-lo utilmente; ela é, portanto, o signo da Inteligência da Ciência.
É o emblema do pensamento livre, do fogo sagrado, do gênio, que eleva o homem ás
Foi empregado um número imenso de Maçons na construção do Templo de Salomão. Eram, na sua
maior parte, Aprendizes e Companheiros. Os Aprendizes recebiam, semanalmente, uma ração de trigo,
de vinho e azeite; os Companheiros eram pagos de seu salário em dinheiro, que recebiam na Câmara
do Meio do Templo.
Entravam na Câmara do Meio através de um pórtico, do lado Sul do Templo, Ao passarem por esse
pórtico, sua atenção era particularmente despertada por duas grandes colunas - a da direita se
denominava B?, que significa Força, a da esquerda J?, que quer dizer Apoio; quando reunidas querem
dizer Beleza, porque Deus disse: “Na Força, eu Apoiarei esta minha casa, a fim de que ela se
mantenha firme para todo o sempre”.
A altura dessas colunas era de trinta e cinco côvados, a circunferência de doze e o diâmetro de quatro.
Eram ocas, a fim de servirem de arquivo para a fraternidade, pois, dentro delas, se depositavam os
registros constitucionais. Suas paredes tinham a espessura de quatro polegadas.
Essas colunas foram feitas de bronze, nos terrenos argilosos das margens do Jordão, entre Succoth e
Zeredatha, onde Salomão ordenara fossem fundidos todos os vasos sagrados, sob a direção geral de
Hiram Abif.
Encima das colunas, viam-se capitéis, de cinco côvados de altura, cercados por um delicado rendilhado
de bronze e ornados de lírios e romãs. O rendilhado, pela conexão de suas malhas, significa unidade,
união, harmonia; os lírios, pela sua brancura, simbolizam pureza, castidade, inocência e as romãs,
pela exuberância de suas sementes, abundância, fertilidade.
Além disso, as colunas eram encimados por duas esferas, uma representando o mapa do globo
terrestre e outra a do globo celeste, ambas assinalando a universalidade da Maçonaria.
Foram colocadas à entrada do Templo, como recordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de
fogo, que os iluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram do Faraó e das
tropas envidas para capturá-los.
Assim, quando entrassem no Templo para celebrar o culto divino, eles teriam sempre diante dos olhos
a lembrança da redenção de seus antepassados.
Depois de passarem por entre essas duas colunas, nossos antigos Irmãos chegavam ao pé de uma
escada, em caracol, cuja ascensão lhes era obstada pelo 1° Vigilante, que lhes exigia o Toque, o Sinal
e Palavra de Passe.
A Palavra de Passe significa abundância e está representada, no Painel da Loja do 2° Grau, por uma
espiga de trigo junto de uma queda d’água. A palavra Sch? tem sua origem na época em que um
exército dos Efraimitas atravessou o Rio Jordão para combater Jefté, famoso general gileadita. O
pretexto dessa desavença foi não terem os Efraimitas sido convidados a participarem da honra da
Para tornar decisiva sua vitória, precavendo-se contra futuras agressões, enviou destacamentos para
guardar as passagens do Jordão, por onde deveriam vir, forçosamente, os insurretos de regresso a seu
país. Deu ordens severas para que fossem executado todo o fugitivo que por ali passasse e se
confessasse efraimita. Aqueles que negassem ou usassem de subterfúgios, ordenava que pronunciasse
a palavra Sch? Os Efraimitas, por defeito vocal, próprio de seu dialeto, não pronunciava Schi?, mas
Si?. Deste modo, a ligeira diferença de pronúncia descobria sua nacionalidade e custava-lhes a vida.
As Escrituras dizem que morreram, no campo de batalha e nas margens do Jordão, 42.000 Efraimitas,
e, como Sch? foi, então, a palavra que serviu para distinguir amigos de inimigos, Salomão resolveu
adotá-la como Palavra de Passe dos Companheiros. Por isso depois de nossos antigos Irmãos darem a
Palavra de Passe ao 1° Vigilante, este lhes dizia: Passe, Sch? Por significar espiga, representa o trigo
que é a fonte do pão do corpo e da alma; o trigo morre para despejar suas sementes no chão,
sementes estas que no verão renascerão do solo - é o símbolo esotérico do constante renascer.
Com essa permissão os Companheiros subiam a escada em caracol, constituída por 3, 5, 7 ou mais
degraus, porque três governam a Loja; cinco a constituem e sete ou mais a tornam perfeita. Os três
que a governam são o Venerável Mestre e os dois Vigilantes; os cinco que a constituem são os três
que a governam e mais dois Companheiros; os sete que a tornam perfeita são dois Aprendizes,
adicionados aos cinco que a constituem.
Três governam uma Loja porque três foram os Grão-Mestres que presidiram a construção do primeiro
Templo de Jerusalém: Salomão, rei de Israel, Hiram, rei de Tyro e Hiram Abif; cinco constituem a Loja,
em consideração às cinco ordens nobres da arquitetura: toscana, dórica, jônica, coríntia e compósita;
sete ou mais a tornam perfeita, porque Salomão gastou mais de sete anos na construção, acabamento
e consagração do Templo de Jerusalém ao serviço de Deus. Há, também, neste número, uma alusão
às sete artes e ciências: gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, música e astronomia.
Passados para a Câmara do Meio do Templo, sua atenção era despertada por certos caracteres
hebraicos que atualmente são representados, em Loja, por um triângulo equilátero, tendo no centro a
letra G (iod), que significa “DEUS”, o Grande Geômetra do Universo, a Quem todos devemos
submeter-nos e a Quem devemos humildemente venerar.
A lenda da escada em caracol pode, também, ser considerada como alegoria, na qual um jovem, tendo
passado a sua adolescência como Aprendiz e a vida virilidade como Companheiro, tenta, ousadamente,
avançar e subir, apesar do caminho ser tortuoso e a subida difícil, na esperança de, pela diligência e
pela perseverança, chegar à idade madura como um esclarecido Mestre.
Nossos antigos Irmãos foram obreiros da pedra; isso para eles era um trabalho ambicionado, uma
obrigação religiosa e a maravilhosa habilidade que possuíam; revela-se, ainda hoje, nas monumentais
construções do Velho Mundo. Essa perfeição, porém, só era conseguida depois de um longo e acurado
estudo. Eles viam na perfeição encontrada, por toda a parte da Natureza, o ideal a que se esforçavam
atingir na confecção e no acabamento dos seus trabalhos.
Do mesmo modo que os antigos Irmãos hauriam da Natureza sua inspiração, aconselha-se o estudo do
grande Livro, perscrutando-lhe os seus mais profundos recessos e esforçando-vos em desvendar os
seus mistérios até que, ajudado pela Luz da razão e da ciência, possais vencer as inúmeras
dificuldades encontradas em vosso caminho.
Possa vosso espírito enriquecer-se com tesouros extraídos das mais puras fontes da Verdade e da
Justiça e vosso Coração encher-se de amor por todas as coisa que, em Sua Infinita Sabedoria, o
GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO criou.
Estudai e perseverai com paciência, para que, um dia, perfeitamente instruído sobre os mistérios do
segundo grau, participeis dos trabalhos da Câmara do Meio.
RESUMO DAS INSTRUÇÕES
DO GRAU DE COMPANHEIRO MAÇOM NO REAA
Reza o ritual do companheiro maçom no reaa, que a solidariedade que aflora da mais intima e sincera
comunhão entre todos os irmãos, deve ser a constante preocupação do companheiro. Pois se a
liberdade era o ideal do aprendiz que almeja a luz, a igualdade deve lastrear os passos do
companheiro, para que este possa solidificar os sentimentos de fraternidade.
Numa análise da primeira instrução ministrada, que versa sobre o painel da loja de companheiro, ou
seja, o traçado dos meios que lhes são disponibilizados, a fim de que alcancem a perfeição esperada
de seu trabalho.
De início, salvo melhor entendimento, nos é apresentada, a primeira grande mudança em nossa
percepção de tudo o que consta no interior de um templo maçônico, pois o que víamos como
aprendizes, hoje, igualmente o vemos como companheiros, porém, com uma ótica diferente, como se
a turbação de nossa visão estivesse aos poucos se dissipando. As descrições simbólicas aperfeiçoam-
se revelando com isso o primeiro local de segregação gradual entre os obreiros, a câmara do meio do
templo, local onde eram pagos os salários do companheiros, e pormenorizadamente o significado de
cada um unidade, união e harmonia, representados pelo rendilhado de bronze, pureza, castidade e
inocência, pelos lírios e abundancia e fertilidade pelas romãs.
Apresenta-se as palavras, sagrada e de passe sua maravilhosa história e significado, e o porque do rei
Salomão utilizá-la para distinguir os aprendizes dos companheiros.
Iniciando-se com uma explanação do Ir.’. 1º Vig.’. cerca da escada em caracol a que deveriam os
companheiros subirem, construídas por 3, 5 e 7 ou mais degraus, fazendo alusão ao significado de
cada número de degraus e sua disposição na escada, bem como, as artes e ciências humanas.
Passa-se, após as considerações acima, ao estudo associativo dos significados precípuos da letra “g”,
geometria, gravidade, gênio e gnose.
Sendo, a geometria, inerente a obra universal, polindo e dignificando o homem, de modo a torna-lo
apto a ocupar sua posição em sociedade, a gravidade, dado o se poder de atrair ao centro do planeta
os mais diversos materiais, refere-se ao poder invisível de atração universal, a reunião dos corpos,
mentes e corações, que alicerçam o edifício maçônico, cujos elementos são os próprios maçons que
unem-se indissoluvelmente pela profunda afeição que nutrem uns pelos outros, o gênio, suscita e
exalta nossas faculdades intelectuais e criativas, sob a condição de nosso espírito delimita-lo entre seu
auto controle, e com entusiasmo, entregue-se às influencias superiores, por último, temos a gnose,
vocábulo grego que significa ‘conhecimento”, ritualisticamente e o conjunto de faculdades comuns a
todos os iniciados que lançam-se ao estudo e a pesquisa para compreender-se a razão de todas as
ocorrências.
Com suas antigas e novas ferramentas, adquire a compreensão da noção exata do inafastável poder
da vontade, quando inteligentemente aplicado, pois esta torna-se invencível, quando posta a serviço
de um lidimo e absoluto direito.
Passando à terceira instrução, verificamos que dos companheiros maçons, não mais é esperado passos
uni direcionados, nem tão pouco, pensamentos e entendimentos menos elaborados, pois não é mais
um ignorante que a pouco lhe foi dada a luz e aprendera a caminhar, já tendo inclusive dado provas
de iniciativa intelectual.
Novamente, é apresentado a composição da loja de companheiro, suas palavras, toques e sinais, sua
simbologia, com a ratificação e aprimoramento do estudo histórico e da apresentação dos significados
destes, com vistas a um melhor entendimento destes, por parte dos elevados.
Passa-se a seguir a apresentação dos ornamentos de uma loja de companheiro, que são: o pavimento
mosaico, a estrela flamejante e a orla dentada.
O pavimento mosaico, que é o painel aposto no assoalho do grande pórtico, com suas peças ou
ladrilhos pretos e brancos, de mesma dimensão e colocados alternadamente, traduz e representa a
rigorosa exatidão, que a tudo equilibra, no controle de nossos sentimentos, submetidos a rigidez da lei
dos contrastes. Diz-se pavimento mosaico, pois, segundo estudos apresentados em loja, uma similar
ornamentava a tenda de Moisés, e nela este realizava suas orações, por isso pavimento mosaico, ou
seja, de Moisés.
A estrela flamejante, que tem cinco pontas, por representar o domínio da cabeça sobre os quatro
membros do homem, é mais particularmente o emblema do poder da vontade, é o símbolo do
companheiro, pois este é convocado a tornar-se o foco ardente, a própria fonte de luz e calor. A
grandeza de seus sentimentos e a nobreza de suas ações deve instá-lo a devotar-se desmedida mente
a todos os que necessitarem, pois encontra-se aberto a todas as compreensões.
Quanto à orla dentada, nos abstemos de maiores comentários, por já tê-lo feito nos trabalhos
anteriormente apresentados.
Assim como no grau de aprendiz, o grau de companheiro, também comparta três jóias móveis, o
esquadro, insígnia ostentada pelo venerável mestre, o nível, que adorna o ir 1º vigilante e o prumo,
que reveste o ir 2º vigilante, pois segundo o que dispõe a nossa carta ritualística, além de serem
anualmente transferidas a novos obreiros, o esquadro, orienta o talhe das pedras, o nível, assegura-
lhes a posição horizontal, enquanto o prumo permite que sejam verticalmente colocadas.
Além das jóias móveis, existem também as jóias imóveis, a saber, a pedra bruta, a pedra cúbica ou
polida e o painel da loja.
A pedra bruta é a matéria sobre a qual exercitam-se os aprendizes, a pedra cúbica serve para os
companheiros ajustarem suas ferramentas e instrumentos e o painel da loja, permite aos mestres
traçarem seus planos. Da pedra bruta, que representa o homem aculturado e ignorante, porem com
possibilidade de ser educado e instruído, passamos a pedra cúbica ou polida, representativa do iniciado
na arte real que, livre de preconceitos e defeitos, adquiriu os conhecimentos necessários e a habilidade
para participar ativamente da grande obra da construção universal. Já o talento, a autoridade, e bons
exemplos que os mestres devem dar estão diretamente relacionados com o painel da loja.
Por fim, a terceira instrução além de nos dar conhecimento da localização das três janelas localizadas
na loja de companheiro, esmiúça com clareza a referencia da idade do companheiro, que seria a
junção dos quatro elementos naturais acrescidos da quinta essência que é o próprio espírito universal.
Adentrando aos estudos da quarta instrução, somos confrontados com a única e admirável verdade
absoluta da humanidade, qual seja, que não há registro de nenhum homem que seja detentor da
verdade absoluta, todas as verdades hoje conhecidas, são relativas no amanhã. Temos como única
certeza, que necessitamos continuar a busca da verdade.
Somos instigados a buscar dentre aqueles do mundo profano, os que, insatisfeitos com os rumos da
humanidade, com a tirania e outros vícios de comportamento social, tentam buscar a verdade das
coisas.
Como conclusão desta maravilhosa instrução, temos a certeza de que após adquirir todo o
conhecimento possível, toda a instrução que puder ser ministrada, todo o saber que puder ser
passado, verdadeiramente estaremos prontos a continuar estudando, aprendendo e buscando a
verdade.
Como aprendizes fomos inicialmente familiarizados com a tétrade pitagórica, que mostrou-nos no
quaternário, a raiz e o fundamento das coisas. Como companheiros devemos adentrar ainda mais a
este estudo, partindo do quatro para chegar sucessivamente, ao cinco, ao seis e, mesmo ao sete.
Iod, a primeira das letras, ou apenas uma virgula, na qual se quis representar o gerador masculino, o
princípio ativo da causa - agente, significa portanto o ser pensante. Hé, segunda letra, simboliza o
sopro animador da vida, emanado de iod, é a atividade exercida pelo princípio criador e ativo. Vau
tem, em hebraico, a mesma função da vogal “e”. Simboliza a ligação do abstrato ao concreto, o
individuo ao coletivo, é portanto a origem da lei, das normas de conduta dos indivíduos em sociedade.
Hé e repetido no final do tetragrama para exprimir o resultado final de toda a atividade.
Quanto a quintessência, manifesta-se unicamente pela ação, não agir equipara-se a não existir, pois
aquele que existe está em permanente trabalho, em constante transformação, diferenciando-se
apenas por um ou outro reino natural.
Comentando o hexagrama, a atmosfera psíquica que envolve nossa personalidade, compõe-se sob o
ponto de vista hermético da água, o fluido vital, carregado energias ativas, o fogo, cuja união é
representada, graficamente, por uma figura, conhecida por signo de Salomão, sendo este, dois
triângulos entrelaçados, um masculino ativo, a energia individual, o ardor emanado da própria
Por último, temos o setenário, que é o numero da harmonia, resultante do equilíbrio estabelecido por
elementos diversos, representados por uma estrela de seis pontas, onde o numero sete é aposto no
centro desta. Como sabemos, este é o símbolo do delta sagrado, onde o tetragrama central, é muitas
vezes substituído pelo “olho onipresente”.
Ser Companheiro-Maçom é ser obreiro reconhecido apto para exercer sua arte, senhor que é de sua
energia de trabalho. Ele tem por dever realizar praticamente o plano teórico traçado pelos Mestres.
Quando um Companheiro se consente em ser recebido como tal, é porque tinha desejos de conhecer
os mistérios da natureza e da ciência, bem como o significado da letra IOD, corresponde a nossa letra
G. Esta letra significa Geometria, Gravidade, Gênio, Gnose.
A Geometria do que se trata, é da aplicável à construção universal; de que nos ensina a polir o homem
e a torná-lo digno de ocupar seu lugar no edifício social.
O Companheiro é chamado a fazer obra da vida, pondo em ação sua energia vital e aprofundando-se
nos mistérios da existência. Ora, tudo isso tira sua origem da Geração, cujas leis inspiram as mais
belas doutrinas da antigüidade.
A atração universal, que tende a aproximar os corpos da ordem física, corresponde, na ordem social, a
uma força misteriosa análoga que tende à reunião, e mesmo à fusão das almas. Corresponde à força
que une os corações, que assegura a solidez do edifício maçônico, cujos materiais são seres vivos,
unidos, indissolúveis pela profunda afeição que sentem uns pelos outros. O Amor Fraternal é, na
Maçonaria, um princípio vital da ordem, de harmonia e de estabilidade, assim como a Gravidade o é
dos corpos celestes.
O Gênio consiste na exaltação fecunda de nossas faculdades intelectuais e imaginativas. Desde que o
espírito, calculadamente, adquira a posse de si mesmo, não saia dos limites do talento que possa
conter. Para chegar a ser gênio, necessário é que se abandone às influências superiores, que se
entusiasme, que vibre aos acordes de uma harmonia mais elevada.
Gnose em grego quer dizer “conhecimento”. É o conjunto de noções comuns a todos os iniciados que,
a força de pesquisar, acabam por se encontrar na mesma compreensão da causa das coisas.
Na verdade o G além de ser i iod hebraico (que na cabala representa o princípio criador), esta letra
parece ser uma simplificação de um símbolo de alto valor hermético: o ponto dentro do círculo que
representa a própria gênese e o Criador.
O Companheiro é recebido passando da Coluna B? para a Coluna J?, que representa uma modificação
no programa iniciático. Para receber o salário junto à Coluna B?, o Aprendiz deve basear-se na razão,
cujos clarões afugentam as trevas e fazem discernir o erro. Após as purificações que vitoriosamente
suportou, conduzido para junto da Coluna J?, sem se afastar de seus hábitos de disciplina racional,
deverá, para se tornar perfeito pensador, exercitar sua imaginação e desenvolver sua sensibilidade.
Depois de ter aprendido a raciocinar corretamente, pode, pela educação judiciosa de sua intuição,
elevar seus pensamentos às causas dos fenômenos.
- o Maço e
- o Cinzel; em seguida,
- a Régua e
- o Compasso; depois,
- a Alavanca e, finalmente,
- o Esquadro.
O Maço e o Cinzel, como instrumentos destinados a desbastar a Pedra Bruta, mostram-nos como
devemos corrigir nossos defeitos, tomando resoluções sábias (Cinzel), que uma determinação enérgica
(Maço) põe em execução.
A relação existente entre a Régua e o Compasso, é que a Régua, permitindo traçar linhas retas que
podem prolongar-se ao infinito, simboliza o direito inflexível, a lei moral no que ela tem de mais
rigoroso e imutável. A esse absoluto se opõe o círculo da relatividade, cujo raio se mede pelo
afastamento das pernas do Compasso. Ora, como nossos meios de realização são limitados, devemos
traçar nosso programa de trabalho tendo em conta não só a idéia do abstrato que nos incumbem e
aproximam dos numerosos monumentos fenícios consagrados ao Poder Gerador masculino.
A espessura das Colunas segundo as tradições maçônicas é de quatro polegadas, porque se as supõe
ocas para guardar os tesouros e as ferramentas dos Aprendizes e Companheiros.
O tesouro oculto nas Colunas representa a doutrina iniciática, cujo conhecimento está reservado aos
que não param na superfície e sabem aprofundar-se nos estudos.
A marcha do Companheiro comporta passos laterais porque indica que o mesmo não está obrigado a
seguir, invariavelmente, a mesma direção. Para que possa colher a verdade, por toda a parte, lhe é
permitido afastar-se do caminho normalmente traçado. A exploração do mistério, porém, não deve
desorientá-lo, e, por isso, todo afastamento momentâneo da imaginação deve ser seguido de uma
pronta volta à retidão do raciocínio. É interessante observar que o desvio da marcha se dá no
momento em que o companheiro vê a E?F? e se desvia em direção a ela.
- o Pavimento de Mosaico,
- a Estrela Flamígera e
- a Orla Dentada.
O Pavimento de Mosaico é o assoalho de grande pórtico; a Estrela Flamígera brilha ao centro da Loja
para iluminá-la e a Orla Dentada limita e decora as extremidades.
A Estrela Flamígera é o símbolo do Companheiro porque ele é chamado a tornar-se um foco ardente,
fonte de luz e calor. A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao devotamento sem reservas,
mas com discernimento, de uma inteligência verdadeiramente esclarecida, porque está aberta a todas
as compreensões. Ela é de cinco pontas para figurar os quatro membros do homem e a cabeça que os
governa. Esta, como centro das faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou da
matéria. Assim, a Estrela Flamígera é mais particularmente emblema do poder da vontade.
A Estrela Flamígera está colocada entre os corpos celestes, o Sol e a Lua, porque irradia a luz do Sol e
da Lua, afirmando que a inteligência e compreensão procedem igualmente da Razão e da Imaginação.
A Orla Dentada são os lambrequins que cercam o teto da Loja. Por cima desses lambrequins corre a
corda formada por uma série de nós - os laços do amor. É a cadeia de União cujas extremidades,
desfiadas em bordas, se reúnem próximo às duas Colunas. O todo é o emblema dos laços que unem
todos os Maçons para construírem uma única família sobre Terra.
Existem outras jóias na Loja de Companheiro, sendo três móveis e três imóveis. As móveis são: o
Esquadro, insígnia do venerável mestre; o Nível, que decora o 1° Vigilante, e o Prumo, que reveste o
2° Vigilante. As jóias são móveis porque, além de passarem, anualmente, a novos serventuários, o
esquadro controla o talhe das pedras, de que o Nível assegura a posição horizontal, enquanto que o
Prumo permite que sejam colocadas verticalmente.
Sob o ponto de vista Moral, o Esquadro nos induz a corrigirmos os defeitos que nos impeçam de
manter firme nossa posição na construção humanitária; o Nível exige que o Maçom tenha como iguais
a todos os homens, enquanto o Prumo incita a elevar-se acima de todas as mesquinharias, fazendo-o
conhecer o valor das coisas.
- a Pedra Bruta,
- a Pedra Cúbica, e
- o Painel da Loja.
A Pedra Bruta é a matéria sobre a qual se exercitam os Aprendizes; a Pedra Cúbica serve para os
Companheiros ajustarem seus instrumentos e o Painel da Loja permite aos Mestres traçarem seus
planos.
A Pedra Bruta representa o homem grosseiro e ignorante, suscetível, porém, de ser educado e
instruído; a Pedra Cúbica figura o iniciado que livre de erros e de preconceitos, adquiriu os necessários
conhecimentos e a habilidade para participar ultimamente da Grande Obra de Construções Universal; o
Painel da Loja relaciona-se com os Mestres, cuja autoridade se baseia no talento, de que dão provas, e
no exemplo que devem dar.
Na Loja de Companheiro existem três janelas que o iluminam e ficam situadas, respectivamente, ao
Oriente, ao Sul e ao Ocidente. No Setentrião não existe janela porque a Luz nunca vem dessa direção
e as janelas servem para iluminar os Obreiros, quando entram ou saem da Loja.
Os Companheiros têm assento na Coluna do Sul e devem trabalhar do lado de seu Mestre com
Liberdade, Alegria e Fervor.
- A m.'. d.'. sobre o c.'., lembra o compromisso de amar fervorosa e dedicadamente seus IIrm.'. e
recorda o Jur.'. prestado; a m.'. e.'. levantada reafirma a sinceridade da promessa feita; a esquadria
com a m.'. d.'., mostra que todos os seus atos se inspiram na justiça e na equidade.
- A atitude que o C.'. toma, quando à ordem, não lembra, também, segredos especiais do Grau?
- A m.'. e.'. levantada, parece fazer apelo às forças cósmicas, energias superiores, que a m.'.d.'.
crispada, se esforça para conter no c.'., onde se devem acumular. Prestes a a.'. o c.'., o iniciado
proclama, além disso, que soube dominar seus sentimentos e que não cederá jamais a movimentos
irrefletidos.
- FARTURA, ABUNDÂNCIA. Daí ser representada, no Painel da Loj.'., por uma espiga de trigo.
- Em uma guerra contra os efrainitas, Jefté, tendo-os vencido e posto em fuga, mandou guardar as
passagens do rio Jordão, ordenando, terminantemente, que fossem mortos todos os efrainitas que
ousassem atravessá-lo, para voltarem ao seu país. Como não falavam a língua dos israelitas, por
defeito dialético, pronunciavam Si.'.. Esta diferença de pronúncia foi fatal a 4.000 efrainitas, que foram
massacrados, à medida que se apresentavam para voltar ao país de origem.
- Traduzida, pode relacionar-se com os Mistérios de Ceres, cujo simbolismo era agrícola, embora o
iniciado devesse, em Eleusis, sofrer, alegoricamente, a sorte do grão de trigo, que morre no inverno,
sob a terra, para renascer, na primavera, sob a forma de planta nova.
TÁBUA DE ESMERALDA
“A VERDADE SÓ PODE SER ATINGIDA
UM”.
Quando se fala de conhecimentos herméticos logo vem a tona o nome da Tábua de Esmeralda. Segundo a
Tradição se trata de uma lápide, a pedra sepulcral, repleta de hieróglifos e símbolos, sob a qual jazia intacto o corpo
de Hermes Trismegisto. As primeiras palavras gravadas na lápide são: “É Verdade! É certo! É a Verdade toda!- A
seguir vem dizendo: “O que está embaixo é como o que está em cima, e o que está em cima é como o que está em
baixo, a fim de que as maravilhas do Uno se realizem. E assim todas as coisas se fizeram do Uno, através de um
mediador, assim todas elas nasceram desse único casamento”.
Não é fácil se chegar a níveis de conhecimentos herméticos sem que se tenha uma idéia sobre os Sete
Princípios. Compreendendo-os fica mais fácil se penetrar em outros ensinamentos mais elevados. Todo aquele que
estuda e medita sobre os Sete Princípios logo percebe a existência de mais alguns inerentes à natureza da criação,
à Natureza Cósmica e que não são mencionados entre os sete, razão pela qual não são diretamente descritos na
literatura hermética e nem diretamente ensinados diretamente, pois é o discípulo que cabe descobri-los. Chegar ao
entendimento dos Princípios Herméticos que transcendem aos sete clássicos deve ser uma descoberta pessoal e,
podemos dizer, bem enriquecedora. Descobri-los é algo como receber uma Iniciação de elevado nível, a partir do
que um novo e vasto portal é aberto ao “Peregrino da Senda”.
Entre os Princípios não revelados, um deles é de natureza inefável, pois não há forma alguma de ser
verbalizado, de ser descrito o que ele precisamente é. Os Princípios Herméticos não revelados podem ser
descobertos pelo pensamento, pelo raciocínio, contudo um deles somente é atingível pelo sentir.
Segundo algumas Escolas Herméticas sérias, o discípulo quando descobre os Princípios não revelados,
preenche o Primeiro Grau Hermético, tendo, então o direito de receber um sinal de identificação. O Princípio Inefável
completa os Princípios em que se estabelece toda a Criação. É um Principio dos mais comuns, o que é visto na
natureza em maior profusão, na verdade ele não é oculto. O que é inefável não é percebê-lo mas sim entendê-lo. O
Princípio Inefável, aquele que se recebe pelo sentimento, é muito significativo.
A Escola Hermética a que estamos nos referindo, dá ênfase aos segredos relativos dos Princípios não
revelados. O Mestre pode orientar, conduzir o discípulo ao descobrimento, dos demais Princípios, mas não pode lhe
revelar e nem descrever. Ai daquele que o fizer, ai daquele que usar de subterfúgios para descobri-los. Reza a
Tradição que de forma nenhuma essa pessoa receberá o Princípio Inefável e sem este não há como penetrar nos
“Mistérios Maiores”. Aquele que recebe o Princípio Inefável pode ser considerado um Iniciado e para ele estarão
abertos os portais dos Ensinamentos Secretos de Thoth.
O Primeiro Grau da Ordem Sagrada de Thoth(1) visa levar o discípulo à compreensão dos princípios
básicos da natureza do Universo. Quando ele atinge esse nível iniciam-se os ensinamentos sobre a criação
propriamente, baseados no Corpus Hermeticum, um dos livros que faz parte da Tábua da Esmeralda.
Na Idade Média, muitos trabalhos sobre o Hermetismo foram escritos, alguns deles baseados em
conhecimentos autênticos, e que chegaram até nossos dias através de documentos escritos em grego e em latim.
Sem dúvida alguma, muitos deles revelam segredos da natureza e da Criação do mundo. Nesses documentos estão
contidos ensinamentos que levam a conhecimentos sobre a própria natureza de Deus.
Um outro pedaço que caiu criou os mundos do Caos, e a meio caminho entre o Céu e o Inferno caiu na
Terra.(3). O terceiro pedaço caiu no Astral, que os Iniciados costumam denominar de Caos Filosofal, criando o Caos
dos Sábios, que para os puros é o céu, o potencial da criação de todas as coisas, e que, para os que têm a visão
impura, é o fogo do Inferno, e a Geena(4).
Diz a Tradição que no terceiro pedaço foi escrito o texto fundamental de todos os ensinamentos herméticos,
base de todo esoterismo e ocultismo antigo e que, segundo a Tradição Ocultista Ocidental, foi escrita por Hermes
Trismegisto.
Uma parte do texto escrito na Tábua da Esmeralda é conhecida pelo nome de Corpus Hermeticum, também
conhecido como Discurso de Iniciação, pois nele constam alguns diálogos iniciatórios entre Hermes e seu “filho”
Thath e com Asclépius.
O desenvolvimento dos ensinamentos contido no Corpus Hermeticum constitui a base de alguns dos graus
iniciais da Ordem Sagrada de Hermes(5).
O Corpus Hermeticum inicia-se com um diálogo entre Thoth e um ser denominado Pimandro (Poimandres).
Parte desse diálogo é normalmente ensinado de forma exotérica, contudo nível mais elevado sobre esse diálogo
somente tem acesso àqueles que hajam atingido o Primeiro Grau.
1-Tradução portuguesa do nome latino de uma milenar Escola Hermética. Na Idade Média floresceram muitas
organizações que buscavam descobrir o segredo da unidade das coisas. Assim houve inúmeras organizações
dedicadas ao estudo do Hermetismo, especialmente sob a forma de Alquimia. Muitas não chegaram a lugar algum,
mas houve aquelas que atingiram objetivos validos. Assim, nos dias atuais, ainda encontram-se remanescentes
daquelas escolas iniciáticas que ensinavam autênticos conhecimentos herméticos, a par de tantas outras apenas
agem como vendedores do grande “mercado das ilusões”.
2-Por trás de um mito sempre existe uma parcela de verdade, pois muitas vezes um mito representa uma forma de
linguagem velada.
3-Mais tarde, quando surgiu o “Mito” da Távola Redonda - Rei Artur - foi dito que na parte da esmeralda que caiu
sobre a Terra foi esculpida a Taça na qual foi recolhido o sangue de Jesus agonizante (sentido simbólico),
constituindo-se o Santo Graal, alvo da busca dos Cavaleiros da Távola Redonda.
4-Gehenna ( Hinon, em hebraico ) Não significa o inferno, mas, conforme o profeta Jeremias, um vale próximo a
Jerusalém, onde os israelitas imolavam seus filhos a Moloch.
5-Existem diversas instituições que se intitulam de Ordem Hermética, algumas autênticas, outras não. Entre as
autênticas a que mais facilmente se pode ter acesso no Brasil tem o nome de V∴O∴H∴ Embora o acesso seja
relativamente fácil o mesmo não acontece com o desenvolvimento dos discípulos, há grande rigidez que não
depende de qualquer orientador, mas sim do esforço pessoal e do julgamento de Mestre Espirituais.
- Sois C.'.M.'.?
- Porque adquiri consciência de MIM MESMO; agora sei o que SOU e POSSO PRONUNCIAR-ME, com
SEGURANÇA, sobre o GRAU que possuo.
- São os OObr.'. reconhecidos APTOS para exercerem suas ARTES e CONSCIENTES de suas ENERGIAS
de TRABALHO. Eles têm por dever realizar praticamente o PLANO TEÓRICO, TRAÇADO pelos MM.'.
MM.'..
- Porque tinha desejo de conhecer os mistérios da NATUREZA e da CIÊNCIA, bem como o significado
da letra IOD, que corresponde à nossa letra G ou o Olho que tudo vê.
- Os CC.'. são chamados a fazer "OBRA DE VIDA", pondo em AÇÃO sua ENERGIA VITAL e
APROFUNDANDO-SE nos MISTÉRIOS da EXISTÊNCIA. E tudo isso origina-se da GERAÇÃO, cujas LEIS
inspiram os mais BELOS ENSINAMENTOS da antigüidade.
- A atração universal, que tende a APROXIMAR os CORPOS da ordem física, corresponde, na ORDEM
SOCIAL, a uma FORÇA MISTERIOSA análoga, que tende à REUNIÃO e, mesmo, à FUSÃO dos
ESPÍRITOS. Corresponde à FORÇA que UNE os CORAÇÕES; que ASSEGURA a SOLIDEZ do
EDIFÍCIO MAÇÔNICO, cujos materiais são SERES VIVOS, UNIDOS e INDISSOLÚVEIS pela
PROFUNDA AFEIÇÃO que devem SENTIR uns pelos outros. O AMOR FRATERNAL é, na Maçonaria, o
PRINCÍPIO VITAL de ORDEM, HARMONIA e ESTABILIDADE, assim como a GRAVIDADE o é dos
corpos celestes.
- “O QUE É A VIDA?”
- “PARA QUE ELA SERVE?”
- “QUAL O SEU FIM?”.
Seguem-se a estas, outras não menos transcendentais: - “Por que o homem não aceita a vida, como
os animais, tal qual ela é?” - Gozá-la do melhor modo, com feliz despreocupação, não seria mais
prático, mais acertado do que torturar o espírito querendo penetrar esses mistérios insondáveis?”.
Esta preocupação não tem sido a de todos os homens, pois grande maioria quer, somente, que os
deixem viver das satisfações materiais, não cogitando daquilo que em seu fraco entender, têm como
supérfluo ou inútil.
Há, entretanto, criaturas para as quais esses mistérios constituem verdadeira obsessão. Preocupadas
com o enigma das coisas, querem compreender e, pelo incessante trabalho cerebral, buscam conhecer
a existência dos mundos e dos seres, interrogando, ansiosamente, a Natureza, para arrancar-lhe seus
segredos. Meditam sobre eles com maior encarniçamento e só se satisfazem quando concebem uma
idéia capaz de explicar, racionalmente, tudo quanto, até então, observaram.
Surgiram e surgem, dos esforços humanos, sistema filosóficos e religiosos que, tido e propagados
como doutrinas verdadeiras, procuram corresponder à NECESSIDADE DE SABER, inata no homem.
Embora concebidos com sinceridade, esses sistemas são errôneos, porque se originam de convicções e
concepções humanas falíveis, portanto, como tudo que é humano.
A posse integral da Verdade que ninguém, ainda, conseguiu, dificulta formular esses sistemas com
acerto. Assim, persiste o mistério, apesar de ingentes esforços, com que os homens tentam penetrá-
lo. Seu domínio alarga-se e recua, cada vez mais, à proporção que a Humanidade avança no caminho
da ciência e à medida que os investigadores se aproximam para desvendá-lo.
Iludir-se, quanto a isso, com o propósito de dogmatizar, crente de SABER o que se afirma, são as
características peculiares dos espíritos tacanhos.
O Iniciado, porém, tem o estrito dever de correr em auxílio dos que julgar INICIÁVEIS, dos que,
independentes, se revoltam contra a tirania e a arbitrariedade dos sistemas em uso. Estes merecem
que se lhes ensine a procurar o VERDADEIRO, sem preocupação nem esperança de triunfo, só
alcançado pelo repouso da inteligência satisfeita.
A VERDADE, esse mistério inatingível, que nos atrai com força irresistível, é muito vasta, muito vivaz,
muito livre e muito sutil para deixar-se prender, imobilizar e petrificar na rigidez de um sistema
filosófico. Os artifícios e as roupagens com que a revestem, para no-la dar conhecer, só servem para
deturpá-la, tornando-a o mais das vezes, IRRECONHECÍVEL, por isso que tudo o que se procura
objetivar por subterfúgios será, sempre, reflexo ilusório, apagada imagem da GRANDE VERDADE que o
iniciado busca contemplar face a face.
Devemos ensinar o Companheiro, primeiro, a olvidar tudo aquilo que não lhe é próprio e, em seguida,
a concentrar-se, descendo ao âmago dos próprios pensamentos, a fim de aproximar-se da fonte pura
da VERDADE, instruindo-se, não só pelas sábias lições dos Mestres, como, principalmente, pelo
exercício da MEDITAÇÃO.
Assim procedendo, não conseguirá, naturalmente, aprender tudo quanto encerram os livros e ensinam
as escolas e, por isso, não devemos sobrecarregar-lhe a memória, pois bem poderemos enganar-nos
com o caráter ilusório do que nos parece verdadeiro. O simples ignorante está mais próximo da
verdade que o fátuo, que se jacta de uma ciência enciclopédica apoiada, unicamente, em falsas
noções.
A tradição iniciática conserva intacta, entre nós, noções da verdade, para que as transmitamos aos
continuadores de nossa obra. Assim, gravai em vossa memória os conselhos a seguir.
“Em matéria de saber, a qualidade supera a quantidade. Sabei pouco, mas esse pouco sabei-o bem.
Aprendei, principalmente, a distinguir o real do aparente. Não vos apegueis às palavras, às
expressões, por mais belas que pareçam; esforçai-vos, sempre, em discernir aquilo que é inexplicável,
intraduzível, a Idéia-Princípio, o fundo, o espírito, sempre mal e imperfeitamente interpretados nas
frases mais buriladas. É, unicamente, por esse meio que afastareis as trevas do mundo profano e
atingireis a clarividência dos Iniciados”.
Bem deveis compreender que os Iniciados se distinguem pela penetração de espírito e pela capacidade
de compreensão. Filósofos célebres e grandes sábios têm permanecidos PROFANOS por não terem
compreendido o que obscuros pensadores conseguiram por si próprios, à força de refletirem no silêncio
e no recolhimento. Para vos tornardes verdadeiro Iniciado, podeis ler pouco, mas pensai muito;
meditai sempre e, sobretudo, não tenhais receio de sonhar.
Como a parte relativa à Simbologia Numérica precisa, para uma boa compreensão, ser meditada,
devemos estudá-la com carinho e atenção, para que possais, por essa meditação, fortalecer e
engrandecer vosso espírito.
O Maçom deve concentrar sua atenção sobre a Maçonaria. Deve observar, minuciosamente, tudo
quanto lhe diz respeito; meditar muito sobre as SINGULARIDADES que nela encontrardes, pois não
têm outro fim, assevero-vos, que o de atrair vossa atenção e despertar vossa curiosidade.
Quanto mais o Maçom se aprofunda no estudo do Simbolismo, mais ele se convence de que ele foi
arquitetado em dados abstratos ou ontológicos, ligados particularmente às propriedades intrínsecas
dos números (Gnose Numérica).
SIMBOLOGIA NUMÉRICA
Como Aprendiz, ficou familiarizado com a Tétrada pitagórica, que mostrou, no Quaternário, a raiz e
fundamento das coisas.
Como Companheiro, deve prosseguir no estudo, partindo do Quatro, para chegar, sucessivamente, ao
Cinco, ao Seis e, mesmo, ao Sete.
Pitágoras ensinava que Dez engendra Quatro, pois que 1+2+3+4=10, graficamente figurado pelo
triângulo, encerrando dez pontos dispostos por 1,2,3,4.
*
**
***
****
Outrora, um traçado destes provocava a sucessão infinita de idéias, todas lógicas e intimamente
encadeadas. Ao iniciado moderno cumpre formar a Cadeia que lhe servirá de fio de Ariadne para guiá-
lo no labirinto dos conhecimentos iniciáticos.
Geometricamente, Um representa o ponto; Dois, a linha; Três, a superfície e Quatro, o sólido, cuja
medida é o cubo.
Um, o ponto sem dimensões, é, porém, o gerador abstrato de todas as formas imagináveis. É o Nada
contendo o Todo em potência, digamos, o Criador, Princípio anterior a toda manifestação, o Arqueu, o
Obreiro, por excelência.
Dois, a linha, nada mais é que Um, o ponto, em movimento, portanto, a ação, a irradiação, a
expansão ou a emanação criadora, o Verbo ou o Trabalho.
Três, a superfície, apresenta-se como o plano em que se precisam as intenções, em que o Ideal se
determina e se fixa. É o domínio da lei necessária, que governa toda a ação, impondo a toda a arte
suas regras inevitáveis.
Quatro, o sólido ou, mais especialmente, o cubo, mostra a Obra realizada, através da qual se nos
revela a Arte, o Trabalho e o Obreiro.
Em todas as coisas é preciso descobrir um Quaternário, uma vez que nos coloquemos sob o ponto de
vista objetivo, porque o Ternário nos basta, se ficarmos no domínio do abstrato ou do subjetivo.
O Companheiro, porém, não pode e nem deve satisfazer-se com a concepção teórica; sua função é
realizar, é lutar, constantemente, contra as dificuldades encontradas no caminho e vencê-las. Como
realizador, tem o Quatro por ponto de partida, enquanto que o Aprendiz tem no número Três o
número característico de seu grau.
O TETRAGRAMA HEBRAICO
O Ser dos Seres, o Ser em Si, Aquele que é, encontra-se representado, na Bíblia, por Quatro Letras,
que formam a Palavra Sagrada cuja pronúncia é proibida: Iod, a primeira dessas letras, é a menor do
alfabeto sagrado. É, apenas, um vírgula, na qual se quis ver o gerador masculino, ou, melhor, o sêmen
paterno, que engendra a criança. Voltamos, assim, ao ponto de vista matemático, concentrado, em
Hé, segunda letra do Tetragrama, corresponde ao sopro que, saindo do interior, se espalha em
derredor. Esta letra simboliza, pois, o sopro animador, a vida, emanando de Iod, para propagar-se,
através do espaço, sob a forma de irradiação vital. Hé representa, em suma, a vida, que não é mais do
que a atividade exercida pelo princípio criador e ativo. Sem Hé, Iod não seria ativo, não poderia
exercer o ato de pensar, querer e mandar, porque Hé é a expressão do trabalho, a operação ou o
Verbo, tomado no sentido gramatical.
Vau tem, em hebraico, a mesma função de nosso consoante v. É o símbolo do que liga o abstrato ao
concreto, o indivíduo ao coletivo geral ou universal. Ora, aquilo que liga, que estabelece a união, nós
denominamos meio, ambiente, atmosfera anímica, enfim, a relação entre a causa e o efeito. Vau,
portanto, refere-se à lei, segundo a qual se exerce a atividade, isto é, a Arte e as regras ou condições
do trabalho.
Os espíritos superficiais só se interessam pela obra realizada, pois são incapazes da cogitação do efeito
e da causa que, naturalmente, implica na manifestação do quaternário, resultante de toda e qualquer
ação:
A QUINTESSÊNCIA
O Ser manifesta-se, unicamente, pela ação; não agir equivale a não existir, porque aquele que existe
está em perpétuo trabalho. Nada é inerte, nada é morto, tudo vive: os minerais e os corpos celestes,
os vegetais e os animais.
A vida, entretanto, difere de um a outro reino da natureza; ela hierarquiza-se em toda parte, segundo
as espécies e, mesmo, segundo os indivíduos.
Assim é que, entre os homens, uns vivem uma vida mais elevada e mais completa que outros. Essa
vida, de uma ordem superior à comum, é proporcional ao desenvolvimento do princípio da
personalidade, porque o ser inferior é um autômato que reage mecanicamente, sob a ação de forças
que o tornam verdadeiro joguete. Sua vida permanece material ou elementar, porque resulta,
unicamente, da luta dos Elementos que se opõem dois a dois, como indica o seguinte esquema:
AR
Corpo
ÁGUA FOGO
Material
TERRA
Dele se refere que o Ar, leve e sutil, abranda, contra-balançando, a atração da Terra, espessa e
O HEXAGRAMA
Cinco nasceu de quatro; seis é constituído pelo ambiente sintético, emanado de cinco.
A atmosfera psíquica, que envolve nossa personalidade, compõe-se, sob o ponto de vista hermético,
de Água vaporizada pelo Fogo, ou de Água ígnea, isto é, o fluído vital carregado de energias ativas.
Essa união do Fogo e da Água é representada, graficamente, por uma figura muito conhecida por
Signo de Salomão. Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro é feminino-
passivo. O primeiro representa a energia individual, o ardor que se eleva da própria personalidade; o
segundo, representado por um triângulo invertido, em forma de taça, é destinado a receber o orvalho
depositado pela umidade difundida através do espaço.
A Estrela Flamejante corresponde ao Microcosmo humano, isto é, ao homem considerado como um
mundo em miniatura, ao passo que os dois triângulos entrelaçados designam a Estrela do
Macrocosmo, isto é, do mundo em toda a sua extensão infinita.
O SETENÁRIO
Sete é o número da harmonia, resultante do equilíbrio, estabelecido por elementos dissemelhantes.
Esse equilíbrio e essa harmonia são representados pela figura seguinte:
A adição dos números opostos, dá, sempre, em resultado o número 7:
1+6=7
2+5=7
3+4=7
A última destas combinações, isto é, 3 + 4, é a que mais de perto se refere à Maçonaria. Três,
triângulo, mais quatro, tetragrama, dão em resultado o emblema à margem. Como sabeis, este é o
símbolo do Delta Sagrada, sendo o Tetragrama central substituído, o mais das vezes, por um olho
“Olho que tudo vê”.
O Companheiro não deve ignorar que a realização integral da Grande Obra está reservada ao iniciado
perfeito, ao Mestre.
Porém, para ser Mestre, é preciso ter, previamente, adquirido as virtudes e os conhecimentos que o
tornem digno disso.
Eis o que nos ensina a tradição sobre a Simbologia Numérica do Grau de Companheiro e que estes
sábios ensinamentos penetrem no espírito, para que se possa compreender a obra que deve ser
executada ao transpor a Porta da Morte, quando exaltado ao sublime Grau de Mestre.
TIPOS DE GNOSIS
“ QUEM RECONHECE A SUA IGNORÂNCIA
CONFÚCIO.
Este estudo visa analisar o que motivou a criação do mundo objetivo, o mundo em que
o ser humano vive.
Na realidade são três as razões atribuídas à criação do mundo material, cujo estudo
compreende três tipos de Gnosis. Começaremos pela ordem mais conhecida no mundo
ocidental, a impropriamente chamada de Gnosis Hebraica, ou Gnosis Bíblica.
Segundo a Bíblia 1[1] Deus criou o homem sem uma finalidade explicável. No Gênesis
não há referência ao porquê Deus criou o homem, simplesmente diz que o homem foi criado
e colocado num paraíso, num mundo maravilhoso, num lugar bem especial mencionado pelo
nome de Jardim do Éden.
Com a nova visão da humanidade a respeito do Universo, desde que a concepção das
pessoas mudou em decorrência da terra haver perdido o lugar soberano no Universo e sido
considerado apenas como um diminuto e inexpressivo ponto dentro deste, surgiu a primeira
indagação sobre o que significa o Éden como lugar. Os mais ferrenhos religiosos continuaram
Vale salientar que o sentido do Éden, mesmo se colocado como o próprio universo
criado ainda assim os mesmos questionamentos persistem a respeito do porquê de um lugar,
do porque da existência dos espíritos, e ainda mais do porque eles terem que se revestirem
de uma estrutura material - o corpo - algo perecível e ligado a sofrimentos. Ainda mais difícil
é o entendimento do porque dentro de um universo tão amplo foi exatamente a terra, ponto
insignificante dentro do cosmo, o escolhido para ser o palco das vivências do homem criado à
imagem e semelhança do próprio Deus. Por qual razão a terra, um insignificante lugar, algo
inexpressivo dentro do Cosmos e surge foi escolhido para ser o Paraíso?
Indaga-se do porquê de haver sido criado um Éden, algo bem diminuto diante de um
Universo incomensuravelmente grande. Para que um inconcebível grande Universo ante um
Paraíso tão diminuto e limitado? Para que as estrelas, para que os astros? Apenas para ter o
Éden céu estrelado? Para deleite dos olhos dos seres viventes no Éden? Se assim fosse,
indaga-se: Até quando o homem sentir-se-ia feliz vivendo num lugar limitado, vendo as
estrelas sem poder alcançá-las? Mesmo que se diga que o Jardim do Éden era um ponto
inicial de onde mais tarde o homem poderia galgar todo o Universo, ainda assim porque criar
o homem e um lugar para ele viver... Qual a razão, qual o propósito.
Indagações como estas se seguem numa sucessão ilimitada. Essa Gnosis é a aceita
pela cultura Judaico Cristã, melhor dizer pelo Cristianismo Ortodoxo 2[2] dominante desde o I
Concilio de Nicéia do qual derivou a quase totalidade das religiões cristãs da atualidade.
Basicamente esta gnosis diz o seguinte: “O mundo material foi feito com um propósito
desconhecido. Foi feito como algo bom, mas homem pela desobediência induzida por satanás
transformou-o num lugar ruim”.
A não aceitação desta tese, a insustentabilidade racional desta hipótese despertou uma
segunda maneira de pensar, e assim, em contraposição a esta gnosis temos uma segunda,
Segundo a Gnosis de Mani, a terra não foi feita por Deus como um lugar, um Paraíso, e
sim algo criado pela malignidade. Considera o mundo dialético como algo inerente à
malignidade e a terra um lugar onde o espírito confinado a matéria maligna luta pela
libertação. Em síntese, segundo a Gnosis de Mani a terra foi criada pelo demiurgo 4[4], uma
expressão da malignidade, conseqüentemente tudo o que diga respeito ao mundo material
essencialmente deve ser considerado como algo nefasto, maligno, pecaminoso, contra o que
o espreito tem que lutar permanentemente até que consiga se libertar do jugo da matéria, do
poder do demiurgo, da força satânica.
Muitas doutrinas abraçaram esta gnosis, entre elas o Maniqueísmo que não admitiam
ser possível que a natureza maligna e corrompida predominante na Terra pudesse haver
provindo de Deus. Assim afirmavam que toda matéria era é criação de Lúcifer.
Segundo a “Gnosis de Mani” Deus criou os espíritos puros, que depois vieram a ser
chamado de “O Homem Celeste”. De inicio este nada tinha a ver com o mundo material o
qual fora paralelamente criado pelo poder das trevas. O mundo material não foi criado como
um lugar para o homem celeste habitá-lo, embora ele acabasse por vir a ser nele aprisionado
pela matéria.
Também esta gnosis não explica quanto à finalidade dos espíritos haverem sido
criados. Afirmam que eles foram criados e envolvidos dentro da situação que vivenciamos na
Terra, mas nada dizem quanto à finalidade deles virem a existir individualizadamente. Negam
que eles foram criados e vieram habitar um Éden na Terra ou em qualquer outro ponto do
Antes da polarização Kristos e Sophia eram um só principio integrante do Pai, por esta
razão Kristos e Sophia são considerados simbolicamente como irmãos e esposos.
Em dado momento Sophia desejou conhecer, viu-se como sendo o próprio Pai e então
quis certificar-se disto. Assim avistou o seu próprio reflexo o que a fez acreditar ser o próprio
Pai. Direcionou-se para lá e quando havia “descido” evidenciou o seu engano, não era o Pai,
mas sim o seu reflexo. Ao ver o equívoco cometido pela inveja, quis voltar, e no que foi
atendida pelo seu irmão Kristos que veio tentar resgatar sua irmã Sophia.
Não existe apenas uma escola de Gnosis Hermética, e algumas que diferem entre si
por alguma maneira de interpretação quando à queda de Sophia. Uma das principais linhas
de interpretação afirma que a própria queda de Sophia gerou o mundo material, sendo assim
a criação da matéria seria algo inerente à queda. Por outro lado existem os que dizem que a
criação do mundo material foi feita pelo Pai afim de que Kristos pudesse vir a resgatar
Segundo Gnosis de Hermes o mundo não foi criado à margem da criação do espírito do
Homem Celeste, não como um simples Éden, mas como um meio de amparo à Sophia, um
lugar aonde ela viesse a descobrir que todas as coisas que ela crera ser o Pai na realidade
eram apenas espelhos, miragens do próprio Pai.
Ainda nesse nível não consta uma explicação para o porquê da Criação, nada diz a
respeito do propósito ligado à criação. Isto faz com que existam tantas escolas que visam
chegar até esta compreensão. Neste caso há um outro aspecto da Gnosis de Hermes a ser
considerada e que se baseia no Principio do Mentalismo, que diz inexistir como realidade o
mundo material, o mundo objetivo, que tudo é Mente, que a realidade material inexiste fora
do mundo relativo. Sendo assim tudo isto é apenas uma manifestação da natureza intrínseca
do Poder Superior; valendo, então, a fim de justificar o porquê da criação, aquela afirmativa
expressa na Cabala: “Deus criou o universo e os espíritos porque Deus quis ver a Face de
Deus...”. As coisas criadas são os espelhos nos quais o próprio Poder, manifestando-se como
espíritos, vê a si mesmo. Segundo essa corrente gnóstica:
1-Grande parte do que existe descrito na Bíblia Sagrada foi alterado ao longo dos milênios, em decorrência de
múltiplos interesses. Mesmo no Inicio do Cristianismo grandes modificações já se faziam presentes, especialmente
no que diz respeito ao Pentateuco em geral e ao Livro do Gênesis, em particular.
2-Não se refere apenas à Igreja Ortodoxa Grega, mas sim ao ortodoxismo estabelecido a partir do I Concílio de
Nicéia, no ano 325 d.C.
3-Mani, sacerdote de Ecbátana, nascido em 250 d.C., defendia o mais rigoroso dualismo entre o reino espiritual e
o reino material.
4-O que equivaleria a Lúcifer no Catolicismo ou a Sophia como veremos em breve, ou a Shiva no Hinduismo.
Ela propõe que o Universo sempre existiu e continuará existindo numa condição
semelhante a atual.
Ë dessa massa de hidrogênio que provém à substância da qual novas estrelas são
formadas.
A teoria não menciona qual fonte ou força criaria este novo hidrogênio.
V. I. T. R. I. O. L.
V∴I∴T∴R∴I∴O∴L∴
Este trabalho será o papiro reflexivo para as descobertas; descoberta das forças maiores,
de poderes de homens entre homens, daí sim, terá a percepção do EU real como matéria, então, poderá
trabalhar para o bem da humanidade que tanto prega a Maçonaria por tantos séculos.
-“Oh! Elementais da terra que guardais o lado direito do pórtico do sul. Eis aqui um cego, filho da morte, que
se aproxima em busca da imortalidade. A terra volta a terra; ele vos devolve o que é vosso. Da mesma forma
que ele assim vos reconhece, assim vós o reconhecereis a ele sempre de agora em diante, como um irmão.
Abri vossas fileiras para que ele se aproxime do ocidente de vosso portal”.
Mentalmente nesta caverna, deparamos com um pergaminho onde se pode ler a palavra
VITRIOL que transcrita em latim é “Visita Interiora Térrea Rectificando Invenies Occultum Lapidem”, que na sua
tradução é “Visita o interior da terra (ventre materno) e retificando encontrarás a pedra oculta”.
Segundo a lenda judaica, também a pedra oculta, é a pedra em que, Abraão seguindo
ordens de Deus, prendeu seu filho Ismael, para sacrifica-lo em Sua honra. Mais tarde, sobre esta pedra, foi
erguido o Templo de Salomão.
Não adianta o homem, ser vivente, orar em templos religiosos, construídos de pedras por
outros homens, se o seu Templo Interior, morada do seu Deus, não estiver construído.
VITRIOL
Observe:
V isita Visita
I nteriora o interior
T errae da Terra;
R ectificando retificando,
I nvenies descobrindo
O ccultum a Oculta
L apidem pedra.
O que tudo isto significa? Primeiro notemos que há sete palavras latinas. Em alquimia, o que está
ABAIXO, há sete metais. Em astrologia, o que está ACIMA, há sete planetas. Em cada um de nós há sete
chacras. Segundo, a "pedra" é uma referência à pedra dos filósofos. Mas cuidado! Ela não é a mesma
coisa que a pedra filosofal. A Retificação é o que muda uma coisa em outra. Terceiro, o centro da Terra é
a referência para a nossa própria existência. Nós precisamos Retificar algo que é fundamental para nossa
real natureza. Isto deve nos dar um ponto de partida para meditação e visualização.
Coloquemos nossa atenção agora nos símbolos. Há então o círculo que nos traz à mente a unidade e
perfeita onisciência. É a pedra retificada.
Abaixo deles há três campos perpendiculares entre si e que se relacionam aos 3 princípios alquímicos
do Enxofre (Leão), Sal (estrela de sete pontas) e Mercúrio (Águia). Note que o Mercúrio alquímico é
relacionado com o Mercúrio astrológico, mas eles não são a mesma coisa. Se nós mudarmos nosso ponto
de vista nós podemos tomar o Cálice como o elemento Água, o Leão como Fogo, a Águia como o Ar e a
Estrela como a Terra. Finalmente há duas esferas, Céu e Terra, as quais enfatizam a polaridade do Acima
e do Abaixo os quais devem ser unificados. O centro é um Anel que simboliza o Microcosmo dentro do
circulo do Macrocosmo. Um lembrete da necessária união do Acima e do Abaixo.
Agora preste atenção no último símbolo! Abaixo do anel e acima do campo da estrela está o símbolo
alquímico do VITRIOL. Ele está, considerando-se o anel central, do lado oposto a Mercúrio. Mas o que isto
nos quer indicar? Indica que a pedra oculta aparece na conjunção dos dois. Ela emerge no centro do anel
vazio quando ocorre a conjunção de Mercúrio com o Vitriol. Então, é por isto que a obtenção do Vitriol
deve ser o foco de nossa meditação.
Todo o Trabalho realizado em nossa Ordem é um trabalho Solar. Todo ele está centrado no advento do
Cristo Cósmico que reside na sexta séfira da Árvore da Vida, a séfira de Tiphereth. Para entender o
desenrolar deste nosso trabalho é mister compreender então a Tábua Esmeraldina de Hermes. Com este
objetivo fornecemos ao leitor o texto a seguir:
1. É verdade, certo e sem falsidade que tudo o que está embaixo é semelhante ao que
está acima; e que aquilo que está acima é semelhante aquilo que está embaixo: para
realizar a Obra maravilhosa.
2. Como todas as coisas são derivadas de Uma Única Coisa, pela vontade e pela palavra
do Único que a criou com Sua Mente, então todas as coisas devem sua existência a esta
Unidade, pela ordem da Natureza e podem ser aperfeiçoadas pela Adaptação àquela
Mente.
3. Seu Pai é o Sol; Sua Mãe é a Lua; o Vento o carrega em seu ventre; e sua nutriz é a
Terra.
6. Separa a Terra do Fogo, o sutil do grosseiro, mas com cuidado e com grande
julgamento e habilidade.
7. Ela ascende da Terra para o Céu e desce novamente, renascida para a Terra, tomando
para si o poder do Acima e do Abaixo.
8. Assim o esplendor do Mundo inteiro será Teu e toda a escuridão deverá de ti fugir.
10. Por este modo foi o mundo criado, e raras combinações, e prodígios de vários modos
são realizados.
11. Por isso eu sou chamado HERMES TRIMEGISTUS, por ter dominado as Três Partes
da Sabedoria do mundo inteiro.
12. O que eu tinha que dizer sobre a maestria da arte alquímica, o Trabalho Solar, está
agora encerrado.
BOBLIOGRAFIA: Trabalho recebido por e-mail, enviado pelo ir.’. Salvador Soares da Fonseca.
ICQ: 8700927
MSN MESSENGER: jelliscarvalho@hotmail.com
E-mail: jellis@uol.com.br
SKYPE: jellisrsalomao