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Arcano Nº. 10: A Retribuição. A Roda da Fortuna.

“Bons
negócios”.

Sephirote cabalístico: “Malchuth”.


Letra hebraica: “Iod”.
Axioma transcendente: ““Custoso é o
saber que compras com a experiência e mais
custoso o que te falta comprar””

10 – A Retribuição
MALCHUTH: Corpo Físico. A
Roda da Fortuna.
Letra: Iod. Bons negócios.
Mudanças.
PE: Tempo e circunstâncias,
artífices da perfeição.
PM: Os diversos processos do
pensamento. (Quando fazemos um pedido, muitas vezes os anjos dão-
PF: Ação e reação. nos a resposta mostrandonos o relógio. O discípulo deve
fixar-se na hora indicada pelo relógio. Esse é o relógio do
AT: “Custoso é o saber que destino; na hora está a resposta. Na alegoria esotérica
compras com a experiência e sempre nos é respondido com um relógio. Temos de
mais custoso o que te falta aprender a entender esse relógio.
comprar”.
Horário: “1ª.hora de Apolônio”.
AA: Urano.
EG: O insólito enfrenta à fortuna; Elemento de Predição: “promete boa e má fortuna;
adeus a uma velha amizade; mal elevação e descida; posses legítimas e posses
humor e aflição. Não desespere. duvidosas. Recomendações de passadas
contingências e circunstâncias que se repetem de
D: Um amigo da alma se afasta;
forma distinta”.
velhos camaradas golpeiam à
porta; carta anunciando —
presente; conhecimento de um
segredo ansiado. ARCANO X (10) – A fortuna. A roda da fortuna dá voltas. A
retribuição. Malchuth: O Universo inteiro, Maria ou Virgem. A
R: Perdeu a oportunidade por Natureza. O Arcano X é a 1ª Hora de Apolônio: Estudo
agora; não concorra a este Transcendental do Ocultismo.
encontro; reconheça a verdade
ainda que te doa; angústias. O arcano nº. 10, do ponto de vista esotérico é realmente
transcendental. O círculo com um ponto no centro é um
símbolo absolutamente fálico. O ponto ao alongar-se
converte-se em linha; no Lingam. Se colocarmos a linha á esquerda, é o nº.10; neste número encontram-
se todos os segredos do Lingam-Yoni, as leis de irradiação e de absorção.
Não é possível chegar á Autorrealização Íntima do Ser sem haver trabalhado no Sahaja Maithuna.
O arcano nº.10 é a Roda do Samsara, a roda cosmogônica de Ezequiel. Nesta roda encontramos o
batalhar das antíteses. Nesta roda encerra-se todo o segredo da Árvore do Conhecimento.
O arcano nº. 10 é a roda dos séculos, na trágica roda a qual é a antiga lei do Eterno retorno, é lógico que
esta lei esteja intimamente ligada com a lei de Recorrência, quer dizer, tudo volta a ocorrer tal como
sucedeu acrescido das consequências, boas ou más; os mesmos dramas repetem-se; a isto chama-se
Carma.

Descrição da Lâmina
Nas águas da vida encontramos duas serpentes: a positiva, solar, que curava os Israelitas no deserto, e a
negativa, lunar, a serpente tentadora do Éden, a dos corpos lunares, dos corpos de pecado.
No meio está a “Roda da Fortuna” ou a “Roda do Samsara”, a roda de mortes e nascimentos.
Pelo lado direito sobe Hermanubis, evoluindo; pelo lado esquerdo desce Tifão Bafometo, involuindo.
Depois das 108 vidas a roda dá uma volta completa; enquanto sobe consideramo-la evolução passando
pelos Reinos Mineral, Vegetal, Animal e Humano; ao descer segue pelo mesmo rumo.. A Roda do
Samsara dá 3000 voltas, depois de concluídas, a Essência, após tantas purificações e sofrimentos,
retorna ao Absoluto, mas sem a Autorrealização.
Na parte superior, a Esfinge, que em equilíbrio sobe a roda, representa a Mãe Natureza.
A Esfinge é o Intercessor Elemental da bendita Deusa Mãe do Mundo. Nela encontramos representados
os cinco elementos:
ÁGUA – – – – – – – – – – – – – – – – – a face do homem
AR – – – – – – – – – – – – – – – – – – – as asas de águia
TERRA – – – – – – – – – – – – – – – – as patas de boi
FOGO – – – – – – – – – – – – – – – – – as garras de leão
ÉTER – – – – – – – – – – – – – – – – – o bastão

Interpretação
No capítulo anterior estudamos a viagem do EREMITA, homem solitário, intrépido e seguro que
empreende sua viagem até o mais além, decapitando eus e recuperando consciência.
A RETRIBUIÇÃO é a roda que determina a evolução e a involução, o ascenso e o descenso que
acontece no tempo e dentro do tempo; tempo e circunstâncias artífices para nosso aperfeiçoamento.
A RETRIBUIÇÃO nos faz pensar que cada um de nós fomos criados pela perfeição e a palavra do
Criador; porém que vivemos dentro de um mundo de imperfeição, o qual condicionou nosso
comportamento psicológico para poder viver aqui.
O dia em que o homem se der à tarefa de buscar seu próprio aperfeiçoamento, se verá obrigado a
desligar-se do mundo em que vive, formando sua própria individualidade, seu próprio sistema e fazendo
com que o reinado que a mente fez de nós, corresponda ao mundo em que andamos e que levantemos
nosso próprio Rei, o Cristo, no mundo em que vivemos.
Não cobiçar os bens alheios corresponde a esse mundo de que falamos.
Quem cobiça não compreendeu que cada qual tem o que merece, o que conquistou e que o reino do
Cristo não é deste mundo, que portando, tudo o que corresponda ao que é de fora é passageiro, é mortal,
não corresponde com o que cada um de nós deve aspirar: “A PERFEIÇÃO”.
A RETRIBUIÇÃO é o que nos coloca nesse lugar que corresponde à dualidade dos que sobem e dos que
descem e nós, através de nosso trabalho, devemos sair desta dualidade e colocar-nos no caminho pelo
qual viaja o REDENTOR de nosso mundo, na Via-crúcis que nos conduzirá ao aperfeiçoamento material,
mental e espiritual.

PRÁTICA:
Retirados a um lugar solitário, concentrados em vossos corações, imaginai ser a terra, pronunciando 7
(sete) vezes o Mantra “I.A.O.”; imaginai, depois, ser as águas pronunciando o Mantra “M”; posteriormente,
imaginai ser os ares fazendo respirações profundas 7 (sete) vezes; posteriormente, imaginai que de seu
cóccix ascende um fogo ígneo abrasador que o devora pronunciando 7 (sete) vezes e pedindo ao
Redentor, o Cristo, que vos purifique, que vos dê Força, que vos dê Amor e pronunciai 7 (sete) vezes o
Mantra: CRISSSSSSTO.
Esta prática tratai de fazê-la diariamente que vos encherá de muito poder e força.

Significado Esotérico

No arcano nº. 10 encontramos a Roda do Destino, a Roda Cosmogónica de Ezequiel. Nesta roda
encontramos o batalhar das antíteses: Hermanubis à direita, Tifão à esquerda. Esta é a “Roda dos
Séculos”, a roda da fortuna, da reencarnação e do carma, a terrível “Roda da Retribuição”. Sobre a
“Roda” está o mistério da Esfinge.
Na Roda da Antítese as duas serpentes combatem entre si. Nesta “Roda” encerra-se todo o segredo da
Árvore do Conhecimento. Do singular manancial saem os quatro rios do Paraíso dos quais um desliza
pela selva espessa do sol regando a terra filosófica do ouro de luz, e outro circula tenebroso e turvo pelo
Reino do Abismo. A Luz e as Trevas, a magia branca e a magia negra, combatem-se mutuamente. Eros e
Anteros, Caim e Abel, vivem dentro de nós próprios num intenso batalhar até que descobrindo o mistério
da Esfinge empunhemos a “Espada Flamígera” e nos libertemos da roda dos séculos.
O arcano nº. 10 é cabalisticamente denominado como o “Reino” ou centro vital; é chamado a raiz
plasmadora de todas as leis da Natureza e do Cosmo. Plasmar significa conceber intelectualmente e
depois construir ou desenhar. Por isso o “dez” é o Princípio Plasmador de todas as coisas.

O Círculo com um ponto no centro, são os mistérios do Lingam-Yoni; o círculo é o Absoluto, o Eterno
Princípio Feminino, é o yoni de onde nascem todos os Universos. O ponto é o Lingam, o Eterno
Princípio Masculino. O círculo com um ponto é o Macrocosmo, são os mistérios do Lingam-Yonicom os
quais podem ser criados Universos.
O círculo é receptivo, o ponto é projetivo. Se o ponto é prolongado, se é alongado converte-se numa linha
divide o círculo em duas partes. Com o ponto em movimento temos então, o Lingam-Yoni, os dois sexos;
masculino e feminino.

Retirando a linha que está no interior do círculo temos o número “10” e também o mantra da Mãe Divina.
O Universo inteiro é um produto da energia sexual; sem o poder da energia criadora não se pode plasmar
o Universo; sem energia criadora sexual não há Universo, por isso o “10” é o princípio plasmador de toda
a Natureza.
O círculo com um ponto no centro pode também traçar-se assim:

O número “10” ensina-nos muitas coisas; lembremo-nos do círculo que é o símbolo da Mãe Divina.
Podemos dizer que os seguintes símbolos são no fundo a mesma coisa:

Diz-se que o número “10” é a Base, o Reino, e aquele que obedece às ordens deste arcano vê o retornar
de todas as coisas. Se o estudante sabe obedecer vê o retornar de todas as coisas, eleva-se à
Iluminação e pode ver o fluxo e refluxo de todas as coisas porque é um iluminado. A Cabala diz que
vemos as coisas na medida em que começamos a obedecer ao “10”.
Neste número “10” estão os princípios:
CRIAÇÃO
CONSERVAÇÃO
RENOVAÇÃO
Aqui está o Verbo no seu tríplice aspecto.
O ponto dentro do círculo que ao estar em movimento converte-se em linha pode apresentar-se de
distintos modos: pudemos ver atrás que o 10 surge a partir deste símbolo, e que esse 10 é o mantra da
Mãe Divina que dá também lugar às 10 emanações da Prakriti, ou seja os 10 Sephirotes da Cabala.
Os 10 Sephirotes são os seguintes:
1. KETER: o Pai, o Logos.
2. CHOKMAH: o Filho, Triuno.
3. BINAH: o Espírito Santo, a Coroa Sephirótica.
Este é o primeiro triângulo. Depois da Coroa Sephirótica seguem-se:
4. CHESED: é o Atman, o Íntimo, o nosso Ser Divino.
5. GEBURAH: a Alma Espiritual Feminina, o Budhi, é a Consciência Superlativa do Ser, é o princípio de
Justiça, a Lei.
Quando se fala de Consciência , fala-se de Budhi, o Elohim que diz: “Combatei por mim em nome de Te-
Tra-Gram-Maton”.
6. TIPHERET: é Manas, a Alma Humana.
Este é o segundo triângulo.
No terceiro triângulo temos:
7. NETZCHAH: a Mente Solar, a Mente-Cristo.
8. HOD: O legítimo Corpo Astral Solar.
9. JESOD: é a Pedra Cúbica, o Sexo.
10. MALCHUT: o Corpo Físico.
Os 10 Sephirotes estão dentro de nós próprios, subjazem a toda a matéria orgânica e inorgânica. Todo o
ser humano os possui, contudo precisa de encarná-los. Os Sephirotes já autorrealizados brilham como
gemas preciosas dentro de Atman. Os Sephirotes formam as regiões onde vivem os Anjos, Querubins,
Potestades, etc.
Os Sephirotes têm os seus pontos de relação com o corpo físico.
Localização dos Sephirotes no corpo físico:
KETER: (Coroa) na parte superior da cabeça.
CHOKMAH: no lado direito do cérebro.
BINAH: no lado esquerdo do cérebro.
CHESED: no braço direito.
GEBURAH: no braço esquerdo.
TIPHERET: no coração.
NETZCHAH: na perna direita.
HOD: na perna esquerda.
JESOD: nos órgãos sexuais.
MALCHUT: nos pés.
Estes são os pontos de contacto dos Sephirotes com o corpo humano. Os Sephirotes são atómicos, não
são átomos de carbono, oxigénio ou nitrogénio, são átomos de natureza espiritual que pertencem à
química oculta, esotérica e espiritual.
Os Sephirotes são masculinos, mas existem as sephiras que são femininas; a zona neutra constitui o
espaço profundo, os campos magnéticos, etc.. Isto não se encontra nos livros, temos de descobri-lo por
nós próprios. Estou a falar-vos do ponto de vista místico e directo.
A Iniciação nos Arcanos

O arcano “10” do Tarôt é a Roda da Fortuna, é a própria Roda do Samsara, a trágica roda que simboliza a
Lei do Antigo Retorno.
Deve-se fazer a diferença entre Retorno, Reencarnação e Transmigração, pois são completamente
diferentes.
RETORNO: retornam os mundos, os céus, as estrelas, as quatro estações, ao seu ponto de vida original.
Através das 108 vidas de cada ser humano, de acordo com as 108 contas do colar de Buda, retorna o
Ego. Quando chega o momento de desencarnar, os egos entram nos Mundos-Infernos e outros retornam
a uma nova matriz; o ego é composto por múltiplas entidades, algumas reincorporam-se em alguns
organismos vegetais, animais e outros em matrizes humanas; vindo assim ego a um novo organismo.
Dentro destes egos retorna a parte do “Budhata”, a Essência engarrafada, a qual é a parte Divina e
Substancial. Indubitavelmente, muitas partes de nós próprios vivem em organismos animais.
Ao retornar a este vale de lágrimas repete-se o mesmo, devido à Lei de Recorrência, pois tudo volta a
suceder de modo semelhante ao que sucedeu nas outras vidas anteriores. A Lei do Retorno está
íntimamente ligada, associada à Lei de Recorrência, quer dizer, tudo volta a suceder tal como sucedeu,
acrescido das consequências boas ou más; os mesmos dramas repetem-se e a isto chama-se Carma.
REENCARNAÇÃO: é a descida da Divindade a um Homem. A Encarnação de Vishnú num Homem é o
que se chama um Avatar. Vishnú é propriamente o Cristo, o Logos Solar, por isso, na Índia, clamavam
pela Reencarnação de Vishnú. Krishna falou sobre isto, quando disse: ―somente os Devas
reencarnam‖.
TRANSMIGRAÇÃO: acontece quando o Ser começa a formar parte do Reino Mineral, evoluindo, depois
de muito tempo, para o Reino Vegetal e, posteriormente, através de eternidades, ascende à evolução do
Reino Animal, para depois ascender ao estado Humano onde nos outorgam 108 vidas. Se no fim das 108
vidas não se chegar à Autorrealização inicia-se a involução nos Reinos Submersos do planeta Terra,
recapitulando-se os estados animalescos, vegetais e minerais. Nas profundezas do Abismo, nos Infernos
Atómicos da Natureza, a Essência, o Budhata, é purificada, é libertada do Ego pela desintegração deste
e, assim, uma vez livre, a Essência, depois de eternidades, volta a ascender, começando de novo pelo
Reino Mineral, passando ao vegetal, ao animal, até alcançar o estado humano anteriormente perdido.
Esta é a Lei da Transmigração das Almas.
Somente Despertando a Consciência , saberemos se já involuímos e voltamos a começar. Tudo isto, do
Retorno e da Transmigração, é de tipo Lunar. Só a Reencarnação é Solar.
As forças solares afastam-se da Lei do Retorno e da Lei da Recorrência; tudo isto faz parte do arcano nº.
10; enquanto não dissolvermos o Ego temos de continuar a retornar.
Para “Libertar-se” é necessário “Morrer”. A morte do Ego é indispensável porque então deixar-se-á de
“Retornar”.
Se estudarmos o “Livro dos Mortos”, dos Egípcios, vemos que é ÍSIS a chamada para “dar morte” ao
“Ego”.
Sem a Mãe Divina torna-se impossível a morte do Ego. Com a morte do Ego, a Essência liberta-se e
perde-se em OSÍRIS, o Cristo Divino. A Essência ressuscita no Coração de Osíris. Então, onde ficam os
afectos, o apego às coisas, os nossos desejos? Tudo isso já terá deixado de existir.
Temos de morrer para nos libertarmos da trágica roda e temos de frigir as sementes para que o Ego “não”
ressuscite; temos de banhar-nos nas águas do “Leteu” e do “Eunoe” e ser confirmados na Luz; temos de
matar Caín, o qual é a mente lunar, porque esta mente não serve, deve ser eliminada; temos de matá-la
porque é animal.
Por isso os Antigos viam na Lua a figura de Caín. À “Mente” chamava-se-lhe Caín e este era caçador; a
mente anda à caça de fortuna, posição social e fama; esta mente usam-na os velhacos para triunfar;
sentem-se sábios e poderosos com essa mente animal lunar bem cultivada.
Existe uma figura de um Anjo decapitado: o Anjo de Samotracia, esta escultura significa que depois de se
ter dissolvido o Ego, de haver queimado as sementes, de nos havermos banhado e de termos sido
confirmados na Luz, etc., temos de passar pela “Decapitação”. Falta a “morte” do corpo lunar e da mente
lunar, estes dois corpos que formam Caín são os dois elementos subjetivos que temos de decapitar.
Depois apenas fica Osíris e a Essência no seu coração. Então já se tem o direito de levar-se o “Aspid”, a
Serpente na fronte e tal como diz o “Livro dos Mortos”, já podemos sentar-nos como se sentam os outros
Osíris e levar a Serpente na fronte, pois já se possui o Verbo, já se triunfou e os seus poderes não são
utilizados egoisticamente.
Osíris é o Cristo Cósmico. Um Homem “Osirificado” já tem o Cristo Cósmico, já não possui elementos
subjetivos, já se libertou dessa trágica roda de vidas e de mortes onde radica a causa da dor.
A luta mais violenta para poder conseguir a eliminação do ego está na luta com a terrível serpente
tentadora, a qual é o abominável órgão Kundartinguador, a Cauda de Satã. Esta é a horrível Pitão que
Apolo feriu com os seus dardos. É a antítese da Mãe Divina; matéria densa e espantosa que luta contra
nós.
Enquanto não estivermos dentro da “Barca de Ísis” não servimos para nada.
Segundo a Sabedoria Egípcia, “Toth” é Hermes e este é Mercúrio, o Grande Hierofante, o Ministro, o
Embaixador do Logos Solar, o Grande Instrutor, aquele que nos eleva de Iniciação em Iniciação. Mas,
quem é ele dentro de nós próprios? Ele é o “Ens Seminis”.
Só mediante a Grande Morte podemos escapar dessa Grande Roda e da Dor deste Mundo que é
totalmente passageiro e doloroso. Temos de passar para além dos afectos dos nossos seres mais
queridos e isto é algo que custa trabalho.
Este mundo é terrivelmente doloroso. A única coisa para que vale a pena viver é para a Autorrealização,
porque tudo o resto é vão.
SÍNTESE:
– Só mediante o arcano A.Z.F. nos libertamos da Roda do Samsara.
– Os Sephirotes formam o corpo de Adam-Kadmon.
– Quando o homem se realiza a fundo entra no Reino do Adam-Kadmon.
– O Reino do Adam-Kadmon, por fim, absorve-se no Absoluto, onde resplandece a Vida Livre no seu
Movimento.
Associações

A síntese cabalística dos números mostra a qual princípio ele está associado, como foi explicado na
seção Interpretação, é assim que se interpreta o Tarô e a Cabala.
Todas as cartas possuem sua síntese, nos arcanos menores ela é mostrada na parte inferior à direita da
carta.
Exemplo: a carta 23 – O Lavrador se relaciona com o Arcano 5 – O Hierarca, pois 2 + 3 = 5.
Note que, apesar dessa associação, as cartas 1 e 10 (O Mago e A Retribuição) possuem associações
planetárias diferentes. O Mago se associa ao SOL e A Retribuição a PLUTÃO. Essas são as únicas
exceções, todas as outras cartas que possuem a mesma síntese possuem a mesma associação
planetária. As cartas 19, 28 e 55 se associam a PLUTÃO e as 37, 64 e 73 ao SOL. Quanto à relevância,
essa informação é duvidosa, pois não foi obtida de um mestre do gnosticismo, mas de Jesus Iglesias
Janeiro, o autor dos desenhos das cartas. O V. M. Lakhsmi diz que o Arcano 55 se associa ao 1 e os
Arcanos 64 e 73 se associam ao 10, o oposto da associação de Janeiro.

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