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REI SALOM‹O
Artigos Maçônicos
Trabalhos Digitais
Parte V
Projeto Aprendiz
ICQ: 8700927
MSN MESSENGER: jelliscarvalho@hotmail.com
E-mail: jellis@uol.com.br
SKYPE: jellisrsalomao
O Rito Escocês Antigo e Aceito original não possui Altar dos Juramentos, conforme explicação da Comissão de
Liturgia e Ritualística do Supremo Conselho Jurisdição Sul dos Estados Unidos da América, o principal responsável
pela PUREZA DO RITO no mundo. Portanto, no simbolismo, o Rito Escocês não tem Altar dos Juramentos
especificamente para as três Grandes Luzes.
Conforme todos os rituais desde 1834 até o início de 1890, não encontramos um Altar especificamente para as três
Grandes Luzes, mas na década de 90 do século XIX já encontramos como bem expressa o ritual de Apr.'. do ano de
1898 na página 4, que diz: "Na frente da Mesa do Ven.'., no Or.'., fora do Dossel, fica o Altar dos Juramentos".
Em instrução ministrada no dia 19 de abril de 1898, na Loja "Silêncio", Nº 81, do oriente do Rio de Janeiro e da
jurisdição do Grande Oriente do Brasil, o Irm.'. GILBERTO GUILHERME DE FARIAS, membro efetivo do Supremo
Conselho do Rito Escocês, disse: "O Altar dos Juramentos é uma continuação, uma extensão, do Altar do Ven.'. M.'..
E, continua, "... seria de todo conveniente que entre ambos não existisse espaço...", portanto, não é permitida a
passagem entre o Altar do Ven.'. M.'. e o Altar dos Juramentos.
Também o livro de atas do ano de 1845 da Loja "Educação e Moral", Nº 8, do oriente do Rio de Janeiro e da
jurisdição do Grande Oriente do Brasil, nos diz: "O Ven.'. M.'. AGENOR FERREIRA DA SILVA, no seu Altar e de
modo impecável abriu o L.'. da L.'., leu a passagem e no fim da sessão fechou com a mesma impecabilidade de
como abriu".
O pesquisador é obrigado a fazer uma análise para bem entender o que expressam certas passagens do ritual.
Vemos na página 30 do ritual de 1857, o primeiro a ser impresso pelo GOB, o seguinte: "Ven.'. - Ir.'. Mest.'. de
CCerim.'., conduzi o nosso novo amigo ao Trono". Quando chega ali, põe um joelho no chão (em terra), o Ven.'. lhe
assenta a ponta da Espada na cabeça e realiza a sagração. Um outro ritual de 1897 diz que para se chegar ao altar
dos Juramentos era necessário subir os três degraus onde fica o Ven.'. M.'..
Na verdade, o Irm.'. não pesquisador fica confundido, porque o ritual diz Mesa do Venerável, Trono e Altar dos
Juramentos. Os IIrm.'. consideravam como Trono a Mesa do Ven.'., assim como ambos como Altar dos Juramentos.
Mas isto tudo, em certos momentos, pois encontramos, também, eles chamando a Cadeira do Ven.'. de Trono.
O Altar dos Juramentos foi criado numa justificativa de que a Mesa do Ven.'. ficava por demais atravancada de
materiais. E aqui aproveito para dar mais um esclarecimento: o Livro era aberto e fechado sem a feitura do pálio,
este que é originário do Rito de York. O verdadeiro Rito Escocês não tem pálio.
Como acabamos de ver, a abertura e fechamento do Livro eram cerimônias simples. A maior justificativa para que o
Altar se fixasse definitivamente no ocidente do Templo foi a justificativa de que ele representa a Mesa dos
Holocaustos do Santuário Hebraico, onde os maçons depositam as INDOMINADAS PAIXÕES E SACRIFICAM OS
APETITES MUNDANOS. Com a criação das Grandes Lojas em 1927, o Irm.'. Mário Behring retirou o Altar do Or.'. e
colocou no Oc.'., numa imitação do Rito de York Americano. Mas o Grande Oriente do Brasil continuou usando o
Altar dos Juramentos no Or.'., para, em 1981, também trazê-lo para o Oc.'..
O único rito praticado no Brasil que já nasceu usando o Altar dos Juramentos foi o Rito Brasileiro, já que fundado em
1914 e, se espelhando no Rito Escocês, criou o Altar, que até os dias de hoje, continua no Or.'. como é o caso do
Rito Adonhiramita.
OBS: ESTE TRABALHO NOS FOI ENVIADO POR E-MAIL PELO IR.’. JOSÉ E. – M.’.M.’.
Moral da história: Para nos, maçons, vale lembrar que fazemos parte da chama maior
e que, longe do grupo, perdemos todo o brilho e poder de ação. E aos líderes, que
somos responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promoverem a
união entre seus membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.
O GRRAU
AU D
DEE APRENDIZ
PRENDIZ
O Grau de Aprendiz através de seus mistérios e alegorias, é o alicerce para que o maçom
possa ser capaz de responder de forma positiva a essa inquietante questão. Essa resposta, porém, não se
dará baseada apenas na exterioridade do Direito, cujas normas dependem de uma codificação formal e
oficial (as leis) e de um aparato policial e judiciário para assegurar seu cumprimento, sem que tenhamos
necessariamente uma convicção íntima de sua validade.
O maçom responderá por sua liberdade baseado principalmente na sua consciência do dever
moral, forjada desde o Grau de Aprendiz, de acordo com as virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade; das
virtudes cardeais da temperança, da justiça, da coragem e da prudência, consciência a qual o maçom intimamente
adere de forma livre e espontânea. Ao desbastar a pedra bruta, o maçom constrói-se enquanto sujeito moral
consciente de seu dever de construtor social compromissado com o trabalho de tornar feliz a humanidade, pelo
aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à crença de cada um.
Convicto da moral baseada no amor ao próximo, o maçom tem em si sempre viva a presença do Grande Arquiteto do
Universo, a despertar-lhe, no uso de sua liberdade, o sentimento de solidariedade capaz de sustentar a verdadeira
fraternidade entre os irmãos, entre os povos e entre a humanidade.
Assim, saído do caos e das trevas da ignorância profana, o Aprendiz aos poucos liberta-se das
ilusões com seus pensamentos, vontade e desejos purificados, submete ao crivo de sua razão os
sublimes princípios da Maçonaria Universal, empunhando o maço e o cinzel de sua consciência, desbas-
tando sua pedra bruta e, com o auxílio do Grande Arquiteto do Universo, poderá, então, iniciado na ciência
maçônica, arrojar-se na edificação de templos à virtude, cavando masmorras ao vício, sustentando-se na
sabedoria, na força e na beleza, sem iludir-se com a riqueza, o conhecimento e a violência profanas.
Que o Grande Arquiteto do Universo nos ilumine e guarde, sempre...
impor a si mesmo condições cada vez melhores em seu habitat. Nas eras pré-históricas entre os animais,
Olhando ainda para a história vemos que ela foi escrita com violência, com sangue. A história
antiga é uma sucessão de construções e destruíções; e assim vem caminhando até os nossos tempos.
E me pergunto:
Estamos no século XX e já tivemos duas grandes guerras - as duas neste século. Foram
sangrentas, cruéis. A última culminou com a bomba atômica, que destruiu milhares e milhares de
vidas preciosas.
E continuo a me perguntar: Antigamente o homem era menos cruel? Não vazava o olho do
inimigo, as lanças trespassavam os corpos? Mas em nossos dias, o homem, em termos de violência,
de matar, tem mais requintes. Com uma simples bomba aniquila todo o nosso planeta. Portanto, o
homem no passar dos tempos vem se tornando mais violento - só que hoje e mais sofisticado.
Hoje, um outro mal talvez mais grave ainda, porque mais profundo vai invadindo a
humanidade. A começar pela terrível troca de valores entre os povos mais evoluídos e entre os
Os maiores sábios e mais eminentes moralistas, entre aqueles que crêem na primazia do
espírito sobre a matéria, acham-se unanimemente inquietos. A própria humanidade já começa a
compreender a importância desse perigo. Por suas extraordinárias realizações, o mundo moderno é
prodigiosamente grande e belo. O homem, orgulhoso de seu poder sobre a matéria e sobre a vida,
parece dominá-lo cada dia melhor.
Ora, na medida em que o homem vai se apoderando do universo, pela ciência e pela
técnica, vai também perdendo o domínio do seu universo interior A medida que penetra no
mistério dos mundos, tanto dos infinitamente grandes como dos pequenos, perde-se nos seus
próprios mistérios. Pretende dirigir o universo e não sabe dirigir a si mesmo.
Domestica a matéria mas, quando libertado de sua tirania, deveria viver mais intensamente o
espírito - e a matéria aperfeiçoada volta-se contra ele. E eis que se torna seu escravo e é o espírito
que agora agoniza...
Se o homem perder o espírito, perderá tudo. Sem a primazia do espírito não haverá mais
homem. E porque a idéia nasce do espírito e, então, a matéria se organiza sob a mão do homem, e
sua construção prossegue através dos tempos. O espírito engendra o plano - e a cidade surge da terra
e a máquina sai da fábrica, o espírito concebe a beleza - e o mármore se torna estátua, as cordas
cantam, as cores se harmonizam. O espírito voa ao encontro de outro espírito e palpita o amor, os
homens se unem e a humanidade cresce.
Mas quando o espírito se deteriora, o homem corre perigo, pois a carne de seu amor, a
máquina que construiu, a cidade que ergueu, o mundo que edificou, voltam-se contra ele e
esmagam-no. De novo a matéria lhe escapa e nem há mais homem. Tudo tem de ser feito.
Assim, as civilizações caíram, uma após outra. De todas as que sucederam, desde o inicio da
história, poucas sucumbiram a golpes exteriores. A maior parte teve a si como o próprio carrasco,
minadas interiormente por um lento apodrecimento.
Todos nós nos orgulhamos de nossa civilização ocidental. Foi para salvá-la que participamos
da maior matança que o mundo jamais conheceu antes - dezenas de milhões de homens morreram e
outras dezenas de milhões sofreram atrozmente.
Para salvaguardá-la que as nações se armaram com forças capazes de devastar continentes
inteiros.
Agora, estamos recolhendo seus frutos, cujo sinal, entre outros, é uma moralidade discutível.
Nos países desenvolvidos, ela adquire as proporções de um verdadeiro flagelo. O crescente
progresso das doenças mentais, dos desequilíbrios de toda espécie, oferecem-nos uma trágica ficha
da saúde do homem moderno.
O mundo moderno é extraordinário. Não temos o direito de frear seu fulgurante progresso,
bem como temos o dever de trabalhar para esse progresso. Nosso labor, no entanto, será em vão se,
paralelamente, não trabalharmos para desenvolver no homem a consciência de seu espírito. E
preciso refazer o homem para que o homem refaça o universo na ordem do amor.
Quanto maiores forem as facilidades, mais o homem terá necessidade de luz para compreender
que estas facilidades são apenas meios para atingir um fim mais elevado.
Precisará de mais força interior para não se apegar a elas, mais necessidade de amor terá a fim
de não capitalizá-las em seu próprio benefício e em detrimento de seus irmãos.
Nós homens precisamos nos lembrar da existência do Grande Arquiteto do Universo, que
emana nossas forças vitais para nossa subsistência, com amor, fraternidade e liberdade.
O Mestre
(Publicado na revista O Pensamento - mai/jun/99)
Sem saber o que fazer vagava o Mestre despreocupado por entre a obra quando se
deparou com um Aprendiz que, concentrado, examinava uma pedra ainda não totalmente
desbastada. Querendo mostrar sua força e sua autoridade, dirigiu-se ao obreiro:
- Aprendiz, a tua pedra não está devidamente desbastada. Acaso pensas em dá-la
como acabada?
- Mas, Mestre esta pedra...
- Não será negligenciando nas tuas tarefas que um dia pretendes chegar onde hoje
estou. Não penses que o mestrado é conseguido sem sacrifícios e pouco trabalho.
- Mas, Mestre, eu...
- Não me parece que os ensinamentos tenham sido por ti bem assimilados. Vede o
estado em que se encontra esta pedra. Toda disforme e cheia de imperfeições. Já
imaginastes as conseqüências que acarretaria o seu assentamento na obra? Por certo não
iria se encaixar convenientemente e, além disso, colocaria em risco o próprio andamento
da construção
- Mas, Mestre, eu gostaria de...
- Não me interrompas enquanto falo. Um aprendiz deve saber comportar-se diante de
seu Mestre. Não estou gostando do teu comportamento nem de teu jeito desleixado de
trabalhar. Olha só esse avental, todo sujo, e essas ferramentas em péssimo estado de
conservação. Agora olha para mim. Vê meus paramentos, imaculados, e meus utensílios
de trabalho perfeitamente conservados, como novos. Não te serve de lição ver tão gritante
comparação? Acaso não te sirvo de exemplo? E vamos deixar de conversa; trata de
trabalhar que o tempo é curto. Como castigo, para que não sejas tão negligente, deverás
terminar o desbaste desta pedra, mesmo no teu horário de descanso.
- Mas, Mestre, eu gostaria de explicar que...
- Não irei perder mais meu tempo contigo! Faze o que determinei e estamos
conversados!
Afastando-se, o Mestre sai satisfeito e orgulhoso por ter sido severo e demonstrado
sua autoridade, deixando o aprendiz matutando:
- Puxa vida! Eu queria explicar ao Mestre que esta pedra está aqui desde quando ELE
ERA APRENDIZ E, NA PRESSA DE AUMENTAR O SEU SALÁRIO, NÃO A DESBASTOU
CONVENIENTEMENTE.
Todas as minhas pedras foram aproveitadas na obra, razão pela qual meu avental está
sujo e minhas ferramentas desgastadas pelo uso. Além disso, estou no meu horário de
descanso e aproveitava o tempo para concluir o desbaste desta pedra que está aqui desde
a promoção do Mestre.
O Mestre deve ter razão e deve estar muito preocupado com seus afazeres para se
importar com uma simples pedra bruta. O melhor mesmo é terminar esta pedra e deixá-la
pronta para o polimento.
Pensando melhor, não seria mais conveniente eu deixar esta pedra, que não é minha, de
lado e preocupar-me em aumentar meu salário e ser igual ao Meu Mestre?
Na Maçonaria esse triângulo é com frequência chamado de deita, pois a letra grega assim
denominada, tem na verdade a forma triangular, mas não pensamos que se deva ver nesse
paralelo, qualquer indicação quanto as origens dos símbolos em questão; além disso é evidente
que a significação é essencialmente ternária, enquanto que o deita grego, apesar de sua forma,
corresponde pela ordem alfabética e pelo seu valor numérico.
Por vezes o próprio “Iod” é substituído por um olho, que , em geral, é designado como o
“OLHO QUE TUDO VÊ” (The All-Seeing Eye).
A semelhança de forma entre o Iod e o olho de fato prestar-se a uma assimilação, que tem
aliás inúmeras significações e sobre as quais talvez seja interessante oferecer algumas
indicações.
Em primeiro lugar, podemos notar que o triângulo ocupa sempre urna posição central, na
Maçonaria está expressamente colocado entre o Sol e a Lua, disso resulta que o olho contido no
triângulo deveria ser representado sob a forma de um olho comum, direito ou esquerdo, pois, na
verdade, são o Sol e Lua que correspondem respectivamente ao olho direito e ao olho esquerdo
Para que o simbolismo seja inteiramente correto, esse olho deveria ser frontal ou central
isto é : “O Terceiro Olho”, cuja semelhança com o Iod é ainda mais admirável.
É de fato, esse “Terceiro Olho” que “Tudo Vê” na perfeita simultaneidade do eterno
presente.
Nas igrejas cristãs, em que está figurado, esse triângulo fica normalmente colocado acima
do altar; como este além disso, é encimado pela cruz, o conjunto da cruz e do triângulo reproduz
de modo curioso o símbolo alquímico do enxofre.
A figura do Cristo Glorioso, no seu interior, aparece desse modo identificada ao “Purusha no
Olho” na tradição hindu.
Os símbolos desenhados ou riscados no solo, era menos ou mais perfeito e dependia apenas da habilidade
de quem os traçava, sintetizando nestes símbolos toda idéia que dele pudessem surgir em sua interpretação. Os
principais símbolos desenhados estavam diretamente ligados a construção, à saber, Compasso, Esquadro, Régua,
Nível e Prumo. Estes símbolos eram traçados somente pelo Maçom que fosse designado para compor a Loja e
caracterizava as principais tarefas dos operários e assim, surgiram com Símbolos característicos. Em alguns Ritos,
eram usados desenhos bordados em pano, que eram desenrolados no início dos trabalhos e recolhidos no
encerramento das sessões. Da mesma forma, os desenhos eram totalmente apagados, não deixando quaisquer
vestígios que pudessem ser notados por quem estivesse de passagem por estes locais.
Mais tarde foram surgindo os símbolos reais, ou seja, quando os Maçons Operários passaram a deixar suas
“ferramentas” no piso, deixando de haver a necessidade de traçar os desenhos no piso.
Nesta época, obviamente, não existia o Livro Sagrado ou Livro da Lei, pois os Livros eram manuscritos por
não haver uma imprensa e estes livros estavam foram do alcance dos operários.
Em substituição, supostamente, deveria haver algum elemento que sintetizava a figura do Sagrado, sobre o
qual eram prestados os juramentos.
Este período da história da Maçonaria não esta registrada, pois apenas a tradição transmitida oralmente é
que nos dá certeza da existência destas Lojas primitivas.
Esta fase foi superada quando a partir do momento que foi definido que as reuniões passariam à ser
realizadas nas tabernas, ou seja, devidamente “a coberto”.
Autores da antiguidade, como Lionel Vibert, citado por Nicola Aslan em seu dicionário, referem a Loja como
um alpendre coberto de palha, isto em 1321. Mais tarde, em 1277, Knoop e Jones publicaram que tinham sido
construídas, para os trabalhos da edificação da abadia de Vale Royal, duas “Lojas” erigidas paras os operários, para
que este executassem seus “trabalhos” privativos.
A informação certa é que em 1772, a Grande Loja da Inglaterra, ordenou a construção do “Freemasons´s
Hall”, concluída em 1776, onde foi erigida a primeira Loja com Templo fixo.
De 1776 a 1820, nessas Lojas “a coberto”, ainda era mantida a “tradição” de desenhar os símbolos
característicos, da Maçonaria Operativa, no piso da Loja.
John Harris compôs o primeiro “Quadro” fixo, o que veio substituir, os desenhos que eram feitos no piso. Este
quadro era simples, de pano e sem qualquer moldura, ele era “desenrolado” à frente do altar, depois da abertura do
Livro da Lei.
Posteriormente este Quadro, passou a ter uma moldura e a ser chamado de “Painel” como é conhecido e
adotado hoje por nossas Lojas Simbólicas, que de acordo com o Rito apresenta aspectos diferentes.
Nas Lojas Maçônicas, especialmente as Simbólicas, cada um dos três Graus possui um painel próprio.
O Painel da Loja de Aprendiz do Rito Escocês Antigo e Aceito, comporta duas COLUNAS, encimadas por
romãs, enquadrando um pórtico à qual conduzem 3 (três) degraus e encimado pelo Delta Luminoso. Vê-se também
três janelas, uma pedra bruta, uma pedra cúbica, a prancha de traçar, o maço e o cinzel, o esquadro e o compasso,
o nível e o prumo, as COLUNAS J e B, o Sol, a Lua, as estrelas, uma corda de 7 nós e a orla dentada emoldurando o
Painel do Grau com quatro borlas nas extremidades, que passarei a descrevê-lo em seu significado.
AS ROMÃS
As romãs estão postas em cima dos capitéis das COLUNAS “J” e “B”, sendo três em cada uma delas,
apresentando um corte frontal que revela seus grãos. Sendo que este fruto representa a Família Maçônica Universal,
cujos membros estão ligados harmonicamente pelo espírito de união, inspirados na ordem e na fraternidade.
Os diversos autores dizem que “em todos os tempos, a romã foi um símbolo de fecundidade, de abundancia
e de vida”; “os grãos de romã, reunidos em uma polpa transparente, simbolizam os Maçons unidos entre si por um
ideal comum”.
Ao transpor o portal do Templo, que representa o Universo, o Aprendiz torna-se apto, pelo estudo, pelo
trabalho e pela prática dos ensinamentos do grau, a tornar-se um verdadeiro Maçom.
OS DEGRAUS
A passagem do Mundo Profano para O Mundo Maçônico não pode ser realizada diretamente e estes degraus
representam simbolicamente as etapas a que se deve submeter o Iniciado, ou seja, os três degraus representam
sucessivamente, o plano físico ou material, plano intermediário, chamado de “astral”, e por último o plano psíquico ou
mental. Esses três “degraus” correspondem à divisão ternária do ser humano em Corpo, Alma e Espírito.
Sendo necessário que o Aprendiz busque a sua libertação das mazelas do Mundo Profano e desta forma
consiga desbastar a pedra bruta e transformá-la em pedra polida, para sua ascensão moral e espiritual.
Nos antigos rituais maçônicos fazem menção a três janelas no grau de Aprendiz. Tendo como base as três
portas do Templo de Salomão (Bíblia – I Livro dos Reis, VII, 4 e 5), sabe-se portanto, que o Templo se abria para
Leste e para Oeste, como na maioria das catedrais. Desse modo, o Templo era iluminado pelo Sol ao alvorecer.
A janela do Oriente traz a doçura da aurora, sua renovação de atividade; ao Meio-Dia, a força e o calor; a do
Ocidente dá uma luz que, a medida que se torna mas fraca, convida ao repouso . O Norte, escuro, como não recebe
nenhuma luz, não precisa de janela. Porque os trabalhos do Maçons simbolicamente, começam ao Meio-Dia e
terminam a Meia-Noite. Começam ao Meio-Dia, quando o Sol brilha com toda a sua força no Templo.
Os Aprendizes são colocados ao Norte porque têm necessidade de serem esclarecidos; eles recebem assim
toda a luz da janela do Meio-Dia, Os companheiros, colocados ao Meio-Dia, precisam de menos luz e a sombra
provocada pela parede do Templo ainda permite que sejam iluminados suficientemente, enquanto o Venerável e
seus oficiais recebem, de frente, apenas a luz do crepúsculo. Em contrapartida, os Vigilantes são alertados desde a
aurora pela luz que os atinge em cheio.
PEDRA BRUTA
A direita do Painel do Aprendiz figura a pedra bruta, que simboliza as imperfeições do espírito e do coração
que o Maçom deve se esforçar para corrigir.
O Aprendiz, pela sua iniciação maçônica, que representa um novo nascimento, reencontra o estado da
natureza; ele se liberta das mazelas do mundo profano e passa por um processo de purificação, onde reencontra a
liberdade de pensamento.
Esta nova etapa em sua vida, tem como objetivo principal a sua transformação, e este se dá através do
trabalho do desbaste de sua própria “pedra bruta”, com os instrumentos que lhe são fornecidos, visando tornar esta
justa e perfeita em todas as suas medidas e forma. Ela é vista como a “matéria-prima!” existente para a elaboração
da “Obra”.
Simboliza a matéria apta a ser trabalhada; simboliza o “meio” para atingir o “fim” sagrado da transmutação
do Ser.
PEDRA CÚBICA
A Pedra Cúbica, o hexaedro, é a obra-prima que o Aprendiz deve realizar. Materialmente, é difícil, com o
Maço, o Cinzel e o Esquadro, realizar um Cubo perfeito que a primeira vista não parece tal.
A Pedra Cúbica da Painel do Aprendiz é encimada por uma pirâmide quadrangular e se chama “Pedra
Angular Pontiaguda”. Essa pedra, sobre o qual os Companheiros devem afiar seus instrumentos, simboliza o
progresso que eles devem fazer na instituição e em seus relacionamentos com os Irmãos. Em sua interpretação
moral, a Pedra Cúbica é também a pedra angular do templo imaterial construído à filosofia; é também o emblema da
alma que aspira subir até a sua fonte. É terminado em pirâmide, símbolo do fogo, para que aí sejam inscritos os
números sagrados. Para desbastá-la, é preciso fazer uso do compasso, do esquadro, do nível, do fio de prumo,
instrumentos que representam para nosso espírito as ciências, cuja perfeição vem do Alto.
A Prancha de Traçar está ligada ao Grau de Mestre Maçom, como a Pedra Cúbica ao Grau de Companheiro
Maçom e a Pedra Bruta ao Grau de Aprendiz Maçom. Por que, é sobre a Prancha de Traçar que o Mestre estabelece
seus planos; mas o Aprendiz e o Companheiro não devem ignorar seu uso e devem exercitar-se esboçando ai suas
idéias. Esse é o motivo pelo qual esse símbolo já figura no Painel do Aprendiz.
MAÇO E CINZEL
Instrumentos do Aprendiz, são apresentados no Painel de forma unida, portanto essa associação indica a
vontade e a inteligência, a força e o talento, a ciência e a arte, a força física e a força intelectual, quando aplicadas
em doses certas, permitem que a Pedra Bruta se transforme em Pedra Polida.
O Maço simboliza a vontade do Aprendiz. Não é uma massa metálica, pesada e brutal, pois a vontade não
deve ser nem obstinação, nem teimosia. Ela deve ser apenas firme e perseverante. Mas o homem não pode agir
diretamente sobre a Matéria; o Cinzel servirá, então, de intermediário. Este deverá ser amolado freqüentemente, isto
é, deverá rever continuamente os conhecimentos adquiridos. Não deixá-los embotar. O Maço age de forma
descontínua. Isso mostra que o esforço não pode ser perseguido sem interrupção e, por outro lado, que uma pressão
contínua sobre o Cinzel tirar-lhe-ia toda a sua precisão.
COMPASSO E ESQUADRO
Estas duas “ferramentas” unidas no Painel do Aprendiz, representam a justa medida, que deve presidir a
todas as nossas ações, que não podem se afastar da Justiça e nem da retidão, que regem todos os atos dos
Maçons. Representando ainda o signo mais conhecido, pelo qual se identifica a Maçonaria universalmente.
O Esquadro é usado pelo Aprendiz como seu único e verdadeiro signo, marcando-o a cada passo que dá no
decorrer de sua marcha em direção ao Altar. Também na posição de Ordem do Grau de Aprendiz, está ostentando
quatro Esquadros, que representam astronomicamente quatro cortes nos diâmetros do circulo zodiacal, dividindo em
quatro partes que correspondem cada uma delas à respectiva estação do ano de conformidade com a inclinação do
Sol em sua carreira.
NÍVEL E PRUMO
O NÍVEL como instrumento simbólico da igualdade, tem uma tradição muito importante e uma força muito
grande dentro da Simbólica Maçônica. Como parte do triangulo, um dos tripés que sustentam toda a estrutura
filosófica de nossa Ordem, ele é o emblema de um dos maiores princípios da Maçonaria. Aquele que foi emprestado
para a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aquele que considera todo os homens iguais,
independentemente de crenças religiosas, credos políticos, raças ou condição social. É o NÍVEL que nos faz
tratarmo-nos de Irmãos, e , em nossos Templos, sentarmos lado a lado, patrão e empregado, pai e filho, General e
Tenente, rico e pobre, sem nenhuma pretensão
A COLUNA B ou “Booz” (Hebraico BOAZ), isto é, - “na força”, representa a generação; revela a estabilidade
ponderada e deve ser branca.
As duas palavras reunidas significam, portanto: “Deus estabeleceu na força, solidamente, o templo e a
religião de que ele é o centro”.
A Bíblia nos diz, que as duas COLUNAS de bronze, foram erigidas à entrada do Templo de Salomão, uma à
direita, sob o nome de Jachin, e a outra à esquerda, sob o nome de Booz. Jamais houve qualquer contestação sobre
o sexo simbólico dessas duas COLUNAS, a primeira delas suficientemente caracterizada como masculina pelo Iod
inicial que a designa comumente. Com efeito, essa letra hebraica corresponde à masculinidade por excelência. Beth,
a segunda letra do alfabeto hebraico, por outro lado, é considerada como essencialmente feminina, porque seu nome
quer dizer casa, habitação, de onde a idéia de receptáculo, de caverna, de útero, etc. A COLUNA J é, portanto,
masculino-ativa, e a COLUNA B feminino-passiva. O simbolismo das cores exige, conseqüentemente, que a primeira
seja vermelha e a segunda branca ou negra.
A palavra Jachin, em hebraico, escreve-se com as letras Iod, Caph, Iod, Nun. Para evitar erro na pronúncia,
escreve-se às vezes Jakin. A palavra Booz escreve-se com as letras Beth, Aïn (letra que não pode ser traduzida
foneticamente senão por uma aspiração sonora, pelo espírito forte do grego), Zaïn. Muitas vezes escreve-se Booz
em lugar de Boaz; no entanto, esta última ortografia está mais de acordo com o hebraico.
A Bíblia é formal: ela coloca Jachin à direita e Boaz à esquerda, o que está conforme com o simbolismo
tradicional e universal.
O Rito Escocês coloca as duas COLUNAS desse modo, mas o Rito Francês inverteu as respectivas posições:
ele coloca Jachín à esquerda e Boaz á direita, sendo que nada justifica essa mudança, nem mesmo o fato de essas
COLUNAS terem sido transportadas do exterior para o interior do Templo.
Maçonicamente o Sol corresponde à COLUNA J e a Lua corresponde à COLUNA B e lhes são atribuídas as
seguintes cores: Vermelho à COLUNA J, Branco ou Preto à COLUNA B, correspondendo assim ao Ativo e ao
Passivo.
Se nos ativermos ao texto bíblico, as duas COLUNAS eram de bronze e ambas da cor natural desse metal.
Para diferenciá-las, decidiu-se lhes adicionar as cores e tal decisão é arbitrária e discutível.
O lugar das COLUNAS varia de acordo com o lugar em que se coloca o observador: na frente ou atrás. Para a
maioria dos símbolos, é preciso considerar o observador na sua frente.
É fácil notar que a cor branca corresponde perfeitamente à Sabedoria, à Graça e à Vitória; a cor vermelha, à
Inteligência, ao Rigor e à Glória, enquanto que o azul está em harmonia com a Coroa, a Beleza, o Fundamento; o
negro corresponde ao Reino.
Assim, portanto, ao lado direito (positivo) atribuímos a cor branca, ao lado esquerdo (passivo), a cor vermelha;
no centro, a cor azul (neutra) e, na base, a cor negra (matéria).
As duas COLUNAS, assinalam os limites do Mundo criado, os limites do mundo profano, de que a Vida e a
Morte são a contradição extrema de um simbolismo que tende para um equilíbrio que jamais será conseguido. As
forças construtivas não podem agir senão quando as forças destrutivas tiverem terminado sua tarefa. Essas forças
opostas são “necessárias” uma à outra. Não se pode conceber a COLUNA J sem a COLUNA B, o calor sem o frio, a
luz sem as trevas, etc.
O SOL E A LUA
Representam o antagonismo da natureza – dia e noite, afirmação e negação, claro e escuro, presente na vida
maçônica do Aprendiz, ensinando o equilíbrio pela consciência dos contrários.
O Sol é o vitalizador essencial, a fonte da luz e da vida, tanto dos animais como dos vegetais, nasce no
Oriente, de onde vieram os ensinamentos da arte real.
A Lua, representa o amor, o princípio passivo e o feminino, simboliza a constância e a obediência, levanta-se
quando o Sol se deita e reina sobre as estrelas, não com sua própria luz, mas refletindo a luz solar.
Na Loja os trabalhos são abertos simbolicamente ao Meio-Dia, quando o Sol esta em Zênite, e fechados à
Meia-Noite, quando ele está no Nadir; nesse momento, supõe-se que a Lua esteja em seu pleno esplendor.
AS ESTRELAS
Simbolicamente representam a universalidade da Maçonaria, mas ressaltando na forma irregular em que são
distribuídas, que os Maçons, espalhados por todos os continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz
de seus conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da Verdade.
CORDA DE 7 NÓS
As cordas na Maçonaria possuem várias interpretações de acordo com o número de nós. Quando em número
de sete, representam as artes liberais (as que um homem livre podia exercer sem decair de seus concidadãos, por
oposição às artes “mecânicas” ou “manuais”, destinadas aos escravos na antiguidade) a saber: Gramática, Retórica,
Lógica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
Seu entrelaçamento simboliza também o segredo que deve rodear nossos mistérios. Sua extensão circular e
sem descontinuidade indica que o império da Maçonaria, ou o reino da Virtude, compreende o Universo no símbolo
de cada uma de nossas Lojas.
ORLA DENTADA
Possui numerosas interpretações simbólicas, mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizado no
Amor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos entorno
de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja, cujos
ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos do Orbe Terrestre.
CONCLUSÕES
Para estudarmos o Painel da Loja de Aprendiz, seus símbolos, seus ensinamentos e a diagramação do
próprio Painel, que se traduz no sentido simbólico da distribuição destes Símbolos sobre o Painel, o Aprendiz deverá
aprender a separar o sentido literal, figurativo e oculto de cada Símbolo, para poder entender e compreender a forma
harmoniosa que estes símbolos foram dispostos no Painel.
O sentido literal é aquele que encontramos nas antigas escrituras da Maçonaria Operativa e que foram
incorporados na Maçonaria Especulativa, apenas no sentido figurativo e simbólico de seus instrumentos que
ornamentam a Loja.
O sentido figurado é este que foi estudado neste trabalho. Pois pude notar que encontramos variações nas
versões destes painéis e diversas interpretações diferentes, de acordo com a Escola que este ou aquele autor esta
ligado; o que nos leva à crer que podem haver diversas formas de interpretações, mais profundas ou mais
superficiais, dependendo apenas do grau de conhecimento e aprofundamento no estudo que forem feitos para
desvelar o significado destes símbolos.
O sentido oculto da disposição dos símbolos no Painel, leva o Aprendiz a entender melhor o sentido dos
trabalhos do Rito e os ensinamentos nele contidos. Além de entender melhor o próprio funcionamento da Loja.
BIBLIOGRAFIA :
Ritual de Ap\M\ R\E\A\A\ – Grande Oriente Paulista – Edição 2002
Novo dicionário da Língua Portuguesa – Aurélio Buarque de Holanda Ferreira – Folha de S. Paulo
Os painéis da Loja de Aprendiz – Rizzardo Da Camino – Ed. Maçônica “A Trolha”
O Aprendiz Maçom – Rizzardo Da Camino – Ed. Madras
Revista “A Trolha” nº 201 – Trabalho : O Simbolismo do Esquadro e do Compasso - Ir\ José César B. De Souza –
páginas 39 à 41 – Ed. Maçônica “A Trolha”
Revista “A Trolha” nº 193 – Trabalho : A Simbologia Maçônica do Painel de Aprendiz - Ir\ Alcides Pereira Filho –
páginas 38 à 41 – Ed. Maçônica “A Trolha”
Ritualista Maçônica – Rizzardo Da Camino – Ed. Madras
Simbologia Maçônica dos Painéis – Almir Sant´anna Cruz - Ed. Maçônica “A Trolha”
1 - Pequeno Histórico
- "Painel", do castelhano, significa "pano"; o nosso “Aurélio”, define o vocábulo como: quadro, pintura,
retábulo; relevo arquitetônico em forma de moldura, sobre um plano.
- Nos locais onde não havia piso, como nas grutas, nos galpões e mesmo ao ar livre, esses Símbolos
eram "riscados" no solo.
- Esses desenhos eram, por ocasião do encerramento das Sessões, "apagados", sem deixar vestígios.
- Em alguns Ritos, esses desenhos apresentavam se "bordados" em panos, que eram desenrolados ao
início dos trabalhos e recolhidos ao encerramento.
- A abertura do Livro Sagrado emprestava sacralidade, tanto à reunião, como ao recinto; da mesma
forma os desenhos davam sacralidade à finalidade da reunião.
- As Lojas, no princípio eram instaladas ao ar livre o que justifica a referência às suas dimensões: do
Oriente ao Ocidente, do norte ao sul, da altura à profundidade.
- Na parte ocupada, ou sob uma árvore ou em campo descoberto, no solo arenoso e limpo, eram
gravados com estilete os Símbolos que caracterizavam uma Loja Maçônica.
- Quando o tempo era instável e adverso com chuvas prolongadas, os Maçons não podiam reunir-se ao
ar livre e se não houvesse um refúgio natural, era buscada uma casa "abandonada", pois era
rigorosamente vedado instalar a Loja em local habitado.
- Essa fase foi superada quando foi decidido que as reuniões seriam nas tabernas; não há uma
descrição convincente, todavia, se nessas reuniões, seriam ou não, desenhados no piso, os
instrumentos simbólicos.
- Por sua vez, o Grande Oriente de França, no ano de 1788, proibia que as Lojas Maçônicas se
reunissem em tabernas.
- Como vemos, portanto, o edifício exclusivo para abrigar uma Loja, tem data relativamente recente.
De 1776 a 1820, nessas Lojas "a coberto", decorridos apenas 44 anos, ainda era mantida a tradição de
desenhar com carvão no piso da Loja, os Símbolos que caracterizavam a Maçonaria Operativa.
- John Harris compôs o primeiro "Quadro'' fixo, o que veio substituir, os referidos desenhos no piso,
ele o pintou sobre uma tela sem ser emoldurada que era “desenrolada” à frente do Altar, através de
- A gravação na Prancheta, por sua vez, também era provisória, pois, cancelava-se ao término da
Sessão. Sendo a Prancheta de lousa ou de madeira escura, para o desenho, o carvão era substituído
pelo giz.
- Contudo, Harris, para conservar a tradição, "desenhou" no Painel, os Símbolos em negro, que
simbolizava o carvão.
- Circunscreve o Painel, uma moldura que o sustenta, mantendo a forma e serve, também, como
"marco" ou "delineamento de extremidade"; No Painel, a moldura simboliza o sigilo, a preservação, o
segredo e a sacralidade.
2 - Os Elementos do Painel
2.1.1 - Definição
Podemos definir as Jóias Móveis como sendo Símbolos de alto e precioso conteúdo simbólico na
Maçonaria, somado ao fato de serem insígnias dos principais cargos de direção de uma Loja - do V?M?
do P? V? e do S? V?
Como Paramentos, o Compasso e o Esquadro representam a aspiração do homem pela Justiça e pela
Simbolizam a medida justa que deve presidir todos os atos e ações do verdadeiro Maçom, que não
pode se afastar nem da Justiça nem da Retidão.
2.1.3 - O Nível
O Nível é a Jóia distintiva do P?V?, que deve zelar para que, em Loja, todos sejam nivelados, todos
tenham igual tratamento, não se reconhecendo as distinções existentes no mundo profano.
O Nível é o Símbolo da Igualdade, da Igualdade Fraterna, com que todos os Maçons se reconhecem.
2.1.4 - O Prumo
O Prumo ou Perpendicular é o instrumento formado por uma peça de metal suspensa por um fio,
utilizado para aferir se um objeto qualquer está na vertical.
Assim, é a Jóia do S?V?, que deve usá-lo para verificar qualquer inclinação, qualquer saída do Prumo,
que possa ocorrer no aprendizado do Iniciado, corrigindo-a a tempo.
Lembra aos Iniciados que todos os seus atos e pensamentos devem ser justos e medidos para o
levantamento de um Templo moral justo e perfeito.
2.2.1 - Definição
Pode-se definir como Jóias Fixas os Símbolos imóveis de relevada importância na Maçonaria, que se
encontram sempre expostas e presentes na Loja, para refletir a divina natureza e atuando como um
código moral aberto à compreensão de todos os Maçons.
As Jóias Fixas são: a Pedra Bruta, a Pedra Polida e a Prancheta, representando, respectivamente, o
Aprendiz, o Companheiro e o Mestre.
A Pedra Bruta simboliza o Aprendiz, que nela trabalha marcando-a e desbastando-a, até que seja
julgada polida pelo V?M? da Loja.
Ela representa o homem na sua infância ou estado primitivo, sem instrução, áspero e despolido, com
as paixões dominando a Razão e que nesse estado se conserva até que, pela instrução maçônica, pelo
estudo de seus Símbolos e alegorias, pela interpretação filosófica do simbolismo do seu Grau, pela
disciplina e pela capacidade de subordinar a sua personalidade à sua vontade, adquire uma educação
superior, liberal e virtuosa, tornando-se fonte de cultura e capaz de fazer parte de uma sociedade
civilizada.
Cada pedra possui uma forma ideal, que lhe é própria, e que está encoberta pelas irregularidades e
asperezas superficiais. Quando convenientemente desbastada, surge a sua forma adequada. Portanto,
os Aprendizes devem libertar-se de suas asperezas e irregularidades, trabalhando na Pedra Bruta com
o Malho e o Cinzel, reduzindo sua ignorância e paixões, e perseguindo incansavelmente a forma
perfeita ou da perfeição, pondo inicialmente em evidência as faces ocultas, depois retificando-as, e por
fim polindo-as, obtendo assim a forma harmoniosa pretendida.
Simboliza o homem desbastado e polido de suas asperezas, educado e instruído, pronto para ocupar
seu lugar na construção de um mundo melhor.
2.2.4 – A Prancheta
Tal como a Pedra Bruta é uma representação do Aprendiz e a Pedra Polida representa o Companheiro,
a Prancheta simboliza o Mestre.
Da mesma forma que o G?A?D?U?delineou, criou e geometrizou o Seu Universo para o nascimento e
aperfeiçoamento de seus filhos, na Prancheta o V?M?projeta a Loja, objetivando transformar a mente
tosca, o Aprendiz, a Pedra Bruta; no homem instruído, o Companheiro, a Pedra Polida; o qual poderá
transmutar-se no homem perfeito, no Mestre Maçom, capaz de, como Construtor Social, edificar um
mundo melhor, um mundo justo e perfeito.
2.3 – As Luminárias
2.3.1 - Definição
O Sol e a Lua representam o antagonismo da natureza - dia e noite, afirmação e negação, claro e
escuro, pólos positivo e negativo, ativo e passivo, aspectos masculino e feminino - que,
contraditoriamente, gera o equilíbrio, pela conciliação dos contráriios.
2.3.2 – O Sol
O Sol é o vitalizador essencial, a fonte de luz e vida, o princípio ativo, o Pai de generosa fecundidade
que nasce no Oriente, de onde vieram a civilização e as ciências.
2.3.2 – A Lua
A Lua, é o amor, o princípio passivo, levanta-se quando o Sol se deita e reina resplandecente no céu
estrelado, não com sua própria luz, mas refletindo a luz solar.
2.3.4 As Estrelas
2.4.1.a – O Maço
O Maço simboliza a Vontade que existe em todos os homens e que precisa ser canalizada
eficientemente para que não resulte em esforço inútil.
O Maço é a Energia, a Contundência, a Força e a Decisão que se fazem necessárias para que o
Aprendiz persevere em seu trabalho, não esmorecendo ao primeiro revés.
Quando utilizado de forma desordenada, o Maço pode se transformar em uma poderosa ferramenta de
destruição, porém, seu uso disciplinado o faz um instrumento indispensável.
2.4.1.b – O Cinzel
O Cinzel é um instrumento utilizado para trabalhos que exijam apuro e precisão, formado por uma
haste de metal em que um de seus lados é perfuro-cortante e o outro apresenta uma cabeça chata,
própria para receber o impacto de uma ferramenta contundente.
Como o Malho, o Cinzel é um instrumento do Aprendiz, que com eles trabalha na Pedra Bruta, Símbolo
da personalidade tosca e inculta.
O Cinzel é o instrumento que recebe o impacto do Malho, dirigindo a força daquele de forma útil. Como
canalizador da Vontade representada pelo Malho, o Cinzel simboliza o Discernimento, a Inteligência,
que dirige a Força da Vontade.
Tal como o Malho (a Vontade), o Cinzel (a Inteligência), por si só não garante um trabalho eficiente.
No Painel, estes dois Símbolos estão unidos, demonstrando que ambos precisam atuar
harmonicamente para que se consiga atingir os objetivos pretendidos.
A associação do Malho com o Cinzel nos indica que a Vontade e a Inteligência, a Força e o Talento, a
Ciência e a Arte, a Força Física e a Força Inteiectual, quando aplicadas em doses certas, permitem que
Essas três Janelas simbolizam o caminho diário aparente do Sol. A do Oriente traz a doçura da aurora,
suave e agradável, convidando os OObr?ao trabalho; pela do Sul ou Meio-Dia, passa um calor mais
intenso, que induz à recreação; pela do Ocidente entram os últimos lampejos de luz do Sol poente,
sempre mais fraca e que incita ao repouso.
Alguns autores entendem que as três Janelas simbolizam também as três fases da vida humana e os
da Escola Mística os três aspectos da divindade.
Para alguns autores, os 7 nós representam, como as 7 pontas da Estrela Brilhante e as 7 Estrelas, as 7
Artes e Ciências Liberais que o Maçorn deve estudar. Outros dizem que os nós representam os
segredos que envolvem os nossos mistérios, posto que o número 7 está associado à Perfeição.
A Corda de 81 Nós está presente na ornamentação da Loja. É um grande cordão que corre pela frisa,
formando de distância em distância 81 nós emblemáticos, e terminada por duas borlas pendentes em
cada lado da porta de entrada.
Segundo a Escola Mística, os três Degraus demonstram os esforços que deverão ser desenvolvidos
para se passar aos três planos através dos quais se manifesta o Ser Humano ou Ternário Humano
(Corpo, Alma e Espírito).
Eles representam sucessivamente o plano físico ou material, o plano astral ou intermediário e o plano
psíquico, mental ou espiritual, que constitui a essência imaterial.
2.4.5 – O Pórtico
Tal como Salornão edificou um Templo para adorar a Deus, os Maçons também se dedicam, como
Construtores Sociais, na construção de uma sociedade humana ideal, tornada perfeita pelo
aperfeiçoamento moral e intelectual.
2.4.6 – O Delta
O Delta é a quarta letra do alfabeto grego, representada como um triângulo eqüilátero, figura
considerada perfeita por ter seus ângulos e lados iguais.
É um dos Símbolos mais importantes e antigos utilizados para representar a Trindade Divina.
O Deita está sobre o Pórtico, como que para lembrar àqueies que o transpõem que, suas ações e
pensamentos deverão estar debaixo dos preceitos preconizados pelo L:. L?e que a busca da Perfeição
e da Verdade resultarão em um encontro com a Divindade.
Flanqueando o Pórtico, vemos no Painel duas Colunas de ordem Coríntia encimadas, cada uma delas,
As Colunas "J" e "B", ou Colunas Vestibulares ou ainda Colunas Soisticiais, estão presentes em todos
os Templos Maçônicos e sua posição varia conforme o Rito.
No Templo de Salomão estas duas Colunas encontravam-se no vestíbulo, antes da entrada do Templo,
que ficava no Oriente e não no Ocidente como no Templo Maçônico e foram fundidas em bronze pelo
artífice Adonhiam
Na Coluna “J”, presidida pelo S?V?, sentam-se os Aprendizes e na Coluna B, presidida pelo P?V?,
sentam-se os Compnheiros.
As duas Colunas possuem um significado simbólico muito importante. Por enquanto, poderíamos dizer
que elas representam os dois pontos soisticiais; representam os trópicos de Cáncer (B) e de
Capricórnio (J), com o Equador passando entre eles e se estendendo até o Deita, no Oriente;
2.4.8 – As Romãs
A Romã é o fruto da romãzeira (Punica granatum), arvoreta ou arbusto da família das punicáceas.
As Romãs semi-abertas nos capitéis das Colunas, divididas internamente por compartimentos cheios
de considerável número de sementes, sistematicamente dispostas e intimamente unidas, lembram a
Fratemidade que deve haver entre todos os homens e sobretudo entre os Maçons.
As Romãs representam, portanto, a Família Maçônica Universal, cujos membros estão ligados
harmonicamente pelo espírito de Ordem e Fraternidade.
As Romãs simbolizam também a Harmonia Social, pois só com as sementes juntas umas às outras é
que o fruto toma a sua verdadeira forma.
3 - Vocabulário
A parte central do Painel reproduz o Altar dos Juramentos, sobre o qual vê-se o
Livro Sagrado aberto, firmadas suas páginas com as jóias Esquadro e Compasso
entrelaçadas. O Livro da Lei representa o código de moral que cada um de nós respei-
ta e segue. O compasso e o esquadro, que só se mostram unidos em loja,
representam a medida da justiça que devem reger todos os atos de um verdadeiro
maçom.
O piso ou Pavimento Mosaico é a base sólida para compreensão dos mistérios
maçônicos. Como num piano, seus quadrados brancos e pretos convivendo lado a lado nos mostram que, apesar
das diversidades de cores, raças e religiões, a humanidade foi criada para viver na mais perfeita harmonia, na mais
íntima fraternidade.
A orla dentada com suas borlas representa a Loja, ou seja, todos os irmãos inscritos em seu quadro. Ela nos
mostra o princípio da atuação universal simbolizada no amor, e nos lembra as quatro virtudes cardeais: temperança,
Em primeiro lugar gostaria de pedir aos poderosos irmãos a compreensão pelas falhas que o presente
trabalho apresentar, principalmente por estar ainda aprendendo a soletrar as letras e envolvido na escuridão
que emana do Norte, porém vislumbrando a luz como fim último a ser atingido.
Antes de entrar no tema do trabalho, diretamente seria bom vermos alguns
conceitos de uma forma profana, antes de o conhecermos pela visão maçônica.
Conforme no dicionário da língua Portuguesa vemos:
Painel: pintura feita sobre tela, madeira, etc. , cena, espetáculo.
Já na maçonaria a definição desta palavra tem um significado diferente e
próprio com vemos a seguir:
No dicionário maçônico:
Chama-se Painel a um quadro de pano, oleado etc., no qual são pintadas gravuras
ou bordadas as figuras que servem para a instrução Maçônica, e que é exposto depois de aberto a Sessão e
fechado ao serem encerrados os Trabalhos.
Antes de tudo gostaria de falar um pouco da historia dos painéis pois, acho que é importante para o
entendimento do mesmo, para então poder descrever o painel do grau de aprendiz.
As ilustrações aqui apresentadas não estão dispostas em ordem cronológica e também não são todas do
mesmo Rito
Nas Lojas primitivas, o Cobridor desenhava sobre o assoalho do local da reunião um paralelogramo
e dentro dele alguns Símbolos Maçônicos, que depois da iniciação, o candidato devia apagar com balde e
esfregão. Posteriormente, algumas Lojas aboliram este método, adotando objetos de metal, representando os
Símbolos, que colocavam no assoalho e sobre os quais eram feitas as Instruções simbólicas e morais.
O Painel representa o elo de união entre todos os Símbolos nele contidos. Há necessidade de
esclarecer suas origens e trazer um bom número de ilustrações, pouco conhecidas dos Irmãos.
Bibliografia
Carvalho, A. - Símbolos Maçônicos e Suas Origens - Editora A Trolha Ltda.
Camino, R. Da - O Aprendizado Maçônico - Editora A Trolha Ltda.
Castellani, J. - Cartilha do Aprendiz - Editora A Trolha Ltda.
Ritual (REAA) 1º grau - Aprendiz
A palavra de Deus ilustrada - Bíblia Sagrada.
Apostila de Normas e Procedimentos Ritualísticos - REAA
Ao ter ingressado na "Arte Real" já vislumbrava descobertas de crescimento interior e de aprimoramento pessoal
decorrentes do aprendizado constante dos simbolismos maçônicos, perante a nossa oficina de aprendizes e, em
especial, em nossa Loja Estrela de Araçá N.º 43, neste Oriente de Marí, o que se torna a cada dia mais agradável.
Dia após dia me são grandiosos os conceitos e ensinamentos aprendidos e apreendidos com os Irmãos, em Loja, em
sociedade ou através da leitura do Ritual do Aprendiz Maçom, Grau 1, do Rito Escocês Antigo e Aceito, que sempre
trago comigo, e que é verdadeira fonte de riqueza para o aprimoramento do maçom, nos conduzindo para a
lapidação da pedra bruta que somos nós.
Contudo, convidado a apresentar meu trabalho em loja, neste dia, me foi sugerido, por oportuno, a possibilidade de
falar sobre o Patrono da Maçonaria, que é São João.
Desde então, me coloquei a repensar a história de São João, o homem-símbolo, que veio ao mundo para anunciar o
filho do Grande Arquiteto do Universo, enfrentando as desigualdades de sua época, pregando o batismo para perdão
dos pecados, aconselhando a todos da necessidade de se dar para receber, tal qual se traduz, do Livro Sagrado,
quando ele ao falar as turbas dizia: "Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida, faça
o mesmo". Aos publicanos dizia: "Não cobreis mais do que o estipulado". E, ainda quando falava aos soldados dizia-
lhes: "A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa e contentai-vos com o vosso soldo".
Da história bíblica, temos o conhecimento de que mesmo sendo um homem justo, não foi bem visto por muitos dos
potentados de sua época. Desta feita é que por ordem do rei Herodes, São João foi lançado ao cárcere.
A causa de ter sido levado ao cárcere deveu-se ao fato de ter censurado a Herodes quando levou por sua mulher a
esposa de seu irmão Felipe, a qual se chamava Herodias. Ao dizer a Herodes: "Não te é lícito possuir a mulher de
teu irmão", ganhou para si o rancor de Herodias, que sabendo ter Herodes por São João, certa reverencia, por ele
ser justo e santo, se aproveitou do dia natalício de Herodes, quando este em festa, ao ficar envaidecido por ter-lhe a
filha de Herodias para ele dançado, jurou-lhe que daria a ela tudo quanto pedisse, e até a metade de seu reino.
Desse fato, e tendo a filha perguntado à mãe o que haveria de pedir, Herodias viu o momento de matar a João
Batista, pois ele a tinha censurado. Foi daí, que sua filha, atendendo a sua indicação, disse a Herodes: " Quero que
me dês agora mesmo, numa bandeja, a cabeça de João Batista". E, dessa forma foi João Batista degolado, mas seu
santo nome e sua forma justa de ser, permanecem como exemplo até hoje.
Desde nossa iniciação, sentimos a curiosidade de perguntarmos tudo quanto vimos e sentimos naquele momento de
obscuridade e de ansiedade. Me recordo que ao me deparar pela primeira vez com o simbolismo da decapitação de
João Batista, me veio primeiro o anseio de entender, de perguntar, de investigar sobre tão marcante visualização.
Hoje, após ter lido sobre o histórico de tão palpitante assunto e simbolismo, cheguei a apurar que tudo teve origem
nas características nitidamente cristãs da Maçonaria, no ocidente e em particular, nas Américas.
A grande influência da Igreja, devido justamente à construção de Templos dedicados ao Senhor, nos trouxe a remota
origem da construção do Templo de Jerusalém, quando o rei Salomão transformara-se em um dos principais marcos
da Maçonaria.
Com o advento do Cristianismo e as perseguições dos primeiros séculos, pareceu que a Maçonaria se perdera, mas
eis que ressurge com entusiasmo como necessidade para que o Cristianismo não corresse o risco de desintegração.
Daí surgindo as confrarias, as comunidades religiosas, que tomavam por recomendação as palavras do Nazareno,
que ensinava:"Vivei em comum, amai-vos uns aos outros".
Daí, dessa vida em comum, onde se reuniam em catacumbas, ou em Igrejas, em sua maioria humildes e ocultas,
onde para viverem em segurança lançavam mão de sinais, do sigilo, das palavras de passe; tinham por costume
consagrar tais locais aos irmãos mártires, por eles considerados santos.
Da mesma forma, já no século II, o Colégio de Artífices de Roma, abraçou o cristianismo e adotou sem vacilação,
como patrono, o nome de "São João Batista", e, diga-se de passagem, que foi desse Colégio de Artífices, instituído
por Numa Pompílio, que se tem notícias de ter mantido a Maçonaria em grande evidência. Era a confraria da
profissão mais sofisticada da época - Arte Real, pois a palavra maçom em sua origem, significa "pedreiro"
"construtor", "artífice", e a estes, em Roma eram os responsáveis pela construção dos palácios, dos belos templos,
de todo o tipo de colunas, das quais a Maçonaria mantém dentre seus símbolos, três tipos de colunas,
representantes das três importantes Ordens Arquitetônicas de todos os tempos: a Dórica, a Jônica e a Coríntia; pois
todas as confrarias surgidas na época, eram compostas somente de arquitetos ou de construtores, os obreiros mais
hábeis, os artesãos.
Encontramos ainda, ao rebuscarmos a história dos primeiros três séculos da era cristã, que não existia qualquer
constrangimento entre cristãos e artífices, quando se uniam para exercer a arte de construir e edificar, de modo que,
eram nos conventos e Igrejas daqueles tempos, que se tinham abrigados os cristãos e os artífices, quando surgiam
lutas e perseguições.
Mas, o curioso ocorreu no século X, quando o nome de São João passou a ser sinônimo de Maçom.
O porque de tal transformação decorreram pelos seguintes fatos de sua origem: era Judeu e filho de um sacerdote,
Zacarias, nasceu do "sopro divino", precursor do cristianismo, retirado do deserto durante trinta anos, alimentando-se
de frutos silvestres, mel e gafanhotos, e por fim, decapitado porque ousou enfrentar a licenciosidade de um
potentado, mesmo assim pode ser aceito por cristãos e judeus.
Assim, nos ensina o iluminado irmão maçom Rizzardo da Camino, em sua obra intitulada "Introdução à Maçonaria",
que a grande influência do judaísmo e do cristianismo na Maçonaria está sem sombras de dúvidas insculpidas nos
próprios ritos, na história e na tradição.
A "Francomaçonaria de São João", segundo Rizzardo, passou a ser uma denominação única e, que mais tarde veio
a ser denominada simplesmente de Maçonaria. Foi quando a história nos conta, que já na idade média, as
corporações dos construtores tomou vulto jamais esperado, deixando sua posição iniciática, para uma posição
operativa.
Operativa porque sentiram naqueles tempos, a necessidade de construir não só os belos monumentos de arte,
construídos de pedra e que enfeitaram a Europa, mas "reconstruir" o próprio homem, este ser que, apesar de tudo
quanto fora construído, permanecia como sendo o elemento mais belo e precioso, fruto perfeito da criação do
Grande Arquiteto do Universo.
Assim, mais uma vez nos deparamos com o simbolismo necessário à sobrevivência das confrarias quer de maçom
pagão, quer de maçom voltado ao cristianismo. E este símbolo do maçom recente ficou representado pelo nome de
SÃO JOÃO, que a partir daí passou a ter o significado de Homem universal, isto é, um em diversos, e que o Astro
Rei, o Sol, sempre o iluminou. O Sol que proporciona vida, fecundidade e calor. O Supremo Construtor, seu Deus.
Temos ainda que, os maçons pagãos acreditavam na presença fiscalizadora de um ser supremo que denominavam
de JANUS, aquele que guardava as "Portas dos Céus" e, que se traduz como JOÃO.
Desta aceitação de São João como o referencial, vê-se também pela própria história, a existência de certa
acomodação às tradições, já que até mesmo a festa do solstício, que fora dedicada a Janus, ficou conhecida e
dedicada a São João.
Portanto, a tradição autoriza a confirmar que Jano ou Janus fora o padroeiro dos maçons pagãos e com o advento do
cristianismo, a substituição fora comodamente aceita por todos.
Enfatizamos o fato de que existem outros JOÃOS, que são cultuados em várias partes do mundo inteiro. Mas, para
dirimir as dúvidas, solucionando a permanente confusão, sobre o culto a qual João a ser cultuado; acertaram que o
patrono da Maçonaria seria aquele que tivesse as qualidades do predecessor de Jesus Cristo, o JOÃO BATISTA.
Por isso passou-se a aceitar como nome símbolo, o nome daquelas pessoas, benfeitores ou santos, que tiveram o
Concluímos, portanto, que qualquer que tenha sido o "João" cultuado ou indicado como patrono maçom, além do
nome, todos tiveram reconhecidos, por suas ações em vida, a grande semelhança com SÃO JOÃO BATISTA, o
predecessor do Grande Mestre Jesus Cristo.
Referências Bibliográficas:
1 - A BÍBLIA SAGRADA - Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Ver. E Atual. no Brasil. 2ª ed. São
Paulo-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
2 - RITUAL DO APRENDIZ-MAÇOM - Grau 1 - Rito Escocês Antigo e Aceito. João Pessoa-PB: Editora
Universitária/UFPB, 1992.
3 - CAMINO, Rizzardo da. INTRODUÇÃO À MAÇONARIA. 3º vol. Parte Filosófica, 2ª ed. - Rio de Janeiro-RJ: Editora
Aurora, S/D.
OBS: ESTE TRABALHO NOS FOI ENVIADO VIA INTERNET POR E-MAIL PELO IR.’. JOSÉ EDUARDO – M.’.M.’.
O PRINCÍPIO DA UNIDADE
A Primeira Lei ou Princípio, cujo reconhecimento caracteriza e distingue constantemente ao Verdadeiro filósofo
iniciado, é a da Unidade do Todo ou, como diziam os antigos: "En to Pan" - "Uno o Todo". O Todo é Uno em sua
Realidade, em sua Essência e Substância íntima e fundamental; tudo vem da Unidade; tudo está contido e
sustentado pela Unidade; tudo se conserva, vive, é e existe na Unidade; tudo se dissolve e desaparece na Unidade.
A Unidade está simbolizada naturalmente pelo ponto, origem da linha reta, do círculo e de toda figura geométrica (o
ponto superior que refletindo-se em seu aspecto dual, representado pelos dois pontos inferiores, forma os três pontos
( que caracterizam os maçons).
O Ponto, enquanto simboliza a Unidade, é um centro, o Centro do Todo, o Centro Onipresente, no qual estão
contidos, em sua totalidade e unidade, o espaço, o tempo e todas as coisas existentes. Não tem lugar onde não se
encontre e que não seja uma manifestação ou aspecto parcial desta Sublime Unidade que constitui a Eternidade e o
Reino do Absoluto.
Este Todo, é evidentemente, o ser, isto é, o que é Ego sum qui sum; heis aqui a definição da Realidade que constitui
o Grande Todo, a Essência e Substância de todas as coisas, potencialmente contido em todo "ser" e parcialmente
manifestado em toda existência, e no qual vivemos, nos movemos e temos nosso ser.
O conhecimento do Uno (um conhecimento que para ser tal deve superar a ilusão da dualidade, entre "sujeito
conhecedor" e "objeto conhecido", que é a base de todo conhecimento ordinário) é o objeto supremo de toda filosofia
e de toda religião: todo conhecimento relativo que se funde neste reconhecimento da Unidade do Primeiro Princípio
que tem sua base na Realidade; toda ciência ou conhecimento que dele se descuidar, não será a verdadeira ciência
nem o verdadeiro conhecimento, uma vez que descansa fundamentalmente na ilusão.
Conhecer a Unidade do Todo, é pois, conhecer a Realidade, "o que é" verdadeiramente; e não reconhecê-la, ou
admitir implicitamente que pode haver dois princípios fundamentais e antinômicos, ou que não há unidade e
identidade fundamental entre duas coisas ou objetos em aparência diferentes, significa viver ainda no Reino da
Ilusão ou na aparência das coisas e não saber discernir entre o real e o ilusório.
A Luz Maçônica consiste neste discernimento fundamental, que nos faz progredir constantemente em inteligência
desde o Ocidente, que é o Reino da Ilusão, da Multiplicidade e da Aparência, em direção ao Oriente, que é o Reino
do Real, da Unidade e do Ser. No Ocidente vemos o Uno manifestado na diversidade de seres e coisas diversas,
sem aparentes laços ou relações entre si, enquanto que no Oriente reconhecemos a Unidade na multiplicidade
Cada ponto do espaço é um centro e um aspecto do Ser, um Centro ou aspecto desta Unidade, da que tende a
reproduzir em si mesmo as infinitas potencialidades. Assim pois, no infinitamente pequeno está contido o Mistério do
Todo e do Infinito, e em cada aspecto do Ser, existem indistintamente todas as possibilidades do Ser e da Unidade.
O Ritual Maçônico
Dessa forma, alguns IIr.’. pensam que como a Maçonaria no passado atuou
politicamente na Independência do Pais, na libertação dos escravos e vários outros movi-
mentos deve continuar sua ação unicamente política, assim, após galgarem um local de
destaque na Loja e na sociedade, pensam em lançarem-se a concorrer a um cargo eletivo no
Município; os que conseguem um destaque Maçônico no Estado, geralmente pensam num
cargo eletivo estadual ou até para a Câmara Federal; trabalhando seu período eletivo ou de
nomeação Maçônico, com o objetivo de vencer na eleição profana, pensando em utilizar os
IIr.’., e não ser úteis a eles.
Outros menos ambiciosos, mais sociais, fazem da Loja um clube de amigos, voltados
para o “bem estar” dos IIr.’. que fazem parte do quadro, promovendo um jantar após a
reunião semanal, ou um lauto jantar mensal reunindo também cunhadas e sobrinhos para um
melhor entrosamento de todos os participantes da Loja e na grande maioria das vezes não
levam em consideração que fazem parte de um grande conjunto (a Maçonaria é Universal), e
vivem como um caracol, somente dentro de sua casa, não participando das reuniões de outras
Lojas.
Outros, que são mais exclusivistas, quase não participam de nada e só cumprem com sua
presença na reunião, chegando em cima da hora de começar e saindo rapidamente após o
término, sem falar sobre aqueles que fazem proposições impossíveis de realizar-se não houver
um grande envolvimento e dedicação de inúmeros IIr.’., e acabam estes, os propositores, ti-
rando o corpo fora dizendo não ter tempo disponível.
Outros, buscam estudar com seriedade, tentando entender o que se faz na e para que
serve a Maçonaria, o porque das contradições existentes e as várias interpretações sobre um
símbolo, andando muitas vezes por caminhos tortuosos, um verdadeiro labirinto; que quando
acha a saída fica numa imensa dúvida: este é o correto?
Numa rápida estatística, podemos afirmar que de cada 10 iniciados, apenas 2, estarão
após cinco anos, frequentando com razoável assiduidade. Não importando a Potência a que
pertençam.
Concluímos que a instrução é fundamental para o conhecimento do que se pratica nas
reuniões; caso estas sejam superficiais não conseguiremos despertar no recém iniciado, o
interesse de estudo profundo. Resultando um Ir:. que não frequentará assiduamente as reu-
O SAL E O ENXOFRE
Uma vasilha de sal e uma de enxofre encontram-se também sobre a mesa,
junto com o pão e a água. Ainda que o primeiro seja habitualmente
conhecido como um condimento, sua associação simbólica com o segundo
não deixa de parecer algo estranho e misterioso. O que significam pois,
estes dois novos elementos, este novo casal hermético, que se une ao
anterior?
Como tal, indica o primeiro a Energia Ativa, que se torna a Força Universal, o
princípio criador e a eletricidade vital que produzem e animam todo
crescimento, expansão, independência e irradiação. Enquanto que o segundo
é o princípio atrativo que constitui o magnetismo vital, a força conservadora
e fecunda que inclina à estabilidade e produz toda maturação, a capacidade
assimilativa que tende para a cristalização, o princípio da resistência e a
reação centrípeta que se opõe à ação ativa da força centrífuga.
Assim pois, da mesma maneira que no pão e na água vimos os dois aspectos
da Substância cósmica e vital, nestes dois novos elementos temos os dois
aspectos ou polaridades da Energia Universal, dirigido o primeiro de dentro
para fora, aparecendo exteriormente como direito (ou destro), e o segundo
de fora para dentro, manifestando-se como esquerdo (ou sinistro).
O segundo é aquele que nos refreia e desalenta; faz com que nos recolhamos
em nós mesmos, dá-nos o temor e a reflexão, faz-nos abraçar e estabelecer
igualmente o erro e a verdade, os hábitos viciosos e virtuosos faz-nos fiéis e
perseverantes, firmes em nossa vontade e tenazes em nossos esforços; dá-
O SALÁRIO DO APRENDIZ
O salário que o Aprendiz recebe, como resultado de seus esforços, à semelhança do salário percebido
pelo obreiro como prêmio e compensação de seu trabalho, deve ser objeto de uma especial
consideração.
Os antigos obreiros recebiam, além dos víveres em espécie, um soldo ou compensação em dinheiro
para comprar o sal e outras coisas de que necessitavam; daqui vem o nome de salário. Mas talvez não
seja completamente estranho o fato de que, em termos de salário do Aprendiz estes o recebam na
Coluna B. a qual corresponde ao princípio hermético feminino do sal, do qual já falamos
anteriormente.
Em outras palavras, o Aprendiz progride, e neste progresso recebe a compensação de seus esforços,
conforme se aproxima, como fim de seus estudos e deduções, a este reconhecimento vital que realiza o
primeiro dever de seu testamento; isto é, na medida da Fé que desenvolve no Princípio da Vida e em
seu poder, como coluna ou sustentáculo de sua vida individual.
Esta fé, própria de quem se iniciou no conhecimento do Real que se esconde atrás da aparência
exterior ou visível das coisas - e que não é fé cega, uma vez que se baseia na própria consciência da
realidade -, é algo desconhecido para o profano, escravo da ilusão dos sentidos, que confunde a
aparência com a realidade, e não o tendo reconhecido (por não Ter podido adentrar à sua
consciência), nega a existência de um Princípio Espiritual como Causa Imanente e Transcendente da
realidade visível.
Não pode obter-se este conhecimento, esta convicção que é um estado interior, sem o estudo, o
trabalho e a perseverança: A Fé iluminada de que falamos, é pois, um verdadeiro salário, fruto ou
resultado de longos e persistentes esforços sobre o Caminho da Verdade, depois de temo-nos
despojado de todas as superficialidades, crenças positivas e negativas, erros e prejuízos do mundo
profano.
Assim, estabelece o iniciado uma relação iluminada com o Princípio da Vida, cuja realidade
reconheceu em sua consciência, relação que tem sua base no reconhecimento expresso pela própria
Palavra Sagrada, que será daqui para frente, uma verdadeira coluna na qual pode apoiar-se com toda
confiança e que o suporta em suas dúvidas e vacilações.
O Salmo 133
Para que o aprendiz - Maçom compreenda perfeitamente o caminho que deve trilhar na Maçonaria e
para que ele possa crescer, é necessário explorar esse caminhos com passos firmes e precisos, é extremamente necessário que
assimile os ensinamentos constantes no “Preâmbulo da Maçonaria”, de nosso guia de Ritual e Instruções de Aprendiz - Maçom,
que em suas primeiras linhas diz o seguinte: “A Ordem Maçônica é uma associação de homens esclarecidos e virtuosos, que se
consideram irmãos entre si, e cujo fim específico é viver em perfeita igualdade, intimamente ligados por laços de recíproca
estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros na prática da virtude, esclarecendo e preparando humanidade para
sua emancipação progressiva e pacífica”. “E um sistema moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos, cujo objetivo é
incutir nos homens a luz espiritual e divina, invocando sempre o Grande Arquiteto do Universo, para torná-los dignos de si mes-
mos, da Família, da Pátria e da Humanidade”.
Como toda organização de homens, que têm como objetivo um fim especifico, a Maçonaria tem alguns princípios
fundamentais, que devem ser observados. Um destes princípios diz respeito às Três Grandes Luzes Emblemáticas, que são o Es-
quadro, o Compasso e o Livro da Lei Sagrada, sempre presentes em nossos trabalhos, sobre o Altar dos Juramentos. São estas
três grande luzes que devem orientar o Maçom, tanto nos trabalhos em Loja, como em sua vida diária no mundo profano.
Símbolos de profunda significação, sua utilização é calcada em sólidos fundamentos históricos e místicos. O
Esquadro e o Compasso, símbolos da medida justa que deve reger nossas ações, nos ensinam a não nos afastarmos da Justiça e
da Retidão. Simbolizam a arquitetura, a extensão, a maçonaria, pois são os instrumentos básicos de traçar o projeto do
Arquiteto. É o emblema da Obra Acabada do Grande Arquiteto do Universo, pois une o “Justo” e o “Perfeito”.
A origem de utilização do Esquadro e do Compasso como símbolos maçônicos remonta há
vários séculos antes do nascimento de Cristo, quando Platão, sábio grego, expressou a seguinte
conclusão: “Deus é o Geômetra que opera sempre, no Universo”. Com este postulado, criam-se
os instrumentos utilizados pela Maçonaria para simbolizar o trabalho a ser executado na realiza-
ção do plano elaborado pelo G A D U que é a criação e o desenvolvimento do Universo, e dos
povos que nele habitam. Plano este que somente será concluído com “Sabedoria, Força e
Beleza”, características que devem sempre acompanhar um Maçom.
De igual importância, o Livro da Lei Sagrada representa o Código de Moral que cada um de
nós deve respeitar e seguir. É o Guia Espiritual que nos aperfeiçoa; é a fé que nos anima. E a
revelação da Lei Divina Imutável e é o símbolo da sabedoria cósmica. O Livro a ser aberto em
Loja é o Livro Sagrado de qualquer religião, e no caso do Rito Escocês Antigo e Aceito, praticado
no Brasil, o livro utilizado é a Bíblia Sagrada Cristã. Há em seu conteúdo certas passagens de
extraordinária força moral, que agem como um verdadeiro apelo à razão humana. Dentre essas
inúmeras mensagens, a mais invocada e mais importante de todas é o SALMO 133, de Davi, que
abre nossos espíritos, ao iniciarmos nossos trabalhos, em Loja. E é sobre o Salmo 133 que
conduziremos daqui por diante este nosso trabalho.
Esses versos simbolizam a excelência da união fraternal. A pesar de não encontrarmos na Bíblia nenhuma para
referência expressa a respeito de Maçonaria, é justamente em seus livros que vamos achar o nosso modelo físico e o nosso
motivo moral. David, antecessor e Salomão no reino Judeu, ao escrever o Salmo 133, sintetizou em seu conteúdo o requisito
básico para o desenvolvimento da Maçonaria.
Ao expressar e invocar a União entre os Irmãos como sendo gesto bom e agradável, o Salmo mostra que o
verdadeiro Maçom pratica o bem, e leva sua solidariedade aos necessitados, na medida de suas forças, repelindo com
naturalidade o egoísmo e dedicando-se a felicidade de seus semelhantes, não por obrigação, mas porquê esses sentimentos
formam a qualidade que o faz filho de Deus e Irmão de todos os homens.
Num sentido mais filosófico e psicológico, nosso próprio corpo físico individual é composto por vários outros
corpos, da natureza sutil, através dos quais nossa partícula divina, nosso Deus interno se manifesta em suas múltiplas perso-
nalidades, para poder difundir sua força e vontade em nossa pessoa. Assim, é necessário que esses vários corpos convivam em
harmonia como irmãos vindos de uma mesma força, de um mesmo Pai, para que o nosso Deus interno se manifeste com
perfeição.
O livro da Lei Sagrada representa o código moral.
A Força e a vontade que Deus manifesta nos homens para cumprir o Seu ideal, é com certeza o “Óleo precioso”
que há em nossa cabeça. Nos trabalhos em Loja, quando todos os Irmãos estão unidos em um só pensamento, harmonizados e
concentrados no Ritual, esse “Óleo precioso “vem até nossas cabeças, e vamos recebendo gradativamente a Energia Divina em
nosso Deus interno.
barba de Aarão e para a gola das suas vestes, vai tomando-se clara a interpretação do Salmo. A
barba é a figura simbólica do Verbo, da palavra de Deus. E branca como a neve e projeta uma
sombra mais escura que a noite, E o elo que une um ouvido ao outro e estes à boca, de onde
saem as palavras que dão vida a luz e ás almas. As vestes representam o nosso corpo físico, a
nossa parte externa, que é substituída pelo Senhor, quando necessário, tal qual fazemos com
nossas roupas.
Nesse trecho do Salmo, há a ligação do Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso. Para que mereçamos
receber em nosso corpo o Energia Divina, precisamos agir conforme os ensinamentos transmitido pelo significado do Esquadro
e do Compasso, ou seja, com retidão e justiça. Portanto, o “óleo precioso” (a Energia Divina), antes de encharcar nossas vestes
(antes de recebermos essa Energia), derrama-se sobre as golas das mesmas (a gola, sendo a parte superior das vestes,
representa nossa cabeça, que é o receptor das emanações vindas de manifestação de Deus, e que distribui essas emanações ao
resto de nosso corpo em forma de energia).
Apenas como referência histórica, Aarão era irmão de Moisés, e foi o primeiro Sumo-Sacerdote de Israel. Para
O sentido oculto da presença do olho, não se restringe, tão simplesmente, a uma presença simbólica de Deus.
Os nossos rituais “usam” a presença do “olho” divino, normalmente no grau de Aprendiz na abertura dos trabalhos.
Sabemos que, o Venerável Mestre ordena ao Primeiro Vigilante que cumpra seus dois deveres, único Oficial que
possui deveres a cumprir dentro da ritualística de abertura.
Respondendo a pergunta feita pelo Venerável o Primeiro Vigilante diz: “Verificar se o Templo está coberto”.
Verificar e ver, são sinônimos.
Aqui não se trata de ver se a porta do templo está fechada ou se não há indiscrições estranhas, mas sim se há plena
“harmonização” entre os presentes. Se o “Templo” que é a nossa divindade individual se encontra “a coberto”, isto é,
isolado das influências profanas, se o nosso “ser”, a nossa “espiritualidade” o nosso mundo “intimo”, esta puro e livre
de pensamentos profanos ; se , realmente, estamos acreditando no que fazemos; se nos encontramos com disposição
de “obedecer”, crescer espiritualmente, nos alimentar e sobretudo, estamos em plena harmonia com o Grande
Arquiteto do Universo.
O Primeiro Vigilante, usará seu “olho” espiritual para a verificação que lhe foi ordenada.
A tarefa e função do Primeiro Vigilante torna-se um desempenho diferente daquele feito pelos demais oficiais e
dignidades. Ele deverá saber “Ver” através do “Olho” simbolizado no Delta para dar a resposta certa.
A Segunda pergunta, o Primeiro Vigilante responderá: Verificar se todos os presentes são maçons”.
Esta verificação é mais transcendente, ainda, porque o Primeiro Vigilante terá a responsabilidade da resposta.
Como distinguir um profano de um maçom? Só por que lhe foi permitida a entrada no Templo? Só porque conhece a
palavra de “passe”, alguns sinais de reconhecimento e as primeiras letras do currículo maçônico?
Obviamente que não. Um maçom deverá ser reconhecido, sobretudo, pelo seu aspecto espiritual, sua identificação
perfeita com os símbolos de harmonização com o “Olho” inserido no Delta Luminoso!
Temos portanto, várias funções que emanam do “Olho” sagrado.
A função dos olhos dentro da ritualística maçônica assume relevante importância, bastando, ao observador, analisar
todo e qualquer movimento dentro da Loja compreendendo o seu significado e a sua simbologia.
Nas cerimônias de iniciação, o que notamos desde o início? Que o candidato é mantido de olhos vendados.
Nesta situação de cego é que será introduzido dentro do Templo, onde, apenas, ouve a primeira parte do cerimonial.
O simbolismo de sua cegueira não é difícil de compreender, pois o homem no mundo, apesar de julgar-se capacitado
plenamente, sempre perambulará cego, indo de encontro às adversidades sem prevê-las, esbarrando nos obstáculos e
assim, sofrendo.
SIGNIFICADO DA CÂMARA
ACÁCIA: (do grego Akakia, árvore que significa a inocência) representa a inocência ou pureza, a segurança e a
certeza. Foi um ramo de acácia que os companheiros de Hiram Abiff encontraram no seu túmulo improvisado.
Corresponde à murta de Elêusis, ao visco dos Druidas e ao buxo dos Cristãos.
ÁGUA TOFANA: símbolo do desprezo dado ao maçom que não cumpre o seu dever.
ALAVANCA: emblema da força moral, da perseverança, do poder da vontade; um dos instrumentos simbólicos,
passivos, do grau de Companheiro, que deve ser associado à régua, instrumento ativo.
ÂNGULO RETO: símbolo da virtude e da conduta do bom maçom. A posição dos pés, estando à ordem, no grau de
Aprendiz, é em ângulo reto e assim também deve ser o seu passo.
AVENTAL: elemento principal e essencial das insígnias maçônicas, símbolo do trabalho, tanto físico, como
intelectual e moral. O avental é geralmente composto por um retângulo (alusivo à forma do Templo de Salomão), a
que se sobrepõe uma abeta triangular. No 1º grau (Aprendiz), a abeta acha-se levantada, ao passo que em todos os
demais
graus, ela se dobra para baixo. O retângulo do avental pode também mudar de forma, nomeadamente para
hexágono e para semicírculo. As suas dimensões, cores e decorações variam com os graus, as funções, os ritos, as
obediências e a própria história.
AZEITE: símbolo da paz, da caridade, da abundância e da fecundidade. Pode ser usado como combustível na
iluminação das lojas, em vez das velas e dos círios.
CHAVE: símbolo da fidelidade e da discrição e, como tal, emblema do Tesoureiro de todas as lojas e ritos
maçônicos.
CÍRCULO: símbolo da livre criação, do infinito e do universo, visto não ter começo nem fim e resultar apenas de um
ponto central (o homem), que o traça utilizando um instrumento (o compasso) cujo raio é o limite dos seus
conhecimentos, da sua iniciativa e da sua ousadia.
COLMÉIA: símbolo do trabalho coletivo e da solidariedade; como tal, simboliza o trabalho maçônico.
COLUNAS J e B: símbolos dos limites do mundo criado, da vida e da morte, do elemento masculino e do elemento
feminino, do ativo e do passivo, significam, respectivamente, Jakin e Bohaz.
COMPASSO: símbolo do espírito, do pensamento nas diversas formas de raciocínio, e também do relativo (círculo)
dependente do ponto inicial (absoluto). Os círculos traçados com o compasso representam as lojas.
CORDA: símbolo da humildade e da escravidão em que se encontra um candidato a determinado grau, até o
receber.
CORDÃO: também chamado cordão nodoso e cordão do amor, corda com 12 nós e borlas nas extremidades, que se
coloca em geral ao longo da parte superior de qualquer templo, junto ao teto. Simboliza a união fraterna entre
maçons, a cadeia de união que os liga indissoluvelmente. Os 12 nós aludem aos 12 signos do Zodíaco, haja vista
que o cordão, delimitando e rodeando o templo, se interpreta também como a eclíptica desse mesmo universo.
Simbolizam igualmente os marcos ou pilares que fazem conservar no seu lugar certo os elementos do templo e, por
extensão, os componentes do universo.
CRUZ: símbolo do cosmos, pela combinação do horizontal com o vertical e, por analogia, do próprio templo; do
ponto de vista cristão, simboliza a imortalidade e a ressurreição; os quatro elementos (ar, água, fogo e terra).
CUBO: isoladamente, o cubo simboliza a estabilidade; maçonicamente, simboliza, além disso, a obra-prima que o
Aprendiz deve começar a preparar, trabalhando na pedra bruta e, portanto, a perfeição, a realização espiritual e de si
mesmo. Associado à esfera, o cubo simboliza a totalidade das coisas, o universo, representando ele próprio a Terra.
Associado à pirâmide quadrangular, o cubo simboliza a pedra por excelência.
DELTA: triângulo luminoso, símbolo da força expandindo-se; distingue o Rito Escocês Antigo e Aceito.
ESFINGE: Emblema do segredo maçônico e a quádrupla divisa exigida ao maçom "saber" (cabeça humana), "ousar"
(garras de leão), "poder" (corpo de leão ou de touro) e "calar" (mutismo da expressão) - os quatro pilares do templo
de Salomão.
ESQUADRO: Resulta da união da linha vertical com a linha horizontal, é o símbolo da retidão e também da ação do
Homem sobre a matéria e da ação do Homem sobre si mesmo. Significa que devemos regular a nossa conduta e as
nossas ações pela linha e pela régua maçônica. Emite a idéia inflexível da imparcialidade e precisão de caráter,
simboliza a moralidade.
FIO DE PRUMO: tal como na Maçonaria operativa o fio de prumo serve para verificar a vertical correta de qualquer
lugar, na Maçonaria especulativa o fio de prumo simboliza a profundidade e a retidão do conhecimento, sem
quaisquer desvios. E tal como, entre pedreiros, o fio de prumo, associado ao nível e ao esquadro, permite construir
com perfeição um edifício, da mesma forma, entre os pedreiros-livres, aqueles objetos são indispensáveis à
perfeição do indivíduo. O fio de prumo é o elemento ativo, de movimento e ação, que se associa ao nível, elemento
passivo, de inércia e repouso.
FOGO: símbolo que representa a fonte de energia necessária a qualquer grande obra, o amor profundo pelo próximo
e o ardor ou entusiasmo por tudo o que é nobre e generoso. Na cerimônia da Iniciação, representa a purificação
espiritual.
INCENSO: símbolo da pureza de intenções, o incenso, ao lado de outros perfumes, pode utilizar-se em cerimônias
variadas.
LUVAS: emblema da pureza, quer no sentido lendário, de não participação no assassínio de Hiram, quer no sentido
moral, de não participação nos vícios do mundo profano, as luvas brancas são um dos elementos do vestuário
maçônico, usadas na maioria dos graus.
LUZ: conhecimento que se recebe ao entrar na Maçonaria, quer do ponto de vista racional e moral, quer simbólico, e
cuja intensidade aumenta à medida que se sobe na hierarquia dos graus. A luz maçônica opõe-se às trevas do
mundo profano.
MALHETE: pequeno martelo, emblema da vontade ativa, do trabalho e da força material; instrumento de direção,
poder e autoridade.
NÍVEL: ferramenta utilizada na Maçonaria operativa e, simbolicamente, pela Maçonaria especulativa também.
Servindo para reconhecer se um plano é horizontal e sem acidentes, simboliza a igualdade social, indicando que os
direitos dos homens são os mesmos.
OLHO: o olho inscrito no delta ou triângulo luminoso simboliza o Sol visível, fonte de luz e da vida; simboliza
igualmente o Verbo, o princípio criador, a presença onisciente de Deus, a onisciência da razão superior, onisciência
do dever e da consciência. Corretamente desenhado, o olho não deve ser direito nem esquerdo, mas impessoal e
abstrato.
OSSOS: emblema da morte, da degradação e da renúncia. Na Câmara de Reflexões, indicam ao futuro maçom que
se deve desprender das ossadas terrenas, da putrefação do túmulo, para nascer de novo.
PÃO: emblema do alimento do espírito (com sal), da hospitalidade e (com a água) da frugalidade, existente na
Iniciação para meditação do candidato a maçom. Indica-lhe a simplicidade que deverá nortear a sua vida futura.
PAVIMENTO EM MOSAICO: chão em xadrez de quadrados pretos e brancos, com que devem ser revestidos os
templos; símbolo da diversidade do globo e das raças, unidas pela Maçonaria; símbolo também da oposição dos
contrários, bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas.
PEDRA CÚBICA: símbolo da obra-prima que o Companheiro deve procurar realizar pelo aperfeiçoamento de si
mesmo e o controle das paixões e dos impulsos, e também símbolo da idade madura, mais serena e calma, a pedra
cúbica apresenta-se como um bloco de pedra bem talhada e polida, colocada junto à coluna dos companheiros. A
sua forma termina, geralmente em pirâmide. Na pedra cúbica estão, muitas vezes, inscritos emblemas diversos da
ciência
maçônica.
PENTAGRAMA: estrela pentagonal, também chamada pentalfa, é o emblema da natureza e do homem que nesta se
insere. As cinco pontas iguais correspondem à cabeça e aos quatro membros do ser humano. Colocada na parede
do Oriente das lojas simbólicas, por cima da cadeira do Venerável.
RAIOS: os raios que saem do delta resplandecente simbolizam a glória divina ou, num sentido racionalista, a glória
da razão e da verdade.
RÉGUA; Instrumento ativo, simboliza a retidão, a precisão na execução, o método, a lei justa, o aperfeiçoamento de
toda a construção. Simboliza ainda o infinito, visto permitir traçar a linha reta, sem princípio nem fim. Associa-se à
alavanca, instrumento passivo.
SOL:símbolo da luz, tanto física como espiritual e, também, da vida, da saúde, do equilíbrio, da força, do pólo ativo.
O Sol desempenha um papel de relevo na emblemática maçônica, estando presente na decoração das lojas, no
painel do Aprendiz, na linguagem e no conteúdo dos rituais, na fixação das grandes festividades.
O SOL E A LUA
O Sol e a Lua são as duas luminárias. O Sol, ativo, fica à direita e a Lua,
passiva, à esquerda. Fica assim marcada a oposição do Sol e da Lua, protótipos do
simbolismo universal.
Na loja, os trabalhos são abertos simbolicamente ao meio-dia, quando o Sol
está no zênite, e fechados à meia-noite, quando ele está no nadir. Nesse momento,
supõe-se que a Lua esteja em seu pleno esplendor.
As três Luzes da loja são o Sol, a Lua e o seu Mestre. O Sol corresponde ao Orador
enquanto que a Lua ao Secretário. Quanto aos dois Vigilantes, lembremo-nos que estão
relacionados com o Prumo e o Nível, atributos de suas funções.
Definimos perfeitamente o simbolismo do Sol e da Lua: “O Sol é o vitalizador es-
sencial, o Pai, de uma generosa fecundidade. Sem ele não existiríamos. Por ele é
que somos. Não existe a haste de uma erva, não existe uma bactéria ou um elefante
que não estejam sujeitos a sua lei, que não lhe devam a vida. Sua influência é,
portanto, a imagem vital, a influência expansiva. Ele dá o equilíbrio, a saúde, o
desenvolvimento. Ele glorifica, fortalece. Ele é o princípio ativo”.
“A lua tem um papel extremamente complexo. Como lunária, é o reflexo do Sol
e, como ele, tem um sentido de saúde. Quando está em oposição ao Sol no zodíaco,
ela atinge sua plenitude. Ela se levanta quando ele se põe e, durante toda a noite,
toma o seu lugar. Em contrapartida, quando passa entre o Sol e a terra, ela nos
mostra sua face escura. Mas, pouco a pouco, seu crescente se amplia e ela volta
novamente a sua plenitude. A Lua é o princípio passivo que recebe e reflete. Ela
depende ao mesmo tempo da Terra e do Sol; ela representa a imaginação e a
sensibilidade. O Sol corresponde ao elemento Fogo; a Lua ao elemento Agua. No
simbolismo hermético, o Sol é relacionado com o Ouro e a Lua com a Prata”.
A Lua é considerada ‘benéfica’ em sua fase crescente e ‘maléfica’ em suas
fases descendentes.
É impossível examinar aqui todo o que diz respeito aos dois luminares, mas
bastam estas linhas gerais para que se compreendam a grandiosidade destes dois
astros.
O Surgimento
das
Grandes Lojas no Brasil
Extraído do "Vademecum da Regularidade Maçônica", publicado, em 1982, pela Confederação da
Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB)
A história da Maçonaria no Brasil, no que se refere às atividades das Grandes Lojas Estaduais
Soberanas, está íntima e indissoluvelmente ligada à história do Supremo Conselho do Rito
Escocês Antigo e Aceito, podendo, para tanto, ser sintetizada em três períodos.
I Período
Lojas Selvagens
Chamavam-se Lojas "Selvagens" aquelas existentes no País, ao tempo em que a Sublime
Instituição ainda não havia sido organizada em Potências Maçônicas como hoje ocorre. Essas
Lojas, em quase sua totalidade, não se identificavam publicamente com o nome de Loja
Maçônica. Ocultavam-se sob os títulos de clubes literários, grêmios, etc., para escapar à
perseguição tenaz que lhes era movida pela Inquisição e autoridades coloniais. Reconhece-
se, no entanto que existe muita lenda e controvérsia em torno dessas Lojas.
II Período
Grande Oriente do Brasil e Supremo Conselho Confederados
A partir de 1822 termina o período das Lojas "Selvagens" e três delas se reúnem para fundar
o grande Oriente do Brasil, o qual mais tarde, sofreu uma cisão, separando-se dele uma
parte ponderável que se constituiu em outra Potência com o nome de Grande Oriente
Brasileiro. Seguiram ambas o Rito Moderno, inspiradas no sistema do Grande Oriente de
França.
A história do Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil tem que se desintegrar da história do
Grande Oriente do Brasil até o ano de 1864, pois que até esta data o que existia de
Escocismo dentro desse Corpo era irregular, clandestino, espúrio. Seu Supremo Conselho,
fundado irregularmente, patenteado por um Corpo irregular, não fora até aquela data
reconhecido como legítimo por nenhum outro Supremo Conselho. De 1864 para cá,
confunde-se a história dos dois Corpos, porquanto foi naquela data que os remanescentes
dos Supremos Conselhos, legítimos de Montezuma e David Jewett, fundiram-se com o
irregular do Lavradio, dando-lhe a regularidade de que era carecedor.
III Período
Grandes Lojas Estaduais e Supremo Conselho Independentes
Com o advento das ocorrências que culminaram com a cisão entre o Supremo Conselho do
Rito Escocês Antigo e Aceito, tem início o terceiro período das atividades da Maçonaria no
Brasil.
A crise que se vinha processando no seio da Maçonaria Brasileira desde 1921 acabou por ter
seu ruidoso desfecho com a denúncia solenemente feita pelo Supremo Conselho do pacto que
o confederava ao Grande Oriente do Brasil. A 20 de junho de 1927, em sessão do Supremo
Conselho, efetivou-se essa declaração e o Soberano Grande Comendador, historiando os
fatos ocorridos desde 1921, demonstrou a perfeita lealdade do procedimento do Supremo
Conselho, a cordura, a tolerância, a longanimidade com que o Alto-Corpo Escocês, por seis
longos anos, aguardara a reforma constitucional do grande Oriente do Brasil; demonstrou
que o ratado firmado fora feito só em benefício do Grande Oriente do Brasil, pois só por meio
dele o simbolismo do Rito Escocês Antigo e aceito era transferido à jurisdição do Grande
Oriente do Brasil, entretanto, certo, pelas declarações formais feitas a vários de seus
membros pelo Grão-Mestre em exercício, Dr. Octávio Kelly, de que a orientação desse Irmão
era francamente desfavorável à manutenção do Tratado; assim sendo, no uso de suas
prerrogativas soberanas, em vez de denunciar somente o tratado, preferira denunciar de vez
o seu Pacto de União e Confederação com o Grande Oriente do Brasil, separando-se
resolutamente desse Corpo e avocando a si todas as corporações escocesas existentes no
País. Em manifesto às Lojas escocesas, diz o Supremo Conselho:
"Separando-se do Grande Oriente do Brasil, o Supremo Conselho avoca à sua jurisdição
todos os Corpos que no Brasil trabalham no Rito Escocês, pois dele, Supremo Conselho,
emanaram todas as Cartas Constitutivas que deram vida regular a esses Corpos, tendo sido
todos esses documentos assinados pelo Soberano grande Comendador do Supremo
Conselho. Como, porém, não quer o Supremo Conselho, em face mesmo das Leis Universais
do Rito, manter sob sua jurisdição direta o simbolismo, incentiva a criação em todos os
Estados, de Grandes Lojas Simbólicas que, por ele patenteadas, gozarão da mais absoluta
soberania, não dependendo de nenhum outro Corpo ou organização maçônica, dentro ou fora
do País. Cada Grande Loja proverá os destinos do Simbolismo no Estado ou Estados em que
tiver sede. Suas rendas pertencer-lhes-ão, exclusivamente. Com os seus três poderes
O TEMPLO DE SALOMÃO
Sim, a didática maçônica utiliza intensamente símbolos, alegorias, lendas e mitos. Um dos
efeitos desse método é a confusão (muito comum, diga-se de passagem) que alguns fazemos
entre história e lendas – um incrível emaranhado de idéias e opiniões conduzindo-nos, às
vezes, a desvios indesejáveis. Na realidade deve-ser-ia distinguir o que se constitui em
concreto elemento histórico do que é meramente lendário, havendo um segundo nível de
distinções necessárias, separando lendas com algum fundamento histórico ou literário (a
história bíblica, por exemplo) dos mitos totalmente imaginários, decorrentes de uma cadeia
de invenções ditas esotéricas, sem fundamento algum. Isso não é bom. Em Maçonaria
devemos estar providos do que os especialistas chamam de mitos etiológicos – isto é – não
meramente uma invenção (desprovida de fundamentos), mas, sim, uma explicação (ou
aprofundamento) da origem primitiva das coisas – as raízes míticas, em parte autênticas, em
parte sonhos. Busquemos o ponto de equilíbrio. O uso de símbolos (já em si exigindo
imaginação) não pode conduzir à superstição ou à idolatria, desvios que, de modo especial,
nossa sublime ordem condena (como, enfim, condena, a todos os vícios). Para detalhar o
conceito de mito etiológico, consultar o Dicionário Enciclopédico da Bíblia, redigido por A. Van
Ben Born et al (trad. de Frederico Stein, em português coordenado pelo Frei Frederico Vier,
O.F.M, Ed. Vozes, Petrópolis 1971), verbete etiologia.
A tradição maçônica
A tradição bíblica
Antes de Jerusalém ser transformada por David na capital do reino, ainda no tempo de
Samuel (um sacerdote, juiz, profeta, mediador, chefe de guerreiros – Deus, falando a
Jeremias, equipararia Samuel a Moisés – Jer. 15.1) – a Arca ficou guardada em um templo,
em Silo, sob os cuidados da família de Eli, também sacerdote. Em Silo, Josué (que sucedera
a Moisés) acampara o povo pela última vez (Josué, 18.1 e sgs.). Esse pequeno templo de Silo
foi, presumidamente, destruído pelos filisteus (Jer. 7.11-12 : “será que vocês pensam que o
meu Templo é um esconderijo de ladrões? Vão a Silo, o primeiro lugar que escolhi para nele
se adorado, e vejam o que fiz ali por causa da maldade de Israel.” Assim falou o Eterno.).
Outrossim houve também o templo de Betel, às margens da estrada que ligava Siquém a
David, já consagrado rei, levaria a Arca da Aliança para Jerusalém (1 Crônicas 15.25-28).
Tão alegre e festivo esteve David nesse cortejo (cantando e dançando com o povo), que
Mical, sua esposa, filha de Saul, sentiu desprezo por ele(1.Cron., 15.29). Contudo o
tabernáculo e o altar dos sacrifícios continuariam em Gabaon, posto que David caira em
desgraça aos olhos de Deus. Derramara sangue em abundância, fizera guerras em demasia
e, por isso mesmo não poderia edificar em nome de Deus (ver I Cron. 22.6-19). Somente
Salomão teria a glória de construir o Templo- o primeiro de Jerusalém, posto a ocorrência de
mais dois templos: o construído por Zorobabel, após exílio na Babilônia, e o construído por
Herodes (todos conhecem essa história).
Fontes extrabíblicas
Apesar das minuciosas descrições registradas na Bíblia, ainda não foi possível, contudo, ter
certezas quanto a esse primeiro templo de Jerusalém. Não há registros extrabíblicos. As
escavações arqueológicas ainda não apresentaram alguma comprovação válida da existência
dessa obra. Explica-se tal ausência de restos arqueológicos à completa destruição que teria
sido realizada por Nabucodonosor, ou ao fato de insuficiência de escavações no próprio sítio
atribuído à localização do Templo. Esse lugar (santificado por diversas tradições religiosas)
seria o hoje ocupado pela belíssima e muito sagrada Mesquita de Omar, ou o Domo da
Rocha, onde Abraão, obediente a Deus, quase sacrifica seu próprio filho, Isaac (Gen 22.1-19)
– onde, de modo significativo, a fé islâmica localiza Maomé subindo ao Céu (portanto mais do
que justificado o impedimento maometano em permitir escavações naquele local). Contudo,
causando decepção, não são encontrados registros arqueológicos (monumentos
comemorativos) da vitória de nabucodonosor, como, por exemplo, podem ser encontrados
registros do triunfo romano de Tito, seiscentos anos após, destruindo o templo construído por
Herodes (a terceira construção na série histórica).
Fala-se no célebre “muro das lamentações” como tendo sido parte da grande alvenaria de
arrimo na esplanada do Templo. Contudo as determinações científicas de datas ali procedidas
dão ao muro idade próxima à década anterior ao nascimento de Cristo, tornando-a uma obra
mais adequada de ser atribuída ao mencionado terceiro templo destruído pelos romanos.
Conclusão
BOBLIOGRAFIA:
Minerva Maçônica – Ano I – Nº 2 Nov/ Dez/ Jan 1997/98 – Ir.’. Fernando de Faria
*Fernando de Faria, maçom fluminense, é Grande Secretário Geral de Orientação e
Ritualística do GOB, adjunto para o Rito Brasileiro, membro da Loja de Pesquisas Maçônicas
do GOB e da equipe de conferencistas nacionais da Grande Secretaria Geral de Educação e
Cultura.
PORQUE SOMOS
LIVRE E DE BONS COSTUMES
3. LANDMARK
SER LIVRE – No sentido literal esse conceito significa não possuir pendências com a
sociedade, não ser prisioneiro ou escravo de algo ou alguém.
Assim sendo, SER LIVRE significa, não estar apegado à matéria e aos elementos
materiais. Ser livre é estar liberto do EGO, o elemento que nos aprisiona ao corpo
de barro e nos impede de transcender rumo à verdadeira luz. Essa Verdadeira Luz
habita todos os seres vivos e os conecta diretamente a um corpo mais elevado, mas
está oculta pelo dogma, preconceito e demais arestas da pedra bruta. Somos uma
célula que pertence a um corpo chamado Deus, Grande Arquiteto do Universo, Alah,
Jeová ou tantos outros nomes usados para representar o criador; nossa missão é
nos purificar para que possamos voltar a fazer parte desse corpo de pura luz.
Devemos entender livre aquele que não tem sua mente servilmente amarradas aos
condicionamentos doutrinários e que é religioso porque assim o decidiu livremente
diante de sua própria consciência, um homem que tem livre seu pensamento. De
bons costumes aquele que procede de acordo com princípios morais rígidos não por
temor de ser castigado por algum poder superior com um hipotético inferno, e que
não norteia o seu comportamento por seu egoísmo e sim por sua consciência de ser
membro da raça humana, cujos componentes são todos seus irmãos e semelhantes.
Todos os elementos do Universo, quer seres vivos quer matéria inerte, obedecem
sem decisão própria às leis naturais, somente ao homem cabe a regalia de poder
decidir muitos dos seus atos.
A Maçonaria será tão grande e boa quanto nós, os Irmãos, se formos grandes e
bons individualmente.
Se uma única pessoa representa uma vela na escuridão, um grupo de pessoas irradiando luz seria o equivalente a
um farol que guia e dá rumo aos desorientados pela ausência de luz.
O TESTAMENTO
O novo nascimento ou regeneração ideal que indica, em todos seus aspectos,
a câmara de reflexões, tem finalmente o seu selo e concretiza-se por um
testamento, que é fundamentalmente um atestado ou reconhecimento de
seus "deveres", ou seja de sua tríplice relação construtiva, com o princípio
interior (individual e universal) da vida, consigo mesmo como expressão
individual da Vida Una, e com seus semelhantes, como expressão exterior da
própria Vida Cósmica.
O TOQUE
O toque tem um sentido profundo, do fato que passa desapercebido à maioria dos maçons,
uma vez que significa, de uma maneira geral, a capacidade de reconhecer a qualidade real
que se esconde sob a aparência exterior de uma pessoa, e portanto, implica num grau de
discernimento proporcional ao grau de compreensão que individualmente alcançamos.
Cada golpe é um esforço para penetrar sob a pele, ou seja debaixo da ilusão da aparência,
até encontrar o Ser Real; é a busca individual, para descobrir o Mistério Final dentro de si
mesmo e de todas as coisas nas três etapas que representam as palavras evangélicas:
É outro utensílio que figura no Altar dos Perfumes e é destinado à queima de incenso.
Nele se faz a combustão das três substâncias, misturadas em partes iguais e que são o Olibano,
a Mirra e o Benjoim.
Estas substâncias constituem o incenso. A proporção mais indicada para a mistura é a de
três partes da primeira, duas da segunda e uma da terceira. De qualquer modo a palavra
incenso significa literalmente “tudo que queima” e, assim, não há uma substância própria
com este nome. As três substâncias que entram na composição do incenso simbolizam o
mundo divino, o humano e o material. Em determinadas Cerimônias o Venerável da Oficina
faz a aspersão da fumaça propiciatória que eleva o coração, a alma e o pensamento aos
páramos celestiais dando, ainda, ao ambiente do Templo uma atmosfera sagrada própria
destes lugares de prece e meditação.
É um dos instrumentos do Mestre Maçom que serve para medir e igualar os ângulos do
edifício tornando-os retos e iguais.
Conseguida estas condições há certeza de que os alicérces suportarão toda a estrutura da
obra. O Mestre Maçom esta no ápice da construção. Seus atos devem ser certos e medidos
Ë o instrumento que serve para traçar o desenho da obra. Com ele gravam-se todas as
diferenças a serem observadas nos diversos planos onde será O edifício construído. Simbólica
mente ele chama a nossa atenção para o fato de que todos os nossos atos, palavras e
pensamentos estão sob a constante vigilância do Grande Arquiteto do Universo, a Quem, mais
cedo ou mais tarde prestaremos conta de tudo o quanto profetamos e daquilo que realizamos.
Os Aventais Maçônicos
No início foram copiados dos aventais usados pelas antigas religiões e corporações,
que também os usavam nas investiduras dos antigos mistérios, constituindo-se,
desde então como símbolo de operosidade e fator marcante nas
cerimônias iniciáticas entre os druidas, essênios, e tantos outros.
Todos os sacerdotes das grandes religiões antigas usavam um avental. O próprio rei
Salomão, é caracterizado usando essa peça do vestuário. Adão e Eva, ao serem
expulsos do Édem, envergonhados de sua nudez, após cometerem o pecado
original, tiveram que cobrir as suas partes pudicas com folhas de parreira o que
lembra bem de perto um avental.
Diz a lenda de Hiram, o arquiteto do Templo, que Salomão teve necessidade de criar
distinções entre os mestres que trabalhavam no ornamento do Templo e na
confecção das peças do culto, para estes criou diversas câmaras, dando a cada uma,
para os seus componentes, aventais com ornatos próprios, para diferenciá-los
conforme a importância dos seus trabalhos, sendo que estes aventais eram usados
com desusado orgulho.
No século XIV, esses aventais passaram a ser feitos de couro de boi, muitas vezes
não lhes tiravam os pêlos.
Os nossos aventais têm sua origem nas antigas corporações, é fato inconteste. Eles
representam o que de mais significativo pode haver para o maçom, tendo um
sentido da maior importância como o é a alva ou a estola sacerdotal.
Simbolizam o constante labor a que nos devemos dedicar para nosso próprio
benefício assim como para o nosso semelhante, mas para o avental existem outras
importantes significações.
O fato de serem os aventais feitos de couro, nos faz lembrar que está intimamente
ligado com os órgãos do corpo do homem, que o avental deve proteger, pois o
couro desde há muito é tido como protetor que efetivamente protege aquilo que
abriga, de acidentes, da própria intempérie e das más influências.
Pretendem esses autores que, o avental de aprendiz com a abeta levantada proteja
o `plexo solar' que corresponde ao "chakra umbilical", que também está ligado ao
epigastro, do `qual' dependem os "sentimentos" e "emoções" psíquicas, que o
iniciado deve proteger esses conceitos, a fim de adquirir condições que lhe
permitam espiritualmente ser um verdadeiro maçom, afirma ainda que o avental do
companheiro é menor, porque ele, o companheiro já adquiriu maior espiritualidade,
e que o avental do mestre era menor ainda porque já havia adquirido a plenitude
das `forças cósmicas do universo', e outras inconveniências como de que, o corpo
físico nada mais é do que o invólucro material visível do espírito que tem obrigação
de participar da obra da construção do templo interno de cada homem, ou ainda de
que a parte superior do corpo, como sendo a "sede da potencialidade" não
necessita da proteção do avental para alcançar a magnitude de sua serenidade.
Nossa opinião é de que tais conceitos não cabem na Ordem Maçônica, mas devem
ser respeitados, como uma crença, ou mesmo uma verdade por estudiosos e
seguidores dessas teorias. Lembramos aqui que, a maçonaria respeita todas as
crenças, menos as totalitárias.
Quero recordar que o azul é a cor do Rito de York, e que a cor do Rito Escocês é
vermelha.
Mas, verifica-se que o uso do avental nem sempre foi correto, por isso, tem mudado
tanto sob as mais variadas alegações, que além das já citadas, há ainda a dos
fabricantes de alfaias que na ânsia de maiores lucros confeccionam os aventais com
materiais de péssima qualidade, descaracterizam as alegorias, mudam a cor, houve
um fabricante, que deixo de citar seu nome, por motivos óbvios que chegou a
diminuir drasticamente as dimensões do avental, e o que foi o pior, fazia com que
os maçons menos experientes adquirissem faixas, colares e jóias, não condizentes
com o grau em que estavam interessados.
Há ainda um grave erro que algumas Lojas ainda praticam, onde o Venerável e
Oficiais "acham" (e há sempre "achadores") que usando o colar com a jóia do seu
cargo estão dispensados do uso do avental. Isto é uma grave falta que jamais
deveria ser cometida, pois o avental é o nosso verdadeiro símbolo do trabalho e, a
verdadeira roupa maçônica é indispensável a qualquer trabalho dentro do Templo,
do qual maçom algum pode furtar-se a usar.
No passado também o uso do avental foi deturpado para não dizer explorado, pois
algumas corporações profissionais, obrigavam seus aprendizes a trabalharem
gratuitamente como paga pelo direito de usarem os seus aventais.
Para o Rito Escocês Antigo e Aceito o avental de Aprendiz é branco liso com abeta
triangular levantada podendo ser orlado com fita chamalotada com três centímetros
de largura; neste caso seu tamanho é de 35x45 centímetros e no caso anterior é de
30 por 40.
Queremos esclarecer aqui, que o `Tau' é a décima nona letra do alfabeto grego que
tem a forma de nosso `T' maiúsculo mas cuja grafia
correta é `T'.
Sabemos por outro lado que a Confederação da Maçonaria Brasileira - COMAB, está
estudando o problema para unificação dos modelos dos aventais em sua jurisdição,
Isto seria a melhor das realidades. Mas infelizmente, reconhecemos é uma utopia.
Os Landemarques maçônicos
escritor Albert G. Mackey
06- Que o grão-mestre tem a prerrogativa de autorizar a outorga de graus sem o interstício regular;
08 - Que o grão-mestre tem a prerrogativa de autorizar a iniciação de maçons sem a sindicância prévia;
10 - Que todos os maçons, quando reunidos em loja, devem estar sob as ordens de um venerável mestre e de
dois vigilantes;
13 - Que todo maçom tem o direito de, com o acordo dos irmãos em loja constituída, apelar para o grão-
mestre;
14 - Que todo maçom tem o direito de visitar e se fazer presente em qualquer loja regular;
15 - Que os visitantes não conhecidos por pelo menos alguns dos irmãos, não podem ser admitidos em loja
sem passar primeiro pelo reconhecimento na forma dos antigos costumes;
17 - Que todos os maçons estão sujeitos as leis e aos regulamentos da jurisdição maçônica em que residem;
18 - Que todo candidato a iniciação deve ser do sexo masculino, livre de nascimento, fisicamente integro e
de idade madura;
19 - Que todo maçom deve crer em Deus como o Grande Arquiteto do Universo;
20 - Que todo o maçom deve acreditar na ressurreição para uma vida futura;
OS LANDMARKS
1. A divisão da Maç.: Simb.: em três Graus é um LANDMARK que, mais do que nenhum, tem
sido preservado de alterações, apesar dos esforços feitos pelo daninho espírito inovador.
Certa falta de uniformidade sobre o ensinamento final da Ordem, no grau de Mestre, foi
motivada por não ser o terceiro grau considerado como finalidade; daí o Real Arco e os Altos
Graus variarem no modo de conduzirem o Neófito à grande finalidade da Maç.: Simbólica. Em
1813 E.:V.:, a Grande Loja da Inglaterra reinvidicou este antigo LANDMARK, decretando que
a Antiga Instituição Maçônica consistia nos três primeiros graus: Aprendiz, Companheiro e
Mestre, incluindo o Santo Real Arco. Apesar de reconhecido por sua antiguidade, como um
verdadeiro LANDMARK ele continua a ser violado.
3. O governo da Fraternidade por um Oficial que a preside, denominado Grão Mestre, eleito
pelo povo maçônico, é o quanto LANDMARK da Ordem. Muitas pessoas supõem que a eleição
do Grão Mestre se pratica em virtude de ser estabelecida em Lei ou Regulamento da Grande
Loja. Nos anais da Instituição se encontram Grãos Mestres muito antes de existirem Grandes
Lojas e, se, o atual sistema de governo legislativo por Grandes Lojas fosse abolido, sempre
seria preciso a existência de um Grão Mestre.
6. A prerrogativa que tem o Grão Mestre de autorização para fundar e manter Lojas é outro
importante LANDMARK. Em virtude dele pode o Grão Mestre conceder, a número suficiente
7. A prerrogativa do Grão Mestre de formar Maçons, por sua deliberação, é outro importante
LANDMARK, que carece ser explicado, controvertida como tem sido a sua existência. O
verdadeiro e único modo de exercer esta prerrogativa é o seguinte: O Grão Mestre convoca
em seu auxílio, pelo menos, seis Mestres Maçons; forma uma Loja e sem nenhuma prova
prévia, confere graus aos candidatos; findo isso, dissolve a Loja e despede os IIr.:. As Lojas
convocadas por esse meio são chamadas de "Lojas Ocasionais" ou "Lojas de Emergência".
10. A necessidade de estar uma Loja "a coberto" quando reunida é um importante
LANDMARK, que não deve ser descurado. Origina-se do caráter esotérico da Instituição. O
cargo de Guarda do Templo que vela para que o lugar das reuniões esteja absolutamente
vedado à intromissão de profanos, independe, em absoluto, de qualquer lei de Grande Loja
ou de Lojas subordinadas. O seu dever, por este LANDMARK é guardar a porta do Templo,
evitando que se ouça o que dentro dele se passa.
11. O direito representativo de cada Irmão nas reuniões gerais é um importante LANDMARK.
Nas reuniões gerais, outrora chamadas de Assembléias Gerais, todos os Irmãos, mesmo os
simples Aprendizes, tinham o direito de tomar parte. Na Grande Loja só tem direito de
assistência os Veneráveis e os Vigilantes, na qualidade de representantes de todos os Irmãos
da Loja. Antigamente cada Irmão se representava por si mesmo, hoje são representados por
seus Oficiais. Nem por motivo dessa concessão, feita em 1717 E.:V.:, deixa de existir o
direito de representação, firmado por este LANDMARK.
12. O direito de recurso de cada Maçom das decisões de seus Irmãos, em Loja, para a
Grande Loja ou Assembléia Geral dos Irmãos é um LANDMARK essencial para a preservação
da Justiça e para prevenir a opressão.
13. O direito de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja é um inquestionável
LANDMARK da Ordem. É o consagrado direito de visitar, que sempre foi reconhecido como
um direito inerente que todo Irmão exerce, quando viaja pelo Universo. É a conseqüência de
encarar as Lojas como meras divisões por conveniência da Família Maçônica Universal.
15. Nenhuma Loja pode intrometer-se em assuntos que digam respeito a outras, nem
conferir graus a Irmãos de outros Quadros.
16. Todo Maçom está sujeito às Leis e Regulamentos da jurisdição maçônica em que residir,
mesmo não sendo membro de qualquer Loja. A falta de filiação já é, em si, uma falta
maçônica.
17. Por este LANDMARK os candidatos à Iniciação devem ser isentos de defeitos físicos ou
mutilações, livres de nascimento e maiores. Uma mulher ou um escravo não pode ingressar
na Ordem.
21. Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro daq Loja, sem distinções de
prerrogativas profanas, de privilégios que a sociedade confere. A Maçonaria a todos nivela
nas reuniões maçônicas.
22. Este LANDMARK prescreve a conservação secreta dos conhecimentos havidos por
Iniciação, tanto dos métodos de trabalho como de suas Lendas e Tradições, que só podem
ser comunicadas a outros Irmãos. O sigilo dos trabalhos em Loja é perpétuo.
23. A fundação de uma ciência especulativa, segundo métodos operativos, o uso simbólico e
a explicação dos ditos métodos e dos termos neles empregados, com propósito de
ensinamento moral, constitui outro LANDMARK. A preservação da Lenda do Templo de
Salomão é o fundamento deste LANDMARK.
24. O último LANDMARK é o que afirma a inalterabilidade dos anteriores, nada podendo ser-
lhes acrescido ou retirado, nenhuma modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como
de nossos antecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos nossos sucessores.
INTRODUÇÃO
Os números estão presentes na maior parte das atividades humanas. A ciência, sobre a qual se apoia o edifício da
indústria, do comércio e da tecnologia, não existiria sem a presença fundamental dos números.
A ciência dos números é a base da Gnose. Em seus aspectos gerais, este conhecimento é similar nos Vedas, no I
Ching, no Tao Te King, na Cabala, nos mistérios dos santuários da Grécia e na doutrina de Pitágoras.
Na Cabala, a decifração dos textos sagrados é feita através do valor numérico e esotérico atribuídos a cada letra do
alfabeto hebraico. Na doutrina de Pitágoras, a ciência dos números é a ciência das forças divinas em ação no
Universo e no Homem – no Macrocosmo e no Microcosmo.
No domínio do absoluto não existem fronteiras entre os conceitos Qualitativo e Quantitativo mas para o Homem eles
existem e são fundamentais. Por exemplo, para nós são as tonalidades de uma cor ou de um som que nos
impressionam. No entanto, estes atributos podem ser objetivamente determinados através de um número – o seu
comprimento de onda.
A essência dos problemas com os quais se defrontaram todos os sábios de todas as épocas pode ser resumida em
um conjunto de três elementos: o Zero, o Um e o Infinito. (0, 1, 00).
A Cabala antecede a série de números, os Sephiroth, por uma fonte não manifesta, o Ain Soph, que os maçons
designam por Grande Arquiteto do Universo.
O Zero, uma das definições da Divindade, é a fonte da existência e o Vazio Original no qual essa existência se
manifesta. A palavra árabe “Sephir”, vazio, significa valor nulo. Na Itália, o Sephir transformou-se em Zéfiro e, por
extensão, em Zero. É a partir do Zero, o Ser Supremo não Manifestado, que se desenvolvem em matemática os
conceitos de positivo e de negativo.
A UNIDADE
Se considerarmos a relação matemática 00 x 0 = 1 (o infinito multiplicado por zero é igual a um) veremos que o 1,
isto é, “o primeiro germe do ser”, é igual ao produto do zero, o nada, pelo infinito, o todo. O Nada e o Infinito são dois
aspectos diferentes da mesma entidade, do mesmo Criador.
O Zero ou Nada é o Ser Incriado em seu estado de inércia. O Infinito, é o Criador em seu estado dinâmico. O produto
do Zero pelo Infinito é a ação de Deus sobre si mesmo, produzindo assim o Um, o Universo, que é a sua
manifestação no plano real.
O movimento do primeiro átomo de vida provocou o Big-Bang. Esta explosão da unidade original criou o espaço-
tempo e todas as dimensões do Universo. Kant definiu a aritmética como sendo a ciência do Tempo e a geometria
como a ciência do espaço. Aqui também, temos o espaço e o tempo definidos pelos números.
A Multiplicidade procedeu da divisão da Unidade. Metafisicamente considera-se os números como sendo o resultado
da divisão do Um. O movimento do Um para o Múltiplo significa o afastamento da Divindade, isto é, a involução. O
movimento do Múltiplo para o Um significa a evolução espiritual, a espiritualização da matéria.
No triângulo, símbolo maçonico por excelência, os vértices são constituídos por um ponto e os lados opostos são
constituídos por uma infinidade de pontos. Simbolicamente, a evolução espiritual ocorre quando caminhamos sobre
um dos lados em direção a um dos vértices do triângulo.
Simbolizado também por um ponto no centro de um círculo, o Um concentra em si todas as possibilidades que
existiam no zero – o círculo sem o centro.
A DÍADE
O Universo procede do Zero. O Um se deduz do Zero através do Infinito. O Zero e o Um constituem a primeira díade.
O sistema binário, ou analógico, redescoberto pelo matemático Leibnitz, formado pelo zero e pelo um, é hoje a
linguagem universal dos computadores digitais.
O número dois é par e, como todos os números pares, é também considerado um número terrestre, lunar e feminino.
Em oposição, os números ímpares são considerados divinos, solares e masculinos.
A TRÍADE
Para se tornar ativa, a Unidade deve multiplicar-se. Deus, sendo um ente perfeito, é superabundante e produz outros
seres. Se Deus fosse só Um, estaria encerrado em si mesmo e não seria o Criador Supremo. Se fosse só Dois,
produziria o antagonismo e a dissolução. Deus cria eternamente e o Universo, que enche de Suas obras, é uma
Criação incessante e infinita.
Tudo pode ser compreendido como Um na sua Unidade; como Dois, nos opostos; como Três, nas relações que
conciliam os opostos, possibilitando o movimento que forma o equilíbrio e a harmonia.
Por volta do ano 600 a. C. Lao Tse escreveu no Tao Te King: “o Tao produziu o Um, o Um produziu o Dois, o Dois
produziu o Três e o Três produziu todos os seres. Assim, Deus sendo único em Si mesmo, é tríplice na concepção
humana. O Um em Três e o Três em Um é a definição Universal da Divindade. O Ternário é o mais sagrado dos
números místicos. Ele é a expressão do Criador.
O Três é também o número da forma, pois não existe corpo que não tenha três dimensões. Todas as religiões
atribuem um tríplice aspecto à Divindade. A Cabala, por exemplo, representa Deus por um triângulo. No Sânscrito,
Deus é representado pelas três letras A-U-M. A palavra SAM significa Um em Sânscrito e Três em Chinês. A letra
hebraica Aleph tem valor numérico Um e valor esotérico Três.
Os três pontos maçonicos e o triângulo Rosa-Cruz tiveram a sua origem nessa cosmogonia numeral. O Três encerra
a primeira série de números primos ( l,2,3 ). Esta série tem a propriedade única, na qual a sua soma é igual ao seu
produto: 1 + 2 + 3 = 1 x 2 x 3 = 6.
Em Loja, as jóias dos Oficiais ilustram o simbolismo da Lei do Ternário. O Nível do 1º Vig.: simboliza a Igualdade; o
Prumo do 2º Vig.; exorta a que desçamos às profundezas de nossos corações e elevemos o pensamento às alturas
do Grande Arquiteto do Universo. Aqui, parece haver conflito entre a horizontal igualitária do Nível e a vertical
hierárquica do Prumo. No entanto, tudo se concilia pela ação do Esquadro que decora a jóia do Venerável Mestre.
O Esquadro, dirigindo a ação do Nível e do Prumo, é o instrumento que o Venerável Mestre utiliza com sabedoria,
equilíbrio e prudência, orientando a formação e o aperfeiçoamento dos Irmãos, visando o seu crescimento moral e
espiritual.
BIBLIOGRAFIA
Gnose – Estudos Esotéricos - Boris Mouravieff
Pitágoras – Uma Vida - Peter Gorman
Tao Te King - Lao Tse - Huberto Rohden
I Ching o Livro das Transmutações - John Blofeld
A Doutrina Secreta - H.P. Blavatsky
Vida e Mistério dos Números - François Xaboche
L’Aprenti - Oswald Wirth
Grau de Aprendiz e seus Mistérios - Jorge Adoum
Sabedoria, entretanto, fica por vezes num sentido opaco. Mas ela a trans-lucidez da inteligência de que nos servimos
com reparadoras virtudes; mais criada por golpes de desejos raros e inimitáveis do que escapada das influências que
nos cercam.
Sabedoria para o Maçom por termo que liga uma situação de vontade refletida a um apoio de intuição concludente.
A situação aquela que encerra ou livra o espírito pela modalidade intelectual, segundo a presença de equilíbrio; se a
situação precária ou flutuante, somente a sabedoria a enxerga.
A intuição e a vidência posta no apuro de reprimir ou enaltecer o pensamento, conforme seu grau opinativo em que
esteja baseada.
A sabedoria é fruto que promana da visão. Esta visão todo Iniciado a possue pelos tramites que o deslocamento da
alma da matéria fez originar. Desse deslocamento que desanimalisa o homem, alcança—se o senso de Sabedoria,
que o Maçom cumpre entender na sua fatal dificuldade. Força, é o fluido que combate as paixões, dirige os
sentimentos e exalta a fé.
Sem força o homem éo joguete das impressões e vacuidades. Sem força não se executa os dislates e os vícios da
natureza primitiva. Beleza, é a tranqüilidade que envolve o todo desse invólucro material, humano, que nos liberta de
selvagem: candura nos gestos, meiguice nos lábios.
Não são entretanto esses três elementos os únicos. Esses três elementos ficam a passo com as "três forças” que
urdem os Maçons em todo Mundo, as quais, no momento propício, são ensinadas na Oficina. Estuda-las pois, em
Loja, quando oportuno, as suas finalidades e desabrolhamento, atende-se ao motivo porque somos por elas regidos
e governados, e o porque com três pontos firmamos o nosso nome.
Enfim: “Três é o número de fôrma. Não se pode existir corpo sem três dimensões (comprimento, largura e
profundidade). Não é possível ação alguma sem haver três condições: o sujeito que age, o objeto em que se reflete a
ação, e o agir”.
Não perderam os sábios tais detalhes, e no-los transmitiram por sucessão. E em falarmos em três, evocamos a
importância dos números, que foi sempre “source” de meditação cuidadosa dos homens de estudo, e os Magos
culminavam pelos algarismos mudos.
Do quanto podiam estes com sua ciência, procuravam demonstrá-la por meio do algarismos concretizando seus
pensamentos, com a aprofundar provas para atestarem o caráter da realidade objetivada, privando os
conhecimentos para seus pares e discípulos.
Como complemento da importância do ternário, deduzamos com atenção e inteligência a definição sabre Mestres
feita por Ragon no “Ortodoxia Maçônica”, obra privativa: Eles sabem que o tempo tem por medida o passado, o
presente e o futuro, com os quais se preocupam; que todas as coisas têm um principio (o nascimento), um meio (a
existência), e um fim (a morte).
O Homem tem três potências intelectuais: a memória, o entendimento e a vontade. Todos estes materiais ternários,
contam tantas divisões como ramos de instrução existem.
A física distingue os corpos pela forma, intensidade e calor; com o prisma decompõe ela, a luz, e encontra os três
A química analisa os corpos dividindo-os em três palpáveis: terra, água e sal. A Alquimia crê o Universo animado por
três princípios químicos: sal, enxofre e o mercúrio.
Eis que a “unidade,, é a primeira causa, o princípio criador dos números de que dois o reflexo. Sendo só a unidade
não pode produzir. E um ativo, dois passivo, etc.
De dois triângulos entrelaçados formada a estrela de Salomão que tem seis pontas. Símbolo do equilíbrio, do
antagonismo do bem e do mal. Representa por analogia o axioma gravado sobre a tábua de esmeralda de Hermes.
— “O que está em cima, como o que está em baixo”.
Da união da “unidade” com a dualidade, nasce o terceiro princípio: Três o ternário, que é neutro.
Este número é o fim e a expressão do amor, porque e o nó misterioso que une o ativo com o
passivo, o homem com a mulher; e o filho que participa do pai e da mãe sem ser nenhum deles.
S.’.S.’.S.’.
Trazidos para a Maçonaria, as três grandes Colunas ou Pilares sustentam a Loja e são
colocadas respectivamente no Oriente, Ocidente e Sul, sendo-lhes atribuídas as três ordens gregas.
Os três Pilares gregos passaram a constituir assim um Símbolo maçônico. Entretanto, o simbolismo
que se lhes atribuiu, a princípio, desenvolveu-se cada vez mais, ocupando, atualmente, lugar
importante. Esse simbolismo não era encontrado entre os Gnósticos e não era familiar aos Rosa-
Cruzes. Também parece que não existia na Maçonaria Operativa, embora Mackey acredite ser
provável que se tenha originado dela. No século XVIII, em certas Lojas inglesas, existiam apenas as
duas Colunas B e J. Em outras Lojas antigas, havia também os outros três Pilares; em outras, três
candelabros e, ainda, em outras, os três pilares eram, ao mesmo tempo, os próprios candelabros e
esses candelabros eram colocados ao lado dos altares do Ven.’. e dos Vig.’. representando:
Sabedoria, Força e Beleza. Conforme se depreende dos antigos Rituais maçônicos, os três
candelabros foram associados às três ordens arquitetônicas: Jônico, Dórico e Coríntio, que
constavam, nesses Rituais, como os sustentáculos das Lojas Maçônicas. Mas além de se
constituírem, respectivamente, nos emblemas do Ven.’., do 1º e do 2º Vig.’. e simbolizarem os
respectivos atributos - Sabedoria, Força e Beleza, essas três ordens arquitetônicas representam,
também, o Rei Salomão (que mandou construir o Templo), Hiran - Rei de Tiro (que forneceu
homens e materiais) e Hiran Abif (que construiu, adornou e embelezou o Templo).
dos quais possa depreender-se uma significação moral. Como o simbolismo decorre de interpretações, e
porque as interpretações são as mais variadas, há quem atribua às ordens arquitetônicas, significados vários
ou diferentes.
Todo esse simbolismo nos ensina que, na obra fundamental de nossa construção moral, devemos trazer para
a superfície e para a luz, todas as possibilidades individuais, despojando-nos das ilusões da personalidade.
E, nesse trabalho, só poderemos ser SÁBIOS se possuirmos FORÇA, porque a Sabedoria exige sacrifícios
que só podem ser vencidos pela Força; mas ser SÁBIO COM FORÇA, sem ter BELEZA, é triste, porque é a
Como se vê, o simbolismo não tem nem pode ter regras fixas e inalteráveis.
No século XVII, era comum a existência do respectivo pilar, diante, ao lado ou atrás das cadeiras do Ven.’.
do 1º e do 2º Vig.’. e ainda há Lojas que perpetuam essa tradição. Na Maçonaria anglo - saxônica, esses
pilares figuram em miniatura sobre os altares do Ven.’. e dos Vig.’. Na abertura dos trabalhos, o 1º Vig.’.
levanta a sua miniatura, enquanto o 2º Vig.’. abaixa a sua; o inverso acontece, no encerramento da Loja.
Segundo afirma Jules Boucher, a colocação das miniaturas, daquela maneira, na abertura da Loja, indica a
supremacia de um princípio sobre o outro, durante os trabalhos, e revela, como expressam nossos Rituais,
1) A colocação das três janelas no Painel Simbólico da Loja, indicando as três principais posições do
Sol, durante o dia, no seu decurso pelo firmamento, ou seja, nascente, meio-dia e ocaso. Essas posições
foram ocupadas pelas três luzes da Loja;
2) Essas três luzes foram simbolizadas por três candelabros situados ao lado de cada um dos três
primeiros homens da Loja, isto e, Ven.’. e os Vig.’.
4) Essas designações foram, em seguida, associadas com o Rei Salomão, Hiram (Rei de Tiro) e Hiran
Abif e, também, partindo de outra ordem de idéias, com Minerva, Hércules e Vênus (ou Adonis).
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