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REI SALOM‹O
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Trabalhos Digitais
Parte II
Projeto Companheiro
ICQ: 8700927
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SKYPE: jellisrsalomao
ÍNDICE
1. A MARCHA E O SIGNO...........................................................03
2. A ORLA DENTADA E O PAVIMENTO DE MOSAICO...................04
3. A PALAVRA DE PASSE............................................................05
4. A PALAVRA AGRADA..............................................................08
5. A PEDRA BRUTA....................................................................10
6. A QUINTA CIÊNCIA OU QUITAESSÊNCIA...............................12
7. A VONTADE...........................................................................13
8. O LIVRE ARBITRIO................................................................14
9. ALQUIMIA TRNSCENDENTAL OU MENTAL. ............................15
10. AMÓS-I... ...........................................................................17
11. AMÓS-II.. ..........................................................................19
12. AS CINCO VIAJENS.............................................................21
13. AS COLUNAS.......................................................................28
14. OS NOMES DAS COLUNAS JACHIN E BOAZ..........................30
15. OS TRES PILARES...............................................................32
16. AS COLUNAS DOS FILHOS DE LAMEC..................................36
17. AS SETE LEIS HERMÉTICAS................................................38
18. COINSTITUIÇÃO DE ANDERSON.........................................41
19. DEIMOS E TEISMO..............................................................44
20. DESBASTANDO A PEDRA BRUTA.........................................46
21. AS VIRTUDES.....................................................................47
22. FIDELIDADE.......................................................................51
23. FOLOSOFIA DO GRAU DE COMPANHEIRO. .........................53
24. IGNORANCIA E FANATISMO...............................................56
25. LIBERDADE........................................................................58
26. LIBERDADE........................................................................61
“A Orla Dentada”
e
“O Pavimento de Mosaico”
É o lambrequim onde corre a corda formada por uma série de nós, que são chamados de “laços do amor”.
É a “Cadeia de União” cujas extremidades, desfiadas em borlas se reúnem próximo às duas Colunas. O todo é o
emblema dos laços que unem todos os Maçons para constituírem uma única família sobre a Terra.
A resposta apresenta-se um pouco confusa, pois poderia sugerir ser, a Orla Dentada, a
própria Corda dos 81 Nós.
A Orla Dentada, é o ornamento colocado, entre o teto e a parede, em forma de triângulos
em cadeia, isto é, uma corrente formada pela sucessão de triângulos.
Nem sempre, a Corda dos 81 Nós, é colocada sob, ou sobre a Orla Dentada; ela pode ser
colocada, nas Colunas, em número de doze, que circunda a Loja, formando a decoração Loja.
Também, a Orla Dentada, é vista, desenhada em torno do Pavimento de Mosaicos, seja no quadrilátero simbólico
na parte central da Câmara do Meio, contornando o soalho, onde limita com as quatro paredes.
A Orla Dentada é um dos ornamentos da Loja de Companheiro, juntamente com o Pavimento de Mosaico e a
Estrela Flamígera. O Pavimento de Mosaico é o assoalho do grande Pórtico e a Orla Dentada limita e decora as
extremidades.
O Elevado quando aplicado na realização da Grande Obra, e iniciado nos mistérios do segundo grau, deve estar
compenetrado do interesse de prosseguir na conquista de uma felicidade contínua e sem mescla. Uma felicidade que se
perpetua e que não seja perturbada, não pode, como tal ser considerada; transforma-se em suplício porque ela fatiga e
conduz ao aniquilamento e a morte. A nossa vida consiste na ação, na luta contra todos os obstáculos, no trabalho penoso,
mas perseverante empreendido por um ideal a realizar.
O esforço e o sofrimento provado é o prêmio da vida, cujas alegrias são exatamente, proporcionais as ações
empregadas para possuí-las.
Assim, para o Companheiro Maçom, o ladrilho branco deverá ser branco e o negro permanecer negro, pois assim
é a definição de seus propósitos e a exatidão do seu querer.
A PALAVRA DE PASSE
A palavra de Passe recorda ao Companheiro como se consegue o acesso efetivo do primeiro ao segundo
grau maçônico.
O significado de espiga (símbolo de sua própria maturidade, assim como da fecundidade e utilidade de seus
esforços) a relaciona evidentemente com os Mistérios de Eleusis, e é muito provável que seja simplesmente a
tradução do grego stachys, que tem o mesmo significado e cuja a etimologia provem da raiz sta "estar"
considerando-se a espiga como "o que está" ou "estacionado" na posição alcançada.
Em hebraico sua etimologia a relaciona com a raiz semítica SBL que significa "verter, derramar, espargir,
proceder" da qual se deriva também shabil "senda, caminho", e além disso, "espiga", significa também "ramo,
corrente de água". Neste mesmo idioma, separando-se a palavra em suas duas partes, alguns lhe dão o sentido de
produzir a pedra preciosa, sentido que indubitavelmente tem alguma importância para nós.
Também se considera como uma hebraização de Cibeles (que representa a terra fecunda e produtiva muito
considerada nos Mistérios) ou do grego sibo lithon ou sebo lithon, respectivamente "cultivo ou honra a pedra"
significado análogo ao segundo que temos encontrado em sua etimologia hebraica.
Finalmente, o latim spica tem o significado de "agudez, penetração" e se relaciona com o verbo spécere
"mirar" (em sanscrito spac, com o mesmo sentido), relacionando esta palavra, em sua acepção latina, com a
capacidade de ver, penetrar o fundo das coisas, própria do iniciado.
A PALAVRA DE PASSE
A Palavra de Passe do Grau de Companheiro foi retirada das Sagradas Escrituras, mais
propriamente do Velho Testamento, Livro dos Juízes – Cap. 12, 1-7.
A História Bíblica relata o confronto entre Jefté, general de Gileade contra o exército de
Efraim. O motivo desta desavença teria surgido do fato de não serem convidados os Efraimitas, de
participarem do conflito contra os filhos de Amon, lembrando que os vencedores, nesta época, costumavam
levar os ricos despojos de guerra dos vencidos.
Jefté, vitorioso no combate resolveu para garantir a total derrota dos Efraimitas, guardar
as passagens do rio Jordão, por onde tentariam os fugitivos retornarem a suas terras. A semelhança
entre os povos daquela região dificultava esta vigilância, foi então que, Jefté utilizando-se da variação
lingüística, armou um meio de acabar de uma vez por todas com o exército de Efraim. Assim sendo, todos
que por ali passavam eram imediatamente indagados a repetirem uma palavra.
O significado da palavra assim como sua grafia possui variações conforme as fontes
pesquisadas, encontrando-se na escrita os termos SCHIBB.'., XIB.'. e na tradução, Espiga, Verde, Proceder,
conforme outras interpretações, o significado passa a ser A Senda ou O Caminho. De acordo com Jorge
Adoum, “Um caminho, do qual não pode e nem deve afastar-se, porque é o Caminho do Serviço e da
Superação”.
Uma análise mais profunda e bem fundamentada, feita pelo Irm. Assis Carvalho confirma a
hipótese da tradução para Espiga, contudo afirma que a palavra possui duplo significado, acrescentando
também Rio, dessa forma a reprodução do painel alegórico, onde se vê uma espiga de cereal e logo após um
rio seria a confirmação dessa duplicidade de sentido.
A combinação de duas idéias numa só palavra era somente para ser compreendida com maior
facilidade, a quem dela fosse indagado.
O historiador Maçom José Castellani contesta essa teoria e afirma não “haver nenhuma relação entre
a espiga de trigo e a queda d’água (ou rio), no Painel Alegórico. O pé de trigo, com suas espigas é símbolo
do trabalho. Porque o grau de Companheiro é dedicado ao Trabalho, enquanto a queda d´água representa a
Fonte da Vida, citada em diversas passagens bíblicas, tanto no Velho Testamento, como no Novo".
A Palavra de Passe tem em sua essência o significado de a trajetória encetada pelo Aprendiz em
busca do mestrado, alcançado apenas com dedicação, labor e perseverança.
Bibliografia utilizada:
A referência mais antiga que temos sobre a Palavra Sagrada, é encontrada no Livro 1.º
Reis, capitulo 7, versículo 21 da História Sagrada.
“... Depois levantou as Colunas no pórtico do Templo tendo levantado a Coluna direita,
chamou-lhe JAQUIM...”
Sempre que se faz referência a Pedra Bruta, temos a imagem de um pedaço de pedra
tosca, que se apresenta em estado natural e grosseiro tal como foi extraído da natureza, e
todos nós a conhecemos como um material sólido, encontrado em vários pontos do globo
terrestre, geralmente fragmento de uma rocha e, como esta totalmente inerte, de modo, que
se pode segurar com as mãos. Porém, o Aprendiz Maçom têm diante de si, durante o tempo
que lhe foi destinado, uma verdadeira Pedreira para desbastar, sendo possível que deva
preparar Pedra suficiente para construir o seu Templo. A Pedra Bruta representa a infância do
homem e a própria humanidade e é de se reconhecer que a humanidade evoluiu muito, mas
não passam de uma Pedra Bruta, com suas guerras, preconceitos, misérias, etc.
A Cerimônia das Viagens finda com o trabalho humilde do Aprendiz junto a Pedra Bruta
e isto simboliza nada mais nada menos que o Aprendiz ainda é Pedra Bruta, ou seja, ainda
tem arestas a ser desbastadas e que ainda tem muito para vencer, até apresentar-se como
Pedra Lapidada.
Não é sem razão que um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos — CARLOS
DRUMMOND DE ANDRADE — no seu poema “O HOMEM e as suas viagens”, afirma que o ser humano
pela sua inteligência e poder, querendo saber a verdade, conquistou a lua, há que conquistar Marte,
Vênus, todos os sistemas solares, galáxias e depois de conquistar todo o Universo, sentirá que tudo não
valeu de nada, visto que não era isso que ele queria de fato saber. Mas somente ai estará mais fácil de
todas: a Grande viagem. A tarefa de conhecer seu próprio íntimo, sua própria essência e ironicamente, no
Pois bem, a primeira instrução diz exatamente isso. Fala desta viagem. E talvez seja a
Maçonaria a única instituição que habilitará queimar etapas especiais, as quais aludiu o poeta
e que os homens profanos julgam ser imprescindíveis realizar e vencer.
A simbologia da Régua, do Maço, do Cinzel, nos prova que a Maçonaria estava naquele
princípio dos tempos, junto da verdade e que a verdade de então, esta aqui agora, como
sempre haverá de estar. Portanto, lapidar a PEDRA BRUTA é adentrar no íntimo de cada um
de nós mesmo. É buscar dentro de nossa alma a centelha viva do GRANDE ARQUITETO DO
UNIVERSO que habita nosso ser. Uma centelha divina e perfeita que o mundo profano
esconde com vício, egoísmo, apegos à materialidade e que somente com muito esforço, com
a iniciação e vida maçônica poderemos fazer aflorar definitivamente. Desbastar a Pedra Bruta
é caminhar para o amor fraternal, é ter a força interna para praticar a solidariedade humana,
é ir ao encontro da pureza, da Luz, da verdade, dos três últimos degraus do trono do templo,
que representam a evolução espiritual de todo Maçom. Mas antes devemos entender que
temos de mostrar a força, o trabalho, a ciência, a virtude, posturas não tanto espirituais e só
apegadas à prática da vida, ao cotidiano do dia a dia, a verdadeira prática maçônica de vida,
a nossa ação para com o próximo e que justifica toda a moral da própria MAÇONARIA. O
Maçom é um ser que age na busca do bem para com o próximo.
O cinzel, que ensina a ser o esforço, lento, mas compensador, e que somente com ele
poderemos furar a PEDRA BRUTA que somos nós, em busca da virtude, da iluminação, pela
inteligência, em busca da purificação da alma. E esta tarefa é do aprendiz e intransferível,
pois é da própria antiguidade oriental que nos vêm à máxima que somente melhorando a nós
mesmos, poderemos melhorar o mundo, os que não se salvam não podem salvar ninguém.
Assim nosso cinzel é o manual de instruções e nosso malho são os irmãos mais
experientes que não nos permitem o caminhar só.
E finalizando, hoje sabemos porque todos os Irmãos são Aprendizes e que na reunião
de Aprendiz é que se desbasta a PEDRA BRUTA tarefa esta que excede a um salário, é tarefa
para toda a vida maçônica, é tarefa que vai ao encontro da luz do GRANDE ARQUITETO DO
UNIVERSO.
A primeira instrução é o início da viagem para dentro de nós mesmos porque talvez,
QUINTA CIÊNCIA
OU
QUINTESSÊNCIA?
A Quinta Ciência está relacionada com a Maçonaria Primitiva, isto é, relaciona-se com a
Maçonaria desde os seus primórdios. Por muito tosco e rude que fosse o Maçom, nosso
antepassado, ele tinha que usar da Geometria, para lançar as bases e erguer seus Edifícios
Majestosos. Antes mesmo de Deus ser o G.’.A.’.D.’.U.’. da Maçonaria, Ele era o Grande
Geômetra da Maçonaria do Século XIII, antes da Maçonaria Documentada.
Como, das Sete Artes e Ciências Liberais, a Gramática, a Aritmética, a Geometria, a Astronomia e a Música, sempre
estiveram associadas à Maçonaria, desde seu período primitivo, é justo que se dê um destaque todo especial às Artes e Ciências
Liberais. E isso acontece no Segundo Grau, isto é, no Grau de Companheiro. Entre as Cinco relacionadas acima, um especial
destaque para a Quinta Ciência - a Geometria. Tanto pelo que ela é, como pelo o que ela representa e representou para a
Maçonaria.
Todavia, ela não tem a menor relação com a Quinta Essência dos Alquimistas. A Alquimia só entrou para a
Maçonaria no Século XVIII - segunda metade do Século XVIII - com o Ingresso dos IIr.’. Cagliosto, Court de Gébelin,
Willermoz, Mesmer, Von Hund, Pernety, Savalette, entre outros.
Ela foi até 1725, em sua maioria - (até essa época ela só existia como entidade nas Ilhas Britânicas) - Operativa. De
1717 até 1721, somente quatro Lojas ficaram sob a Cobertura, a Proteção da Grande Loja de Londres. As demais, com seus
contingentes de Maçons Operativos, continuaram Independentes, Livres. E assim sendo, até esse período, os Maçons
Operativos que nem Rituais possuíam para as suas Reuniões, (havia o Catecismo como parte da Instrução), e as reuniões
eram mais de cunho profissional que outra coisa qualquer. Portanto, até aí a tão famosa e estudada Quinta Essência ou
Quintessência não fazia parte dos Estudos Maçônicos.
De nossa parte, como Maçom, ligado à Maçonaria pura, original, preferimos mais os
estudos relacionados com a Quinta Ciência - a Geometria, pois ela está na Raiz, na fonte límpida
e pura da Maçonaria. E é dessa Quinta Ciência, das Sete Artes e Ciências Liberais, que
engrossaram, que robusteceram o acervo de Símbolos Maçônicos e muito Especialmente o
Segundo Grau, ou seja, o Grau de Comp.’. É só darmos uma olhada no Painel: nele podemos
ver, com destaque a letra “G”. E a letra “G”, é a abreviatura de Geômetra. Da letra “G”, passamos
à Estrela Flamejante, que por um processo à margem da Simbologia, hoje estão: Estrela e Letra
“G” formando um único Símbolo.
A VONTADE
Companheira da inteligência e de seu desenvolvimento, em seus
estados sucessivos, a Vontade é a faculdade de desejar e querer. A vontade
é a gêmea da Inteligência: enquanto esta é a faculdade passiva e luminosa
de nosso ser, a que determina e guia nossos juízos, a Vontade é aquela
faculdade ativa por excelência, que nos impulsiona a ação, traduzindo-se em
esforço construtor ou destrutivo, segundo a particular direção da
Inteligência. As duas faculdades estão assim constantemente relacionadas e
se determinam e influenciam mutuamente.
O Pensamento, dirigido pela Inteligência, prepara a linha ou direção na
qual se canaliza e segundo a qual atua a Vontade, enquanto esta, por sua
vez determina e dirige a atividade intelectiva do pensamento, sendo a
Consciência o centro motor estático determinante das duas.
Assim como há consciência e subconsciência, pensamento consciente e
pensamento consciente e, portanto, inteligência racional como instintiva, há
O LIVRE ARBITRIO
Como coroamento e conseqüência necessária do estudo das faculdades
humanas, chegamos ao problema do determinismo e do livre arbítrio, um
problema sobre o qual muito se discutiu doutos e sábios em todos os
tempos, pois de sua solução depende a irresponsabilidade ou
responsabilidade do homem e, portanto, a utilidade de todo esforço.
A solução deste problema é de importância fundamental para o maçom,
pois se o homem não for livre em suas ações e determinações a Maçonaria,
como Arte Real da Vida, não teria razão nenhuma de existir. O Companheiro,
que reconheceu interiormente a verdadeira natureza de suas faculdades, se
acha agora perfeitamente capacitado para resolver-se.
É sem dúvida, que a vontade, e por conseqüência a atividade do homem
e o fruto de suas ações, se acham determinados pelo o que ele pensa, julga e
vê interiormente. Assim pois, o que o faz único e como obra em
determinadas circunstância, o que elege constantemente (seja esta eleição
consciente ou inconsciente, depende de sua maneira de pensar, de sua
claridade de mente, de seu juízo e de seus conhecimentos.
Por conseqüência, livre arbítrio e liberdade individual existem para o
homem em proporção do desenvolvimento de sua Inteligência e de seu
Juízo.
Para o homem inteiramente dominados por suas paixões, instintos,
vícios e erros, não existe o livre arbítrio, como existe para o homem
iluminado e virtuoso. Os instintos e as paixões determinam constantemente
seus atos assim como os do animal e o ata ao julgo de uma fatalidade que é
a conseqüência ou concatenação lógica das causas e dos efeitos, ou seja a
dupla reação interior e exterior de toda ação.
Mas para quem se esforça constantemente em dominar-se e dominar
suas paixões, elegendo constantemente o mais reto, justo e elevado, o livre
A alquimia, corriqueiramente, pode ser definida como um estudo, uma doutrina e uma
atividade prática, na qual os iniciados do antigo país dos faraós eram mestres insignes.
Pode ser considerada uma arte, que procurava a pedra filosofal, capaz de transmutar os metais
em ouro, e o elixir da longa vida, panacéia ou remédio para todos os males, capaz de curar, fortalecer
ou rejuvenescer o corpo humano.
Sua base filosófica residia na crença da causalidade direta, ou seja, a de que todos os seres da
natureza, inclusive os inorgânicos, eram dotados de "vontade própria". Assim, a ocorrência de um
fenômeno qualquer promanava da vontade do próprio ser em que se dava. Ele era a causa do que
acontecia com ele mesmo.
Nessas condições, todos os seres eram dotados de vida e de afeições análogas às do homem.
Uma pedra, por exemplo, caia porque assim o desejava. Uma árvore produzia frutos porque assim
queria faze-lo. Eram explicações antropomórficas, dotando de corpo e alma até as substâncias
inorgânicas.
Uma vez que as propriedades de um corpo ou substância eram determinadas por seu "espírito",
havia a crença na transmutação ou transferência do "espírito" de um metal nobre para a matéria de
um metal vulgar, ou das "virtudes" especiais de uma substância para o corpo humano, tornando-o
invulnerável.
Temos, antes de fazer qualquer crítica às idéias acima, de analisar todos os fatos sociais dentro
do contexto da época, unindo-os do presente ao passado e ao futuro, através do fio condutor do
método de filiação histórica. Tal não é outro o sentido do Fio de Ariadne, ou seja, a metodologia que
nos serve de guia no meio do labirinto ou das dificuldades de compreensão da evolução histórico-
cultural do pensamento do homem.
Sob essa concepção, podemos entender ter sido a alquimia a precursora da química moderna,
pela sua inegável importância no desenvolvimento das técnicas de laboratório, na descoberta de vários
elementos químicos, no processo de extração do mercúrio, na elaboração das fórmulas de se preparar
o vidro e o esmalte, a pólvora e o fósforo, bem como no que diz respeito às noções sobre os ácidos e
seus derivados.
Os aspectos esotéricos
A Ordem Rosacruz (AMORC) e outros filósofos esotéricos, haja vista em nosso meio, Huberto
Rohden, mostra que, por trás desse aspecto "técnico", exotérico (exo= por fora) da alquimia,
desdenhado pelo saber oficial, há um aspecto esotérico, uma alquimia transcendental ou mental e
espiritual.
Elias Ashmole, rosacruz (1617 – 1692), que se tornou maçom, ocupou-se em sua Obra
(Theatrum Chemicum Britannicum) da transmutação dos elementos da natureza inferior do homem
nas tendências mais elevadas do Eu interior.
Não cabe aqui discutir tais questões, pois além de serem herméticas, privativas da AMORC,
escapam ao nosso saber.
Importa é ressaltar que tudo quanto, em sua multissecular evolução, foi armazenado pela
Humanidade – crenças, artes, letras, filosofia, ciências etc. – não passa despercebido à Ordem
Maçônica, em seu aspecto especulativo, não obstante os originais fundadores da Instituição, os
pedreiros-livres, ou seja, os maçons operativos, fossem homens simples e pouco cultos.
Nos termos em que cada um tenha conquistado sua evolução pessoal, a Maçonaria nos propicia
meios para conseguir, desde que o desejemos, essa alquimia espiritual. Não é por outra razão que
dizemos ser nossa Sublime Instituição, antes de tudo, uma Escola de aperfeiçoamento individual.
O grau de Companheiro dedica boa parte de seus estudos à consideração da alquimia, como
podemos apreciar na leitura do livro correspondente de Theobaldo Varoli Filho. É claro que não se trata
de repetição de doutrinas superadas ou charlatanescas, bem como de qualquer forma de mistificação.
Psicologia e Alquimia
Só para enfatizar que a alquimia foi, antes de uma simples experimentação química rudimentar
e fantasiosa, uma forma de filosofar, recordemos a atenção dada a ela por Carl Gustav Jung.
De fato, o grande psiquiatra suíço, fundador da Psicologia Analítica, foi atraído para tal assunto
porque captou que o simbolismo da filosofia e da experimentação alquímica revelavam muitos
aspectos da dinâmica do psiquismo humano, através do que conceituou como "arquétipos" e
"inconsciente coletivo".
Nos sonhos que analisou, observou nítidos paralelos entre os símbolos elaborados pelo
paciente, na configuração de seus conflitos e metas, e os símbolos dos alquimistas medievais, no
retratar sua teoria e prática instrumental.
O curioso é que esses pacientes, analisados no século XX, nada sabiam de alquimia.
Amós-I
7—Mostrou-me também assim; e eis que o Senhor estava sobre um muro, feito
aprumo; e tinha um prumo na sua mão.
8 — E o Senhor me disse: que vês tu, Amós? E eu disse: um prumo. Então disse
o Senhor: eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel, e daqui por
diante nunca mais passarei por ele.
Em princípio, temos como válido para o entendimento dos textos bíblicos os mes-
mos principies que a hermenêutica traça para a interpretação das leis, ou seja, conhecer
antes de tudo os seus autores e os fatos de suas vidas, da época em que viveram, as
AMÓS-II
__________________________________
“Isto me mostrou o Senhor Javé: Javé estava sobre um muro e, na mão, tinha um prumo. E Javé me disse: O
que é que você está vendo, Amós? Eu respondi: Um Prumo. E Ele me disse: Vou tirar o Nível de meu povo Israel.
Não o perdoarei mais”.
Em meados do século VIII a.C., as terras do povo judeu dividia-se em dois reinos: ao norte ficava o reino de
Israel onde reinava Jeroboão II. Amós era um pequeno criador de gado que residia no reino do sul, Judá, onde
reinava Ozias. Após ter sido recrutado pelo próprio Javé, é para o reino do norte que Amós se dirige e ali desenvolve
a sua atividade profética; estamos no ano de 760 a.C. Amós vai para a cidade de Samária, capital do reino do norte e
a coloca em polvorosa, a mando de Deus, todo um sistema de injustiças, dirigindo sua ira e suas pragas,
preferencialmente, sobre o sacerdote Amasias, que presidia os trabalhos no Templo de Betel e de acordo com as
ordens do rei.
As palavras de Amós incomodavam demais. Anunciava o julgamento e a ira de Deus, não só com as nações
pagãs mas, principalmente, com o Seu povo escolhido, o qual se considerava salvo, mas na prática, eram os piores:
os ricos acumulavam cada vez mais, vivendo em mansões e palácios e criando um regime de opressão, as mulheres
Nas maldições proferidas por Amós, Deus julga as nações, em nome do direito internacional que se impõe a
todos os grupos humanos e não a partir dos interesses de Israel. Javé amaldiçoa a cidade de Damasco que arrasou
de forma cruel todo o território de Galaad; amaldiçoa os Filisteus que praticavam o tráfico de escravos; os Fenícios
que violaram os seus pactos com as nações irmãs; Amon que trucidou até mulheres grávidas; Edon que recusou
ajuda à nação irmã e Judá que é acusado de não obedecer à Lei de Javé e de praticar idolatria.
Assim, Javé disse: “Por três crimes de Israel e pelo quarto eu não vou perdoar: porque vendem o justo por
dinheiro e o necessitado por um par de sandálias, pisoteiam os fracos no chão e desviam o caminho dos pobres! Pai
e filho dormem com a mesma mulher, profanando, assim, o meu santo nome. Diante de todos os altares eles se
deitam sobre roupas penhoradas e no templo de seu deus bebem o vinho de juros. Tapam a boca dos profetas. Pois
morrerão a golpes de espadas; o mais veloz, o mais forte e o mais valente não escaparão; o mais corajoso de todos
os guerreiros fugirá nu nesse dia”.
Samária, a capital do reino do norte tornou-se, também, a capital da corrupção e da injustiça social.
O profeta, em praça pública, denuncia o processo de riqueza, a exploração do povo que é reduzido à
pobreza, cujas esperanças se esvaecem nos tribunais por conta dos subornos. Amós anuncia a desgraça que vai
atingir os grandes; a destruição do poder político (os palácios) e do poder religioso (os santuários) que são
coniventes com a injustiça social reinante.
AS VISÕES:
Na 1ª visão: uma nuvem de gafanhotos se espalha pelo feno maduro onde a parte do rei já havia sido
colhida, mas não o devora a pedido do povo. “Por favor, Senhor: Jacó é tão pequeno! Como poderá resistir?” E Deus
se compadece e diz: “Isto não vai acontecer”.
Na 2ª visão: vê Javé convocar o fogo que começa a consumir a roça, mas sob o pedido de clemência, Deus
se compadece e diz: “Isto não acontecerá”. Deus não castigará os pobres.
Na 3ª visão: Javé sobre um muro passa o nível entre o povo. Deus não vai perdoar.
Na 4ª visão: Chegou a hora final: Javé mostra a Amós uma cesta de frutas maduras e diz que o que está
maduro é o fim para o povo de Israel. Haverá cadáveres espalhados por toda parte. Silêncio.
Na 5ª visão: o castigo implacável: Eu vi Javé perto do altar e Ele me disse: “Bata no alto das colunas para
fazer tremer os umbrais. Quebre a cabeça de todo, pois que o resto eu matarei pela espada, ninguém escapará”.
Amós é acusado de subversão e expulso de Israel pelo sacerdote de Betel, mas antes de partir para o sul, o
pacato criador de cabras e cultivador de sicômeros disse: “Foi Deus que me tirou de trás do meu rebanho e mandou
profetizar em Israel e por fim lhe digo, Amasias, que sua mulher vai se tornar prostituta na cidade e seus filhos e
filhas vão morrer a golpes de espadas, sua terra será repartida e você mesmo irá morrer em terra estrangeira. E
Israel será levado para o exílio, longe de sua terra”.
Dois anos depois destas profecias, a região toda é abalada por um grande terremoto e os Assírios, os
eternos inimigos de Israel, invadem e destroem logo tudo, de Emat até o riacho de Arabá, ou seja, do norte até o sul,
todo o povo é levado para o exílio, na Babilônia, que duraria 200 anos, onde o povo de Israel purificaria a sua alma,
pelo amargor da vida, e confiam no perdão de Deus, na esperança de reconstruir o reino de Judá.
O Livro de Amós é uma resistência às autoridades corruptas, à opressão dos menos favorecidos. Uma lição
sempre ensinada e sempre esquecida.
AS CINCO VIAGENS
Assim como um primeiro discernimento entre o vício e a virtude e entre o erro e a verdade, foi necessário ao
Aprendiz antes de poder viajar ou progredir do Ocidente ao Oriente e das trevas para a Luz, assim também o
reconhecimento de suas faculdades, por meio das quais o Companheiro começa a contestar a pergunta Quem
somos? é condição necessária para empreender as viagens ou etapas de progresso que o esperam nesta segunda
fase de sua carreira maçônica.
As viagens são em número de cinco, como as faculdades que acabamos de examinar, e há um estreito
paralelo entre estas faculdades e os instrumentos que ao aspirante (já potencialmente Companheiro) deverá levar
em cada viagem, ou melhor dizendo, nas quatros primeiras que se efetuam (como o do Aprendiz) do Ocidente ao
Oriente passando pelo Norte, e logo de regresso do Oriente ao Ocidente pelo Sul.
Como o Aprendiz, o Companheiro também deve proceder do mundo concreto, ou do domínio da realidade
objetiva, ao mundo abstrato ou transcendente, o mundo dos Princípios e das Causas, atravessando a região obscura
da dúvida e do erro (o Norte) para voltar pela região iluminada pelos conhecimentos adquiridos (o Sul), constituindo
cada viagem uma nova e diferente etapa de progresso e realização.
A PRIMEIRA VIAGEM
Na primeira viagem ou etapa de seu progresso, o novo companheiro leva os dois instrumentos com os quais
fez seu trabalho de aprendiz, trabalho que agora o incube de prosseguir com a nova habilidade que foi o resultado de
toda a aprendizagem.
A SEGUNDA VIAGEM
Os instrumentos levados na segunda viagem pelo Obreiro que se iniciou nos princípios da Arte são de uma
natureza inteiramente diferente das dois com que fez seu primeiro trabalho: enquanto os primeiros são dois
instrumentos pesados para um trabalho material, aqui teremos dois instrumentos mais ligeiros de precisão para um
objetivo intelectual: a régua e o compasso.
Com estes, alem de verificar e dirigir o trabalho feito com os anteriores (como o fazem o escultor e o artista
consumados, transformando a pedra bruta em arte) o Companheiro se adestra nos primeiros elementos daquela
Geometria, que é um dos objetivos de seu estudo e que nos da Chave da Arte da Construção, ajudando-nos para
interpretar os planos do Divino Arquiteto dos mundos.
A régua e o compasso não são simplesmente dois instrumentos de medida, em que a medida da terra ou
mundo objetivo, seja o significado originário da palavra Geometria, senão melhor criativos e cognitivos, dado que, por
meio deles podemos construir quase todas as figuras geométricas, começando pelos dois elementares, que são a
linha reta e o círculo.
Todas estas figuras tem para o maçom uma importância construtiva no domínio moral e intelectual. A linha
reta que nos traça a régua, é o emblema da direção retilínea de todos nossos esforços e atividades, na qual devem
inspirar-se nossos propósitos e aspirações: o maçom nunca deve separar-se da exatidão e inflexibilidade da linha
reta de seu progresso, que o indica constantemente o mais justo, sábio e melhor e que nunca deve desviar-se de seu
Ideal como da fidelidade aos Princípios que se propôs seguir, representados pelos pontos pelos quais a linha esta
formada.
O círculo mostra e define ao alcance do raio de nossas atuais possibilidades, ou seja o campo de ação
dentro do que devemos atuar e dirigir-nos sabiamente, na direção inflexível indicada pela linha reta que passa
constantemente por seu centro. Aprendemos assim a uniformizar constantemente nossa conduta ao mais nobre e
elevado, adaptando-nos ao mesmo tempo a nossas condições e necessidades atuais e fazendo o melhor uso das
oportunidades e possibilidades que se nos dispensam no raio de nossa ação.
Em outras palavras, a união do círculo com a reta, traçados respectivamente pelo compasso e a régua,
representa a harmonia e o equilíbrio que devemos aprender a realizar entre as possibilidades infinitas de nosso ser e
a realidade das condições finitas e limitadas na qual nos encontramos, conciliando o domínio do concreto com o
abstrato, para uma sempre mais perfeita e progressiva manifestação do Ideal no material.
A TERCEIRA VIAGEM
Conservando a régua em sua mão esquerda, o Companheiro, em sua terceira viagem, depõem o compasso
para substitui-lo por uma alavanca, que apoia com a mão direita sobre a espada do mesmo lado.
Este quinto instrumento, que é como o compasso esta caracterizado pelos dois pontos sobre os que se
aplica (potência e resistência) e um terceiro que o serve de ponto de apoio, tem, em comparação com o precedente,
uma função eminentemente ativa, já que com seu auxilio podemos mover e levantar os objetos mais pesados,
aplicando sobre os mesmos uma força apropriada. Representa por tanto, o meio ou possibilidade que nos oferece,
com o desenvolvimento de nossa inteligência e compreensão (o braço extremo ou potência da alavanca) para
regular e dominar em qualquer momento a inércia da matéria e a gravidade dos instintos, levando-os e movendo-os
para ocupar o lugar que os corresponde na Construção de nosso Edifício Individual.
As duas mãos, que devem aplicar-se sobre este instrumento para que o esforço seja mais efetivo,
representam as duas faculdades (ativa e passiva) da vontade e do pensamento, que devem aqui cooperar - como o
uso do malho e do cinzel - concentrando a força se seus músculos sobre o extremo livre da alavanca.
Qual é, pois, este meio, essa faculdade maravilhosa que remove todos os obstáculos e os leva onde
queremos levá-los, sem a qual as duas mãos juntas não poderiam levantar os objetos pesados sobre os quais
aplicamos?
Desde um ponto de vista geral, a alavanca pode considerar-se como símbolo de toda a Inteligência humana
em seu conjunto, que tem seu fulcro, ou ponto de apoio natural, no corpo físico, sobre o qual atua, na medida
O iniciado seguira levando a régua em sua quarta viagem, acompanhando-a esta vez com o esquadro, o
sexto e último instrumento cujo o uso deve aprender nestas peregrinações que tem por objeto outorgar-lhe aquela
experiência, que necessita para poder encaminhar-se para o Magistério em sua própria arte.
Assim como a união coordenada da régua com o compasso indica a capacidade de dar cada passo, em vista
do objeto que nos propomo-nos, com perfeita retidão, dentro do limite de nossa atuais possibilidades, assim
Este Gênio Individual no qual se revela a verdadeira capacidade do artista é o que o Companheiro trata de
buscar na quinta viagem que, a diferencia das precedentes, se cumpre sem o auxilio de nenhum instrumento e numa
direção oposta a qual se seguiu até agora: para trás e sob a ameaça de uma espada posta sobre seu peito.
Que significa esta troca completa de direção e de atividade? É uma nova etapa de progresso que se cumpre
de uma maneira misteriosa, em oposição com as Leis e Regras seguidas até aqui, ou é um verdadeiro regresso
inevitável para todos, apesar dos esforços realizados para alcançar nosso ser mais elevado? Por que razão
abandonou o Companheiro também a régua simbólica com a qual fez sua entrada na segunda Câmara?
Esta viagem, e a maneira misteriosa como se cumpre, tem muitos sentidos e encerra uma profunda doutrina,
intimamente relacionada com o número cinco que faz esta viagem particularmente peculiar no grau de Companheiro.
Em primeiro lugar, se cumpre sem nenhum instrumento. Isto significa que, fazendo-se adestrado no uso dos
seis instrumentos fundamentais da construção, a saber, o malho, o cinzel, a régua, o compasso, a alavanca, e o
esquadro que correspondem as seis principais faculdades, tem agora que buscar sua sétima faculdade central, que
corresponde a letra G (a sétima letra do alfabeto latino), cujo o perfeito conhecimento o conduzirá ao Magistério.
Representa, em outras palavras, o novo campo de estudo e de atividade que se abre ao artista experimentado no
uso dos diferentes instrumentos, para expressar uma fase superior de suas habilidades, e ao iniciado, uma vez que
há dominado sua natureza inferior e se adestrou no uso de suas diferentes faculdades, com aquisição de novos
poderes que representam a multiplicação de seus talentos.
Indica, portanto, um novo gênero de trabalho, em que deve adestrar-se, e no qual todos os instrumentos
empregados até agora, ainda a mesma régua, são supérfluos, dado que se trata de atividade puramente espiritual,
qual é a meditação que conduz a contemplação da Realidade, a qual chagará ascendendo os cinco degraus de que
a continuação falaremos.
O abandono da régua representa aquele estado de completa liberdade que se consegue uma vez que se ha
dominado os sentidos e as paixões inferiores e o individuo se abre a percepção daquela Luz Interior (simbolizada na
Estrela Flamejante) que faz inútil toda regra externa.
Chega, pois um momento, na evolução individual, no qual todas as regras, ensinamentos e ajudas
exteriores, que até então foram de suma utilidade, já não servem, e quase constituem um obstáculo para seu
progresso ulterior. Devem então abandonar-se, convertendo-se o Artista no instrumento do Gênio Divino que atua
nele, buscando uma perfeita expressão do Ideal em que se manifesta, e fazendo-se igualmente o Iniciado veículo e
expressão daquela Luz que aparece e daquela Voz que se faz ouvir dentro de seu próprio coração.
“O Rei Salomão mandou procurar Hirão, de Tiro. Ele era filho de uma viúva da tribo de
Nephtali, mas seu pai era de Tiro e trabalhava o bronze. Ele era cheio de sabedoria, de inteligência
e de saber para fazer todo gênero de obras de bronze; ele veio para junto do Rei Salomão, e fez
todas as suas obras.
“Hirão fabricou as duas colunas de bronze; a altura de uma coluna era de dezoito côvados e
uma linha de dezoito côvados media a circunferência da segunda coluna, Ele fez dois capitéis de
ouro fundido, para colocá-los no alto das colunas; a altura do primeiro capitel era de cinco
côvados e a altura do segundo capitel era de cinco côvados. Havia aí treliças em forma de redes,
festões em forma de pequenas correntes, nos capitéis que encimavam as colunas, sete num
capitel, sete no segundo capitel. Ele fez duas ordens de romãs em torno de uma das treliças, para
cobrir o capitel que encanava uma das colunas; e o mesmo o fez para o segundo capitel. Os
capitéis que estavam no alto das colunas, no pórtico, representavam lírios com quatro côvados de
altura. Os capitéis colocados em cima das duas colunas eram rodeados de duzentas romãs, no
alto; junto da êntase que ficava além da treliça, havia também duzentas romãs colocadas em torno
do segundo capitel. Ele levantou as colunas no pórtico do Templo; levantou a coluna da direita e
chamou-a de Jachin: depois levantou a coluna da esquerda e chamou-a de Booz - E por cima das
colunas havia um trabalho representando lírios. Assim foi terminada a obra das colunas.”
Observando com cuidado a descrição das Colunas, podemos deduzir logicamente que havia
dois capitéis superpostos: um de 5 côvados de altura, o outro de 4, o que levaria a altura total das
colunas a 27 côvados, ficando o módulo igual a sete. O texto bíblico fala também de sete fileiras de
pequenas correntes, de um lírio com quatro côvados de altura e de capitéis com cinco côvados de
altura. Se o capitel tinha uma altura de 5 côvados e os lírios 4, restaria apenas uma altura de um
côvado ) no qual teriam de ser localizadas as sete fileiras de pequenas correntes; estas seriam
então de dimensões muito pequenas e muito pouco visíveis a uma altura de 10 metros.
Na Bíblia não observamos nenhuma menção sobre pedestal e é provável que estes não
existissem; as colunas deveriam ser colocadas diretamente na terra, sobre uma base de pedra.
Essas duas Colunas eram semelhantes e idênticas. Somente suas posições, à direita e à
esquerda, e os nomes que lhes foram dados as diferenciavam.
Riccioti fornece pormenores notáveis:
“De cada lado da entrada do vestíbulo, encontrava-se uma coluna de bronze oca, de uma
altura de 9 m 90 cm (18 côvados), encimada por um capitel arredondado, com uma altura de 2 m 75
cm (5 côvados), ou seja, uma altura total de 12 m 65 cm (23 côvados). O nome da coluna da direita
era Yakhin, “ele tornará estável”, e o da coluna da esquerda Bo’az, “nele há força”; de acordo com
sua forma atual, esses dois nomes deveriam estar relacionados com Yahvé, que mantém o templo
Jachin, isto é, “ele estabelecerá”; Booz (hebraico Boaz), isto é“na força”as duas palavras
reunidas significam, portanto: Deus estabeleceu na força, solidamente, o templo e a religião de que
ele é o centro.
“A Bíblia nos diz, que as duas colunas de bronze, obra do fundidor tiriano Hirão, foram
erigidas à entrada do Templo de Salomão, uma à direita, sob o nome de Jachin, e a outra à
esquerda, sob o nome de Booz. Jamais houve qualquer contestação sobre o sexo simbólico
dessas duas colunas, a primeira delas suficientemente caracterizada como masculina pelo Iod
inicial que a designa comumente. Com efeito, essa letra hebraica corresponde à masculinidade por
excelência. Beth, a segunda letra do alfabeto hebraico, por outro lado, é considerada como
essencialmente feminina, porque seu nome quer dizer casa, habitação, de onde a idéia de
receptáculo, de caverna, de útero, etc. A Coluna J.’. é, portanto, masculina-ativa, e a Coluna B.’.
feminina-passiva. O simbolismo das cores exige, conseqüentemente, que a primeira seja vermelha
e a segunda branca ou negra.
A palavra Jachin, em hebraico, escreve-se com as letras Iod, Caph, Iod, Nun. Para evitar erro
na pronúncia, escreve-se às vezes Jakin. A palavra Booz escreve-se com as letras Beth, Aïn (letra
que não pode ser traduzida foneticamente senão por uma aspiração sonora, pelo espírito forte do
grego), Zaïn. Muitas vezes escreve-se Booz em lugar de Boaz; no entanto, esta última ortografia
está mais de acordo com o hebraico.
A Bíblia é formal: ela coloca Jachin à direita e Boaz à esquerda, o que está conforme com o
simbolismo tradicional e universal.
O Rito Escocês coloca as duas Colunas desse modo, mas o Rito Francês inverteu as
respectivas posições: ele coloca Jachín à esquerda e Boaz á direita, sendo que nada justifica essa
mudança, nem mesmo o fato de essas colunas terem sido transportadas do exterior para o interior
do Templo.
Maçonicamente o Sol corresponde à Coluna J.’. e a Lua corresponde à Coluna B.’. e lhes
são atribuídas as seguintes cores: Vermelho à Coluna J.’., Branco ou Preto à Coluna B.’., corres-
pondendo assim ao Ativo e ao Passivo.
Se nos ativermos ao texto bíblico, as duas Colunas eram de bronze e ambas da cor natural
desse metal. Para diferenciá-las, decidiu-se adicionar-lhes as cores e tal decisão é arbitrária e
discutível.
OS TRÊS PILARES
SABEDORIA, FORÇA E BELEZA
Conforme o Rito Escocês os três Pilares devem estar em esquadro nos ângulos
do Quadrado Oblongo: um no ângulo oriente-meio-dia, outro no ângulo ocidente-
meio-dia e o terceiro no ângulo ocidente setentrião.
Não se deve confundir esses três Pilares com as duas Colunas situadas à
entrada do Templo.
O nome dos três pilares, sustentáculos misteriosos de nossos Templos, são
Sabedoria (para inventar), Força (para dirigir) e Beleza (para adornar).
O simbolismo dos três Pilares era idêntico ao das duas Colunas, ás quais
eles aplicam também os adjetivos de Sabedoria e de Força.
Ao ternário: Sabedoria, Força e Beleza, Oswald Wirth faz corresponder os se-
guintes ternários:
Notar-se-á que os nomes desses três Pilares são os de três das Sephiroth da
Cabala. Sabemos que na Cabala hebraica as Sephiroth representam um sistema
particular de emanação divina.
No principio, houve confusão entre Chesed e Tiphereth, pois os três Pilares
visíveis do Quadrado oblongo só podem ser Chochmah, Geburah e Chesed. O quarto
Pilar, que liga diretamente o Visível ao invisível, Binah, a Inteligência Suprema,
estando isolado de toda matéria, existe, mas não se mostra a nossos olhos mortais.
Por outro lado, a disposição desses três Pilares implica na existência virtual do
quarto.
Cada um dos três Pilares corresponde a um dos três principais Oficiais da
Loja: a Sabedoria, ao Venerável; a Força, ao primeiro Vigilante; a Beleza, ao
segundo Vigilante.
ORDENS ARQUITETÔNICAS
As ordens arquitetônicas foram descritas por Vitrúvio (Marcus Vitrúvius Polo) arquiteto e
engenheiro romano que viveu um século antes da nossa era.
Durante séculos as instruções detalhadas contidas nos “Dez Livros de Arquitetura” foram
Vitrúvio afirma que quando se consegue a comodulação perfeita, ou seja, a ligação de todos
os elementos arquitetônicos com o todo, por meio de um sistema de proporção, consegue-se a
“Eurritmia” que consiste na beleza e conveniência no ajustamento das partes.
Determina que a simetria, é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação
entre os diferentes elementos e todo o esquema geral.
Vitrúvio também demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma, o
Deve-se agradecer a Vitrúvio o fato de ter sido ele quem preservou em seus escritos essas
formas arquitetônicas, em especial as da arquitetura grega, no que diz respeito ás colunas das
ordens Dórica, Coríntia, Jônica, Compósita e Toscana.
As antigas Ordens de Arquitetura reverenciadas pelos Maçons, não são mais que Três, a
Dórica, a Jônica e a Coríntia.
O universo é mental ou Mente. Isso significa que todo universo fenomenal é simplesmente uma
criação mental do TODO... Que o universo tem sua existência na Mente do TODO.
Uma outra maneira de dizer isso é: "tudo existe na mente do Deus e da Deusa que nos 'pensa' para que
possamos existir. Toda a criação principiou como uma idéia da mente divina que continuaria a viver, a
mover-se e a ter seu ser na divina consciência."
"O Universo e toda a matéria são consciência do processo de evolução."
Minha opinião é que toda a matéria são como os neurônios de uma grande mente, o universo consciente, que
"pensa".
Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contem
todo o conhecimento.
É claro que não estamos conscientes de "todo o conhecimento" em qualquer momento dado, por que seria
uma tarefa exorbitante manuseá-lo e processa-lo e ficaríamos loucos no processo.
Os cinco sentidos do cérebro humano atuam tanto como filtros como fontes de informação. Eles bloqueiam
uma considerável soma de informação caso contrário seriamos esmagados por informações que nos
bombardeiam minuto a minuto como sons, cheiros e até idéias, não seriamos capazes de nos concentrarmos
nas tarefas especificas em mãos. Mas sob condições corretas de consciência podemos moderar, ou até
desligar o processo de filtração, com a consciência alterada, o conhecimento universal (i.e. Registros
Akáshicos)
torna-se acessível. Abramos nossa mente ao TODO (i.e. o Uno, Deusa + Deus). Deixemos o conhecimento
entrar.
2ª Lei da Correspondência:
"Aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo."
Essa lei é importante porque nos lembra que vivemos em mais que um mundo.
Vivemos nas coordenadas do espaço físico, mas também vivemos em um mundo sem espaço e nem tempo.
A perspectiva da Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A
nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa
volta. O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro
no microcosmo e vice-versa.
Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas
3ª Lei da vibração:
Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em
repouso.
Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida
ou imóvel , mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia com as vibrações térmicas do seu
meio ambiente.
A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento e ritmo.
Ela dança.
4ª Lei da Polaridade:
A polaridade é a chave de poder no sistema hermético. Tudo é dual. Os opostos são apenas
extremos da mesma coisa. Energia negativa (-) é tão "boa" ou "má" quanto energia positiva (+).
5ª Lei do ritmo:
Tudo está em movimento, a realidade compõe-se de opostos.
E os opostos se movem em círculos.
As coisas recuam e avançam, descem e sobem, entram e saem. Mas também giram em círculos e espirais. A
lei do ritmo nos assegura que cada ciclo busca sua complementação. A grande roda da vida esta sempre
fazendo um circulo. O que se muda é o tamanho desse círculo.
6ª Lei do Gênero:
O principio hermético do gênero diz que todos tem componentes masculinos e femininos. É uma
importante aplicação da lei da polaridade. É semelhante ao principio com o principio animas animus que
Carl Jung e seus seguidores popularizaram, ou seja que cada pessoa contém aspectos masculinos e
femininos, independente do seu gênero físico, nenhum ser humano é 100% homem ou mulher, e isso é até
astrologicamente explicado, uma vez que todos somos influenciados por todos os signos (uns mais, outros
menos), e metade do zodíaco é feminino, enquanto que a outra metade é obviamente masculina (Esse é mais
um argumento que suporta a igualdade entre Deus e Deusa).
Em todas as coisas existe uma energia receptiva feminina e uma energia
projetiva masculina, a que os chineses chamavam de Yin Yang (e o que os bruxos chamam de Deusa e
Deus).
CONSTITUIÇÃO DE ANDERSON
Constituição, História, Leis, Obrigações, Ordens, Regulamentos e Usos da Muito Respeitável Fraternidade dos
Pedreiros-Livres Aceites, coligida dos seus Registos Gerais e das suas fiéis tradições de muitas épocas.
I - Respeitando a Deus e à Religião Um Pedreiro é obrigado, pela sua condição, a obedecer à lei
moral. E, se compreende correctamente a Arte, nunca será um ateu estúpido nem um libertino irreligioso. Mas,
embora, nos tempos antigos, os pedreiros fossem obrigados, em cada país, a ser da religião desse país ou nação,
qualquer que ela fosse, julga-se agora mais adequado obrigá-los apenas àquela religião na qual todos os homens
concordam, deixando a cada um as suas convicções próprias: isto é, a serem homens bons e leais ou homens
honrados e honestos, quaisquer que sejam as denominações ou crenças que os possam distinguir. Por consequência,
a Maçonaria converte-se no Centro de União e no meio de conciliar uma amizade verdadeira entre pessoas que
poderiam permanecer sempre distanciadas.
III - Das Lojas Uma Loja é o local onde se reúnem e trabalham pedreiros. Portanto, toda a assembleia
ou sociedade de pedreiros, devidamente organizada, é chamada loja, devendo todo o irmão pertencer a uma e estar
sujeito ao seu regulamento e aos regulamentos gerais. Uma loja é particular ou geral e será melhor entendida pela
sua frequência e pelos regulamentos da loja geral ou Grande Loja, adiante apensos. Nos tempos antigos, nenhum
mestre nem companheiro se podia ausentar dela, especialmente quando avisado para comparecer, sem incorrer em
severa censura, a menos que parecesse ao mestre e aos vigilantes que a pura necessidade o impedira.
V - Da Gestão do Ofício no Trabalho Todos os pedreiros trabalharão honestamente nos dias úteis
para que possam viver honradamente nos dias santos; e observar-se-á o tempo prescrito pela lei da terra ou
confirmado pelo costume. O mais apto dos companheiros será escolhido ou nomeado mestre ou inspector do trabalho
do Senhor; e será chamado mestre por aqueles que trabalham sob ele. Os obreiros devem evitar toda a linguagem
grosseira e não se tratar por nomes descorteses, mas sim por irmão ou companheiro; e devem comportar-se com
urbanidade dentro e fora da loja. O mestre, conhecendo-se a si mesmo capaz de destreza, empreenderá o trabalho
do Senhor tão razoavelmente quanto possível e utilizará fielmente os materiais como se seus fossem; nã dará a irmão
ou aprendiz maiores salários dos que ele, realmente, possa merecer. Tanto o mestre como os pedreiros, recebendo
os seus salários com exactidão, serão fiéis ao Senhor e terminarão o trabalho honestamente, quer ele seja à tarefa
quer ao dia; não converterão em tarefa o trabalho que costume ser ao dia. Ninguém terá inveja da prosperidade de
um irmão, nem o suplantará, nem o porá fora do trabalho se ele for capaz de o terminar; porque nenhum homem
pode terminar o trabalho de um outro com o mesmo proveito para o Senhor a menos que esteja completamente
familiarizado com os desenhos e planos daquele que o começou. Quando um companheiro for escolhido como
vigilante do trabalho sob o mestre, será leal tanto para com o mestre como para com os companheiros, vigiando
zelosamente o trabalho na ausência do mestre, para proveito do Senhor; e os seus irmãos obedecer-lhe-ão. Todos os
pedreiros empregados receberão o salário em sossego, sem murmurar nem se amotinar, e nã abandonarão o mestre
até o trabalho estar concluído. Cada irmão mais jovem será instruído no trabalho, para se evitar que estrague os
materiais por falta de conhecimento e para aumentar e continuar o amor fraternal. Todas as ferramentas usadas no
trabalho serão aprovadas pela Grande Loja. Nenhum outro trabalhador será empregado no trabalho próprio da
Maçonaria; nem os pedreiros-livres trabalharão com aqueles que não forem livres, salvo necessidade urgente; nem
ensinarão trabalhadores e pedreiros não aceites como ensinariam um irmão ou um companheiro.
2. Conduta depois de a Loja ter encerrado e antes dos irmãos terem partido Podeis divertir-vos com alegria
inocente, convivendo uns com os outros segundo as vossas possibilidades. Evitai porém todos os excessos, sem
forçar um irmão a comer ou a beber para além dos seus desejos, sem o impedir de partir quando o chamarem os
seus assuntos e sem dizer ou fazer qualquer coisa ofensiva ou que possa tolher uma conversação afável e livre.
Porque isso destruiria a nossa harmonia e anularia os nossos louváveis propósitos. Portanto, não se tragam para
dentro da porta da loja rancores nem questões e, menos ainda, disputas sobre religião, nações ou política do Estado.
Somos apenas pedreiros, da religião universal atrás mencionada. Somos também de todas as nações, línguas, raças e
estilos e somos resolutamente contra toda a política, como algo que até hoje e de hoje em diante jamais conduziu ao
bem-estar da loja. Esta obrigação sempre tem sido prescrita e observada e, mais especialmente, desde a Reforma na
Grã-Bretanha, ou a dissenção e secessão destas nações da comunhão de Roma.
3. Conduta quando irmãos se encontram sem estranhos mas não em loja formada. Deveis cumprimentar-vos
uns aos outros de maneira cortês, como vos ensinarão, chamando-vos uns aos outros irmãos, dando-vos livremente
instrução mútua quando tal parecer conveniente, sem serdes vistos nem ouvidos e sem vos ofenderdes uns aos
outros nem vos afastardes do respeito que é devido a qualquer irmão, mesmo que não fosse pedreiro. Porque
embora todos os pedreiros sejam como irmãos, ao mesmo nível, a Maçonaria não retira ao homem a honra que ele
antes tinha; pelo contrário, acrescenta-lhe honra, principalmente se ele bem mereceu da Fraternidade, a qual deve
conceder honra a quem for devida e evitar as más maneiras.
4. Conduta na presença de estranhos não pedreiros. Sereis prudentes nas vossas palavras e atitudes, a fim
de que o mais penetrante dos estranhos não seja capaz de descobrir ou achar o que não convém sugerir; por vezes
desviareis a conversa e conduzi-la-eis com prudência, para honra da augusta Fraternidade.
5. Conduta em casa e para com os vizinhos. Deveis proceder como convém a um homem moral e avisado;
em especial, não deixeis família, amigos e vizinhos conhecer o que respeita à loja, etc. mas consultai prudentemente
a vossa própria honra e a da antiga Fraternidade por razões que não têm aqui de ser mencionadas. Deveis também
ter em conta a vossa saúde, não vos conservando fora de casa, depois de terem passado as horas de loja; evitai os
excessos de comida e de bebida, para que as vossas famílias não sejam negligenciadas nem prejudicadas e vós
próprios incapazes de trabalhar.
6. conduta para com um irmão estranho. Deveis examiná-lo com cuidado, da maneira que a prudência vos
dirigir de forma que não vos deixeis enganar por um ignorante e falso pretendente, a quem rejeitarei com desprezo e
escárnio, evitando dar-lhe quaisquer sinais de reconhecimento.
Contudo, se descobrirdes nele um irmão verdadeiro e genuíno, então deveis respeitá-lo; e, se ele tiver
qualquer necessidade, deveis ajudá-lo se puderdes ou então dirigi-lo para quem o possa ajudar. Deveis empregá-lo
durante alguns dias, ou recomendá-lo para que seja empregado. Mas não sois obrigado a ir além das vossas
possibilidades, somente a preferir um irmã pobre, que seja homem bom e sincero, a quaisquer outros pobres em
idênticas circunstâncias.
Finalmente, todas estas obrigações são para observardes, e assim também as que vos serão comunicadas
por outra via; cultivando o amor fraternal, fundamento e remate, cimento e glória desta antiga Fraternidade, evitando
toda a disputa e querela, toda a calúnia e maledicência, não permitindo a outros caluniar um irmão honesto, mas
defendendo o seu carácter e prestando-lhe todos os bons ofícios compatíveis com a vossa honra e segurança e não
mais. E se algum deles vos fizer mal, dirigi-vos à vossa própria loja ou à dele; e daí, podeis apelar para a Grande
Loja, aquando da Comunicação Trimestral, e daí para a Grande Loja anual, como tem sido a antiga e louvável
conduta dos nossos antepassados em todas as nações; nunca recorrendo à justiça a não ser quando o caso não se
possa decidir de outra maneira, e escutando pacientemente o conselho honesto e amigo de mestre e companheiros
quando vos queiram impedir de recorrerdes à justiça com estranhos ou vos incitar a pordes rapidamente termo a
todo o processo, a fim de que vos possais ocupar dos assuntos da Maçonaria com mais alacridade e sucesso; mas
com respeito aos irmãos ou companheiros em juízo, o mestre e os irmãos devem com caridade oferecer a sua
mediação, a qual deve ser aceite com agradecimento pelos irmãos contendores; e se essa submissão for impraticável,
devem então continuar o seu processo ou pleito sem ira nem rancor (não na maneira usual), nada dizendo ou
Fonte: Anderson's Constitutions, Constitutions d'Anderson 1723, texte anglais de l'édition de 1723,
introduction, traduction et notes par Daniel Ligou, Paris, Lauzeray International, 1978, tradução directa do inglês para
português, in A Maçonaria Portuguesa e o Estado Novo - 2ª Edição, de A. H. de Oliveira Marques, Lisboa, Publicações
Dom Quixote, 1983 (pp. 76-82)
DEISMO E TEISMO
A Maçonaria não é uma Religião, como também não é um Partido Político; nem se filia a
nenhuma Filosofia. É uma instituição "sui generis".
Religião (do latim religio) é o conjunto de doutrinas e práticas, que constituem, as relações do homem
com o Ente Supremo ou a Potência Divina. Daí, toda religião ter, essencialmente, os dogmas e o culto.
O instinto religioso existe em todas as raças e em todos os povos. É intrínseco à natureza humana, e
nasceu do sentimento do mistério das cousas, a angústia do desconhecido, e o terror perante as forças naturais.
A Maçonaria proclamou-se uma instituição ecumênica, ou universal. Acolhe indivíduos de todas as crenças
e nacionalidades. Donde, em matéria religiosa, não admitir o sectarismo ou a parcialidade e, por isso, a liturgia
maçônica se fundamenta no denominador comum de todas as religiões.
A Maçonaria preocupa-se com a formação ética, cultural e cívica de seus Obreiros; deixa a individuação
religiosa à própria inclinação de cada um, no regaço de sua Igreja.
Na faixa do sentimento religioso, há uma gradação: ateísmo, agnosticismo, deismo, teismo e misticismo.
Os dois extremos: o ateísmo e o misticismo não cabem na filosofia da Maçonaria contemporânea: O ateísmo
porque é a negação e o misticismo a sua exaltação supranormal.
Estuda a seguir o ateísmo, separando-o em ateísmo negativo e positivo. Informa que a União soviética foi
o primeiro país no mundo a propagar oficialmente o teismo. Apesar disso, a Igreja Ortodoxa Russa não se
extinguiu; ao contrario, está firme e ganha terreno.
Os demais paises comunistas também propagam o ateísmo, numa luta também estéril contra a Religião.
O misticismo está no extremo da linha religiosa. Passa em revista os fundamentos do misticismo, focaliza
os grandes místicos do cristianismo: Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz.
O termo agnosticismo foi criado pelo inglês Huxley Herbert Spencer era agnóstico e admitia um domínio
da Ciência e um domínio do Incognoscível.
Augusto Comte era também agnóstico, porque afirmava que a Origem Primeira, a Substância e o Fim são
inacessíveis ao espírito humano.
O agnóstico não é ateu, nem anti-religioso, nem combate nenhuma religião. Os agnósticos de boa
formação moral ("de bons costumes") praticam o bem, pelo bem, sem esperar a recompensa de Deus, que eles
não alcançam, e sem o temor do inferno, que eles desconhecem.
Deismo. O deismo consiste em honrar um Deus abstrato, Criador e organizador do mundo. Há mais no
deismo o respeito à lei moral, isto é, à religião natural.
O deismo não é, pois, propriamente urna doutrina religiosa: é mais um sistema filosófico. O deismo
admite que o que existe tem necessariamente uma Causa. Mais uma vez criado o Universo e os Seres, eles
evoluem por si mesmos. Para os deistas, o Supremo Arquiteto do Universo é o Princípio Criador do Universo e
Orientador da Maçonaria e o trabalho à sua glória consiste em bem servir à inspiração coletiva da humanidade,
para o progresso e a evolução.
Teismo. O teismo é a doutrina religiosa que admite a existência de Deus e a sua ação providencial no
Universo, O deismo não admite a revelação nem a providência "divina". O teista, ao contrário, diz que Deus age
sobre o mundo por sua previdência e manifesta-se ao mundo por sua revelação.
Toda religião representa um conjunto de práticas e doutrinas, que constituem as relações do homem com
a Potência Divina. A palavra "religião", do latim "religio", significa o laço, que une o homem a Deus, traduzido pela
piedade e pela devoção.
O teismo considera Deus infinitamente perfeito, Criador e Regulador do Universo. É um Ser transcendente
ao Universo. Para o teista, Deus tem 5 atributos metafísicos: unidade, simplicidade, imutabilidade, eternidade e
imensidade, e 7 atributos morais: inteligência, ciência, sabedoria, onipotência, liberdade, personalidade e
providência.
Para os teistas, o Supr Arqdo Universo é Deus; trabalhar à sua glória significa trabalhar sob o signo de
Deus e pelo procedimento reto merecer as suas bênçãos.
O IrPalmeira passa a examinar a posição da Maçonaria contemporânea frente ao agnosticismo, ao deismo
e ao teismo.
Comenta o Capítulo 1o das Constituições de Anderson: "O que se refere a Deus e à Religião". Mostra que o
primitivo conceito de religião, aí estatuído, não é o que condiciona a ação maçônica da Grande Loja Unida da
Inglaterra, a Grande Loja Mãe.
Estuda a reação do Grande Oriente de França, operada na reforma de 1876/1877, recusando-se a
qualquer afirmação dogmática, retirando a Bíblia do Ados Je cancelando a expressão; "A glória do Grande
Arquiteto do Universo". O Grande Oriente de França lidera a corrente maçônica agnóstica.
O deismo penetrou grandemente na Maçonaria. O Congresso de Lausanne, em 1875, dos Supremos
Conselhos do Rito Escocês produziu uma Declaração de Princípios inteiramente deista, proclamando a existência
de um Princípio Criador, sob o nome de Grande Arquiteto do Universo.
O teismo, isto é, a crença em um Deus Criador o onipotente e a crença na vida eterna, tem geral
aceitação doutrinária na Maçonaria anglo-saxônica. A Grande Loja Unida da Inglaterra vai mais longe e afirma que
a própria Maçonaria é um culto, fundado em base religiosa.
O conferencista informa que a linha doutrinária maçônica do Grande Oriente do Brasil abrange o
agnosticismo (Rito Moderno), o deismo (Rito Escocês Antigo e Aceito) e o teismo (Ritos Adoniramita, Brasileira,
Schroder e York). Tudo isso se pode exemplificar com os Rituais em vigor.
O Ir:. Palmeira refere-se por fim, como adenda, ao budismo e à presença de Jesus na Maçonaria.
Na faixa do sentimento religioso, o budismo ocupa um lugar especial, porque é uma religião sem Deus. Do
budismo nasceu o lamaismo. Buda, o fundador, chamava-se no século Sidarta Gotama ou Çakia Muni. Fora um
príncipe, retirara-se do mundo aos 29 anos e estivera seis anos em meditação. Ao reaparecer em Benares,
deram-lhe o designativo, de Buda, isto é, o sábio iluminado. Buda não reconhecia nenhum Deus pessoal, não
tinha orações nem templos. Paradoxalmente, depois de morto, passou a ser considerado um Deus, com preces,
templos, estátuas, sacerdotes (estes são os "bonzos" na China e os "lamas" no Tibet).
Os essênios constituam uma fraternidade e viviam em comum. Não tinham escravos, desprezavam as
riquezas, vestiam-se de branco, não se preocupavam com os estudos e sim com a santidade do espírito.
BIBLIOGRAFIA:
Este trabalho foi feito através de pesquisa realizada na internet.
AS VIRTUDES
FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE
As virtudes são, então, como que uma força habitual, que não desaparece com
facilidade, que nos leva a viver retamente, praticando o bem e evitando o mal. Elas
sempre acompanham a graça santificante. Nós recebemos as virtudes pela primeira
vez na hora do Batismo.
Quando nós não praticamos atos de virtude, acabamos adquirindo na alma uma força má, que é o
contrário da virtude. Esta força má chama-se vício. Os vícios também são muito difíceis de desaparecer. Por
Existem virtudes que nos levam a conhecer e amar a Deus e também a todos
os irmãos - são as virtudes teologais, a Fé, a Esperança e a Caridade.
As Virtudes Teologais
As Virtudes Teologais, como o nome indica, são as virtudes que nos fazem
agir bem em relação a Deus e ao próximo. Elas são essencialmente sobrenaturais,
pois, além de serem dons divinos, elas se dirigem a Deus nos seus atos. E isso deve
nos levar a agradecer muito ao GADU. Além de nos ajudar a praticar os atos de
virtude necessários para o nosso dia a dia, nos infunde na alma virtudes tão
especiais que nos levam à sua intimidade, nos devolve a imagem e semelhança
divinas que perdemos pelo pecado.
Não podemos crer, ou seja, praticar atos de Fé, sem a graça de Deus. A Fé é
como os olhos da alma, com os quais podemos perceber, desde já, os mistérios
divinos que contemplaremos face a face no céu.
oferecidas pelo presente, de tal sorte que a luta pela vida e os sofrimentos são enfrentados como contingências
passageiras, na marcha para um fim mais alto e de maior valor. Do ponto de vista teológico, a Esperança é uma
virtude sobrenatural, que leva o homem a desejar Deus, como bem supremo.
É justamente por isso que temos a virtude da Esperança. Com ela sabemos
que Deus nunca deixará de nos ajudar com suas graças e por isso estaremos
sempre prontos para lutar contra as coisas erradas e contra nossos vícios. Com isso
fica claro que nossa vida de virtudes nos ajuda a conquistar o bom caminho na
escada de Jacó, pois quando praticamos o bem e fugimos do mal, recebemos a
recompensa de Deus.
Na nossa vida, precisamos viver sempre em função da Fé e da Esperança, pois esta vida se realiza,
na verdade, pelo amor de Deus, que é a terceira virtude teologal, a Caridade.
Segundo Paulo, a CARIDADE é a terceira e a maior, a mais importante das três virtudes que o
homem deve nutrir.
Amamos a Deus por causa da Sua perfeição infinita e de sua bondade. Deus é
o próprio amor. Por isso, quando amamos alguém na caridade, esse amor nos foi
dado por Deus. O Amor por si mesmo e o Amor ao Próximo
Um maçom não pode nunca, por motivo justificado ou não, ser falso a
seus fatos, suas promessas, seus amigos, seu Deus. Ele é chamado diariamente a
defender os baluartes e preceitos da Ordem, de modo que nunca possa falhar como
líder e como homem.
O Segundo Grau arrima-se, sobretudo, no aforismo do filósofo francês Renê Descartes: "Se
duvido, penso,- se penso, existo". Este é um grau que se situa, filosoficamente, num patamar bem
elevado, abjurando definitivamente das superstições, voltando-se para a verdade científica. Neste grau,
podemos fazer uma síntese das filosofias de Pitágoras, de Parmênides, de Sócrates, além de outros.
Para Varoli, é o Grau principal e o mais histórico da Maçonaria. É dele a afirmação de que não é
maçom o Iniciado que não conhecer bem o Segundo Grau simbólico, cuja doutrina é a mais perfeita
síntese da história da humanidade e a mais completa exposição de que o homem tem passado por
iniciações contínuas.
A primeira grande influência filosófica do Segundo Grau é dos primeiros pré-socráticos. Eles
começaram por Indagar: "O que somos? O que é que existe? De onde vieram as coisas? Para onde
Iremos?" E se viram diante do grande problema do achar o princípio das coisas existentes. O que
desejavam era encontrar uma resposta que se baseasse num ponto de vista lógico ou uma proposição de
aspecto geral que permitisse chegar a conclusões concretas, a partir de si mesmos. Era mister descobrir
as razões das mudanças, talvez até aparentes, que se sucediam constantemente na natureza. O homem
ficava deslumbrado diante do fenômeno que consistia em as coisas mudarem, desaparecerem e a
natureza continuar a mesma. E é o que acontece com o Companheiro, cuja primeira tarefa é fazer uma
análise objetiva da realidade física, a fim de que possa chegar a ter um conhecimento tanto quanto maior
da physis. Já o primeiro filósofo grego, Tales de Mileto, buscou nas coisas aquilo que seria o princípio de
todas as outras coisas, isto é, que coisa merecia ser considerada por ele com a dignidade do ser que
tivesse existência em si e fosse capaz de dar origem a tudo o que existe.
A vida é um enigma e, no Segundo Grau, o tema é abordado filosoficamente. O que sou eu? O que
é a vida? Que estou fazendo neste mundo?
De Platão, o Companheiro herdou a Realidade Ideal. Platão baseou a sua filosofia no quaternário -
Sabedoria, Fortaleza, Temperança e Justiça -que, eticamente, devem ser o apanágio do Companheiro
Maçom.
Este trabalho nos foi enviado via internet pelo Ir.’. Joel de Castro Filho
E no que diz respeito aos cristãos, diz o Corão: "E Nós [Deus] enviamos
também Jesus, filho de Maria, a quem concedemos o Evangelho e infundimos compaixão e
clemência nos corações daqueles que o seguem." (Sura 57:27)
Por fim, a maçonaria, por ser uma sociedade universal, de doutrina liberal
e evolucionista, deve perseguir e combater o fanatismo, seja ele, em qualquer âmbito, bem
como, devemos nos empenhar ao máximo, para que o mundo não banalize o preceito e a
intolerância.
Ir∴Carlos Alberto
A LIBERDADE
Falar sobre liberdade é quase o mesmo que falar sobre a história da evolução humana.
“No segundo ano de sua vinda à casa de Deus em Jerusalém, no segundo mês,
Zorobabel, filho de Selatiel, e Jesuá, filho de Jozadaque, e os outros seus irmãos, sacerdo-
tes e levitas, e todos os que vieram do cativeiro a Jerusalém, começaram a obra da Casa
do Senhor e constituíram levitas da idade de vinte anos para cima para a superintenderem.
Então se apresentaram Jesuá com seus filhos e seus irmãos.
Cadmiel e seus filhos, os filhos de Judá, para juntamente vigiaremos que faziam a obra na Casa de
Deus, bem como os filhos de Henadade, seus filhos e seus irmãos, os levitas.
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