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Cartilha do Companheiro
Coleção
]
Biblioteca
i
do Maçom
Cartilha do Companheiro
JO SÉ CASTELLANI
RAIMUNDO RODRIGUES
C artilha do
C om panheiro
■■
Sumario
Apresentação I 9
Apresentação para a 4 a Edição I 11
Todos os di retios desta edição são reservados a Obediência: Raimundo Rodrigues-Grande Lofa
EDITORA MAÇÔNICA "A TROLHA” LTDA.
Rua Castro Alves, 2 6 4 - Jd. ShangrHá A Pioibida a reprodução total ou paroaJ desta obra, de
C k . Postal 238 - CEP 86001 -970 mecânico, Inclusive através de processos xerográ-
floos, incluindo ainda o uso da internei, sem a
Fone (43) 3337-1932 - Fax (43) 332^0915
Site: wwiiV.airolha.oom.br permissão expressa da Editora UA TROLHA*f na
Coordenação Geral:
Conselho Editorial
V Edição: 1998
2* Edição: 2002-Tiragem : 500exemplares
3* Edição: 2005 - Tiragem: 1,000 exemplares
4a Edição: 2 0 0 9 - Tiragem; 300exemplares
f Capa:
Ulisses Candreva
Impressão e acabamento:
Midlograí Artes Gráficas Ltda.
CDD 366J09
CDU 061.2366
1. M açonarla-R losoíía • 7
061.236.6 (CDU)
2. Maçonaria - Grau de Companheiro - História
061.236.6 (CDU)
4 a Edlçao
I a Reimpressão: 2010 Tiragem: 600 exemplares
Castellar»! e Rodrigues
Apresentação
9
Castetlani e Rodrigues
(com o ten h o, fa ç o uso desse m an an cial d e cultura m açôn ica, tod a
vez q u e necessito).
M eu m a io r p ro b lem a é n ão ser m uito repetitivo ao fa la r s o
b re esse autor. P ois sã o duas ed içõ es novas, p o r a n o , além das
reed ições, das quais, tam bém , eu fa ç o as apresen tações.
O outro p o n to p ositivo deste livro, é a particip ação d o m eu
qu erid o Q u éqité —R aim u n do A crean o R odrigues d e A lbu qu erqu e -
o Presidente da A ca d em ia M a çô n ica d e C iêttd as, A rtes e Letras
d e S ão P au lo - d a qu al tenho a h o n ra de pertencer. O P rofessor
R aim undo R odrigues, com sua im ensa cultura, fo i um a das m aiores
e m elh ores aqu isições qu e a M açon aria fez nas últim as décadas.
Sua particip ação n o m eio cultural m açòn ico é, realm ente, de
um a im portân cia tã o grande e tã o qu erida, q u e é difícil entender
co m o a M açonaria viveu sem a presen ça desse extraordinário Irm ão.
Que este livro, assim <x>mo os outros anteriores, tenha o m esm o
sucesso, a m esm a a ceita çã o e a m esm a utilidade.
X tco T rolha
Cartilha do Companheiro
L on d rin a , m a io d e 2 0 0 9 .
Os E ditores
11
Castellani e Rodrigues
12
Cartilha do Companheiro
Jo s é Gasíe
Castellar» e Rodrigues
Cartilha do Companheiro
AS ORIGENS
15
Castellani e Rodrigues
ETIMOLOGIA DA PALAVRA
16
Cartilha do Companheiro
17
Castellao! e Rodrigues
O COMPAGNONNAGE
13
Cartilha do Companheiro
19
Castellar^ e Rodrigues
NOTAS
20
Cartilha do Companheiro
21
Castellani e Rodrigues
22
Cartilha do Companheiro
23
Castellani e Rodrigues
Cartilha do Companheiro
Ontologia do Grau
25
Castellani e Rodrigues
26
Cartilha do Companheiro
O Misticismo do Grau —I
O Pitagorismo e os Misterios de Eléusis
OS MISTERIOS DE ELÊUSIS
27
Castellani e Rodrigues
28
Cartilha do Companheiro
O PITAGORISMO
29
Castellani e Rodrigues
30
Cartilha do Companheiro
31
Casteltani e Rodrigues
NOTAS T"
32
Cartilha do Companheiro
33
Castellar» e Rodrigues
34
Cartilha do Companheiro
35
Castellani e Rodrigues
36
Cartilha do Companheiro
37
Castellani e Rodrigues
38
Cartilha do Companheiro
A MISTERIOSA LETRA G
39
Castellani e Rodrigues
40
Cartilha do Companheiro
What is a pointí.
A small tbing, the beginning o f geom etrical matter.
What is a line?
That point extended.
What is a superfice?
Length and breadth without determined thickness.
What is a solid?
Length and breadth with a determined thickness and form s a
cube''.
41
Castellani e Rodrigues
42
Cartilha do Companheiro
43
Castellani e Rodrigues
NOTAS
44
Cartilha do Companheiro
45
Casteliani e Rodrigues
Cartilha do Companheiro
ORIGENS
47
Castellao! e Rodrigues
OBJETIVO S
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Cartilha do Companheiro
A ALQUIMIA EXPERIMENTAL
49
Castellani e Rodrigues
A ALQUIMIA OCULTA
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Cartilha do Companheiro
51
Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
53
Castellan¡ e Rodrigues
54
Cartilha do Companheiro
Fazei com que ela esteja sem pre com igo em todas as minhas
obras, que pelo seu espírito eu possa atingir o Verdadeiro C o
nhecimento, que atue em mim perfeitamente, na N obre Arte a
que m e consagrei, na procura da Milagrosa Pedra dos Sábios,
que tendes ocultado d o mundo, mas que costumais entremostrar
aos vossos eleitos.
Que seja eu a com eçar essa Grande O bra que se realizará aqui
em baixo e que, satisfeito com ela, eu possa usufruí-la para
sempre.
NOTAS
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Castellar!i e Rodrigues
56
Cartilha do Companheiro
57
Castellani e Rodrigues
58
Cartilha do Companheiro
GENERALIDADES
A METAFÍSICA NO TABERNÁCULO
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Castellana e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
61
Castellar» e Rodrigues
O SEPHER YETSIRA
62
Cartilha do Companheiro
63
Castellani e Rodrigues
1. Notaricon
Palavra de origem grega, refere-se ao acróstico, que consiste
em reunir as letras iniciais e finais de várias palavras, para formar
uma só. O exemplo está nos chamados “conhecedores da graça
divina”, os iod ei b e n , para quem a primeira letra, b é, e a última,
num, formavam b o k m a b m istara, ou seja, sabedoria oculta.
64
Cartilha do Companheiro
2. Ternura
Palavra hebraica, significa permuta, ou transposição. Com
a permuta das letras de uma palavra, pode ser obtida outra, de
sentido oposto à primeira, embora formada pelas mesmas letras. O
exemplo clássico do Yetsira é a palavra on eg (prazer), que, através
da transposição de letras, com a primeira tomando o lugar da ter
ceira, a segunda substituindo a primeira e a terceira tomando o
lugar da segunda, transforma-se em ncgá (pena), de sentido total
mente oposto.
3. Guematria
Palavra de origem latina, refere-se à avaliação numérica da
palavra. É a combinação mais empregada entre todas e existem
exemplos de grande profundidade filosófica no Yetsira. Um exemplo
clássico é a palavra katit, que designa o óleo de oliva usado como
combustível para iluminação, no candelabro (m en orá); as duas pri
meiras letras da palavra - lidas da direita para a esquerda, que é o
sentido da escrita hebraica - são k a f e tav (ou tau), enquanto que as
duas últimas são iô d e tau. As duas primeiras letras correspondem,
numericamente, a 4 2 0 , que é o número de anos em que o menorá
iluminou o segundo templo de Jerusalém, enquanto que as duas
últimas correspondem a 4 1 0 , que é o número de anos durante os
quais o menorá iluminou o primeiro templo de Jerusalém. O segundo
exemplo é a palavra iáin (vinho), que corresponde, numericamente,
a so d (segredo), significando que o vinho revela o segredo, ou que
quem está embriagado não sabe guardar segredos; é o correspon
dente ao ditado latino “in vino veritas”.
O SEPHER HA ZOAR
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Castellana e Rodrigues
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Cartilha do Companheira
K ether C oroa
H okm á S abedoria
Biná Inteligência
H essed Graça
Tiferet Beleza
Din Justiça
Netsd Vitória
lesod Fundam ento
H ad M ajestade
M alkhut Reino
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Castellan i e Rodrigues
NOTAS
68
Cartitha do Companheiro
69
Castellani e Rodrigues
70
Cartilha do Companheiro
O Misticismo do Grau —V
Astrologia
GENERALIDADES
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Castellani e Rodrigues
72
Cartilha do Companheiro
73
Castellani e Rodrigues
74
Cartilha do Companheiro
75
Castellar!i e Rodrigues
AR - G êm eos, L ib ra e A quário.
AGUA - Câncer, E scorp ião e Peixes.
FO GO - Áries, L e ã o e Sagitário.
TER R A - Touro, Virgem e C apricórnio.
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Cartilha do Companheiro
77
Castellar» e Rodrigues
78
Cartilha do Companheiro
79
Castellani e Rodrigues
NOTAS
80
Cartilha do Companheiro
81
Castellani e Rodrigues
82
Cartilha do Companheiro
83
Castellani e Rodrigues
84
Cartilha do Companheiro
NO GRAU DE COMPANHEIRO
85
Casíellani e Rodrigues
86
Cartilha do Companheiro
Coloridor do G rau
SINAIS
87
Castellani e Rodrigues
PALAVRAS
as
Cartilha do Companheiro
TOQUE
MARCHA
89
Castellani e Rodrigues
ACLAMAÇÃO E BATERIA
NOTAS
90
Cartilha do Companheiro
91
Castellani e Rodrigues
Cartilha do Companheiro
A LO JA É SEMELHANTE À DO APRENDIZ
PARAMENTOS
93
Castellar!i e Rodrigues
mas tem a abeta abaixada; em alguns Ritos, ele pode ter urna fina
orla azul (York e Schroder).
Ele lembra o Avental de couro usado, como proteção para o
corpo, durante o esquadrejamento da pedra bruta, pelos canteiros
medievais (trabalhadores em cantaria, esquadrejadores). No Apren
diz, que, simbolicamente, se dedica a esse trabalho, ele tem a abeta
levantada. R ealizand o, o C om panheiro, um trabalho menos
traumatizante, pois está completo o esquadrejamento da pedra in
forme, já não necessita da mesma proteção física dada ao Aprendiz,
O Avental é o símbolo do trabalho, em todas as suas formas, mas
foi no I o Grau que ele adquiriu o máximo significado, diante do
trabalho atribuído, simbolicamente, ao Aprendiz; aí, ele é o verda
deiro Avental Maçônico, cuja cor branca simboliza a pureza. Foi só
durante o século XVIII que começaram a surgir os Aventais com
ornamentos distintivos de Graus e cargos.
Como o Avental do Grau de Aprendiz, o do Companheiro
também passou por exegeses místicas. Convém, para que seja com
preendida essa adaptação mística, lembrar o misticismo que envolve
o Avental de Aprendiz, segundo duas correntes de ocultistas:
Segundo uma das interpretações místicas, acreditava-se, an
tigamente, que a sede das emoções humanas era o epigástrio (“boca
do estômago” ), onde se encontra o importante plexo solar. Estando
levantada, a abeta do Avental cobriria essa região, impedindo que
as emoções do Aprendiz, ainda incontroladas, pudessem perturbar
os trabalhos.
Segundo a outra interpretação, o Avental do Aprendiz é com
posto de duas partes: uma quadrada, formada pelo corpo da peça, e
outra triangular, formada pela abeta levantada, correspondente, em
visão estereoscópica, ou tridimensional, à Pedra Cúbica com ponta.
O quadrado simboliza a matéria, a obra física realizada pelo obreiro,
enquanto que o triângulo é a representação do espírito, que atua
sobre a matéria, para a concretização da obra. E, também, no caso,
não ha veria a integração do espírito com a matéria.
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Cartilha do Companheiro
NOTA
41 Deve-se evitar o uso do termo “altar’7 para qualquer uma das mesas de
Dignidades e Oficiais (Vigilantes, Orador, Secretário, Chanceler, Tesou-
- reiro) pois Altar é só um, colocado no Oriente, ao qual tem assento o
Venerável Mestre. As outras são apenas mesas. Não se justifica, também,
um hábito que tem encontrado muitos adeptos no nosso meio maçônico,
que é o de fazer mesas triangulares; é uma verdadeira mania achar que
tudo o que é maçônico tem que ser triangular. Mesas são retangulares!
Triangular, no Templo é só o Deita radiante.
95
Castellani e Rodrigues
Cartilha do Companheiro
Conjunto EsquaJro-Compasso
Posiçao no Grau
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
NOTA
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
O s P ain éis
O PAINEL SIMBÓLICO
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Castellani e Rodrigues
O PAINEL ALEGÓRICO
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Cartilha do Companheiro
Jesus retorquiu: Quem bebe desta água voltará a ter sede; mas
quem b eb er da água que eu lhe der jantais terá sede, porqu e a
água que eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente de água a
jorrar para a vida eterna - Evangelho de São João, 4 - 13 e
14.
103
Castellani e Rodrigues
A ESCADA-CARACOL
104
Cartilha do Companheiro
105
Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
NOTAS
107
Castellar» e Rodrigues
ROTEIRO BIBLIOGRÁFICO
Muitas das teses comidas nesta obra são frutos de estudos e conclu
sões pessoais do autor, a partir de informações técnicas, hauridas na literatura
mundial. Nem todas as obras relacionadas a seguir foram utilizadas, mas
constam neste rol como um roteiro para os que desejarem se aprofundar em
algum tema específico, inserido no contexto deste Trabalho.
LIVROS
108
Cartilha do Companheiro
109
Castellar!i e Rodrigues
ARTIGOS
110
Cartilha do Companheiro
O bras do Autor
I - LIVROS
111
Casteílani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
113
Castellani e Rodrigues
II - PARTICIPAÇÕES EM COLETÂNEAS
114
[R aim undo
iR o d rigu es
Cartilha do Companheiro
117
Castellani e Rodrigues
118
Cartilha do Companheiro
119
Castellani e Rodrigues
120
Cartilha do Companheiro
INTRODUÇÃO
(Sociologia e Política)
121
Castellani e Rodrigues
122
Cartilha do Companheiro
123
Castellani e Rodrigues
125
Castellani e Rodrigues
NOTAS
126
Cartilha do Companheiro
127
Castellani e Rodrigues
128
Cartilha do Companheiro
129
Castellar!¡ e Rodrigues
130
Cartilha do Companheiro
Da Participação
131
Castellani e Rodrigues
132
Cartilha do Companheiro
O Trabalho
133
Castellar/ e Rodrigues
134
Cartilha do Companheiro
135
Castelíaní e Rodrigues
136
Cartilha do Companheiro
137
Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
O Passo Lateral
139
Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
NOTAS
141
Casteílani e Rodrigues
142
Cartilha do Companheiro
Evolução da Alquimia e
da Cabala
143
Castellani e Rodrigues
144
Cartilha do Companheiro
os seus mestres como, por exemplo, jabir ibu Hayyan que aceitava
a teoria dos quatro elementos e acrescentava-lhes dois elementos
especiais: o mercúrio e o enxofre.
Para Hayyan, o o uro seria formado de mercúrio puro; já a
prata nada mais era que o resíduo obtido através da fusão da galena.
Pa tacei so e seus discípulos ensinavam que o mercúrio, o en
xofre e o saí constituíam o trio fundamentai (tría prima).
Os alquimistas estabeleciam relacionamento entre os Anjos
lunares, que governavam as marés, e o Sal; entre os espíritos de
M arte e o enxofre; entre os senhores de Mercúrio com o metal M er
cúrio. Esta simbólica representação tinha o fito de fazer com que os
alquimistas se livrassem da intolerância religiosa. A grande m assa
da população não tinha nem cabeça e nem meios para entender as
verdades contidas na filosotía hermética.
Penetrando na Espanha, os árabes trouxeram para a Europa
os seus conhecimentos de alquimia. Daí por diante, as Universidades
passaram a ministrá-la em seus cursos ao lado das matemáticas e
da filosofia grega.
Pensa-se que as origens da alquimia têm suas raízes na
Alexandria, onde surgiu nos primeiros séculos de nossa era.
E interessante a com paração que Francis Bacon faz da
alquim ia:
145
Castellani e Rodrigues
NOTA
148
Cartilha do Companheiro
147
Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
A C a b a la
Invoco-te a ti, o mais p oderoso dos deuses, que tudo criaste; tu,
nascido de ti mesmo, que tudo ves, sem pod er ser insto... Invo
co-te pelo nom e que tens na língua das aves, na d os hieróglifos,
na dos judeus, na dos egipcios, na dos cinocéfalos... na dos
gaviões, na Kngua hiem tica.
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
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Casteilani e Rodrigues
... não há estranhar que grande parte dos Sím bolos M açônicos
do Grau de Com panheiro seja sem elhante a tantos outros da
velha m agia, d a alqu im ia m ística, da c a b a la hebraica, da c a
b a la cristã ou mista, do ocultismo ou de outras correntes d o
pen sam ento m ágico. A M açonarta consen>ott tais Sím bolos,
mas não lhes adotou os m esm os significados, respeitando-lhes,
entretanto, o caráter histórico e a influência que exerceu na
evolução d o pensam ento (op. cit., p. 10/11).
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Cartilha do Companheiro
O Ser
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
NOTAS
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Castetlani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
161
Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
Para terminar, vejamos o que nos diz Mestre Varoli (op. cit.,
pág. 48):
NOTAS
163
Castellani e Rodrigues
164
Cartilha do Companheiro
Homero e Hesíodo, afirmando que des não tinham o saber, não eram
donos do conhecimento. Abriu também polêmica contra Pitágoras,
Xenófanes e Hecateu.
A maior contribuição de Herãclito à filosofia é, sem dúvida nenhuma, a
afirmativa de que no Universo tudo está em contínuo movimento, em
eterna mudança. É dele a célebre frase: “É impossível banhar-se alguém
duas vezes no mesmo rio". Para ele, tudo é vir-a-ser, tudo muda, tudo se
transforma. Nada existe que seja permanente. Todas as coisas procedem
do fogo, devido aos movimentos ascendente e descendente. O fogo se
condensa e vira ar, água e terra, quando o movimento é descendente; ao
contrário, quando o movimento é ascendente aqueles elementos se rare-
fazem e voltam ao estado de fogo. Existe uma lei que regula esses movi
mentos, é o logos, causa da ordem e da harmonia das coisas.
6 Tomás de Aquino - Nasceu no castelo de Roccasecca, no burgo de
Aquino, na Itália, em 1225. Começou seus estudos com os frades
beneditinos de Monte Cassino. Durante seis anos frequentou a Universi
dade de Nápoles, para onde ingressara em 1239. Apesar da oposição da
família, ingressou na Ordem Dominicana, tornando-se discípulo de
Alberto Magno, o mais eminente aristotélico entre os filósofos da época.
Foi muito grande a influência exercida por Alberto Magno sobre o jo
vem dominicano, sobretudo no que diz respeito à preparação filosófica.
Tendo obtido o grau de mestre em teologia, foi para Paris, onde passou
a ensinar essa disciplina, na Sorbone.
Naquele tempo, a reitoria da Universidade não via com bons olhos os
dominicanos devido ao seu aristotelismo. A filosofia aristotélica estava
sob suspeita herética e os filhos de São Domingos eram acusados de
nutrir simpatia pelos seguidores de Avetróis que, em grande número,
frequentavam a Sorbone.
Os seguidores de Averróis, baseados na interpretação que eles mesmos
faziam de Aristóteles, defendiam a tese de que a alma, enquanto individual,
não era imortal. Diziam eles que a alma nada mais era que o princípio vital,
e definiam-na como sendo a essência (material do corpo humano e que a
imortalidade pertencia tão somente ao intelecto,
Quando se viram em palpos de aranha, pois a tal doutrina foi considerada
herética, porque contrária à fé católica, inventaram algumas desculpas e
buscaram abrigo no subterfúgio da “dupla verdade”: uma, baseada na
filosofia; outra, baseada na revelação. A primeira, portanto, tinha por
alicerce a razão, e a segunda, a teologia.
165
Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
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Castellar» e Rodrigues
Cartilha do Companheiro
Escada em C aracol
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Castellan ¡ e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
171
Casíellan i e Rodrigues
emblemas, que a Arte Real lhe oferece para serem examinados pela
sua inteligencia, arrimada nos seus sentidos,
A Escada em Caracol simboliza, acima de tudo, a inteligencia
na procura constante do aprimoramento cultural e moral.
O Companheiro tenha sempre em mira que a busca do saber
é a obrigação maior do Maçom, sem contudo olvidar que a qualidade
supera a quantidade. E melhor saber pouco, mas bem, do que alar
dear conhecimentos que, muitas vezes, não existem verdadeiramente.
O estudo da filosofia é muito importante. A filosofia abre a
mente de quem a estuda, libertando-lhe o espírito de superstições e
crenças vãs. O conhecimento filosófico liberta realmente o homem
e lhe dá forças para que tenha o verdadeiro autodomínio.
NOTA
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Cartilha do Companheiro
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
175
Castellar!í e Rodrigues
176
Cartilha do Companheiro
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Castellani e Rodrigues
178
Cartilha do Companheiro
C om o señala Jung:
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Castellani e Rodrigues
NOTA
180
Cartilha do Companheiro
A m ' , dr. sobre o e :. lem bra o com prom isso ile am ar fervorosa
e dedicadam ente a seus llr m :. e recorda o juram ento prestado;
a m e : . levantada, reafirma a sinceridade da prom essa feita.
181
Castellani e Rodrigues
La mam gauche levée, sem ble faire appel aux forces extárieures,
énergies captées, que la droite crtspée s ‘efforcé ensuite de conten ir
dans le coeur, ou el les s ’accumulent. Uinitié, prét a s ’arracher le
coeur, proclam e en outre q u ’il a su dom pter ses sentiments et
q u ’il nc cederá jam ais a un entramem ent irréflécki.
182
Cartilha do Companheiro
Tudo isso no que diz respeito á m**. sobre o c-'- que pode
perfeitamente lembrar ao Compan hei ro-M açom que o c-*. é a sede
do amor e que, portanto, não pode abrigar o ódio, a inveja, a vaidade,
a ambição, o orgulho, o fanatismo, os preconceitos. O c ' . do Ma-
çom deve estar aberto a todas as coisas boas, acalentando, não só o
amor aos Ilrni.'-, mas a toda a humanidade.
E preciso que o Companheiro não esqueça que o cérebro go
verna o corpo, todavia ele é governado pelo c.'..
183
Castellani e Rodrigues
184
Cartilha do Companheiro
A Letra G
185
Casteliani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
187
Castellani e Rodrigues
São Paulo, edição de 1987, pág. 46, repete a mesma resposta, inserta
na edição de 1975.
O Grande Oriente Independente de Pernambuco publicou e
adotou, em 1994, novos Rituais, ao que parece, com a intenção de
extirpar tudo o que não estivesse de acordo com o Rito Escocês
Antigo e Aceito. No Ritual do 2o Grau, para gáudio nosso, encon
tramos, às páginas 46, o seguinte:
Ven-'- - Por que consentistes em ser recebido Companheiro?
1” Vig-*- - Porque tinha desejo de conhecer os mistérios da
Natureza e da Ciência, bem como o significado da letra G.
Ven-'. - Que significa a letra G?
I o Vig-*- - Geometria.
Ven-1- - De que Geometria se trata aqui, Irm-'- 2o Vig.'.?
2" Vig -*■ - Da aplicável à construção universal; da que ensina
a polir o homem e torná-lo digno de ocupar seu lugar no edifício
Social.
O significado do G não pode ser outro que Geometria e está
ligado diretamente a essa ciência que é básica quando se trata de
construção. Daí por que o Supremo Criador, o Grande Arquiteto
também é cognominado pelos Maçons de Grande Geómetra.
A Geometria é a ciência que nos leva ao estudo matemático
das propriedades e leis que governam as diferentes figuras lineares,
planas e sólidas que podem existir nas três dimensões do espaço que
conhecemos, como muito bem assinala Aldo Lavagnini.
O Maçom há de ser o construtor social, mas, antes de tudo,
o construtor do seu próprio templo interior.
Diante do significado místico do G e interpretando-o conforme
a filosofia que ele encarna, o Companheiro-Maçom aprenderá e se
esforçará por amoldar sua vida de acordo com o plano divino.
188
Cartilha do Companheiro
A Luz
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
FIAT LUX
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Castellan i e Rodrigues
192
Cartilha do Companheiro
Estrela Flamejante
- Sois C o m p :. M açom ?
V :.A :.E :.F :.
193
Castalia ni e Rodrigues
194
Cartilha do Companheiro
195
Castellani e Rodrigues
196
Cartilha do Companheiro
197
Castellani e Rodrigues
NOTA
198
Cartilha do Companheiro
O P a in e l do O r ie n te
199
Castel/ani e Rodrigues
200
Cartilha do Companheiro
201
Castellani e Rodrigues
MOTAS
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Cartilha do Companheiro
203
Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
♦ *
Tetrada Pitagórica
205
Castellani e Rodrigues
E, de fato, vos farei ciente de que o pou co que até aqui tenho
aprendido nada é em com paração com o que ignoro, e que eu
n ão tenho d esespero d e p o d e r ap ren d er (o g rifo é nosso);
porquanto dos que pouco a pou co descobrem a verdade nas
ciências se pode dizer quase o mesmo que dos que, com eçando a
ficar ricos, custam menos a fazer grandes aquisições do que cus
tavam anteriormente, sendo mais pobres, a fazer muito menores.
206
Cartilha do Companheiro
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Castellani e Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
NOTAS
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Castellani © Rodrigues
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Cartilha do Companheiro
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Tetragram a
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O Número C inco
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O ríeu
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quem sabe, trazê-la de volta. Desceu pelo Tenaro tocando sua lira;
alcançou as águas do Estige. O som que tirava da lira era tão
melodioso que sensibilizou Plutão e Proserpina, os deuses da man
são dos mortos que, emocionados, lhe deram permissão para levar
Eurídice de volta à mansão dos vivos.
Entretanto, uma condição lhe foi im posta para que pudesse
lograr êx ito na viagem que iria em preender com a noiva: enquanto
estivesse dentro dos lim ites da m ansão dos m ortos, não poderia,
em hipótese nenhum a, em bora guiando a noiva, contem plar-lhe
as faces.
Partiu Orfeu, seguido de Eurídice. Ele ansiava por contemplar
aquele rosto querido.
Já perto de ultrapassar os limites da mansão dos mortos,
Orfeu não resistiu... contemplou, embevecido, o belo rosto da bem-
-amada.
Eurídice rolou pela escarpa que, de repente, aparecera por
trás dela e sumiu, desaparecendo, para sempre, nas profundezas do
abismo.
Mais uma vez, Orfeu tangeu sua lira, tirando dela suavíssima
melodia. Suplicou aos deuses nova permissão para rever a idolatrada
noiva. Plutão e Proserpina, inflexíveis, não se comoveram com os
apelos do apaixonado Orfeu que teve que regressar sozinho à mansão
dos vivos.
Conta outra lenda que, depois de sua morte, a cabeça de
Orfeu foi lançada ao rio que a levara até o mar, chegando à Ilha de
Lesbos. Os lábios não paravam de se entreabrir, pronunciando o
nome de Eurídice; era um lamento triste que reboava pelas praias
distantes e o eco repercutia pela encosta das montanhas e se perdia
longe, lá bem longe, nas fimbrias do horizonte.
O crime das ménades, tendo ficado impune, fez desabar sobre
aquela região toda sorte de maldições e, finalmente, o povo foi
atacado pela peste que ceifava centenas e centenas de vidas.
Consultado o Oráculo, ele respondeu que o terrível flagelo
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Bibliografia
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Obras do Autor
Raimundo Rodrigues
OBRAS MAÇÔNICAS
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12. Maçonaria - Filosofia & Doutrina - F.d. GLESP, São Paulo, 2000.
13. A Filosofia da Maçonaria Simbólica, vol. .3 - F.d. “A TROLHA”, Lon
drina, 2001.
14. Visão Filosófica da Arte Real - Ed. “A TROLHA”, Londrina, 2002.
15. Sutilezas da Arte Real - Ed. “A TROLHA”, Londrina, 2003.
16. A Maçonaria e o Hábito da Virtude - Ed. “A TROLHA”, Londrina,
2004.
PARTICIPAÇÃO EM COLETÂNEAS
É verbete:
Na Enciclopédia de Literatura Brasileira, Edição do Ministério de Educação
de Cultura (MEC), edição de 1990.
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