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Estudos Ritualístico,

Simbólicos, Metafísicos e
Esotéricos na Maçonaria
Adonhiramita
Delegacia Litúrgica do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita em Goiás
Lojas Filosóficas Adonhiramita em Goiás
Lojas Simbólicas Adonhiramita em Goiás

Ir. Confúcio – 21/02/2013


O que é Estudo Ritualístico ?

O que é Estudo Simbólico ?

O que é Estudo Metafísico ?

O que é Estudo Esotérico?


O que é Estudo Ritualístico ?

Estudo feito para o conhecimento do ritual praticado

➢ Estudo superficial

➢ Estudo profundo

❖ Simbolismo

❖ Metafísico

❖ Esotérico
O que é Estudo Simbólico ?

Estudo dos significados dos símbolos


atribuídos aos objetos

O que o significa :
O Triângulo

O quadrado

O círculo

O círculo com um ponto central

As sementes da romã
O que é Estudo Metafísico ?
O que é Metafísica ?

Estudos que vão além da natureza, além


do físico, além daquilo que se possa ver
ou tocar.

O que sou, de onde vim, para onde vou ?


O que você vê e o que não vê, mas existe,
forma a realidade do Universo.

Um dos Postulados da Maçonaria Adonhiramita:


“O acurado estudo da metafísica”
O que é Estudo Esotérico?

O que é esotérico, esoterismo


Esoterismo é o nome que designa um
conjunto de estudos, tradições e
interpretações filosóficas das doutrinas e
religiões que buscam desvendar seu sentido
supostamente oculto e que é dado a conhecer
somente a iniciados.

Uma lenda tem ensinos que somente os iniciados


conseguem captar.

Esotérico e Exotérico
Metafísica está ligada à filosofia e à ciência. Está à disposição de
qualquer pessoa.

Esoterismo está ligado às doutrinas secretas e à religião. Há uma


intenção iniciática

Metafísica e Esoterismo tem como objetivos o estudo daquilo


que está além da parte visível do mundo.
A Maçonaria prega a busca incessante da VERDADE.

Estudo ritualístico

Estudo simbólico

Estudo metafísico ou esotérico


Dos seis Ritos utilizados no GOB,
somente o Adonhiramita faz estudos
metafísicos ou esotérico

a busca da verdade deve abranger o mundo em geral e o


indivíduo em particular.
O visível e o invisível
Matéria e energia são realidades intercambiáveis

E = mc2

c2

E M
10 g de açúcar (1 colher de sopa) pode ser transformada em um
equivalente em energia igual a 180 milhões de KW (iluminar
Goiânia por cerca de 6 meses)
Energia – quanto mais condensada (diminuição da
frequência vibratória) vai se tornando matéria

Matéria – quanto mais sutil (aumento de frequência


vibratória) vai se tornando energia

Matéria Energia
Energia Matéria
condensada sutilizada
Níveis vibracionais da energia
baixo alto
O universo visível e o universo invisível

Matéria ou energia escura


corresponde a 90% do Universo
O ser humano
O Ser Humano

O ser humano tem uma parte visível e outra invisível

Corpo físico – parte visível


Alma ou espírito – parte invisível

O que falam as religiões – vida após a morte


O que fala a maçonaria
20º Landmark de Mackey: “Todo
maçom há de crer na ressurreição e
numa vida futura.”
Espírito Corpo físico

Dimensão divina Dimensão física


Espírito Corpos energéticos Corpo físico

Dimensão divina Dimensão energética Dimensão física


Espírito Corpos energéticos Corpo físico

Dimensão divina Dimensão energética Dimensão física


O corpo energético
Evolução moral
Sentimento

Pensamento
Energias já
conquistadas e
fixadas no Espírito Vontade
Vida
Chacra coronário
Chacra frontal Superiores
Chacra laríngeo Espiritualidade

Chacra cardíaco Intermediário

Chacra gástrico
Chacra esplênico Inferiores
Chacra basal ou genésico
Materialidade
A Maçonaria está cheia de indicações metafísicas e esotéricas.
É preciso olhar e ver, meditar e refletir, buscar e utilizar, porque esses
ensinos não são meras exortações religiosas, mas, verdades
científicas que não podemos ignorar em nossa busca da verdade,
onde quer que ela esteja.
Uma vez que a Maçonaria transcende as religiões, reune todos os
ensinos das religiões, é dever de cada maçom vivenciar esses ensinos
para bem servir à humanidade.
Próximo Estudo:

CABALA, TRADIÇÃO INICIÁTICA E MAÇONARIA


CABALA, TRADIÇÃO INICIÁTICA E MAÇONARIA
Neste singelo estudo que iremos empreender, viajaremos pelo antigo imaginário de religiosos, místicos e sábios
antigos. Trataremos sobre a tradição denominada Cabala. Esta tradição pertence à essência de muitas escolas de
sabedoria, tanto do passado quanto do presente. O primeiro desafio é aquele de conhecermos uma linguagem que nos
parecerá estranha no princípio. Porém, na medida em que preenchermos de significado cada uma dessas palavras que
aprendermos, descobriremos a capacidade de adaptação que elas possuem, na busca que cada um de nós realiza
naquilo que se convencionou chamar de Mistérios.
Eis uma parte da tradição que nossos antepassados nos legaram, preservada no seio de antigas culturas e agora
universalizada, sintetizada e conservada no interior de nossos templos.
Cabala é fundamentalmente uma tradição mística vinculada ao conteúdo religioso judaico. O ensinamento original
teria sido dado ao patriarca Abraão por Melkitsedek. Outras fontes citam que esta tradição é ainda mais anterior, tendo
sido recebida pelo próprio Adão pelo arcanjo Raziel, sendo mais tarde transmitida a seu filho Seth, e assim
sucessivamente de geração em geração. Esta filosofia se fundamenta sobre os textos sagrados da Torah, contudo não se
limitando a estes.
Ela reclama para o Homem uma herança espiritual desde a muito esquecida, mas que deve ser resgatada pelo
esforço individual em direção a Deus para que possa receber a revelação. Esta revelação recebida é o próprio
Conhecimento, Daath em hebraico e Gnosis em grego.
Assim chegamos à etimologia do termo Cabala ou Cabala, que possui raiz na palavra hebraica Qibel, que significa
receber. Portanto, Cabala ou Cabala significa RECEBIMENTO, sendo uma ciência que nos permite aperfeiçoar os canais
que nos ligam à fonte de verdadeira luz e vida: Deus. Assim, preparamo-nos para receber este influxo divino e
compartilhá-lo.
Alguns importantes textos surgiram a partir do conhecimento dos antigos cabalistas, compilações de tradição oral e
comentários místicos da Torah, os quais estão contidos nos livros Sepher ha Yetzirah (Livro da Formação), Sepher ha Zohar
(Livro do Esplendor), Sepher ha Bahir (Livro da Iluminação), sendo estes os principais livros desta tradição.
Na idade média, durante a invasão árabe na península ibérica, a tolerância islâmica para com outras culturas
permitiu o surgimento de uma idade de ouro no desenvolvimento da filosofia judaica. Foi neste período que vieram à
luz alguns dos importantes livros citados anteriormente.
Também neste período de abertura filosófica, a cabala foi absorvida e sincretizada por outras tradições. Livros
cabalísticos são editados em latim e influenciam o pensamento iluminista e hermético, além de florescer um Cabalismo
Cristão que via nestes livros fontes de comprovação e da grandiosidade do Messias, conforme os trabalhos posteriores
de Johann Reuchlin (1455-1522) Knorr von Rosenroth (1631-1689), Athanasius Kircher (1601-1680) Pico della Mirandola
(1463-1494) e de Jacques Gaffarel (1601-1681), entre outros.
O surgimento das sociedades iniciáticas firmou-se sobre a busca da liberdade de pensamento, da renascença grega e
hermética, da revalorização do homem como indivíduo e sua capacidade de ligar-se ao divino através do conhecimento
e do auto-aperfeiçoamento.
A ciência cabalística serviu como mapa do caminho, indicando a forma de atingir o ideal humano em sua plenitude.
Esta busca é a realização da Grande Obra, que permite ao ser humano revalorizar sua condição de imagem e
semelhança com o Pai Celestial.
Essas sociedades iniciáticas, em oposição ao obscurantismo intelectual imposto pelo catolicismo romano medieval,
deram nascimento ao movimento rosacruciano, que unindo-se ao templarismo e às associações de construtores livres
desencadeou um dos maiores sincretismos simbólicos: a francomaçonaria. Assim como a maçonaria dos primeiros
tempos, o rosacrucianismo era formado por grupos de homens livres, que se reuniam secretamente cultivando a busca
intelectual, moral e espiritual, conservando este conhecimento através de símbolos.
Sobre a Cabala, ela se divide em quatro tipos: Prática, Dogmática, Literal e Oral.
• A Cabala Prática trata da parte ritualística, talismãs, magias e cerimoniais, objetivando ligar a essência divina ao
homem, elevando-o a uma condição superior.
• A Cabala Dogmática está representada por toda a literatura sagrada.
• A Cabala Literal se ocupa das palavras, letras e seus valores numéricos como essência do sagrado. É subdividido em
Guematria (valor numérico de algumas palavras e sua relação com outras palavras como mesmo valor), Temurah
(combinação das letras de uma palavra com outras, alterando seu valor e significado) e Notarikon (criação de termos e
palavras a partir do início de frases, formando acrônimos).
• A Cabala Oral é aquela transmitida no interior das escolas iniciáticas, de Mestre a Discípulo. Ela é a revelação dos
mistérios que são transmitidos através de chaves que permitem abrir os portais do oculto.
Os Mestres Cabalistas criaram alguns modelos para compreensão de Deus, da criação, das leis universais, das
hierarquias e da natureza visível e invisível.
O modelo mais famoso é de Etz Haim (Árvore das Vidas). Ela é dividida em 10 valores ou sephiroth e 22 letras ou
shemoth. Os valores são as esferas ou regiões e as letras são os caminhos (sineroth) que ligam um valor a outro.
A Árvore também pode ser dividida em três pilares:
Pilar da Severidade - esquerdo (Pilar Negro)
Pilar do Equilíbrio – centro
Pilar do Equilíbrio – centro

Pilar da Misericórdia - direito (Pilar Branco)


Os pilares da Severidade e Misericórdia também são chamados, respectivamente, de B. e J., e são citados em 2º
Crônicas III, 17.
As 10 sephiroth e as 22 letras ou shemoth são chamadas de os 32 caminhos da Sabedoria.
• Em Cabala isto faz analogia com a palavra Lev (Lamed-Beth) que significa coração e também possui o valor de 32.
Portanto podemos dizer que estes 32 caminhos nos levam ao coração da Sabedoria de Deus.

• Arquetipicamente, a Árvore Cabalística faz analogia ao corpo do Homem Macrocósmico ou Adam Kadmon. Este
Homem Celeste nada mais é do que o Templo Universal, do qual o homem terrestre é micro-cosmicamente o templo
particular.

• Este templo é dividido em 4 partes que correspondem aos 4 mundos da Cabala:

• AZILUTH (Emanação) – morada das essências divinas representadas pelos nomes de Deus.
• BRIAH (Criação) – corresponde aos anjos diretores que auxiliaram na criação do universo.
• YETZIRAH (Formação) – a própria criação, representada pelas coletividades de seres e as hierarquias de tudo o que foi
criado ou formado.
• ASSIAH (Ação) – aspecto físico de toda a criação, mundo das inter-relações dos seres e das coletividades.
As 10 sephiroth, que representam os valores essenciais da criação, são assim chamadas:

Kether Coroa Primum Mobile


• .
Hochmah Sabedoria Esfera do Zodíaco

Binah Inteligência Esfera de Saturno

Hesed Misericórdia Esfera de Júpiter

Geburah Justiça Esfera de Marte

Tiphareth Beleza Esfera do Sol

Netzach Vitória Esfera de Vênus

Hod Glória Esfera de Mercúrio

Yesod Fundamento Esfera da Lua

Malkuth Reino Esfera dos Elementos


O termo Cabala como recebimento é muito mais amplo. Para receber pressupomos que algo é transmitido.
Deus, quando criou o universo, doou sua infinita luz, a qual também é vida. É da própria natureza de
Deus doar em abundância. Por isto, temos que saber receber estas d ádivas. Este aprendizado se faz através do
estudo do simbolismo da composição do universo, aprendendo a realizar o caminho de retorno àquele estado
ideal de Ser Humano, na sua concepção mais elevada.
Mas esta luz não pode ser recebida na sua integralidade. Isto porque, como dizem os antigos s ábios,
ninguém vê a face de Deus que não morra. Esta luz maior desce por escalas desde a mais alta região celestial
até as mais densas obscuridades da matéria.
O iniciado busca através do recebimento das primeiras luzes, escalando através dos 32 caminhos da
sabedoria, chegar até o cume desta montanha santa. Neste caminho ele resgata os fragmentos da “palavra
perdida”, palavra santa, nome impronunciável, que entre os hebreus era chamado de Shemamphorash, o “nome
bem pronunciado”. Resgatar o conhecimento deste nome é entrar na intimidade de Deus, é experimentar a
realidade da essência divina. Isto é Conhecimento, Gnosis: Daath... a sephirah que não é contada, porque se
perdeu na queda adâmica. É o mistério do 33º caminho que possibilita a reintegração entre o Homem e a
Divindade.
Segundo o Sepher Yetzirah, o mundo foi criado com Texto (Sepher), Número (Sephar) e Comunicação
(Sipur). Isto corresponde à divisão trina do alfabeto hebraico: A forma, o valor numérico e a pronúncia ou nome
das letras. Este alfabeto também é dividido em letras simples (12), letras duplas (7) e letras mães (3), somando
ao todo 22 e correspondendo aos caminhos da Árvore das Vidas que ligam as Sephiroth.
As 12 letras simples correspondem às 12 constelações zodiacais, que os astrólogos antigos chamavam de
Céu Fixo, composto pelas Estrelas Fixas.
As 7 letras duplas correspondem aos 7 planetas, que se movimentam dentro do cinturão zodiacal.
As 3 letras mães correspondem às 3 essências divinas ou elementos primordiais (Ar, Fogo e Água). O 4º
elemento não era contado, pois a Terra seca havia sido retirada do Caos primitivo, não tendo sido proveniente
de Deus.
O estudo da simbologia preservada nos templos e rituais maçônicos constitui um verdadeiro tesouro dos
antigos mistérios.
Como maçons, aprendemos a soletrar as primeiras letras, que são os primeiros símbolos recebidos na Luz
da iniciação. Através do silêncio nos esvaziamos dos preconceitos e embarcamos em uma viagem através das
formas e conteúdos do templo, dos gestos, toques e palavras. Essa linguagem simbólica nos ensina um novo
idioma outrora perdido: o Idioma da Alma. É ele que nos fala ao coração (Lev) nos levando pelos 32 caminhos
de sabedoria, na busca do verdadeiro conhecimento, o qual jaz no fundo profundo de n ós mesmos.
Conclusão
A Tradição Iniciática fundamenta-se nos textos sagrados e na simbólica preservada ao longo de muitos
séculos. Ela toma vida e significado através da capacidade do homem de buscar a Deus, o aperfeiçoamento
moral e espiritual, o exercício das virtudes e o respeito às leis de fluxo e refluxo do universo. A essência da
Cabala é saber receber, sem estancar o processo desta corrente universal. Para isso devemos imitar o pr óprio
Arquiteto Eterno, também doando e repartindo as compreensões e ensinamentos que alcançamos através do
estudo e reflexão. Os símbolos, como entes universais, também possuem uma miríade de possibilidades de
interpretações.
Cabe a cada um de nós aprendermos a desenvolver esta leitura intuitiva para que as portas
desconhecidas de nós mesmos possam ser franqueadas e possamos encontrar o tesouro oculto em nosso
interior.
Lembremos daquele que ainda não sabendo ler nem escrever, por não ter aprendido a juntar os s ímbolos,
na medida em que reúne este novo alfabeto, vai formando frases, e com elas a revelação da Arte Real se faz
diante de seus olhos.
O templo maçônico é um pequeno universo, um reflexo da Criação e do Homem, onde os maçons
descobrem o quão importante é a sua participação no mundo e na humanidade, tomando para si a
responsabilidade de perseverar na criação de uma sociedade melhor, mais justa e mais humana, à imagem e
semelhança do Grande Arquiteto do Universo.

Paulo Roberto Silveira de Souza - MM


ARLS Conhecimento e Harmonia – GORGS
Porto Alegre - RS

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