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Material referencial para todos que simpatizam com esta milenar

prática de autoconhecimento e desenvolvimento espiritual.


Com o intuito de resgatar a sabedoria e as práticas que foram
utilizadas por grandes yogues ao longo da história.

Professora: Gabriela Osmari Pissaia


2018

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É com grande alegria que compartilhamos esta apostila introdutória de yoga,
abordando Inicialmente os conceitos fundamentais para compreender o que é yoga.
Todos nós conhecemos o yoga, e sabemos que muitos o praticam e relatam incontáveis
benefícios que se manifestam, como boa qualidade de vida e desenvolvem maior
serenidade pela vida.
Mas afinal, podemos nos perguntar:
O que é yoga? E o quanto realmente o conheço?
Quando se fala de yoga, atualmente a imagem que nos vem é como está em uma
academia.

No entanto a origem do yoga é muito diferente

O yoga foi desenvolvido na índia, como um método de transformação espiritual.


Está muito além de posturas físicas, relaxamentos, terapias e principalmente além de
religiões.

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Independente de como for chamada, de ciência, filosofia ou prática, o yoga nos leva
ao mesmo lugar, para dentro de nós. É a expansão da nossa consciência para nosso ser
real. Caminho do autoconhecimento sem começo, meio e fim. É um estado absoluto.
Desde os tempos antigos os povos da terra procuravam entender a sua relação com a
natureza, qual o nosso papel, e os questionamentos do que fazemos aqui, porque nascer
e morrer. Como é visto na base da filosofia indiana a samkhya, a relação do ser, a
consciência (purusha) e a natureza, a manifestação(prakriti). E é na índia antiga há 5000
anos atrás iniciou-se esta grande busca que é estudada até os tempos atuais.

A grandeza de Samkhya encontra-se no fato de que a evolução da vida ser um


processo criativo que passa com diferente fases de mudança e de
transformação, assim como a Terra e assim o Universo. A alma individual, o centro
da consciência é (Purusha) e junta-se com a natureza, a fonte de toda a
existência material (Prakriti) sendo ambos princípios eternos, para estabelecer
sua presença no dinamismo universal.
Nem purusha e nem prakriti são Deuses (Devas) e sim os dois princípios originais
da realidade anteriores e mais fundamentais do que todos os deuses.
Somos parte da Prakriti, do ambiente, no mundo da matéria. Cuidar da nossa
casa, não é só cuidar da “nossa” casa e sim de toda nosso ser, isso cria nossa
atmosfera física, psicoemocional e espiritual. Cuidar dos animais é cuidar de nós
mesmo. Cuidar do meio ambiente é cuidar dos nossos cinco sentidos. Cuidar da
Terra é cuidar do alimento que ingerimos, cuidar do ar é cuidar do que inalamos.
Somos o Universo experimentando a si mesmo.

Ao observar estes questionamentos, os antigos indianos os Rishis que literalmente significa


“videntes” começaram entender ao seu redor, observando a natureza e todos os seres,
mergulhando então na busca de respostas para tentar entender-se como parte
integrante na natureza (mundo).
Esta Busca se chama YOGA, que quer dizer União, Integração.
Diante disto, houve a origem dos primeiros pensamentos filosóficos, que foi compreender
a entidade suprema, o criador, o ser a temporal que é nomeado BRAHMAN, onde a
partir da essência primordial de Brahma, manifesta-se duas energias, SHIVA E SHAKTI.
Dizemos então que a manifestação (prakriti) de tudo que aqui encontramos é Shiva e
Shakti, e a fonte é Brahma.
Shiva energia masculino, e Shakti energia feminino.

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Para compreendermos melhor, como em todas as culturas há está compreensão
semelhante sobre a origem primordial dos elementos. Na china, há o grande Tai chi-
manifestado em Yin e Yang. No judaísmo, é visto o Deus criando dois seres primordial,
Homem e mulher, e na ciência oficial hoje em dia é vista Energia manifestado em próton
e elétron.
É importante observar que a partir desta simples visão compreendemos a diferença da
Cosmogonia (origem filosófica dos povos). Pois tanto na China e na índia é visto esta
manifestação como símbolos energéticos, estes dois elementos quando combinados
geraram tudo que existe.
Na visão ocidental, judaica cristã, esta visão limitou-se em observar O Deus, criando
homem e mulher, e assim observando a multiplicação da criação, sem um estudo
profundo e a partir da natureza.
A partir desta cosmologia do yoga, há a criação do que conhecemos hoje de Jnana
yoga, que é o estudo filosófico, o yoga do conhecimento, aonde naquele tempo os
Rishis começaram a traçar este caminho chamando Yoga. Diante disto desenvolveram
suas capacidades para buscar orientação superior de suas respostas.
Vejamos bem, no início dos povos sendo os primeiros seres na busca, não havia nenhum
mestre e nenhum conceito fundamentado, nenhuma religião. Passaram vidas
observando a si, entrando em contato em sua consciência sobre sua jornada na terra,
visto que a porta celeste, é a busca de todas as respostas que mencionaram com a
busca da iluminação, ao compreender-se no caminho em que há a revelação de sua
natureza universal. A Sua origem cósmica. Assim nasceu o yoga.
Por isso é muito importante, observar o yoga como um caminho, muito além de práticas
físicas. É integrar-se com esta vivência divina em um caminho em busca do ser.

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Esta revelação, permitiu que estes Rishis criassem os clássicos Vedas, que significa “aquilo
que foi compreendido, visto.” Livros sagrados Antigos.
Aonde estes vedas se reuniram em 4 livros escrito em tempos diferentes, ao longo de
milênios: O primeiro Rigveda, o segundo é Yajur, o terceiro é Sama, o quarto é Atharva
O primeiro é Rigveda - escrito em sânscrito em 3000 a.c. Reunindo cultos religiosos,
eventos da natureza, culto ao sol (surya). Base matemáticas e astronômicas, os ciclos e
movimentos dos astros. Revelação dos 7 chakras, e a poderosa energia do kundalini.
Bem como o vasto conhecimento da medicina Ayurveda.
Eles mencionam muito sobre o corpo sutil (energético), corpo astral (espirito). Por isso,
sendo um real conhecimento do ser, proporcionando a revelação das suas
capacidades transcendentais, mediunidade, clarividência, e todos os desenvolvimentos
espirituais.
Todos os sábios possuem experiências mediúnicas pois desvendaram a ignorância de si,
todos os grandes seres da humanidade, trouxeram as grandes descobertas, através de
suas próprias análises, assimilaram o todo, e observaram com o seu interior, dedicaram
seu tempo, suas vidas, para desenvolver suas próprias respostas.
Diferente dos caminhos traçados pelos tempos modernos, que os indivíduos buscam um
conhecimento meramente material, tão envolvidos pela tecnologia, universidades
baseadas em metodologias prontas e sistematizadas, aonde tudo voltasse a realizar seu
trabalho para alimentar um sistema material, aonde é valorizado o rendimento, o lucro e
o status ou a busca pela realização profissional baseada no poder e competição. Um
caminho inverso ao real sentindo do ser, pois se nos abrirmos a nossa real natureza, o
conhecimento fluirá pela nossa evolução em constante relação com a nossa jornada
aqui, aonde todos nós podemos ser realmente “realizados” no nossos trabalhos e
relacionamentos.
Porque a ciência ocidental não conhece os 7 chakras?
Porque a ciência ocidental não observa o espírito?
Conforme a abordagem do Professor Laércio Fonseca, ele menciona em seus trabalhos,
“Quando a ciência quando rompeu com a igreja na idade média, na Europa, ela
voltou-se totalmente no externo, mas com razão, pois naquela época a igreja tinha a
visão de um Deus opressor, aonde não havia possibilidade de questionamentos.
Fazendo a ciência, romper totalmente o elo, pois sabemos que a ciência busca sempre
a evolução em seus conceitos, baseada em comprovações cientificas e totalmente
materiais. Porém, vemos hoje que ela evolui até certo ponto, os conceitos que utilizamos
na ciência até hoje são conceitos da física de dos grandes físicos como Newton e
Einstein e mecânica quântica.
As observações e descobertas nesta nova era, une o lado espiritual e material, é um
conjunto com todas as práticas e filosofias antigas que revelaram a manifestação.
Elevando o nosso conhecimento para observar outras realidades, mas para isso
devemos expandir nossas percepções através de ferramentas para um e revelação
espiritual, sendo a Meditação, Yoga e Tai Chi Chuan.

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E isso, sem dúvida vai mudar o mundo, a grande revelação do ser através de um
conhecimento na luz do caminho espiritual.

Hatha yoga, literalmente “união do sol e da lua” ou “união dos sentidos opostos” ou
também é visto base da prática a “tensão e relaxamento. Através da disciplina e
consciência do corpo físico, buscando a auto realização que é o estado de integração
do nosso ser com o todo.
As oposições, “shiva e shakti”. Shiva é a tensão, gerada através de seus sentidos, força,
equilíbrio, resistência, coordenação enfim, e shakti é o relaxamento a entrega a
liberação ao fluxo natural e harmônico de sua energia interna, compreendendo esta
constituição energética entendemos melhor o que a pratica do yoga traz ao nosso ser,
este o equilíbrio e harmonia destes polos.
Um exemplo do o processo através das práticas é de “criar espaço” pois algumas vezes
possuímos estagnações em algumas regiões e as posturas (asanas) proporcionam este
“tencionar e relaxamento” liberando estas estagnação através deste fluxo energético
no nosso interior.
Cada vez que nossos corpos possuem certas estagnações refletem em compensações
em outras regiões do corpo, refletindo em um desiquilíbrios.
Para que flua a energia e necessário também observamos que a grande captação
energética não se dá somente pelas posturas, e sim pelos exercícios respiratórios, que
são responsáveis, pela captação prânica, e absorvida pelos canais chamados nadis.
Quando realizado em conjunto obtemos a real forma de obter benefícios através da
pratica física do yoga. Seu corpo após as práticas sai renovado, rejuvenescido, não
exausto e tensionado.
Vamos explicar o que irá acontecer com um indivíduo que aplica o real sentido do yoga
nos seu ser:
No início nós observamos como um ser comum, cheio de dúvidas e fora de um caminho
de equilíbrio e ao entrar na proposta do yoga, há uma pratica reveladora, que te fará
sair renovado, este caminho é levado ao longo da vida, e que podemos não aplicar um
começo, meio ou fim, e sim um processo continuo de auto realização. Tudo isso é trazido
pelos grandes sábios da humanidade, com uma vida dedicada em paciência, retidão,
simplicidade e atenção ao presente sendo este o essencial atributo de um sábio.
Em uma aula completa de yoga, devemos falar sobre filosofia oriental, asanas,
pranayamas e meditação. Isto cria um egregora de luz uma união entre o grupo, pois o
objetivo vai além de uma mera prática física, preenche nosso interior, responde nossos
anseios internos. Neste curso de introdução de yoga devemos compreender que
superficialidade e pouco estudo filosófico nos impede de mergulhar na essência do
caminho do yoga, pois vemos algumas pessoas praticando somente o yoga com o foco
nos asanas, vendo então que a real revelação no coração do ser não se manifesta do
indivíduo.
“No Oriente é dito que o sofrimento é evitável e não é necessário. A vida é alegria! Você
sabe porque? É porque a sabedoria, yoga e meditação são formas de evitar o
sofrimento que ainda não surgiu.” – Sri Sri Ravi Shanka
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- Quem é BRAHMA?
Os indianos tem a tríade, parte importante da cosmogonia.
Uma breve explicação da diferença entre Cosmogonia e Cosmologia:
*cosmologia é derivado da lógica, conhecimento logico do cosmos, logica cientifica de
todas as teorias.
*cosmogonia estuda a ordem do universo através do princípio religioso. Cosmos em
grego é ordem.
A tríade da criação: BRAHMA VISHNU SHIVA.

O criador é brahma, shiva o destruidor e vishnu o mantenedor.


Os diferentes deuses e deusas do panteão hindu são mera representação dos poderes
e das funções do único Deus supremo (brahma) no mundo manifestado.
Analisamos estas, a criação que faz parte do princípios do nascer crescer e morrer,
como todas as qualidades essências da natureza, chamadas “Gunas” um triangulo de
forças (Rajas, Tamas e Sattva) simultaneamente opostas e complementares que
governam tanto o universo manifestado: tudo que é físico, quanto o imanifesto: nossa
personalidade, emoções e padrões de pensamento.

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Rajas é força do movimento, da atividade, da mudança da evolução e do
desenvolvimento. É o impulso básico da satisfação das necessidades e dos desejos,
incluindo a obtenção do sustento através da conquista, relacionado á ativação de
respostas de stress*, necessária para as atividades.
Tamas é a força da inércia ou a falta de movimento. Reflete o impulso básico para o
repouso e as pausas ao longo do dia, semana e ano, assim como na indução do sono
restaurativo todos os dias, relacionada a atividade do relaxamento, e recuperação de
energia.
Sattva é a força em equilíbrio dinâmico, aonde rajas e tamas estão a serviço da
evolução da consciência.
Um outro exemplo dentro de filosofias religiosas é no cristianismo vendo a trindade, o pai
o filho e o espirito santo. Embora sabemos que esta visão foi gerada na época que a
humanidade não possuía compreensão de vida além terra, do cosmos, os homens viam
a terra como a única forma de vida. E o centro do universo.
Para continuarmos a compreensão da Tríade hindu, precisamos nos desprender do
sentido deuses como indivíduos, e sim como princípios manifestados, essência das forças
naturais. Para entender em meio a lógica, compare com o átomo que é matéria
principal manifestada, na sua composição há prótons e elétrons e neutros, o que o
nêutron faz? Ele é o mediador, do núcleo atômico, pois a energia fundamental não se
manteria sem ele.
Nos livros sagrados a criação, é visto possuindo as formas masculina e feminina. Sendo a
essência para a constante movimentação da ordem natural, o aspecto shiva e Shakti.
Shakti é a Mãe Divina na Terra é a própria Terra e nós somos unos a ela.
Assim “Deus” é criador, mantenedor e transformador (destruidor), ou seja, Brahma, Vishnu
e Shiva respectivamente, e tem como base ou suporte, suas consortes as Mahadevis
(grande Deusas) Saraswati, Lakshmi e Parvati (Durgã e Kali).

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Brahma
Ao contrário de outros deuses criadores, não possui aspecto de separação, pois os
hindus atribuem o criador a própria existência logo, a criação do universo é tudo que
nele existe. Sendo tudo sagrado e divino.
Ao compreendermos que a manifestação destas essências aqui na matéria é atribuído
pelo aspecto feminino, sua manifestação é sua consorte Saraswati, a Deusa do
esclarecimento, aspecto de Sabedoria da Mente Cósmica, do conhecimento,
inspirações artísticas, música e das artes e todas as ciências criativas.
Shiva
O auspicioso deus da transformação profunda, deus da destruição para uma renovação,
aonde representa os resultados de nossas ações (karmas) são a transformação que
constantemente criamos é ligado com a causa e efeito, pois para os hindus e tântricos
Shiva nos mostra que nada é permanente. Representado como um deus alegre que
dança, ama, luta.
Nos textos é encontrando 11 representações diferentes de Shiva.
Uma muito conhecida
O Shiva Nataraja o dançarino Cósmico
Conta uma lenda que Shiva fez uma vista
a dez mil sábios com o objetivo de
mostrar-lhes a verdade. Sendo recebido
com hostilidade, os sábios de tudo fizeram
para destruí-lo, desde a invocação de
tigres e serpentes até guerreiros que o
matassem. Porém, Shiva se pôs a dançar.
Sua dança era tão harmoniosa que os
sábios passaram a admirá-lo e a
contemplá-la. Na representação de
Bailarino Real, Shiva recebe o nome
de Nataraja. Sua dança representa o jogo
rítmico como fonte de todo dinamismo
existente no cosmo, com a finalidade de
libertar os seres das armadilhas de Maya, a
ilusão e a ignorância. Essa dança é
realizada no centro do universo, que se
encontra no coração de cada ser.
Todos esses aspectos evidenciam Shiva como aquele que tudo destrói, inclusive a
ignorância a respeito de si mesmo. Eliminando este que é o maior dos obstáculos, todo o
sofrimento é destruído, a própria Morte é vencida. Sendo aquele que é auspicioso, Shiva
conduz à maturidade da mente e ao conhecimento de que eu e ele somos o mesmo.
Sua consorte Parvati a fertilidade, também atribuísse em diferentes textos representações
como Durga (guerreira) e Kali (morte)

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Ela é considerada como a derradeira Divina Shakti - a encarnação da energia total do
Universo, shiva e shakti possui também a simbologia do "dualismo do Universo", do
"masculino" e do "feminino" em união.
Segundo algumas das tradições indianas (no Tantra), existe uma Deusa (Devi) que está
acima de todos os Deuses. Ela é chamada de Maha Devi (a Grande Deusa), ou Shakti (a
Poderosa). Sua característica principal, como o seu próprio nome diz, é o Poder. Ela é
ativa, dinâmica, é considerada como a energia que move todo o universo.
Shakti, o poder feminino, está presente, em todas as coisas e todos os seres do universo –
mas de forma muito mais forte e significativa nas mulheres. Da mesma forma, Shiva, seu
complemento masculino, está presente também em todos os seres, mas especialmente
nos homens.
A energia da mãe divina parvati e shiva, manifestou-se o Deus Ganesha (poder de abrir
caminhos, direciona aos nossos objetivos.
Ganesha
Filho de Shiva e Parvati, eles costumavam
meditar horas nas montanhas, no meio
de umas meditações, Shiva deixa Parvati
sozinha, para preencher o vazio da
solidão, ela faz uma raspagem em sua
pele, que dá origem a Ganesha. Como
Ganesha era muito apegado a mãe,
sentia-se na obrigação de protegê-la.
Certa vez Parvati tomava banho e
Ganesha estava cuidando para que
ninguém entrasse, então chega Shiva,
ordena que aquele menino
desconhecido par ele até então, saia da
frente, pois está o impedindo de entrar
na própria casa. Ganesha resiste, e luta
contra alguns soldados de Shiva, acaba
vencendo. Abismado com tamanha
força, Shiva acaba decaptando
Ganesha. Ao sair do banho, Parvati fica
furiosa, ameaça destruir todas as forças do céu, Shiva com receio que isso possa
acontecer, pediu que colocasse a cabeça do primeiro animal que encontrasse, o
elefante foi o primeiro.
Ele é muito amado e frequentemente invocado, já que é o Deus da Boa Fortuna quem
proporciona prosperidade e fortuna e também o Destruidor de Obstáculos de ordem
material ou espiritual. É por este motivo que sua graça é invocada antes de iniciar
qualquer tarefa relacionada a fartura e finanças. A cabeça de elefante indica
fidelidade, inteligência e poder discriminatório;
Saibamos que é importante ter conhecimento destes princípios mencionados nas
escrituras hindus, mas centrar na ideia que como é um conhecimento de 5000 mil anos

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atrás, cheio de lendas e mistificações. Estamos em uma nova era, onde a ciência está
dando portas para a espiritualidade, vendo que as mistificações já podem ser
compreendidas de mais forma mais lúcida.
Vishnu
Responsável pela manutenção de tudo que Brahma criou, ele é reconhecido por suas
vindas ao mundo terreno, onde se apresenta em forma de avatares.
A grande analise da história de vishnu ao longo da história, se dá por 10 reencarnações.
É como matsya, um peixe
É como Kurman, uma tartaruga
É como varaha, um javali
Obs: veja a semelhança do início do planeta, antes não havia humano, e sim
manifestações de vida do projeto terra.
É Nahasimha, meio homem e meio leão
Vamana, o anão
Parashurana, o sacerdote guerreiro
Rama, o príncipe (o primeiro princípio avatar)
Krishna, o pastor de ovelha
Buda, o Gautama (trazendo uma novidade)
Kalki (ainda não aconteceu) um cavalheiro,
seria o Avatar da nova era BUDA MAITREYA
A consorte de vishnu é Lakshmi que é
considerada o símbolo da beleza e
perfeição, o amor e a prosperidade. Veja
que tudo isto é uma arte Indiana, cheia de
símbolos e cores. É manifestação beleza
abundância do poder de Lakshmi.

Ramayana é o nome de um dos dois


grandes poemas épicos da Índia,
encontrado no Mahabharata.
No Ramayana uma das figuras centrais é
Rama, grande herói e também uma forma
humana do deus Vishnu. Na história, é o filho
e o herdeiro de um grande rei indiano. Rama
serviu e ainda serve de modelo aos homens
hindus, tendo em vista que é elegante, bravo
e marido devotado. Sita, sua bela mulher,
representa o ideal indiano de devoção ao
dever e ao marido.

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No grande poema, Rama vive no reino de Ayodhya, no norte da Índia, no entanto seu
pai o exila, por causa de uma disputa pelo trono do reino. Isso faz com que Rama vá
viver com sua esposa, Sinta, e seu irmão, Laksmana, na floresta de Dandaka. A trama
principal diz respeito ao conflito entre Rama e Rahwana, um demônio, líder do reino
Alengka, que deseja se casar com Sinta. Assim, Rahwana sequestra Sinta e a leva para o
seu reino, na ilha de Lanka, atualmente conhecida como Sri Lanka. Rama, com a ajuda
de seu irmão e do macaco Haruman salva sua mulher e mata Rahwana utilizando seu
arco e flecha. Ao final do exílio de Rama, ele e Sinta voltam para casa em triunfo e
Rama se torna rei.
Os clássicos indiano é muito mistificados, cheio de lendas.
Se vivêssemos na índia, veríamos todos os deus muito lúdicos, pois faz parte dos indivíduo
na índia desde a infância.
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Este grande Avatar, um dos mais
adorados pela cultura indiana, a
relação deste grande ser espiritual
com características cristicas que
em suas manifestações, entre os
principais textos védicos, dentro
Mahabharata há um épico
chamado Bhagavad Gita, aonde
mostra toda história de Krishna e
também a história de quando
recebeu Arjuna como discípulo e
o ensinou o yoga, como vimos em
vários textos sagrados, a
verdadeira face dos ensinamentos
do yoga.
Observação: Existem duas versões
do nascimento de Krishna e a diferença fundamental entre elas refere-se à mãe do
avatar, a princesa chamada Devaki. Na lenda, Devaki concebe virgem, tal como,
séculos e séculos depois, Maya concebeu Sidarta Gautama, o Buda Sakyamuni e Maria
concebeu Jesus. Nos registros históricos recolhidos em escrituras indianas, como
Mahabharata, o Harivamsa, Bhagavat Purana e Vishnu Purana, Devaki é casada com
Vasudeva. Nas duas versões, porém, o contexto histórico e as personagens são os
mesmos.
A biografia de Krishna, este relato de mais de 5 mil anos, tem pontos de contradição,
onde lenda e fato histórico se misturam. Mas não se trata apenas de lenda e história,
misturam-se também, realidade física e realidade metafísica. Como no episódio do
nascimento: em uma versão, Krishna nasce da virgem Devaki; em outra, nasce da união
entre Devaki e Vasudeva. De todo modo, entende-se que Vishnu, o Mahadeva, Grande
Deus, serviu-se do veículo físico de Devaki para nascer como o ser humano Krishna. A
própria Devaki, é um Deva, um Espírito Superior encarnado para servir ao Criador de
Todas as coisas.
Krishna a reencarnação do varão celeste vishnu.
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Existia um reino, aonde o tirano rei Kansas governava pelo poder do ego. Kansas, tinha
um irmã chamada Devaki, e em determinado momento ela recebe a visão de um deva
(um anjo para os hindus) conhecido por Mahadeva, anunciou que em seu ventre viria
um grande Avatar que reestabeleceria a luz. Seguindo este chamado ela retirou-se do
palácio, devido as ameaças de Kansas, refugiou-se na floresta com os Anacoretas ou
Rishis (iogues, buscadores da verdade, dedicavam a sua vida a luz) Luz a Krishna, um
filho divino.
Os boatos chegaram aos ouvidos de seu irmão Kansas, e ele convocou diversos bruxos e
seus exércitos de demônios para matar Devaki e o filho, então como ele não sabia
aonde ela estava e não sabiam quem era o bebe, exterminaram todas as crianças
menores de 1 ano para evitar que o avatar viesse. E por causa disto, Devaki se refugiou-
se aos pés do himalaia com a próxima tribo de iogues, que viviam cuidando das
ovelhas, então passou 15 anos ali, sendo Krishna um Pastor de ovelha. (Cordeiro de Deus)
Certo dia, Devaki diz a krishna que deveria partir, por uma lei divina. Esta parte da história
não menciona o que aconteceu realmente com Devaki, possivelmente ficou doente e
quis morrer longe do filho.
"Kansas sabe então que krishna está vivo, e manda ordem a mata-lo. Neste meio,
Krishna encontra um velho sábio numa cabana, e passa assim lhe ensinar sobre
espiritualidade.
Certo dia, kansas vê ele nesta cabana e tenta atingir krishna mas a flecha acerta o
mestre sábio. Ocorre uma grande explosão de luz, kansas se assusta e foge. E o mestre
tranquiliza krishna dizendo que ele esperava esta flecha, pois ela estava libertando seu
ser para a luz, a sua verdadeira morada. Após isto, ele volta para o monte Merlu, e
medita na montanha por 7 anos. Depois disto ele desce a montanha, e passa a pregar
para os Anagoretas, se tornando assim como discípulos, e um destes discípulos que vem
até ele é o príncipe Arjuna.
Krishna passou a pregar para os pobres, guerreiros, ricos, todos!!! E junto com os
anagoretas construíram uma cidade, onde muitos seres vem para esta cidade buscar a
espiritualidade. No centro desta cidade, eles construíram um templo, com partes
subterrâneas, quase todos os cantos da índia peregrinavam para ir até a cidade da luz,
embora kansas ordenasse ao seus guerreiros perseguirem krishna para mata-lo ao
aproximarem dele comovia-se com seus discursos e os iluminavam. Depois que krishna
ciente de seu ser de luz, vai visitar a cidade de kansas, e o povo do reino de kansas é
saudado pelo povo, lembre-se que kansas é tio de kansas, então ele destitui kansas do
poder e ele coloca o príncipe Arjuna para governar com luz, pois krishna afirma que o
seu reino não é daqui, é dos céus. E kansas é exilado.
Como Kansas nunca cansou de querer vingança, e um dia que krishna estava
meditando na floresta, foi Kansas e seus soldados, e lançaram muitas flechas até seu
corpo, e ele não meche nenhum musculo aceita a morte de seu corpo. E diz a principal
frase é dita, em Nome de Deus eu Entrego meu espírito.
Reflexão: A centro principal das palavra de krishna, é saber equilibrar corpo, mente e
espirito. Pois se o espirito não e manifesta na matéria a gente vive escravo do ego.

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O ser humano deve voltar-se para sua eterna natureza espiritual, e compreender a real
jornada na matéria física da terra, entender que estamos vivendo uma experiência, e o
espirito é aquilo que é duradouro, aquilo que traz a luz que é o que transcender os
desejos, a própria morte, o véu da ignorância.

Mais ou menos originou-se no século V e III A.C Mas não sabemos direito o ano, pois os
textos não mencionam.
Em sua tradução quer dizer sublime canção, inserido no mahabaratha, que significa a
grande epopeia. Que era em uma época aonde Krishina estava encarnado. Sendo um
grande mestre, e um dos príncipes deste reino, chamado Arjuna era seu discípulo.
Em um reino vai haver um conflito de poder entre os Pandavas e os Kurus sendo esta
guerra civil, dividindo o reino em dois, esta batalha durou 18 dias. Tanto os dois exércitos
convidaram Krishina para auxiliar na batalha, porem ele não era um guerreiro, e sim um
mestre espiritual, e ele decidiu auxiliar os Pandavas e conduzir a carruagem do príncipe
Arjuna.
Bhagavad Gita é um texto que tem 18 capítulos, 700 versus.
Contexto da batalha: As tropas dos Pandavas liderada pelo príncipe Arjuna e a
carruagem de Arjuna era dirigida por Krishina e do outro lada estão os kurus, cada tropa
se concentra nas montanhas uma oposta a outra, e o campo de batalha será bem no
centro, no meio do vale.
Aconteceria uma batalha sangrenta, e no toque do combate, um sinal com a concha,
os dois correriam para o centro do vale com toda sua tropa, e exatamente ali Krishna
realiza um grande milagre, ele paralisa o tempo a pedido de Arjuna para poder ver
todos os participantes de ambos os lados. Vendo, então, seus parentes e amigos, tanto
de um como do outro lado, ficou horrorizado, e declarou a Krishna que antes queria
morrer sem se defender, do que matar seus parentes. Krishna respondeu-lhe com um
notável discurso filosófico que forma a maior parte do Bhagavad Gita, fazendo Arjuna
reconhecer a necessidade dessa luta, em que ele e os seus partidários, finalmente,
alcançariam completa vitória sobre os Kurus.
Somente duas pessoas ficam lucidas e conscientes, Krishina e Arjuna, e uma terceira
pessoa entra como narrador, chamado Sanjaia aonde no início da história ele abre o
livro e conta a história.
“A luta aqui descrita é a que se trava no interior de cada homem, entre o "Bem" e o
"Mal". Arjuna, o Homem, acha-se colocado no campo de suas ações, entre dois
exércitos inimigos, dos quais os Pandavas representam as forças superiores, e os Kurus, as
forças inferiores da alma. Ali está Arjuna, o filho de Kunti (isto é, da Alma) contra os seus
parentes, os filhos de Dhritarâshtra (Vida material) ameaçado pelo Egoísmo, pelos seus
prazeres e pelas suas paixões, que formam um poderoso exército de ilusões: a sua tarefa
é vencê-las, para chegar ao conhecimento de sua verdadeira essência divina. Mas,
como muitas dessas ilusões se lhe tomaram agradáveis, acha difícil combate-las. A seu
lado, entretanto, tem valentes guerreiros: a sua Consciência, o Amor do Bem e da
Verdade, a Obediência à Lei Suprema, a Fé, a Convicção, etc.
Krishina, que lhe explica a verdadeira natureza humana e a sua relação com Deus, é o
Verbo de Deus, Logos ou Cristo em nós, o nosso superior, imortal Ego Divino.”

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O símbolo da batalha, é o conflito humano, para todos que encarnam nesta vida,
passam por isto, mostrando que é inevitável para a experiência.
O personagem Arjuna faz toda a diferença porque ele é uma inspiração para nós, uma
vez que as perguntas feitas por Arjuna são as nossas perguntas. De uma certa maneira
podemos nos inspirar, pensando como Arjuna agiria em determinada situação.
Quanto à qualificação do mestre, não há sombra de dúvidas que Krishna é Vishnu
encarnado, ou seja, ele possui a mais alta qualificação que um mestre poderia ter. E no
diálogo entre ambos todo o conhecimento é transmitido, deixando o discípulo livre de
dúvidas.

CAPITULO 1. O DESÂNIMO DE ARJUNA


“Neste capitulo se descreve o combate entre o "Bem" e o "Mal", que provém do rompimento da
Unidade, tanto no Homem como na Natureza. O Homem, representado por Arjuna, acha-se
rodeado de ilusões que pertencem à sua natureza inferior, mortal, e deve vencê-las; porém,
como se acostumou a identificar-se com elas, falta-lhe o necessário ânimo.”
“Arjuna Diz: - Ai de mim! Ai de nós, que nós estamos preparando para cometer o horrível
crime de matar os próprios parentes e consanguíneos pela bagatela de obter o domínio
pelo desejo do poder!”.45

CAPITULO 2. SANKHYA YOGA — A VERDADEIRA NATUREZA DO ESPÍRITO

“Neste capítulo se ensina como se pode, por meio da meditação filosófica, obter a
verdadeira concepção do Universo, isto é, o conhecimento da nulidade (nulo) e
instabilidade de todas as formas que existem no mundo dos fenômenos, em contraste
com o Ser Eterno, e como este conhecimento nos conduz ao
Caminho da liberdade espiritual e da imortalidade”

“Conhece esta verdade, ó príncipe! O Homem real, isto é, o Espírito do homem, não
nasce nem morre. Inato, imortal, perpétuo e eterno, sempre existiu e sempre existirá. O
corpo pode morrer ou ser morto e destruído; porém, aquele que ocupou o corpo,
permanece depois da morte deste.” 20

"Quando um homem, ó príncipe, quebrou os vínculos dos desejos do seu coração e está
internamente satisfeito consigo, atingiu a Consciência Espiritual e firmou-se no
conhecimento.” 55

CAPITULO 3. KARMA YOGA — RETO CUMPRIMENTO DA AÇÃO

“Tudo o que o homem faz com motivos pessoais, é sem valor para o Eterno. Para
atingirmos a salvação e a união com Deus, havemos de agir sem motivos egoístas, sem
tomar em consideração o nosso próprio Eu pessoal, entregando-nos à Vontade Divina
como um instrumento na mão de Deus e, assim, cumprindo o nosso dever por ser dever,
sem pedir recompensas.”
“há dois caminhos que vão à Perfeição. O primeiro é o caminho do Conhecimento (Agir
pelo não agir), e o segundo o da Ação (Agir). Uns preferem o primeiro, e outros, o
segundo desses dois caminhos; sabe, porém, que considerados do alto, ambos são um
só caminho. Engana-se quem pensa que, esquivando-se das ações e persistindo na
inatividade, escapa dos resultados da ação. Quem nada começa, não pode entrar no

15
estado da Paz Eterna; a inatividade não conduz à Perfeição. E, na realidade, nem há
coisas que se possam designar pela palavra inatividade; pois tudo, no Universo, está em
atividade constante, e nada pode subtrair-se à lei geral. Ninguém pode ficar inativo nem
um instante; pois as leis de sua natureza o impelem constantemente a fazer alguma
coisa, queira ele ou não; o seu corpo ou a sua mente, ou ambos, sempre estão
ocupados.” 3;4;5

Capitulo 4. JNANA YOGA — O CONHECIMENTO ESPIRITUAL


“O homem pode libertar-se da ilusão do "eu pessoal", e alcançar a união com a Essência
Divina, pelo conhecimento interno de si próprio, isto é, pela iluminação interior. Esta força
aumenta com a prática, quando se cumpre o dever com abnegação.”

"krishna diz: - Muitos foram já os meus nascimentos, e muitos também foram os teus, ó
Arjuna. Eu sou consciente deles todos, mas tu não o és.” 5

“Há muita virtude e mérito na moderação e no domínio de si mesmo; e esta é a causa


por que os sacrificadores se aproximam de Mim. Sim, aqueles que se alimentam
espiritualmente com a parte espiritual do sacrifício que a Deus oferecem, entram em
união com Deus. Mas quem nenhum sacrifício oferece, não acha mérito
neste mundo nem no outro.”31

“Levanta-te, pois, em teu poder, ó príncipe, empunha a espada refulgente do


conhecimento espiritual e corta todos os vínculos das dúvidas e ilusões que prendem o
teu coração e a tua mente. Eleva a Mim a tua alma e executa a Ação que te é
determinada." 42

CAPITULO 5. KARMA SANYASA-YOGA — RENÚNCIA DAS OBRAS

O homem exterior e terreno não pode, de própria vontade e própria força, fazer qualquer coisa
boa ou santa, porque todo o bem procede de Deus. Para poder-se agir sabiamente, é
necessário possuir sabedoria; e quem possui sabedoria, não age por si mesmo, mas serve apenas
de instrumento à Vontade Divina.

“Só se abstém verdadeiramente, aquele que não odeia a ação, nem por ela se
Apaixona; assim é que ele pratica a renunciação, nada odiando e nada desejando.
Quem está acima dos contrastes e conserva-se calmo e contente, sempre pronto a
cumprir a sua tarefa e, contudo, sem apegar-se à obra, facilmente se liberta dos vínculos
da ilusão.
Os inexperientes que principiam a estudar a Verdade, costumam designar o
conhecimento e as obras, ou a abstenção da ação e a prática da reta ação como
duas coisas diferentes; mas os sábios as reconhecem como uma coisa só; pois, quem
tem o conhecimento, há de ter também as obras, e quem tem as obras, terá igualmente
o conhecimento”. 3;4

CAPITULO 06. ATMA SANYAMA YOGA — MEDITAÇÃO OU SUBJUGAÇÃO AO EU SUPERIOR.

“Neste capitulo se expõe como se realiza a união com o Sêr Supremo, mediante a
santificação interior, e a meditação.”

“Assim sentado, domina a sua mente e dirige o pensamento a um ponto de


concentração, retendo, ao mesmo tempo, as impressões dos sentidos e não deixando

16
entrar na mente pensamentos que vagueiam. Nessa posição, conservando calma e
persistência, purifica a sua alma, dirigindo a consciência ao Eu Real, ao Absoluto, que é
a base de todos os seres.” 12

“A ciência yoga, que destrói o sofrimento, é realizável para os que observam


moderação e temperança em comida e recreio, em ação e descanso; para que
aqueles que, fugindo do mal do excesso em ação, não caem no mal oposto do excesso
em repressão.” 17

CAPITULO 07.VLJÑÂNA YOGA — DISCERNIMENTO ESPIRITUAL


“Neste e nos seguintes cinco capítulos, expõe-se a doutrina de Krishna e a melhor
maneira de praticar Raja-Yoga. Esta parte trata do conhecimento espiritual, isto é, do
despertar da consciência da Divindade no homem. Deus é Amor e, por conseguinte,
pode-se obter a consciência da Divindade só pela força do Amor Divino.”

“Krishna, o verbo divino diz: As três qualidades da minha natureza: a harmonia, a


atividade e a inatividade, as quais também se manifestam como a luz da verdade, o
desejo da paixão e as trevas da ignorância, em Mim têm o princípio e estão em Mim,
mas Eu não dependo delas.”12

“Há um pequeno número de homens que se libertaram dessa ilusão da dualidade dos
contrastes, vencendo o egoísmo e os pecados. Estes Me conhecem como
Um e Tudo e, firmes em sua vontade, constantes, em seu amor e sua devoção, comigo
se unem e a Mim pertencem.” 28

CAPITULO 08. AKSHARA PARABRAHMA YOGA — O CAMINHO PARA A DIVINDADE


SUPREMA.

“Deus está sempre presente em tudo, vivificando o iluminando todos os seres. Quem se
deixa iluminar pelos raios da sabedoria, torna-se sábio; a Sabedoria Divina nele é uma
força viva que o conduz ao conhecimento da Imortalidade.”

“Aquele, porém, que, na hora da morte, não pensou em Mim, mas dirigiu todos os
pensamentos a um outro ser (2), depois da morte a este ser se une. Porque cada um
chega a ser o que desejou ser; o semelhante atrai o semelhante.” 6

“Ouve as instruções: Fecha bem as portas dos teus sentidos corporais. Domina o teu
coração, concentra a tua mente sobre o teu Eu interior, e não a deixes vaguear no
exterior, nem ocupar-se com os pensamentos estranhos.”12

Todos os nobres e elevados espíritos que se uniram comigo, não precisam mais renascer
na terra, neste lugar de sofrimentos e limitações. Não, eles não têm mais necessidade de
voltar a esta escola de vida, porque já atingiram a esfera da Perfeita Sabedoria,
Suprema Ventura e Vida imperecível.15

CAPITULO 09. RÂJA-VIDYA — RÂJA-GUHYA YOGA — A SUBLIME CIÊNCIA E O SOBERANO


SEGRÊDO

17
“A quem tem a verdadeira fé, inabalável, esperança e o divino amor, pode ser
comunicada a mais sublime Ciência e revelado o Soberano Segredo, que é a presença
Divina na Humanidade.”
“Todo este universo, tanto em suas partes, como em sua totalidade, é uma emanação
minha, e Eu o penetro com minha natureza invisível, Eu que sou o Imanifesto.”4
“Cada um que a Mim se dirige, acha em Mim o refúgio, e anda pelo soberano caminho,
mesmo que nascido de família pecadora, seja homem ou mulher, rústico ou peão.” 32

CAPITULO 10. VIBHUTI YOGA - A EXCELÊNCIA DIVINA


“Deus não é diferentes coisas, mas Tudo em tudo. Me é a Unidade de que procedem
todos os números; Ele é, em tudo, o verdadeiro fundamento e a verdadeira essência. Em
si mesmo imutável, manifesta-se de variadíssimos modos, conforme os pontos. Dele não
podemos dizer que seja, em si mesmo, perfeito ou imperfeito, bom ou mau, porque Me é
a Perfeição e a Bondade mesma; em todas as coisas, Ele é o mais perfeito Ser.”
“Sabe que de Mim procedem todas as qualidades dos seres individuais, como: a razão,
o conhecimento, a sabedoria, paciência, verdade, clemência, domínio de si próprio,
tranquilidade, prazer e dor, nascimento e morte, coragem e medo. Igualmente: a
inocência, equanimidade, abstinência, contentamento, afabilidade, caridade,
severidade, glória e modéstia.”5,6

“A todos os que Me oferecem o coração, Eu sou a ciência do discernimento e intuição,


para chegarem até Mim. Residindo no centro das suas almas, faço-os sentir a Minha
misericórdia, o Meu Amor, o espalho dali os raios do verdadeiro conhecimento, cuja luz
dissipa as trevas oriundas da ignorância". 10,11

“Eu sou Aquilo que é o princípio essencial na semente de todos os seres e de todas as
coisas na Natureza; cada ser, animado ou inanimado, é por Mim penetrado, e, sem Mim,
nada pode existir nem por um instante.” 39

CAPITULO 11. VIÇVA-RUPA-DÂRÇANAM — A VISÃO DA FORMA DIVINA UNIVERSAL

“A forma divina ou personalidade de Deus consiste na soma de todas as formas e


atividades, em que se manifesta o seu poder.”

“Arjuna diz: Tu és, em verdade, o Senhor do universo, como me expuseste e me


convenceste. Mas, se é possível, ó meu Senhor e Mestre! mostra-me a Tua majestosa
forma. Se julgas que sou capaz de vê-la, faz-me ver a Tua própria Face e Forma, o Teu
Eterno Eu, ó Adorado!" 3,4
“Krishna diz: Mas não é com os teus olhos materiais que Me podes ver. Para isto, abro-te
a tua visão espiritual. Olha, pois, e vê agora a minha gloriosa Natureza Mística!." 8
“Arjuna viu, então, todo o Universo, variadíssimo em suas múltiplas aparências, formando
uma Unidade no Corpo do Ser Absoluto, e manifestando- se como muitíssimas partes nos
corpos dos deuses.”13
CAPITULO 12. BHAKTI YOGA - - UNIÃO PELA DEVOÇÃO
“A verdadeira religião é a União da alma Individual com Deus, o Espírito Universal.”

“0 caminho dos que Me reconhecem como o Absoluto e Imanifesto, é muito mais árduo
do que o caminho dos que Me adoram como Deus manifesto e possuidor de forma, A
concepção de Absoluto, Infinito é a causa mais difícil para a mente finita do homem. É
muito difícil para o visível conceber o invisível, o finito conceber o infinito. Mas aqueles

18
que em Mim renunciam todas as suas ações, e meditam em Mim como seu ideal mais
elevado, considerando tal meditação como um fim, sua mente está fixa em Mim.” 5,6

“Pois melhor do que os exercícios devocionais é a sabedoria (conhecimento espiritual);


melhor do que a sabedoria é a meditação, e melhor do que a meditação é a renúncia
aos frutos da ação. Da renúncia nasce a paz de espírito.” 12
O devoto é:
Amigo de todos e de tudo;
Sempre satisfeito e alegre;
É paciente;
É firme no propósito de se auto aperfeiçoar;
Plenamente entregue ao caminho espiritual;
Ama e tem afeto sincero com todos os seres da natureza;
Não é autor de nada é apenas um instrumento divino (deus agindo através de nós);
Trata amigos e inimigos da mesma forma;
O mundo inteiro é o seu lar;
CAPITULO 13. KSHTRA-KSHETRAJÑA-VIBHÂGA YOGA — O CAMPO E O CONHECEDOR DO
CAMPO

"Aquilo que chamas corpo ou teu eu pessoal, alguns filósofos denominam "o Campo". A
quem o conhecem os Sábios o chamam “Conhecedor do Campo”. Sabe que Eu sou o
Conhecedor do Campo em todos os Campos. A Mim o discernimento entre o Campo e
o Conhecedor do Campo é a verdadeira Sabedoria". 2,3

“Com o nome de Natureza Material designam-se: os elementos materiais, a consciência


de personalidade, o intelecto, a força vital, os centros dos sentidos, a mente, os órgãos
dos sentidos.”6

“Sabe, ó príncipe! que cada ser criado, seja animado ou inanimado, é produzido pela
união do Campo com o Conhecedor do Campo”. 27

“Alcançam o Supremo aqueles que com os olhos da sabedoria discernem a diferença


entre o Campo e o Conhecedor do Campo, bem como os meios de se libertarem da
Matéria moldada na forma de um corpo.” 35

Aspectos do indivíduo no caminho do yoga para esta real busca espiritual (jornada na
terra):
Não ter orgulho
Paciência
Perseverança
Venerar o mestre
Autocontrole

19
Desapego aos objetos sensórios
Desapego a família
Intensa devoção ao caminho espiritual
CAPITULO 14. GUNA-TRAYA-VIBHAGA YOGA — AS TRÊS GUNAS OU QUALIDADES DA
MATÉRIA

“Tudo o que tem lugar na Matéria e na Consciência consequente de três qualidades, as


quais são o motivo de todos os atos materiais de sentir, querer, pensar e agir. Estas três
qualidades, forças ou "gunas" chamam-se, em termos sânscritos "Sattwa", "Rajas" e
"Tamas".
"Sattwa" designa Equilíbrio, Ritmo, Harmonia;
"Rajas", Atividade, Movimento, Emoção, Ambição;
"Tamas", Estabilidade, Resistência, Inércia, Obscuridade.
A Divindade é superior à Matéria, com as suas qualidades. A Divindade em si mesma,
nem é "boa" nem "má", porque estas palavras exprimem ideias relativas, e são aplicáveis
só ao que é manifestado. Quem se torna superior a estes três atributos naturais, unindo-se
à sua Essência Divina e realizando a Consciência do seu Eu Divino, alcança Libertação.
Estes três atributos vinculam a alma ao corpo ou o Espírito à Matéria.”

Arjuna diz: como viver e vencer estas três qualidades?


"Diz-lhe Krishna: Ultrapassou as qualidades quem, sentindo o efeito que as qualidades
produzem — percepção, ação ou ilusão — não lhe repugnam os maus frutos advindos
nem anseia pelos bons frutos frustrados". Aquele que, como neutro espectador, não é
comovido pelas qualidades, mas, imperturbável se retrai delas com o pensamento: "as
qualidades desempenham sua tarefa". 22,23
“Aquele que se consagra exclusivamente a Mim pela Yoga da devoção: esse supera tais
qualidades e unifica-se com o ETERNO.” 26

CAPITULO 15. PURUSHÔTTAMA-PRAPTI YOGA — 0 CONHECIMENTO DO ESPÍRITO SUPREMO

“O homem alcança a libertação espiritual e, por conseguinte, a sua perfeição, quando


chega ao conhecimento da Divindade, em si mesmo, e torna-se consciente do Espírito
Supremo.”

“Há dois aspectos neste mundo: a Unidade e a Pluralidade; a Alma Superior e as almas
inferiores; o Indivisível e o Divisível. O Indivisível é superior a todas as formas da Natureza.
Estes dois aspectos formam a Unidade Universal. Mas há ainda um Ser Supremo, o Espírito
Absoluto, a Alma das almas, o Sustentador, o Origem e o Senhor de tudo.” 16,17

CAPÍTULO 16.DAIVA-SÂRASAUPAD VIBHÂGA YOGA — DISCERNIMENTO ENTRE O DIVINO E


O DEMONÍACO

“O homem representa, por si mesmo, um universo em pequena escala (um microcosmo).


Sendo o homem um ser espiritual organizado, é influenciado por seres superiores e
inferiores; para poder distinguir as boas e más influências, necessita da Consciência
Divina.”

"Vou dar-te os sinais característicos dos homens que andam pelo caminho que conduz à
Vi da Divina. Ei-los: Intrepidez, pureza de coração, perseverança em busca da

20
sabedoria, caridade, abnegação, domínio de si mesmo, devoção, religiosidade,
austeridade, retidão. Abstenção de más ações, veracidade, mansidão, renúncia,
equanimidade, boa vontade, amor e compaixão para com todos os seres, ausência do
desejo de matar, ânimo tranquilo, modéstia, discrição, firmeza; Fortaleza, paciência,
constância, castidade, humildade, indulgência.”1,2,3
“Agora ouve os característicos dos homens que andam pelo caminho que conduz aos
demônios: Hipocrisia, orgulho, arrogância, presunção, cólera, rudeza e ignorância.”4
“O bom caráter liberta da imortalidade e conduz à Divindade. O mau caráter causa
repeti dos nascimentos mortais. O primeiro dá liberdade, o segundo escravidão.”5

CAPITULO 17.ÇRADDHA-TRAYA VIBHÂGA YOGA — AS TRÊS ESPÉCIES DE FÉ

“A Fé é o movimento da alma em procura da salvação, e sua manifestação chama- se


"culto divino" ou "culto religioso". O homem pode procurar a salvação em três caminhos:
no "exterior", contentando-se
Com ritos ou um Salvador fora de si; e no "interior", quando reconhece a presença do
Salvador no centro do seu próprio ser espiritual.”

OM TAT SAT.
“Aquele que conhecem Brama, pronunciam sempre a palavra AUM, que significa o
Eterno Poder Supremo, antes de praticarem qualquer ato religioso, ou antes de darem
esmola.
TAT é o símbolo que indica que todos os entes têm o seu ser eternamente em Deus;
pronuncia- se na prática de vários sacrifícios, penitências e obras de caridade, para
evocar a ideia de Unidade.
SAT significa Verdade e Bondade, e pronuncia-se quando se pratica uma boa ação ou
quando se observa uma boa qualidade.”
Por isso, designa-se com a palavra SAT a perseverança, em sacrifício de si mesmo,
penitência, renúncia, adoração mental e caridade, e tudo relativo a estes fins.
Tudo, porém, que se faz sem fé e sem boa vontade, seja sacrifício, mortificação da
carne, abstinência ou esmola, chama-se ASAT (nulidade) e não tem valor ou mérito,
nem neste mundo nem no outro." 24,25,26,27,28

CAPITULO 18.MOKSHA SANNYASA YOGA — A LIBERTAÇÃO PELA RENÚNCIA

“Por causa a ignorância; outra é motivada pelo desejo de obter coisa melhor do que
aquela a que se renúncia; a terceira nasce do amor ao Altíssimo e não nutre desejos
pessoais. A primeira espécie pertence a Tamas; a segunda, a Rajas; a terceira a Sattwa.
Quem renunciou a tudo o que é característico do amor de si próprio e oferece a sua
vida ao serviço da Divindade, cumprindo o seu dever por ser dever, e sem
pedir recompensas; quem ama a Deus sobre tudo e todos os seres vivos como a si
mesmo, alcança a União com o Absoluto, e nela a sua Salvação, tornando-se imortal.”

“Se alguém, sem apego nem visando resultados, pratica um ato inerente à sua própria
condição, dizendo: "isto precisa ser feito", essa renúncia é tida como de natureza
satwica. Quem não tem repugnância a fazer aquilo que não lhe dá proveito e não tem
desejo do que lhe é vantajoso; quem é prudente e não nutre dúvida alguma, é um
verdadeiro renunciador (tyagi). Não há homem que possa abster-se de toda a ação
enquanto vive no corpo terrestre. Verdadeiro renunciador, é, porém, considerado quem
se abstém de gozar os frutos de suas obras.” 9,10,11

21
“A suprema da realização. Com a mente saturada de plenos e claros conhecimentos
acerca da verdadeira natureza do Espírito; sendo perseverante no domínio da mente;
tendo abandonado toda aliança com objetos sensórios, e estando livre de influências
do amor e ódio; Sendo frugal na dieta, e com a palavra, o corpo e a mente educados
na obediência, sente-se Ele num lugar solitário e pratique sempre a meditação,
cultivando o desapaixonamento.”51,52

“Com tua mente fixa em Mim, com Minha graça vencerás todos os obstáculos.
Se, confiando apenas em ti, pensares "não lutarei", e evitares a luta, vã será a tua
determinação, pois tua natureza te lançará à luta.
Ó filho de Kunti! O que por ilusão não desejares fazer, isso farás irremediavelmente,
forçado pelos impulsos de tua própria natureza.” 59,60

Assim termina aqui, no Bhagavad-Gita, a Essência dos Upanishads, que é a Ciência de


Brahma e do Yoga, o maravilhoso Diálogo entre Sri Krishna e Arjuna.

6. AS UPANISHADS
A palavra significa aos pés do mestre, é como se o discípulo dialogando com o mestre.
Durante a longa história da índia, um grupo de pessoas resolveram reunir estes textos,
ensinamentos, e transformar em um guia, e diz que foi se reunindo 108 clássicos, no
entanto á 10 principais.
Ciência filosófica do yoga são a upanishads (essência ao longo da história) relação
homem e deus.
A síntese das upanishads é a visão do deus manifesto.
ISHA Preenchidas totalmente com Brahman estão as coisas que vemos, Preenchidas
totalmente com Brahman estão as coisas que não vemos. De Brahman flui tudo o que
existe: De Brahman, tudo - todavia, ele ainda é o mesmo. OM... Paz - paz - paz.
(A Vida no mundo e a vida no espírito não são incompatíveis. O trabalho, ou a ação,
não é contrário ao conhecimento de Deus, porém, na verdade, se realizado sem apego,
é um instrumento para ele. Por outro lado, a renúncia significa renúncia do ego, do
egoísmo - não da vida. A finalidade, tanto do trabalho como da renúncia, é conhecer o
Eu interiormente e Brahman exteriormente, e perceber sua identidade. O Eu é Brahman,
e Brahman é tudo.)

KENA Que a quietude desça sobre os meus membros, Minha fala, meu fôlego, meus
olhos, meus ouvidos; Que todos os meus sentidos se tornem claros e fortes. Que Brahman
se mostre a mim. Que eu jamais negue Brahman, e nem Brahman a mim. Eu com ele e
ele comigo - possamos morar sempre juntos. Que seja revelada a mim, Que sou
dedicado a Brahman, A sagrada verdade dos Upanishads. OM... Paz - paz – paz.
(O poder que está por trás de todas as atividades da Natureza e do homem é o poder
de Brahman. Perceber essa verdade é tornar-se imortal.)

22
KATHA Que Brahman nos proteja, Que ele nos guie, Que nos dê força e entendimento
correto. Que o amor e a harmonia estejam com todos nós. OM... Paz - paz - paz.
(O segredo da imortalidade é encontrado na purificação do coração, na meditação,
na realização da identidade do Eu interiormente e de Brahman exteriormente. Pois a
imortalidade é simplesmente a união com Deus.)

PRASNA Com nossos ouvidos, ouçamos o que é bom. Com nossos olhos, contemplemos
vossa integridade. Tranquilos no corpo, possamos nós, que vos veneramos, encontrar
descanso. OM . . . Paz - paz - paz.
(O Homem é composto de elementos como o sopro vital, ações, pensamento, e os
sentidos - obtendo todos sua existência do Eu. Eles surgiram do Eu, e no Eu finalmente
desaparecerão como as águas de um rio desaparecem no mar.)

MUNDAKA Com nossos ouvidos, ouçamos o que ê bom. Com nossos olhos,
contemplemos vossa integridade. Tranquilos no corpo, possamos nós, que vos
veneramos, encontrar descanso. OM . . . Paz - paz - paz.
(A vida do homem é dividida entre o estado de vigília, o sonho e o sono sem sonhos.
Porém, transcendendo esses três estados, encontra-se a visão superconsciente -
denominada simplesmente O Quarto. - O sábio deve distinguir entre conhecimento e
sabedoria. O conhecimento está ligado a coisas, ações e relações. Porém a sabedoria
está ligada apenas a Brahman; e além de todas as coisas, ações e relações, ele
permanece para sempre. Tomar-se uma coisa só com ele representa a única sabedoria.)

TAITTIRYA OM... Que Mitra nos conceda a paz! Que Varuna nos conceda a paz! Que
Aryama nos conceda a paz! Que Indra e Brihaspati nos concedam a paz! Que Vishnu
que tudo permeia nos conceda a paz! Salve Brahman! Salve, vós que sois a origem de
todo o poder!
(O homem, na sua ignorância, se identifica com os invólucros materiais que envolvem o
seu verdadeiro Eu. Ao transcendê-los, ele se torna uma coisa só com Brahman, que é
pura bem-aventurança.)

AITAREYA Que a minha palavra seja uma coisa só com a minha mente, e que a minha
mente seja uma coisa só com minha palavra Ó vós, auto luminoso Brahman, removei o
véu da ignorância da minha frente, para que eu possa contemplara vossa luz. Revelai-
me o espirito das escrituras. Que a verdade das escrituras esteja sempre presente em
mim. Que eu procure dia e noite compreender o que aprendi com os sábios. Que eu
fale a verdade de Brahman. Que eu fale a verdade. Que ela me proteja. Que ela
proteja o meu mestre. OM... Paz - paz – paz.
(Brahman, fonte, sustentação e fim do Universo, participa de todas as fases da
existência. Ele acorda com o homem que acorda, sonha com o que sonha e dorme o

23
sono profundo do que dorme sem sonhar; porém ele transcende esses três estados para
se tornar ele próprio. Sua verdadeira natureza é a consciência pura.)

CHANDOGYA Que a tranquilidade desça sobre os meus membros, A minha fala, o meu
alento, os meus olhos, os meus ouvidos; Que todos os meus sentidos se tomem claros e
fortes. Que Brahman se mostre a mim. Que eu jamais negue Brahman, nem Brahman a
mim. Eu com ele e ele comigo - possamos permanecer sempre juntos. Que seja revelada
a mim, Que sou devotado a Brahman, A sagrada verdade dos Upanishads. OM. .. Paz -
paz - paz.
(Brahman é tudo. De Brahman surgem as aparências, as sensações, os desejos, as ações.
Porém, tudo isso não passa de nome e forma. Para conhecer Brahman, temos de
vivenciar a identidade entre ele e o Eu, ou Brahman morando dentro do lótus do
coração. Somente fazendo assim pode o homem escapar da dor e da morte e se tornar
uno com a essência sutil que está além de todo o conhecimento.)

BRIHADARANYAKA Completamente preenchidas com Brahman estão as coisas que


vemos, Completamente preenchidas com Brahman estão as coisas que não vemos, De
Brahman flui tudo o que existe: De Brahman tudo ainda assim, ele é o mesmo. Levai-me
do irreal para o real. Levai-me da escuridão para a luz. Levai-me da morte para a
imortalidade. OM... Paz - paz - paz
(O Eu é a mais querida de todas as coisas, e somente através dele qualquer outra coisa
é querida. O Eu é a origem de toda a felicidade finita, porém é, ele próprio, pura bem-
aventurança, transcendendo a definição. Ele permanece inatingível pelas ações, boas
ou más. Ele está além do sentimento e além do conhecimento, porém não está além da
meditação do sábio)

SWETASVATARA Com nossos ouvidos, possamos ouvir o que é bom. Com nossos olhos,
possamos contemplar vossa integridade. Tranqüilos no corpo, possamos nós, que vos
veneramos, encontrar repouso. OM . . . Paz - paz - paz. OM . . .
(A Meditação pode ser apreendida, e deve ser praticada de acordo com regras
reconhecidas. Através dos seus métodos, é possível perceber o Brahman pessoal, o qual,
unido com Maya, cria, preserva e dissolve o Universo, e igualmente o Brahman
impessoal, que transcende todas as formas de ser, que existe eternamente, sem atributos
e sem ação.)

KAIVALYA Que Brahman nos proteja, Que ele nos guie, Que ele nos dê força e
entendimento correto. Que o amor e a harmonia estejam com todos nós. OM . . . Paz -
paz - paz. (O sábio que, pela fé, pela devoção e pela meditação, percebeu o Eu e se
tornou uno com Brahman é libertado da roda da mudança e escapa do renascimento,
da dor e da morte.)

24
7.
Algumas vertentes de Yoga e o que cada um contribui para este grande alicerce do ser
interior.
”Yoga é ser de fato um ente consciente. Quando há yoga, diz Patañjali, estamos
estabelecidos na nossa natureza de sermos os observadores de tudo, capazes de
reflexão verdadeira e ação deliberada. Quando não há yoga, diz o sutra seguinte,
somos tomados pelos padrões reativos da mente e, apesar de continuarmos sendo seres
conscientes – conscientes da própria atividade mental – tornamo-nos escravos dos
impulsos dela.”

Há quatro caminhos principais de Yoga - Jnana Yoga, Karma Yoga, Bhakti Yoga e Raja
Yoga. Estão de acordo com cada temperamento ou abordagem diferente diante da
vida. Todos os caminhos levam em última instância, para o mesmo destino - a união com
Brahma ou Deus - e as lições de cada uma devem ser integradas se deseja alcançar a
verdadeira sabedoria
Por exemplo há grandes sábio trouxeram uma visão nova do vedanta para unir com o
Cristianismo como Sri Ramakrishna, Swami Vivekananda, Paramanhansa Yogananda.
8. JNANA YOGA OU VEDANTA YOGA
Vedanta, significa final do vedas. É uma tradição de ensinamento transmitido de mestre
a discípulo num fluxo desde os tempos imemoriais, uma linha aonde é estudado as
escrituras sagradas védicas principalmente as Upanishads e através disto podemos dizer
o Yoga do conhecimento centrado nestes estudos em quatro principais objetivos nesta
existência: Kama (desejos afetivos) artha (desejos matérias, sobrevivência família)

25
Dharma (comprimentos de dever, as leis maiores) e moksha (liberação espiritual) nas
upanishads essencialmente nos métodos consciente dentro deste caminho para a
libertação, utilizando a unificação de shamkya (não dualidade). Inúmeras escolas da
Índia e no mundo todo seguem inspiradas pelo grande santo bengali Sri Ramakrishna.
Pouco antes de sua morte, em 1886, Sri Ramakrishna encorajou seus jovens discípulos a
seguirem a vida espiritual ao dar-lhes a roupa ocre dos sanyasins (monges), que na Índia
significa renúncia ao mundo. Confiou os cuidados desses jovens ao seu mais destacado
discípulo, Swami Vivekananda que, em 1897, junto de seus irmãos monásticos, fundou a
Ordem Ramakrishna. O lema da Ordem Ramakrishna, “Atmano mokshartham jagad
hitaya cha”, é: “Pela salvação dos indivíduos e pelo bem estar do mundo”.

9. KARMA YOGA:

“Plante a semente sem esperar os bons frutos, apenas faça com amor”.
A palavra karma se deriva do sânscrito kri, fazer; toda ação é karma. Tecnicamente, esta
palavra quer dizer: o caminho dos efeitos das ações correta. Metafisicamente é usada
com o seguinte significado: é o efeito provocado por nossas ações anteriores. Porém em
Karma-Yoga só tratamos da palavra karma como equivalente de ação. Sabe-se que
toda vez que você coloca uma energia de ação, isso provoca um movimento no
universo, e este movimento gera consequências, e como um cidadão do universo, estas
consequências vou sofrer os resultados da minha ação, a tal da ação e reação. Mudar
a vida, mudar o foco, se seu ser está em busca de algo, pelo caminho do yoga, agir a
mudança pelo equilíbrio, pois é esta a única forma de se livrar da estagnação, de velhos
padrões limitadores e egoístas. Saibamos que este movimento estará relacionando aos
seus padrões vibratórios, quando os nossos desejos passar a ser pela integração do ser
espiritual em seu dia, ao menos em uma pratica, em uma contemplação, isto
automaticamente elevará seu padrão vibratório, o direcionando para um mudança que
26
gerará uma ação benéfica, para si, e consequentemente, para todos em sua volta, e
agregando ainda mais pessoas na mesma sintonia. Permita que seu ser, experimente o
movimento da transformação, a mudança para a busca do yoga, é de incontáveis
benefícios, e principalmente um caminho de paz e autoconhecimento.
Pessoas que vivem para auxiliar ao próximo, caridade e cooperação, serviço do bem
estão em um caminho do karma yoga, quando assim também havendo as práticas de
meditação, e os estudos sagrados parte de seu caminho de autodesenvolvimento.
“Fora da caridade não há salvação.” Chico Xavier
“Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Essa é uma frase famosa de Mahatma
Gandhi.

“Abençoados os puros de coração, porque eles verão a Deus”. Nesta única sentença
está a essência de todas as religiões. Deus está dentro de todos nós, mas é preciso
desenvolvê-lo através da meditação regular, da oração, na gruta do silêncio de nossa
mente.
Este caminho apela especialmente para aqueles de natureza emocional. O Bhakti Yoga
é motivado principalmente pelo poder do amor e vê Deus como a personificação do
amor. Ele se dá a Deus através da oração, louvor e ritual, canalizando e transmutando
suas emoções em amor incondicional ou devoção. Entoar mantras e cânticos com
louvor a Deus é uma parte substancial do Bhakti Yoga.
Como disse Osho, um Mestre do yoga: "Muitas pessoas perderam a capacidade de orar,
porque perderam a capacidade de maravilhar-se. A prece precisa de um coração
amoroso".

27
Yoga devocional, muito parecida com a linhas tradicional religiosas, pois é a yoga da
devoção, do amor a Deus e todos os seres em reconciliação, tem caráter
primordialmente religioso e consiste na pratica de mantras e rituais.
Bhakti é o calor no coração de entregar a vida, a própria vida. Não sendo a esperança
como devoção e sim como a presença. Geramos expectativas por um monte de coisas,
nossas expectativas devem ser Bhakti.
Mahamantra o mantra principal da Bhakti:
“Hare Krishna” é uma abreviação do famoso mahamantra:
Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare
Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare.
Esse antiquíssimo mantra, encontrado nos Upanishads, é uma invocação direta a Deus,
em amor e devoção. Hare é uma invocação ao aspecto feminino de Deus (Deus Mãe).
Krishna é um nome de Deus que significa “o todo atraente”. E Rama é um outro nome
de Deus que significa “a fonte do prazer”. Esse mantra, então, é um chamado a Deus
em Seu aspecto masculino e feminino, todo-atraente, a fonte de todo prazer – ou seja,
Deus reconhecido como tudo de bom, tudo que possa ser desejado, a pessoa mais
amorosa e amável, vibrando alegremente todos os dias.
“Hare Krishna” também virou sinônimo de quem pratica auto-realização entoando esse
mantra. Os primeiros a fazerem isso no ocidente foram os membros da ISKCON –
Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, que foi fundada pelo
Bhaktivedanta Swami Prabhupada em 1966, na cidade de Nova Iorque. Com o sucesso
da ISKCON, difundiu-se outras instituições com filosofias e práticas quase idênticas se
estabeleceram ao redor do mundo.
11.
“Cada pensamento, sentimento, percepção, memória ou você pode ter causa uma
modificação, ou ondulação, na mente. Ela distorce e cores do espelho mental. Se você
pode restringir a mente do formando em modificações, não haverá distorção, e você
vai experimentar o seu verdadeiro eu.” Swami Satchidananda.
A raja yoga (real união) é baseada na experiência do controle da mente e dos sentidos.
Nossa fé não deve ser cega, ela deve estar alicerçada na vivência, na experiência, no
conhecimento do Ser interior, da divindade dentro de nós.
Raja yoga equilibra todos os outros caminhos, equilibrando e unificando as diversas
abordagens, está a pratica de métodos científicos e definidos de meditação, que desde
o início proporcionam vislumbres do objetivo supremo- a união consciente com o espírito
inexaurível e bem-aventurado, que nos ensina a alcançar a verdade do Ser interior
através de um método organizado e prático. Essa ciência propõe a nos dar meios de
observação dos estados internos e o instrumento é a própria mente. Ela nos ensina como
concentrar a mente para adquirir os poderes da mente.
Raja yoga foi descrita pela primeira vez nos Yoga Sutras de Patanjali, 200 d.C,
tradicionalmente conhecido como Astanga (oito membros).

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12. YOGA SUTRAS DE PATANJALI
Os sutras começa com a afirmação de yoga sendo: citta-vrtti-nirodhah (1,2), “Yoga
limita as oscilações da mente”.
Os oito componentes da Ashtanga: “Yoga Sutra Cap. II, Sutra 29”
Yama – código de ética universal, valores, a forma como nos portamos em relação ao
universo a nossa volta.
Niyama – Auto observância, como nos portamos em relação a nós mesmos.
Āsana – integração da mente-corpo, posições psicofísicas.
Pranayama - expansão(ayama) da forma vital (prana) através de exercícios
respiratórios, controle do prana.
Pratyahara – Observação consicente, abstração dos sentidos
Dharana – concentração, unidirecionalidade da mente
Dhyana – meditação
Samādhi – Comunhão absoluta.
Os yamas e Nyamas são os valores nos quais a pratica do yoga é fundamentada, eles
são uma forma de viver a vida. Eles fundamentam a maneira como nós relacionamos
com a sociedade e com nós mesmos.
Devemos procurar viver a pratica esses princípios dentro e fora da aula de yoga.
Consequentemente nosso comportamento e padrões de pensamento vão se
transformando. Esses princípios não são regras rigorosas que devem ser seguidas, mas
uma descrição do potencial humano. Eles nos oferecem uma forma de viver com
clareza integridade e alegria. Esses princípios não são fragmentados, eles se
interconectam. Portanto praticar um deles é praticas todos. Quando colocamos esses
princípios em prática na nossa vida, acessamos maiores potenciais energéticos, nossa
mente se torna mais focada, direta e flexível e nossa energia começa a direcionar
intermanete até atingirmos a expansão de nossa consciência.
YAMAS: “Aquilo que faz com que você não seja um problema para a sociedade”
Ahimsa – não-violência em pensamentos palavras e atos;
Esse é o princípiode todos os princípios e talvez o mais popular, pois foi o legado de
grandes mestres como Ghandi, Mather Luther King, Jesus, Dalai Lama entre outros.
Ahimsa é muito mais que ausência de violência, significa bondade, simpatia e
sensibilidade profunda para tudo e todos.
Fiquemos atento ao estudar Ahimsa, pois não por exemplo, adotar uma alimentação
vegetariana, tendo uma consideração e atenção a todos os seres senciente que
existem neste mundo. E também adotar uma atitude que considera a situação presente.
Por exemplo, a opção de nos alimentar com alimentos nutritivos que contribua para a
nossa saúde e bem estar. Este princípio se aplica aos pensamentos que escolhemos, ás
pessoas que nos rodeiam, aos lugares que frequentamos e a maneira que abordamos a
nossa pratica. Insitir em uma ásana (postura física) até sentir dor, desconforto, provoca

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lesão é contrariar Ahimsa. Respeitar esses limites individuais do corpo é uma forma de
praticar ahimsa.
Cultivar: Compaixão, entendimento, paciência, generosidade, bondade para com os
outros e consigo mesmo.
Satya – Não mentir, verdade em pensamentos, palavras e atos;
Satya quer dizer, falar a verdade. Porem nem sempre é desejável falar a verdade, pois
ela pode ferir alguém que emocionalmente está ferido já. Algumas vezes a verdade
nada mais é que o entendimento e discernimento das diversas situações da vida. No
mahabaratha, a grande epopeia diz: “Fale a verdade que é agradável, não fale
verdades desagradáveis. Não minta, mesmo se as mentiras forem agradáveis para o
ouvido. Essa é a lei eterna, o dharma”
Esse princípio não se aplica apenas a falar a verdade, mas em toda expressão da
verdade, nas minhas ações e pensamentos. Minhas ações então de acordo com a
minha verdade? Estou sendo verdadeiro comigo mesmo todo o tempo? Minhas ações
refletem minhas palavras?
Nós praticamos satya no yoga quando adotamos um movimento, um pensamento
respeitando a verdade naquele momento, sem força-lo a entrar em determinada ação.
Se eu não aceitar a verdade em minha mente, viverei uma ilusão, aceite e adote uma
conversa interna com cada verdade que te revela.
Cultivar: Honestidade, verdade para com meus sentimentos, bondade na comunicação,
não-julgamento, se desfazer de qualquer máscara.
Asteya – não-roubar em pensamentos palavras e atos;
Asteya significa não se apossar nada que não nos pertença. Isso também se aplica a
situações em que alguém nos confia algo ou nos faz confidências e nunca tentemos tirar
vantagem da situação. Asteya não está limitando apenas a coisa matérias, mas
também não tentar roubar tempo das pessoas, suas ideias, sua energia, roubar a cena
ou a atenção. Destruir recursos naturais não tendo consciência do nosso consumo
desenfreado, poluir, etc.
Cultivar: senso de ser completo e suficiente.
Brahmacharya – moderação nos sentidos, ligado aos prazeres, como sexo, comida e
dinheiro.
Brahmacharya pode ser entendido como o movimento para o essencial, porém o
sentindo literal da palavra é celibato. Há muitas controvérsias quanto á energia sexual,
pois se trata de uma energia muito poderosa. Contemporaneamente ampliou-se a
interpretação de brahmacharya para além de celibato, o controle da energia sexual,
com intuito de que nossa energia não seja perdida pelo caminho á nossa essência e
verdade.
A moderação e respeito pela energia não se aplica apenas ao sexo, mas também a
alimentação, trabalho, praticass espirituais. Enfim, todos os aspectos da vida cotidiana.
Se ficamos trabalhando dias inteiros por longas horas sem moderação e não equilibrar

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com praticas espirituais, iremos com certeza desviar nossa energia para coisas externas e
não para nosso ser interior.
Cultivar: atitude de moderação em tudo que fizer.
Aparigraha –Desapego, não possessividade, sentimento de posse (meu) em bens e
pessoas;
Significa aceitar somente o que é necessário e nunca tirar vantagem da situação. O
conceito dessa pratica também está ligado á diferença entre o querer e o precisar.
Porem, aparigaha não se refere apenas ao desapego de bens materiais, mas também
ao desapego em relação aos resultados da nossa pratica pessoas, certas fases das vida,
idade. Isso não quer dizer que não se deve “lutar” para ter uma vida melhor e realizar
seus sonhos, mas a intenção é a de não possui-los, ou seja, não ser seu escravo.
Muitas vezes ao longo de nossa vida, nos apegamos á pessoas e nos tornamos
emocionalmente dependentes ou por exemplo praticamos yoga somente se tivermos
um professor. O apego cria dependência e sofrimento enquanto o desapego liberta e
cria espaço.
Cultivar: Desapego para com a materialidade e nos relacionamentos.
NYAMAS: ““Aquilo que faz com que você não seja um problema para você mesmo”
Saucha – Limpeza interna e externa.
A limpeza externa significa nos mantermos limpos, praticando nossa energia pessoal,
muito comum ver nas práticas os yogues com instrumentos para limpeza das vias aéreas,
até mesmo do esôfago, estomago, e intestinos. Pois está relacionado com a nossa saúde
física, com o funcionamento dos nossos órgãos.
Bem como que a clareza mental, relacionado com nossos pensamentos e emoções,
porisso vale lembrar desta limpeza a todo instante, pois nossos pensamentos oscilam
muito ao longo do dia, e fazer com que possamos escolher trabalhar a “limpeza” de
nossa mente.
Cultivar: Bons hábitos alimentares, práticas de yoga, pensamentos e emoções puras.
Santosha – autocontentamento, apreciação do presente;
Significa estar contente com o que temos, Outro enfoque do santosha é a prática de
aceitação dos acontecimentos, o que é uma prática bem difícil especialmente quando
as coisas não acontecem de acordo com o planejado.
Santocha diz que devemos, ao invés de reclamar do acontecido, aceitar o fato e
aprender com a experiência. Santosha está relacionado também com as nossas
atividades mentais, como estudos, nossos esforços físicos e até mesmo como nós
ganhamos a vida. Trata-se de nós mesmos, o que temos e como nos sentimos quanto a
isso. Mas não quer dizer estar acomodado, o grande desafio aqui é encontrar o
equilíbrio entre o que realmente é, e as nossas expectativas em todas as esferas da vida.
Cultivar: Gratidão, permanecer quamidade frente ao sucesso ou a derrota. Esse estado
não depende de nada externo; está dentro de cada um de nós.
Tapas – determinação, autosuperação;

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Em relação ao Yoga é a motivação que nos leva á ação dedicada á nossa pratica,
alguns falam como disciplina, mas as vezes pode soar como uma obrigação. Tapas
então é a motivação para mover corpo, sempre com moderação para que não entre
em conflito com ahimsa (não-violência). É o esforço de fazer o seu melhor, de se superar
a cada dia, sem ir além de seus limites. Mantendo a mente aberta para acomodar o
novo, já que a auto superação revela uma forma sempre nova de acessar nosso
autoconhecimento.
Cultivar: Determinação em manter praticas diárias, motivação e entusiasmo.
Svadhyaya – auto-estudo, estudo das escrituras sagradas;
Yoga nos instrui ler livros sagrados, pois nós precisamos de pontos de referência.
Svadhyaya significa chegar mais perto de nossa essência. As referências encontradas
nos textos sagrados preparam a nossa mente para o entendimento e revelação do
nosso ser real.
Cultivar: Hábitos de leitura de reflexões dos textos, a prática da meditação.
Isvara-pranidhana – Auto-entrega, entrega ao absoluto.
Significa fazer o nosso melhor e deixar os resultados nas mãos do universo, de Deus ou de
qualquer outra força maior que você acredite. Através deste Nyama, aprendemos que
não temos controle sobre tudo o que acontece, mas temos o controle de como vamos
reagir aos acontecimentos, o que faz muita diferença na nossa vida.
Há muita confusão quanto ao termo “entrega” alguns o interpretam como
acomodação, mas é o contrário; é fazer o melhor que estiver ao nosso alcance e
entregar apenas os resultados das ações, não as ações. As ações são nossa
responsabilidade, mas os resultados não. Aqueles que pensam estar no controle o tempo
todo, de tudo e todos, normalmente tem a mente transtornada por sentimentos de
ansiedade, temor, desconfiança intolerância. São sentimentos que criam tensões e
dispersam a mente e a energia. Portanto, o universo é dinâmico e quando nos
intregamos, damos nossos resultados, a ação toma forma de integração ao universo
interior, a consciência.
Cultivar: dedicação, fé, sinceridade, paciência.
“Enquanto em Yama largamos o fardo de nosso ego, em Nyama nós voltamos para a
reta direção, que é o verdadeiro significado de integração com o absoluto”.
Com essas 20 práticas diárias descritas pelo sábio patañjali, o homem terá condições de
sutilizar suas energias, fazendo com que elas possam fluir de maneira mais ordenada.
Essas práticas só nos capacitam para a percepção da espiritualidade e do sincero
aumento do amor por ela. Quando esta é uma dedicação firme e portanto, verdadeiro, o
yogue está pronto para ir ao terceiro estágio, denominado Asana, que é o controle do
corpo físico.

ASANA (Posturas): ”A postura deve ser estável, todavia relaxada Cap. XIV, 46”

Patañjali menciona que a postura deveria ser firme e relaxada ao mesmo tempo – não
tão firme que cause tensão nem tão relaxada que induza ao sono.

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“Na ciência da mente, Patañjali deu às posturas do corpo seu devido lugar, não
exagerando sua importância nem subestimando seu valor. O Yoga exige um corpo
saudável, que funcione tão suavemente a fim de que a mente gaste o mínimo de suas
energias para as necessidades do corpo. Um corpo saudável ocasiona uma liberação
das energias da mente, que, de outro modo, ficaria, enredadas nas reinvindicações do
corpo”.

PRANAYAMA (Controle da respiração):

“Pranayama significa uma interrupção entre a inspiração e a expiração”. E, portanto, a


respiração interrompida é a base fundamental do pranayama. Assumimos o controle
fisiológico e mental ao passo que não sejam dominados sim compreendidos.

Inspiração = puraka, expiração = rechaca, retenção = kumbhaka. Na inspiração absorve


o prana, na expiração distribui e nas retenções absorve.

PRATYAHARA – abstração dos órgãos sensoriais.

O propósito de pratyahara é a reeducação dos sentidos, de modo que possam


funcionar com uma receptividade plena e liberta.

DHARANA – Concentração.

“Concentração é manter a mente dentro de uma área mental limitada” (Cap. III, S 1)

DHYANA - Meditação. “Observar o fluxo do pensamento sem nenhuma interrupção é


dhyana ou atenção”.

A meditação é um estado em que acalmamos as flutuações da mente, tornando


possível a observação dos pensamentos sem nos envolver com eles, há definições como
“esvaziamento da mente” porem uma das funções da mente é pensar e o que fazemos
durante a meditação é apenas observar o que se passa por nossa cabeça, sem tentar
evitar que eles aparecam e tampouco reagir a eles.

Através da meditação vamos conhecendo os nossos padrões de pensamentos, como


nossa mente funciona e o que ela cria. Com o tempo, dedicação e prática é possível
diminuir a velocidade e a quantidade de pensamentos, experimentando uma quietude
mental, em que o momento presente é vivenciado plenamente. Consequentemente a
mente se torna mais flexível e aberta á expansão de nossa consciência, nos levando ao
campo além pensamentos.

SAMADHI – Comunhão, iluminação.

A pessoa em samadhi está plenamente consciente e perfeitamente alerta, mas o corpo


e os sentidos em repouso.

Quando atingimos a libertação total dos pensamentos, aonde não há diferença entre o
observador e o que passa pela mente tudo se torna um e o um se torna o tudo, é o
estado de samadhi em que tornamos um com o universo

Do ponto de vista Raja Yoga, considera-se que as posturas físicas e pranayamas servem
para preparar o corpo e a mente para as etapas seguintes: Pratyahara, Dharana,

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Dhyana e Samadhi(retirada dos sentidos, a contemplação, meditação e estado de
expandida ou transcendental consciência, onde a atividade da mente e deixa “o
conhecedor e o objeto do conhecimento se tornam um”).
Hatha yoga então é sistema de práticas preparatórias de purificação e preparação do
nosso sistema físico e energético cujo propósito maior é envolver nossos estados internos
(mente e sentidos) para a meditação.
Dizemos então que não há Hatha yoga, sem Raja yoga.
O princípio é o mesmo de todas as demais, estar aberto a experiência, somos
buscadores da auto realização. O centro da prática é o eu, sem adotar uma prática
com superficialidade, mas como a própria unidade divina habitando um corpo perfeito.
Raja yoga indica condutas internas e externas e para isso os estudos dos textos
referenciais que com grande maestria, sábios nos deixaram e constante disciplina, pois
nossa energia deve estar diretamente ligada aonde ansiamos nossas vontade. As
Posturas, respirações, bem como observar os sentidos durante toda a prática. Após
alguns dias desta praticas preparatórias, estamos prontos para a concentração. Isso
pode ser incluído mantras (repetições de sons evocativos) visualizações energéticas, e a
observação das sentidos e da mente (mente=objeto observador=eu). A partir disto
estamos prontos para a meditação.

A sagrada ciência da Kriya Yoga consiste em técnicas avançadas de respiração e de


meditação, cuja prática regular conduz à união com Deus e à libertação de todo tipo
de escravidão da alma. É a técnica régia ou suprema de yoga, a união divina.
A Kriya Yoga esteve perdida nas Idades das Trevas e foi reintroduzida nos tempos
modernos por Mahavatar Babaji. Lahiri Mahasaya, um de seus discípulos, foi o primeiro
da época atual a ensinar abertamente a Kriya Yoga. Mais tarde Babaji pediu a Swami Sri
Yukteswar Giri (1855-1936), discípulo de Lahiri Mahasaya, que treinasse Paramahansa
Yogananda e o enviasse ao Ocidente para transmitir ao mundo esta técnica reveladora
da alma.
Paramahansa Yogananda foi escolhido por sua veneranda linhagem de Gurus para
trazer ao Ocidente a antiga ciência da Kriya Yoga e foi com este propósito que ele
fundou a Self-Realization Fellowship em 1920.
Paramahansa Yogananda dá uma descrição da Kriya Yoga na Autobiografia de um
Iogue, mencionando as atribuições das técnicas de Raja Yoga e a sabedoria dos Yoga
sutras de Patañjali.
“Deus trouxe o mistério supremo da Kriya Yoga com a sua Criação. Nos tempos antigos,
milhares e milhares de anos atrás, não havia Rama, Krishna, Jesus, Moisés, Daniel,
Shankara ou Buda. Naquele tempo não havia livros espirituais, nenhum Veda, Upanishad,
Bíblia, Corão ou Torah. Não havia nenhum “ismo”, não havia hinduísmo, islamismo,
budismo ou cristianismo. Naquele tempo havia apenas Humanos e as pessoas
praticavam a Kriya Yoga.” Yogananda

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A pratica consiste em Exercícios de energização, que são postura psicofísicas
preparatórias, ao praticá-las nosso ser encontra-se em equilibro pela liberação de gases
e líquidos e substancias químicas que compõem nossas células, ao passo que os
pranayama (controle da energia vital por meio de exercícios respiratórios) que reforça e
revitaliza as correntes sutis de energia vital (prana) na espinha dorsal e no cérebro,
ajudam a desenvolver os poderes latentes de práticas específicas de concentração.
Com a prática desta técnica aprende-se a retirar o pensamento e a energia das
distrações externas para poder concentrá-los em qualquer objetivo ou problema que
necessite solução e permite expandir a consciência além das limitações de corpo e
mente, permitindo que alcancemos a bem-aventurada percepção de nosso potencial
infinito. Por fim aplica-se a técnica principal a Kriya meditação.

A palavra Tantra vem da raiz verbal


sânscrita Tantr que significa controlar, também
atribui-se "Tan" significa expansão, sabedoria e
"Tra" instrumento.
A base filosófica das escolas tântricas é o
conceito de Shaktí e Shiva. Representando os
princípios feminino e masculino, energias de
polaridade negativa e positiva,
respectivamente. Shaktí simboliza o poder
dinâmico e Shiva, o poder estático. São os dois
polos opostos que mantêm a coesão universal,
sem os quais não haveria harmonia no cosmos.
Aquilo que une tudo, que está dentro de tudo,
é o Poder divino (Shakti). Esse Poder está
dentro de cada um de nós, e está também fora de nós. Penetrando em tudo, o Poder
torna todas as coisas divinas. Porém, nosso modo comum de ver o universo e de vermos
a nós mesmos não permite que enxerguemos essa perfeição de tudo. O Tantra, como
prática, leva a uma transformação da pessoa, permitindo-lhe ver além das aparências e
perceber a realidade divina em tudo.
Um dos aspectos importantes das práticas tântricas é o controle da energia interna, que
é um reflexo do Poder Cósmico (Shakti). Dentro do corpo, essa energia é representada
por Kundalini, a energia em forma de uma serpente enrolada, que fica normalmente
adormecida no chakra inferior (Muladhara). Através de práticas envolvendo respiração,
posturas, meditação, mantras e outros elementos, o Tântrica desperta Kundalini e faz
com que essa energia ative sucessivamente os vários chakras corporais, transformando o
corpo energético do yogue (a estrutura sutil, constituída pelos chakras e pelos canais
– nadis – onde circulam os diversos tipos de prana).
Atualmente destes conceitos Tântricos há duas principais linhas: Vama Marga (caminho
esquerdo) e Darkshina Marga (caminho direito)
Outra questão é que no “Caminho Esquerdo” usa-se o sexo relacionado a espiritualidade.
E no “caminho direito” não se relaciona o sexo com a espiritualidade.
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Podemos observar a respeito ao Dualismo e Monismo. Pois acredito que o “Caminho
Esquerdo” é Advaíta, ou seja, que considera o corpo como sagrado, que postulam um
união entre o material e o espiritual. E o “caminho direito” seria dualista, considerando o
corpo como algo que deve ser domado, e que a sexualidade não é espiritualidade.
O princípio comum a todos os caminhos práticos de Tantra é que as experiências do
mundo material podem usar-se como alavanca para conquistar a iluminação, já que
este é a manifestação de uma outra realidade, sutil e superior, que está conectada com
a nossa própria natureza. De expandir a consciência e libertar a energia primal do ser
humano, chamada kundalini.
Embora nossa natureza seja divina, e tudo o que nos cerca também seja, nossa
percepção usual da realidade é limitada, dualista, pobre. É a própria magia (maya) da
Shakti que dá a aparência de finito ao infinito, de múltiplo àquilo que é uno, de
específico (dotado de nome e forma) àquilo que não tem nome nem forma, de
destrutível ao que é eterno. Ela envolve toda a criação divina, perfeita e ilimitada com
um véu mágico, mas ela própria cria por toda parte as portas através das quais
podemos atravessar a ilusão e chegar à percepção clara da realidade divina.
Penetrando através de Maya-Shakti é possível atingir o absoluto, ultrapassando as
limitações e dualidades.
“O verdadeiro Tantra não é técnica, mas amor. Não é técnica, mas oração. Não é
orientada pela cabeça, mas um relaxamento no coração. Por favor lembre-se disso.”
Osho
Dentro do tantra existe, as práticas por meio de técnicas preparatórias e respirações,
sendo o centro principal você, você é a própria iluminação, você tem o caminho, a real
técnica a ser seguida, siga você, pois dentro só há você, o mundo externo é volúvel,
transitório, precisa acreditar no seu centro, na sua fonte inesgotável.
“A vida é a correnteza de um rio que nunca para, você uma fonte que brota neste rio,
mas de onde você veio? Uma pergunta que seria impossível ser respondida antes de
compreender este rio que nunca para... Estamos misturados neste manancial que é a
vida, e você essa fonte aonde aqui e agora com o todo se movimenta, neste momento
devemos observarmos tudo e viver esta correnteza, mas sem esquecer que viemos de
uma fonte, como achar a fonte? Entregando, Confiando, Aceitando em saber que é
sua origem... Assim prceberá que este imenso rio é o encontro de muitas fontes... A
essência da vida de que não somos só uma fonte num rio, mas todas as fontes juntos,
formando tudo isso, todo este incrível fluxo e movimento.”
Tantra da mão esquerda
A tradição indiana nunca considerou o sexo como algo errado: os objetivos humanos
listados nos textos clássicos indicam que as pessoas podem buscar a libertação espiritual
(moksha), a ação correta no mundo (dharma), riquezas (artha) e prazer (kama). O
famoso manual indiano sobre práticas sexuais, Kama Sutra, é um texto que fala sobre os
modos de obter prazer – mas não é um texto tântrico. O que o Tantra adicionou foi o uso
do sexo como um dos muitos modos de obter desenvolvimento espiritual através daquilo
que nos atrai – pela união de moksha e kama.
No entanto, sexo não é o centro do Tantra. O ponto central é obter uma transformação
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de nosso modo de ver a realidade, através de práticas que podem utilizar aquilo que
desperta em nós emoções e sensações muito fortes. Através dessas práticas, o modo
comum de funcionamento de nossa mente é ultrapassado, e surgem vivências espirituais
completamente diferentes. Gradualmente, abre-se um canal de comunicação com a
realidade divina, e por fim se estabelece um contato constante com esse estado de
consciência.
Como se libertar de algo que utilizamos como ferramenta?
Na base da visão tântrica, quando pudermos aceitar tudo como experiência, e na
essência nada é necessário para compreender a ferramenta é ainda a experiência, a
técnica é a experiência, mas aonde queremos chegar é não querer chegar a necessitar
de nada, somente de uma Suprema compreensão. Tornar-se um celibatário, radicalizar
a forma de ver a si e o mundo, largar a sociedade e viver a essa busca fornecer muitas
experiências, seguindo um rumo com novas técnicas, sendo um yogue de tal linha, seja
a tântrica, seja a que for, porem a compreensão dever ser verdadeiramente não dual,
pois somente assim aceitaremos toda a nossa caminhada de vida, dos outros e a
realidade.
Uma parte da base do Tantra vem do pensamento indiano tradicional, podendo ser
encontrada nas Upanishads, por exemplo, que enfatizam o conhecimento do Absoluto,
Brahma, que está presente em todas as coisas, em todos os seres do universo. Pois o
Tantra é essencialmente não-dualista, ele rompe com todo tipo de limitações impostas
pelo pensamento racional, conceitual. E isso se reflete também nas práticas do Tantra,
que não respeitam regras morais e éticas. Tudo aquilo que existe pode ser utilizado como
um veículo para entrar em contato com a Divindade, nada é errado ou impuro. Desde
que tenha desenvolvido a atitude espiritual correta, o praticante do Tantra pode
vivenciar a perfeição em tudo.
Durante a sua evolução histórica, o tantrismo ultrapassou as fronteiras da Índia, seu local
de origem. Podemos observar a sua influência na China, no Tibete e no Camboja, onde
foi incorporado pelo budismo, lamaísmo e taoísmo, respectivamente.
O Tantra diz, primeiro purifique o corpo – purifique-o de todas as repressões. Permita que
a energia do corpo flua, remova os bloqueios.
“Todos nós na terra, somos almas grupal, a medida que ampliamos esta nossa
consciência, perderemos as personalidade individual e nos conectamos a nossa
universalidade. Buda diz tolo é aquele que acredita na imortalidade da personalidade.
Quanto mais liberdade a sua consciência experimenta, menos nos identificamos com o
ego, com a necessidade de ser alguém, personalidade de ser em sociedade. Devemos
ter conhecimento do novo, ir em busca. Saiba que os valores da busca de vida, estão
em grande parte dos seres perdidos, em meio do sistema que a sociedade se organiza.
As vidas estão centradas em estar sempre bom para produzir, bom para consumir, bom
para estar no padrão social que gerações se basearam. E é isso que o tantra trata, ele
não divide e sim observa toda essa experiência social que a matéria se encontra, então
o tantra é o novo, e sempre será o novo, como a vida um eterno movimento, isto é ser
consciente, é observar e ser lucido neste aqui e agora. O tantra não diz como devemos
ser a 2000 anos atrás, ele diz como devemos ser agora.

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Respiração kundalini: Caminho do Dragão/serpente
Inicia a respiração e conjunto da visualização. Comece um ponto de luz no nariz, e na
inspiração o prana vai entrar, através dos nadis e vai descer rente a sua coluna até a
base sendo o reservatório no chakra muladhara, e na expiração ativa a kundalini ao
longo dos chakras, a unindo além o céu, usando as percepções de energia muito forte e
poderosa. Inicie prestando atenção em cada etapa, ao conseguir manter todos os
ciclos conscientes, inicie a contagem de 64 repetições, se preferir usar o Japamala.
Algumas sensações podem ser percebidas: arrepios, calor interno, aterramento,
musculatura leve, sensação de expansão, comum sensação a cabeça “aumentar” e
sutis estalos internos.

Kundalini: Significa “aquela em forma de


espiral” é uma forma de shakti no corpo,
extremamente condensada e potente. Se
prana pode ser entendida metaforicamente
como eletromagnetismo, kundalini seria
energia nuclear.
Shakti: É a energia criativa de Shiva, que vibra
em tudo no universo, em vários níveis de
frequência. No corpo/mente a forma geral de
shakti que vibra em forma de vitalidade ou
como própria vida, é chamado prana.
Prana: É a força vital no corpo. Ela
interpenetra e pulsa dentro de cada célula,
dando vida ao nosso organismo, prana anima
e coordena todas as funções do corpo. Toda
a partícula do corpo físico, toda a molécula
de DNA, toda a célula e todos os órgãos
pulsam com prana. Os chineses chamam
como Chi, e no japão é Ki.

Literalmente Chakras significa em sânscrito “Roda de luz”. São centros energéticos ao


longo da coluna vertebral e representam nosso corpo sutil ou energético, funcionando
como um fluxo de energia que entra em espiral, simbolicamente parecido quando
jogamos agua no ralo da pia. Os centros dos chakras controlam como centrais
telefônicas, o fluxo de energia sutil de toda a área circunvizinha. As radiações de
energia sutil desses centros criam padrões energéticos ao redor dos chakras, cada uma
dessas radiações de energia cria um fluxo específico de pensamento, um estado mental
característico. Portanto todas as nossas emoções são geradas por emanações
vibracionais desses sub centros sutis do chakras. Através de um balanceamento seletivo

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do fluxo e energia nesses sub centros, as perturbações mentais e os complexos
emocionais podem ser curados de uma forma mais profunda.
Estamos mergulhados num mar de prana, então os chakras são como capacitores de
energia, que através de circuitos energéticos são sintonizadores e filtradores.
Cada chakra é como se fosse um circuito ajustado numa frequência característica, ele
capta o prana determinado de cada um com suas frequências diferentes, atuando na
biosfera do corpo energético, então esse sendo o elo, ocorre uma simbiose do corpo
espiritual e corpo físico.
Ao sair do corpo físico, quando dormimos por exemplo, os chakras que compõem o
espirito, circulam livremente no plano espiritual, sendo essa uma estrutura sutil mostramos
totalmente o que pensamos e somos emocionalmente. O que cada um vê não é a
nossa aparência, e sim a nossa luz, a nossa aura, no caso como está a distribuição de
nossa energia de cada chakras.
Segundo professor Laércio Fonseca “temos que compreender isto, se torna obvio a visão
de que inevitavelmente somos espíritos com um corpo, e não um corpo com espírito,
pois das 24 horas que seguem um dia, 8 horas passamos sem este corpo, isso já responde
a importância de desenvolver a compreensão clara de nossa real natureza humana.”
O grande eixo central da nossa estrutura física é a nossa coluna vertebral aonde
também os nossos chakras estão estruturando o corpo energético, ao longo do nosso
sistema energético interliga-se canais que fluem no corpo todo, uma rede de fios
condutores de prana, chamados nadis. Similar a rede de canais mencionadas pelos
chineses, os meridianos. Através desta estrutura os chakras controlam os plexos, nervos,
glândulas endócrinas e órgãos situados nas suas respectivas regiões. Operam através
dos plexos físicos e manifestam sua energia sutil no plano físico através de suas glândulas
endócrinas correspondentes. Elas também tem função de receber e transmitir energia
para as áreas afetadas do corpo físico, trazendo equilíbrio.
Trabalhar com os chakras, é unir todos os aspectos da nossas vidas, incluindo aspectos
físicos, materiais, espirituais, sexuais etc. Idealmente todos os chakras contribuem para
nosso ser e ossos instintos trabalhariam conectados aos nossos sentimentos e
pensamentos, entretanto, este geralmente não é o caso.
Quando temos uma doença, estamos num estado de desiquilíbrio, logo os chakras estão
em desiquilíbrio, e para compreender os desiquilíbrios observamos que algum chakras
não estão fluindo harmoniosamente (sendo sub-ativos) e para compensar outros chakras
são sobre ativos. Para equilibra-los existem muitas técnicas, dentro da estrutura que
compõem o yoga, tai chi e inúmeras ferramentais de energização.

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41
Observamos as linhas tântricas e percebemos nos exercícios e na meditação,
movimentos em círculos suave com o corpo este é o movimento natural da kundalini,
aonde os nadis sobem como duas serpentes entrelaçando o canal principal o
SUSHUMNA (ao longo da coluna vertebra).
Os nadis são:
PINGALA (lado direito/simpático) conhecida também como solar (positiva/ativa).

IDA (lado esquerdo/parassimpático) conhecida como lunar (negativa/passiva)


Formando como se fosse o símbolo da medicina.
Sushumna apenas se abre e flui livremente quando a Ida e Pingala estão balanceadas e
em equilíbrio, a purificação das três nadis são extremamente importantes para a saúde
do corpo e da mente podendo experiência assim, a evolução espiritual. Bem como a
kundalini despertar somente com estímulos, e técnicas desenvolvidas principalmente
com a visão tântrica.
17. OS 7 CHAKRAS

BÁSICO- VERMELHO
Intenção: Estabelecimento de nossa base, alicerce.

Questões: Fundação, base, raiz, nutrição, alimento, sustento, esperança, confiança,


delegar e confiar, saúde, sanidade, casa, lar origem, família, abrigo, terra natal,
comunidade, filhos, abundância, felicidade, riqueza, limites apropriados.

Orientação: Autopreservação
Ameaça: Medo
Estágio de desenvolvimento: Segundo trimestre até 1 ano.

Responsável por: Crescimento físico, habilidades motoras.

Direitos básicos: De estar aqui e de ter.

Quando em equilíbrio: Boa saúde, vitalidade, enraizado e fundamentado,


confortável em seu corpo, senso de confiança no universo, se sente seguro,
consegue relaxar. Estar em quietude, ter estabilidade e levar uma vida de acordo
com o que lhe satisfaz.

Traumas e abusos:
-Parto traumático; Abandono ou fisicamente negligenciado; Falta de contato físico
com a mão; Desnutrição, dificuldades de alimentação; Cirurgia e Doenças graves;
Abuso físico e criação e criação em criação em ambiente violento; traumas
herdados dos pais (sobreviventes de guerra, pessoas que viveram em miséria ou
muita dificuldade).

Quando deficiente:
-Desconexão com o corpo; Estar notavelmente abaixo do peso; Muito medroso,
ansioso e inquieto; Incapaz de focar e ter disciplina; Dificuldade financeira;
Desorganização crônica.

Quando em excesso:

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-Obesidade, come demais; Acumulo e fixação em coisas materiais; ganância,
cobiça, falta de energia, preguiça, cansaço, medo de mudanças, vício na
segurança; limites rígidos.

Condições físicas:
Distúrbios nas partes sólidas do corpo, como ossos e dentes; Problemas nas pernas,
pés, Joelhos, base da coluna e nádegas; Distúrbios alimentares.

Práticas de cura:
-Reconexão com o corpo;
- Praticas físicas (caminhadas livres e corridas)
- Alimentação natural e contato com a natureza
- Muito toque, massagens (automassagem nos pés e pernas)
- Hatha yoga (Focando nas posturas de estabilidade e em pé)
- Entender o seu relacionamento com a sua mãe Quando bebe ou durante a
gestação.
- Recuperar o direito de estar aqui.

Afirmações:
- É seguro para eu estar aqui
- Eu estou sendo apoiado pela terra e ela satisfaz minhas necessidades.
-Eu amo meu corpo e confio na sua sabedoria.
-Eu estou imerso em abundância.
-Eu estou aqui e sou real.

SEXUAL- LARANJA
Intenção: Movimento e conexão
Questões: Movimento, sensações, emoções, sexualidade, sensualidade desejos,
necessidade, prazer.
Identidade: Emocional.
Orientação: Auto-gratificação.
Ameaça: Culpa
Estágio de desenvolvimento: 06 meses até 2 anos.
Responsável por: Exploração sensorial do mundo.
Direitos básicos: De sentir prazer

Quando em equilíbrio:
-Movimentos graciosos; Inteligência emocional; Capaz de experienciar prazer na vida;
nutre a si mesmo e aos outros; Capaz de mudar e lidar bem com as mudanças;
Estabelece limites saudáveis.

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Traumas e abuso: Abuso sexual, físico e/ou emocional; Situação voláteis; Negligência,
rejeição, frieza; Abandono ou fisicamente negligenciado; manipulação emocional;
princípios religiosos ou morais muito severos; Pais que não trabalham os seus próprios
problemas com sexualidade.
Quando deficiente:
-Corpo e atitudes rígidas; frigidez e medo de sexo; Pobres habilidades sociais; Negação
de qualquer prazer; Limites Excessivos; Medo de mudança; Falta de desejo, paixão e
entusiasmo.

Quando em excesso:
Viciado em sexo e prazer; Excesso de emoções fortes, sendo levado em emoções
(histeria, mudança brusca de humor, bipolar, etc.); Falta de limites ou invadido pelos
outros; Manipulação por sedução; Dependência emocional; apego obsessivo.

Condições físicas:
Distúrbios no sistema reprodutor, órgão, baço, sistema urinário; Distúrbios menstruais;
Distúrbio sexuais, impotência, ejaculação precoce, rigidez, incapacidade de chegar ao
orgasmo; Dor na lombar e falta de flexibilidade; Insensibilidade, falta de apetite por
comida, por sexo ou pela vida.

Práticas de cura:
Terapias de movimento (Thai Chi, dança, yoga dance)
Atividades que envolvam água, banho;
Yoga com Posturas em movimento que flui e que abrem e mobilidade para os quadris e
pelve;
Mula Bandha e Uddiyana Bandha; ( “zíper-energético”, estes fechos energéticos são
interior do corpo e dos órgãos.)
- Liberação emocional ou contenção da energia sexual

Afirmação:
Eu mereço prazer em minha vida.
Eu absorvo as informações de minhas emoções.
Eu absorvo e celebro a minha sexualidade.
Minha sexualidade é sagraa.
Eu me movo facilmente e sem esforço.
A vida é prazerosa.
MANIPURA - AMARELO
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Intensão: transformação.
Questão: Energia, atividade, autonomia, vontade, autoestima, proatividade, poder,
individualidade.
Identidade: Ego
Orientação: Auto definição
Ameaça: Vergonha (desonra)
Estágio de Desenvolvimento: 18 meses até 4 anos.
Responsável por: Estabelecimento de autonomia.
Direitos básicos: De agir e ser um indivíduo.

Quando em equilíbrio:
- Responsável e confiável; Equilibrado, efetivo; Força de vontade; Boa estima, ego
equilibrado; Personalidade agradável e calorosa; Confiante; Espontânea, bem
humorado, brincalhão; Disciplinado apropriadamente; Senso do seu próprio poder;
Capaz de encerar desafios.

Traumas e abusos:
-Vergonha; Autoritarismo; Situações voláteis; Dominação da vontade; Abuso físico,
ambiente perigoso, medo de punição; Responsabilidade inapropriadas para a idade
(Responsável pelos irmãos menores como se fossem os pais).

Quando deficiente:
- Falta de energia; Falta de vontade, facilmente manipulado; Sem autodisciplina,
começa uma coisa e não termina; Frio emocionalmente e fisicamente; Digestão fraca;
Facilmente atraído por estimulantes; Sempre se coloca como vítima culpado aos outros
por tudo; Passividade; Não confiável.

Quando em excesso:
- Muita agressividade, dominação e controle; Precisa estar correto e dar a última
palavra; Manipulação, fome por poder, falsidade; Atração por sedativos; Teimosia,
competitividade, arrogância, hiperatividade, agressividade.

Condições físicas:
- Distúrbios alimentares e/ou digestivos ulceras, gastrites, diabetes, hipoglicemia;
Espasmos musculares, distúrbios musculares; Fadiga crônica; Hipertensão; Distúrbios de
estômago, pâncreas, fígado, vesícula biliar.

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Práticas de cura:
- Praticas que enfatizem a capacidade de assumir riscos; Recuperar a autoconfiança.
(Se eu não confiar em mim mesmo, não confio no mundo a minha volta); Contato
emocional; Relaxamento profundo e controle do stress; Exercícios vigorosos (correr, Kung
fu ou trilhas ecológicas); Psicoterapia para construir e cultivar um ego saudável, dissolver,
controlar e ajudar a não conter a raiva e ser ferramenta em assuntos relacionados a
trabalho ou problemas com vergonha e exposição.

Afirmações:
-Eu honro e reconheço o poder em mim
- Eu realizo as tarefas facilmente e sem esforço
- O fogo em mim queima qualquer bloqueio e medo
- Eu posso fazer qualquer coisa que eu me proponho a fazer

CARDÍACO – VERDE
Intenção: amor, equilíbrio.
Questões: Amor, equilíbrio, amor por si mesmo, relacionamentos, intimidade, devoção,
doação, dar e receber.
Identidade: Social
Orientação: Auto-aceitação, aceitação para com as outras pessoas.
Ameaça: Dor e tristeza.
Estágio de Desenvolvimento: 4 aos 7 anos.
Responsável por: Nossa capacidade de forma nossos relacionamentos e nossa
personalidade.
Direitos básicos: De amar e ser amado.

Quando em equilíbrio:
-Compassivo, amável, empático; Cultivo de amor próprio; Em paz e em equilíbrio;
Sistema imunológico forte.

Traumas e abusos:

- Rejeição, abandono, perda; Vergonha, criticismo constante; Abuso de qualquer outro


Chakra (principalmente os inferiores); Não reconhecidas as formas de sofrimento, como:
dor, tristeza, incluindo as preocupações e sofrimento dos pais, divórcio, morte de alguém
querido; Ambiente frio; Amargura; Amor condicional; Abuso sexual ou físico; Traição.

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Quando deficiente: Antissocial, Frio, crítico, Julgamento, intolerância consigo mesmo e
com os outros; Solidão, isolamento; Depressão; Medo de intimidade e de
relacionamentos; Falta de empatia

Quando em excesso:
- Dependente; Não impõem limites; Inveja e ciúmes; Sacrifíca-se demais; Apego;
cobrança.

Condições Físicas:
- Distúrbio no coração, pulmões, peito, braços; Respirações curtas; Peito curvado para
dentro; Problemas de circulação; Asma; Sistema Imunológico deficiente; Tensão entre as
escápulas, dor no peito.

Práticas de cura:
- Pranayamas;
- Trabalhar com os braços alongando para fora e para dentro;
- Escrever um diário, autodescoberta;
- Psicoterapia: Examinar conceitos sobre os relacionamentos, liberação de emoções,
sentimentos e tristeza.
- Cultivar o perdão e a generosidade;
- Auto aceitação;
- Oferecer-se amor e cuidados;

Afirmações:
Eu mereço amor
Eu me amo e amo os outros ao meu redor
O amor está em todos os lugares
O amor é infinito
Eu vivo em equilíbrio com os demais

GARGANTA: AZUL-INDIGO
Intenção: Comunicação, criatividade.
Questões: comunicação; Criatividade, ouvir encontrar a sua própria voz, ressonância.
Identidade: Criativa
Orientação: Auto-expressão.

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Ameaça: Mentiras
Estágio de Desenvolvimento: 7 aos 12 anos
Responsável por: expressão criativa, habilidades de comunicação, pensamento
simbólico.
Direito básico: De falar e ser ouvido.

Quando em equilíbrio:
- Voz em ressonância; Bom ouvinte; Tem senso de tempo e ritmo; Comunicação clara;
Vive criativamente.

Traumas e abusos:
- Mentiras, mensagens misturadas; Abuso verbal, constante gritaria; Alvo de excessivo de
críticas ( bloqueia a criatividade); Segredos (“ganha um doce se falar”) Pais autoritários
(“não pode falar nada”)

Quando deficiente:
- Medo de falar; Voz baixa e fraca; Dificuldade de colocar sentimentos em palavras;
Timidez e introversão.

Quando em excesso:
Falta incessantemente; Não consegue ouvir; Fofoca; Voz dominante e interrompe os
outros para falar.

Condições físicas: Distúrbios na garganta, ouvidos, voz, pescoço; Mandíbulas, ombros e


pescoço tensos; Problemas na tireoide.

Práticas de cura:
Soltura de pescoço e ombro;
Soltar a voz, cantar, gritar quando em deficiência;
Praticar o aquietamento quando em excesso;
Psicoterapia para aprender a habilidade de comunicação;
Praticar o diálogo;

Afirmações:
Eu falo e ouço a verdade

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Eu me expresso com uma intenção clara
Criatividade flui em mim
Minha voz é necessária
Eu honro e celebro o poder na minha voz

FRONTAL- AZUL CELESTE


Intenção: Padrão de reconhecimento.
Questões: Imagem, intuição, imaginação, visualização, sonho, visão, discernimento,
introspecção.
Indentidade: Arquétipos.
Orietação: Auto-reflexão.
Ameaça: Ilusão.
Estágio de desenvolvimento: Adolescência.
Responsável por: Estabelecimento da identidade pessoal, habilidades de perceber
padrões.
Direitos básicos: De enxergar.

Quando em equilíbrio:
-Intuição, percepção, imaginação; Boa memória; Boa lembrança dos sonhos;
Habilidade de pensar e de visualizar.

Traumas e abusos:
-As coisas que você vê não coincidem com o que foi dito; Invalidação da intuição;
Ambiente desagradável e assustador; Família com problemas de drogas e álcool (“não
é nada disso do que você está vendo”)

Quando deficiente:
-Insensibilidade; visão pobre; Memória fraca; Dificuldade de ver o futuro; Falta de
imaginação; Dificuldade de visualização; Não há lembranças dos sonhos; Negação
(não consegue ver o que está acontecendo); Acredita em um único jeito de se fazer as
coisas.

Quando em excesso:
- Alucinação, desilusão, obsessão; Dificuldade de concentração; Pesadelos.

Condição física:
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- Dores de cabeça, Problemas de visão.

Práticas de cura:
- Criar arte visual;
- Estímulo visual;
- Meditação, psicoterapia; desenhar e colorir, arteterapia;
- Trabalhar a memória
- Visualização guiada

Afirmações:
Eu vejo todas as coisas claramente
Eu estou aberto para a sabedoria em mim
Eu posso manifestar minha visão

CORONÁRIO – VIOLETA
Intenção: Entendimento.
Questões: Trancendência, sistema de crenças, divinidade, união, visão, conexão com o
divino ou algo além de nós.
Indentidade: Universal.
Orientação: Autoconhecimento.
Ameaça: Apego.
Estágio de desenvolvimento: Início da vida adulta para sempre.
Responsável por: Assimilação de conhecimento e desenvolvimento da sabedoria.
Direitos básicos: De saber e de aprender.

Quando em equilíbrio:
-Habilidade de percepção, analise e assimilação de informação; Inteligência, profundo,
consciente; Mente aberta, habilidade de questionar; Conexão espiritual; Sabedoria,
amplo conhecimento.

Traumas e abusos:
-Informação retida; Educação que trava e frustra e curiosidade; Religiosidade forçada;
Invalidação das suas crenças; Obediência cega (sem direito de questionar ou de pensar
por si mesmo); Má informação e mentiras; Abuso espiritual.

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Quando deficiente:
- Cinismo espiritual; Dificuldades de aprendizado; Sistema de crenças rígido; Apatia;
Excesso nos chakras inferiores, materialismo, dominação, ganância.

Quando em excesso:
- Excesso de intelectualizarão; Vício em espiritualidade; Confusão; Dissociação do corpo.

Condições físicas:
- Coma; enxaqueca; Tumores no cérebro; Amnésia; Desilusões cognitivas.

Práticas de Cura:
- Restabelecendo conexão física e emocional;
-Restabelecendo conexão espiritual (deficiente);
- Aprender e estudar;
- Disciplina espiritual (Sadhana);
- Psicoterapia: Examinar sistemas de crenças, desenvolver a habilidade de testemunhar;
- Yoga Nidra, Meditação, Savasava e relaxamento guiado.

Afimações:
A divindade reside em mim
Eu estou aberto para novas ideias
A informação que eu preciso vem em minha direção
O mundo é o meu professor
Eu sou guiado por uma força superior
Eu sou guiado pela sabedoria interior

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De Início é importante dizer que
o objetivo do sexo tântrico é não
ter o orgasmo.
Para que esta energia perpetue
e “suba” aos demais centro não
deve ser “desperdiçada” e sim,
impulsioná-la a ser acessados nos
chakras superiores. Visto que
desde os primeiros estudos da
humanidade orgasmo é uma
das mais poderosas descargas
de energia que o homem libera,
na verdade é a mais poderosa,
chamada de energia orgone,
própria energia vital a Kundalini. Vendo isto, muitos cientistas pesquisaram a fundo e
viram que esta liberação chamada orgasmo ocorre como a explosão de um sol que
explode dentro de você, e envia esta intensidade como uma radiação para fora de seu
corpo. Então esta explosão é a perda da energia Kundalini, pois o corpo para
desencadear esta energia demanda muita energia, vista que a energia vital, para um
ser comum é adquirida por respiração alimentação e tudo mais.
Retomando sobre o tantra da mão direita, celibatária.
1. Não perder energia 2. Os mecanismos que produzia esta energia continua
funcionando, então sua energia vital estará lá. 3. Naturalmente, esta energia será
usada para o despertar da consciência, canalizando através de ferramentas do
yoga, subindo e movimentando elas para cima. 4. Você não cria a dependência
do outro. 5. O centro é você, então as paixões, os desejos, a busca pela beleza
física cessa, pois não há dependência, pois a maioria dos relacionamentos que
vemos hoje são doentios na grande maioria, e baseados na dependência pelo
desejo sexual (fantasias) e ou desejos de pessoas que lhe completará, satisfará
você e ainda é vista como uma segurança, na vida material (relacionamento de
negócios). Ao compreender o objetivo do celibato vai haver mudanças profundas
do se olha interno.
Retomando sobre o tantra da mão esquerda, sexo com controle.
1. Não perde energia. 2. Os mecanismo que produz esta energia continua
funcionando, então sua energia vital estará lá. 3. Naturalmente, esta energia será
usada para despertar da consciência, canalizando através de ferramentas do
yoga e com sexo tântrico, estimulando, movimentando e subindo ela para cima.
4. Você compartilha uma experiência tântrica com um parceiro 5. Cada um é seu
centro, então não existirá expectativa, e sim uma busca espiritual em conjunto,
pois uma vez que o ser humano compreende o tantra, se liberta da busca externa

52
pelo prazer, você é seu prazer. Todos somos livre e somos seres eternos, os vínculos
afetivos são momentos de compartilhar experiências para a evolução, expanção
de nossa existência aqui.
A ideia central do Tantra ambas as linhas, é não perder esta energia kundalini. Por isso a
palavra tantra, você controla ela, e direciona através de estímulos e práticas com
objetivo de elevação aos demais centros.
Quer praticar o tantra? inicie estudando ele, praticando ele, meditando sobre ele.
Depois conheça alguém que viva esta busca espiritual, e o ato sexual terá sentido, será
sagrado.
“Eu sou um ser completo e compartilho bons momentos com pessoas completas em si.
Não há ninguém mais ou menos especial, e sim mais intima, pois todos nós somos
especiais uns aos outros, a intimidade é uma união de energias, que se somam e se
fundem para o mesmo fim.”
Quanto mais despertar os seus chakras com o tantra yoga, mais você consegue
conhecer sobre você e isso é a compreensão do seu espiritual, sua natureza humana e
vidas passadas, só está sabedoria e a consciência te levam a elevação. Até a caridade
deve ser um ato de sabedoria, seja inicialmente sua maior caridade, de valor a sua vida,
e objetive sua busca, todos os seres humanos conscientes de sua jornada irão ter a
mesma visão, não negando a caridade e a vida em sociedade, mas verá que o real
valor desta experiência nesta vida é o quanto obteve de elevação e
autoconhecimento.
“Viva em prazer, viva satisfeito com seu íntimo ser, não bloqueie, pois bloquear a si é
não estar grato e não ver a abundância de ser que és. Tantra yoga é estar em prazer,
paz e feliz.”
19.
a visão não-dualista, pode ser visível nos Vedas, nas Upanishads, nas
Samhitas. Essa mesma visão será atualizada mais tarde na literatura do Tantra, a
partir do século 9 d.C.
Porém a grande massa relativamente ligada ao hinduísmo não fez o uso da visão
tântrica como ferramenta de iluminação, deste modo esta visão não dual,
percorreu regiões fora da índia também, como é visto até hoje no tibet.

CANÇÃO MAHAMUDRA
“A Instrução de Tilopa sobre o Grande Símbolo (Mahamudra), para Naropa, em Vinte e
Oito Versos
Homenagem aos Oitenta e Quatro Mahasiddhas! Homenagem ao Mahamudra!
Homenagem à Vajradakini!”

53
Tilopa: (988 á 1069) e seu discípulo Naropa (1016 á 1100). Mestres uma mestre budista,
indiano, e viveu á 1600 anos após a morte do buda , então podemos ver que o
budismo na índia também sofre transformações, veja que o tantra se origina do budismo.
Tilopa foi um grande mestre realizado, um Mahasiddha (iogue reconhecido pelo
budismo avançado Vajrayana, hábil detentor do yoga tântrico) precursor do
Mahamudra, um método para a iluminação originado no século VIII, cuja a linhagem da
“experiência da meditação da profunda benção”. Foi lhe transmitido pelo Buddha
Vajradhara.
Existiu vários “buda”, pois é um título e significa “O desperto/iluminado”, e foi este que
desenvolveu e transmitiu para o discípulo na época, Tilopa aonde desenvolveu o
Mahamudra, em seguida seu discípulo Naropa.
OS 6 CONSELHOS DE TILOPA, fundamentais na meditação tântrica:
1. Não lembre
2. Deixe o que passou
3. Não fantasie
4. Deixe o que pode vir a ser
5. Não pense
6. Deixe o que está acontecendo agora
Explicação:
1.Não lembre, quando lembramos algo, são do passado. Vejamos, o passado se foi e
não existe, então o passado não pode ter tanto poder no seu presente, não viva de
lembranças. Não esteja no passado!
2.deixe o que passou, aquilo não existe mais, embora possa ter influenciado algo a
alguém ou a minha história ela já passou.
3.Não fantasie, não ficar imaginando, viajando com pensamentos, não sair fora da
realidade, não ilusão, não se apegue demais pelo que não existe, este um conselho
para os místico o esotérico tendem a viver num irreal, pois não gostar do mundo é a
chave para viver o irreal, aceitar o estar consciente do presente a todo instante é a
chave para se livrar das armadilhas da imaginação.
4.Deixe o que pode vir a ser, Não esteja no futuro, deixe então de se preocupar. Pois o
futuro pode vir a mudar. O amanhã não é uma verdade, o presente é a verdade.
5. Não pense, Para aqueles que buscam uma elevação uma libertação, nas suas
meditações use de todas as técnicas para não ser a mente e sim observa-la, um grande
passo que este “não pense” é se livrar dos conceitos, bem e mal, certo e errado. Esse é a
sabedoria de livrar-se do Deus da mente, os deuses da mente são as religiões.
6. Deixe o que está acontecendo agora. Seja o presente em sua vida. É a única
realidade.

A cação, com 28 versos.

54
[1] O Mahamudra não pode ser dito, mas ó inteligente Naropa, Como você passou pela
austeridade rigorosa, Com tolerância no sofrimento e devoção ao mestre, Ó
abençoado, guarde esta instrução secreta em seu coração.
[2] O espaço é suportado em algum lugar? Sobre o que ele repousa? Como o espaço, o
Mahamudra não depende de coisa alguma; Relaxe e se assente no continuum da
pureza indestrutível E, com as amarras soltas, a liberação é certa.
[3] Olhando concentradamente para o céu vazio, a visão cessa; Do mesmo modo,
quando a mente olha para a própria mente, Termina o treinamento do pensamento
discursivo e conceitual E a iluminação completa é obtida.
[4] Assim como a neblina da manhã se dissolve no ar, Indo a lugar nenhum mas
cessando de ser, As ondas da conceitualização — tudo criação da mente — se
dissolvem Quando você observa a verdadeira natureza de sua mente.
[5] O espaço puro não tem cor ou forma E não pode ser manchado de preto ou
branco; Assim também, a essência da mente está além da cor e da forma E não pode
ser manchada por ações negras ou brancas.
[6] A escuridão de mil eras não tem poder Para ofuscar a claridade de cristal do
coração do sol; E do mesmo modo, eras de samsara não têm poder Para encobrir a luz
clara da essência da mente.
[7] Apesar do espaço ser designado de vazio, Na realidade ele é inexprimível; Apesar da
natureza da mente ser chamada de luz clara, Sua própria atribuição é uma ficção
verbal sem base.
[8] A natureza original da mente é como o espaço; Ela permeia e abraça todas as
coisas sob o sol. Seja calmo e permaneça relaxado no conforto genuíno, Seja quieto e
deixe o som reverberar como um eco, Mantenha silenciosa a sua mente e assista o fim
de todos os mundos.
[9] O corpo é essencialmente vazio, como um tronco de junco, E a mente, como o
espaço puro, transcende absolutamente o mundo do pensamento; Relaxe em sua
natureza intrínseca, sem abandono ou controle — A mente sem objetivo é o
Mahamudra — E, com a prática perfeita, a iluminação suprema é obtida.
[10] A luz clara do Mahamudra não pode ser revelada Pelas escrituras canônicas e
tratados metafísicos Do Mantravada, das Paramitas ou do Tripitaka; A luz clara é
encoberta pelos conceitos e idéias.
[11] Nutrindo preceitos rígidos, o verdadeiro samaya é enfraquecido, Mas com a
cessação das atividades mentais, todas as noções fixas se apaziguam; Quando a maré
do oceano é una com suas profundezas pacíficas, Quando a mente nunca se desvia da
verdade indeterminada e não-conceitual, O samaya inquebrável é como uma lâmpada
acesa na escuridão espiritual.
[12] Livre dos conceitos intelectuais, desaprovando os princípios dogmáticos, A verdade
de cada escola e escritura é revelada.

55
[13] Absorvido no Mahamudra, você está livre da prisão do samsara; Equilibrado no
Mahamudra, a culpa e a negatividade são consumidas; E como um mestre do
Mahamudra, você é a luz do Dharma.
[14] O tolo em sua ignorância, desprezando o Mahamudra, Nada conhece além da luta
na inundação do samsara. Tenha compaixão por aqueles que sofrem de constante
ansiedade! Doente de um sofrimento inflexível e desejando a liberação, adira a um
mestre, Pois quando a bênção dele tocar o seu coração, a mente é liberada.
[15] Kyeho! Ouça com alegria! O investimento no samsara é fútil; é a causa de cada
ansiedade. Já que o envolvimento mundano é inútil, procure o coração da realidade.
[16] Na transcendência das dualidades da mente, está a visão suprema; Em uma mente
calma e silenciosa, está a meditação suprema; Na espontaneidade, está a atividade
suprema; E quando todas as esperanças e medos falecem, a meta é alcançada.
[17] Além de todas as imagens mentais, a mente é naturalmente clara: Não siga outro
caminho que não seja o dos buddhas, Não aplique técnica alguma para obter a
iluminação suprema.
[18] Kyema! Ouça com simpatia! Com a sabedoria em seu lamentável predicamento
mundano, Percebendo que nada pode durar, que tudo é como um sonho, Como uma
ilusão sem significado, que provoca frustração e aborrecimento, Retorne e abandone
suas buscas mundanas.
[19] Corte o envolvimento com sua terra natal e seus amigos E medite sozinho em um
retiro na floresta ou na montanha; Fique lá em um estado de não-meditação E,
atingindo o não-atingimento, você atinge o Mahamudra.
[20] Uma árvore estende seus galhos e põe folhas, Mas quando sua raiz é cortada, sua
folhagem seca. Assim também, quando a raiz da mente é cortada, Os galhos da árvore
do samsara morrem.
[21] Uma única lâmpada elimina a escuridão de mil eras; Do mesmo modo, um único
lampejo da luz clara da mente Apaga eras de condicionamento kármico e cegueira
mental.
[22] Kyeho! Ouça com alegria! A verdade além da mente não pode ser compreendida
por qualquer faculdade mental; O significado da não-ação não pode ser
compreendido pela atividade compulsiva; Perceber o significado da não-ação e do
além-mente Corta a mente em sua raiz e repousa na consciência nua.
[23] Permita que as águas barrentas da atividade mental se clareiem; Refreie tanto a
projeção positiva quanto a negativa — Deixe as aparências sozinhas. O mundo dos
fenômenos, sem adição ou subtração, é o Mahamudra.
[24] A onipresente base não-nascida dissolve seus impulsos e desilusões; Não seja
convencido ou calculista, mas repouse na essência não-nascida E deixe se dissolver
todos os conceitos de si mesmo e do universo.
[25] A mais elevada visão abre cada porta; A mais elevada meditação sonda as
profundezas infinitas; A mais elevada atividade é não-governada, porém decisiva; E a
mais elevada meta é o ser comum, sem esperança ou medo.

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[26] No começo, seu karma é como um rio caindo em um desfiladeiro; No meio, ele flui
como um rio Ganges serpenteando gentilmente; E no fim, assim como um rio se torna um
com o oceano, Ele termina na consumação, como o encontro de mãe e filho.
[27] Se a mente for estúpida e você for incapaz de praticar estas instruções, De reter a
respiração essencial e expelir a seiva da consciência, De praticar olhares fixos —
métodos de focalizar a mente —, Discipline-se até que o estado de consciência mental
se estabeleça.
[28] Quando servir a uma consorte, a consciência pura do êxtase e da vacuidade
surgirá. Disposto na abençoada união da sabedoria e dos meios hábeis, Envie a
bodhichitta vagarosamente baixo, retenha-a, retraia-a para cima E, conduzindo-a à
fonte, sature o corpo inteiro. Mas essa consciência surgirá apenas se o desejo e o apego
estiverem ausentes. Então, obtendo a jovialidade da vida longa e eterna, crescente
como a lua, Radiante e clara, com a força de um leão, Você obterá rapidamente o
poder mundano e a iluminação suprema. Possa esta instrução essencial do Mahamudra
Permanecer nos corações dos seres afortunados.
Alguns comentários pela visão do professor Laércio Fonseca:
“Abandonar a mente, é abandonar o ego.”
“Toda a psicologia e psiquiatria estuda a mente, a mente é um objeto como o espaço.”
“Por este motivo Osho diz: psicólogos são tomates estudando tomates.”
“Samaya é a verdadeira essência do ser (mente superior) ser espiritualista não tem que
ser cheio de preceitos rígidos, roupa branca, fala culta, seriedade com regras.”
“Livre dos conceitos intelectuais, desaprovando os princípios dogmáticos, a verdade de
cada escola e escritura é revela.”
“Dogma é tudo que achamos que sabemos, mas não sabemos.”
“Absorvido no mahamudra, você está livre da prisão do Samsara.”
“Atingir o não atingimento, você atinge o mahamudra.”
“Quando meditamos queremos o que? Iluminar-se! Saiba que isso quer dizer que você
vai sentar e meditar pelo desejo de algo, então a meditação verdadeira é sem
propósito, sem o desejo da expectativa. Não diga: - eu quero atingir mahamudra! e sim
pratiquei meditação, sente sem expectativa e fiquei ai, sem desejos. Vera sem esperar, a
revelação do eu superior, portanto a iluminação não é um objetivo, e sim um
consequência.”
“Certa vez um mestre diz: Aqui existe uma cidade, e tem uma estrada que leva a uma
montanha alta, e no topo desta montanha se encontra Mahamudra... essa cidade é
muito longe desta montanha, devera pegamos um carro para chegar nela, ao
chegamos na base da montanha a estrada termina, e não consegue subir a montanha
de carro, deve sair do carro, e ir a pé para subir a montanha. O carro é sua mente! ela é
útil, até certo ponto, é inevitável, deve abandona-a para chegar lá. “

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“No começo, seu karma é como um rio caindo em um desfiladeiro, no meio ele flui
como o rio Ganges, serpenteando gentilmente, e no fim assim como um rio se torna um
com o oceano, ele termina na consumação, como o encontro de mãe e filho.”
Os antigos monges, mencionam muito em como a folha que cai no rio.
“Conselhos práticos para o yoga: Pratique, pratique e pratique, sem perturbações neste
caminho, não precisa construir, e sim desconstruir-se.”
“O que e uma consorte? Consorte é um parceiro, que serve um ao outro. O tantra é a
todo momento para o casal. Ambos estão buscando Mahamudra. Bodhiechitta, é sua
energia. Retenha em baixo e retraia para cima é a energia kundalini, saturando de força
energia prânica, chi ou ki. Fortuna inestimável no seu coração, que quando seu ser
preenchido totalmente por essa abundancia do estado que obtêm-se na
contemplação além mente, seu ser se revela, essa é sua sua fortuna, afortunará aos
demais que estão em seu caminho. Saiba e acredite!”

Ha=sol Tha=Lua associamos com a união do ser (corpo e mente) e a alma (consciência
divina) Muito brevemente colocado, o componente, "Ha", significa sol em sânscrito.
Ela representa a parte "positiva" de um modo geral, e consiste em muitas qualidades,
tais como a energia do sol, luz, paixão, atividade, e criatividade. O componente
"Tha" significa lua em sânscrito. Ela representa a parte "negativa" do todo, e é
composto de muitas qualidades, como a energia lunar, frieza, passividade e
receptividade. Este significado é atribuído à busca do equilíbrio das forças solar e
lunar, masculina e feminina como objetivo final dessa prática
Não sendo puro exercício físico, o Hatha Yoga tem efeitos psicossomáticos e preocupa-se
em corrigir, purificar, aperfeiçoar o corpo, visto como o "templo do espírito". Se há
desconforto, moléstias, dor, isso obstrui, impede a energia vital (prana) de circular pelo
corpo. Os asanas eliminam os distúrbios que o corpo físico causa à mente. Promovem um
saudável desbloqueio energético, para que a energia flua pelos chakras e nadis (canais
de energia). Ativam os chakras (centros psíquicos e energéticos).

Também em conjunto dos mais valiosos recursos oferecidos pela Yoga são os Pranayamas.
Trata-se de exercícios respiratórios cujos ganhos são: o controle da energia vital,
diminuição do cansaço, mais disposição, mais serenidade, expansão da autoconfiança.
A prática conjunta de asanas + pranayamas + relaxamento aumenta a vitalidade geral,
a flexibilidade, a agilidade, retarda o envelhecimento, combate o cansaço, pois age
sobre a energia vital (prana).

CARACTERISTICAS DAS ÁSANAS

• São realizados vagarosamente, com consciência nas próprias sensações, na


própria respiração, naquilo que se está fazendo. Se a mente está distante do que
estamos fazendo, não há ásana.
• Há coordenação entre respiração e movimento, favorecendo com isso a
concentração.

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• Fixa-se a atenção nas partes mais tensas, que necessitam ou que estão sendo mais
intensamente trabalhadas.
• O ásana tem que ser firme, estável e confortável.
• Pausas são realizadas entre as posturas.
• Há respeito quanto aos próprios limites, e às necessárias adaptações por parte do
praticante. Os músculos são exigidos até um limite confortável. A prática deverá ir
do mais fácil para o progressivamente mais exigente.
• Há ênfase quanto à qualidade e não à quantidade. A permanência na postura é
mais importante do que ser executada muitas vezes.
• Ajuda a equilibrar o metabolismo e o sistema endócrino. As compressões (Bandhas)
e descompressões, fazem com que as glândulas endócrinas sejam estimuladas e
equilibradas. Os sete Chakras correspondem às sete principais glândulas do corpo.
Se há stress, por exemplo, há estimulação exagerada das glândulas supra-renais,
duas pequenas glândulas localizadas sobre os rins. O excesso de adrenalina na
corrente sanguínea produz um estado de permanente tensão. No outro extremo, a
falta de adrenalina deixa o indivíduo apático e sem ânimo.
• Os ásanas dão ao corpo maior força e flexibilidade.
• É interessante sempre que possível, praticar de olhos fechados. Favorece a
interiorização, permitindo ao praticante conhecer o belo mundo que existe dentro
dele.

O yoga aponta um caminho de transformação e expansão da consciência em todos


os níveis do ser humano. As posturas servem como veículo ao longo desta jornada, e
não como fins em si mesmas. Para facilitar este entendimento usaremos um modelo
tradicional da visão indiana de 5 corpos ou envoltórios, chamados “Koshas”.

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Annamayakosha - Corpo físico, incluindo os sistemas corporais e os cinco elementos.
Pranamayakosha - Corpo energético, incluindo os Prana Vayus, Chakras e Nadis.
Manomayakosha – Corpo psicoemocional, incluindo o universo dos pensamentos e
emoções.
Vijnanamayakosha- Corpo de sabedoria, a capacidade de testemunhar que possibilita
a transformação.
Anandamayakosha – Corpo de bem-aventurança, que reflete as qualidades espirituais
inerentes á nossa verdadeira natureza, Ananda sendo a expressão do ser real,
denovimando como atman. Ao longo da jornada espiritual Atman se reconhece como
ser universal, a fonte de toda a criação.

A nível físico o conjunto de práticas agem sobre todos os sistemas: Esquelético, muscular,
respiratório, digestório, eliminatório, urinário, reprodutivo, cardiovascular, endócrino,
linfático, imunológico e nervoso. Com a prática, vai-se removendo a causa de muitas
doenças, como oxigenação insuficiente, má circulação sanguínea, alimentação
inadequada, remoção deficiente das impurezas e toxinas corporais.

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“Há na natureza uma poderosa inteligência. Muitas vezes o que chamamos doença é a
tentativa da natureza de expulsar a condição anormal. Yoga leva o praticante a
centrar-se, a escutar o próprio corpo, o que em si, já pode significar prevenção de
doenças.”
O modelo de cinco elementos, descreve a criação da natureza, incluindo o corpo físico,
como formado por cinco constituintes essências: Terra, água, fogo, ar e espaço.

Terra: Solidez, peso, densidade, imobilidade, firmeza, fundação sustentação, gravidade,


Conexão com o solo e presença corporal. Experimentando nos asanas como
enraizamento e estabilidade.
Agua: Fluidez, flexibilidade, adaptabilidade, mobilidade, hidratação, frescor - conexão
com os ciclos e ritmos da natureza. Experimentando asanas como centramento, fluidez,
flexibilidade e adaptabilidade
Fogo: Energia, luminosidade, calor, poder, transformação, metabolismo, combustão -
conexão com a fonte da vida, o sol. Experimentando nos Asanas como vitalidade e
energia.
Ar: Movimento, leveza, troca, difusão, mudança - conexão coma respiração e os
movimentos de troca ao longo da vida. Experimetando nos Asanas com leveza e
graciosidade.
Eter: Vastidão, liberdade, expansão, disponibilidade, conectividade - receptáculo de
todos os elementos. Experimentando nos asanas como expansão das fronteiras e
integração dos aspectos sutis simbólicos das postura.

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Os asanas otimizam o funcionamento dos sistemas corporais, assim como contribuem
para o equilíbrio dos elementos.
A partir desta visão, os indianos estabeleceram o sistema tradicional de medicina
indiana, chamado ayurveda.

A nível energético, associado com a energia vital, o prana pulsante que anima todo o
nosso ser. A respiração é o principal veículo no recebimento e distribuição do prana
através do corpo energético. A anatomia sutil é composto pelas correntes energéticas
(vayus), centros energéticos (chakras) e canais sutis (nadis). O fluxo livre do Prana é
essencial para a súde dos sistemas corporais para o equilíbrio psicoemocional. Quando
este fluo fica bloqueado de forma crônica, desiquilíbrios se estabelecem, podendo
comprometer a saúde integral do ser, Os asanas otimizam a respiração, contribuindo
para restabelecer o fluxo do prana, e efetivando uma melhor captação através dos
pranayamas.
Os sete chakras são os principais centros de energia vital do corpo, responsáveis pela
harmonia do ser em todas as esferas da vida. As posturas do hatha yoga evoluíram
como veículo de abertura e equilíbrio dos chakras. Cada asanas está primariamente
associando a um ou mais dimensões do ser.

Nivel psicoemocional, é formado pelo universo dos pensamentos e emoções, incluindo


crenças limitantes e padrões emocionais. Intimamente relacionado á nossa habilidade
de lidar com os fatores estressantes da vida e com a qualidade de nossa saúde
energética e física, já que pensamentos e emoções podem criar padrões respiratórios
restritivos e tensões corporais crônicas. Os asanas convidam a dissolução de tensões
psicoemocionais, aliviando o estresse e possibilitando o relaxamento, contribuindo para
a serenidade mental e emocional.

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Chakra 1 Chakra 2 Chakra 3 Chakra 4 Chakra 5 Chakra 6 Chakra 7
Nome Muladhara Svadhistana Manipura Anahata Vissudha Ajna Sahasrara

Elemento Terra Água Fogo Ar Éter/Som Éter/Luz -


Localiza- Base da Parte baixa Plexo solar Região Região Terceiro Topo da
ção coluna abdômen do peito garganta Olho cabeça
Mantra Lam Vam Ram Yam Ham Om Sham
Energia Física Emocional Ego Social Criativa Auto- Auto
reflexão conheci-
mento
Físico Eliminação, Área Sistema Pulmões, Pescoço, Hipófise, Cérebro
cólon, pélvica, digestivo coração, Laringe ouvido e
assoalho órgão nervoso/ ombros cordas nariz
pélvico, reprodutivo estomago, braços e vocais e
pernas e e Urinário fígado, mãos boca
pés intestino
delgado
Emocio- Sobrevi- Relacio- Energia Amor Comuni- Intuição Comunhão
nal vencia, namento pessoal e universal, cação, universal
enraíza- íntimo e papel compa- expressão,
mento e equilíbrio singular no ixão e criativi-
segurança/ emocional mundo/ gratidão/ dade e
família e auto dar e voz
finanças estima, receber
poder,
vontade
Objetivo Estar e ter Sentir e Agir Amar e Falar e ser Enxergar Saber
querer ser ouvido
amado
Glandu- Suprar- Suprarenais Adrenais e Timo Tireoide e Piruritária Pineal
las renais ou ou gônadas pâncreas para-
gonadas tireóide
posturas Em pé Abrir quadril Torções e Flexão Flexões Equilíbrio e Inversões e
e estabiliza- flexões para trás para meditativa meditati-
ções laterais e flexões frente s vas.
laterais
Afirma- Eu me sinto Eu fluo em Eu Eu abro o Eu me Eu Eu sou um
ções plename- harmonia comparti- meu expresso enxergo a com toda a
nte seguro e com os lho a coração em unidade criação e
sustentado ritmos da dádiva de para alinhame- para além com todos
pela terra vida meus acolher nto com o das os seres.
talentos todos os ser real aparên-
com a seres cias
vida

A nível de sabedoria, abrange a capacidade discriminativa da mente, nosso


“testemunho-interior”. Que quando desperta, tem a habilidade de reconhecer crenças
e condicionamentos que estreitam nossos pensamentos e fazem reagir emocionalmente
ás situações, Ao acolher estes padrões com objetividade e clareza, sem julgamento ou
rejeição, dá-se início ao processo natural de dissolução dos mesmos, com consequente
expansão dos horizontes e possibilidades ao longo de nossa jornada de vida. Os asanas
meditativos convidam a despertar da testemunha-interior, desenvolvendo o poder de
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concentração e cultivando a equanimidade, essencial para desabrochar da clareza
mental.
A nível de bem aventurança, é formado pelo universo das qualidades essências que
refletem o ser real, entre elas estão o contentamento, o sentimento de liberdade,
plenitude e paz interior, Elas desabrocham naturalmente em nossas vidas, à medida que
as crenças limitantes são dissolvidas. As nossas experiências de bem aventurança
vivenciadas ao longo da jornada espiritual são reflexão ode nosso grau de conexão com
a nossa essência. Alcançadas nas meditações.
“Segundo o Yoga, a felicidade só pode ser encontrada dentro de cada um, onde há um
Ser interior, fonte da felicidade, aguardando para ser descoberto. Através da meditação
nos compenetramos de nossa natureza espiritual. Ela é um instrumento de união do
homem com sua essência Divina, um processo de religar nossa real natureza com a
totalidade cósmica.
Assim como o rio se junta ao oceano, a alma do indivíduo se junta ao oceano da
Consciência Absoluta. Quando estamos em contato direto com o Criador do Universo
estamos em contato com toda a sabedoria e todo o entendimento. Inteligência infinita,
capaz de nos guiar na resolução de problemas.”

“O movimento do pensamento na mente surge do movimento do prana; e o movimento


do prana surge em função do movimento do pensamento da consciência. Eles formam
assim um ciclo de dependência mútua, como o movimento das ondas e das correntes
marítimas. “
A palavra pranayama deriva de dois termos sânscritos: prana, designando a energia
vital, e yama, que significa controle, domínio, retenção, pausa. Donde pode traduzir-se
também como domínio da bioenergia, utilizando técnicas respiratórias.
Esse é um processo aonde direcionamos através da mente e respiração o fluxo natural
de prana em todos os nossos canais e os chakras, não limitando e nem forçando a
respiração, mas expandindo-a, a fim de conduzir a elevação da consciência. Uma vez
que a respiração esteja perfeitamente regulada, poderemos facilmente controlar os
processos conscientes a nível (físico, energético e psicoemocional) que interagem
mutuamente.
Os pranayamas nos permite verdadeiramente “estar aqui agora”.
Alguns benefícios dos pranayamas:
*Melhora a qualidade do sangue devido a uma maior eliminação do gás carbônico e
absorção de oxigênio;
*Desintoxica e oxigena todas as células, revitalizando e rejuvenescendo todos os tecidos
e órgãos;
* Desenvolve e tonifica todo o aparelho respiratório aumentando a elasticidade da
estrutura ósseo-muscular da região torácica principalmente o diafragma;
*Massageia o coração;
*Ajuda a equilibrar o sistema endócrino e vitaliza o sistema nervoso;
* Melhora o funcionamento do estômago, do fígado, do pâncreas, do baço dos rins,
intestinos e órgãos reprodutores;

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* Desenvolve consideravelmente o sistema imunológico;
* Promove uma sensação de bem-estar e de vitalidade;
* Aumenta a capacidade de concentração e os pensamentos ficam mais organizados;
* Desenvolve a autoconfiança e o autogerenciamento;
*Equilibra nossos centros energéticos, criando possibilidade de harmonizar nossas
emoções, isto porque, Pranayamas lidam mais diretamente com as partes vitais sutis, do
sistema nervoso. O primeiro objetivo da pranayama é o de purificar o sistema nervoso e
de circular energia através de todos os canais sutis de energia sem obstrução. No final
das contas esses pranayamas vão despertar o sushumna e direcionar kundalini acima
pela coluna.

RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA (ABDOMINAL)

• Sente-se ou deite-se. Mantenha a coluna ereta.


• Inspire (ar para dentro) e a barriga é projetada
para fora e expire (ar para fora) barriga para
dentro.
• Durante o exercício não estufe a barriga, deixe-
a relaxada. O tórax e o peito não se mexem.
Repita o mesmo tempo de inspiração e expiração,
recomendo 4 tempos para cada e 10 respirações
completas.

RESPIRAÇÃO MÉDIA

• Este movimento deve ser feito com as costelas.


• Coloque as mãos nas costelas para que você
perceba distensão das mesmas. Leve também, as
mãos na parte lateral do tronco e na parte de trás.
• Inspire e movimente as costelas como uma
sanfona distendendo.
• Expire, tentando perceber as costelas fechando.
Realize 10 respirações completas.

RESPIRAÇÃO ALTA

• As mãos agora se posicionam nas clavículas.


• Ao inspirar, os ombros se elevam naturalmente, espiram retorna suavemente. Esse
movimento não deve ser forçado. Realizar 10 respirações completas.

RESPIRAÇÃO COMPLETA (Respiração das 3 fases)

• Unir as três fases da respiração abdômen, costelas e peito.


• Inspirar e jogar a barriga para fora, expandir as costelas e inflar peito.
• Expirar, agora ao contrário, primeiro no peito, depois costelas e abdômen.

Benefícios: Fortalece o controle do diafragma. Exploramos toda a capacidade


pulmonar. Esta uma respiração puramente mecânica, vista que com o decorrer dos
anos de má respiração os órgão internos perdem a capacidade de manter
estruturação, ao passo que o diafragma vai perdendo sua força pelo desuso, ela aliviar
a tensão e o estresse, e tê-la como hábito pode proporcionar um relaxamento durante o
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dia inteiro, e não só nos momentos estressantes, além de melhorar o funcionamento do
cérebro. Tudo começa pelo corpo, restaurar seus movimentos naturais é o ponto de
partida para as demais respiração.

NADHI SHODHANA (Narinas Alternada)

• Sentado ou deitado, inicia bloqueando a narina direita com o polegar mão direita,
inspirar pela narina esquerda.
• Bloquear as duas narinas e reter o ar nos pulmões.
• Abrir a narina direita e obstruir a esquerda com o dedo anelar expirar. Inspire pela
narina direita, obstrua as duas, e expire pela esquerda. Sempre alternando as narinas.
• Podemos iniciar sem colocar um ritmo, treinando de 10 à 20 minutos por dia.
• Na última, Inspirar profundamente com as duas narinas e reter o ar nos pulmões,
confortavelmente exalar e manter os sentidos recolhidos.

Benefícios: equilibrar as energias sutis e purificar as nadis (correntes energéticas).

Obs: Podemos iniciar por ambas narinas, respiração através da narina direita: Está
associada com o Nadi Píngala, que termina na narina direita – é a energia do Sol –
energia estimulante. Ela te proporciona:
Concentração; Força de vontade; Estado de alerta; Ação; Vigor.
Iniciar a respiração através da narina esquerda: Estimula o Nadi Ida, que termina na
narina esquerda – a energia Lunar – a energia receptiva –energia de limpeza,
restauradora. Ela te proporciona:
Tranquilidade; Empatia; Sensibilidade; Síntese; Calma.

SOPRO HÁ (Descarrego)
Esta respiração é muito indicada para iniciar as práticas de asanas, desperta e cria
espaço para revitalizar nos campo vital.

• Em pé, inspire ao mesmo tempo, que eleva os braços.


• Ao soltar o ar, solte pela boca enquanto abaixa rapidamente o tronco, deixando sair
o som “HÁ”. Não grite, deixe o ar sair pela pressão exercida pelo diafragma.
• Mantenha os joelhos flexionados durante o exercício para evitar machucar a região
lombar.
• Indicações: elimina impurezas e o ar residual dos pulmões.
Obs: Preste bastante atenção para não forçar a garganta para emitir o som.

KAPALABHATI (A Limpeza da Cabeça/ Crânio brilhante)

• Sentado com coluna ereta, inspire naturalmente utilizando respiração completa em 4


segundos e expire rapidamente expulsando o ar dos pulmões de uma vez do abdômen
trazendo ele para dentro em 1 segundo. Evite tencionar os músculos do rosto.
• Repetir várias vezes (30 ou 40 expirações ou 1 a 2 minutos.)
• Na última, Inspirar profundamente e reter o ar nos pulmões, confortavelmente exalar e
manter os sentidos recolhidos.

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Benefícios: Limpa instantaneamente as vias respiratórias. Fortalece o sistema nervoso e
tonifica o organismo, regulando o seu metabolismo. Proporciona excelente oxigenação
cerebral, limpando e purificando os pulmões e revigorando os órgãos internos e a
musculatura abdominal.
Produz igualmente uma sensação de leveza e até euforia, aumenta a autoconfiança e
a capacidade de comando sobre a mente.

BÁSTRIKA (Recarregar)

Sentado com a coluna ereta, ao expirar o abdômen entra e o diafragma contrai,


quando você respira no diafragma relaxa e abdômen se move para fora. Estes
movimentos devem ser ligeiramente exagerados. Continue a respirar desta maneira
contando dez respirações. No fim de dez respirações, faça uma inspiração e uma
expiração bem profunda. Esta é uma rodada. Praticar de três a cinco rodadas.
Quando você se acostumar com este estilo de respiração, vá gradualmente
aumentando a velocidade, mas mantendo a respiração rítmica. Inalação e exalação
devem ser iguais.

Benefícios: Técnica vitalizante traz uma massagem natural ao longo de todo o sistema.
Aumenta a irrigação do sangue e ativa a memória. Este proporciona aumento da
vitalidade e limpa as fossas nasais, melhora a digestão, aumenta o apetite, acelera o
metabolismo e fortalece o sistema nervoso. O calor tremendo gerado pela prática
limpa o sushumna nadi e prepara-o para a ascensão da kundalini.

UJJAII (A Respiração Vitoriosa)

Comum usar ujjaii combinado com asanas, isto porque, aquece o organismo e por
produzir um som que deixa nossa respiração mais evidente funcionando como um fio
condutor para nossa atenção enquanto realizamos as posturas.
Sentar-se em qualquer posição com as pernas cruzadas e manter sua coluna e sua
cabeça alinhadas. Conscientize-se do ritmo natural da sua respiração e aos poucos
assuma o controle alongando a entrada e a saída do ar. Respiração nasal o tempo
todo, inspirando e expirando pelas narinas.
Levando a consciência para a garganta, perceba a passagem do ar por essa região e
sutilmente contraia a glote reduzindo essa passagem de modo a produzir um suave som
chiado bem baixo. Essa contração é semelhante a que fazemos para sussurrar.
Uma dica Caso sinta dificuldade em acionar essa contração, experimente soltar o ar
pela boca como quem pretende embaçar um vidro ou um espelho, esse costuma ser
um meio de achar esse ponto de contração. Em seguida experimente fazer isso soltando
o ar pelas narinas, mantendo o mesmo efeito também enquanto inala.
Não exagere a ponto de sentir uma sensação de arranhamento por conta de uma
fricção excessiva. Basta que o som produzido seja audível para você.
Após algumas práticas terá totalmente controle da glote e a respiração se tornara
natural, ao passo que no seu dia a dia a utilizará sabiamente.
Para Associada à contração da glote Conhecido como Bandhas, contraímos com a
mesma sutileza a região abdominal e área pélvica mantendo as três contrações
acionadas ao mesmo tempo. Igualando confortavelmente o tempo que leva para
Inalar e exalar os pulmões.
Inicialmente faça de 10 a 20 ciclos respiratórios.
Benefícios: Rejuvenesce o corpo inteiro, ajuda a eliminar o estresse, mente em foco.

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BHRAMRI (Abelha)
Sente-se confortavelmente com seus olhos fechados. Feche seus ouvidos com seus
polegares, colocando seus dedos indicadores na resta e os três dedos que sobraram
levemente sobre as pálpebras.
Inspire profundamente e enquanto expira, faça o som do zumbido de uma abelha
(mmmm..) com os lábios cerrados.
Estenda o som o máximo que puder. Quando ficar sem ar, inspire novamente e continue
com o som do zumbido da abelha. Continue por 5 a 10 minutos.
Benefícios: Tranquiliza a mente e alivia a dor de cabeça e enxaqueca, melhora a
concentração.
Constrói confiança.

RESPIRAÇÃO DO DRAGÃO (Chakras)

Essa respiração e um antigo exercício da china antiga para equilibrar os Chackas.


Sentado em posição e meditação com a coluna ereta, você vai inspirar o prana (ar)
pelas narinas e mentalizar o uma cor branca muito forte indo até o final de sua coluna
no chakras básico (Muladhara), como se tivesse enchendo um reservatório. Ao expirar
mentalizando o ar subindo pela coluna iluminando cada chakras passando pela
cabeça (cérebro) e o ar sai pelo chakra coronário.
Lembre-se que a inalação e sempre menor que a exalação, ex: conte até 2 inalando e
conte até 4 exalando. Fazer 18 vezes, depois ficar de olhos fechados na mesma posição
durante uns 5 min.

“Se você quer descobrir os segredos do Universo, pense em termos de energia,


frequência e vibração, tudo é vibração, ao estudar as energias, principalmente com a
nova consciência da física, percebeu-se que tudo é pulsação, esta vibração é
ondulatória, aonde oscilam em frequências x.” Nicolas Tesla
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” João 1.

No princípio tudo era o Om ou Aum (ॐ) é o mantra mais importante do hinduísmo e


outras religiões. Diz-se que ele contém o conhecimento dos textos sagrados e é
considerado o corpo sonoro do Absoluto. O Om é o som do universo e a semente que
"fecunda" os outros mantras.
São de origem na língua sânscrita, aonde seu significado é Man=pensar
Tra=instrumento traduzimos em um instrumento para a liberação da mente. São
vibrações sonoras que representam o elo de ligação com a consciência e o cosmos,
o princípio, a criação, aonde não se busca a musicalidade mas a atenção
direcionada para a fonte do som, envolve a mente completamente. A fonte não
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são as cordas vocais sozinhas, mas também a ideia do som que está na mente, cuja
fonte é o “Eu”. Dizemos assim o mantra aquieta ou cessa a atividade mental e
estabiliza os pensamentos adicionando assim outras percepções e nos colocamos
em contato com a nossa essência, abrido portas através da introspecção ao silencio
que revela nosso centro real. As escrituras védicas aprendemos que o mantra
universal é o OM, formado pelas três letras A,U,M; significando : o princípio da
criação, manutenção e dissolução/transformação do Universo. Representado pela
trimurti: Brahma, Vishnu, Shiva.

Alguns yogues afirmam que o conhecimento dos seus significados não é uma
condição necessária, mas vale estudá-los pois amplia a capacidade de estender
nossa concentração, é suficiente para produzir bons frutos. De igual modo uma
devoção ignorante não é uma condição ideal.

Mantras, Orações, Visualizações e Decretos ou Afirmações: O que são e as


diferenças entre eles?
Afinal são tantas línguas, tantas filosofias, e tantos mantras e orações, como
compreender?
Simplificando a complexidade da estruturação diversificada da comunicação
humana, somos seres que ressoamos um tanto quanto parecido, em qualquer canto
do mundo, visto deste ponto, conseguimos encontrar o elo de ligação com a
essência de qualquer ritual, pratica ou técnica de cada filosofia e as mais variadas
línguas.

Mantras:
São vocalizações de sons e ultrassons e servem tanto para estabilizar o corpo
energético quanto para desenvolver chakras ou treinar a concentração e a
meditação. Embora eu fale aqui de energia, não confunda o mantra como algo
místico ou espiritualista. No yoga, diferente do que muitos pensam, os mantras não
servem para adorar ninguém, servem para equalizar a energia que circula pelas
nossas nadis, que são os meridianos por onde a energia circula, desobstruindo-as. Isso
é física. O princípio é a união do som com a ideia através do conhecimento do
mantra e seu significado diante da sua real intenção. Em Yoga se ensina que o
homem se identifica com o objeto de sua meditação, ou seja, se unifica com o
objeto em que concentra a sua mente. Conforme a repetição constante e muitas
praticas cria uma ressonância vibratória através do seu padrão mental, alterando a
sua vibração energética. Liberando através da sabedoria do som vibrações
poderosas nos nossos centros, mental, energético e físico.
Para auxiliar utiliza-se o Japamala (colar de contas) intensifica a concentração.

Orações:
As orações são elos de contato com planos espirituais, tendo função de canalizar
energias para um bem, físico, mental e espiritual. Realizada quando
conscientemente entramos em sintonia com a mente e a vontade humana a modo
que nos baseamos em princípios originais da criação, como as leis universais, vistos
também na ciência moderna.
Bem, é através do pensamento que habitualmente cultivamos e que determinam
nossas ações é que criamos as circunstâncias da nossa vida. A oração cientifica ou
consciente é baseada na compreensão desta verdade, e na aplicação de forças
universais da criação: ela se sintoniza com os padrões naturais da evolução:
harmonia, equilíbrio, saúde, paz, seguindo assim pelo uso do poder da vontade

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individual conduz a energia aos planos espirituais, aonde a devoção e a entrega é o
fator principal para que isto se manifeste verdadeiramente.

Naturalmente substituímos alguns credo limitado e atribuímos uma fé consciente,


pois a prece de maior poder de nossa vida é aquela que circula nossos
pensamentos a todo instante, e na oração capacitamos nossa mente de
desenvolver canal aos planos espirituais, sendo elas com o objetivo a emanar a
energia que depositamos de nós mesmo. E qual é esta energia? O amor, pois é ele o
elo de ligação universal. Quantas pessoas possuem suas preces atendidas? Quantas
pessoas oram para uma salvação externa? E quantas pessoas não oram por falta de
compreensão deste meio?
Resumindo: Ao uso correto da prece ou oração ocorre a devoção de total entrega;
a partir de nosso sentimento de amor incondicional a divindade interior em tudo e
todos, assim mantendo um estado de permanente adoração e gratidão.

Visualização e sensações: é uma forma de que atribuímos nossos sentidos,


alcançando o mesmo que os anteriores, de uma forma que podemos utilizar as
visualizações para fortalecer nossas intenções, fazendo um bom uso de nossos
sentidos e mentalizações.
Quantos de nós sentimos algo que gostaríamos de mudar? E quantos de nós em
determinada situação simplesmente não sentimos?

Decretos ou Afirmação: são utilizados para firmar nosso Pensamento Forma em nosso
próprio Eu, quando usados diariamente, ressoa muito parecido com a oração,
porém não criamos elo de ligação com um egregora espiritual, entidade, guia,
mentor especifico, para um contato ou um pedido e sim emanamos no nosso
próprio centro, nosso eu, naturalmente são utilizadas para fortalecer ou expandir
determinado padrão mental, manifestado no nosso emocional/energético e físico.

Afirmações para os 7 chakras


Através das afirmações representados para os 7 principais chakras, podem ajudar
você a superar medos e bloqueios que possam estar impedindo que você se
manifeste plenamente no mundo. A ideia é que você, através da mudança de
padrão dos seus pensamentos, trabalhe internamente para buscar o equilíbrio em
todos os níveis do seu ser, a começar por mudar o que você pensa sobre si mesmo.
É interessante notar que nos lugares onde estão localizados os chakras também
estão órgãos e glândulas de importância fundamental para o funcionamento do
nosso corpo, e sim, os chakras também estão relacionados às funções do corpo,
porém nas afirmações estamos focando no aspecto psicológico deles. Ao trabalhar
nossa energia no âmbito psicológico, também estamos trabalhando o físico, bem
como o contrário também é verdadeiro, pois para o Yoga não há essa separação
entre o que é físico e o que é mental.

BÁSICO – EU SOU –
“Eu me sinto profundamente enraizado.”
“Estou conectado ao meu corpo.”
“Eu me sinto seguro.”
“Assim como uma árvore ou uma estrela, eu tenho o direito de estar aqui.”
“Eu tenho o que eu preciso.”
“Eu sou firmado, estável e parado em meus próprios pés.”
“Eu nutro meu corpo com alimentos saudáveis, água, exercício, relaxamento

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e conexão com a natureza.”
“Eu confio na bondade da vida.”
“Eu faço escolhas que são saudáveis e boas para mim. “
” Confio em mim mesmo.”

SEXUAL – EU SINTO –
“Eu amo, valorizo e aceito o meu corpo.”
“Tenho limites saudáveis.”
“Estou aberto a experimentar o momento presente através dos meus
sentidos.”
“Eu sou apaixonado.”
“Sinto prazer e abundância com cada respiração que eu levo.”
” Eu nutro meu corpo com alimentos saudáveis e água limpa. “
” Eu sei como cuidar das minhas necessidades. “
” Eu valorizo e respeito o meu corpo. “
” Eu me permito experimentar o prazer. “
” Minha sexualidade é sagrada.”

PLEXO SOLAR – EU FAÇO–


“Eu amo e me aceito.”
“Sou forte e corajoso.”
“Eu sou digno de amor, bondade e respeito.”
“Estou orgulhoso de minhas conquistas.”
“Eu honro a mim mesmo.”
“Escolho relacionamentos saudáveis.”
“Eu dirijo minha própria vida.”
“Eu sou livre para escolher em qualquer situação.”
“Procuro oportunidades de crescimento pessoal e espiritual.”

CORAÇÃO - EU AMO-
“Eu, profundamente e completamente, me amo e me aceito.”
“Estou aberto ao amor.”
“Eu nutro meu filho interior.”
“Eu sou querido e amado.”
“Eu vivo em equilíbrio; Em um estado de graça e gratidão.”
“Eu me perdoo. “
“Estou conectado com outros seres humanos. “
“Sou grato pelos desafios que me ajudam a me transformar e me abrir ao
amor.”
“Estou aberto ao amor e a bondade.”

GARGANTA – EU FALO-
“Eu sou aberto, claro e honesto, na minha comunicação.”
“Eu tenho o direito de falar minha verdade.”
“Eu comunico meus sentimentos com facilidade.”
“Eu tenho uma forte vontade que me permite resolver meus desafios.”
“Eu me expresso através da criatividade, da escrita ou da arte.”
“Eu nutro meu espírito através da criatividade.”

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“Eu vivo uma vida autêntica. “
“Eu tenho integridade.”
“Posso compartilhar minhas experiências e sabedoria.”
“Eu escuto meu corpo e meus sentimentos para saber a minha verdade.”

FRONTAL –EU VEJO -


“Eu estou em contato com minha orientação interior”.
“Eu escuto minha mais profunda sabedoria.”
“Eu sou sábio, intuitivo e conectado com meu guia interno.”
“Eu nutro meu espírito.”
“Eu confio na minha intuição.”
“Eu perdoo o passado e aprendo o que estava lá para eu aprender. “
“Estou grato pela bondade na minha vida.”
“Estou aberto a inspiração e ideias.”
“Eu sou a fonte da minha verdade.”
“Minha vida move-se sem esforço.”

CORONÁRIO – EU COMPREENDO-
“Eu sou parte do divino.”
“Eu procuro entender e aprender com minhas experiências de vida.”
“Estou conectado e escuto a sabedoria do universo.”
“Eu sou um com o universo. Eu não posso me afastar, pois não pode me
separar. “
“Aprecio meu espírito.”
“Estou aberto à sabedoria divina.”
“Eu vivo no momento presente.”
” Minha vida se move com graça e harmonia.”

Conhecendo mais sobre os mantras


Costumamos chamar todos os cânticos hindus como mantras, porém nem todos são
realmente mantras. Mantras são os versos dos Vedas, por ser um dos livros mais sagrados
do mundo influenciaram a origem dos mantras budista e tibetana que possuem igual
valor de aplicação.

No hinduísmo o que não é verso do vedas pode ser kirtan ou bhajans.


Bhajan em hindu significa salmos, é qualquer tipo de música devocional hindu
escrita como um poema, cantado ou recitado com ou sem repetição.
Kirtan significa cânticos devocionais. Kirtan é geralmente grupos de cânticos dos
mantras que que possui várias notas musicais, várias palavras e possui tradução.
Kirtan é um mantra extroverso, canta-se muitas vezes batendo palmas.
Om Namah Shivaya é um dos exemplos mais famosos de kirtans. Que significa: Om
e Saudações, os elementos deste universo se manifestem plenamente em mim.
Então sim, Cânticos devocionais podem ser cantados em qualquer língua, por
qualquer pessoa e qualquer religião que lhe aproxima, mas o fato é ainda
permanecem como invocações você não está mantrando para o “eu”, aonde você

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mantem a vibração é claro com aquela energia de alegria e louvor, compartilhando
com todos.

Quantas vezes cantamos uma música, embora não sabemos o significado nos
sentimos bem? Quantas vezes repetimos algo até que se torne natural dentro de
nossa mente?
Resumindo: Ao uso correto de mantra realizamos a
interiorização da consciência utilizando a repetição dos
sons universais que representam determinado aspecto
sagrado em sua entoação. Chamados de Mantras
Raízes.
Mantras raiz conhecidos como” Bija mantras” cada
energia numa dada frequência produzem os sons que são
emitidos por nós pelas suas vibrações. Daí descobriu-se o
som especifico de cada chakra, conhecidos também
de bija mantras, que quando são entoados
repetidamente, suas vibrações sintonizam com estes
canais, equilibrando cada centro energético e
influenciando diretamente nosso estado de espírito.

* A repetição mental silenciosa de sons sutis que acordam


a intuição, o intelecto e os chakras; o mantra se torna um
substituto para a tagarelice mental centrada no
pensamento de “eu”, também facilita o acúmulo de
enorme quantidade de energia. O mantra também limpa as tendências habituais da
mente subconsciente.

LAM:
Som do chakra Muladhara, localizado na base da coluna vertebral. É regido pelo
elemento terra, sua cor é vermelha. É a nossa ligação com este mundo, nosso senso de
sobrevivência e medos.

VAM:
Som do chakra Swadhisthana, localizado pouco abaixo do umbigo, seu elemento é
água e sua cor laranja. Está associado a reprodução, como também ao prazer sexual e
material.

RAM:
Som do chakra Manipura, localizado no plexo solar, de elemento fogo e cor amarela.
Relacionado à nossa mente racional, vitalidade e vontade.

YAM:
Som do chakra Anahata, localizado no centro do coração, tem como elemento o ar e a
cor verde. É a união entre as energias materiais e espirituais. Está associado com o amor
e a compaixão.

HAM:
Som do chakra Vishuddha, localizado no centro da garganta, seu elemento é o éter e
sua cor é azul. Está associado à comunicação e à auto-expressão.

OM:

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Som do chakra Ajna. Contém o princípio da Unidade, a energia masculina e feminina. É
centro da terceira visão, da inteligência cósmica e da intuição. Cor índigo.

SHAM:
Chakra Sahasrara. Está localizado no topo da cabeça e contém todos os elementos. É
relacionado à habilidade de se conectar espiritualmente, à paz e à sabedoria. Sua cor é
o lilás.

Alguns mantras conhecidos e seus significados:

Shanti Mantras (mantras da paz) selecionados dos quatro vedas, visto também nas
upanishads, são conhecidos e cantados a milhares de anos para espalhar a paz.

OM SAHA NAVAVATU
SAHA NAU BHUNAKTU
SAHA VIRYAM KARAVAVAHAI
TEJASVI NAAVADHITAMASTU MA VIDVISHAVAHAI
OM SHANTI SHANTI SHATIH.
Om, Que estejamos sempre unidos e nutridos
Que trabalhemos juntos com muita energia
Que nosso conhecimento seja luminoso e realizador
Que jamais nos desentendamos
Om. Que haja Paz, Paz, Paz.

ASATO MA SADGAMAYA
TAMASO MA JYOTIRGAMAYA
MRTYOR MA AMRTAM GAMAYA
Que se vá a não-verdade e venha a verdade
Que se vá a escuridão e venha a luz
Que se vá a morte e venha a imortalidade

PURNAMADAH PURNAMIDAM
PURNAAT PURNAMUDACHYATE
PURNASYA PURNAMADAYA
PURANAMEVAVASHISHYATE
Aquilo é pleno. Isto é pleno. Do pleno vem o pleno.
Tirando o pleno do pleno ou acrescentando o pleno ao pleno,
Apenas o pleno permanece.

OM BHUR BHUVA SVAHA


TAT SAVITUR VARENYAM
BHARGO DEVASYA DHIMAHI
DHIYO YO NAH PRACHODAYAT
Om, Contemplemos o esplendor do divino Sol Vivificante
Presente na Terra, na atmosfera, e no Céu
Que ele inspire nossa visão (nosso pensamento) removendo a ignorância

LOKAH SAMASTAH SUKHINO BHAVANTHU


Que todos os seres em todas as partes sejam felizes e livre.
Que meus pensamentos, palavras e ações da minha vida contribuam de alguma forma
para a felicidade e para a liberdade de todos
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HARI OM TAT SAT
É a verdade. Isso que posso ver com meus olhos e o que está além dos meus olhos são o
mesmo, não é diferente. O criador e a criação são apenas um.
“Hari” significa a vida e o universo manifesto, o que podemos ver como a criação. “Om”
representa a realidade que não podemos ver com nossos olhos, porém podemos
perceber, é o aspecto não criado do absoluto. É a realidade pouco evidente, o aspecto
não visto, invisível. “Tat” significa é. “Sat” significa a verdade.
O poder do mantra está em apaziguar os pensamentos e elevar a consciência à
vibrações energéticas mais subtis, proporcionando relaxamento e serenidade. Entoar um
mantra é sempre um caminho que conduz a paz.
Por isso quem “mantra” seus males espanta!

Japamala e mantras
Bom primeiro que ninguém reza para
símbolos ou representações – ou pedaços de
pedra. Os símbolos e as representações são
apenas um veículo para a mente trazer uma
determinada atitude. Da mesma forma que
um militar que faz continência para bandeira
do seu país, ele não está saudando o pano,
nem muito menos a bandeira. Ele usa a
bandeira para trazer na sua mente seu
compromisso com a pátria, seu propósito e
fazer com que essa atitude faça parte da
sua vida.
"Japa" é uma palavra em sânscrito que vem
da raiz verbal "jap", que significa "murmurar, sussurrar". "Japa" é a prática feita pelos
yogues na repetição em tom de murmúrio de mantras, de passagens das escrituras, ou
do nome de uma divindade.
A repetição destes mantras, o "Japa", é uma "corrente", um "cordão de energia". Mala é
em sânscrito "cordão de contas".

ALGUNS MANTRAS PARA ENTOAR COM JAPAMALA HINDUS, TIBETANOS E BUDISTAS

MANTRA PARA GANESHA


Ganesha é o Mestre do Conhecimento, da Inteligência e da Sapiência. É aquele que
proporciona a potência espiritual e a inteligência suprema. É o grande removedor dos
obstáculos, Guardião da Riqueza, da Beleza, da Saúde, do Sucesso, da Prosperidade, da
Graça, da Compaixão, da Força e do Equilíbrio.
Este mantra é um dos mais poderosos e conhecidos no hinduísmo. É uma invocação a
Ganapati (outro nome de Ganesha) e serve para remover os obstáculos, tanto materiais,
emocionais e espirituais. Este mantra atua muito rápido, vale a pena experimentar. Para
se obter um resultado efetivo e rápido aconselha-se cantá-lo diariamente 108 vezes.
OM GAM GANAPATAYE NAMAHA

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Significa: Eu invoco o espirito da graça, eu invoco o espirito de Ganapati e saudo àquele
que remove obstáculos do qual Gam é o som seminal (bija)

MANTRA PARA SHIVA


É um mantra é composto fisicamente de sílabas soadas de forma a influenciar o sistema
humano, vibra afetando a matéria física, emocional e mental. Conforme os vedas o
mantra Om Namah Shivaya é o corpo do Senhor Nataraja, o Dançarino Cósmico. É o lar
de Shiva. As cinco letras de "Namah Shivaya" significam as cinco ações do Senhor:
criação, preservação, destruição, o ato de ocultar e a benção; significam também os
cinco elementos e toda a criação através da combinação deles
OM NAMAH SHIVAYA
Significa:
“Eu invoco/ confio/ honro e me curvo à luz do Senhor Shiva”

MANTRA PARA A PAZ


O número três encerra uma poderosa cosmogonia no simbolismo milenar da humanidade
em suas mais variadas épocas e tradições. Como não poderia ser diferente, na filosofia
do Yoga, o simbolismo do três é diverso e recorrente. Alguns exemplos são: Brahma-Vishnu-
Shiva (o Trimurti); os três estados de manifestação da matéria, inércia-equilíbrio-
movimento (tamas-sattva-rajas); a divisão “ilusória” do tempo (passado-presente-futuro);
os três planos (lokas) deBhur, Bhuva e Swaha; e novamente aqui no mantra Shanti, o três
imbui de significado um termo do Yoga.
OM SHANTI SHANTI SHANTIHI

MAHA MANTRA
“Ó Senhor todo-atrativo e todo-alegria, Ó energia do Senhor, por favor aceita-me em
Vosso serviço devocional”. Em português, poderia ser entoado assim:
"Dá-me a Vontade Divina, Dá-me a Vontade Divina, Vontade Divina, Vontade Divina,
Dá-me, Dá-me. Dá-me Alegria, Dá-me Alegria, Alegria, Alegria, Dá-me, Dá-me. Quando
estamos entoando este mantra estamos dizendo ao nosso EU Superior:
"Coloque-me para servir a vida e aos propósitos do Pai. Guie-me na Luz do meu Plano
Divino e dê-me todo suprimento necessário para que eu cumpra minha missão espiritual."
HARE KRISHNA, HARE KRISHNA
KRISHNA KRISHNA, HARE HARE
HARE RAMA, HARE RAMA
RAMA RAMA, HARE HARE

MANTRA OM MANI PADME HUM


“Om” é a vibração primordial, a própria consciência, “Mani” é Jóia, a nossa natureza
preciosa (espiritual), “padme” flor de lótus, símbolo sagrado da pureza e “Hum” Mente
iluminada, um som de limpeza, dissipa a sombra.
Este mantra tem sua origem na Índia e de lá foi para o Tibet, mais utilizado pelos budistas
tibetanos. Significando então: Oh! A joia do Lótus, da lama nasce a flor de lótus.

MANTRA DE BUDDHA
Nam-Myoho-Rengue-Kyo, que numa tradução livre seria o algo como: Devotar-se ao Sutra
de Lótus, ou Devotar-se à Lei Mística da Causa e Efeito (exposta pelo Buda no Sutra de
Lótus ).

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O Nam-Myoho-Rengue-Kyo cobre todas as leis, toda a matéria e todas as formas de vida
existentes no Universo. em outras palavras, é a vida do Buda que alcançou a suprema
Iluminação. Se expandirmos ao espaço ilimitado, é idêntica à vida do Universo, e se
condensarmos ao espaço limitado, é igual a vida individual dos seres humanos.
A natureza de Buda está exatamente dentro de cada um de nós. É o Nam-Myoho-
Rengue-Kyo.
NAM-MYOHO-RENGUE-KYO

MANTRA DO BUDDHA MEDICINAL


Que todos os seres possuam a felicidade e suas causas, Possam todos os seres estarem
livres do sofrimento e suas causas. Possuam todos os seres permanecer para sempre na
alegria. Possam todos os seres permanecerem em equanimidade. Livres do apego e
aversão. Bekandze, significa eliminar a dor. Maha Bekandze – Grande meio de eliminar a
dor, ser curado.
TAYATA OM BEKANDZE, BEKANDZE MAHA BEKANDZE, RANDZE SAMUDGATE SOHA.
Sugestão: Procure cada um dos mantras, no youtube e deixe tocar, comece a sintonizar-
se com a essência, verá uma grande diferença só em ouvi-los.
9. MUDRAS
Mudra em sânscito significada"gesto" ou 'atitude', usados com a inteção de selar com o
sentido de conectar são práticas mais elevadas que levam ao despertar do pranas,
chakras e kundalini. Mudras são introduzidos após algum tempo de pratica e a
efetividade alcançada em asana, pranayama e bloqueios grosseiros no corpo foram
removidos. Existe uma série de origens de mudras, alguns carregam forte influencia no
mundo todo, outros são estudados pelas tradicionais escolas de medicina orientais.
Algumas possem mais um sentido simbolico de conexão com a essencia espiritual que
representa e outras mais energético a fim de beneficiar as funções biológicas do corpo
humano, a utilização delas deve ser sempre com objetivo para cada etapa da pratica.

Ao longo do nosso corpo temos muitos circuitos energético que influenciam com o
equilíbrio do nosso sistema energético e em nossas mãos percebemos sutilmente estes
pontos de conexão. Nossas mãos e pés são nossos chakras secundários, aonde as mãos
são chakras muito forte para captação e emissão de energia. Quando posicionamos de
forma especificas mãos e os dedos estamos conectando uma rede de nadis (meridianos)
para expor certos circuitos de energia ao longo de nosso corpo, fazendo mudança
vibratória de nosso ser. caracterizam-se por estarem em uma região terminal do corpo,
onde atuam como ponto de entrada ou saída de energia. São os chakras de ativação
mais fácil e segura, sendo que sua ativação permite o desenvolvimento da capacidade
de sentir energias sutis e também de sentir a aura, podendo desenvolver também a
manipulação energética.
Na medicina indiana (Ayurveda) existem os 5 elementos nos dedos:

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MUDRA JÑÁNA - Sabedoria e conhecimento
Polegar e indicador unidos pela ponta dos
dedos, os demais retos. Sem dúvida este é
um dos mais conhecidos mudras.
Especialmente como um dos mais lisonjeiro
mudras de meditação.
Alivia distúrbios do sistema nervoso.
Proporciona maior facilidade de
concentração e atenção. Ligado a
glândula pituitária, que controla os ciclos do
metabolismo e do sono ajudando a melhorar a sua memória, evitar a insônia,
proporciona clareza de espírito e pode ajudar a prevenir a demência. A nível espiritual
Desperta um sentimento de ternura. Coloca-nos em contato direto com a sabedoria e o
conhecimento da divindade.

MUDRA DYANA – Gesto de união


Mão direita descansa sobre a
esquerda, polegares se tocam. muito
usado em meditações por exemplo
na meditação Zazen, do Budismo.
Conecta com a consciência coletiva
de toda a sabedoria da tradição do
yoga. Trazendo conforto e tranquilidade que ele traz. No tantra é visto como mudra de
Shiva e shakti, ativando esta união do poder da criação.

MUDRA AÑJALI – Saudação e agradecimento


Unindo as palmas das mãos na linha do peito mantendo
cotovelos para fora e alinhados ou também unindo as mãos
acima da cabeça com os braços levantados.
Este mudra é conhecido em todas as religiões, pois é
assimilado à oração. Além disso, em muitas culturas orientais
este gesto é usado como um agradecimento e como
saudação: Hari Om ou Namastê.
Espiritualmente nos coloca em contato direto com a essência
divina e com o poder que temos em nós. Além disso, ele é
ideal para pedir qualquer tipo de desejo saindo do coração
para a nossa egregora espiritual. Potencializa uma captação
de energia para transmitir, muito usado no Reiki ou qualquer
terapia de energia e meditação Gasho.

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PADMA MUDRA- Lótus
Pulsos se tocam, dedos mínimos e polegares unidos e os
outros abertos.
Simboliza a flor de lótus, pureza, algo translucido, beleza,
também usado para conexão os mestres, gurus.

MUDRA PRANA- Gesto da vida


Polegar, anelar e mínimo unidos, indicador e médios unidos retos.
Os elementos fogo, terra e água se interligam para trazer maior
vitalidade ao físico e com isso qualquer sensação de fadiga e
nervosismo são atenuados. O praticante passa a expressar uma
boa sensação de autoconfiança, o que aflora a coragem para
realizar o que se busca na vida.

MUDRA APANA - Melhorar a digestão


Polegar médio e anelar unidos, mínimo e indicador retos. Os
elementos fogo, terra e espaço(éter) interligam que traduz um
gesto de energia descendente, pouco a pouco as toxinas que o
corpo inevitavelmente produz serão eliminadas. Paralelamente,
o sistema digestivo e urinário irá melhorar e harmonizar. Outros
benefícios deste mudra são a prevenção de náuseas e vômitos
e da sensação de queimação ao urinar. Esta posição é
particularmente útil para pacientes diabéticos, pois regula os
níveis de glicose no sangue.

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MUDRA VAYU – Mudra do ar
Indicador dobrado e dedão por cima, outros dedos retos.
Elemento ar e fogo, aquele excesso de “ar” acaba por ser
suprimido pelo “fogo” ativo. Nosso sistema digestivo produz gazes
que desequilibra o elemento ar no corpo. Bem como também se
aloja por entre as juntas e que em excesso incita a desconfortos
do reumatismo, gota e ciático. A nível mental traz sensação de
segurança e tranquilidade se apresenta contribuindo para que a
ansiedade e o estresse sejam devidamente combatidos.
Indicado utilizar com pranayamas de carregamentos
energéticos.

MUDRA APANA VAYU – Gesto do coração


Dobrar o indicador, unir polegar médio e
anelar, e o mínimo reto. Este mudra desvia o
fluxo de prana das mão para a área do
coração, melhorando a vitalidade do
coração. O coração é o centro da emoção,
possibilita a liberar emoção reprimida
trazendo serenidade aos nossos sentimentos
enquanto nos eleva a consciência.

MUDRA VARUNA – Gesto da água


Polegar e mínimo unidos, os outros permanecem retos. Mudra
elemento agua água, nossa constituição física é 70 porcento
de agua no corpo, é responsável pela filtração do corpo,
melhorando problemas como a retenção de líquidos e Elimina
as impurezas do sangue, Restaura a umidade para a pele.
Pode ajudar também em problemas nas mucosos dos órgãos,
como a prisão de ventre e cólicas menstruais, contribui
também para o controle emocional e psicológico nas pessoas.

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MUDRA PRIVITY –Gesto da terra

Dedo anelar dobrado e o polegar por cima. Elemento terra


trás estabilidade e vitalidade relacionado com parte vital
do nosso esqueleto, músculos e órgãos internos. E assim,
fortalecer o corpo por dentro. No corpo espiritual mantém
centrado e equilibrado, quanto a suas percepções sempre
em contato na razão e lógica. também pode eliminar
deficiências de vitaminas ou minerais, além de melhorar
a absorção pela digestão.

MUDRA SHUNYA – Gesto do vazio

Dedo médio dobrado, o polegar pressionando por cima e


os demais dedos retos. Shunya significa zero, vazio ou céu
em sânscrito. É suposto trabalhar no elemento de éter
que permeia todo o espaço. Isso pode ser praticado
pressionando a primeira falange do dedo indicador
(éter) com o polegar (fogo).Praticar isso com profunda
concentração pode curar imediatamente a dor de
ouvido e pode ajudar aqueles que são surdos ou mesmo
mentalmente desafiados. Também pode ajudá-lo a
superar doenças de viagem ou tonturas. Este mudra
pode muitas vezes por você em contato com as feridas do
passado, ouvindo com atenção para entender o que você
precisa para se curar

MUDRA SURYA- Gesto do Sol

Dedo anelar dobrado e polegar por cima. Mudra do sol, mudra da


força do fogo, agni. Ajuda a reativar a tireoide, auxilia na perda de
peso e revitaliza o sistema digestivo. Ele também ajuda a reduzir o
estresse e a ansiedade, mantendo-o focado em seus objetivos.
Outro benefício do Surya é manter o seu corpo aquecido quando
está sofrendo de calafrios.

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MUDRA LINGA – Gesto de calor
Entrelace os dedos, mantendo o polegar
esquerdo em linha reta. Envolva-o com os
dedos indicador direito e polegar direito,
que devem tocar um no outro.
Conhecido como o “Mudra do Calor”,
aumenta a temperatura do corpo, sendo
benéfico em situações de resfriado e
congestão e catarro. Fortalece os pulmões e
equilibra as funções fisiológicas,
principalmente por meio da melhora
respiratória

MUDRA MUKULA – Gesto de cura; botão de


flor
Os cinco dedos juntos. É uma energização
de cura, usada para direcionar a energia
para qualquer lugar do corpo. Garante uma
sensação de renovação, transformação,
aumento de energia, vida, cura e
relaxamento. Aplica-se em alguma parte
que sente dor, enfraquecido ou tenso.
Sabemos que para visão oriental doença é
desiquilíbrio, logo a cura é reequilibrado a
saúde vital.
MUDRA USHAS- Sexualidade
Está relacionado ao nosso segundo
chakra, é o centro da criatividade e da
sexualidade. Há energia no chakra
que é vital para o prazer, o estado de
alerta mental e para produzir essa
atitude de “levantar-se e ir”, Ideal para
ser usado ao acordar para despertar e
ter um dia com energia. Na verdade seu
nome significa; Amanhecer, isso nos
ajuda a sair de casa com o sistema de
energia equilibrada para enfrentar o dia
com sucesso e facilidade.
Por isso é ideal para quando vamos falar
em público ou manter algum tipo de relação social que pode nos causar stress ou apatia.

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Mudras os 7 chakras
PRIMEITO CHAKRA – MULADHARA
Foco: Base do corpo, períneo.
Afirmação: “Eu estou sempre seguro, enraizado e protegido no centro
do meu ser.”
Mudra: Gesto da Mãe Terra. Coloque as pontas dos dedos indicador e
médio no solo, pressionando gentilmente contra a terra, enquanto que
o outros dedos se curvam naturalmente para dentro da palma da mão,
sendo segurados pelo polegar.

SEGUNDO CHAKRA- SWADISHTANA


Foco: Quatro dedos abaixo do umbigo.
Afirmação: “Eu fluo com o ritmo da vida e estou totalmente aberto
para a bondade ao meu redor.”
Mudra: Gesto do Ventre. Entrelace os dedos para dentro na frente
do baixo abdômen. Estenda o dedo indicador direito e esquerdo,
tocando as pontas dos dedos. Faça o mesmo com os polegares.
TERCEIRO CHAKRA- MANIPURA
Foco: Plexo solar.
Afirmação: “Eu alinho minhas energias pessoais e encontro meu
lugar no mundo.”
Mudra: gesto da Transformação. Entrelace os dedos em frente ao
plexo solar. Estenda os dedos médio, pressionando um contra o
outro.
QUARTO CHAKRA- ANAHATA
Foco: Coração energético no centro do peito, levemente à
direita.
Afirmação: “Eu expando as fronteiras de meu coração para
aceitar a mim mesmo, os outros e o mundo como eles são.”
Mudra: Gesto da Flor de Lótus. Junte as palmas das mãos em
frente ao coração. Mantenha a base das palmas juntas, assim
como as pontas dos polegares e dedos mínimos. Estenda os outros dedos, como se fosse
uma flor desabrochando.

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QUINTO CHAKRA- VISHUDDHA
Foco: Garganta.
Afirmação: “Eu estou totalmente equilibrado em minha
verdade interna e pronto a reconhecer e compartilhar minha
vocação com os outros.” O equilíbrio dos hemisférios
cerebrais: o direito que é associado à criatividade e o
esquerdo que por sua vez é ligado ao pensamento lógico.
Mudra: Gesto do concentração. Toque as pontas de todos os dedos, mantendo-os
juntos, sem tencionar, de forma relaxada.

SEXTO CHAKRA – AJNA

Foco: Ponto entre as sobrancelhas.


Afirmação: “Eu me entrego a cada oportunidade que a vida me dá de
presente para clarificar minha visão e verdade interna.”
Mudra: Gesto do prece. Junte as palmas das mãos e una na testa.

SETIMO CHAKRA – SAHASRARA


Foco: A coroa da cabeça.
Na inalação, leve a respiração da base do corpo até o
topo da cabeça e na exalação, do topo da cabeça
para a base do corpo. Afirmação: “So Ham, Eu sou…
Brahman, Consciência de Unidade… sempre presente.”
Mudra: Gesto união, Totalidade e Completude. Mão
direita descansa sobre a esquerda, polegares se tocam, descansa sob o colo.

10. MANDALA YOGA


"Mandala", em sânscrito, significa círculo. A Mandala é a representação icónica dos
princípios base da geometria sagrada, tese segundo a qual a geometria é a forma
ordenada da criação. Todas as grandes civilizações antigas utilizavam a geometria na
edificação de templos e manifestações de crenças. A título de exemplo, a estrutura das
cidades incas foi concebida a partir do quadrado e círculo como elementos de
disposição. A mandala é uma espécie de yantra (instrumento, meio, emblema e
símbolo) Em rigor, mandalas são diagramas geométricos rituais: alguns deles
correspondem concretamente a determinado atributo divino e outros são a
manifestação de certa forma de encantamento (mantra). A sua antiguidade remonta
pelo menos ao século VIII a.C. e são usadas como instrumentos de concentração e para
atingir estados superiores de meditação (sobretudo no Tibete e no budismo japonês).

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Durante muito tempo, a mandala foi usada como expressão artística e religiosa, através
de pinturas rupestres, no símbolo chinês do Yin e Yang, nos yantras indianos, tibetanas,
budistas, rituais de cura e arte indígenas e na arte sacra de vários séculos.
No que a yoga busca com esse exercício é sem dúvida uma transformação mental do
indivíduo. O eu é expressão da existência individual. Havendo uma transposição muito
significativa do centro psicológico do eu pessoal para o eu impessoal, que agora é
experimentado como o verdadeiro "fundo do ser" da personalidade. Hoje em dia há um
comum uso de pinturas e construções de mandalas a fim de expressão para manifestar
personalidade, compreendendo o que é substrato porem existe como emoções,
pensamentos.
As geometrias ativa centros em nossa mente, e possui na sua grande maioria forma
circular, mas sempre simétrica. O significado de simetria é elementos que se repetem,
por haver uma harmonia nos elementos. Por exemplo, ao ouvir alguma música, se nos
concentrarmos, percebemos que nos harmonizam em certas músicas, já outras que nos
distorcem e ou perturbam.
Construindo Mandalas:
Mandala simples, fica ou estática, para realizar primeiro exercício de criação, será
necessário:
Folha de papel A4; Lápis ou caneta preta; lápis amarelo.
1.faça um círculo na com preta mais simétrico possível.
2. faça um ponto preto ao centro
3. Faça pequenos riscos amarelos ao redor do ponto preto
4. faça longos risco até a borda do grande círculo.
5. Fixe a mandala para ficar a sua frente na linha dos olhos, senta numa postura
confortável e concentre sua atenção a observa-la, e medite observando-a por 10
minutos. Se preferir utilize mantra OM com Jnana mudra.

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Mandalas dinâmica ou em movimento:
Estas Mandalas possuem movimento espiralado, aonde ativa nosso centro de
circulação, possuindo características ativas para nossa mente, também conhecidas
como mandalas túnel, possuem círculos concêntricos, não em espiral. Aonde provoca
movimento de penetração.

Flores são mandalas naturais, ao ver uma flor, conecte-se com a sua beleza, aprecie-as.

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Observar Galaxias em espiral, também nos ativa centros mentais adormecidos, pois ao
observar o Macrocosmo (Universo), com o nosso Microcosmo (presença divina),
realmente nos eleva perante essa sabedoria da criação.

- Prepare o local arejado;


- Música ambiente;
- Pegue seu tapete, crie um habito diário para conduzir a pratica e conscientize de estar
se sintonizando com a sabedoria do yoga.
- Pode também acender incensos e velas;
- Muito importante estar em constante leituras de textos relacionado ao yoga, se quiser
temos recomendações de livros e sites, bem como se sentir utilizar reflexões inspiradoras
de mestres e pessoas que em suas vidas vivem esta essência do yoga.
- Inicie com intenção, é uma ferramenta que tem efeito muito positivo para nossa
conversa interna, nos guindo para o foco e a fundação do propósito da prática.
Quando for escolher um desígnio para a prática, considere assimilar os eventos que
estejam acontecendo e/ou inspirando em sua vida.
Senta em uma postura confortável, dando estabilidade, apoia e sustenta sua base no
chão pelos ísquios. Cresce a coluna, ombros longe da orelha, testa relaxada, gira os
ombros pra trás, e leva atenção nas mãos, perceba o tato das pontas dos dedos, junta
as mãos em prece na linha do peito e fecha os olhos e coloca intenção na prática,
coloca a intenção de estar aqui, o observa como você está agora, corpo,

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pensamentos, emoções... direciona esta prática, para o seu bem maior, para aquilo que
podemos experimentar quando estamos abertos para nós...
RESPIRAÇÕES PROFUNDAS- Feche os olhos Inala e exala pela boca, solta e cria espaço
para direcionar a atenção neste fluxo do ar que entra e sai, ganhando consciência da
respiração do momento presente, deixa tudo que é externo de lado e entregando-se a
prática, dissolvendo qualquer expectativa e julgamento.
*Entrelaça os dedos, alonga lá em cima, mantendo os ombros relaxados e coluna ereta.
*Retorna apoia uma das mãos ao chão, e eleva a outra mão alongando a lateral, se
possível estende um pouco mais, mantendo os quadris no chão.
*Mãos nos joelhos, atenção nos ombros, inala e sobe os ombros, exala e solta,
descarrega a tensão e solta.
* Apoia as mãos para trás mantes os quadris no chão, e abre o peito inalando e olhando
para cima, deslizando as mãos para frente, soltando o ar arqueando e alongando as
vertebras, olhando lá pra baixo.
*mantem estabilidade na coluna, atenção no pescoço e desenha um círculo com a
ponta do nariz, em 5 movimentos de giros horários e anti horários.
* Mãos a frente fecha os dedos e gira punhos 5 movimentos horários e anti horários.
* alonga as pernas, estabiliza as mãos na linha da coluna, observa os pés, e gira os
tornozelos, 5 movimentos horários e anti horários.
Para a série de posturas importante manter a atenção em nós mesmos, seguindo em
todas as posturas e em cada estabilização completamos 5 RESPIRAÇÕES NASAIS
CONCENTRANDO AÇÃO NA POSTURA.

TADASANA- MONTANHA
Em pé, a postura de base, pés paralelos na largura do quadril,
dedos apontados para frente, mexa os dedos , e ative os
quatro cantos da sola dos seus pés. Firmeza nas pés, e
recolhendo o ventre aliviando a curvatura da lombar e
criando estabilidade pélvica, eleve o tórax, trazendo a região
do abdomem para dentro, ombros longe das orelhas, relaxa a
testa, e gira os ombros alinhando as escapulas, palmas das
mãos para frente. Estabiliza em 5 respirações
* Inclua a respiração SORPO HÁ após a ativação da
consciência da postura Tadasana.

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VIRABHADRASANA II – HEROI II
Pés paralelos e separados na distância
média de uma perna, Gire um dos pé 90
graus para fora, a outra perna eleva o
calcanhar ancorando o pé no chão em um
ângulo de 45-60 graus. Naturalmente seu
quadril mantem alinhado com a perna. Tome
alguns movimentos para ter a certeza da
estabilidade do quadril. Flexione o joelho,
alinhando com o tornozelo. Certificando a
coluna perpendicular ao chão, eleve os
braços na lateral e naturalmente afaste os
ombros das orelhas, palmas das mãos para
baixo, girando a cabeça para o mesmo lado
da perna flexionada, focalizando o olhar em um ponto no horizonte. Perceba o equilíbrio
entre duas pernas, facilitando a expansão do assoalho pélvico. Estabiliza em 5
respirações. Retorna e segue para o outro lado. Estabiliza em 3 respirações.
TRIKONASANA– TRIANGULO

Inicia com as pernas afastadas, na Inalação


eleva braços em T, inclinando o tronco para um
dos lados, mantendo os braços paralelos. Apoia
a mão de baixo na perna, e leva o olhar para a
mão de cima. Estabiliza em 3 respirações.
Retorna em T e segue para o outro lado.
Estabiliza em 5 respirações.

PARVOTANASANA - INTENSO ALONGAMENTO


LATERAL
Com os braços nas constas entrelaça os
dedos, gire os pés para a direita inala e cresce
o peito olhando para cima, na exalação faça
uma leve flexão com os joelhos solta os braços
e flexione o tronco lateral direita. Estabiliza 5
respirações. retorna ao centro e segue para a
esquerda. Estabiliza em 5 respirações.

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VRKASANA – ÁRVORE
Com os braços ao longo so corpo, leve atenção aos
seus pés enraizando os quatro cantos das solas. Eleve
um das pernas, alinhe sua coluna e antenha
estabilidade na perna da base, se possível eleve ainda
mais, em seguida eleve os braços. Estabiliza 3
respirações. Retorna, leves balanços com o tronco, e
segue para o outro lado. Estabiliza 3 respirações.

NATARAJASANA- DANÇARINO
Retorne a tenção a base, os pés, flexione um
dos joelhos aproximando o calcanhar da
nádega, eleve o braço contrário e permaneça, focalize o olhar em um ponto no
horizonte. Estabiliza 3 respirações. Segue para o outro lado. Estabiliza 3 respirações.

UTTANASANA- FLEXÃO DE PÉ COM AS PERNAS UNIDAS

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Volta a atenção na base, harmoniza sua postura na *Tadasana, Inala com as mãos na
cintura, mantem umbigo para dentro, flexionando o tronco, exalando e levando as
mãos lá no solo, se necessário mantem joelhos semiflexionados. Internalize seus sentidos e
Estabiliza 5 respirações. Empurrando o solo com os pés retorna, sobe desenrolando
vertebra por vertebra, a cabeça é a última que sobe.

MALASANA- COCORAS
Afaste as pernas, gire a ponta dos dedos um pouco para
fora, coluna alinha, direcione as mãos em prece, eleve os
calcanhares do chão, flexione os joelhos, descendo o
tronco até que pelve permaneça estável, ombros longe
das orelhas, pressionando as palmas das mãos. Estabiliza 5
respirações. Mãos atrás, e senta confortavelmente.

PARIPUNA NAVASANA- BARCO SENTADO


Seguindo esta estabilidade, com a
coluna ereta, mãos e os pés no chão
recolha o umbigo e incline-se para trás,
enraíze bem as mão e eleve os pés,
encontre seu equilíbrio, se possível segure
as coxas com as mãos, estendendo o
joelhos no seu conforto. Certifique-se se
observar o espaço na sua cervical e
pescoço. SEGURANÇA E CENTRAMENTO.
Estabiliza 5 respirações.

DANDASANA- BASTÃO
Estendas as pernas, apoie as mãos no chão e
organize os ísquios bem enraizados, alinhando
confortavelmente a coluna. Recolhendo as
costelas, elevando os braços e mantendo os
ombros relaxados. Estabiliza 5 respirações.

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JANUSIRSASANA- TESTA NO JOELHO
A partir da postura do bastão, enraíze os ísquios e posicione a sola de um dos pés na
lateral interna da coxa contrária. Contraia o baixo abdômen, alongando a coluna,
criando espaço na cintura, recolha o queixo, alonga a cervical e alinhe a cabeça com
o tronco. Estabiliza 5 respirações sentindo a respiração fluir livremente ao longo das
costas. Retorne gentilmente e repita o mesmo para com a outra perna.

PASCHIMOTHANASANA – PINÇA-
FLEXÃO PARA A FRENTE
Mantenha esta estabilização, e
traga os dedos dos pés para
cima, inala alonga a coluna,
exala recolha o baixo abdômen
e flexiona lentamente o tronco
para frente a partir do quadril,
mantendo os braços paralelos
com a coluna. Observa a cada
respiração experimentando relaxar os sentidos e a face nas 5 respirações.

ARDHA MATSYENDRASANA- TORÇÃO


Senta-se no chão, passe perna e apoia o
pé para o lado externo do outro joelho,
atente na coluna ereta e o peso
equilibrado nos ísquios, em seguida
abrace o joelho com a mão contraria,
certifique-se do peso estar distribuído nos
dois ísquios, apoia com a mão contraria
no chão, e olhe lá para trás, Estabiliza
em 5 respirações centrando na torção
abdominal. Retorna, na compensação. Segue para o outro lado.
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BHUJANGASANA – COBRA
Deitado de bruços, pernas
afastadas na largura do
quadril, peito dos pés no chão,
mãos ao lado da axilas, mãos
firmes no chão, ative uma leve
contração nos glúteos e o osso
púbico, rode os ombros para
trás. Inala e eleva o peito, olha
a frente, flexionando até seu conforto a coluna tirando se possível o umbigo do solo.
Estabiliza em 5 respirações

DHANURASANA – ARCO
Deitado de bruços, pernas afastadas na
largura do quadril, flexione os joelhos e
tornozelos, apontando a sola do pé para
o alto, aproximando os calcanhares dos
glúteos, até conseguir segurar nas
canelas. Pressione as coxas contra o chão
e contraia confortavelmente os glúteos e
fortaleça a estabilidade pélvica. Estabiliza
em 5 respirações.

APANASANA – JOELHOS NO PEITO


Deite-se de costas no chão, relaxe e
contraia nesta postura, flexione os
joelhos em direção ao peito, recolha
levemente o queixo, alongando a
cervical e posicionando a testa
paralela aos joelhos, aponte as solas
dos pés para o teto e abrace os
joelhos, observando esta massagem
nas vertebras, relaxe em 5 respirações profundas.

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SUPTA
PADANGUSTHASANA-
MÃOS NO PÉS e EM
MOVIMENTO
Deitados de costas no
chão, com as pernas
estendidas pés paralelos
ao chão, certifique-se que
sua coluna esteja
alinhada, eleve uma das
pernas e lentamente sem
retirar a cabeça do chão
segure aonde for
confortável, nas canelas e
se possível no pé. Estabiliza em 5 respirações profundas. Lentamente mantenha a
mesma perna estendida e posicione as mãos ao longo do copo, inicie movimentos em
círculos 10 horários e 10 anti horários. Retorne a perna, descanse. Repita o mesmo
procedimento para o outro lado.

SETUBANDHASANA - PONTE
Deite-se de costas, flexione os
joelhos, com os pés apoiados ao
solo na linha do quadril, estenda
os braços ao lado do corpo com
as palmas das mãos no chão,
tome algumas respirações, e
contraia a pelve, e lentamente
eleve o quadril e a coluna do
chão, vertebra por vertebra, até formar uma linha reta entre, joelhos pernas e o tronco.
Exale apoiando vertebra por vertebra no chão, até que sua coluna toque totalmente o
solo, certifique-se que sua lombar está tocando ao solo também, recolha o baixo
abdômen, repita este movimento 3 vezes, e na última Estabiliza em 5 respirações.

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JATHARA PARIVARTANASANA- TORÇÃO
DEITADO
Deitado de costas no chão, estenda os joelho,
abra os braços na linha dos ombros em “T” com
as mão viradas para baixo. Mantenha as
escapulas e os ombros estejam enraizadas no
chão, com a cervical alinhada, gire a cabeça
para o lado contrário das pernas. Permaneça
em longas respirações, expandindo as laterais do
tórax e sentindo a limpeza em toda região
torácica e órgãos internos.

HALASANA O ARADO
Deite-se de costas, com os
braços ao lado do corpo,
para das suporte na coluna,
alinhe a coluna, ombros longe
das orelhas, recolha o queixo,
alongando a cervical, traga
os joelhos e direção ao peito,
pressionando o chão com os cotovelos, eleva o quadril e sustenta com as mãos na
lombar, vai naturalmente impulsionando e dando mais conforto na sua postura
mantenha as pernas estendidas relaxe a face, gradativamente desça os pés, até apoiar
os dedos no chão. Estabiliza em 5 á 10 respirações. Retorne lentamente desenrolando
vertebra por vertebra.

MATSYASANA – PEIXE
Deitado de costas no chão, pernas estendidas, ou cruzadas. Palmas das mãos para
baixo, recolha o queixo, alongando a cervical e alinhando a testa paralela ao chão,
afaste os ombros das orelha e crie espaço entre as escapulas. Enraíze os pés, ajuste os
cotovelos e apoie as mãos em baixo dos glúteos, eleve toda coluna do solo e sustente
pelo topo da cabeça sem tensão na cervical e sim mantendo a força nos antebraços,

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permaneça no conforto. Estabiliza em 3 respirações. Retorne lentamente desenrolando
vertebra por vertebra.
BALASANA- CRIANÇA
Posicione-se com os joelhos no
chão, desloque o quadril para trás,
naturalmente aproximando os
ísquios nos calcanhares, abdômen
nas coxas e a testa no chão, braços
relaxados ao longo do corpo. Alinhe
os quadris com os joelhos e os
punhos com os ombros, inala e
exala, entregue o peso do corpo no
chão, permitindo que a onda suave de sua respiração flua livremente ao longo de suas
costas.

SHAVASANA - POSTURA DO RELAXAMENTO CONSCIENTE (10 MINUTOS)

Nesta postura permaneceremos no estado de relaxamento consciente por 10 a 20


minutos.
De contas entregue seu corpo ao solo, pernas entre abertas, os pés levemente
tombados para fora, palmas das mãos abertas para cima, feche os olhos suavemente,
suavize a expressão facial, Inale dos pés à cabeça, sentindo os pontos de contato do
seu corpo com o chão. Exale da cabeça aos pés, dissolvendo tensões e entregando
confortavelmente o peso do corpo ao solo. Repita este ciclo 3 vezes, sentindo plena
confiança no suporte acolhedor da terra.
Convide cada parte do corpo a relaxar...
Convide o recolhimento dos sentidos, sutilmente olfato, paladar, visão, tato e audição,
em preparação para uma harmonização dos chakras, sentindo o benefício ao longo da
prática de Asanas.
Ao terminar o relaxamento, observe lentamente seus membros, vire-se de lado, e tome
umas respirações se espreguiçando, retorne na posição sentada, e avalie sua prática.
28. MEDITAÇÃO

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Dedique o final de sua prática para a meditação, por pelo menos10 minutos e com o
naturalmente vai estendendo o tempo de permanência.
Para direcionar a mente ao estado meditativo:
- Usar os bija mantras
- Pranayamas
- Mudras

97
Autor: Osho - Tantra a suprema compreensão.
Autor: Laércio Fonseca - relacionamentos afetivos: Tantra, amor, sexo e espiritualidade
Autor: Swami Vivekananda - Karma yoga, a Educação da vontade
Autor: Yogue Ramacharáca - Raja Yoga, desenvolvimento mental, pela força do
pensamento
Autor: Swami Vivekananda – Quatro yogas de auto-realização
Autor: Swami Sivananda - A Essência da Yoga
Autor: Hermógenes - Auto perfeição com hatha yoga
Autor: Paramahansa Yogananda - Autobiografia de um yogue
Autor: Osho – Yoga, a ciência da alma

Leituras clássicas do yoga:


Bhagavad Gita, mensagem do mestre – Editora Pensamento
Os upanishads, sopro vital eterno - Editora Pensamento
Os Yoga sutra de Patañjali – Traduzido por Carlos Eduardo G. Barbosa
98
Sites recomendados:
https://www.vedantaonline.org/
https://www.advaita.com.br/
http://www.laerciofonseca.com.br/
http://www.shri-yoga-devi.org/
http://www.osho.com/pt/
https://www.yogananda-srf.org/
http://pontoholistico.blogspot.com.br/ - Possui vários livros para baixar grátis

Playlists de yoga para ouvir:


https://www.youtube.com/watch?v=VcwF7jhwC_8
https://www.youtube.com/watch?v=Ou2KfQOaoUA&t=1565s
https://www.youtube.com/watch?v=ZuCF3-BZFq4
https://www.youtube.com/watch?v=2dVyPvdMtwg&t=4057s

Leitura dos Chakras:


Responda a cada pergunta o melhor que puder, com seus pontos respetivamente:
N= Nunca (1) I=Insuficiente (1)
R= Raramente (2) M= Médio (2)
F= Frequentemente (3) B= Bom (3)
S= Sempre (4) E= Exelente (4)

Somar os pontos relativos a cada chakra e compará-los.


CHAKRA 1: Terra; Sobrevivência; aterramento Resposta Pontuação
- Com que frequência você caminha em um bosque ou NRFS
parques, ou tem outro tipo de contato com a natureza?
- Com que frequência pratico exercícios NRFS
intencionalmente? (Yoga, Tai chi, Kung fu; Danças etc.)
- Como você avalia sua saúde física? IMBE
- Como é o seu relacionamento com dinheiro e trabalho? N RFS
- Você se considera bem aterrado? N RFS
Você ama seu corpo? N RFS
Você sente que tem o direito de estar aqui? N RFS

CHAKRA 2: Água; emoções; sexualidade Resposta Pontuação


Como você avalia sua capacidade de sentir e expressar IMBE
suas emoções?
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Como avalia sua vida sexual? IMBE
Quanto tempo de sua vida você dedica aos prazeres N RFS
simples? (permitir desfrutar-los)
Como pontua sua flexibilidade física? IMBE
Você cuida e se deixa cuidar de maneira equilibrada? N RFS
Você sente culpa em relação aos seus sentimentos? N RFS
(sexualidade, desejos ligados a situações ao longo de sua
vida)?
Como avalia sua adaptabilidade/ fluidez? IMBE

CHAKRA 3: Fogo; Poder; vontade Resposta Pontuação


Como você avalia seu nível de energia em geral? IMBE
Como avalia seu metabolismo/digestão? IMBE
Você realiza o que se propõe a fazer? N RFS
Você se sente confiante? N RFS
Você fica a vontade em ser diferente ( se preciso) dos N RFS
demais em determinadas situações?
Os outros o intimidam? SFRN
Você é confiável? N RFS

CHAKRA 4: Ar; amor; relacionamentos Resposta Pontuação


Você se ama? N RFS
Você teve relacionamentos longos bem-sucedidos? N RFS
Você é capaz de aceitar os outros como são? N RFS
Você se sente conectado com o mundo ao seu redor? N RFS
Você tem muita mágoa no coração? SFRN
Você sente compaixão por quem tem falhas e N RFS
problemas?
Você é capaz de perder ofensas passadas de terceiros? N RFS

Chacra 5: Som; comunicação; criatividade Resposta Pontuação


Você é um bom ouvinte? N RFS
Você é capaz de se expressar idéias de modo que os N RFS
outros entendam?
Você fala a verdade fielmente, usando franqueza N RFS
quando necessário?
Você é criativo em sua vida? (não restrito a atividade N RFS
artística, pode ser criativo em qualquer coisa, por a mesa,
escrever aos amigos, etc...)
Você está envolvido em algum tipo de arte? Pitura, N RFS
dança, canto, etc.)
Você tem uma voz pontente? N RFS
você se sente “em sintonia” com a vida? N RFS

CHACRA 6: Luz, intuição, visão Resposta Pontuação


Você percebe detalhes visuais sutis em seu ambiente? N RFS
Você tem sonhos vívidos ( e se lembra deles)? N RFS

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Você tem experiências extra-sensoriais? (intuição precisa N RFS
visão de áuras, pressentimentos de acontecimentos
futuros, etc.)
Você consegue imaginar novas possibilidade como N RFS
solução de problemas?
Você conseguem enxergar os temas míticos (o contexto N RFS
maior) de sua vida?
Como você pontuaria sua capacidade de visualizar? IMBE
Você tem uma visão pessoal que oriente a sua vida? NRFS

CHAKRA 7: Pensamentos (insigths) ; percepção; Resposta Pontuação


sabedoria; inteligência universal
Você medita? N RFS
Você sente uma fonte conexão com algum tipo de poder N RFS
mais elevado ou maior (Deus, universo, energia cósmico
etc.)?
Você é capaz de elaborar o apego e livrar-se dele com N RFS
facilidade? (Situações, pessoas e matéria)
Você aprende rapidamente e com facilidade? N RFS
Sua vida tem algum sentindo relevante, além de N RFS
gratificação pessoal/personalidade (o motivo maior de
sua existência)?
Você gosta de ler e absorver novas informações em N RFS
relação a vida espiritual e existência terrestre?
Você está aberto a outras formas de pensar e de ser? N RFS

RESUTADO
Os totais de 22-28 indicam um chakra forte
Os totais de 13-21 indicam um chakra médio
Os totais de 7-12 indicam um chakra fraco
No entanto é importante a distribuição. Compare o resultado entre as diversas partes.
Além os chakras mais fortes e mais fracos, existem algum padrão de distribuição, como
totais mais altos nos chakras superiores ou nos inferiores ou centrais? Esse padrão
coincidem com a visão que você tem de si mesmo?

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