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O tema escolhido para este DIÁLOGO MAÇÔNICO (DM) não o foi por mero acaso,
mas pelo fato de há um ano, exatamente no dia 25 de outubro de 2020, termos
lançado o primeiro DIÁLOGO MAÇÔNICO1 de nossa lavra, iniciando à
implementação do projeto que havíamos planejado há algum tempo, antes
daquela data, conforme explicitamos na apresentação, como consta dos dois
primeiros parágrafos, que reproduzimos, literalmente:
Estamos iniciando a materialização de um projeto idealizado há algum tempo, que é
o de escrever peças de arquitetura maçônica, com possível citação de outros autores,
sobre temas que entendemos ser relevantes ou esclarecedores, haja vista que
sempre somos demandados por Irmãos que apresentam dúvidas maçônicas e graças
ao Grande Arquiteto do Universo temos tido condições de prestar auxílio, na maioria
das vezes.
Batizamos essas peças maçônicas com o título de DIÁLOGOS MAÇÔNICOS, que serão
numerados sequencialmente.
Vejam que dissemos "com possível citação de outros autores", isto porque as peças
foram idealizadas e escritas em função de nossa passagem pela senda maçônica,
desde 06 de junho de 1989, data de nossa Iniciação.
Assim, quando for necessário, citaremos o autor, colocaremos o trecho entre aspas,
se for literal, mas a peça será de nossa autoria.
Adentrando no tema deste DM, cremos ser interessante, até para recordar,
apresentar algumas características de nossa Ordem.
Não é demais salientar, ainda, sem exaurir o tema, que a Maçonaria proclama: a
existência de um princípio criador: o Grande Arquiteto do Universo; a divisão da
Maçonaria Simbólica em três graus; a manutenção das Três Grandes Luzes da
Maçonaria: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, sempre à vista, em todas
as Sessões das Lojas.
A Maçonaria é Iniciática, mas o que significa iniciar? Initiare (de início, começo) -
deriva de duas outras palavras: in (=para dentro) e ire (=ir), então, podemos
afirmar que iniciar quer dizer ir para dentro, penetrar no interior e começar de
novo.
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DIÁLOGO MAÇÔNICO Nº 001, de 25 de outubro de 2020, titulado O MALHETE E O SEU MANEJO.
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Texto extraído do artigo 1º da Constituição do Grande Oriente do Brasil.
Dessa forma, Iniciação pode ser definida como sendo o ingresso no mundo interno
para começar uma nova vida, na busca de uma renovação das atitudes,
aprimorando o caráter; um acordar das faculdades latentes da alma; orientação
dos impulsos para o bem e para a virtude; ou seja, seria o “nascimento” de um
novo ser, mesmo que o anterior já fosse limpo e puro.
A Maçonaria “é filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal
de nenhuma classe, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos se
destinam ao bem-estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo,
religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação
espiritual e pela tranquilidade da consciência”.
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Assertiva, assim como outras citadas neste DIÁLOGO MAÇÔNICO, extraída do site do Grande
Oriente do Brasil no seguinte endereço: www.gob.org.br/o-que-e-maconaria/
E virtude, o que é para a Maçonaria? “A Maçonaria entende que virtude é a força
de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o cumprimento de nossos deveres
para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal. Em
resumo: a virtude não retrocede nem ante o sacrifício e nem mesmo ante a morte,
quando se trata do cumprimento do dever.”
Contudo, a Maçonaria não é uma religião, pois tem por objetivo unir os homens
em um sentido mais amplo e elevado do termo. Nesse esforço de união, admite
como membro pessoas de todos os credos religiosos, sem distinção alguma. Mas,
não é demais lembrar que para pertencer à Maçonaria é essencial que se creia na
existência de um princípio Criador.
Outra questão que sempre se apresenta, mas que todos nós, Maçons, sabemos é
a de que a Maçonaria não é uma sociedade secreta, pois sua existência é
largamente conhecida. Dessa forma, “as autoridades de vários países lhe
concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em
dicionários, enciclopédias, livros de história etc. O único segredo que existe e não
se conhece senão por meio do ingresso na instituição, são os meios para se
reconhecer os Maçons entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de
interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.”
Podemos afirmar que o Templo Maçônico deve ser para o “verdadeiro” Maçom,
isto é, para aquele que realmente entendeu o que é Maçonaria, um local sagrado,
de respeito, onde o amor e os sentimentos nobres devem estar presentes, local
que expressões agressivas, deselegantes e, principalmente, de baixo calão jamais
devem ser pronunciadas.
Todos os Maçons sabem que para pertencer a nossa Augusta Ordem é necessário,
além de crer na existência de um princípio Criador, como dito mais acima, ser
livre e de bons costumes, ser consciente de seus deveres para com a Pátria, seus
semelhantes e consigo mesmo; ter uma profissão ou meio de vida que lhe propicie
sobrevivência sobre o aspecto material, lícito e honrado, de forma a lhe permitir
prover suas necessidades pessoais e de sua família e a sustentação das obras
sociais da Instituição.
Observação:
No DIÁLOGO MAÇÔNICO Nº 044 daremos continuidade ao tema, com a parte II, no qual
abordaremos questões envolvendo a preparação e aceitação de um candidato, os benefícios de ser
Maçom, para ao final apresentarmos a devida conclusão do tema proposto – SER MAÇOM.