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O PAINEL

DO
COMPANHEIRO MAÇOM

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO


PRATICADO NO BRASIL
AGRADECIMENTOS

Ao Grande Arquiteto do Universo.


Aos Irmãos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a concretização do presente
trabalho.
Àqueles que vierem depois, dispostos a criticar.

PAINEL DE COMPANHEIRO MAÇOM

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO1


1
Esse Painel era para ser utilizado por todas as Lojas Simbólicas do Brasil que trabalham no Rito
Escocês Antigo e Aceito. Isto, independentemente de Potências Maçônicas, tais como: Grande
AS FIGURAS

01) – Sol;
02) – Lua e Nuvens;
03) – Pedra Bruta;
04) – Maço e Cinzel;
05) – A Corda de Sete Nós;
06) – O Prumo;
07) – O Nível;
08) – O Esquadro e o Compasso;
09) – A Estrela Flamejante;
10) – As Colunas “J” e “B”;
11) – As Sete Estrelas;
12) – Os Cinco Degraus;
13) – A Porta;
14) – Pedra Polida;
15) – Os Globos(Terrestre & Celeste)
16) – As Três Janelas;
17) – A Prancheta;
18) – A Trolha;
19) – A Alavanca e a Régua de Vinte e Quatro Polegadas;
20) – A Espada;
21) – O Pavimento Mosaico.

Como metodologia para o estudo dos símbolos contidos no presente trabalho, o mesmo será
divido em três grupos:

1º GRUPO
OS SÍMBOLOS JÁ ESTUDADOS NO 1º GRAU E QUE REQUEREM
APENAS UMA SÍNTESE PARA EFEITO DE FIXAÇÃO

• A Orla de Denteada;
• O Pavimento Mosaico;
• O Pórtico e o Delta;
• As Três Janelas;
• O Maço;
• O Cinzel;

Oriente do Brasil(G.O.B.), as Grandes Lojas(C.M.S.B.) e os Grandes Orientes Estaduais,


confederados a Confederação da Maçonaria do Brasil(COMAB).
• A Pedra Bruta;
• A Prancheta;
• O Esquadro e o Compasso2;
• O Nível;
• O Prumo;
• A Pedra Polida;
• O Sol, a Lua e as Estrelas.

2º GRUPO
OS SÍMBOLOS JÁ ESTUDADOS QUE DEMANDAM UM APROFUNDAMENTO

• As Colunas “B” e “J” e os seus Capitéis; e


• A Pedra Polida.

3º GRUPO
OS ELEMENTOS NOVOS
• Os Cinco Degraus;
• A Espada;
• A Alavanca;
• A Estrela Flamejante;
• A Letra “G”;
• Os Globos.

Geralmente, o Grau de Companheiro é considerado um grau intermediário e talvez por isso


pouquíssimas vezes são as sessões abertas diretamente no 2º Grau. Daí decorre que esse
importante grau maçônico é descurado e relevantes conhecimentos por ele preconizados não
são devidamente estudados e assimilados.

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O Esquadro e o Compasso no 2º Grau devem apresentar-se entrelaçados, com o ramo direito do
Esquadro sobre a haste direita do Compasso, tal como no Grau de Aprendiz, mas com a haste
esquerda do Compasso livre, sobre o ramo esquerdo do esquadro.
Essa posição entrelaçada simboliza que ao contrário do Aprendiz, em que a matéria ainda prevalecia
sobre o espírito, o Companheiro já alcançou um estágio evolutivo de equilíbrio entre materialidade e
espiritualidade.
A haste livre do Compasso pretende demonstrar que a mente turvada por preconceitos e convenções
que impediam o Aprendiz de livremente pesquisar e procurar a verdade, começa a se abrir e o
Companheiro, já com certa liberdade de raciocínio, encontra-se no caminho para se tornar um
verdadeiro livre-pensador, que lhe possibilitará a encontrar a verdade.
Um Aprendiz que trabalhou na Pedra Bruta com entusiasmo e dedicação, se não levar esse
mesmo entusiasmo e essa mesma dedicação para o trabalho na Pedra Polida, no 2º grau,
poderá não estar suficientemente instrumetalizado para a grande transformação que deverá se
processar no 3º Grau e que leva alguns maçons a se transformarem em verdadeiros maçons,
construtores sociais que atingiram um tal estágio de compreensão dos mistérios maçônicos que
os poderá levar à descoberta do grande e intransmissível segredo da Maçonaria.
Faremos agora algumas observações sobre cada elemento que compõe os painéis do Grau de
Companheiro, sem a presunção de excluí-los ou de considerá-las as mais corretas, posto que a
verdade é algo tão complexo que seria temeroso alguém se julgar como seu detentor.
O simbolismo maçônico é muito rico em interpretações e cada um deve buscar aquela que
melhor se coaduna com seus princípios intelectuais, morais, filosóficos e religiosos.
O objetivo principal é o de estimular os irmãos que por ventura tenham acesso a este trabalho a
uma reflexão mais aprofundada sobre os símbolos e alegorias de nossa Ordem.

OS ELEMENTOS JÁ ESTUDADOS NO 1º GRAU

Sinteticamente, o significado dos símbolos presentes nos Painéis de Companheiro e já


estudados no 1º Grau é o seguinte:
I - Orla Denteada: - Simboliza a atração universal, através da fraternidade;
II - Pavimento Mosaico: - Simboliza a harmonia dos contrários;
III - Pórtico: - Representa o umbral da luz;
IV - Delta: - Representa a Divindade;
V - Três Janelas: - Representam as Três Luzes da Loja3: o Venerável Mestre, o 1º Vigilante e o
2º Vigilante;
VI - Maço: - Simboliza a vontade;
VII - Cinzel: - Simboliza a inteligência;
VIII - Régua de 24 Polegadas: - Representa a divisão do dia entre trabalho, repouso e estudo;
IX – Pedra Bruta: - Representa os aprendizes;
X - Prancheta: - Representa os mestres;
XI - Esquadro: - Simboliza a retidão, a moralidade e a matéria;
XII - Compasso: - Simboliza a justiça, o espírito;
XIII - Nível: - Simboliza a igualdade;
XIV - Prumo: - Simboliza o equilíbrio, a prudência e a retidão.
coragem, a lealdade e a honra;
XV - Sol e a Lua: - Simbolizam o antagonismo da natureza que gera o equilíbrio, pela
conciliação dos contrários;

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Isto no Rito Escocês Antigo e Aceito. Já no Craft, o Venerável Mestre e seus respectivos Vigilantes,
são denominados de Principais Oficiais.
XVI – As Estrelas: - Quando em número de sete representam o número mínimo de irmãos que
deverão estar presentes para se abrir uma loja e ainda as sete Artes e Ciências Liberais da
antiguidade. Quando em número superior representa a universalidade da Maçonaria.
XVII – A Pedra Polida: - Representa o Companheiro. Simboliza o homem desbastado e polido
de suas asperezas.

OS SÍMBOLOS JÁ ESTUDADOS QUE DEMANDAM UM APROFUNDAMENTO

I - As colunas “B” e “J” e os seus capitéis devem ser observadas as seguintes características:
• A ordem de arquitetura utilizada é a egípcia;
• Apresentam as letras “B” e “J” em seus respectivos fustes, em caracteres latinos; e
• Nos capitéis estão representados por um globo em cada das Colunas.
II - A Pedra Polida: - No trabalho anterior atinente a o painel de Aprendiz, vimos que a Pedra
Polida representa o Companheiro, simbolizando o homem desbastado, educado, polido,
instruído e conseqüentemente pronto para ocupar o seu lugar na construção social a que o
maçom se propõe.

OS ELEMENTOS NOVOS

Os Cinco Degraus: - Em todas as religiões as escadas com seus degraus funcionam como
uma escala, relacionada sempre à evolução, à iniciação e a luz do conhecimento, razão pela
qual são sempre representadas em direção ao alto, em sentido ascendente.
No Painel do 2º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito há cinco degraus, tal como a Escada em
Caracol do painel(Tábua de Delinear ou de Traçar) do Irmão John Harris, conduz à Câmara
do Meio.
A Corda com Nove Nós: - Uma corda com nove nós emoldura o Painel do Rito Escocês Antigo
e Aceito utilizado pelas lojas francesas e adotado por algumas Potências Maçônicas Brasileiras.
Alguns estudiosos da cultura maçônica, interpretam a cada um de nove nós como sendo:
trabalho, caridade, família, união, espiritualidade, igualdade, sinceridade, saber e sigilo.
Porém, ao nosso ver a Corda de Nove Nós representa na verdade, a Corda de Oitenta e Um
Nós, elemento já estudo no trabalho referente ao 1º Grau, que simboliza a Cadeia de União, o
profundo e indissolúvel sentimento de união fraterna que une todos os maçons.
• A Alavanca: - Alavanca é uma barra de ferro ou madeira, bem rígida, empregada para mover
ou levantar grandes pesos e que necessita, para operá-la, de um ponto de apoio ou fulcro e de
uma força ou potência, para que possa vencer a resistência.
A Alavanca é símbolo da força, da firmeza da alma, da coragem inquebrantável do homem
independente, do poder invencível que desenvolve o amor pela liberdade e do poder do
trabalho, serve para vencer a resistência da inércia e possibilita o desempenho de grandes
tarefas.
Mesmo nos casos em que a resistência é grande, com o emprego de uma alavanca adequada é
possível vencer aquela com um mínimo de esforço, razão pela qual se pode dizer que esse
instrumento é muito poderoso e, para bem empregá-lo, há que se dosar a força e a inteligência.
Sob o ponto de vista intelectual, a alavanca exprime a segurança da lógica e a força da
vontade, que se tornam irresistíveis quando emanam da inteligência isenta e da justiça. É
também a imagem da filosofia, cujos princípios invariáveis não permitem fantasias nem
superstições.
• A Espada4: - Próxima a Coluna “J” encontra-se uma espada. Primeiramente, pela posição em
que se encontra poder-se-ia dizer que a espada é uma representação do Cobridor(Guarda
Interno), encarregado da segurança do templo maçônico.
• Os Globos5: - Acima de cada Coluna “J” e “B”, existe um globo. Na Coluna “B” está inserido
um globo representando a Terra e na Coluna “J” está inserido um globo 6 representando o
Universo.
• A Estrela Flamejante: - Antes de tudo, consideremos a divergência existente entre os
diversos rituais, quanto ao nome mais apropriado para a Estrela:
O Ritual do R.E.A.A. adotado pela GLME/PB usa unicamente o termo “estrela flamejante”;
O Ritual do R.E.A.A. adotado pelo G.O.B. usa unicamente o termo “estrela flamígera”;
O Ritual do R.E.A.A. adotado pela GLME/RJ usa unicamente o termo “estrela flamejante”;
O Ritual do R.E.A.A. do GOE/RJ usa alternadamente o termo “estrela flamejante ou “estrela
flamígera”.
Destarte, utiliza-se quatro diferentes adjetivos para a estrela: flamejante, rutilante, brilhante e
flamígera.
Brilhante é o adjetivo empregado pelo Craft7 para descrever a estrela do painel do Grau de
Aprendiz.
Rutilante é o adjetivo utilizado pelo Rito Adonhiramita para descrever a Estrela de Cinco
Pontas presente painel de companheiro.
Flamejante e flamígera derivam, respectivamente, do latim flammantis, que significa “que
expele chamas” e flammigerus, “que gera chamas”. Destarte, no ponto de vista deste
articulista, tanto faz que se chame a estrela de flamejante ou de flamígera. É simplesmente uma
questão de gosto pessoal e, como dia à sabedoria popular, “gosto não se discute”.
Desde 1.898 a estrela é chamada de flamígera nos rituais do G.O.B.

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A Espada primitivamente simbolizava a igualdade, posto que só os nobres e os titulares de
determinados ofícios(profissão) tinham o direito de a trazer em público, enquanto nas Lojas
Maçônicas todos os Irmãos, sem distinção de sua posição social, tinham o direito de portá-la. Em
Loja o porte da Espada igualava o plebeu ao nobre. De símbolo da igualdade, passou a representar o
Poder e a Autoridade.
5
Pesquisei vários rituais do Rito Escocês Antigo e Aceito utilizados por diversas Potências
Maçônicas do Brasil e nada encontrei cm relação aos globos.
6
Os Globos são típicos, tanto da Maçonaria Inglesa e bem como da Norte-americana.
7
Sistema Ritualístico Inglês, erroneamente denominado no Brasil como se fosse o Rito de York.
A estrela flamígera é o símbolo distintivo do Grau de Companheiro, que conhece a fórmula
“E∴∴v∴ ∴a∴ ∴e∴∴f∴∴”.
Esse símbolo, conquanto esteja presente em quase todos os Ritos, não tem um significado
uniforme, variando a sua interpretação em função do Rito.
A Letra “G”: - Para os maçons operativos britânicos, a letra “G” significava apenas
Geometry(Geometria), ciência que tinha importância capital na construção dos edifícios, razão
pela qual era um dos grandes segredos da arte de construir e, por conseguinte, não acessível
aos iniciados, podendo-se dizer que Geometria era uma espécie de sinônimo de Maçonaria.
Quando da transformação da Maçonaria operativa em especulativa, todos os instrumentos
utilizados na construção passaram a ter um significado simbólico, de cunho moral.
Assim, associou-se a construção de edifícios através da Geometria com a construção do
universo através da ciência divina. Os maçons operativos construíam edifícios; os maçons
especulativos construíam a sociedade; e Deus tudo construiu.
Dessa forma, “G” de Geometry(Geometria) passou a significar também God(Deus), mas com
um único sentido, o de Deus, pois d mesma forma que os maçons eram os geômetras das
construções, Deus era o Grande Geômetra do Universo, forma pela qual a divindade é
denominada até os nossos dias pela Maçonaria inglesa, através do Craft.
Como sabemos, o Rito Escocês Antigo e Aceito foi criado na França, onde a Maçonaria inglesa
foi alterada não só em sua dinâmica mas, sobretudo, em sua filosofia, o que resultou na criação
de inúmeros Ritos.
Na França, a letra “G” ganhou novos significados além de Deus e Geometria, passando a ser
chamada primeiramente de Gênio, depois de Geração e Gnose e por último Gravitação ou
Gravidade, significados atualmente empregados pelas potências maçônicas brasileiras para o
Rito Escocês Antigo e Aceito. Para o Rito Francês ou Moderno, a letra “G” possui esses
mesmos significados, exceto Deus, por se tratar de um Rito agnóstico.
ADENDO

O PAINEL INADEQUADO
O PAINEL DE JOHN HARRIS8

UTILIZADO PELAS LOJAS DO CRAFT INGLÊS

8
Esse Painel é exclusivo do Craft(Sistema Ritualístico Inglês). Infelizmente, é utilizado pela maioria
das Lojas Simbólicas que trabalham no Rito Escocês Antigo e Aceito. Pelo menos, as das Grandes
Lojas.
ELEMENTOS CONTIDOS

• O Rio e a Espiga de Trigo;


• As Colunas “B” e “J” e os seus Capitéis(com globos);
• O Pórtico;
• As Figuras Humanas;
• O Prumo, o Nível e o Esquadro;
• A Escada em Caracol;
• A Estrela Flamejante;
• A Câmara do Meio;
• O Pórtico e as Inscrições em Hebraico;
• As Colunas;
• O Sancto Sanctorum e os Degraus.

DEFINIÇÕES

O RIO E A ESPIGA DE TRIGO: - Representam a Palavra de Passe do Companheiro, pinçada


da guerra entre os Gileaditas liderados por Jefté e os Efraimitas, ocorrida cerca de 150 anos
antes da construção do Templo de Jerusalém e narrada na Bíblia em Juízes 12:1-6. A Palavra
de Passe do Companheiro Maçom é Schiboleth que significa “Abundância”, “Fartura”.
Enquanto que Shibolet significa “curso dágua” – “rio” – “queda dágua”.
AS COLUNAS B e J: - As Colunas B e J mediam aproximadamente cada uma, 8 a 9,5 metros
de altura. Segundo relato contido na Bíblia, elas eram ocas e feitas em bronze. Na Coluna do
lado Norte foi inserida a letra “B” que significava Boaz em homenagem a um ancestral do rei
Salomão. Na Coluna do lado Sul foi inserida a letra “J” que significava Jaquim em homenagem
a um Sumo Sacerdote Adjunto, que ajudou Hiran Abif9 nos trabalhos de edificação do templo.
O PÓRTICO: - O Pórtico era a entrada para a Câmara do Meio, a entrada por onde se tinha
acesso ao Sancto Sanctorum ou Santo dos Santos.
AS FIGURAS HUMANAS: - A primeira figura humana (a de maior relevo inserida na Tábua
de Delinear), é o 2º Vigilante. Segundo o relato da lenda bíblica/maçônica, o 2º Vigilante ficava
ao pé da Escada em Caracol que conduzia a Câmara do Meio para impedir que obreiros não
qualificados adentrassem a Câmara do Meio. No Craft 10 , os Companheiros recebem seus
salários na Câmara do Meio, ao contrário do Rito Escocês Antigo e Aceito que recebem seus
salários ao pé da Coluna “J”. No pé da Escada em Caracol, o 2º Vigilante interceptava os

9
Isso é lenda, ou seja, nunca existiu de verdade.
10
Sistema Ritualístico Inglês, onde o ritual mais praticado é de Emulação.
Companheiros e lhe fazia o telhamento11 de praxe, ou seja, lhes exigia o Toque a Palavra de
Passe e a Palavra Sagrada.
A segunda figura inserida na Tábua de Delinear, é o 1º Vigilante. O 1º Vigilante encontra-se
dentro do Sancto Sanctorum (Santo dos Santos). O 1º Vigilante se encontrava no Sancto
Sanctorum para reforçar o telhamento feito aos Companheiros, onde o mesmo da mesma forma
anterior exigia dos obreiros o Toque, a Palavra de Passe e a Palavra Sagrada. Só assim, os
obreiros poderiam receber seus salários.
O PRUMO, O NÍVEL E O ESQUADRO: - O Prumo simboliza o Equilíbrio, a Prudência e a
Retidão que deve existir em cada Companheiro; o Nível simboliza a igualdade; o Esquadro
simboliza a Retidão, a Moralidade.
A ESCADA EM CARACOL: - Era o caminho que dava acesso para os Companheiros chegar a
Câmara do Meio. Alguns autores afirmam que a Escada em Caracol era dividida em três lances
de degraus, constituído da seguinte forma: três cinco e sete. Três governam a Loja (Mestre da
Loja e os Vigilantes); Cinco que constitui (Mestre da Loja, os Vigilantes e dois
Companheiros) e Sete (sete ou mais tornam uma Loja perfeita).
A ESTRELA FLAMEJANTE E A LETRA G: - A Estrela Flamejante (Estrela de Seis Pontas –
Estrela Hexagonal) expandindo chamas, simboliza a sabedoria. A letra G simplesmente
significa Geometria.
A CÂMARA DO MEIO: - Era o local onde os Companheiros recebiam seus salários, depois de
devidamente telhados, ou seja, teriam que dá o Toque, a Palavra de Passe e a Palavra
Sagrada, tanto ao 2º Vigilante quanto ao 1º Vigilante.
O PÓRTICO E AS INSCRIÇÕES EM HEBRAICO: - O Pórtico era a entrada que dava acesso a
Câmara do Meio. As inscrições em hebraico são as quatro letras que formam o “Tetragrama
Sagrado”, o nome inefável de Deus, que os judeus os substituíram, na leitura das Sagradas
Escrituras, por Adonai que significa Senhor.
Da direita para a esquerda, como é feita à leitura em hebraico, têm-se as letras Iod – He – Vau
– He, correspondente em nosso alfabeto a: Y, J ou I – H W ou V – H.
AS COLUNAS: - Simplesmente era utilizadas para ornamentar o caminho que dava acesso ao
Sancto Sanctorum que era o local privativo dos Mestres12.
SANCTO SANCTORUM: - O Sancto Sanctorum ou Santo dos Santos, era privativo dos Mestres,
pois nele se realizavam os mais elevados e sagrados ritos iniciáticos para ascender ao 3º
Grau13.
OS DEGRAUS: - Os degraus de acesso ao Sancto Sanctorum estão divididos em dois lanço de
quatro e três, totalizando sete degraus.
Os quatro primeiros degraus simbolizam a Força, o Trabalho, a Ciência e a Virtude e os três
últimos representam a Pureza, a Luz e a Verdade.
11
Outros chamam de “trolhamento”. Este articulista prefere o termo “telhamento”, por ser no seu
ponto de vista o mais correto.
12
É lenda maçônica.
13
Também é lenda maçônica.
FONTES LITERÁRIAS:
1. ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, 4 Volumes,
Editora Arte Nova. Rio de Janeiro, RJ.
2. CASTELLANI, José. Caderno de Estudos Maçônicos. Volume 2. Editora Maçônica "A
TROLHA". Londrina, PR.
3. CHARLIER, Rene Joseph. Pequeno Ensaio de Simbólica Maçônica. Edições E. D. O.
Ribeirão Preto, SP.
4. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio, Editora Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, RJ.
5. FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio. Dicionário de Maçonaria. Editora Pensamento. São
Paulo, SP.
6. MELLOR, Alec. Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons. Editora Martins
Fontes. São Paulo, SP.
FILHO, Theobaldo Varoli. Curso de Maçonaria Simbólica – Companheiro – (II Tomo). A Gazeta
Maçônica, SP.
CASTELLANI, José. Liturgia e Ritualística do Grau de Companheiro Maçom(EM TODOS OS
RITOS). A Gazeta Maçônica, SP.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Olanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Editora Nova
Fronteira,RJ.

(*) Sérgio Roberto Cavalcante é membro ativo e regular da Augusta e Respeitável Loja
Simbólica “Cavaleiros do Sol nº 42” da jurisdição da Grande Loja Maçônica do Estado da
Paraíba.

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