A História da Palavra de Passe:

Agradecimentos:

Primeiramente agradeço ao Grande Arquiteto do Universo; por ter me dado a oportunidade

de nascer nesta loja tão justa e perfeita; ao nosso V.’.M.’.; 1º Vigilante, 2º Vigilante; demais
queridos e amados IIr.’. por terem me recebido de portas abertas; aos nobres IIr.’. que
chegam e pelos que aqui já estavam presentes antes de minha iniciação; enfim a todos que
compõem o corpo desta grandiosa loja na qual nos encontramos em reuniões quinzenais de
forma J.’.P.’. Um T.’.F.’.A.’. a todos; a Honra e Glória do G.’.A.’.D.’.U.’.

Introdução:

A História da palavra de passe no grau de companheiro; foi retirada das sagradas

escrituras, mais propriamente dito do Velho Testamento, Livro de Juízes – cap.12. 1-7; com
a necessidade de se comunicar entre Jefté(famoso General Gideadita) e o exército dos
Efraimitas na travessia do Rio Jordão; em virtude da guerra no processo de seleção; através
da identificação do defeito vocal; na qual os efraimitas não conseguiam pronunciar a palavra
schibolet(com chiado); mas da forma errônea schibotet(sibolet); as Escrituras Sagradas
informam que morreram aproximadamente 42 mil efraimitas no campo de batalha.

Desenvolvimento:

Segundo estudos realizados; a História da palavra de passe do companheiro maçom; foi

retirada das Sagradas Escrituras; mais precisamente do Velho Testamento, Livro dos Juízes –
Cap.12. 1-7.

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 Além do sentido literal de uma palavra que serve como uma senha para a Maçonaria;
Schibolet; é uma profunda alegoria iniciática no grau de companheiro.
Segue o relato histórico bíblico que os introdutores maçônicos especulativos deram a nossa
Augusta e Perfeita Ordem.
O fato se deu na época em que um Exército dos Efraimitas atravessavam o Rio Jordão
para combater Jefté; famoso General da Gleadita.
A desavença originou-se do fato de não serem os Efraimitas convidados a participar da
honra da guerra amonita; pois eles eram turbulentos e se empenharam na destruição dos
gileaditas.
Jefté; tentou por todos os meios; contornar a crise em busca da paz; mas na possibilidade;
aceitou o desafio; lutou, venceu e derrotou os Efraimitas; pondo-os em fuga; em forma de
segurança, enviou destacamentos para guardar as passagens do Rio Jordão; por onde
tentariam que retornar a seu país.
Determinou para que; todo fugitivo que tentasse retornar fosse executado; como os
Efraimitas eram ousados, usaram de todos os meios para tentar enganar os soldados de Jefté;
mas por defeito vocal(sotaque); os Efraimitas não podiam pronunciar a palavra Schibolet;
diziam sibolet.
Esse defeito vocal; foi usado por Jefté e todos que tentavam ultrapassar o Rio Jordão;
pronunciando Sibolet eram mortos; as Escrituras Sagradas informam que morreram no
campo de batalha e na tentativa de regresso; 42 mil Efraimitas.
Com a palavra Schibolet; resultou uma senha segura; pois o Rei Salomão passou a usá-la
posteriormente; como Palavra de Passe para os Companheiros; na época da Maçonaria
Operativa; principalmente na construção do Templo de Salomão.
Palavra esta que foi adotada pela Maçonaria; tanto pela sua origem histórica, como pelo
seu significado; apesar de sua origem hebraica; a forma de grafia; difere um pouco entre os
maçons de varias nacionalidades; nas Escrituras Sagradas por exemplo; a versão brasileira
vem escrita como “Chibolete”; originalmente deveria ser escrita “Schibboleth”;mas, há
outras formas; tais como: shibbolet,chibollet,shibolet,cibolet,etc.
O “valor da palavra de passe está na sua pronuncia e não na escrita”; pois em certas
línguas; como o italiano por exemplo; o “CH” é pronunciado com “Q”; portanto a palavra
seria alterada para “quibolet”; na qual desnaturaria a sua função; já na forma original; a
Palavra de Passe é pronunciada com um “chiado”(Schibolet); enquanto que os Efraimitas
pronunciavam sibilada(Sibolet).
Para a Maçonaria; apenas importa a pronúncia hebraica ou “chiada”; pois sua forma
incorreta não tem mais significado simbólico; em hebraico; significa “espiga de trigo” e
também “corrente de água”.
Numerosos como a “espiga de trigo”, no sentido de “união”; simboliza a romã; representa
também; o Reino Vegetal; na qual sempre foi considerado um grão sagrado e indispensável à
vida humana; o alimento diário fornecido por Jesus Cristo como símbolo da sua própria
carne; pois quando maduro nos serve como alimento e quando estiver seco; poderá ser
transformado em farinha.
Quanto ao que nos remete a “corrente de água”; seu simbolismo são os elementos da
natureza; como a água por exemplo; na qual são indispensáveis a vida.

2
 Nos Mistérios de Elêusis; comparava-se o iniciado (Aprendiz) com uma espiga de trigo;
como um produto fecundo do esforço vertical e da atividade do grão oculto no seio da terra;
germinando, favorecido pela humidade, abrindo caminho, contornando as dificuldades e
vencendo a força da gravidade, em busca dos raios solares, até que o esforço seja gratificado
com o amadurecimento do fruto que passa a ser útil para a vida; pois, esse é o mistério da
fecundidade com seu máximo simbolismo.
Ao germinar o grão; formando a planta; no sentido oposto a força da gravidade de seus
instintos e paixões; o Aprendiz vence e se transforma em Companheiro; quando se encontra
e estabelece no plano elevado; para amadurecer e por sua vez frutificar.
O grão de trigo amadurecido tem duas funções: a de servir como alimento e a de ser uma
semente para multiplicar-se; qual você pretende ser? Pois o Aprendiz é o grão com vida
latente; que conserva o mistério da reprodução; preservando em lugar e ambiente apropriado;
não germina, mas subsiste; como por exemplo; grãos de trigo encontrados nos túmulos de
faraós egípcios; que a cinco, seis ou mais milênios plantados e umedecidos, germinaram e
produziram fruto; pois o trigo tem a finalidade de manter-se indefinidamente integro; mas o
Aprendiz; que por sua vez; de acordo com os conhecimentos que absorveu; também pode
manter-se integro; determinado e esperando a oportunidade de encontrar terra fértil; pois ele
és o próprio grão de trigo e pode optar em permanecer indefinidamente em forma de grão;
por ter consciência que o G.”,A,”.D.”.U.”. há de prover o seu destino.
O Companheiro é o grão germinado; caso demonstre pressa e deseje afoitamente germinar,
para encetar o caminho da multiplicação; correrá o risco de ser lançado em lugar
inapropriado e secar devorado por aves daninhas; pois é bela a parábola do semeador:

“Eis que o semeador saiu a semear. E quando semeava,

Uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram
As aves, e comeram –na.
E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra
Bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda.
Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não
Tinha raiz.
E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, e
Sufocaram-na.
E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro
A sessenta e outro a trinta”.

Segundo Nazareno; demonstra que apenas a quarta parte da semente germina e produz
fruto; pois atirar em lugar fácil, cômodo e de forma precipitada vossos conhecimentos
maçônicos; equivale a semear ao longo do caminho; aonde provavelmente será colhida por
oportunistas; pois torna-se vã e não traz resultado algum.
O sol que é luz; nem sempre trará benefícios por meio de seus raios; pois poderá queimar e
prejudicar; pois muitos não retornam às lides maçônicas; por exemplo: os tímidos e os
despreparados; aceitam o convite, mas logo se veem constrangidos e desanimam; retirando-
se porque entendem que o ambiente não lhes é propicio.

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 Finalmente; quando a semente é lançada, em terra adubada; húmida e dada toda
assistência; o Aprendiz aproveita a oportunidade e evolui; lutando para conseguir um
caminho vertical; criando raízes profundas para que nada o obstrua e evolua em direção da
luz e calor; em determinado tempo divino; o Aprendiz encontra-se como Companheiro; no
caminho de seu ideal, e em busca de novos horizontes; percorrendo dentro da verticalidade e
paralelamente o caminho horizontal da fraternidade; do bom exemplo e do aproveitamento
das lições recebidas; pois a Palavra de Passe; tem este significado;” a trajetória encetada
pelo Aprendiz em busca do Mestrado”.
Temos também a Palavra Sagrada do Companheiro Jaquim; na qual a referencia mais
antiga encontra-se no Primeiro Livro Reis, capitulo 7, versículo 21 da Historia Sagrada.

“...Depois levantou as Colunas no pórtico do templo:

E levantando a coluna direita, chamou o se nome JÁ-
Quim...”

A sua tradução no vernáculo lhe dá o significado de ESTABILIDADE,BELEZA; pois

alguns autores lhe dão origem grega: uma palavra composta de “Já”, que significa Deus, e
“Iachin”, com significado de estabelecerá; traduzindo o complemento “Deus
estabelecerá”.
És a coluna J; a coluna do 2 Vigilante; na qual simboliza : estabilidade, firmeza,
durabilidade, eternidade, imortalidade, constância, engenho, talento, perseverança, beleza,
etc; se a coluna B(Boaz) sustenta o mundo material; a coluna J(Jaquim) sustenta o mundo
espiritual; ou seja se a Palavra Sagrada do 1 Grau representa a matéria com todas as suas
forças; a Palavra Sagrada do 2 Grau representa as forças espirituais; somadas, são a definição
áurea da Maçonaria, de forma “real(material) e verdadeira(espiritual)”.
Como Aprendiz; o maçom foi chamado para a prática de atos de elevação moral,
magnitude e poder; o Companheiro já de posse daquelas virtudes, dirige-se no sentido de
desenvolver de forma consciente as obras sociais, cientificas e morais que beneficiam a
humanidade; preparando futuras gerações; sabendo ser útil a sociedade, a pátria e a
humanidade; mesmo que lhe traga sacrifícios; é a extensão da prática maçônica em Loja para
o Mundo profano.

Conclusão:

Segundo os estudos realizados; sobre o tema: AHistoria da Palavra de Passe;

Podemos afirmar que; a mesma Schibolet; tens origem das Sagradas Escrituras do Velho
Testamento do Livro Juizes 12 – 1-7; na qual; de inicio foi utilizada de forma a identificar os
Efraimitas que tentavam se evadir ou retornar na travessia do Rio Jordão; após confronto em
guerra; tentando enganar o Exército do General Gedeadita Jefté; dessa forma era exigida
uma palavra de passe ; e devido ao sotaque estrangeiro(dos Efraimitas) não conseguiam
pronunciar de forma correta a palavra Schibolet(chiada); mas sim de forma errônea
Sibolet(silabada); através das Escrituras Sagradas; informam-se que morreram no campo de
batalha e na tentativa de regresso 42.000 Efraimitas.

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 Posteriormente; a Palavra de Passe do Companheiro; Schibolet, passou a ser utilizada
oficialmente pela maçonaria até a atualidade.
Palavra esta; Schibolet de origem Hebraica; que significa “espiga de trigo” e também
“corrente de água”; na qual simboliza ao maçom; a Palavra de Passe do Companheiro; ou
seja a trajetória encetada pelo Aprendiz em busca do Mestrado; buscando sempre a evolução
espiritual, filosófica e em todos os aspectos de nossas vidas.

Bibliografia:

-Folhadolitoral.com.br/maconaria
-docero.com.br
-freemason.pt/
-maconaria.net/
-focoartereal.blogspot.com/
-iblancer3.blogsport.com
-simbolismo do segundo grau/companheiro- Rizzardo da Camino
-Google
-Anotações pessoais.

Tenho dito,

Wagner Santos dos Anjos.’.

Comp.’.Maç.’.

São Paulo, 28/03/2022