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Bia Rossi
Um caminho de ser
Transcendência do homem
O menino em luz,
O humano da Terra,
No Homem reluz.
É muito comum chegarmos ao final de ano naquele estado de finalização, um desejo de “acabar
logo” para um novo chegar. Como um folha em branco, partimos para o novo vindouro, repletos de ideias e
planos que “dessa vez vão dar certo”.
Um momento regado à alegrias, desejos, esperanças, mas também regado à angústia pelo novo,
medo, falta de vitalidade por não conseguir se posicionar perante um contexto social pré-estabelecido,
orientado por alimentos em excesso e materialismo desenfreado.
Nessa dicotomia intensa de sentimentos, a grande maioria dos homens percorre a última quinzena
de dezembro e o início de janeiro.
Chega janeiro e um certo silêncio e alívio começam a escrever as páginas em branco do novo
capítulo da vida, muita esperança de ser e fazer.
Essa é uma fase peculiar. Considerando o restante do ano, nesse momento, uma grande maioria da
população vivencia a história de Jesus e todos, sem exceção, passam o portal do velho para o novo.
Símbolos universais são retomados e a força de arquétipos fundamentais do ser humano são acesos,
iluminando o caminho da jornada de evolução do ser humano.
“Ainda que não possas dirigir teu olhar às alturas celestes e lá reconhecer o grande espírito soar, tu o trazes
em ti, em tua alma de menino, para que as forças possam dar-te firme certeza de que tu podes alcançar a
vitória sobre a natureza inferior” Rudolf Steiner
Esses 13 dias, são representadas atualmente como as Treze Noites Santas, ou Doze Noites, como
são mais conhecidas. Nesses dias trilhamos um caminho, onde, em cada dia, são derramados sobre a
consciência, forças arquetípicas com o intuito de fortalecer o espirito. E, em cada noite, quando
adormecemos podemos nos aproximar dessas forças, recebendo em sonhos elementos simbólicos de cada
mês do ano.
“Estas treze noites são o período durante o qual o poder da vidência da alma percebe tudo o que o ser
humano deve atravessar em suas encarnações, desde Adão e Eva até o Mistério de Gólgota.”
“As potências divinas manifestam-se a partir do espaço cósmico, das alturas celestes e trazem a paz
tranquilizadora para a alma humana que esteja preenchida de boa vontade.”
Quando olhamos para o que passou é muito comum olharmos para fatos, acontecimentos,
“o que eu fiz”, “onde eu fui”, “que cursos eu fiz”, “quanto de matéria conquistei (dinheiro, carro,
etc.)”. Acontece que o que vivemos e fizemos é resultado do movimento interno, do crescimento
do ser, que pôde viver os fatos e acontecimentos como frutos.
O que você conquistou no âmbito do Ser? Que hábitos desenvolveu ou retirou da sua vida?
Que complexos dessensibilizou (que travas venceu)? Como melhorou na sua relação interna com
você mesmo? Se aceitou mais? Se amou mais?
A proposição é que você faça uma análise levando em conta 3 instâncias da Vida: Ter, Fazer
e Ser.
Ter: O que eu conquistei de material?
Fazer: o que eu fiz?
Ser: O que eu conquistei no âmbito do meu ser interior?
Antes de dormir:
Ao acordar:
Pegue as anotações da noite e faça agora a anotação dos sonhos. Após anotar todos os dias,
passe para a tabela no final da apostila.
Observação: Se você tiver fora de casa e não for possível fazer um altar ou acender uma vela, faça-
os movimentos simbolicamente, se transportando para o seu altar em casa e acendendo uma ela
internamente.
“Tal como as forças contidas na semente de cada planta estão ligadas às forças físicas da Terra, assim
também as foras espirituais da Terra estão ligadas à nossa alma interior. E, da mesma forma como a
semente da planta se imerge nas profundezas da terra na época que conhecemos como período do Natal,
assim também faz a alma do homem que, nesta época, penetra no profundo domínio do espírito retirando
forças destas profundezas, tal como a semente da planta faz em seu desabrochar da primavera.”