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A∴G∴ D∴ G∴ A∴ D∴ U∴

A∴ R∴ L∴ S∴FRATERNIDADE SERGIPENSE N°11


Jurisdicionada a Grande Loja do Estado de Sergipe

Fundada em 29 de Abril de 1992

ESTRELA FLAMÍGERA

Ir∴ ANTONIO JORGE DOS SANTOS RAMOS , C∴M∴

ARACAJU/SE

JAN-2019
A ESTRELA FLAMÍGERA

O dicionário Ilustrado de Maçonaria do Autor Sebastião Dodel dos Santos, define a


Estrela Flamígera como: “Uma estrela de cinco pontas cuja simbologia está ligada ao
culto dos números sagrados, em que era estudada apenas do ponto de vista da
geometria. Da escola pitagórica passou à simbologia dos maçons construtores. Sua
denominação “ Estrela de cinco Pontas” deve-se aos membros de uma seita gnóstica do
século II, em que a serpente simbolizava o Messias. Os participantes da seita
denominavam-se Ofitas. Para designar o microcosmo face ao macrocosmo, os gnósticos
ainda deram à estrela o nome de “ Pentagrama”, figurada no homem em pé , sendo que
a cabeça é a ponta superior, os braços as pontas laterais e os pés as pontas inferiores.
A ignorância de uns e a maldade de outros fizeram acreditar que a figura estrelada aqui
citada quando colocada em posição inversa, isto é, de cabeça para baixo, significa a
desordem, a loucura, o mal, pois assim agiam os adeptos da magia negra. Dando
expansão às suas torpezas, os maldosos centravam a figura com a cabeça de bode,
transformando – a num emblema grosseiro e significativo de baixas atitudes. Daí
falarem em “bode preto”, em “Baphomet” e em outras tolices só concebíveis pela
insânia de que estão possuídos tais detratores. A Estrela Flamígera é o emblema que
marca o companheirismo, o astro que deve iluminar a Loja do Grau 2 (dois).”
Como se sabe, e nunca é demais repetir, toda a ritualística do Segundo Grau gira em
torno da Letra G, da Estrela Flamígera e do Número 5.
Os rituais das diversas obediências ensinam que a Estrela Flamígera é o símbolo do
Companheiro por que:
“O Companheiro é chamado a tornar-se um foco ardente, uma fonte de luz e calor. A
generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao devotamento sem reservas, mas com
o discernimento de uma inteligência verdadeiramente esclarecida, porque está aberta a
todas as compreensões”.
A Estrela Flamígera que ilumina a Loja representa o Sol que clareia o mundo físico, a
ciência que resplandece sobre o mundo intelectual e a Filosofia Maçônica que ilumina o
mundo moral.

Chegado ao quinto degrau de sua simbólica ascensão, o Iniciado adquire aquela


iluminação ou visão espiritual, que faz dele um epopta (Entre os gregos, o iniciado nos
mistérios de Elêusis (Ceres)) ou vidente e o capacita para discernir a Estrela Flamígera
que brilha diante e por cima de si mesmo, na parte mais íntima de seu ser.
Esta Luz Ideal, proveniente de seu Ser Espiritual o ilumina agora com toda claridade e
guia com acerto seus passos no Caminho do Progresso, que o converterá em "mais que
homem", em verdadeiro Mestre em toda a extensão da palavra.
A Estrela (emblema do homem perfeito ou do Arquétipo Divino do Homem, do
verdadeiro Filho de Deus feito ou emanado diretamente DELE e, por conseguinte, a sua
imagem e semelhança) tem cinco pontas, que correspondem aos quatro elementos e à
quintessência, ou seja, dos metais ordinários ou faculdades comuns do homem: o
chumbo de seus instintos materiais, o estanho de sua compostura vital, o cobre de seus
desejos e o ferro de sua têmpera, aos quais se une o mercúrio filosófico da Inteligência
Soberana, que a tudo amalgama e domina.
Representa em si aquele místico pentagrama que foi escolhido pelos Magos como
símbolo do Poder Soberano do Iniciado, ante o qual toda a natureza se inclina e
obedece, reconhecendo aquela Imagem Divina que, refletindo a Verdade e a Nobreza,
faz fluir longe de si, com apenas sua presença, todos os demônios dos preconceitos e
dos enganos, dos instintos e das paixões.
Quando a maçonaria quer que a pedra bruta se transforme em pedra cúbica, ela está
lembrando ao iniciado que ele deve manter uma luta progressiva e sem tréguas pelo
domínio de si mesmo, colocando o próprio ego sobre o mais absoluto controle.
Que o Companheiro ao fitar a Estrela Hominal se lembre que quando conseguirmos o
controle total sobre nós mesmos tornamo-nos inteiramente livres e responsáveis e
estamos realmente preparados para o exercício da arte real. Isto é difícil de ser
alcançado, daí a necessidade de que a luta seja diuturna e sem esmorecimentos.
Leibniz, filósofo que viveu no Século XVIII, já dizia: “Só Deus é perfeitamente livre; as
criaturas o serão, mais ou menos, na medida em que se coloque acima das paixões”.
O Pentagrama pode comportar, simbolicamente, várias interpretações, todavia, e antes
de mais nada, ele representa a luz da inteligência que nos faz enxergar os problemas
interiores e os meios para enfrentá-los, e, por vezes corrigi-los ou vencê-los.
Para o Maçom, a Estrela Flamígera constitui o emblema do gênio que eleva a alma para
a realização das supremas tarefas, ela também simboliza a “Estrada Luminosa” da
Maçonaria, a luz que ilumina os discípulos, o símbolo dos livres pensadores, a eterna
vigilância e a proteção objetiva do G∴ A∴ D∴U∴ .
O conteúdo falando sobre a Estrela Flamígera é muito extenso e variado, sendo
necessário não um trabalho, mas provavelmente uma monografia ou artigo científico
para falar sobre todas as suas vertentes.
O que fica de ensinamento deste trabalho é que na escada do aprendizado maçônico,
não devemos ter a certeza do significado de algum símbolo, mas sim tirar proveito do
que melhor nos enobreça a mente e a alma.

Referencias
- Ritual de Companheiro – Rito Escocês Antigo e Aceito – GLMSE - Fev-2018.

- Manual de Companheiro – ALDO LAVAGNINI (MAGISTER)

- José Castelani e Raimundo Rodrigues – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda.

- https://focoartereal.blogspot.com/2014/10/estrela-flamejante.html

- CAMINO, Rizzardo da. Introdução à Maçonaria.

- Santos, Sebastião Dodel – Dicionário Ilustrado de Maçonaria – Ed. Essinger.

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