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Note , como nossos antepassados , que quando olhamos para o céu noturno temos
a impressão imediata de que todos os objetos celestes estão muito afastados de
nós , fixos na escuridão do céu . Por esta razão , os astrônomos atuais supõem ,
para simplificar , que todos os objetos que brilham no céu noturno estão a uma
mesma distância , fixados na parte interna de uma grande esfera imaginária que
envolve a Terra e que chamamos de esfera celeste . E a Terra está situada no
centro dessa esfera celeste .
Felizmente, para observar um determinado astro não é necessário saber a sua distância mas somente a direção em que ele se
encontra ( e um telescópio ! ) . Isto é bom porque é muito mais difícil determinar as distâncias do que determinar a direção a estes
objetos.
Resumindo , o céu noturno visto por um observador sobre a superfície da Terra é a projeção sobre a esfera celeste de todos os objetos
celeste, sejam eles : planetas, cometas, estrelas, nebulosas, galáxias, etc.
Embora o conceito de esfera celeste possa parecer muito trivial ele é muito
importante para a astronomia. A esfera celeste é usada pelos astrônomos para
mapear os objetos celestes. É sobre ela que definimos os vários sistemas de
coordenadas astronômicos.
Imagine agora a Terra envolta pela esfera celeste. Vamos supor que o nosso
planeta é um globo transparente, com uma lâmpada no seu centro, e sobre a sua
superfície traçamos o equador terrestre. Ao acendermos a lâmpada no seu interior,
a linha que marca o equador terrestre lançará uma sombra, ou seja , será
projetada sobre a esfera celeste que a envolve.
Se você olhar para o céu noturno verá que as estrelas surgem no leste, se deslocam através do céu, e se põem no oeste. Esse é
exatamente o movimento que o Sol faz todos os dias. Você pode verificar isso observando o céu noturno por apenas 10 minutos : após
esse intervalo de tempo, uma estrela vista exatamente acima do horizonte a leste no início da cronometragem terá se levantado a
uma altura notável , enquanto que as estrelas próximas do horizonte a oeste terão abaixado mais ainda ou até mesmo desaparecido.
Do mesmo modo se você observar um conjunto de estrelas você verá essas estrelas surgindo como uma distribuição fixa no leste ,
moverem-se através do céu, e se porem no oeste. Em termos do nosso modelo do céu baseado na esfera celeste, explicamos o nascer
e ocaso das estrelas como resultado da rotação da esfera celeste em torno de nós , e na qual todas as estrelas estão fixadas .
Para os povos antigos era mais fácil de acreditar nessa rotação ( usando o senso comum , do que no fato de que a Terra se move.
Assim, eles atribuiam todo o movimento celeste, seja ele do Sol, da Lua, dos planetas ou das estrelas, a uma vasta esfera que
lentamente girava em torno do nosso planeta.
Hoje sabemos que é a rotação da Terra que faz o Sol, a Lua, os planetas e as estrelas surgirem no leste e se moverem para oeste
através do céu. Não é a esfera celeste que gira mas sim o nosso planeta, a Terra.
O fio de prumo que é usado pelos trabalhadores da construção civil para verificar se uma parede está na vertical também serve para
determinar o zênite. Sabemos que todos os corpos são atraidos para o centro da Terra. O prumo também está sendo atraido e,
portanto, ele marca a direção para o centro do nosso planeta. Se prolongarmos a direção do fio de prumo para cima, na direção da
esfera celeste, teremos o zênite do observador.
Definimos como meridiano o grande círculo imaginário que traçamos na esfera celeste e que passa através do zênite do observador e
dos dois pólos celestes. Assim , cada local sobre a Terra tem um único meridiano que passa por ele .
Eclíptica
Como o ano tem 365 1/4 dias e o círculo tem 360o , o Sol parece se mover ao
longo da eclíptica a uma taxa de, aproximadamente, 1o por dia.
A eclíptica é o plano do nosso Sistema Solar. Ela é o plano onde estão as órbitas dos planetas e planetas
anões. Eles pouco se afastam deste plano, com exceção do planeta Mercúrio e do planeta anão Plutão. O
mesmo não acontece com os cometas que, em geral possuem órbitas em torno do Sol bastante
afastadas do plano da eclíptica.