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1 Introdução ...................................................................................................................... 1
2 Objectivos ...................................................................................................................... 2
7 Conclusão ....................................................................................................................... 9
1 Introdução
A palavra prazo, foi usada a partir do séc XIV para designar pequenas unidades
políticas estruturadas dentro do império dos Mwenemutapa por mercadores de origem
portuguesa e indiana. A ocupação das terras seguiu três vias principais:
O sistema de prazos existiu apenas na região do Zambeze, entre Tete e Sofala nos séc.
XVI e XVII.
2 Objectivos
2.3 Metodologias
Com propósito metodológico, recorremos as pesquisas bibliográficas, a uma vista de
olhar nos Livros (Módulos/Manuais) e nos serviços electrónicos (internet), seguindo da
compilação da informação recolhida fez se o que a seguir nos é apresentado.
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3 Enquadramento teórico
4.1 Deficiçõs
4.1.1 Prazos
5 Origem e formação
Segundo DHUEM., 2000. Com o agravamento das contradições no Estado dos
Mwenemutapa, novas unidades políticas onde o estrato dominante era formado por
mercadores portugueses estabelecidos como proprietários das terras (compradas,
conquistadas ou doadas), vão emergir, dando origem aos prazos.
interior e ocupar a nossa terra de maneira mais organizada, para melhor explorar as
nossas riquezas, enviou para Moçambique grupos de portugueses e cristãos de Goa que
se fixaram no ale do Zambeze. Foi neste contexto da penetração portuguesa no vale do
Zambeze (1530), que nasceram os prazos.
Contudo, o sistema de prazos foi posto em prática no início do século XVII quando os
portugueses que aí se encontravam começaram a receber grandes extensões de terra (5
léguas = 25km2) ao longo do rio Zambeze, dadas pelo Vice-rei da Índia (em nome do
rei de Portugal), por um período de 3 a 3 ou 2 a 2 gerações.
O pedido da ocupação do Prazo só podia ser feito pela filha branca do prazeiro
mediante o pagamento de uma renda – o foro. Contudo, os senhores de terra não
pagavam o foro e não se sentiam vassalos da coroa portuguesa, sendo que cada um era
rei da sua propriedade.
A sucessão na posse do prazo era feita por via feminina descendente português, caso
contrário as terras eram lhes retirada. Nesse período era difícil encontrar portugueses
interessados em emigrar para África, daí foi decretada uma lei que absorvia todos
os criminosos condenados à morte, aventureiros, mercadores ansiosos de se tornarem
heróis nacionais com condição de irem “civilizar a África”. É assim que se diz que
o prazo era o “lixo do lixo” que compunha parte da sociedade portuguesa.
Em 1760, foi publicada a segunda reforma, que dentre vários aspectos especificava
que: os prazos não deviam ter mais de três ou quatro léguas quadradas; os prazos só
podiam ser autorizados pelo governo de Lisboa, depois de um período experimental de
4 anos; os prazeiros deveriam permitir a fixação de outros europeus dentro dos seus
terrenos; deveriam contribuir na manutenção de fortes, na construção de estradas e
travessias de pontes, em tempos de seca e, contribuir também em homens e armamentos
para as expedições.
– Tinham a sua própria força militar, formada principalmente por escravos e mais tarde
por mercenários.
Mais tarde, era baseada na pilhagem feita durante as incursões militares, no comércio de
peles e de escravos.
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Dentro dos prazos, os escravos encontravam-se divididos em dois grandes grupos com
funções distintas:
A administração dos prazos era independente da coroa portuguesa e locais. O Prazo era
dividido em ARINGAS e servia de defesa e era chefiado pelos FUMOS.
6.4 Decadência
Segundo NEWITTI, 1997. Por volta de 1730, a maior parte dos prazos existentes
entraram em decadência ou tinha sido abandonado. Na primeira metade do século XIX
acentuava-se a decadência dos prazos, devido aos seguintes factores:
► A invasão das forcas de Báruè e Monomutapas aos Prazos entre 1820 – 1835;
► A invasão do Nguni em 1832 em que até 1840 já tinham ocupado 28 dos 46 prazos,
obrigando-os a pagar tributos;
7 Conclusão
Fim do trabalho, concluí que depois destes razões que levou Portugal a criar os prazos
foi o facto de aqueles que eram exilados para Moçambique, tal como as autoridades
administrativas e os soldados enviados para lutar contra o mwenemutapa, se apoderarem
de grandes terras onde exerciam o seu poder absoluto sem prestar contas a ninguém.
Desta situação, que não convinha ao rei de portugal, pois perdia benefícios económicos
e políticos, nasceu a ideia de mandar contingentes de pessoas a Moçambique, a quem
concediam uma parcela de terreno uma medida que vinha acelerar a dominação colonial
com o incremento do povoamento branco.
8 Referências Bibliográficas
1. História de Moçambique. 2ª Edição. Maputo 1991. Universidade Eduardo
Mondlane
2. 12ª Classe. Carlos Serra. Moçambique e sua história. 1ª Edição, Maputo,
Moçambique departamento de História
3. NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo,
2013
4. DHUEM. História de Moçambique: Parte I- Primeiras Sociedades Sedentárias e
Impacto dos mercadores, 200/300-1885; Parte II- Agressão Imperialista, 1886-
1830. 1ª Edição, Vol. I, Maputo, 2000.
5. KI- ZERBO, Joseph. História de África Negra. Mira Sintra, Publicações Europa
– América; Vol. I, 3ª ed. 1999.
6. NEWITTI, Malyn. História de Moçambique. Edição, Publicações Europa –
América, 1997
7. SOUTO, Amélia de Neves. Guia Bibliográfico para Estudante de História de
Moçambique. (200/300-1930), Maputo, 1996.