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2 Introdução
No presente estudo, trata-se de uma pesquisa sobre a intoxicação alimentar infantil, caso
do Distrito de Machaze, localidade de Chipudji na província de Manica. Neste contexto
a doença, quase sempre, implica em alterações metabólicas, inflamatórias e
imunológicas que impactam no estado nutricional.
A escolha do tema prende se pelo facto da intoxicação alimentar infantil constituir uma
grande preocupação para as autoridades governamentais visto que ela atenta a saúde
pública sobretudo infantil, por se considerar uma faixa etária muito vulnerável,
sobretudo por estarem em processo de desenvolvimento e crescimento. Foi a partir do
desenrolar destes acontecimentos que me chamou atenção em abordar o presente tema
tão impotente para a vida pois trata se de saúde humana.
Percebi também que os pais das crianças da localidade de Chipudji a sua maior renda
familiar para além da agricultura que não surtiu efeitos satisfatórios nos últimos dois
anos são a emigração para a África do Sul. Eles se emigram depois de deixar as suas
esposas grávidas, desprovidas de qualquer cuidado nutricional desde ao primeiro mês de
gravidez ate ao parto, porque vãos a procura de emprego, tal emprego será o garante
para a sustentação dos filhos nascidos e prevalecem por lá durante muitos anos
deixando as esposas e filhos a sorte de Deus.
Já no período em análise 2016 e 2017, fui perceber que muito destas crianças, os pais,
por vezes não tinham dinheiro, nem alimentos para as três refeições bascas diárias
(mata-bicho, almoço e jantar) e nem numas das refeições podia-se encontrar alimentos
compostos por carbonatos, proteínas e lipidos como também as refeições não seguiam
aos princípios de uma alimentação saudável acima referidos.
4 Objectivos da pesquisa
especificamente sobre factores da intoxicação crónica infantil, não só, como também na
importância do envolvimento das comunidades junto as autoridades governamentais de
modo a encontrar melhores mecanismos em desenvolvimento socioeconómico.
Foi através deste método que o autor pude estabelecer uma pesquisa dos diferentes
conceitos achados convenientes sobre os aspectos sócio culturais e ambientais da
comunidade em causa, bem como os aspectos físicos – geográficos da área em estudo, e
outros aspectos que se desenvolverão ao longo do trabalho.
Sobre a intoxicação alimentar infantil, procurou-se levantar dados sobre o assunto, nas
diversas fontes bibliográficas, como livros, revistas, leis, entre outras publicações, já
que o referido problema já é um facto na sociedade e discutido internacionalmente.
b) Amostra da pesquisa
O tipo de amostra da pesquisa desenvolvida foi do tipo aleatória simples, neste contexto
o autor pesquisador, compôs a amostra de forma aleatória e esta expresso em um
número total de 23 indivíduos, sendo 20 encarregados responsáveis pelas crianças
portadoras da desnutrição e 3 três profissionais da saúde.
a) Entrevista
O termo entrevista é constituída a partir de duas palavras, entre e vista. Vista refere-se
ao ato de ver, ter preocupação com algo. Entreindica a relação do lugar estado no
espaço que separa duas pessoas ou coisas. Portanto, o termo entrevista refere-se ao ato
de perceber realizado entre duas pessoas. (RICHARDSON 1999, p.20).
A entrevista é uma das técnicas de colecta de dados como sendo uma forma racional de
conduta do pesquisador, previamente estabelecida, para dirigir com eficácia um
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O presente trabalho também foi possível pelo método entrevista, realizada em número
de doze pessoas, sendo seis adultos e seis crianças, dos quais favoreceram a evidências
de existências de desnutriçãoinfantil na localidade de Chipudji.
Esta pesquisa, foi produzida com finalidade de transmitir uma mensagem de alerta á
toda sociedade, sobre esta que é um dos principais responsáveis pela mortalidade,
retardando intelectual e debilitação motora em crianças.
Neste trabalho serão inqueridos 25 funcionários e agentes do Estado em estudo que será
uma técnica de grande importância no enriquecimento teórico na pesquisa.
Os dados a ser recolhidos são verdadeiros, visto que o entrevistado é livre e responde
somente o que sabe e o que quer. Esta técnica será usada pela autora na conversa directa
com os inqueridos.
Na pesquisa foram elaborados dois questionários, onde primeiro (1º) foi encaminhado
aos pais e encarregados das crianças com problemas de desnutrição e o segundo (2º), no
qual estavam patentes questões com objectivos de conduzir o pesquisador no trabalho
que por sua vez fora desenvolvido no campo, neste contexto os questionários continham
perguntas simples, com linguagens claras e objectivas de modo a facilitar a
compreensão dos inqueridos na Localidade de Chipudji.
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1. Conceitos
Segundo Mead P.S.1999. A intoxicação alimentar aguda é uma das mais significativas
causas de morbi-mortalidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estima-se
que tal causa seja responsável por 76 milhões episódios de doenças, 325000
hospitalizações e 5000 mortes por ano nos EUA.
Apesar das referidas cifras, 62 milhões de casos (82%) são causados por agentes
desconhecidos e, apesar dos avanços na identificação de novos agentes nos últimos 20
anos, existem dificuldades epidemiológicas em implicar o alimento ou a água como
veículos da contaminação em muitas situações. A transmissão interpessoal também
pode ser responsável pela contaminação, fato que em muitos casos dificulta a colecta de
dados. Além disso, as pessoas contaminadas só procuram as unidades de emergência
quando as manifestações são graves, ocorrendo portanto sub-notificação dos casos de
intoxicações oligossintomáticas.
Na maioria dos lugares, apenas uma pequena parte dos pacientes doentes procuram
atendimento médico e, durante o atendimento muitas vezes não é colhido rotineiramente
um exame de coprocultura nos pacientes com diarreia aguda.
O estilo de vida moderno das grandes cidades é o principal fator de interferência nas
mudanças dos hábitos alimentares da população pediátrica, cujos alimentos oferecidos
na grande maioria das vezes são processados, congelados ou embutidos.
Nos Estados Unidos, em um estudo feito em consumidores de restaurantes, registou-se
que nos maiores de 8 anos de idade, a média de refeições fora do domicílio era de 4
vezes por semana. Estudos recentes mostram que mais de 80% dos casos de intoxicação
alimentar ocorre fora do domicílio.
Conceitua-se intoxicação alimentar como sendo uma patologia causada pelo consumo
de alimentos contaminados por bactérias, fungos, vírus e outros microrganismos ou
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pelas suas respectivas toxinas. Dentro desta diversidade de agentes etiológicos, as
infecções bacterianas são responsáveis pela maioria dos casos.
A maior parte dos casos de intoxicação alimentar apresenta sintomas clínicos súbitos e
na maioria das vezes relacionados ao trato digestivo como náuseas, vómitos e diarreia.
Um amplo espectro de microrganismos pode causar intoxicações em humanos, e a
intensidade das manifestações clínicas vai depender de diversos factores como: a
virulência do agente, o inóculo da infecção e a competência imunológica do hospedeiro.
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abdominal e as manifestações neurológicas também podem estar presentes.
botulinum produz uma neurotóxica potente e tem capacidade de especulação, o que lhe
confere resistência ao calor e mantém a sua sobrevivência em alimentos não
processados.
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oferecem risco para o botulismo infantil o mel constitui a principal fonte.
Após a absorção intestinal da toxina, esta se dissemina por via hematológica, atingindo
as sinapses nervosas sinérgicos periféricas, bloqueando irreversivelmente a liberação de
acetilcolina, causando portanto uma parasilia flácida.
6,10
12 a 72 horas após a contaminação.
Fonte:www.CDC.gov
hipotonia acentuada.
Fonte: www.CDC.gov
maionese. Geralmente a contaminação ocorre por intermédio dos cozinheiros, que são
na maioria das vezes portadores da bactéria nos dedos e narinas. Este tipo de
intoxicação não está relacionada a alimentos industrializados.
A febre não está associada à intoxicação pelo Bacilus cereus. Raramente ocorrem
manifestações extra-intestinais; num estudo descrito por Mahler e cols foi observado
6.4.1 Ciguatera
Conhecida desde 1978, tem sido descrita como sendo a toxina mais bem estudada na
intoxicação alimentar por peixes.
Ocorre com maior frequência em locais de clima tropical e subtropical e os peixes mais
comummente envolvidas são: vermelho, cioba, caranho, côngulo, cavala, guaropa e
bicuda, dentre outros.
Os peixes que mais comummente estão relacionados a esta patologia são: atum , cavala,
marlim, peixe espada e albacora.
O tratamento é feito com uso de sintomáticos, sendo a hidratação necessária nos casos
de desidratação. Os agonistas beta 2 são usados para o bronco espasmo.
Estas toxinas são produzidas por algas flageladas presentes em águas salgadas, e estas
algas, por sua vez, contaminam os mariscos.
A forma paralítica da intoxicação ocorre por uma alteração nos canais de sódio e os
sintomas são precoces com náuseas, vómitos e paralisia limitada aos nervos cranianos,
podendo em casos graves comprometer a musculatura respiratória.
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A forma neuropática ocorre por uma brevitoxina, lipofílica e resistente ao calor, que
estimula os neurónios sinérgicos pós-ganglionares. Os sintomas ocorrem dentro de 3
horas após a exposição com náuseas, vómitos e parêntesis.
A forma diarreica cursa apenas com manifestações gastrointestinais do tipo náuseas, dor
abdominal e diarreia.
Fonte: alltheweb.com
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também lesão pancreática.
Outra espécie de cogumelo que causa intoxicação alimentar é o Amanita muscarea, cuja
intoxicação na faixa etária pediátrica é rara, sendo mais comum em catadores de
cogumelos e em seus familiares, quando confundem as espécies com outras que são
comestíveis.
Fonte: alltheweb.com
O Amanita muscarea tem a capa vermelha escarlate, com papilas e haste brancas. A sua
toxina estimula os receptores muscarínicos da acetilcolina e os sintomas se manifestam
dentro de 30 minutos a 2 horas da contaminação. Os pacientes intoxicados apresentam
salivação excessiva, lacrimejamento, incontinência urinária e fecal, cólicas abdominais,
miose, vómitos, bronco espasmo e bradicardia.
Outros aspectos clínicos das intoxicações por cogumelos são encontrados quando existe
a produção de ácido ibotêmico, este que também é produzido pela espécie Amanita
muscarea. Raramente afecta crianças e a intoxicação no adulto ocorre quando estes
colgumelos são confundidos com espécies comestíveis.
hidantoína. Os sintomas duram cerca de 2 dias e os casos fatais são raros, mas podem
acontecer.
6.8 Aflatoxinas
Segundo Acheson, D.W.K- 2000 – 485-501. As aflatoxinas são produzidas por certas
espécies de fungos, tais como Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus. Estes fungos
crescem em vários tipos de alimentos como nozes, pistache, amendoins e outras
oleaginosas, incluindo as sementes de algodão e os cereais como milho, trigo e centeio.
Existem vários tipos de aflatoxinas (B1, B2, G1, G2 e M), sendo a B1 a mais comum.
Na forma crónica, na qual ocorre exposição constante a baixas doses desta toxina, o
paciente pode desenvolver doença hepática crónica com evolução para cirrose e
carcinoma hepatocelular.
Fonte: www.CDC.gov
A toxina do vibrião atua no AMP cíclico das células epiteliais intestinais, e este ativa as
proteínoquinases, que atuam sobre as proteínas das membranas celulares, alterando o
transporte de íons e ativando a secreção intestinal. A diarréia da cólera é do tipo
secretora, profusa, aquosa, determinandoinevitavelmente desidratação grave e óbito,
caso a intervenção terapêutica não seja imediata.
Fonte: www.CDC.gov
A profilaxia da cólera é feita através das medidas de higiene pessoal e com os cuidados
na manipulação dos alimentos.
O tipo de intoxicação alimentar mais comum é causada pelo subtipo A, que produz uma
enterotoxina, capaz de causar sintomas gastrointestinais de 8 a 12 horas após a
exposição.
Os principais sintomas desta intoxicação são: dor abdominal aguda, náuseas, vómitos e
diarreia. A doença geralmente é auto limitada, durando cerca de 24 horas, podendo até
se prolongar por 1 a 2 semanas em alguns casos.
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cepas de Esmerilai coli são transmitidas através da água e alimentos contaminados.
O diagnóstico é feito durante a fase aguda com a demonstração das enterotoxinas nas
fezes, através de técnicas de imunoensaio.
consumo de alimentos frescos como alface, broto de alfafa, vinho ou suco de maçã. A
contaminação ocorre pela exposição dos alimentos ao material fecal bovino.
A toxina produzida pela referida bactéria é denominada verotoxina, e pode ser de dois
tipos, o tipo 1 e o tipo 2; o tipo 2 acha-se subdividido em STX 2, 2C, 2D e 2E.
7.2 Salmonela
A Salmonela é um dos principais agentes relacionados às intoxicações alimentares em
humanos. A cada ano estima-se que ocorram 1,4 milhões de casos de salmonelose nos
EUA.
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vermelhas, os leites não pausterizados e os ovos crus ou mal-cozidos.
7.3 Campylobacter
Bactéria gram negativa, espiral, microaréofila estrita, representada por duas espécies
mais importantes, que são responsáveis pela doença em humanos, o Campylobacter
jejuni (responsável por mais de 90% dos casos) e o Campylobacter coli.
pequeno quanto 100 organismos. Este tipo de intoxicação alimentar parece ocorrer de
forma esporádica e o contágio interpessoal parece não ser comum.
contaminação são representados pelas carnes cruas de aves domésticas, o leite cru e a
água.
7.4 Yersinia
As bactérias do grupo Yersinia também são responsáveis por casos de intoxicação
alimentar e as espécies que mais se associam a esta condição são a Yersinia
enterocolítica e a Yersinia pseudotuberculosis. Estes agentes podem ser isolados de
porcos, passarinhos, gatos e cães. Apenas a Y. enterocolitica pode ser encontrada em
água de piscinas, margens de lagos e em alimentos como as carnes, sorvetes e leites.
Dentre estes alimentos, a carne de porco é a que mais se associa à intoxicação por esta
bactéria.Os suínos são os maiores reservatórios deste microrganismo. Estas bactérias
também podem sobreviver no leite não pasteurizado em temperaturas de até 4 ºC.
7.7 Calcivirus
Este é um grupo de vírus bem estudado, nos casos de gastroenterite em humanos. São
vírus do tipo RNA e sem envelope, e cujo protótipo desta família é o vírus Norwalk.
Este vírus foi descrito inicialmente em 1972 e vem sendo encontrado universalmente,
sendo responsável pelos casos de intoxicações alimentares epidémicas, especialmente
em ambientes confinados, como em viagens de navio.
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A transmissão ocorre através da água e alimentos contaminados com fezes, como peixes
mal cozidos, sorvetes e saladas. A doença é auto limitada e tem resolução em 24 horas.
O diagnóstico específico é difícil e realizado através de microscopia electrónica e de
técnicas de reacção de polimerase em cadeia. O tratamento é de suporte, prevenindo e
tratando a desidratação.
O diagnóstico é feito pela identificação de cistos ou trofozoítos nas fezes. Em geral são
necessárias várias amostras de fezes frescas para identificar a giárdia. As técnicas
imunoenzimáticas para detecção dos antígenos da giárdia nas fezes e em aspirado
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duodenal apresentam sensibilidade e especificidade elevadas.
A colite amebiana geralmente se inicia de modo insidioso com cólicas, evacuações com
muco e sangue e tenesmo associado. A febre é menos comum, mas pode estar presente.
O diagnóstico é feito pelo achado do oocisto nas fezes com técnicas de microscopia
eletrônica.
A taenia saginata é adquirida através do consumo de carne de boi mal cozida; a Taenia
solium através do consumo da carne de porco mal cozida; o Trichiurus trichiura através
da contaminação dos alimentos crus, contaminados com material fecal humano
contendo ovos do agente; o Ascaris lumbricóides pela ingestão de alimentos
contaminados com os seus ovos.
Os alimentos ácidos (pH< 4,6), quando em contato com superfícies metálicas, causam
corrosão da superfície, liberando o metal que, por sua vez, contamina então os
alimentos.
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cefaléia, visão borrada, dor torácica, confusão mental e convulsões; tais manifestações
atropinização.
Para que possamos realizar nossas actividades diárias, nosso corpo precisa de energia.
Caminhar, correr, carregar objectos, conversar e até mesmo actividades que não
percebemos, como respirar, gastam energia. E de onde obtemos essa energia? Dos
alimentos! O processo digestório permite a utilização da energia contida em alguns
nutrientes. Todos os alimentos que comemos são transformados em nutrientes, mas nem
todos os nutrientes se transformam em energia (ELIANE, 2001. P-p).
Diante da influência da nutrição na saúde materna e do feto, o presente estudo buscou
investigar seu perfil nutricional na gravidez. Concluindo que é preciso repensar a
importância do profissional enfermeiro como educador em saúde, que tem papel
relevante na orientação às gestantes quanto aos riscos decorrentes de hábitos de vida
inadequados, desenvolvendo acções que promovam a reeducação alimentar, melhorando
com isto a qualidade de vida, evitando complicações durante a gravidez.
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11 Referências bibliográficas
13. Arnon,S.S e cols- Botulinum Toxin as a Biological Weapon: Medical and Public
Health Management
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