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CONCURSO SOLDADO - POLICIA MILITAR DA BAHIA – 2019 – SUPER RESUMO COM

MNEMÔNICOS - DIREITO ADMINISTRATIVO

SUPER RESUMO COM


MNEMÔNICOS
DIREITO
ADMINISTRATIVO
CONCURSO PMBA 2019

MATERIAL DESTINADO AO CONCURSO DE SOLDADO DA POLICIA MILITAR


DA BAHIA

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CONCURSO SOLDADO - POLICIA MILITAR DA BAHIA – 2019 – SUPER RESUMO COM
MNEMÔNICOS - DIREITO ADMINISTRATIVO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Administração pública: conceito e princípios.


2. Poderes administrativos.
3. Atos administrativos.
3.1. Conceito. 3.2. Atributos. 3.3. Requisitos. 3.4. Classificação. 3.5. Extinção.
4. Organização administrativa.
4.1. Órgãos públicos: conceito e classificação. 4.2. Entidades administrativas:
conceito e espécies. Agentes públicos: espécies.
5. Regime jurídico do militar estadual: Estatuto dos Policiais Militares do Estado da
Bahia (Lei estadual nº 7.990, de 27 de dezembro de 2001).
6. Lei estadual nº 13.201, de 09 de dezembro de 2014 (Reorganização a Polícia Militar
da Bahia).

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1. Administração pública: conceito e princípios.

“Na administração pública não há liberdade nem vontade pessoal.


Enquanto que ao particular é licito fazer tudo que a lei não proíba, na
Administração pública o administrador só é permitido fazer o que a lei
autoriza.”

PARTICULAR = Pessoa que não exerce função pública.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA (EXPRESSOS NA CF – 37, caput):
LIMPE

Legalidade = LEI – só pode fazer o que está previsto em lei, autorizado.


Impessoalidade = IGUALDADE entre TODOS. Sem favorecimento pessoal
Moralidade = AGIR DE BOA FÉ. Ética na administração pública.
Publicidade = TORNAR PÚBLICO tudo que for feito na administração
pública.

Eficiência = MELHOR RESULTADO, TÉCNICA para a obtenção do


MELHOR RESULTADO possível, usar da melhor forma os bens públicos.

VAMOS DE EXEMPLOS:
Exemplo de LEGALIDADE – (competência) – o administrador público não
pode fazer o que ele tem vontade, a lei quem cria o que ele deve fazer, suas
atribuições e competências. EX: Lembrem-se das competências da união, do
Presidente, dos municípios, servidores, etc.
Exemplo de IMPESSOALIDADE – (finalidade) - Exemplo de Moralidade –
finalidade pública - é o que determina aquilo mais importante na
administração pública, tudo que for decidir, fazer, tem que ser feito sem usar
de sentimento pessoal, ou querer favorecimento próprio ou de terceiros. EX:
Prefeito que usa de seu nome em construção de obra pública ou usa partido,
como se eles tivessem fazendo, quando quem está fazendo é a administração

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pública, o Estado, não ele. Outro exemplo é querer agradar alguém que votou
nele, um amigo ou parente.
Exemplo de MORALIDADE – (ética, boa-fé) – moralidade administrativa –
Ser honesto, probo, estar focado a fazer o certo, cuidar bem da administração
pública.
Exemplo de PUBLICIDADE – (tornar público) – Levar ao Diário Oficial,
órgão oficial, tonar que seja de conhecimento geral, tornando-o eficaz. EX:
Nomeação de aprovados em concursos públicos, obras em andamento, etc.
Exemplo de EFICIÊNCIA – (economicidade, celeridade, presteza) – Custo
e benefício – Fazer bom uso do bem público, fazendo com que tudo que seja
feito, seja feito com eficiência e perfeição.

TEMOS TAMBÉM OS IMPLÍCITOS:

É uma PRIMCESA (Com “M” viu). KKK

P = Presunção de Legitimidade
R = Razoabilidade
I = Indisponibilidade do Interesse Público
M = Motivação
C = Continuidade do Serviço Público
E = Especialidade
S = Supremacia do Interesse Público
A = Autotutela

OS MAIS RECORRENTES EM PROVAS SÃO:


 Supremacia do interesse Público e a Indisponibilidade do
Interesse Público

Sempre que houver conflito entre o interesse público e o privado, o


interesse público vai sobressair, afinal, o que é mais importante? o interesse
de uma pessoa, ou o de uma coletividade toda?

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2. Poderes administrativos.

MACETE: HIPODIDIVINO

HIerárquico
(de) POlícia
DIscricionário
DIsciplinar
VInculado
NOrmativo (ou Regulamentar)

Agora vamos definir cada um para seu melhor entendimento:

Poder Hierárquico - É o meio de que dispõe a Administração Pública


para distribuir e escalonar as funções dos órgãos públicos; estabelecer a
relação de subordinação entre seus agentes; e ordenar e rever a
atuação de seus agentes.

Poder de Polícia - É a atividade da Administração Pública que, limitando


ou disciplinando direitos, interesses ou liberdades individuais, regula a
prática do ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público.
ATENÇÃO!!!
É aplicado aos particulares.

Poder Discricionário - Quando é concedido à Administração, de modo


explícito ou implícito, poder para prática de determinado ato com
liberdade de escolha de sua conveniência e oportunidade.

Poder Disciplinar - É conferido à Administração para apurar infrações e


aplicar penalidades funcionais a seus agentes e demais pessoas
sujeitas à disciplina administrativa, como é o caso dos que por ela são
contratados.

Poder Vinculado - Quando a lei confere à Administração Pública poder


para a prática de determinado ato, estipulando todos os requisitos e
elementos necessários à sua validade. (Aqui o administrador não tem
margem de escolha).

Poder Normativo (ou Regulamentar) - Embora a atividade normativa


caiba predominantemente ao Legislativo, nele não se exaure, cabendo
ao Executivo expedir regulamentos e outros atos normativos de caráter
geral e de efeitos externos. É inerente ao Poder Executivo.

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3. Atos Administrativos

Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da


administração pública que, agindo nesta qualidade, tenha por fim
imediato resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar
direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.

ATRIBUTOS:

P – PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE

A – AUTO-EXECUTORIEDADE

T – TIPICIDADE

I – IMPERATIVIDADE

“PATI”

Entendendo cada um deles:


Presunção de legitimidade – Todos os atos presumem-se verdadeiros
até que se prove o contrário.
Auto-executoriedade - A administração pode auto executar suas
decisões, com meios coercitivos próprios, sem a necessidade de recorrer
ao Poder judiciário.
Tipicidade - Determina que o ato deve corresponder a uma das figuras
definidas previamente pela lei, como aptas a produzir determinados
resultados, sendo corolário, portanto, do princípio da legalidade.
Imperatividade - Impõe a obrigatória submissão ao ato praticado de
todos que se encontrem em seu círculo de incidência.

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REQUISITOS (elementos):
COFIFOMOOB

Competência
Finalidade
Forma
Motivo
OBjeto

Agora vamos entender cada um deles:

COMPETÊNCIA – Quem faz (Quem faz tem que ter competência para
fazer)
FINALIDADE – Para que (Finalidade pública)
FORMA – Como faz (Escrita)
MOTIVO – Por que faz
OBJETO – O que faz (Ex: multas, penalidades...)

CO-FI-FO -> VINCULADO

CLASSIFICAÇÃO:

1) Quanto ao regramento:
Vinculado – ato de exercício OBRIGATÓRIO
Discricionário - Ato possui apenas parte dos pressupostos na lei, como
competência, finalidade e forma, devendo ser preenchido pelo
administrador o que está indefinido, com razoabilidade e
proporcionalidade.

2) Quanto ao destinatário:
Gerais – destinado à coletividade, por isso não pode ser impugnado
por particular.
Individuais – destinado a pessoa certa, situação jurídica individual.

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3) Quanto ao alcance:

Interno – praticado internamente na Administração Pública, para seus


órgãos e agentes.

Externo – praticado externamente pela Administração Pública, para


administrados e contratados. É obrigatório após publicação.

4) Quanto ao objeto:

De império – praticado mediante a supremacia que prevalece em relação ao


particular. Ele é superior, sendo obrigatório seu cumprimento.

De gestão – praticado em igualdade de condição com o particular, pois são


para sua organização, regido pelo Código Civil.

De expediente – atos de rotina administrativa, para dar andamento a


processos e etc.

5) Quanto a formação (processo de elaboração):

Simples – o ato nasce da manifestação de vontade de um único órgão


(unipessoal ou colegiado) /agente da Administração Pública.

Complexo – nasce da manifestação de vontade de mais de um órgão/agente.

Composto – nasce da manifestação de vontade de um órgão/agente, mas


depende da ratificação de outro para produzir efeitos.

EXTINÇÃO:

São formas de extinção dos Atos administrativos: anulação,


revogação, cassação, caducidade, contraposição, extinção natural,
extinção objetiva e extinção subjetiva.

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Anulação - É a extinção do ato administrativo ilegal pela própria


Administração ou pelo Poder Judiciário. O ato sujeito à anulação, nasceu
inválido, não observando o princípio da legalidade.

A anulação é uma medida de controle interno, exercido pela própria


Administração, mas também pode ser uma medida de controle externo,
exercido pelo Poder Judiciário.

Os atos discricionários e os atos vinculados estão sujeitos ao controle de


legalidade e por isso, são passíveis de anulação.

Considerando que o ato ilegal é inválido desde o início de sua produção, a


anulação terá efeitos retroativos (efeito ex tunc).

Assim, em virtude de um vício de legalidade, extingue-se o ato administrativo


e os efeitos jurídicos dele decorrentes, desde a data da produção do mesmo.

A revogação - É a extinção de um ato administrativo praticado de forma


válida e discricionária, quando sua manutenção deixar de ser conveniente e
oportuna, por motivo de interesse público superveniente.

É um controle de mérito, exercido internamente pela própria Administração


Pública, que analisa se determinado ato deixou ou não de ser adequado para o
momento.

Os efeitos da revogação são proativos, ou seja, geram efeitos da data de sua


produção em diante. O efeito proativo ou não retroativo da revogação é
também chamado de efeito ex nunc.

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Existem atos que não podem ser revogados. São eles:

 Atos vinculados;

 Atos que geram direito adquirido;

 Atos consumados;

 Atos que integram um procedimento;

 Atos enunciativos.

A cassação é a extinção de uma ato administrativo válido em função do


descumprimento das condições para sua manutenção, pelo seu beneficiário.

Os efeitos da cassação são proativos, ou seja, são contados da data de sua


produção a diante – efeito ex nunc.
(Suponha que um particular tenha preenchido, legalmente, os requisitos para a
concessão da licença para dirigir.
Se o particular for pego, dirigindo embriagado, terá a sua licença cassada pois
descumpriu uma condição para a sua manutenção.)

Outras Formas de Extinção dos Atos Administrativos

A caducidade é a extinção do ato administrativo pelo surgimento de uma lei


posterior incompatível com o ato anteriormente praticado.
Exemplo de Caducidade: retirada da autorização do uso de um bem público,
em virtude da edição de uma lei que proibiu esse uso.

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A contraposição é a extinção de um ato administrativo válido, em decorrência


da produção de outro ato cujos efeitos foram opostos ao seu.
Exemplo de Contraposição: exoneração de um servidor que derruba os efeitos
de sua nomeação.

Extinção natural, objetiva e subjetiva:

A extinção natural ocorre após transcorrido o prazo previsto para a duração


do ato administrativo.

A extinção objetiva ocorre após o desaparecimento do objeto do ato


administrativo.

Já a extinção subjetiva ocorre após o desaparecimento do sujeito destinatário


do ato administrativo.

4.ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

ORGÃOS PÚBLICOS

Administração Direta x Administração Indireta


(Organização administrativa)

Na organização administrativa essa diferenciação é importante, pois é a partir


dela que é possível vislumbrar os agentes que exercem a função administrativa
e qual a sua posição frente ao ente federativo.

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Administração Direta – Conjunto de órgãos que integram as pessoas


federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma
centralizada, das atividades administrativas do Estado

Administração Indireta – Conjunto de pessoas administrativas que,


vinculadas à respectiva Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar as
atividades administrativas de forma descentralizada.

A Administração Indireta, na verdade, é o próprio Estado executando algumas de


suas funções de forma descentralizada.

Daí outros dois importantes conceitos.

Administração Centralizada x Administração


Descentralizada

Centralização – É o desempenho de competências administrativas por uma


única pessoa jurídica governamental. A distribuição das competências dentro
do mesmo ente federado é chamada de desconcentração.

Descentralização – As competências administrativas são exercidas por


pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade. Ex:
Autarquias, empresas públicas etc. (Possuem personalidade Jurídica própria.)

Órgão – Sem personalidade Jurídica

Entidade – Possui personalidade jurídica própria, sempre terá capacidade

processual.

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Entidades da Administração Pública Indireta

A Administração Pública Indireta é composta por pessoas jurídicas


autônomas que podem ter natureza jurídica de direito privado ou público.
Abaixo, apresentamos as referidas entidades e suas principais caraterísticas,
de maneira sucinta:

AUTARQUIAS

São pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração


Pública Indireta, criadas por lei específica para o exercício de atividades
típicas da Administração Pública.

Ex. Autarquias Federais: INSS e IBAMA

Ex. Autarquias Estaduais: Em Minas Gerais – IMA (Instituto Mineiro de


Agropecuária) e IEF (Instituto Estadual de Florestas)

Ex. Autarquias Municipais: SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto

EMPRESAS PÚBLICAS

São pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização legislativa,


com totalidade de capital público e regime organizacional livre. (MAZZA,
2012)

Exemplo: Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e Empresa Brasileira de


Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO)

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FUNDAÇÕES PÚBLICAS

São pessoas jurídicas de direito público interno, instituídas por lei específica
mediante a afetação de um acervo patrimonial do Estado a uma dada
finalidade pública.

Exemplo: FUNAI e IBGE

Características: as mesmas das autarquias, razão pela qual também são


conhecidas como Autarquias Fundacionais ou Fundações Autárquicas.

SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

Pessoas jurídicas de direito privado, criadas mediante autorização legislativa,


com maioria de capital público e organizadas obrigatoriamente como
sociedades anônimas.

Exemplo: Petrobrás e Banco do Brasil

AGENTES PÚBLICOS

O QUE SÃO:

Qualquer pessoa física exercendo (mesmo que temporariamente e sem


receber salário) por eleição, nomeação ou contratação qualquer forma de
cargo, mandato, emprego ou função pública.

Então, para ser um Agente Público não importa se você está sendo
remunerado ou não, nem se o vínculo com o Estado é permanente ou
temporário. O importante é que o indivíduo esteja atuando em uma atribuição
de acordo com a vontade do Estado.

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Há duas espécies existentes de agentes públicos. Os servidores


públicos e os agentes públicos.

E essa é uma diferenciação importante, bastante frequente em questões de


concurso.

Servidores Públicos - Estatuário

O Servidor Público é o Agente que possui uma relação funcional com o


Estado. Ou seja, ele está submetido a um regime jurídico estatutário (legal) de
Direito Público.

Os Servidores Públicos são titulares de cargos públicos, efetivos ou em


comissão.

Exemplo de servidores públicos: policiais civis e militares, juízes, secretários


de estado etc.

Empregados Públicos

Já os Empregados Públicos são Agentes que estão sob o regime contratual


trabalhista, ou seja, são celetistas.

Embora estejam a serviço do Estado, o regime jurídico a que estão submetidos


é de Direito Privado, pois o vínculo deles com a Administração Pública é
contratual.

Exemplo de empregados públicos: funcionários terceirizados contratados


pela Administração Pública.

Classificação dos Agentes Públicos

Falamos das espécies de Agentes Públicos, mas também precisamos entender


as diferentes classificações em que eles se enquadram.

Existem 5 categorias de Agentes Públicos. São elas:

Agentes Políticos
 Agentes Administrativos
 Agentes Honoríficos
 Agentes Delegados
 Agentes Credenciados

Vamos conhecer detalhadamente cada uma dessas classificações.

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Agentes Políticos

Começando pelos agentes políticos, que são os ocupantes dos altos cargos
da Administração Pública. São os dirigentes governamentais, e aqueles que
orientam, criam diretrizes e supervisionam os Governos.

Alguns Agentes Políticos:

 Presidente da República
 Governadores
 Prefeitos
 Senadores
 Deputados
 Vereadores
 Juízes
 Desembargadores
 Promotores
 Procuradores
 Ministros
 Secretários

As competências dos Agentes Políticos são diretamente derivadas da


Constituição Federal. Eles não estão subordinados a outras autoridades
(exceto os auxiliares diretos dos chefes do Executivo, a exemplo de
ministros e secretários).

Agentes Administrativos

A classificação de Agente Administrativo é dada para quem tem uma atuação


pública profissional e remunerada. Eles estão sujeitos à hierarquia da
Administração Pública, ocupando cargos públicos.

Os Agentes Administrativos podem ser servidores públicos, empregados


públicos ou temporários.

Já explicamos acima o conceito de servidor público (estatutário) e empregado


público (celetista).

Já o temporário está submetido a um contrato de direito público temporário, de


natureza não trabalhista.

Muitos estados brasileiros contratam professores e outros profissionais através


desse tipo de vínculo temporário.

São Agentes Administrativos os professores, policiais, enfermeiros,


médicos e outros profissionais que exercem cargos públicos.

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Agentes Honoríficos

Os Agentes Honoríficos não são profissionais contratados pela Administração


Pública. Eles apenas colaboram transitoriamente com o Estado, para
exercer determinadas funções.

Como não há vínculo profissional, é muito raro que sejam remunerados.


Alguns exemplos: mesários eleitorais, membros dos Conselhos Tutelares,
membros do tribunal do júri etc.

Agentes Delegados

Já os Agentes Delegados são particulares que têm a responsabilidade de


exercer uma atividade específica (obras, por exemplo) por delegação do
Estado, que deve fiscalizar sua atuação.

Embora colaborem com o Poder Público, não são considerados servidores.


Eles são permissionários ou subsidiários de serviços públicos.

Um exemplo sempre utilizado é o caso dos leiloeiros, que realizam leilões de


bens públicos.

Agentes Credenciados

A quinta e última classificação dos Agentes Públicos é a de Agentes


Credenciados, que nada mais são que pessoas que representam o Estado
em alguma circunstância.

Um exemplo muito citado é a de um artista que, representando o país,


recebe uma medalha ou honraria no exterior em nome do Governo. Ou o
pesquisador que participa de um seminário internacional representando o
Brasil.

4. Regime jurídico do militar estadual: Estatuto dos


Policiais Militares do Estado da Bahia (Lei
estadual nº 7.990, de 27 de dezembro de 2001).

Então galera, aqui abordaremos os PRINCIPAIS ARTIGOS do Estatuto


da PMBA, daremos ênfase ao que é mais recorrente nas provas, então
pegue sua legislação e comece a grifar todos os conteúdos que
mencionaremos como os mais importantes.

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OBS: Lembrem-se de fazer a leitura de todo o estatuto e


regulamento, não ignore nem menospreze nenhum artigo, pois
mesmo tendo alguns sendo menos importantes, a banca pode nos
surpreender esse ano, no entanto, vamos ler meu povo. ;)
#ficaadica!

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o - Este Estatuto regula o ingresso, as situações


institucionais, as obrigações, os deveres, direitos, garantias e
prerrogativas dos integrantes da Polícia Militar do Estado da
Bahia.
Art. 2o - Os integrantes da Polícia Militar do Estado da Bahia
constituem a categoria especial de servidores públicos militares
estaduais denominados policiais militares, cuja carreira é integrada
por cargos técnicos estruturados hierarquicamente.

Art. 3o - A hierarquia e a disciplina são a base


institucional da Polícia Militar.
DECORE, POIS CAI!

§ 1o - A hierarquia policial militar é a organização em carreira da autoridade em níveis


diferentes, dentro da estrutura da Polícia Militar, consubstanciada no espírito de acatamento à
seqüência de autoridade.

§ 2o - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento


integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo policial militar e coordenam seu
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos
componentes desse organismo.
§ 3o - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser observados e
mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre os policiais
militares.

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DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR

DOS REQUISITOS E CONDIÇÕES PARA O INGRESSO

Art. 5o - São requisitos e condições para o ingresso na Polícia


Militar:
I - Ser brasileiro nato ou naturalizado;
II - Ter o mínimo de 18 anos e o máximo de 30 anos de idade;
III - estar em dia com o Serviço Militar Obrigatório;
IV - Ser eleitor e achar-se em gozo dos seus direitos políticos;
V - Possuir idoneidade moral, comprovada por meio de folha corrida
policial militar e judicial, na forma prevista em edital;
VI - Aptidão física e mental, comprovada mediante exames
médicos, testes físicos e exames psicológicos, na forma prevista em
edital;
VII - possuir estatura mínima de 1,60 m para candidatos do sexo
masculino e 1,55 m para as candidatas do sexo feminino;
VIII - possuir a escolaridade ou formação profissional exigida ao
acompanhamento do curso de formação a que se candidata, na
forma prevista em edital.
IX -Possuir Carteira Nacional de Habilitação válida, categoria B.
Art. 6o - O ingresso na Polícia Militar é assegurado aos aprovados
em concurso público de provas ou de provas e títulos, mediante
matrícula em curso profissionalizante, observadas as condições
prescritas nesta Lei, nos Regulamentos e nos respectivos editais de
concurso da Instituição.

DO COMPROMISSO POLICIAL MILITAR


Art. 7o - Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar,
prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação
consciente das obrigações e dos deveres policiais militares e
manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.

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Art. 8o - O compromisso a que se refere o artigo anterior terá


caráter solene e será prestado pelo policial militar na presença da
tropa, no ato de sua investidura, conforme os seguintes dizeres:
"Ao ingressar na Polícia Militar do Estado da Bahia, prometo regular
a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente
as ordens legais das autoridades a que estiver subordinado e
dedicar-me inteiramente ao serviço policial militar, à manutenção da
ordem pública e à segurança da sociedade mesmo com o risco da
própria vida".

DA HIERARQUIA POLICIAL MILITAR

Decore, foi questão de prova em 2017!

POSTO - à é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do


Governador do Estado e registrado em Carta-Patente.

GRADUAÇÃO - à é o grau hierárquico do Praça, conferido pelo


Comandante-Geral da Polícia
Militar.
PRAÇAS ESPECIAIS - à são os Aspirantes-a-Oficial PM e os
alunos de cursos de formação para ingresso nos quadros da
PM.

Art. 9o - Os postos e graduações da escala hierárquica são os


seguintes:

I - Oficiais:
Coronel PM;
Tenente Coronel PM;
Major PM;
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Capitão PM;
1º Tenente PM.

II - Praças Especiais:
Aspirante-a-Oficial PM;
Aluno-a-Oficial PM;
Aluno do Curso de Formação
de Sargentos PM;
Aluno do Curso de Formação de Cabos PM;
Aluno do Curso de Formação de Soldados PM.
(Os praças especiais são todos os alunos e o aspirante a oficial).

III - Praças:
Subtenente PM;
1o Sargento PM;
Cabo PM;
Soldado 1a Classe PM.

Qual maior posto: CORONEL PM

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OFICIAIS:
Coronel PM
Ten. Coronel PM
Major PM
Capitão PM
1º Tenente
PRAÇAS Especiais:
Aspirante-a-Oficial PM;
Aluno-a-Oficial PM;
Aluno do Curso de Formação
de Sargentos PM;
Aluno do Curso de Formação de Cabos PM;
Aluno do Curso de Formação de Soldados PM.
PRAÇAS:
Subtenente PM
Cabo PM
Sargento PM
Soldado 1º Classe PM

Art. 11 - A precedência entre policiais militares da ativa, do mesmo grau


hierárquico, é assegurada pela antiguidade no posto ou graduação e pelo
Quadro, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em Lei.
§ 1o - A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da
assinatura do ato da respectiva promoção ou nomeação, salvo quando for
fixada outra data.
§ 3o - Nos casos de nomeação coletiva por conclusão de curso e promoção ao
primeiro posto ou graduação, prevalecerá, para efeito de antiguidade, a ordem
de classificação obtida no curso.

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§ 4o - Em igualdade de posto ou graduação, os policiais


militares da ativa têm precedência sobre os da inatividade.

§ 7o - A precedência entre os Praças Especiais e aos demais é


assim regulada:
O Aspirante Oficial é hierarquicamente superior aos praças;
O Aluno Oficial é hierarquicamente superior aos Subtenentes;
O Aluno do Curso de Formação de Sargentos é hierarquicamente
superior ao Cabo.

DAS FORMAS DE PROVIMENTO

Art. 12 - São formas de provimento do cargo de policial militar:


I - Nomeação;
II - Reversão;
III - Reintegração.

Nomeação
Art. 13 - A nomeação far-se-á em caráter permanente, quando se tratar de
provimento em cargo da carreira ou em caráter temporário, para cargos de livre
nomeação e exoneração.
§ 1o - A investidura nos cargos dar-se-á com a posse e o efetivo exercício com
o desempenho das atribuições inerentes aos cargos.

§ 2o - São competentes para dar posse o Governador do Estado


e o Comandante Geral da Polícia Militar.

Reversão
Art. 14 - A reversão é o ato pelo qual o Policial Militar retorna ao
serviço ativo e ocorrerá nas seguintes hipóteses:
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I - Quando cessar o motivo que determinou a sua agregação, devendo retornar


à escala hierárquica, ocupando o lugar que lhe competir na respectiva escala
numérica, na primeira vaga que ocorrer;

II - Quando cessar o período de exercício de mandato eletivo,


devendo retornar ao mesmo grau hierárquico ocupado e mesmo
lugar que lhe competir na escala numérica no momento de sua
transferência para a reserva remunerada.
§ 1o - O Policial Militar revertido nos termos do inciso II, deste artigo, que for
promovido, passará a ocupar o mesmo lugar na escala numérica, observado o
novo grau hierárquico, sendo tal previsão aplicada, tão somente, à primeira
promoção ocorrida após a reversão.

§ 2o - A competência para a reversão será:


I - Da mesma autoridade que efetuou a agregação, nos termos
do art. 26, desta Lei;
II - Da autoridade competente para efetuar a transferência do Policial Militar
para a reserva remunerada, nos termos da legislação vigente.

§ 3o - Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o retorno ao


serviço ativo deverá ocorrer no primeiro dia útil imediatamente
subsequente ao término do mandato eletivo.
§ 4o - Não poderá haver interrupção entre o momento da transferência do
Policial Militar para a inatividade, em razão do exercício de mandato eletivo, e o
seu posterior retorno à Corporação, em face do disposto no inciso II deste
artigo.
§ 5o - O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos Policiais Militares que
tenham exercido ou que se encontrem no exercício de mandato eletivo
estadual no momento da edição desta Lei, vedado o pagamento, em caráter
retroativo, de diferenças remuneratórias de qualquer natureza em decorrência
da aplicação do disposto neste parágrafo.

§ 6o - Para fins de reversão, prevista no inciso II deste artigo, é


obrigatório que o Policial Militar não tenha atingido a idade
limite de 60 (sessenta) anos.

Reintegração
Art. 15 - A reintegração é o retorno do policial militar demitido ao
cargo anteriormente ocupado ou o resultante de sua
transformação, quando invalidado o ato de afastamento pela via
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judicial, por sentença transitada em julgado, ou pela via


administrativa, nos termos do art. 91 desta Lei.

DAS SITUAÇÕES INSTITUCIONAIS DA POLÍCIA MILITAR

Art. 16 - As policiais militares encontram-se organizados em


carreira, em uma das seguintes situações institucionais:

I - Na ativa:
Os de carreira;
Os convocados;
As praças especiais.
Os agregados;
Os excedentes;
Os ausentes e desertores;
Os desaparecidos e extraviados.
II - Na inatividade:
a) os da reserva remunerada;
b) os reformados.
III - os da reserva não remunerada.

Policial Militar de Carreira


Art. 17 - O policial militar de carreira é aquele que se encontra no desempenho
do serviço policial militar a partir da conclusão com aproveitamento, do
respectivo curso de formação.

Policial Militar Convocado


Art. 18 - O policial militar da reserva remunerada, por conveniência
da Administração, em caráter transitório e mediante aceitação
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voluntária, poderá ser convocado para o serviço ativo, por ato do


Governador do Estado.
§ 1o - O Policial Militar convocado nos termos deste artigo terá os direitos e
deveres dos da ativa de igual situação hierárquica, exceto quanto à promoção,
a qual não concorrerá, fazendo jus ao respectivo acréscimo no seu tempo de
serviço e a uma indenização no valor de 50% (cinquenta por cento)
dos seus proventos, enquanto perdurar a convocação.
§ 2o - A convocação de que trata este artigo terá a duração necessária ao
cumprimento da atividade ou missão que lhe deu origem e deverá ser
precedida de inspeção de saúde, vedado o exercício de cargo ou função de
comando, direção e chefia.
§ 3o - Não implicará em convocação a nomeação para cargo em comissão.

Agregação
Art. 21 - A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa deixa de
ocupar vaga na escala hierárquica de seu Quadro, nela permanecendo sem
número.

Parágrafo único - O policial militar agregado, quando no


desempenho de cargo policial militar, ou considerado de
natureza policial militar, concorrerá à promoção, por qualquer
dos critérios, sem prejuízo do número de concorrentes regularmente
estipulado.

Art. 26 - A agregação se faz:


I - Por ato do Governador do Estado ou da autoridade por ele
delegada, quanto aos Oficiais;
II - Por ato do Comandante Geral ou da autoridade por ele
delegada, quanto aos praças.

Excedente

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Art. 27 - Excedente é a situação transitória a que,


automaticamente, passa o policial militar.
§ 3o - O policial militar, excedente por haver sido promovido por bravura sem
haver vaga, ocupará a primeira vaga aberta, deslocando o critério de promoção
a ser seguido para a vaga seguinte.

Policial Militar Ausente

Art. 28 - É considerado ausente o policial militar que, por mais de


vinte e quatro horas consecutivas:
I - Deixar de comparecer à sua organização policial militar sem comunicar
motivo de impedimento;
II - Ausentar-se, sem licença, da organização policial militar onde serve ou do
local onde deva permanecer;
III - deixar de se apresentar no lugar designado, findo o prazo de trânsito ou
férias;
IV - Deixar de se apresentar à autoridade competente após a cassação ou
término de licença ou agregação ou ainda no momento em que é efetivada
mobilização, declarado o estado de defesa, de sítio ou de guerra;
V - Deixar de se apresentar a autoridade competente, após o término de
cumprimento de pena.
§ 1o - É também considerado ausente o policial militar que deixar de se
apresentar no momento da partida de comboio que deva integrar, por ocasião
de deslocamento da unidade em que serve.
§ 2o - Decorrido o prazo mencionado neste artigo, serão adotadas as
providências cabíveis para a averiguação da ausência, observando-se os
procedimentos disciplinares previstos neste Estatuto e/ou criminais.

DESERTOR – Consultar o CODIGO PENAL MILITAR

(Aquele que se ausenta por mais de 8 dias, consuma-se no 9º dia.)

Policial Militar Desaparecidos e extraviados

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Art. 30 - É considerado desaparecido o policial militar na ativa, assim declarado


por ato do Comandante Geral, quando no desempenho de qualquer serviço,
em viagem, em operação policial militar ou em caso de calamidade
pública, tiver paradeiro ignorado por mais de 8 dias.

Parágrafo único - A situação de desaparecimento só será considerada


quando não houver indício de deserção.

Art. 31 - O policial militar que, na forma do artigo anterior, permanecer


desaparecido por mais de 30 dias, será oficialmente considerado extraviado e
agregado na forma do art. 23, inciso XV.

Policial Militar da Reserva Remunerada


Art. 32 - O policial militar da reserva remunerada é aquele afastado do serviço
que, nessa situação, receba remuneração do Estado, ficando sujeito à ação
disciplinar da Instituição e à prestação de serviços na ativa, nos termos do art.
18 deste Estatuto.

Policial Militar Reformado


Art. 33 - O policial militar reformado é o que está dispensado definitivamente
da prestação do serviço ativo, recebendo remuneração pelo Estado e
permanecendo sujeito ao controle disciplinar da Instituição.

Policial Militar da Reserva Não Remunerada


Art. 34 - O oficial militar da reserva não remunerada é aquele ex-integrante do
serviço ativo exonerado na forma do art. 186.

Parágrafo único - O oficial da reserva não remunerada não está


sujeito à ação disciplinar da Instituição nem a convocação.

Art. 35 - O policial militar, habilitado em concurso público e


nomeado para cargo de sua carreira, adquirirá estabilidade ao
completar três anos de efetivo exercício, desde que seja
aprovado no estágio probatório, por ato homologado pela
autoridade competente.

Art. 36 - O estágio probatório compreende um período de 36


meses, durante o qual serão observadas a aptidão e capacidade
para o desempenho do cargo, observados, entre outros, os
seguintes fatores:

I - Assiduidade;

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II - Disciplina;

III - Observância das normas hierárquicas e ética militar;

IV - Responsabilidade;

V - Capacidade de adequação para cumprimento dos deveres


militares;

VI - Eficiência.
§ 1o - A autoridade competente terá o prazo improrrogável de trinta dias
para a homologação do resultado do estágio probatório.

§ 2o - O período em que a praça especial encontrar-se no curso de formação


será computado para o estágio probatório de que trata este artigo.

DOS VALORES POLICIAIS MILITARES


Art. 38 - São manifestações essenciais dos valores policiais militares:

I - O sentimento de servir à sociedade, traduzido pela vontade de cumprir o


dever policial militar e pelo integral devotamento à preservação da ordem
pública e à garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana;

II - o civismo e o respeito às tradições históricas;

III - a fé na elevada missão da Polícia Militar;

IV - O orgulho do policial militar pela Instituição;

V - O amor à profissão policial militar e o entusiasmo com que é exercida;

VI - O aprimoramento técnico-profissional.

DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES

Art. 41 - Os deveres policiais militares emanam de um conjunto de


vínculos morais e racionais, que ligam o policial militar à pátria,
à Instituição e à segurança da sociedade e do ser humano, e
compreendem, essencialmente:

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I - a dedicação integral ao serviço policial militar e a fidelidade à Instituição


a que pertence;

II - o respeito aos Símbolos Nacionais;

III - a submissão aos princípios da legalidade, da probidade, da moralidade e


da lealdade em todas as circunstâncias;

IV - a disciplina e o respeito à hierarquia;

V - o cumprimento das obrigações e ordens recebidas, salvo as


manifestamente ilegais;

VI - o trato condigno e com urbanidade a todos;

VII - o compromisso de atender com presteza ao público em geral, prestando


com solicitude as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

VIII - a assiduidade e pontualidade ao serviço, inclusive quando convocado


para cumprimento de atividades em horário extraordinário.

DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO

Art. 43 - A subordinação é o respeito ao princípio da hierarquia, em


face do qual as ordens dos superiores, salvo as manifestamente
ilegais, devem ser plena e prontamente acatadas.
Parágrafo único - A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade
pessoal do policial militar e decorre, exclusivamente, da estrutura
hierarquizada da Polícia Militar.

Art. 44 - As funções de comando, de chefia, de coordenação e de direção


de organização policial militar são privativas dos integrantes do Quadro de
Oficiais Policiais Militares.

DA ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES
Art. 50 - O policial militar responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições.

§ 4o - As responsabilidades civil, penal e administrativa poderão cumular-se,


sendo independentes entre si.

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§ 5o - A responsabilidade administrativa do policial militar policial militar


prescreverá:

1. Em 5 anos, quanto às infrações puníveis com demissão;

2. Em 3 anos, quanto às infrações puníveis com sanções de detenção;

3 Em 180 dias, quanto às demais infrações.

DAS PENALIDADES

Art. 52 - São sanções disciplinares a que estão sujeitos os policiais militares:

I - advertência;

Art. 54 - A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de


proibição e de inobservância de dever funcional previstos em Lei,
regulamento ou norma interna, que não justifiquem imposição de
penalidade mais grave.

II - detenção;

Art. 55 - A detenção será aplicada em caso de reincidência em faltas punidas


com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a demissão, não podendo exceder de 30 dias, devendo ser
cumprida em área livre do quartel.

Art. 56 - A penalidade de advertência e a de detenção terão seus registros


cancelados, após o decurso de 2 anos, quanto à primeira, e 4 anos,
quanto a segunda, de efetivo exercício, se o policial militar não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único - O cancelamento da penalidade não produzirá efeitos


retroativos.

III - demissão;

Art. 57 - A pena de demissão, observada as disposições do art. 53 desta


Lei, será aplicada nos seguintes casos:

I - a prática de violência física ou moral, tortura ou coação contra os


cidadãos, pelos policiais militares, ainda que cometida fora do serviço;

IV- cassação de proventos de inatividade.

II - a consumação ou tentativa como autor, coautor ou partícipe em crimes que


o incompatibilizem com o serviço policial militar.
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XIII - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal ou claramente


inexequível, que possa acarretar ao subordinado responsabilidade, ainda que
não chegue a ser cumprida;

LEI No 13.201 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2014

REORGANIZA A POLÍCIA MILITAR DA BAHIA, DISPÕE SOBRE O SEU


EFETIVO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DA FINALIDADE E COMPETÊNCIAS

Art. 1º A Polícia Militar da Bahia tem por finalidade preservar a


ordem pública, a vida, a liberdade, o patrimônio e o meio
ambiente, de modo a assegurar, com equilíbrio e equidade, o bem
estar social, na forma da Constituição Federal e da Constituição do
Estado da Bahia, compete:
I - executar, com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares às Forças
Armadas, o policiamento ostensivo fardado, planejado pelas autoridades
policiais militares competentes, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a
preservação da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos;

II - exercer a missão de polícia ostensiva de segurança, de trânsito urbano e


rodoviário, de proteção ambiental, guarda de presídios e instalações vitais,
além do relacionado com a prevenção criminal, justiça restaurativa, proteção e
promoção aos direitos humanos, preservação e restauração da ordem pública;

III - atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão em locais ou áreas


específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem, mediando
conflitos e gerenciando crises em segurança pública;

IV - atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem,


precedendo o eventual emprego das Forças Armadas, e exercer a atividade de
repressão criminal especializada;

V - exercer a função de polícia judiciária militar, na forma da lei;

VI - promover e executar ações de inteligência, de forma integrada com o


Sistema de Inteligência, na forma da lei;

32
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VII - promover e executar pesquisa, estatística e análise criminal, com vistas à


eficácia do planejamento e ação policial militar;

VIII - garantir o exercício do poder de polícia aos órgãos públicos,


especialmente os da área fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de uso
e ocupação do solo e do patrimônio cultural;

IX - atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso


de guerra externa ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou
ameaça de sua irrupção, subordinando-se à Força Terrestre para emprego em
suas competências específicas de polícia militar e como participante da Defesa
Interna e da Defesa Territorial, na forma da legislação específica;

X - instruir e orientar, na forma da lei federal, as guardas municipais se assim


convier à Administração do Estado e dos respectivos Municípios;

XI - instaurar o inquérito policial militar;

XII - instaurar sindicâncias, processos disciplinares sumários e processos


administrativos disciplinares para apurar transgressões disciplinares atribuídas
aos policiais militares, sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 57 desta Lei;

XIII - realizar vistorias e inspeções em estruturas e edificações utilizadas para


eventos públicos, com vistas à segurança pública;

XIV - exercer outras competências necessárias ao cumprimento da sua


finalidade institucional.

§ 1º O Comando Supremo da Polícia Militar é exercido pelo Governador do


Estado, na forma da Constituição Estadual.

(...)

§ 3º Para cumprimento das suas funções institucionais, caberá à Polícia Militar:

I - realizar a seleção, recrutamento, formação, aperfeiçoamento, capacitação,


desenvolvimento profissional e cultural de seus servidores;

II - promover e executar as atividades de ensino, pesquisa e extensão dos seus


servidores.

Art. 2º A Polícia Militar é regida pelos seguintes princípios


institucionais:
I - hierarquia militar;

II - disciplina militar;

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III - legalidade;

IV - impessoalidade;

V - moralidade;

VI - transparência;

VII - publicidade;

VIII - efetividade;

IX - eficiência;

X - ética;

XI - respeito aos direitos humanos;

XII - proteção e promoção à dignidade da pessoa humana;

XIII - profissionalismo;

XIV - unidade de doutrina;

XV - interdisciplinaridade;

XVI - autonomia institucional.

Art. 3º A Polícia Militar promoverá os meios necessários para difundir a


importância do seu papel institucional, de forma a viabilizar o indispensável
nível de confiabilidade da população, inclusive através do estabelecimento de
canais de comunicação permanentes com a sociedade civil organizada.

Art. 4º A Polícia Militar será comandada por Oficial da ativa da PMBA, do último
posto do

Quadro de Oficiais Policiais Militares, nomeado pelo Governador do


Estado.

Art. 5º O Subcomandante-Geral será nomeado pelo Governador do Estado,


dentre os Coronéis da ativa, pertencente ao Quadro de Oficiais Policiais
Militares.

DA ORGANIZAÇÃO

Art. 6º A Polícia Militar tem a seguinte estrutura básica:

I - Órgãos Colegiados:

II - Órgãos de Direção Geral:


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III - Órgãos de Direção Estratégica:

IV - Corregedoria da Polícia Militar;

V - Órgãos de Direção Tática:

VI - Órgãos de Direção Administrativa e Logística:

VII - Órgãos de Direção Setorial:

VIII - Órgãos de Execução do Ensino:

IX - Órgão de Execução Operacional:

X - Ouvidoria.

Art. 7º O Alto Comando da Polícia Militar tem a seguinte composição:

I - o Comandante-Geral da Polícia Militar, que o presidirá;

II - o Subcomandante-Geral da Polícia Militar;

III - o Comandante de Operações Policiais Militares;

IV - o Comandante de Operações de Inteligência;

V - o Corregedor-Chefe;

VI - o Diretor do Departamento de Planejamento, Orçamento e Gestão;

VII - o Diretor do Departamento de Pessoal;

VIII - o Diretor do Departamento de Apoio Logístico;

IX - o Diretor do Departamento de Modernização e Tecnologia.

Art. 8º Ao Alto Comando compete assessorar o Comando-Geral na formulação


das diretrizes da política institucional da Polícia Militar e as estratégias para a
sua consecução, bem como deliberar sobre o Plano Estratégico da Polícia
Militar e os conflitos de atribuições entre as suas unidades.

Art. 9º O Colégio de Coronéis, órgão consultivo e propositivo, convocado e


presidido pelo Comandante-Geral, é constituído pelos Coronéis da ativa,
quando no exercício dos cargos privativos do posto de Coronel previstos no
Quadro de Organização da Polícia Militar, tendo como finalidade a análise e
discussão sobre assuntos de relevante interesse da Corporação, ressalvada a
competência do Alto Comando.

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Art. 10 O Comando-Geral, órgão diretivo superior e estratégico, tem por


finalidade planejar, dirigir, executar, avaliar, deliberar e controlar as atividades
da Polícia Militar da Bahia.

Art. 11 O Gabinete do Comando-Geral tem por finalidade prestar assistência ao

Comandante-Geral em suas atribuições técnicas e administrativas e nas


relações de interesse da Polícia Militar, com órgãos e instituições dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, em âmbito Federal, Estadual e Municipal, do
Ministério Público, dos Tribunais de Contas e de Organismos Internacionais.

Art. 12 O Subcomando-Geral, órgão de direção geral das atividades da Polícia


Militar, tem por finalidade assessorar o Comando-Geral na elaboração da
política e estratégia institucional, na integração e coordenação dos sistemas da
Polícia Militar, bem como na supervisão, controle e avaliação das atividades
administrativas e operacionais.

Art. 13 O Gabinete do Subcomando-Geral tem por finalidade prestar


assistência ao Subcomandante Geral da Polícia Militar em suas atribuições
técnicas e administrativas.

Art. 43 A Ouvidoria tem por finalidade receber denúncias, reclamações e


representações de atos desabonadores, bem como proceder ao registro de
atos abonadores referentes à conduta dos integrantes da Corporação e críticas
ao seu regular desempenho na prestação de serviços, funcionando em estreita
articulação, com as Ouvidorias Setoriais.

DA REGIONALIZAÇÃO E DO DESDOBRAMENTO

Art. 44 A ação policial militar dar-se-á em todo território do Estado, de forma


regionalizada, por meio de planejamento e acompanhamento dos Comandos
de Operações Policiais Militares e sob as diretrizes do Comando-Geral.

Art. 45 O desdobramento das regiões em áreas, áreas especiais, subáreas e


setores será estabelecido em conformidade com as necessidades e
características fisiográficas, psicossociais, políticas e econômicas, ficando
autorizado o Comandante-Geral da Polícia Militar a adotar as providências
neste sentido.

DO PESSOAL

Art. 46 O efetivo da Polícia Militar será distribuído nos seguintes Quadros:

I - Oficiais:

a) Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM;

b) Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Militar/Médico - QOSPM/Médico;

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c) Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Militar/Odontólogo -


QOSPM/Odontólogo;

d) Quadro de Oficiais Especialistas Policiais Militares - QOEPM;

e) Quadro de Oficiais Auxiliares Policiais Militares - QOAPM;

II - Praças:

a) Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 58 Constituem Comissões Permanentes da Polícia Militar, que se regem


por legislação específica:

I - Conselho de Mérito da Polícia Militar;

II - Comissão de Promoção de Oficiais da PMBA;

III - Comissão de Promoção de Praças da PMBA;

IV - Comissão Permanente Revisional do Regulamento de Uniformes da


PMBA.

BOA SORTE!

RUMO A PMBA 2019!

‘’ Lute. Acredite. Conquiste. Perca. Deseje. Espere. Alcance. Invada. Caia. Seja
tudo o quiser ser, mas acima de tudo, seja você sempre.’’

Criadora desse material: @eu.leitemay_

Dúvidas, entrem em contato comigo, bons estudos guerreiros!

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