Introdução........................................................................................................................................2
Razões da Expansão........................................................................................................................3
Locais de Fixação............................................................................................................................3
O Comércio......................................................................................................................................4
No Plano Económico.......................................................................................................................4
No Plano Cultural............................................................................................................................5
No Plano Político.............................................................................................................................5
Factores Económicos.......................................................................................................................8
Factores Sociais...............................................................................................................................9
Factores Religiosos..........................................................................................................................9
Conclusão......................................................................................................................................11
Bibliografia....................................................................................................................................11
Introdução
Presente trabalho irei abordar acerca da penetracao mercantil europeia e Arabe-persa que teve
como seu palco o continente Africano principalmente em Mocambique a partir do século IX, e
durante quase 10 séculos, a História de Moçambique foi marcada pela penetração e actuação de
mercadores estrangeiros vindos da Ásia, numa primeira fase e, posteriormente, da Europa, em
especial de Portugal. Foi um longo período durante o qual Moçambique esteve ligado ao mundo,
mas numa relação estritamente comercial, portanto sem pretensões de exercer domínio político.
O trabalho tem como finalidade a consolidação dos conhecimentos adquiridos durante nas aulas
de historia, com objectivo de saber delinear as razoes da expansao mercantil em Mocambique
isto é debrucar os factores que levaram os Arabes e Portugues se fixarem-se em solo
Mocambicano.
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A Penetração Mercantile Árabe-persa
Os primeiros mercadores que actuaram em Moçambique foram os árabe-persa, provenientes da
Península Arábica e do Golfo-Pérsico.
Razões da Expansão
A fixação dos mercadores árabes em Moçambique ocorreu na sequência da expansão árabes
motivada sobretudo por razões económicas e ideológicas, entre as quais:
Procura de terras férteis - Para a prática da actividade agro-pecuária pois nas suas
regiões de origem não existiam condições para a prática das mesmas;
Locais de Fixação
Inicialmente essas populações estabeleceram-se nas Ilhas de Zanzibar e Pemba. No século XIII
os árabes fixaram-se em entrepostos comerciais por eles fundados ao longo da costa, tais como
Quíloa, Mombaça, Sofala e Mogadíscio. Estabeleceram-se na costa para poder controlar o
comércio com o hinterland e se defenderem das tribos continentais.
Numa segunda fase os árabes penetraram no interior de Moçambique, após terem sofrido um
bloqueio económico em Sofala levado à cabo por mercadores portugueses. Angoche passou a
servir de feitoria para trocas comerciais com o rio Zambeze como rota mercantil pela qual se
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escoavam os produtos do hinterlandpara a costa donde partiam para Arábia Saudita. Assim,
surgiu o comércio à longa distância.
O Comércio
O comércio entre os árabe-persas e os povos africanos, envolvia sobretudo o ouro adquirido em
terras africanas em troca de bens de prestígios (panos de seda, objectos de vidro, missangas,
cobres, bebidas alcoólicas e outras bugigangas) e especiarias.
O ouro era usado para o pagamento das especiarias na Índia com as quais a burguesia local
conseguia entrar no mercado europeu de produtos exóticos. Moçambique passou a constituir a
principal reserva de meios de pagamento de especiarias (pimenta, canela, etc.).
No Plano Económico
Uma das consequências da penetração mercantil árabe em Moçambique foi o desenvolvimento
do comércio. É certo que já aconteciam trocas comerciais antes da penetração árabe mas o seu
volume era bastante reduzido. A partir do contacto com os árabes, as sociedades do norte de
Moçambique incrementaram as relações comerciais e entraram definitivamente no comércio
internacional.
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A penetração árabe levou, igualmente, à introdução de novas plantas e animais que eles traziam
ou simplesmente passaram a domesticar. Sendo grandes navegadores – lembre-se que os árabes
vieram por mar desde os seus locais de origem até Moçambique – os árabes deixaram também
como legado o desenvolvimento das técnicas de navegação e de construção naval.
No Plano Cultural
Certamente, caro aluno, já reparou que a região norte de Moçambique, especialmente ao longo
da costa a maioria da população professa a religião islâmica. Pois bem, esse é que é o
testemunho de que uma das
implicações da penetração mercantil árabe foi a Islamização da costa norte de Moçambique, ou
seja, a adopção da religião, hábitos, do vestuário e outras práticas árabes.
No Plano Político
No campo político a presença árabe teve, igualmente repercussões, nomeadamente o surgimento
dos primeiros estados em Moçambique. Com a expansão comercial e o advento do Islão, esses
núcleos da costa estruturaram-se em comunidades políticas como os xeicados e os sultanatos,
cujas independências ou subordinações, entre si ou em relação às potências Swahili da costa à
norte de Moçambique ou as ilhas Comores, foram variando ao longo do tempo.
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de pontos de comércio, porém, mais tarde, foram para o interior, junto dos pontos de extracção
do ouro.
As outras duas últimas por fase de marfim e de escravos na medida em que os produtos mais
procurados
pelo mercantilismo eram exactamente o marfim e os escravos respectivamente.
O objectivo dos Portugueses era de controlar o acesso às zonas produtoras do ouro, pois só assim
poderiam acabar com a escassez de metais preciosos em Portugal e comprar as especiarias e
produtos asiáticos muito apreciados na época. Quando os portugueses chegaram à Moçambique,
já os Árabes-Swahili estavam estabelecidos, controlando o ouro que vinha do Império do
Mwenemutapa.
Falta de metais preciosos – era a moeda que dinamizava as trocas comerciais, dentro e
fora da Europa, daí a necessidade de metais preciosos para o seu fabrico.
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Encarecimento de produtos vindos do oriente – as trocas comerciais entre Europa e o
Oriente beneficiavam os muculmanos, pois estes transportavam os produtos do Oriente
ate ao Mediterraneo, onde vendiam a intermediários europeus.
Estes distribuíam a mercadoria pelos restantes mercadores europeus, tornando os produtos muito
caros. A Europa necessitava de um meio mais barato para adquirir especiarias.
(Maputo);
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Factores da Penetração Mercantil Europeia/Portuguesa
A penetração mercantil europeia, sobretudo portuguesa, foi movida por factores de diferentes
ordens. Em Primeiro lugar, os portugueses tinham motivos económicos, depois seguiram-se os
sociais e finalmente os religiosos.
Factores Económicos
Moçambique era um bom local para escoar produtos vindos de Portugal e, era um excelente
mercado com raras e dispendiosas e apetecíveis matérias-primas, como o ouro, marfim
assimcomo um lugar propício ao tráfico de escravos. Os portugueses foram provavelmente
osprimeiros europeus a fixarem-se na costa litoral de Moçambique porque precisavam de ouro.
Quando Vasco da Gama, na viagem de procura do caminho marítimo para a Índia, passou por
Moçambique, ouviu falar de um reino no interior muito rico em ouro. Era o Império dos
Mwenemutapas. Com o ouro, os portugueses, especialmente a burguesia comercial, podiam
pagar as especiarias orientais e os produtos exóticos do mercado europeu. Assim,
Moçambiquetransformou-se para os portugueses, numa reserva de meios de pagamento
das especiarias.
Durante vários séculos, o ouro foi produto mais importante no comércio com os portugueses,
mas quando começou a rarear ou quando não havia em determinada região, os portugueses
voltara-se para o marfim. O marfim era um produto exótico e caro que os portugueses levavam
para a Europa a fim de comerciar, que servia para a produção de diversos artigos de
ornamentação e de bolas de bilhar. Depois dos ciclos de ouro e de marfim, os portugueses
começaram a comercializar escravos e, mais tarde, as oleaginosas (este último produto sem
grande impacto em comparação com c os três primeiros).
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Factores Sociais
Para a aristocracia dos Mutapas, o importante era o desenvolvimento do comércio com os
mercadores estrangeiros, pois com estes tinham a garantia para a obtenção de bens de prestígio
como tecidos. Por isso, a primeira comunidade portuguesa permanente nas proximidades da
capital dos Mwenemutapas surgiu logo em 1541.
Numa primeira fase, tanto a penetração como a convivência eram pacíficas. Este cenário mudou
com a morte do padre jesuíta Gonçalo da Silveira em 1561, altura em que começou o envio de
expedições militares para impor à força a presença portuguesa na região. O grande objectivo dos
portugueses na região era económico.
Factores Religiosos
Do ponto de vista religioso, os Portugueses pretendiam: Em primeiro lugar, espalhar a fé cristã
e, em segundo plano, pretendiam enfraquecer o Islão. A vontade de evangelizar os africanos
foi um dos motivos da expansão marítima. O clero, ordem social composta por sacerdotes e
outros clérigos, era um dos grandes conselheiros da Coroa portuguesa. Jogando com a sua
influência e posição privilegiada, o clero conseguiu convencer os portugueses que a expansão
traria muitosconvertidos a religião católica. Essa vontade de evangelizar era evidente na pressão
que osPortugueses fizeram para que se baptizassem os monarcas dos primeiros Estados
moçambicanos.
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A entrada dos Portugueses no Índico foi desastrosa para os Árabes, que já eram os principais
intermediários comerciais. Quando os Portugueses chegaram não só passaram a servir de
intermediários comerciais, como também ocuparam e dominaram alguns pontos de produção de
ouro. No princípio os portugueses pareciam só querer comprar o ouro e marfim, mas depois
percebeu-se que a sua vontade era alcançar as minas de ouro e dominar o território.
A presença portuguesa data de 1498, quando Vasco da Gama chegou a Inhambane e mais tarde à
Ilha de Moçambique. Porém, a fixação de mercadores portugueses na costa moçambicana
verificou-se a partir de 1505, com a ocupação de Sofala que passou a ser a primeira feitoria
portuguesa fundada por Pêro de Nhaia, e na Ilha de Moçambique em 1507, introduzindo,
portanto, profundas transformações na estrutura socio-políticae económica da sociedade Shona.
Sofala era na altura o ponto de convergência das rotas de ouro produzido no interior.
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Conclusão
Terminado o trabalho notei que o ouro era usado para o pagamento das especiarias na Índia com
as quais a burguesia local conseguia entrar no mercado europeu de produtos exóticos portanto
Moçambique passou a constituir a principal reserva de meios de pagamento de especiarias
pimenta, canela.
Por fim felicitar o Docente por deixado mais um trabalho no diz respeito a historria do nossso
pais portanto este trabalho permite-nos conhecer bem no que tange sobre a nossa historia pois
tambem serviu como um ponto de referencia pra me e os nossos colegas. Pedir ao leitor desse
trabalho que tenha paciencia nos erros que for encontrado.
Bibliografia
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JOSÉ, A. e MENEZES, Paula M. G., Moçambique 16 anos de Historiografia: Focos,
Problemas, Metodologia, Desafios para a década de 90, Maputo: 1991.
SOUTO, Amélia Neves de, Guia Bibliográfico para Estudantes de Historia de Moçambique,
Maputo, UEM/CEA, 1996.
AA.VV. Da Aurora do Capitalismo às Vésperas da Primeira Guerra Mundial – 9 Classe.
Portugal, Asa, 1990.
AA.VV. História de Moçambique – Agressão Imperialista, Vol. 2, Maputo, Tempo/UEM,
1983.
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