Você está na página 1de 16

Escola secundária da Manga

Trabalho da disciplina de: historia

CLASSE:12°
TURMA:a02

DOCENTE: Rosa machavela

beira
27 DE junho DE 2023

Nome dos discentes:

Nome: Berta;……………………………………………………………….. NR:12


Nome: Brasília Constantino…………………………………………………NR:13
Nome: Cecília Jorge………………………………………………………... NR:15
Nome: Delfina Mauricio…………………………………………………….NR:19
Nome: Gina Bernardo……………………………………………………….NR:23
Nome: Jéssica Mariano…………………………………………………….. NR:24
Nome: Luísa Tomara………………………………………………………. NR:32
Nome: Madalena Cecílio …………………………………………………...NR:33
Nome: Manuela Vicente…………………………………………………….NR:36
Nome: Nicha Luís………………………………………………………….. NR:44
Nome: Regina Daniel ……………………………………………………….NR:48
Nome: Rosalina Mário……………………………………………………... NR:49

Tema
Estudos afro-islâmico da Costa; com o
objectivo de expor sobre o sultanato, os
xecados, a formação afro-islâmico da
costa, a estrutura social e económica e
também do aparato ideológico e a
decadência

Docente; Rosa Machavela

Índice

 Os Reinos Afro – Islâmicos da Costa……………………………………………………01


 Sultanato de Angoche……………………………………………………………………02

 Sultanato de Angoche……………………………………………………………………03

 Estrutura social e o aparato ideológico…………………………………………………..04

 Xecado de Sancul………………………………………………………………………...05

 Origem…………………………………………………………………………………...06

 Base económica………………………………………………………………………….07

 Xeicado de Quitangonha…………………………………………………………………08

 Decadência……………………………………………………………………………….09

 O Xeicado de Sangoge…………………………………………………………………...10

 Formação O Xeicado de Sangaje………………………………………………………...11

 Estrutura social e aparato ideológico…………………………………………………….12

Introdução

Neste presente trabalho vamos debruçar de uma forma sucinta sobre os reinos afro-islâmicos,
onde registamos uma adoção de práticas islâmicas por parte das populações moçambicanas,
vamos falar também dos Xeicados de Sancul, Quitangonha e Sangoge, e sobre o sultanato de
Angoche. sobre tudo no período do trafico de escravos, estes reinos tornaram si influentes na
costa de Moçambique.. entre os destacados: o Xecado de Quintangonia, Xecado de Sancul, o
Xecado de Angoche, Xecado do Sangage iremos deduzir o significado.

Desenvolvimento

No período do tráfico de escravos, estes reinos islamizados tornaram-se influentes na costa de


Moçambique assegurando esse comércio, mesmo depois da sua abolição oficial. Um dos
resultados dos contactos entre mercadores árabes e populações moçambicanas foi a islamização
progressiva destas comunidades principalmente no litoral onde surgiram, como consequência,
núcleos linguísticos como os Mwani, Nahara e Koti e a adopção por estes modelos de
organização social e politica arabizados. Em resultado disso, estruturaram-se unidades políticas
moçambicanas como os xecados e os sultanatos.

Entre eles destacamos: o Xecado de Quitangonha, o Xecado de Sancul, o Xecado de Sangage e o


Sultanato de Angoche.

Os Reinos Afro – Islâmicos da Costa

Entre os séculos IX e XIII encontramos evidencias de uma progressiva e lenta fixação


depopulações provenientes do Golfo Pérsico o qual era um dos principais centros de comercio no
indico no século X. Essas populações estabeleceram-se em toda costa oriental e principalmente
nas Ilhas de Zanzibar e de Pemba. Foi no século XIII que o maior número de emigrantes se fixou
em entrepostos comerciais ao longo da Costa Oriental africana, no Vale do Zambeze e no
planalto do Zimbabwe, um dos resultados dos contactos entre mercadores árabes e população
moçambicana, foi a islamização progressiva destas comunidades principalmente no litoral, onde
surgiram como consequência, núcleos linguísticos como os Mwani.

Na Costa de Cabo Delgado, Nahara na Ilha de Moçambique e Koti em Angoche e os casamentos


entre moçambicanos e árabes deram origem a uma cultura costeira, a cultura Swahili que
estimularam em Moçambique os núcleos linguísticos acima referidos.

Com a expansão comercial e o advento doIslãoos núcleos islamizados da costa estruturaram se


em comunidades politicas como os xeicados e os sultanatos (sultanatos de Angoche e de
Quitangonha, Songoge, Sancul) cujas independências ou subordinação entre si ou relações entre
as potências Swahilis da costa a norte de Moçambique, as ilhas Comores foram variando ao
longo do tempo. No período do tráfico de escravos estes reinos islamizados tornaram influentes
na costa de Moçambique, assegurando esse comercio mesmo depois da sua abolição. Entre elas
destacam se: o sultanato de Angoche, Xeicado de Sancul, Quitangonhae Sangoge.

Xecado é um sistema de governo dirigido por um xeque, (chefe de tributo árabe).

Sultanato é um sistema de governo dirigido por um sultão, titulo dado a certos príncipes
maometanos, senhores poderosos e despóticos.

Consequências sociopolíticas, formação de xeicados e sultanatos


Segundo a tradição a origem deste sultanato está ligado a fixação em Angoche de refugiados de
Quíloa já fixados em Quelimane e na Ilha de Moçambique. Os dirigentes da expedição eram:
Mussa e Hassani, Ilha de Moçambique, Quelimane respetivamente, falecido Hassani, Mussa
reconhecendo que Angoche reunia melhores condições socioeconômicas e comercias do que
Quelimane instalou Xosa filho de Hassani como sultão primeiro de Angoche, dai Angoche
passou a ser lugar ideal de tráfico de ouro e marfim, visto que a capital dos Mwenemutapas
mudara para próximo do Zambeze, com abertura de novas rotas comerciais seguindo os rio
Mazoe e Luenha. Durante longos anos Sofala havia sido o entreposto que controlava todo
comercio com o hinterland, porém coma fixação portuguesa em 1505 este entreposto perdeu sua
importância a favor de Angoche, os árabes-swahili desviaram o comercio do ouro para o seu
término em Angoche. Em 1511 os portugueses atacaram Angoche e incendiaram a povoação,
prenderam o sultão e tentaram por vias indirectas minar a influênciado sultanato, o que
conseguiram pois havia rivalidades internas, os afro-islâmicos, continuavam a comercializar com
Melinde, Mombaça e Quíloa. Os filhos de Xosa primeiro sultão de Angoche e a sua esposa
Mwana Moapeta deram origem a quatro linhagens angocheanas: Inhanandare, Inhamilala,
Mbilizini e Nhaitide, receberam a designação de Inhapaco, clã matrilinear de Mwana Moapeta.
No século XIX com o comercio de escravos o sultanato de Angoche recupera a sua importância
transformando se num grande centro exportador de escravos para a Ilha de Zanzibar, Comores e
Ilha de Moçambique.

Sultanato de Angoche
 Fomação

Segundo a tradição xiraz, a origem deste sultanato está ligada a fixação, em Angoche, de
refugiados de Quíloa já estabelecidos em Quelimane e na Ilha de Moçambique, antes da chegada
dos Portugueses. O seu primeiro sultão foi Xosa. De acordo com Mello Machado, citado por
Souto (1996:99), a História de Angoche pode dividir-se em três períodos: período de domínio
nativo, anterior à chegada dos muçulmanos; período do domínio muçulmano que começa com
a chegada dos muçulmanos à costa de Moçambique e se estende até a conquista de Angoche, em
1891, por João Bonifácio, chefe do Estado Militar da Maganja da Costa; período do domínio
português, que começa com as campanhas de pacificação e se estende até a derrota final de
Angoche, no início do século XX.

 Base económica

A principal actividade era o comércio de escravos, praticando-se em menor escala o comércio do


marfim e do ouro. Angoche transforma-se num importante centro comercial, quando a capital do
Estado dos Mwenemutapas mudou para próximo do rio Zambeze e se abriram novas rotas
comerciais seguindo os rios Mazoe e Luenha. Mantinha relações comerciais com Melinde,
Mombaca, Quíloa e outras regiões. Atingiu a sua maior prosperidade entre os séculos XVIII e
XIX, quando se transformou num importante centro de comércio de escravos.

 Estrutura social e o aparato ideológico

A sociedade angocheana era fundamentalmente patrilinear. Os filhos de Xosa e sua esposa


macua, Mwana Moapeta, deram origem a quatro linhagens angocheanas: Inhanandare,
Inhamilala, Mbilizini e Inhaitide. A linhagem dominante era, inicialmente, a do Inhanandare.
Durante três gerações, a sucessão do sultanato seguiu o modelo patrilinear. A situação mudou
quando o quarto sultão morreu sem deixar filhos varões. Sucedeu-lhe a sua irmã Milidi, casada
com Inhamilala. Esta morreu sem deixar descendência, o que provocou uma luta pelo poder entre
os Inhamilala e os Inhanandare. Derrotados os Inhanandare, estes foram expulsos de Angoche. A
religião dominante era o islão, que os angocheanos souberam utilizar para manter unida e coesa a
sociedade angocheana.
 Decadência

 São várias as causas que, explicam a decadência deste sultanato:


 Enfraquecimento politico ocasionado pela morte do quarto sultão, que não deixou um
sucessor masculino;
 As rivalidades internas e as lutas entre linhagens;
 O declínio do comércio de escravos;

 As campanhas de ocupação e de conquista levadas a cabo pelos Portugueses a partir de 1885.


Nestas campanhas, destacaram-se os sultões Ibrahimo, Farelay e Mussa Quanto, que
ofereceram uma tenaz resistência a presença portuguesa. Só em 1910 é que Angoche foi
dominada.

Xecado de Sancul
 Formação

Foi formado no século XVI por imigrantes da Ilha de Moçambique, gozando de uma favorável
posição geográfica: entre o Lumbo e o Mongicual. Xeicado de Sancul Vindouros da Ilha de
Moçambique no século XVI formaram o Xeicado de Sancul. Os seus povostinham um
considerável intercambio com o exterior. O Xeque de Sancul foi assassinado em 1753 por um
comandante de uma forca portuguesa.Em 1880 foi capturado Makusi Omar capitão-mor de
Sancul o mais activo importante negociantede escravos. No seu lugar entra Hassan Molidi no
mesmo ano em que Makusi fora capturado.Swali Bin Ibrahimo capitão-mor de Sancul derrotou
os portugueses em Maguenaja 6 anos depoisem 1896 e foi Xeque de Sancul. O Xeiquado de
Sancul situava-se na costa entre o Lumbo e oMonjincual

 Base económica

A sua actividade económica principal era o comércio de escravos.

 Estrutura social e aparato ideológico

No Xeicado de Sancul, a sucessão do poder fazia-se por alternância de linhagens, para evitar
conflitos entre estas. Tal situação trouxe uma

Xeicado de Quitangonha
Foi formado no século XVI, os seus fundadores partiram da Ilha de Moçambique entre 1515-
1585, em 1755 chegaram a os franceses a busca de escravos para as suas plantações, estes
perturbavam a aliança entre os chefes e as autoridades portuguesas. Morto o Xeque de
Quitangonha Ami Abdulah em 1884 Mahumad Amd passou a ser o Xeque, o ultimo acto de
revolta de Quitangonha foi entre 1903-1904 quando a política de ocupação efectiva decorria
tendo o Xeque atacado Mussurili. Formação O Xeicado de Quitangonha surgiu por volta do
século XVI e também os seus fundadores são oriundos da Ilha de Moçambique. Estes desde há
muito tempo que eram aliados dos Portugueses e mantiveram essa sã Convivência até ao século
XVIII.

Estrutura social e aparato ideológico

O Xeicado de Quitangonha, assim como os Estados islamizados da costa, sofreu um processo


de islamização, o que fez com que a religião tivesse uma influência moral e cultural na vida das
populações e Constituísse um elemento ideológico muito forte para a coesão social no seio das
comunidades, Também aqui, o poder político dependia, muitas vezes, da religiosidade,
encontrando respaldo nos símbolos e rituais religiosos, que contribuíam para a sua legitimação.
A forte união dos povos locais reflectiu-se, por um lado, no estabelecimento, pelos chefes que
dominavam os portos do litoral e o comércio no interior, de estratégias de luta comuns. Por outro
lado, a grande coesão das estruturas sociais e ideológicas das linhagens contribuiu para
transformar as lutas de resistência em autênticas guerras populares.

Base económica

O aparecimento dos negociantes franceses, a partir de 1755, à procura de escravos para as ilhas
Mascarenhas e demais ilhas do Índico, permitiu que o Xeicado de Quitangonha ganhasse maior
autonomia. Depois de ganhar essa autonomia, começaram a opor-se às imposições portuguesas.
Após essa aliança comercial com os franceses, o objectivo centrai dos xeques de Quitangonha
era o desenvolvimento e o controlo do monopólio do tráfego de escravos. Os xeques
conseguiram manter a actividade comercial até finais do século XIX, estendendo-se mesmo a sua
actividade ao interior da macuana deste Xeicado. Mesmo assim, a actividade de comércio de
escravos continuou, com a venda de escravos a franceses, árabes, suaílis, americanos, para o
Brasil e Cuba, não conseguindo os portugueses impedir o seu prosseguimento. Entre 1903-1904,
deu-se o último acto de revolta dos xeques contra os Portugueses. O xeque Mahmud Ahmadi
Bwana e as suas forças atacaram o Mossuril que estava sob domínio português e desde então as
hostilidades nunca cessaram. Anos depois, no âmbito da política colonial de ocupação efectiva,
os portugueses submeteram o Xeicado e transformaram-no num posto militar.

Decadência
Os Estados afro-islâmicos da Costa A partir do século XII, começaram a aparecer os
povoamentos comerciais islâmicos na costa oriental africana, com destaque para quatro
importantes: Angoche Sancul, na baía Mokambo, mesmo a sul da Ilha de Moçambique, entre
Lumbo e Mongincual; Sangaje, no rio Metomode; Quitangonha, que Ocupava toda área da
península de Matibane e o Norte da Ilha de Moçambique. Com a presença Portuguesa na baía de
Sofala iniciou-se uma nova era que se caracterizou pelo permanente Confronto entre estes
estados e os portugueses.

A relação entre estes dois povos não foi linear nem idêntica em todos os Xeicados e sultanatos.
Aparentemente, os Xeicados e sultanatos da costa estavam subordinados à administração
portuguesa, mas, na prática, a situação não era essa. A subordinação existia e parecia ser do foro
comercial quando as autoridades portuguesas não se envolviam em questões de soberania dos
mesmos.
O Xeicado de Sangoge

Desde a sua formação sujeito ao sultanato de Angoche só estabeleceu a sua autonomia no


primeiro quartel do século XIX. Para se livrar desse dependência o Xeque fez aliança com a
administração portuguesa, dirigentes de Sancul, mercadores Banianes da Ilha de Moçambique.
Em 1912 desencadeou- se numa aliança com os dirigentes de Sangoge chefes Macuas da região
nomeadamente Ibamale e Kubalamune. Sob o ponto de vista cultural a influência dos mercadores
asiáticos teve como reflexo a adopção de diversos elementos a título de exemplo de vestuário, o
uso de cofió, do lenço, da capulana e da túnica. No calcado destaca-se a utilização de sandálias e
chinelos. No concernente consideramos que a dança era praticada de acordo com o sexo, o tufo
(dança praticada por mulheres) e do molide (dança magico religiosa praticada essencialmente por
homens), no que tange a alimentação, destaca-se a utilização de condimentos orientais (canela,
açafrão, gengibre e pimenta) sobretudo os picantes (vulgopiripiri).

Formação O Xeicado de Sangaje

parece ter estado sob o controlo do sultanato de Angoche desde a sua formação. Na tentativa de
conseguir uma certa autonomia, os seus dirigentes estabeleceram alianças com os portugueses,
com dirigentes de outros estados vizinhos e com mercadores baneanes da Ilha de Moçambique.

Estrutura social e aparato ideológico


Tal como nos demais Xeicados da costa de Moçambique, neste também se professava o Islão. A
islamização influenciou a religião tradicional, a língua, o vestuário, os costumes e tradições. As
formas de sucessão neste Xeicado eram definidas via linha matrilinear, pelo que se estabeleceram
fortes laços económicos e de sangue entre poucas famílias do Xeicado. À frente deste combate
esteve o xeque Mussa-Phiri, aproveitando uma pequena desavença com os portugueses prisão de
um sobrinho seu, mobilizou os seus soldados e pediu apoio dos chefes Makuas do Mongicual e
do Mogo volas. História de Moçambique.
Decadência

O último acto de resistência primária contra os portugueses dá-se em 1912. Foi o início do fim
do Xeicado. Mas este combate não foi a causa da decadência, foi a gota de água numa
insatisfação que já vinha de trás. A principal causa da decadência do Xeicado de Sangaje era o
processo de ocupação feito pelos portugueses no quadro da ocupação colonial. A penetração dos
interesses capitalistas nas terras do Xeicado e a consequente introdução de impostos e outras
imposições agressivas aumentaram as contradições e criaram as condições para o conflito.
Conclusão

Falamos sobre os reinos afro-islâmicos, os xecados e sultanato de Angoche. Dando enfoque ao


sultanato de Angoche registamos a existência de quatro linhagens nomeadamente: Inhanandare,
Inhamilala, Mbilizini e Nhaitide, que por sua vez receberam o nome de clã matrilinear de Mwana
Moapeta. Notamos as consequências sócio-políticas onde nos xeicados e sultanatos temos a
existência de sultões e Xeques, ou seja houve existência de um sistema político no que tange a
sua organização.
Referencia bibliográfica

 Zünëÿdÿ Jülïäö Dös Müchängä

 Historia-de-Mocambiqueópdf

 MODULO 1 DE HISTORIA

 Documento12 páginas DO MODULO DE HISTORIA

Você também pode gostar