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Ma ng a
CLASSE:12°
TURMA:a 02
DOCENTE: Ro s a ma c ha v e l a
be ir a
27 DE j unho DE 2023
Nome dos discentes:
Tema
Estado afro-islâmico da Costa; com
o objectivo de expor sobre o sultanato,
os xecados, a formação afro-islâmico
da costa, a estrutura social e
económica e também do aparato
ideológico e a decadência
Sultanato de Angoche……………………………………………………………………02
Sultanato de Angoche……………………………………………………………………03
Xecado de Sancul………………………………………………………………………...05
Origem…………………………………………………………………………………...06
Base económica………………………………………………………………………….07
Xeicado de Quitangonha…………………………………………………………………08
Decadência……………………………………………………………………………….09
O Xeicado de Sangoge…………………………………………………………………...10
Neste presente trabalho vamos debruçar de uma forma sucinta sobre os Estudos afro-islâmicos,
onde registamos uma adoção de práticas islâmicas por parte das populações moçambicanas,
vamos falar também dos Xeicados de Sancul, Quitangonha e Sangoge, e sobre o sultanato de
Angoche. sobre tudo no período do trafico de escravos, estes reinos tornaram si influentes na
costa de Moçambique.. entre os destacados: o Xecado de Quintangonia, Xecado de Sancul, o
Xecado de Angoche, Xecado do Sangage iremos deduzir o significado.
Desenvolvimento
Os Reinos Afro – Islâmicos da Costa Entre os séculos IX e XIII encontramos evidencias de uma
progressiva e lenta fixação depopulações provenientes do Golfo Pérsico o qual era um dos
principais centros de comercio no indico no século X. Essas populações estabeleceram-se em
toda costa oriental e principalmente nas Ilhas de Zanzibar e de Pemba. Foi no século XIII que o
maior número de emigrantes se fixou em entrepostos comerciais ao longo da Costa Oriental
africana, no Vale do Zambeze e no planalto do Zimbabwe, um dos resultados dos contactos entre
mercadores árabes e população moçambicana, foi a islamização progressiva destas comunidades
principalmente no litoral, onde surgiram como consequência, núcleos linguísticos como os
Mwani. Na Costa de Cabo Delgado, Nahara na Ilha de Moçambique e Koti em Angoche e os
casamentos entre moçambicanos e árabes deram origem a uma cultura costeira, a cultura Swahili
que estimularam em Moçambique os núcleos linguísticos acima referidos.
Sultanato é um sistema de governo dirigido por um sultão, titulo dado a certos príncipes
maometanos, senhores poderosos e despóticos.
Angoche
Sancul, na baía Mokambo, mesmo a sul da Ilha de Moçambique, entre Lumbo e
Mongincual;
Sangaje, no rio Metomode;
Quitangonha, que ocupava toda área da península de Matibane e o Norte da Ilha de
Moçambique.
Com a presença Portuguesa na baía de Sofala iniciou-se uma nova era que se caracterizou pelo
permanente Confronto entre estes estados e os portugueses. A relação entre estes dois povos não
foi linear nem idêntica em todos os Xeicados e sultanatos. Aparentemente, os Xeicados e
sultanatos da costa estavam subordinados à administração portuguesa, mas, na prática, a situação
não era essa. A subordinação existia e parecia ser do foro comercial quando as autoridades
portuguesas não se envolviam em questões de soberania dos mesmos.
Sultanato Sistema de governo dirigido por um sultão, título dado a certos príncipes
maometanos, senhores poderosos e despóticos.
O Xeicado de Sancul
Formação
Este Estado formou-se no século XVI e terá sido fundado por gentes oriundas da Ilha de
Moçambique. Pensa-se que foram expulsos da ilha pelos Portugueses.
Base económica
O comércio com o exterior era a actividade económica por excelência. No início, o Xeicado
vivia do comércio do ouro, depois passou a comercializar o marfim, mas o seu grande negócio
eram os escravos. Em quase todo o período do século XIX, a aristocracia dominante deste Estado
esteve envolvida no tráfico de escravos ao serviço dos governadores portugueses. Isto é, mesmo
depois da abolição da escravatura, o xeque de Sancul continuou a traficar escravos. Para o
conseguir, serviu-se da cumplicidade que tinha com os Portugueses.
O poder dos chefes do Xeicado de Sancul apoiava-se na religião. Encontrando suporte nos
símbolos e rituais religiosos ligados ao islamismo, as autoridades defendiam a legitimidade do
poder político. A religião era, assim, um factor de coesão social de grupos diferentes e de
unidade contra qualquer ameaça ou ingerência externa no poder político. É importante referir que
o islamismo, no Xeicado de Sancul, era a religião preponderante e elemento primordial para a
mobilização e a organização da resistência contra a invasão externa feita pelos Portugueses. O
sistema de sucessão neste Estado foi feito de firma alternada entre as várias linhagens existentes,
como forma de contentar famílias rivais. Esta alternância parece ter contribuído para a sua
estabilidade.
CRONOLOGIA DOS XEQUES DE SANCUL
Decadência
Os seus governantes sempre tentaram estabelecer boas relações com as autoridades portuguesas,
apesar de existirem algumas contradições. No ano de 1753, o xeque de Sancul foi assassinado
por um comandante de uma força portuguesa, durante uma campanha contra os chefes Makua da
região que escondiam escravos. Nos finais do século XiX, com a ocupação colonial efectiva, os
portugueses começam a impor o seu domínio, o que vai chocar com os interesses dos dirigentes
locais, que vêem a sua soberania ameaçada. Assim se iniciam as confrontações armadas entre o
Xeicado e os portugueses. Apesar da forte resistência das forças militares do Estado contra as
ofensivas portuguesas, o xeque foi obrigado a seguir uma política moderada a partir de 1899. Em
1910, o Xeicado deSancul foi declarado extinto.
O Xeicado de Sangaje
Formação
O Xeicado de Sangaje parece ter estado sob o controlo do sultanato de Angoche desde a sua
formação. Na tentativa de conseguir uma certa autonomia, os seus dirigentes estabeleceram
alianças com os portugueses, com dirigentes de outros estados vizinhos e com mercadores
baneanes da Ilha de Moçambique.
Base Economica
Desde a sua formação o xeicado de sangage era sujeito ao sultanato de Angoche só estabeleceu a
sua autonomia no primeiro quartel do século XIX. Para se livrar desse dependência o Xeque fez
aliança com a administração portuguesa, dirigentes de Sancul, mercadores Banianes da Ilha de
Moçambique. Em 1912 desencadeou- se numa aliança com os dirigentes de Sangoge chefes
Macuas da região nomeadamente Ibamale e Kubalamune. Sob o ponto de vista cultural a
influência dos mercadores asiáticos teve como reflexo a adopção de diversos elementos a título
de exemplo de vestuário, o uso de cofió, do lenço, da capulana e da túnica. No calcado destaca-
se a utilização de sandálias e chinelos. No concernente consideramos que a dança era praticada
de acordo com o sexo, o tufo (dança praticada por mulheres) e do molide (dança magico
religiosa praticada essencialmente por homens), no que tange a alimentação, destaca-se a
utilização de condimentos orientais (canela, açafrão, gengibre e pimenta) sobretudo os picante
Tal como nos demais Xeicados da costa de Moçambique, neste também se professava o Islão. A
islamização influenciou a religião tradicional, a língua, o vestuário, os costumes e tradições. As
formas de sucessão neste Xeicado eram definidas via linha matrilinear, pelo que se estabeleceram
fortes laços económicos e de sangue entre poucas famílias do Xeicado. À frente deste combate
esteve o xeque Mussa-Phiri, aproveitando uma pequena desavença com os portugueses (prisão
de um sobrinho seu), mobilizou os seus soldados e pediu apoio dos chefes Makuas do Mongicual
e do Mogo volas.
Decadência
O último acto de resistência primária contra os portugueses dá-se em 1912. Foi o início do fim
do Xeicado. Mas este combate não foi a causa da decadência, foi a gota de água numa
insatisfação que já vinha de trás. A principal causa da decadência do Xeicado de Sangaje era o
processo de ocupação feito pelos portugueses no quadro da ocupação colonial. A penetração dos
interesses capitalistas nas terras do Xeicado e a consequente introdução de impostos e outras
imposições agressivas aumentaram as contradições e criaram as condições para o conflito.
O Sultanato de Angoche
Formação
Quelimane e a Ilha de Moçambique foram fundados, segundo a tradição xiraz”, pelos refugiados
de Quíloa, muito antes da chegada dos portugueses.
Base Económica
Este Estado teve muita importância nas relações comerciais com o Império dos Mwenemutapa
no século XVI. Mas, em 1511, os portugueses atacaram Angoche, incendiando a povoação, o que
causou o declínio nas trocas comerciais entre Sofala e os Mutapa.
Nos anos que se seguiram, os portugueses tentaram sem sucesso bloquear as rotas comerciais do
interior. A partir de Angoche, os afro-islâmicos Continuaram a comerciar com Melinde,
Mombaça, Quíloa e outras regiões, sempre fugindo ao controlo e ao patrulhamento naval
imposto pelos portugueses.
No século XIX, com o incremento do tráfico de escravos, o sultanato viveu momentos de grande
prospericlacte. Em maados do século, o sultanato de Angoche havia-se tornado num grande
centro de exportação de escravos, cujo destino dos mesmos era não só Zanzibar, Comores e a
Ilha de Moçambique, mas também os merca dos europeus e americanos.
A linhagem dominante foi a de Inhanandare, filho de Xosa. Os seus filhos deram origem às
linhagensque compuseram o clã matrilinear de Mwana Moapeta. Nas 3 primeiras gerações, -se a
sucessão patrilinear. Só quando o 4.° sultão não teve descendentes varões, assumiu o cargo uma
mulher, a sua irmã casada com lnhamilala. Sabe-se, contudo, que a sua administração tinha
vários cargos e a complexidade ligada sobretudo ao comércio de marfim e escravos assim o
exigia. A fé islâmica era dominante neste sultanato e conferia ao sultão propriedades teológicas
importantes.
Decadência
Este Estado, para além de conflitos com os portugueses, também entrou em conflito com alguns
chefes de Estados Militares do Zambeze. Q afro-português João Bonifácio Alves da Silva,
devido às ambições imperiais que passavam pelo controlo do comércio negreiro e do Estado de
Angoche, envolveu-se em grandes disputas com o sultão de Angoche. Os Portugueses só
conseguiram dominar totalmente Angoche e outros estados da região em 1910, no período de
ocupação portuguesa.
O Xeicado de Quitangonha
Formação
O Xeicado de Quitangonha surgiu por volta do século XVI e também os seus fundadores são
oriundos da Ilha de Moçambique. Estes desde há muito tempo que eram aliados dos Portugueses
e mantiveram essa sã Convivência até ao século XVIII.
Base económica
O aparecimento dos negociantes franceses, a partir de 1755, à procura de escravos para as ilhas
Mascarenhas e demais ilhas do Índico, permitiu que o Xeicado de Quitangonha ganhasse maior
autonomia. Depois de ganhar essa autonomia, começaram a opor-se às imposições portuguesas.
Após essa aliança comercial com os franceses, o objectivo centrai dos xeques de Quitangonha
era o desenvolvimento e o controlo do monopólio do tráfego de escravos. Os xeques
conseguiram manter a actividade comercial até finais do século XIX, estendendo-se mesmo a sua
actividade ao interior da makuana.
Decadência
Finando o trabalho pudemos concluir que estes estados tiveram muita importância nas relações
comerciais com o Império dos Mwenemutapa no século XVI. Mas, em 1511, os portugueses
atacaram Angoche, incendiando a povoação, o que causou o declínio nas trocas comerciais entre
Sofala e os Mutapa. A linhagem dominante foi a de Inhanandare, filho de Xosa. Os seus filhos
deram origem às linhagens que compuseram o clã matrilinear de Mwana Moapeta.
Referencia Bibliografia
BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, Saber História 10, 1ª edição, Longman Moçambique,
Lda.,Maputo, 2010
NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013