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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

O Reinado de Mulay Ismael no Marrocos

Glória Luciano Escrivão: 51200128

Chimoio, Agosto, 2022


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

O Reinado de Mulay Ismael no Marrocos

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de História da UnISCED.
Tutor: Mestre, Aurelio Feniasse Creva

Glória Luciano Escrivão: 51200128

Chimoio, Agosto, 2022


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Índice

1.Introdução.........................................................................................................................2

1.1 Objectivo.......................................................................................................................2

1.1.1 Objectivo geral:..........................................................................................................2

1.1.1 Objectivos Específicos...............................................................................................2

1.1.3 Metodologias..............................................................................................................2

3.As Incursões militares de Mulay Ismael para reconquistar as cidades marroquinas


habitadas pelos europeus.....................................................................................................3

3.1 A reconquista de Al-Mahdiyya......................................................................................4

3.2 A reconquista de Tanger................................................................................................4

3.4 A reconquista de Arzila.................................................................................................5

5. Os exércitos de Mulay Ismael.........................................................................................5

5.1 A milícia dos Wadaya....................................................................................................5

5.2 A milícia dos Bawakhir.................................................................................................6

7. Os sucessores de Mulay Ismael.......................................................................................8

8. Considerações Finais.......................................................................................................8

9. Referencias Bibliográficas.............................................................................................10
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1.Introdução

Este trabalho tem o intuito de abordar o assunto: Reinado de Mulay Ismael tema inserido na
linha de pesquisa na Disciplina: História África Do Norte, Século XVI-XVIII, na área de
estudo em ensino de História.

É importante frisar que Mulay Ismael é famoso como uma das figuras marcantes da história
de Marrocos, bem conhecido pela sua crueldade lendária. Para intimidar tribos rivais, ordenou
que os muros da cidade fossem adornados com 10 000 cabeças de inimigos assassinados.
Lendária é a facilidade com que condenava à decapitação ou à tortura os criados que
considerava preguiçosos. Nos 20 anos do regime de Ismael, cerca de 30 000 morreram como
consequência de suas decisões.

1.1 Objectivo

1.1.1 Objectivo geral:

O presente trabalho tem como o objectivo geral de: Compreender a história do reinado de
Mulay Ismael no Marrocos.

1.1.1 Objectivos Específicos

Este trabalho tem por objectivos específicos:

 Descrever as incursões de Mulay Ismael no Marrocos;


 Mencionar as cidades marroquinas reconquistadas no reinado de Mulay Ismael;
 Caracterizar o exército de Mulay Ismael em Marrocos.

1.1.3 Metodologias

Para a materialização dos objectivos plasmados no trabalho ora em destaque, foi necessário
recorrer a materiais bibliográficos imprenso de diferentes autores que versa sobre os tópicos
em alusão e os mesmo encontram-se citados no trabalho.
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2.Breve Histórial de Mulay Ismael

Para OGOT (2010, p.265), A história de Mulay Ismael é marcada por fatos eminentes. Esse
soberano concluiu, de fato, a obra começada por seus dois irmãos que consistia em unificar o
Marrocos colocando-o sob domínio de um único trono, como no tempo de seu poder e
grandeza passados. Foi igualmente ele quem firmou as bases do Estado fundado por seus dois
irmãos e lançou as premissas do Estado marroquino que salvaguardou até o presente o
património do Marrocos.

Todavia, foi ele quem cuidou para a lei muçulmana fosse ensinada em todas as terras do
Marrocos, a fim de assegurar tanto a unidade política quanto religiosa do país. Ele tinha
enorme interesse nas questões relativas a religião muçulmana e seu proselitismo dirigia-se
também aos reis da Europa tais como Luís XIV e James II da Inglaterra, aos quais ele
escrevia, convidando-os a abraçar o Islã.

Ainda para OGOT (2010, p.265), ele observava estritamente os preceitos da lei muçulmana e
levava uma vida austera, não tendo em toda sua vida tomado bebidas inebriante. Alguns
historiadores chegam a descreve-lo como cruel, violento, despótico, e podendo enfurecer-se
sem outro pretexto a não ser o prazer de ver derramar sangue acusações falsas, pois foram
baseadas na imagem contra ela forjada pelos cativos europeus. Com efeito, cada um desses
prisioneiros, depois de liberto e de volta a sua pátria, punha-se a relatar, com exagero, as
provas que suportara, o que difundiu no imaginário dos europeus a ideia da violência e da
crueldade de Mulay Ismael

3.As Incursões militares de Mulay Ismael para reconquistar as cidades marroquinas


habitadas pelos europeus

Segundo OGOT (2010, p.265), o Marrocos, antes do advento da dinastia alawita, era dividido
entre os agitadores e os cristãos e era cobiçado por todas as outras nações. Essa situação fora
causada pelas traições e distúrbios pelos quais foram responsáveis os últimos reis saadianos,
como vimos. Mulay M’hammad, depois seu irmão, Mulay Rashid, veio para pôr um termo a
essa situação e unificar o Marrocos sob a dominação de um único trono e um único rei. O
irmão deles, o grande Mulay Ismael, afirmou- se na linhagem, coube-lhe o papel, após ter
consolidado a obra de seus dois predecessores, de completar a unificação do Marrocos
liquidando colonização crista.
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3.1 A reconquista de Al-Mahdiyya

O porto de al-Mahdiyya, chamado entao de al-Ma’mura, era um dos mais importantes do


Marrocos. Corsários das mais diferentes nações tentavam ocupá-lo. Desse porto, dependente
de Salé, cidade habitada pelos andaluzes, partiam os barcos marroquinos para combater os
espanhóis e outros inimigos. Aproveitando-se da fraqueza dos marroquinos resultantes das
querelas entre os filhos de al-Mansur, os espanhóis o ocuparam, em 1614 até o momento em
que Mulay Ismael decidiu retomá-lo. Ele marchou contra essa cidade, sitiou-a, privando-a de
água, ocupou-a em 1092 (1681) e prendeu todos os espanhóis que aí se encontravam (OGOT,
2010, p.288),

3.2 A reconquista de Tanger

Tânger fora dominada pelos ingleses após um de seus reis ter-se casado com uma princesa
portuguesa. Mulay Rashid tentara reintegrar essa cidade ao Marrocos, mas ele morreu antes
de libertá-la. Dada sua importância, Mulay Ismael fez todo o seu possível para recuperá-la e
encarregou um de seus maiores generais, ‘Ali ibn ‘Abdallah al-Rifi, de sitiá-la. Aqui a versão
marroquina difere da europeia quanto a causa da evacuação da cidade pelos ingleses. Se as
duas versões concordam em dizer que os ingleses evacuaram Tânger sem oferecer resistência
e após demolir torres e fortificações, os historiadores marroquinos, em contrapartida, afirmam
que os ingleses agiram assim em represália a severidade do sítio imposto pelo general ‘Ali
al-Rifi (OGOT, 2010, p.290).

3.3 A reconquista de Larache

A perda de Larache foi a mais catastrófica para os muçulmanos do Marrocos, pois esta cidade
não fora ocupada a força pelo inimigo espanhol, mas tinha-lhe sido cedida por um dos reis do
Marrocos em troca de seu apoio para retomar o poder que ele acreditava ter-lhe sido
usurpado. Enquanto o filho e o neto deal-Mansur, o saadiano, disputavam o trono, os
europeus tentaram tirar proveito dessa situação para ocupar Larache, então um centro
estratégico importante. Foi então que Muhammad Shaykh recorreu a Europa para pedir aos
reis estrangeiros uma ajuda militar contra seus dois irmãos, mas o rei da Espanha, Filipe III,
ficou a par dessa intenção e iniciaram- se negociações ao fim das quais o pretendente ao trono
marroquino aceitou ceder Larache ao rei da Espanha em troca de ajuda pra conquistar o trono
(OGOT 2010, p.291).
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Todavia, Larache permaneceu sob o domínio espanhol durante mais de oitenta anos, até o
advento de Mulay Ismael. Esse grande rei atacou essa cidade com um grande exército,
sitiando-a e impedindo os espanhóis de saírem dela durante cinco meses. Violentos combates
ocorreram entre sitiantes e sitiados, coroados pela retumbante vitória dos marroquinos.

3.4 A reconquista de Arzila

O porto de Arzila caíra em mãos portuguesas no início do reino de Banu Wattas. Recuperado
pelos primeiros reis saadianos, foi retomado uma segunda vez pelos portugueses. Passando
assim de mão em mão, acabou por ficar com os espanhóis. Quando o general Ibn Haddu
terminou sua missão em Larache, recebeu do sultão a ordem para se dirigir rumo a Arzila para
sitiá-la. Esgotados, os sitiados pediram para terem a vida poupada, o que lhes foi concedido
mediante a aprovação do sultão. Mas, temendo o pior, eles fugiram a noite em seus barcos. Os
marroquinos entraram em Arzila em1691 (Ibidem, 2010).

5. Os exércitos de Mulay Ismael

Segundo OGOT (2010, p.295), Mulay Ismael possuía dois (2) exércitos nomeadamente:

 A milícia dos Wadaya


 A milícia dos Bawakhir

5.1 A milícia dos Wadaya

Segundo AGOT (2010), os reis marroquinos recrutavam seus soldados tanto no seio das
kabila de seu clã, como no seio das kabila aliadas. Os almorávidas, por exemplo, tinham
apoio das kabila sanhadja (lamtuna, lamta e outras), enquanto os almóadas tinham o apoio das
kabila masmuda. Foi assim até o advento dos saadianos. Eles recrutavam seus soldados dentre
as kabila de beduínos árabes introduzidos no Marrocos no tempo de al-Mansur, o almóada, e
estabelecidos no Sul do país. Os saadianos constituíram, a partir dessas kabila, uma milícia
conhecida como a dos wadaya.

Todavia, os wadaya haviam se dispersado em seguida a queda dos saadianos. No decorrer de


sua estadia em Marrakesh, Mulay Ismael teve a ideia de reuni-los e fazer deles soldados a fim
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de reforçar seu poder. Esses novos recrutas receberam uniformes e foram levados para
Meknés, a capital. Foram acrescentados aos homens de shbanata e de zirata. Com seu número
aumentado, Mulay Ismael dividiu- os em dois grupos. O primeiro foi enviado a Fez e o
segundo ficou no Riyad, em Meknés.

5.2 A milícia dos Bawakhir

Conforme AGOT (2010), Mulay Ismael reflectia muito sobre as causas que tornavam as
nações fortes, estáveis e temidas. Ele acabou por entender que isso resultava de seu poderio
militar. Mas entendeu também que sua decadência decorria do excesso de autoridade
adquirido pelos militares e seus chefes, decidiu então criar uma milícia composta de escravos.
Essas pessoas são naturalmente dadas a obediência, condição essencial da disciplina e, como
ficam a mercê de seus mestres, são naturalmente dadas a obedece-lo. Mulay Ismael pensou
nisso quando organizou a milícia dos wadaya, assim como dissemos anteriormente. Um dos
secretários do Makhzen, Muhammad ibn al-Kasim‘Alilish1, cujo pai era igualmente
secretário de al-Mansur, o saadiano, disse- lhe um dia: “O rei tinha uma milícia de escravos e
eu possuo o livro no qual meu pai os inscrevera”.

Ele mandou mostrar esse Registro e lhe disse que havia ainda, na região de Marrakesh, um
grande número desses escravos, que lhe era possível juntar e inscrever novamente num
registro especial para faze-los trabalhar no exército. Mulay Ismael confiou-lhe essa tarefa e
ordenou por escrito aos chefes das tribos da região a ajudá-lo e assisti-lo. ‘Alilish se pôs então
a procurar esses escravos e conseguiu reuni-los todos (AGOT, 2010).

Para voltar a Mulay Ismael, devo formular essa observação geral a seu respeito. Se, como
alegam os europeus, ele era realmente agressivo, cruel e despótico, nem o mais simples sábio,
tendo apenas a força da fé e do direito, o teria contrariado. Mas Mulay Ismael, que temia a
Deus e respeitava suas leis, estava convicto de que agia de acordo com a lei muçulmana nesse
caso que ele considerava ser o maior bem realizado em favor do Marrocos e do Islã.

6. Mulay Ismael nomeia seus filhos vice-reis nas diferentes regiões do Marrocos
Segundo AGOT (2010), Mulay tinha um enorme número de filhos cuja cifra, na época de sua
morte, chegava a 500 meninos e outras tantas meninas. Ele não podia, então, satisfazer a
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todos. Também teria sido melhor para ele aplicar, desde o início, a solução a qual chegou
finalmente após amargas experiencias.

Em 1699-1700, ele dividiu as províncias marroquinas entre seus filhos: Mulay Ahmad
(famigerado al-Dhahabi) foi enviado a Tadla com 3000 soldados negros; Mulay Abd al-
Malik foi enviado a Dara diante de 1000 cavaleiros; Muhammad al- Alem para o Suz, com
3000 cavaleiros; Mulay al-Mamun al-Kabir para Sidjilmasa. Esse último se estabeleceu em
Tizimi com 500 cavaleiros, mas morreu dois anos mais tarde (VAGNI, 2008).

Os filhos mais velhos de Mulay Ismael que não obtiveram nenhum vice-reinado sentiram-se
lesados. Pior, alguns tentaram ocupar províncias a força, como Mulay Abu Nasr, que atacou
seu irmão Mulay Abd al-Malik, venceu-o e tomou Dara. O príncipe vencido fugiu. O sultão
enviou seu filho Mulay Sharif para retomar de Abu Nasr a província de Dará, sendo-lhe dada
esta em substituição a Abd al-Malik por ter-se mostrado incapaz de se defender (SELLIER,
2005)

Conforme VAGNI (2008), em1717-1718, ele destituiu todos os seus filhos, excepto Mulay
Ahmad al-Dhahabi, governador do Tadla, pois tivera sucesso em sua tarefa, por não ter
havido em sua província nenhuma sublevação, nem dirigida contra ele, nem por ele
fomentada contra seu pai. Depois dessa medida, o país teve paz e tranquilidade e a obra de
edificação de Mulay Ismael durante os dez últimos anos de sua vida tornou- se manifesta. Os
marroquinos voltaram-se para o comércio e a agricultura e contribuíram para o
desenvolvimento das riquezas do país, encorajados por uma segurança total.

Tendo visto as consequências desastrosas dessa experiencia, as brigas provocadas entre seus
filhos com ele ainda vivo, alguns chegando até a reivindicar o trono, Mulay Ismael pôs-se a
enviar para Tafilalet todos os seus filhos ao atingirem a puberdade. Ele mandava instalar cada
um numa casa, na maioria das vezes com sua mãe, dava- lhes um lote de palmeiras e uma
terra para cultivar bem como um certo número de escravos para ajudá-los em seus trabalhos.

Mulay Ismael permanecera cinquenta e sete anos no trono. Nenhum rei do Marrocos, nem
mesmo de todo Islã, anterior ou posterior, reinou durante um tão longo período, excepto
al-Mustansir al-Ubaydi, que foi proclamado rei a idade de sete anos e reinou até a idade de
sessenta e sete anos. Mulay Ismael morreu no sábado 21 de Março de 1727 (VAGNI, 2008).
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7. Os sucessores de Mulay Ismael


Conforme AGOT, (2010, p.269), após a morte de Mulay Ismael aconteceu o que já se
esperava, ou seja, que seus numerosos filhos que, já no tempo em que ele vivia, brigavam
pelo poder regional que lhes tinha concedido seu pai, puseram-se a se revoltar para chegar ao
poder supremo. Durante dezenas de anos, nenhum dos pretendentes conseguiu estabelecer um
poder sólido e durável. O primeiro deles, Mulay ‘Abdallah, foi sagrado e destituído várias
vezes.

Segundo VISENTINI (2010), O papel da milícia dos Bawakhir, criada para manter a ordem e
fazer reinar a tranquilidade, foi desastroso. Instituições idênticas nas dinastias muçulmanas
desde os abássidas de Bagdá até os otomanos com seus janissários foram uma calamidade
para essas dinastias e para os povos que sofriam com isso. Por volta do fim do século XVIII,
um grande rei, Sidi Muhammad ibn Abdallah, ou Muhammad III, subiu ao trono do
Marrocos. Ele restabeleceu a ordem, reforçou o poder real e fez do Marrocos um país
respeitado por todas as nações

Ele se interessou em primeiro lugar pelo impulso do comércio e, para tanto, começou a
modernizar os portos, particularmente o de Mogador, chamado desde então de Eassauíra (a
pequena muralha ou, de acordo com uma outra etimologia, o pequeno mapa, porque o mapa
da construção desse porto circulava entre os operários). Ele fechou acordos comerciais com
certos Estados europeus, em particular, em 1757, com a Dinamarca, sobre relações
privilegiadas com o porto de Safi.

Ainda para VISENTINI (2010), do ponto de vista religioso, ele era partidário da pureza
original do Islã, excluindo o que se chama de marabutismo, ou seja, o culto dos santos e o fato
de pedir-lhes que intercedam junto a Deus em favor dos homens. Portanto essas tendências
fundamentalistas ficaram, no entanto, limitadas porque no final do século XVIII, o
movimento waabita na Arábia clamava por reformas muito mais radicais do que as desejadas
por Muhammad III. No decorrer desse período, ele estava em excelentes termos com o sharif
de Meca, Surur, ao qual ele dera uma de suas filhas em casamento
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8. Considerações Finais

Para concluir, podemos dizer que Mulay Ismael foi um soberano que concluiu, de fato, a obra
começada por seus dois irmãos que consistia em unificar o Marrocos colocando-o sob
domínio de um único trono, como no tempo de seu poder e grandeza passados. Foi igualmente
ele quem firmou as bases do Estado fundado por seus dois irmãos e lançou as premissas do
Estado marroquino que salvaguardou até o presente o património do Marrocos.

Podemos também dizer que o reinado de Mulay Ismael foi o factor essencial da estabilidade
do Estado e do poder da dinastia marroquino. Seu amor pela paz o fez recorrer a guerra
somente para a libertação de marroquino, enquanto todas as questões internas ou externas
eram resolvidas pela negociação e pelo diálogo. De uma forma geral, essa política sábia e
realista teve resultados favoráveis para o povo marroquino que pode gozar, durante essa
segunda metade do século XVIII, de uma prosperidade geral e de uma segurança total.

Portanto a milícia Bawakir, em seu início, contribuiu em grande medida para manter a paz e a
segurança no país unificado. Mulay Ismael mandara, de fato, construir fortalezas e cidadelas
em todas as regiões do Marrocos, fronteiras argelio-marroquinas até os confins meridionais do
Saara. Guarniçoes foram enviadas para essas fortalezas e os filhos desses soldados, vindos
com a família, recebiam uma formação especial, o que é importante ser mencionado aqui.
Graças a essa poderosa milícia, Mulay Ismael conseguiu devolver ao Marrocos sua força e seu
prestígio aos olhos das grandes nações da época, que começaram então a teme-lo. Essa milícia
permitiu igualmente, assim como dissemos mais acima, fazer reinar a segurança no Marrocos
e devolver a seus habitantes confiança e tranquilidade de espírito
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9. Referencias Bibliográficas

MARTIN, A. G. P. A la frontiere du Maroc: les oasis sahariennes


(Gourada-Touat-Tidikelt); (Algiers: Imprimerie algérienne), vol.I, 1908.

NODINOT, Jean-François. 21 États pour une Nation Arabe. Paris: Maisonneuve & Larose,
1992.

OGOT, Bethwell Allan. História Geral de África V. África do Século XVII ao XVIII,
UNESCO, Brasília, 2010.

SELLIER, Jean. Atlas de los pueblos de África. Barcelona: Paidós, 2005.

TERRASSE, H. Histoire du Maroc, 2 vols., Casablanca: Atlantides. 1949

VAGNI, Juan José. Marruecos: uma puerta al mundo árabe y africano. Córdoba: Centro
de Estúdios Avanzados de la UNC, 2008.

VISENTINI, Paulo Fagundes. A África na política internacional. O sistema interafricano


e sua inserção mundial. Curitiba: Juruá, 2010.

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