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Índice

Introdução...................................................................................................................................................2
Objectivo....................................................................................................................................................2
Objectivos Gerais.......................................................................................................................................2
Objectivos específicos................................................................................................................................2
Localização Geográfica De Moçambique..................................................................................................3
Localização Geográfica..............................................................................................................................3
Localização cósmica..................................................................................................................................3
Limites........................................................................................................................................................3
Características Naturais..............................................................................................................................4
O Litoral e traçado da costa Moçambicana................................................................................................4
Principais Acidentes da Costa de Moçambique.........................................................................................4
Património histórico...................................................................................................................................5
Importância dos acidentes da costa............................................................................................................6
A extensão territorial de Moçambique.......................................................................................................6
Os pontos extremos de Moçambique.........................................................................................................6
Geografia física..........................................................................................................................................7
Hidrografia.................................................................................................................................................7
Litoral.......................................................................................................................................................12
Orografia..................................................................................................................................................13
Norte (entre o Rovuma e o Zambeze)......................................................................................................13
Centro (entre o Zambeze e o Save)..........................................................................................................14
Clima em Moçambique............................................................................................................................15
Melhor época para ir a Moçambique........................................................................................................16
Principais factores que influenciam o clima de Moçambique..................................................................16
Principais tipos de climas em Moçambique.............................................................................................17
A relação que existem entre clima e relevo.............................................................................................18
Climas Quentes........................................................................................................................................19
Conclusão.................................................................................................................................................20
Referencias Bibliográficas.......................................................................................................................21
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Introdução
Ao longo do presente trabalho vamos falar sobre a localização geográficas de Moçambique, por tanto
Para começar o estudo de qualquer país ou região é preciso tomar em conta a sua situação no mundo e no
continente a que pertence e os países ou localidades com os quais faz fronteira. A República de
Moçambique faz parte das nações do continente africano, situando-se na sua costa oriental, na qual
estende-se desde a foz do rio Rovuma até ao rio Maputo, com uma superfície cerca de 801 590 km2, ela
localiza-se: Norte: Tanzânia, da qual esta separada pelo rio Rovuma, Oeste: Malawi, Zâmbia, África de
Sul e Suazilândia. Sul: A República de África do Sul, através do rio Maputo. Este: Oceano Indico. No
Canal de Moçambique, os vizinhos são Madagáscar e as Comores (incluindo a possessão francesa de
Mayotte). No Oceano Índico, para leste da grande ilha de Madagáscar, situam-se as dependências de
Reunião, Juan de Nova e Ilha Europa. No Canal de Moçambique, sensivelmente a meia distância entre
o continente e Madagáscar, o atol de Bassas da Índia, igualmente possessão francesa.

Objectivo
Objectivos Gerais
 Descrever a localização geográfica de Moçambique
 Descrever o clima de Moçambique
 Descrever a relação existente entre relevo e clima
Objectivos específicos
 Localizar geográfica e cosmicamente Moçambique;
 Identificar os limites de Moçambique;
 Indicar a extensão territorial de Moçambique;
 Identificar O Litoral e traçado da costa Moçambicana
 Compreender os Principais Acidentes da Costa de Moçambique
 Falar da Importância dos acidentes da costa
 Falar do Clima em Moçambique
 Compreender os Principais factores que influenciam o clima de Moçambique
 Compreender os Principais tipos de climas em Moçambique
 Falar da relação que existem entre clima e relevo
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Localização Geográfica De Moçambique


Localização Geográfica
Moçambique localiza-se a Sul do Equador, na costa oriental de África na região da África Austral .
Moçambique está localizado no continente africano, mais precisamente na região da África Oriental,
ao sudeste do continente, possui uma extensão territorial de aproximadamente 799.380 Km 2, faz
fronteira com 6 países sendo eles a África do Sul, Essuatini
(antiga Suazilândia), Malaui, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue
No Canal de Moçambique, os vizinhos são Madagáscar e as Comores (incluindo a possessão francesa
de Mayotte). No Oceano Índico, para leste da grande ilha de Madagáscar, situam-se as dependências de
Reunião, Juan de Nova e Ilha Europa. No Canal de Moçambique, sensivelmente a meia distância entre
o continente e Madagáscar, o atol de Bassas da Índia, igualmente possessão francesa.
Sua Capital é Maputo, possui como idioma oficial o Português e tem como moeda oficial o Metical que
apresenta baixo valor de mercado internacional em relação ao Dólar americano.
Outras cidades importantes: Nampula, Beira, Nacala, Quelimane, Pemba, Tete. Na periferia oeste da
cidade do Maputo, destaca-se a cidade-satélite da Matola. Isoladamente, a Matola seria a segunda
cidade mais populosa de Moçambique, mas integra-se na mancha urbana do Maputo.
Por conseguinte, excluindo a Matola da categoria de centro urbano propriamente dito, a segunda cidade
de Moçambique é Nampula, que, demograficamente, ultrapassou a Beira na viragem do século XX para
o século XXI.
Localização cósmica
No que respeita a localização cósmica (astronómica), Moçambique estende-se entre os paralelos 10˚27´
e 26˚52’ de latitude Sul e entre os meridianos 30˚12’ e 40˚51’de latitude Este.

Limites
Moçambique tem como limites:
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Norte – Rio Rovuma que o separa da República Unida da Tanzânia


Sul- República da África do Sul
Este- Oceano Índico
Oeste/ W- Zimbabwe e República da África do Sul
Noroeste – Malawi e Zâmbia
Sudoeste - África do Sul e Swazilândia ( vide o mapa 2)
O território moçambicano cobre uma superfície de 779.380 Km2, dos quais 786.380 Km2 Constituem
terra firme e 13.000 Km2 águas interiores. O comprimento da linha da costa é de 2.515 Km, desde a foz
dio Rovuma a Norte à ponta do Ouro a Sul. A maior largura é de 962,5 Km, partindo da península de
Mossuril na Província de Nampula até ao marco de fronteira I, situado na confluência do rio Aruângua
com o rio Zambeze na Província de Tete. A menor largura é de 47,5 Km, medida entre o marco
Sivayana localizado a Sul de Namaacha e o Alto Farol na Catembe. A fronteira terrestre desenvolve-se
ao longo de cerca de 4.310 Km assim distribuídos: 800 Km de fronteira Norte, 3445 Km de fronteira
Oeste e 85 Km de fronteira Sul. A fronteira marítima está limitada a 12 milhas marítimas contada a
partir da linha de base.
Características Naturais
Moçambique tem um extenso litoral no Oceano Índico, com planícies que se estendem ao sul do país,
na região ao norte possui áreas com planaltos e montanhas, além de ter proximidade com o a região do
Rift Valley, uma área de falha na placa tectônica africana, sendo um país suscetível a atividades
tectônicas.
Possui como rio mais importante o Zambeze que separa a parte norte da sul do país, formando duas
regiões.
O Litoral e traçado da costa Moçambicana
O litoral moçambicano caracteriza-se por se desenvolver com grandes recortes (reentrâncias, saliências,
arquipélagos e ilhas), principalmente na costa norte do país, onde se destacam os seguintes acidentes da
costa:
Principais Acidentes da Costa de Moçambique
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Património histórico
O património histórico mais notável de Moçambique concentra-se nos seguintes locais:
— Ilha de Moçambique, na baía do Mossuril, ao largo da localidade do Lumbo, no litoral da província
de Nampula (zona setentrional do país);
— Parte antiga da cidade de Inhambane, capital da província do mesmo nome (zona meridional do
país);
— Baixa da cidade do Maputo (zona meridional do país);
— Ilha do Ibo, outrora entreposto de escravos, no arquipélago das Quirimbas (hoje parque natural, no
litoral da província de Cabo Delgado).
A Ilha de Moçambique deu o nome à totalidade do território, do qual foi capital até 1898 (ano em que a
sede do governo colonial passou para Lourenço Marques). Em 1991, a UNESCO inscreveu-a na lista
do Património Mundial da Humanidade. De entre vários monumentos, destacam-se a Capela de Nossa
Senhora do Baluarte, em estilo manuelino, e a Fortaleza de S. Sebastião, expressivos exemplares de
arquitetura colonial portuguesa que datam do século XVI (poucas décadas depois da passagem
de Vasco da Gama, o primeiro europeu que circum-navegou o extremo meridional da África). O
Palácio de S. Paulo ou Palácio dos Capitães-Generais é igualmente notável. A chamada «cidade de
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pedra» conta com diversas igrejas centenárias, além de edifícios residenciais e comerciais em estilo
português, com influências indostânicas.
As influências indostânicas observam-se igualmente na parte antiga da cidade de Inhambane e na Baixa
do Maputo.
Importância dos acidentes da costa
As saliências (cabos e pontas) constituem pontos estratégicos para diversos fins marítimos e militares.
As reentrâncias (baías) constituem lugares onde se instalam portos marítimos.As ilhas e arquipélagos
são elementos que servem de apoio à navegação, dentro de pesquisa de investigação da fauna e da flora
marinha. São excelentes lugares para a prática de turismo. De forma geral a costa é importante para a
pratica da pesca, do comércio nacional e internacional, desenvolvimento do turismo, exploração de
plantas, actividades desportivas e recreativas, etc
A extensão territorial de Moçambique
O território nacional, cobre uma superfície total de 799.380 km2, sendo que, 786.380 km²
correspondem a terra firme e 1.300 km2 são ocupados por águas interiores constituídos pelos rios,
lagos, lagoas e pântanos.
Os pontos extremos de Moçambique
A configuração de Moçambique apresenta variação na sua largura. A maior largura do território situa-
se entre a confluência do rio Aruângua com o rio Zambeze, no distrito de Zumbo, a Oeste da província
de Tete, e a Ponta Janga, na península de Mossuril, a Este da, província de Nampula com 963 km. A
menor largura é de 47,5 km, Situa-se no Sul de país, entre a fronteira da Swazilândia em Namaacha e o
Alto Farol da Catembe, na baía de Maputo. O comprimento máximo é de 1.800 km, entre a foz do rio
Rovuma, a Norte e o rio Maputo, a Sul. (vide mapa 3).

Pontos extremos de Moçambique


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Geografia física
Em latitude, Moçambique tem por limites aproximados os paralelos 10° S e 27° S, situando-se, pois,
maioritariamente, na Zona Tórrida. Apenas uma pequena porção do seu território, onde está localizada
a capital, fica para sul do Trópico de Capricórnio (23° 26’ 14,440” de latitude sul), ou seja, na Zona
Temperada do Sul.
Em plena África Austral, frente ao oceano Índico, que aqui toma o nome de Canal de Moçambique, o
país tem uma forma longilínea, mais larga a norte mas acentuadamente estreita a sul (a «cauda de
Moçambique»). No que toca à longitude, os seus limites são os meridianos 30° E e 41° E.
No terço setentrional, a província de Tete forma uma grande protuberância com orientação de SE para
NW, intrometida entre o Malaui, a Zâmbia e o Zimbabué.
Hidrografia
Lagos
O maior lago de Moçambique, que o país partilha com a Tanzânia e com o Malaui, é
o Niassa (conhecido nos países de língua inglesa como Lake Malawi). De forma alongada na direção S-
N, tem um comprimento máximo de 580 km e uma largura máxima de 75 km. Situa-se na ponta
noroeste do país, no extremo meridional do Vale do Rift, a grande depressão que se inicia junto
ao golfo de Áden e que, seguindo para sul, separa os planaltos da Etiópia e da Somália e, nas zonas de
maior profundidade, é inundada, formando os grandes lagos da África
Oriental (Turkana, Alberto, Kyoga, Vitória, Eduardo, Kivu, Tanganhica, Rukwa, Mweru e Niassa, entre
outros de menores dimensões).
Outros lagos importantes de Moçambique são o Chiuta e o Chirua, igualmente situados no extremo
meridional do vale do Rift mas dos quais Moçambique apenas possui as margens orientais, pois ambos
se estendem maioritariamente pelo Malaui. A lagoa Amaramba, inteiramente em território
moçambicano, é um apêndice setentrional do lago Chiuta.
No litoral sul de Moçambique (províncias de Inhambane e de Gaza), há diversas lagoas de forma
alongada, sensivelmente paralelas à costa: Dongane, Poelela, Maiene, Quissico (ou Zavala),
Marrângua, Inhampavala, Bilene. Nesta última, ligada ao mar por um estreito canal, existem alguns
aproveitamentos turísticos. Durante a soberania portuguesa, era também designada «concha de São
Martinho do Bilene», porquanto, embora bastante maior, tem uma configuração física semelhante à da
concha ou baía de São Martinho do Porto, em Portugal.
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Rios
Quase todos os principais rios de Moçambique seguem, aproximadamente, o sentido de oeste para este
(ou de noroeste para sueste), desaguando no Canal de Moçambique (a secção do Oceano Índico situada
entre o continente e a ilha de Madagáscar).
As duas exceções mais notáveis são o Lugenda e o Chire.
 Lugenda: Tem um percurso sensivelmente de sudoeste para nordeste, com o troço inicial na
província do Niassa e o troço final a marcar o limite entre esta última e a província de Cabo
Delgado, até à confluência com o rio Rovuma.
 Chire: Corre sensivelmente de norte para sul (trata-se, na verdade, de um transbordo do lago
Niassa, na ponta meridional deste último, em território malauiano). Depois de alimentar diversos
lagos de menores dimensões no Malaui, o rio Chire conflui com o rio Ruo (que corre também de
norte para sul ao longo da fronteira entre os dois países) e vai desaguar na margem esquerda
do Zambeze, já em território moçambicano, a jusante da povoação da Mutarara. Por outras
palavras, pode dizer-se que o lago Niassa transborda indiretamente as suas águas para o oceano
Índico, canalizando-as desde a sua ponta sul, através do rio Chire, para o rio Zambeze, que acaba
por as lançar no oceano.
Os grandes rios que desaguam no Canal de Moçambique são, de norte para sul, os seguintes:
 Rovuma: Nasce na Tanzânia (onde é conhecido como Ruvuma) e, pouco depois de receber na
margem direita o afluente Messinge (este com a sua nascente na província do Niassa, entre a
capital, Lichinga, e a povoação de Maniamba), inflete para leste e passa a marcar, na sua maior
extensão, a fronteira com a Tanzânia, até à foz, a norte da povoação de Quionga. Sensivelmente a
meio do percurso internacional, recebe, na margem direita, as águas do Lugenda, junto à povoação
de Negomano. O Rovuma é um dos dois rios mais emblemáticos de Moçambique (o outro é
o Maputo, na fronteira meridional), facto associado ao lema «Viva Moçambique unido, do Rovuma
ao Maputo», que a «Voz da Frelimo», emissora da Frente de Libertação de Moçambique, divulgava
a partir da Tanzânia durante a guerra da independência (1964-1974). Embora os caudais de ambos
imediatamente a montante da confluência sejam comparáveis (o que, à partida, suscitaria a dúvida
entre ser o Lugenda afluente do Rovuma ou vice-versa), é o rio Lugenda que se considera afluente
do Rovuma: de facto, o Rovuma segue uma direção menos irregular até à foz (sensivelmente de
oeste para leste), pelo que se considerou ser este o rio principal, e o Lugenda um seu tributário.
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 Messalo: Rio inteiramente moçambicano, nasce no centro-sul da província do Niassa e, depois de


um percurso no sentido sensivelmente SW-NE, desagua no litoral da província de Cabo Delgado.
 Lúrio: Rio também inteiramente moçambicano, nasce no extremo sul da província do Niassa, a
leste da cidade de Cuamba, e estabelece a fronteira administrativa entre a província de Nampula, na
margem direita, e as províncias do Niassa e de Cabo Delgado, na margem esquerda, respetivamente
a oeste e a leste. Desagua no Canal de Moçambique, entre as cidades de Pemba e Nacala.
 Zambeze: O maior rio de Moçambique e quarto do continente africano – depois do Nilo,
do Zaire (ou Congo) e do Níger –, o Zambeze é também o maior dos rios africanos que desaguam
no Oceano Índico. Nasce no extremo ocidental da Zâmbia e, inicialmente, segue para norte e oeste
até penetrar no extremo oriental de Angola, onde inflete para sul. Tomando em seguida um
percurso mais regular rumo ao Oceano Índico, marca a fronteira entre a Zâmbia, na margem
esquerda, e a faixa de Caprivi (extremo nordeste da Namíbia), na margem direita. Depois,
estabelece a fronteira entre a Zâmbia, a norte, e o Zimbabué, a sul, num troço em que se destacam
as Cataratas Vitória (Victoria Falls) e a barragem de Kariba. Entra em Moçambique junto à
povoação do Zumbo, na cauda montante do outro grande empreendimento hidroelétrico do seu
percurso: a barragem de Cabora Bassa, totalmente em Moçambique. Em território moçambicano, o
percurso do Zambeze é sensivelmente de oeste para leste entre o Zumbo e a povoação do Songo,
poucos quilómetros a jusante do paredão de Cabora Bassa. Seguidamente, até à foz, desce de
noroeste para sueste, num troço em que se destacam: a histórica Missão de Boroma; a cidade de
Tete (capital provincial); a povoação de Massangano, junto à confluência do Luenha, na margem
direita (palco, no século XIX, de combates entre a administração colonial portuguesa e
a dinastia feudal dos Cruz); a garganta da Lupata; a histórica Vila de Sena; os «tandos» (savanas)
de Marromeu, onde existe uma reserva natural muito rica em fauna de grande porte. O seu grande
afluente da margem esquerda é o Chire, que, como se disse, constitui um transbordo do lago
Niassa (o que nos permite dizer que as águas do lago Niassa acabam por verter para o Oceano
Índico, através do canal que o rio Chire e o troço inferior do Zambeze formam).
 Antes de desaguar no Canal de Moçambique, o Zambeze divide-se em vários braços, na margem
esquerda de um dos quais, o rio dos Bons Sinais (assim batizado por Vasco da Gama, pelos sinais
que aí recebeu de estar na boa rota para a Índia), se situa a cidade de Quelimane, capital da
província da Zambézia. Na foz de um outro braço, imediatamente a norte do principal, fica o porto
marítimo do Chinde.
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 Pungoé (ou Púngoè): Grande rio do centro-sul de Moçambique, nasce no Zimbabué (onde é
conhecido como Pungwe) e segue para leste. A partir dos confins ocidentais de Moçambique,
inflete em arco para norte, marcando um curto troço da fronteira entre os dois países. Já em
território inteiramente moçambicano, ruma para sueste, bordeja o limite meridional do Parque
Nacional da Gorongosa e desagua a norte da baía de Sofala, formando um estuário baixo e
pantanoso em cuja margem esquerda se situa a Beira (segundo porto e terceira cidade de
Moçambique).
 Búzi: Nasce no lado moçambicano da fronteira com o Zimbabué, perto da povoação de
Espungabera, seguindo depois sensivelmente de sudoeste para nordeste, até desaguar
imediatamente a sul do estuário do Púngoè. O seu afluente principal, o Revué (na margem
esquerda), que corre de noroeste para sueste desde as terras altas da província de Manica, tem, no
troço inicial, um dos grandes empreendimentos hidroelétricos de Moçambique – a barragem da
Chicamba Real.
 Save: Nasce no Zimbabué (onde é conhecido como Sabi), a sul da capital, Harare, e corre de norte
para sul até à confluência com o Runde, a partir da qual inflete para leste e penetra em território
inteiramente moçambicano. Aqui, bordeja o limite norte do Parque Nacional do Zinave e vai
desaguar no Oceano Índico, junto à povoação de Mambone, entre a baía de Sofala e a ilha
do Bazaruto.
 Limpopo: Segundo maior dos rios africanos que desaguam no Oceano Índico (logo a seguir ao
Zambeze), tem um percurso característico em arco. Nasce na região noroeste da África do Sul e
segue de início para norte, tendo, nesse troço, o nome de rio dos Crocodilos. Só se designa
Limpopo a partir do ponto em que passa a marcar a fronteira entre a África do Sul e o Botsuana, no
sentido SW-NE. Marca depois a fronteira entre a África do Sul, na margem direita, e o Zimbabué,
na margem esquerda, num troço em que ruma para leste. Depois de entrar em Moçambique, junto à
povoação do Pafúri, inflete acentuadamente para sueste, atravessando a província de Gaza. O seu
principal tributário em território moçambicano é o rio dos Elefantes, na margem direita. Entre os
dois rios, está projetado o Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo, que englobará reservas
naturais de Moçambique e da África do Sul, incluindo o célebre Parque Nacional Kruger e,
futuramente, também reservas naturais do Zimbabué. No rio dos Elefantes situa-se um dos
grandes empreendimentos hidroagrícolas de Moçambique, a barragem de Massingir. O troço final
do Limpopo caracteriza-se por inúmeros meandros, atravessando um terreno pouco acidentado,
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com margens planas e férteis, onde, em finais da década de 50 do século XX, o governo português
criou o Colonato do Limpopo, sob a direção do Eng.º Trigo de Morais. Poucos quilómetros a
montante da foz localiza-se a cidade do Xai-Xai (antiga João Belo), capital da província de Gaza.
 Incomáti: Nasce na zona setentrional da África do Sul e corre sensivelmente para nordeste, com
um curto troço através do extremo noroeste da Essuatíni. Entra em Moçambique junto à cidade de
Komatipoort, no lado sul-africano da fronteira, e à povoação de Incomáti (antiga Ressano Garcia),
no lado moçambicano. A partir daí, tem um curso de forma irregular, descendo primeiro para
sueste, voltando novamente para nordeste junto à povoação da Moamba e infletindo para sul a
jusante da povoação de Magude, rumo que segue até à foz, na baía do Maputo. O seu principal
afluente é o rio Sábiè, na margem esquerda.
 Umbelúzi: Nasce na região montanhosa do norte da Essuatíni e, após um percurso sensivelmente
de oeste para leste, desagua na baía do Maputo, em estuário comum a vários rios (Matola, Infulene,
Tembe). Na zona de maior altitude do seu troço moçambicano, fica situada a barragem dos
Pequenos Libombos.
 Tembe: Rio inteiramente moçambicano, nasce no extremo meridional do país, junto à fronteira
com a Essuatíni, corre inicialmente para leste, mas, pouco antes de receber na margem esquerda o
afluente Mnyame (este vindo de território suázi), inflete para norte e vai desaguar na baía do
Maputo, em estuário comum a vários rios (Matola, Infulene, Umbelúzi).
 Maputo: Nasce na região setentrional da África do Sul (onde é conhecido por Great Usutu, Lusutfu
ou Suthu) e ruma a leste, atravessando a Essuatíni, marcando em seguida a fronteira meridional
deste país com a África do Sul e, por fim, marcando um troço da fronteira meridional de
Moçambique com a África do Sul. Inflete então sensivelmente para norte e, já em território
inteiramente moçambicano, atravessa uma zona de lagoas e pântanos, acabando por desaguar em
estuário no extremo meridional da baía do Maputo. A leste do seu troço terminal, fica a Reserva de
Elefantes do Maputo. O Maputo é um dos dois rios mais emblemáticos de Moçambique (o outro é
o Rovuma, na fronteira setentrional), facto associado ao lema «Viva Moçambique unido, do
Rovuma ao Maputo», que a emissora «Voz da Frelimo» divulgava a partir da Tanzânia durante a
guerra da independência (1964-1974).
Dado o caráter simbólico do rio Maputo, que marca a fronteira sul do país e, conforme atrás se disse, é,
juntamente com o Rovuma, um dos dois rios mais emblemáticos de Moçambique, as autoridades
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moçambicanas decidiram tornar o seu nome extensivo quer à baía onde ele desagua quer à capital (a
antiga Lourenço Marques), que lhe fica próxima, e à província onde esta se situa.
Litoral
O litoral de Moçambique, entre a foz do Rovuma (11 graus de latitude sul) e a praia da Ponta do Ouro
(27 graus de latitude sul), caracteriza-se predominantemente por terrenos baixos e arenosos, com
extensos cordões dunares paralelos à linha de costa.
A zona entremarés é coberta, de Norte a Sul, de mangais e vegetação associada.
A dinâmica das correntes marítimas e dos rios recortou uma série de baías e ilhas.
No litoral nordeste (província de Cabo Delgado, entre os rios Rovuma e Lúrio), destaca-se a baía de
Pemba (antiga baía de Porto Amélia), bem como um rosário de ilhas a pouca distância da costa,
o arquipélago das Quirimbas, no qual se destaca a histórica ilha do Ibo.
Continuando para sul, observam-se, no litoral da província de Nampula (entre os rios Lúrio e Ligonha,
perto do porto de Moma), três grandes baías: Memba, Nacala (antiga baía de Fernão Veloso) e
Mossuril. A baía de Nacala possui o melhor porto de águas profundas de Moçambique. Por sua vez, na
baía do Mossuril, o elemento mais notável é a Ilha de Moçambique, hoje integrada na lista do
Património Mundial da UNESCO.
Entre os paralelos 15 e 20 de latitude sul (ou seja, sensivelmente entre a Ilha de Moçambique e a cidade
da Beira), a costa tem uma orientação NE-SW.
No litoral da província da Zambézia, entre a foz do Ligonha e a foz do braço central do Zambeze, o
acidente mais notável é um arquipélago de pequenas ilhas (Epidendro, Casuarina, Coroa, Fogo, Silva) a
distância relativamente grande da costa.
O litoral da província de Sofala desenvolve-se entre a foz do braço central do Zambeze e a foz do Save.
É sensivelmente a dois terços da sua extensão (no sentido de norte para sul), junto aos estuários do Búzi
e do Púngoè (na margem norte dos quais se situa a cidade da Beira), que a costa passa da orientação
NE-SW novamente para a orientação N-S.
O extenso litoral da província de Inhambane vai desde a foz do Save até poucos quilómetros a nordeste
da foz do Limpopo. Encontram-se aí algumas das praias mais famosas de Moçambique – Pomene ou
Ponta da Barra Falsa, Tofo, Jangamo, Závora (as igualmente famosas praias de Chidenguele,
Chongoene e Bilene são já na província de Gaza) –, bem como alguns dos acidentes mais notáveis do
litoral: Baía de Mambone; Arquipélago do Bazaruto (sede do homónimo Parque Nacional Marinho),
composto por uma grande ilha que lhe deu o nome e ainda pelas ilhas Santa Carolina (centro turístico
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de longa data), Benguerra (antiga Santo António) e Santa Isabel; este arquipélago situa-se a pouca
distância da costa, entre as povoações de Inhassoro e Vilanculos; Baía de Vilanculos, de águas pouco
profundas, com abertura ao oceano para norte e delimitada a leste pela península de Muangane; Ponta
de Pomene, igualmente centro turístico de longa data; Baía de Inhambane, com a histórica cidade de
Inhambane na margem leste, frente à Maxixe, na margem poente. Poucos quilómetros a sul da baía de
Inhambane, sensivelmente junto à praia de Jangamo e até à foz do Incomáti, já na província do Maputo,
a costa reassume uma orientação de NE para SW.
O litoral da província de Gaza é relativamente pouco extenso. O seu principal acidente geográfico é a
foz do grande rio Limpopo, poucos quilómetros a montante da qual se situa a cidade do Xai-Xai (antiga
João Belo), sede do governo provincial.
No extremo meridional do país, a baía de Maputo constitui um acidente costeiro notável. Desaguam
nela três estuários: a norte, o do rio Incomáti; a sul, o do rio Maputo; a poente, um estuário comum a
três rios – Matola, Umbelúzi e Tembe –, na margem norte do qual se situa o porto marítimo do Maputo.
No lado oriental, a baía é delimitada por duas línguas de terra: a restinga da Macaneta, a norte, formada
pela interação das correntes oceânicas com o estuário do Incomáti; e a península de Machangulo, a sul,
bastante maior, formada pelas aluviões do estuário do rio Maputo e cujo prolongamento natural, na
extremidade norte, é a Ilha Inhaca (bem como a adjacente Ilha dos Portugueses). Dada a sua natureza
predominantemente aluvionar, estas duas línguas de terra e as ilhas que lhes estão associadas acusam
grande instabilidade geológica, visível sobretudo pela erosão das ilhas resultantes das aluviões do
Incomáti – Xefina Pequena, Xefina do Meio e Xefina Grande. Conforme relata a «História Trágico-
Marítima», os Portugueses da época da expansão ultramarina europeia chamavam à atual baía do
Maputo «Rio de Lourenço Marques», considerando que ele era formado por três braços
(presumivelmente os estuários acima referidos). Talvez devido ao seu contorno oval, o «Rio de
Lourenço Marques» recebia também o nome de «Baía da Lagoa» (do qual derivou o termo inglês
«Delagoa Bay»). No período final da soberania portuguesa, a designação mais comum era «Baía do
Espírito Santo».
Para sul do rio Save, as reentrâncias da costa apresentam uma notável característica comum: constituem
quase sempre baías com abertura ao oceano para norte e delimitadas a leste por penínsulas arenosas e
estreitas. São os casos das baías de Mambone, Vilanculos, Pomene, Inhambane e Maputo.
Orografia
Norte (entre o Rovuma e o Zambeze)
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É nesta zona de Moçambique que se regista a maior altitude média.


Entre o planalto da Angónia, na parte setentrional da província de Tete (margem esquerda do
Zambeze), e as terras altas da província do Niassa, cava-se a depressão do Rift, aqui no seu extremo
meridional.
Este progressivo rasgar do continente, naturalmente impercetível à escala humana, está a resultar na
formação de serranias relativamente elevadas na margem oriental do lago Niassa (confins ocidentais da
província moçambicana do mesmo nome), atingindo 1848 metros imediatamente a sul da fronteira com
a Tanzânia. Ainda na província do Niassa, é de assinalar a cordilheira Maniamba, com
uma altitude máxima de 1804 m.
O relevo vai-se esbatendo da província do Niassa para a de Cabo Delgado, drenadas ambas pelas bacias
dos rios Rovuma (que inclui a do Lugenda), Messalo e Lúrio. Em Cabo Delgado, as altitudes máximas
registam-se no planalto dos Macondes, em torno à povoação de Mueda (extremo nordeste de
Moçambique).
É no interior da província da Zambézia que se verificam as maiores altitudes, designadamente em torno
às povoações de Vila Junqueiro (também conhecida como Gurúè ou, conforme hoje se grafa, Gurué) e
do Alto Molócuè (que hoje se grafa como Molocué), onde existem extensas plantações de chá. Os
montes Namúli atingem um pico de 2418 m, escassos 18 metros menos do que a altitude máxima
registada em todo o país. A província da Zambézia apresenta também relevos elevados no distrito de
Milange, igualmente famoso pela cultura do chá (junto à fronteira com o Malaui). Porém, a sua maior
extensão é composta de terras relativamente baixas, drenadas pelos rios Ligonha, Molocué e braços
setentrionais da desembocadura do Zambeze.
Um elemento orográfico caraterístico desta região Norte, designadamente nas províncias de Nampula e
da Zambézia, são os chamados inselbergues (do alemão Inselberg, que significa «monte-ilha»),
montanhas monolíticas de granito e rochas similares, que se erguem abruptamente do terreno plano
circundante.
Centro (entre o Zambeze e o Save)
Apesar de uma altitude média bastante menor do que a da região Norte, a região Centro – que ocupa a
totalidade das províncias de Sofala e Manica e a parte sul da província de Tete (margem direita do
Zambeze) – detém o ponto mais alto de Moçambique: os 2436 m do monte Binga, na província de
Manica, junto à fronteira com o Zimbabué.
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Na província de Sofala, destaca-se o maciço da Gorongosa, em cujo sopé meridional se localiza


o Parque Nacional da Gorongosa, uma área de conservação rica em espécies da fauna africana.
Numa estreita faixa ao longo da fronteira ocidental de Moçambique (província de Manica), estende-se a
cadeia de Chimanimáni, com altitudes relativamente elevadas (picos de 2227 m e 1886 m, além do
citado monte Binga), desde a povoação de Espungabera, a sul, até ao distrito do Báruè, a norte,
passando pelos contrafortes do Tsetserra (junto à vila de Manica). Seguem-se, para leste, os planaltos
do Sussundenga e do Chimoio e, por fim, as terras baixas e pantanosas do litoral.
Na parte sul da província de Tete, drenada, entre outros, pelo rio Mazoé, afluente do Luenha, que, por
sua vez, desagua na margem direita do Zambeze a jusante da capital da província, não há acidentes
orográficos notórios.
Na restante superfície desta região, predominam as baixas altitudes, drenadas pelos troços inferiores do
Zambeze («tandos» de Marromeu), do Pungoé, do Búzi e do Save.
Sul (Sul do Save)
Das três regiões naturais consideradas, esta – que ocupa a totalidade das províncias de Inhambane,
Gaza e Maputo – é, de longe, a de menor altitude média. Compõem-na maioritariamente grandes
extensões planas, drenadas pelas bacias hidrográficas do Limpopo, do Incomáti e de outros rios
menores.
Apenas no extremo sudoeste se destaca a cadeia dos Libombos, sensivelmente na direção N-S, ao longo
da fronteira entre Moçambique, a nascente, e a Essuatíni e a África do Sul, a poente. Esta cordilheira é
designada Lebombo Mountains nos vizinhos de língua oficial inglesa. Em Moçambique, o seu limite
setentrional localiza-se junto à povoação fronteiriça de Incomáti (antiga Ressano Garcia).
Prolongamento natural dos montes Drakensberg, que atingem uma altitude máxima de 3482 metros
(pico Thabana Ntlenyana, no Lesoto), os Libombos descem para os 776 m na Essuatíni (Mount
Mananga) e não excedem 600 m em Moçambique (planalto da Namaacha, onde as fronteiras dos três
países se encontram).
Entre a cordilheira dos Libombos e o oceano, a leste, estende-se uma cadeia paralela, de altitude média
consideravelmente menor, os Pequenos Libombos.
Clima em Moçambique
O Clima em Moçambique é tropical úmido, influenciado pelas monções de nordeste que chegam do
Oceano Índico e pelas correntes quentes provenientes do canal de Moçambique. Este clima é
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caracterizado por ter duas épocas: a estação das chuvas e a estação seca. Nas regiões montanhosas o
clima é tropical de altitude.
Melhor época para ir a Moçambique
Entre meados de outubro e abril temos a estação das chuvas, quando estas ocorrem intensas,
principalmente nas regiões de maior altitude. A umidade relativa é bastante elevada, e as temperaturas
costumam variar entre 20°C na região sul e 26°C ao norte do país.
Os meses mais quentes em Moçambique são janeiro e fevereiro, porém as temperaturas são
relativamente constantes ao longo do ano. As monções de sudoeste que tem origem no continente
influenciam a estação seca, que ocorre entre os meses de maio e setembro. As temperaturas máximas
ficam entre os 24°C e 26°C e as mínimas em torno dos 15°C. Esta pode ser considerada a melhor época
para visitar Moçambique.
Se você pretende mergulhar, a temperatura da água do mar varia entre 23°C nos meses de inverno, e
28°C nos meses de verão.
Principais factores que influenciam o clima de Moçambique
1. Latitude;
2. Altitude;
3. Correntes marítimas (corrente quente do canal de Moçambique);
4. Continentalidade.
1. LATITUDE – é um factor climático importante, que exerce a sua influência principalmente sobre a
temperatura e a precipitação.
Moçambique é um país localizado numa zona de menor latitude (Zona Inter tropical/Zona tórrida),
onde as temperaturas médias anuais são superiores a 20º C. Por isso apresenta um clima quente.
A precipitação verifica-se principalmente na estação do Verão em forma de chuvas, enquanto que na
estação contrária (Inverno) verifica-se uma grande secura.
2. ALTITUDE – este factor é responsável pela diminuição da temperatura nas regiões de grandes
elevações. Por isso, nessas regiões existe um clima modificado pela altitude – clima tropical de altitude.
3. CORRENTE QUENTE DO CANAL DE MOÇAMBIQUE – por causa deste factor, na zona
costeira do país existe um ar húmido, dada a intensidade da humidade.
4. CONTINENTALIDADE (aproximação ou afastamento em relação ao mar) – à medida que se
caminha do litoral para o interior do país a influência marítima é cada vez menor pelo que o ar vai se
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tornando mais seco. Nestas regiões do interior do país há um grande aquecimento durante o Verão e um
grande arrefecimento no Inverno, o que faz com que o clima seja tropical seco.
Principais tipos de climas em Moçambique
De acordo com os principais factores que influenciam o clima em Moçambique distinguem-se os
seguintes tipos de climas:
a) Clima Tropical Húmido;
b) Clima Tropical Seco;
c) Clima Tropical de Altitude;
d) Clima Tropical Semi-árido
Clima tropical húmido – abrange quase na totalidade a região Norte do país, uma pequena faixa do
interior da província de Tete, uma grande porção da província de Sofala e ao longo de todo o litoral do
país;
− É um clima com a estação húmida (chuvosa e quente) mais longa que a estação seca, sendo que o
período húmido vai de Outubro a Abril, enquanto que a época seca vai de Maio a Setembro;
− A precipitação é em forma de chuvas convectivas que-se verificam principalmente no
Verão;
− As temperaturas médias anuais (TMA) são superiores a 20ºc, variando de 24ºC a 26ºC;
− As amplitudes térmicas anuais (ATA) são pequenas, variando entre 3ºC e 6ºC;
− A precipitação é abundante, com uma média anual que varia entre 1000 e 2000 mm.
Clima tropical seco - abrange grande parte do interior das Províncias de Gaza, Inhambane e Maputo;
interior da Província de Tete, Norte das Províncias de Manica e Sofala e uma pequena porção à
Sudoeste da Província da Zambézia;
− É um clima com a estação seca e fresca mais longa que a estação húmida (chuvosa e quente), sendo
que o período seco vai de Abril a Outubro, enquanto que época húmida vai de Novembro a Março;
− A precipitação é fraca e irregular
− As temperaturas médias anuais (TMA) são superiores a 26ºC ;
Clima tropical de altitude – abrange as regiões montanhosas e planálticas de Moçambique.
− Tem a época chuvosa e quente bastante curta que vai de Dezembro a Março;
− Produz nestas regiões do país uma frescura durante todo o ano;
As temperaturas médias anuais (TMA) são inferiores a 22ºC ;
− A precipitação é superior a 1400 mm.
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Clima tropical semi-árido – abrange o interior da Província de Gaza, na faixa que vai de
Chicualacuala a Massingir, isto é na zona de Pafuri, e interior da província de Maputo;
− A precipitação é bastante fraca, inferior a 400 mm;
− As temperaturas médias anuais (TMA) são superiores a 26ºC.
De acordo com o critério convencional clássico de classificação, pode-se dizer o clima de Moçambique
é:
a) Quanto à temperatura do ar – quente – (valor anual superior a 20ºC) em todos os locais com
excepção de Espungabera (Manica), Furancungo (Tete) e Lichinga (Niassa), onde é temperado (valor
médio anual compreendido entre 10 e 20ºC); a oceânico (amplitude de variação anual inferior a 10ºC
em todos os locais);
b) Quanto à humidade do ar – seco – (valor anual compreendido entre 55 e 75%) em todos os locais
excepto nas cidades da Beira, Quelimane, Lichinga e Mocímboa da Praia (Cabo Delgado), onde é
húmido (valor médio anual compreendido entre 75 e 90%);
c) Quanto à precipitação – chuvoso – (valor médio anual da quantidade de precipitação
compreendido entre 1000 e 2000 mm) ou moderadamente chuvoso (valor médio anual compreendido
entre 500 1000 mm) em todos os locais excepto Pafúri (Gaza), onde é semi-árido (valor médio anual
compreendido entre 250 e 400 mm).

A relação que existem entre clima e relevo


Em um caso mais específico está a interdependência direta que há entre hidrografia, clima e relevo,
pois estabelecem influências determinantes entre eles.Um exemplo claro desse processo está vinculado
à hidrografia, quando rios e lagos surgem a partir do derretimento de neve e geleiras, além de sofrer
alterações na vazão pela chuva.
O relevo interfere em alguns casos no clima de uma região, quando o relevo impede a passagem de
massas de ar que poderiam determinar as configurações climáticas de um lugar.
As características do relevo promovem uma interferência direta nos cursos fluviais, em superfície
repleta de aclives e declives na qual apresenta planaltos, depressões e áreas montanhosas. As águas dos
rios deslocam de forma mais rápida, promovendo um grande desgaste do relevo, esse processo forma
vales fluviais, além de promover o transporte de sedimentos para as áreas mais baixas do relevo.
O relevo tem uma ação de interferência direta nos cursos fluviais uma vez que ajuda a moldar esses
cursos com a sua variação, podem ser planícies, planaltos, ter aclives ou declives, depressões, áreas de
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montanhas entre outros. As águas dos rios ainda se deslocam com mais rapidez o que causa um
desgaste do relevo e é esse processo que forma os chamados vales fluviais.
O curso dos rios também promove o transporte dos sedimentos para as áreas que são mais baixas do
relevo. Além disso, podemos observar que nas áreas em que as planícies são predominantes os rios
seguem uma trajetória curva, a velocidade da água é lenta e como resultado é promovida a
sedimentação das margens o que forma o que conhecemos como planícies fluviais.
No litoral encontramos altitudes que não ultrapassam os 200m, a planície, o tipo de clima é tropical
húmido.
Na zona de planalto, onde o clima pode sertropical de montanha se houver montanha.
No interior, onde não há montanhas, o clima étropical seco.
O relevo moçambicano é constituído por 3 estruturas principais: planícies, planaltos e montanhas.
Basicamente existe uma certa sequência na sua disposição: do litoral para o interior o relevo vai de
planície a montanha mas nalguns casos as montanhas ocorrem em plena planície.
Climas Quentes
Em regiões em que o clima é quente o relevo adquire uma forma arredondada pelo trabalho de
influência do calor, ar, chuva e umidade. Além disso, o calor e a umidade são responsáveis por uma
intensa decomposição das rochas que ficam expostas ao ar da atmosfera. Isso explica porque os solos
da zona tropical são em grande parte feitos de finos sedimentos como a argila, por exemplo.
Quando existe falta de umidade do ar são favorecidas as grandes oscilações de temperatura. O calor
dilata as rochas que acabam se contraindo com o frio que faz a noite. Saiba que observar as formas do
relevo de um determinado local nos ajuda a determinar qual é o clima do mesmo.
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Conclusão
Concluímos que Moçambique é um país localizado numa zona de menor latitude (Zona Inter
tropical/Zona tórrida), onde as temperaturas médias anuais são superiores a 20º C. Por isso apresenta
um clima quente.
A precipitação verifica-se principalmente na estação do Verão em forma de chuvas, enquanto que na
estação contrária (Inverno) verifica-se uma grande secura.
E a relação existente entre relevo e clima é que o relevo interfere em alguns casos no clima de uma
região, quando o relevo impede a passagem de massas de ar que poderiam determinar as configurações
climáticas de um lugar.
As características do relevo promovem uma interferência direta nos cursos fluviais, em superfície
repleta de aclives e declives na qual apresenta planaltos, depressões e áreas montanhosas. As águas dos
rios deslocam de forma mais rápida, promovendo um grande desgaste do relevo, esse processo forma
vales fluviais, além de promover o transporte de sedimentos para as áreas mais baixas do relevo.
O relevo tem uma ação de interferência direta nos cursos fluviais uma vez que ajuda a moldar esses
cursos com a sua variação, podem ser planícies, planaltos, ter aclives ou declives, depressões, áreas de
montanhas entre outros. As águas dos rios ainda se deslocam com mais rapidez o que causa um
desgaste do relevo e é esse processo que forma os chamados vales fluviais.
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Referencias Bibliográficas
Atlas Geográfico Vol. 1, 2ª edição. 1980, Ministério de Educação. Maputo
BARCA, Alberto da e SANTOS, Tirso dos. Livro de Geografia da 10ª Classe, s/d. 3ª Edição
LDS 2007, Inquérito Demográfico e de Saúde de Moçambique. Maputo.
MEC, Programa de Ensino da 10ª classe.

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