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Oceanos

Uma Introdução a Biologia


Marinha e a Oceanografia
Biologia Marinha & Oceanografia
♠Podemos definir Oceanografia como a Ciência que estuda os Oceanos,
seus aspectos físicos, químicos, geológicos e biológicos.
♠A primeira vez em que se utilizou à palavra oceanografia foi no ano de
1584, na língua francesa, Océanographie, mas por pouco tempo. Muito
depois, no ano 1880 retorna ao alemão na forma Oceanographie. Nessa
mesma época surgem ao mesmo tempo em outras línguas:
oceanography, em inglês; oceanografía, em espanhol.

♠Na língua portuguesa, a palavra oceanografia aparece no final do


século XIX.
♠A formação desta palavra foi baseada no vocábulo geografia. Sobre o
modelo da palavra geologia se encontra oceanologia, registrada pela
primeira vez na língua inglesa - oceanology - em 1864. Há alguns que
defendem a definição mais completa de oceanologia, por significar o
estudo dos oceanos ou ciência dos oceanos, mas a forma que ganhou
mais popularidade foi oceanografia, que significa descrição dos oceanos.
Historia da Oceanografia
♠ O começo da oceanografia como uma ciência
propriamente dita se dá em 1872, quando C. W.
Thomson e John Murray (oceanógrafo) fizeram a
expedição Challenger (1872-76). Foi por volta desta
época que várias nações concluíram que se devia
investir no estudo dos oceanos (vendo o oceano
como rota comercial). Várias nações enviaram
expedições (assim como alguns indivíduos e
instituições privadas), e institutos dedicados ao
estudo da oceanografia foram criados.
Historia da Oceanografia

♠A H.M.S. Challenger, corveta a vapor com 68,8 metros de


comprimento, e 2306 toneladas de deslocação, que entre
Dezembro de 1872 e Maio de 1876, efetuou a viagem de circum-
navegação que é considerada como o nascimento da oceanografia
moderna.
A Expedição Challenger realizada no período de 1872 a 1876 foi um excursão científica
[1]
que devido a suas múltiplas descobertas estabeleceu as bases
da Oceanografia, ciência que estuda os oceanos. A expedição foi nomeado lembrando
a corveta HMS Challenger (1858) da Marinha Real Britânica, principal navio utilizado na
expedição.
Historia da Oceanografia
Wallace e Darwin
Alfred Russel Wallace
foi um naturalista, geógrafo, antropólogo e biólogo britânico.

Em fevereiro de 1858, durante uma jornada de pesquisa nas Ilhas


Molucas, Indonésia, Wallace escreveu um ensaio no qual praticamente
definia as bases da teoria da evolução e enviou-o a Charles Darwin, com
quem mantinha correspondência, pedindo ao colega uma avaliação do
mérito de sua teoria, bem como o encaminhamento do manuscrito
ao geólogo Charles Lyell.[1]

Wallace foi o primeiro a propor a distribuição geográfica das espécies


animais e, como tal, é considerado um dos precursores da ecologia e da
biogeografia e, por vezes, chamado de "Pai da Biogeografia".
OCEANOGRAFIA NO BRASIL

• ♠ Logo após a descoberta do Brasil, seu território já começou a ser


representado em cartas náuticas ou constou de portulanos (espécie
de roteiro náutico) que permitiram aos colonizadores retornarem aos
locais desejados da costa. Assim, pode-se afirmar que Oceanografia
brasileira iniciou-se com a cartografia. Em 1500 já aparecia a
representação de um trecho do litoral brasileiro em desenho de Juan
de la Cosa; 2 anos depois, o país aparece representado no
planisfério de Cantino e, em 1508 o roteiro de Duarte Pacheco
Pereira, traz valiosas informações sobre a costa do Brasil.
O Planisfério de Cantino (1502)
Oceanografia

♠A pesquisa oceanográfica acadêmica originou-se com o pesquisador


francês Wladimir Besnard (1890-1960), convidado pelo governo do estado
de São Paulo para organizar o Instituto Paulista de Oceanografia (criado
através de Decreto-Lei em dezembro de 1946), sendo então a primeira
instituição nacional dedicada à investigação dos recursos vivos, minerais e
energéticos do mar brasileiro. Em 1950, foi publicado pelo Instituto recém-
criado, primeiro periódico nacional na área de Oceanografia.
♠ Em 1950, o Instituto Paulista de Oceanografia foi incorporado à
Universidade de São Paulo (USP), recebendo o nome de Instituto
Oceanográfico. Dois anos após, foi contratado pelo Instituto, o islandês
Ingvar Emilsson, considerado o primeiro oceanógrafo físico acadêmico
brasileiro. Em 1967, chegou ao Brasil o navio oceanográfico da USP
Professor Wladimir Besnard, construído na Noruega.
Noc. Prof. Besnard
PROANTAR (1982)
No ano de instituição do PROANTAR (1982), o Brasil adquiriu o navio-
polar dinamarquês "Thala Dan", que foi renomeado "Navio de Apoio
Oceanográfico (NApOc) Barão de Teffé". Naquele ano, a embarcação
procedeu ao reconhecimento hidrográfico, oceanográfico e meteorológico de
porções do continente Antártico com vistas a selecionar um local para a
instalação de uma base brasileira. Em 12 de setembro de 1983, como
resultado desta primeira expedição (designada Operação Antártica I, o Brasil
foi reconhecido como Parte Consultiva do tratado da Antártica.
O Brasil realizou sua primeira expedição oficial
à Antártica no verão 1982/1983, com o navio apoio oceanográfico NApOc
Barão de Tefé, da Marinha do Brasil, e o navio oceanográfico NOc. Prof.
Wladimir Besnad da USP. Os navios zarparam do porto de Rio Grande,
estado do Rio Grande do Sul, em 26 de dezembro de 1982, com grande
festividade e cobertura da imprensa. A bordo do NApOc Barão de Teffé
havia 88 pessoas, entre militares, cientistas, jornalistas e convidados. No
NOc W. Besnard estavam a bordo oito pesquisadores dois técnicos, um
médico e um engenheiro eletrônico além de uma tripulação composta por 24
homens.
NAVIO DE APOIO OCEANOGRÁFICO
BARÃO DE TEFFÉ (H 42)
Navio Oceanográfico
Almirante Saldanha
Navio Oceanográfico Almirante
Saldanha
Navio Oceanográfico Almirante
Saldanha
• 1989
• Em 11 de junho, comemorou 55º Aniversário da Mostra de Armamento, tendo
sido realizada a bordo evento comemorativo que contou com a presença do
Diretor da DHN, CA Luiz Philippe da Costa Fernandes. Até essa data, havia
atingido as marcas de 685.605 milhas navegadas, 4.675,5 dias de mar, 7.988
estações e 130 comissões oceanográficas.
• 1990
• A sua ultima comissão, foi a Operação SALDANHA I/90.
• Em 6 de agosto, foi submetido a Mostra de Desarmamento, em cumprimento a
Portaria n.º 0510 de 12/07/90 do MM, em cerimônia realizada no molhe da Ilha
Fiscal. Em seus 56 anos de serviço, atingiu as marcas de 694.972 milhas
navegadas, 4.738,5 dias de mar, com uma média de 85 dias de mar por ano, e
depois de modificado atingiu uma média de 105 dias de mar por ano, realizando
8.150 estações e 135 comissões oceanográficas. Além das operações citadas
anteriormente, participou também do Projeto de Pesquisas FGGE - Firt Gate
Global Experiment e das Operações MONITOR, dentro do Programa OCEANO.
Características Fisico-Químicas
da Água do Mar
• A água dos oceanos contém em solução uma quantidade variável de sólidos e
de gases.
• Em 1000g de água salgada podemos encontrar cerca de 35g de substâncias
dissolvidas que se englobam na designação geral de sais. Por outras palavras
96,5% da água salgada é constituída por água e 3,5% por substâncias
dissolvidas.
• A quantidade total destas substâncias dissolvidas é designada salinidade.
• A salinidade é habitualmente definida em partes por mil (‰).
• As substâncias dissolvidas incluem sais inorgânicos, compostos orgânicos
provenientes dos organismos marinhos e gases dissolvidos.
• A maior parte do material dissolvido é composto por sais inorgânicos presente
sob a forma iônica.
• Seis íons inorgânicos totalizam 99,28% em peso da matéria sólida. Quatro íons
• adicionais representam 0,71% em peso de tal modo que estes dez íons
totalizam 99,99% em peso das substâncias dissolvidas.
• A salinidade nos oceanos pode variar entre 34 e 37‰, e a sua média é de
aproximadamente 35‰.
Tabela Salinidade
• Principais íons salinos da água do mar
• Cloreto (Cl-): 55,04 %m (%m significa
porcentagem em massa)
• Sódio (Na+): 30,61 %m
• Sulfato (SO42-): 7,68 %m
• Magnésio (Mg2+): 3,69 %m
• Cálcio (Ca2+): 1,16 %m
• Potássio (K+): 1,10 %m
COMO SE EXPLICA O SAL NO MAR
• A hipótese mais plausível para a formação dos oceanos seria a dos
balanços
• geoquímicos. Em qualquer unidade de tempo geológico a quantidade de
material originado pelo intemperismo e erosão das rochas expostas,
somado ao material derivado de vulcões e fontes termais devia ser igual a
quantidade de material depositado como sedimento nas plataformas
continentais e fundos oceânicos, mais o material acumulado na hidrosfera,
atmosfera e biosfera.

• Presença de cátions
• Na+, k+, Ca++, Mg++ = Intemperismo de silicatos e desgaste de rochas
ígneas, Transporte pelo vento e água

• Presença de ânions
• Cl-, Br-, HCO3-, SO4 =“voláteis em excesso”, gases de emanações
vulcânicas
Isohalinas
TEMPERATURA DOS
OCEANOS
Nutrientes
• Na água do mar podemos encontrar diversos sais inorgânicos que
desempenham um papel crucial no ciclo vital dos organismos marinhos. Os
Nutrientes (fosfatos e nitratos entre outros) são utilizados pelos vegetais
fotoautotróficos na síntese da matéria orgânica através do processo
fotossintético. Nutrientes dissolvidos na água do mar
• São de vital importância para a síntese das proteínas através do plâncton
iniciando a cadeia alimentar. São incorporados nos tecidos orgânicos
durante a fotossíntese e retornam ao meio através da excreção ou morte.
• Nitrogênio- O nitrogênio é o mais abundante na água do mar e na forma de
nitratos é absorvido para síntese das proteínas, porém pode ser absorvido
em outras formas químicas como amônia.
• Fósforo – Ortofosfatos H2Po4, PO4³,HPO4.
• São elementos limitantes
• Essenciabilidade Biológica
• Síntese Orgânica – PKT
• Sua distribuição não é uniforme.
Guano
Fosforo
Os SiO2 Dissolvidos no mar

• Tem maior importância Biológica


• Atuam na formação das carapaças e
esqueletos de Diatomáceas, Flagelados,
Radiolários e Esponjas.
• As suas [ ] na coluna d’água estão de
acordo com a produção do fito. Maior [ ]
PKT menor [ ] do SiO2.
Os SiO2 Dissolvidos no mar
Os gases Dissolvidos na água do
Mar

• Todos os gases que se encontram na


atmosfera, O2, N, CO2 mais abundantes,
• Oxigênio Dissolvido provém da atividade
fotossintética ou pela atmosfera na mescla
das águas das águas.
FATORES QUE REGULAM A [ ] DE O2
E CO2
• 1º- Temperatura
• 2º- Atividade Biológica
• 3º- Processos de Mistura das massas d
´água.
• O Aumento da temperatura da água
diminui a solubilidade do O2.
• Devemos ter em conta que o aumento de
10°C na água duplica a necessidade de
O2 nos organismos.
FATORES QUE REGULAM A [ ] DE
O2
• A uma temperatura de 0ºC um corpo de água com 35‰ de
salinidade pode conter 8ml de O2 por litro.
• A uma temperatura de 20ºC a quantidade de oxigênio dissolvido é
de cerca de 5,4m l/l.
• O oxigênio não se encontra naturalmente dissolvido de um modo
uniforme no meio marinho. Habitualmente as maiores
concentrações encontram-se nos primeiros 10 a 20m da coluna de
água, onde a atividade fotossintética e difusão atmosférica
conduzem à sobre-saturação.
• O teor em oxigênio dissolvido diminui sensivelmente com a
profundidade. Os valores mínimos são atingidos na província
oceânica entre os 500 e os 1000m de profundidade. Abaixo desta
zona o teor em oxigênio tende a aumentar quase nunca atingindo
os valores das camadas superficiais. Os valores mínimos são
usualmente devidos à atividade biológica enquanto que o seu
aumento abaixo desta zona deve ser associado ao influxo das
águas mais frias que geralmente são proveniente das regiões
polares.
“ O CO2 na água do mar”.

• O CO2 é encontrado dissolvido na água do mar na forma de Bicarbonato HCO3


ou Carbonato CO3,
• Na Superfície há uma situação de equilíbrio entre a quantidade de CO2
atmosférico e CO2 dissolvido na água.
• CO2 + H2O = H2CO3 →CO3
• Carbonatos = Formação de estruturas dos seres marinhos.

• Concentração hidrogen iónica

• A solubilidade do dióxido d e carbono é distinta da do oxigênio, atingindo por


• vezes valores mais elevados no meio marinho relativamente ao ar atmosférico. O
• maior reservatório de CO2 é o íon Bicarbonato. A concentração em dióxido de
• carbono é deste modo raras vezes um fator limitante. A concentração
• hidrogeniónica (pH) no meio marinho é usualmente alcalina, variando entre 7,5 e
• 8,4. O sistema dióxido de carbono-ácido carbónico-bicarbonato (HCO3<>H+
+CO3)
• tende a atingir um equilíbrio e atua como tampão mantendo o Ph entre os
• valores extremos acima mencionados.
Temperatura (zonas
biogeográficas)
• A temperatura varia horizontalmente nos oceanos em função da latitude e
também verticalmente em função da profundidade. A temperatura tem um
papel fundamental nos ciclos vitais e distribuição dos organismos marinhos.
• Os processos vitais (metabólicos) da grande maioria destes organismos
têm lugar usualmente entre os 0 e os 40ºC. Alguns organismos podem no
entanto tolerar temperaturas superiores ou inferiores a estes limites. Entre
os limites térmicos acima referidos o metabolismo é dependente da
temperatura.
• Tomando como base as temperaturas superficiais dos oceanos e a
distribuição dos organismos marinhos, podem considerar-se quatro grandes
zonas biogeográficas distintas: (i) Polar; (ii) Temperada fria; (iii) Temperada
quente e (iv) Tropical.
• Existem naturalmente áreas de transição e os limites entre as zonas
mencionadas podem variar estacionalmente.
Temperatura
• A temperatura pode variar nos oceanos tanto verticalmente como horizontalmente.
• Horizontal: a superfície é aquecida pelo sol ou pela condução de calor atmosférico,
resfria-se pela radiação de retorno pela condução de calor para a atmosfera ou pela
evaporação.
• Nas regiões tropicais e equatoriais a incidência dos raios solares é maior por unidade
de área do que nas regiões polares.
• O equilíbrio térmico nos oceanos se dá através da distribuição do calor pelas
correntes e pela atmosfera.
• Vertical: a temperatura na coluna d’água também decresce com profundidade em
pequenas e medias latitudes nas regiões tropicais e equatoriais,criando camadas
estratificadas de temperatura devido ao aquecimento superficial pelo sol.
• A primeira camada situa-se nos 500 m iniciais da coluna e suas temperaturas são
isotérmicas, abaixo dessa camada encontramos a termoclina principal que é uma
região com decréscimo rápido da temperatura por unidade de área (profundidade). A
camada termoclinal fica entorno dos 500 a 1000 metros de profundidade e age como
um tampão, não deixando as águas frias e ricas em nutrientes subirem para zona
fótica.
• Abaixo dessa profundidade a temperatura vai rapidamente esfriando e por volta dos
4000 m de profundidade, torna-se aproximadamente constante coma as
temperaturas entorno do 1 a 4 °C, sendo denominadas de camada de fundo.
Densidade da Água do Mar
• Por Def. D= M
• V
• A 4°C, a água tem a densidade considerada padrão de 1,000g/cm³
• Os principais fatores que influenciam a densidade da água são:
• A densidade da água do mar aumenta com a concentração de sais e com a pressão e
diminui com o aumento da temperatura.
• →Salinidade: Tem grande influência sobre a estratificação dos corpos d’água, visto
que a densidade aumenta com a elevação da concentração de sais.
• Nas regiões costeiras de certa profundidade, pode ocorrer estratificação da massa
d’água devido os diferentes [ ] de sais ao longo da coluna d’água. Em regiões
costeiras as águas de maior densidade (>salinidade) vão penetrando e com a força
do mar (marés) e por diferentes origens das massas d’água, provenientes dos rios e
chuvas, ou próxima de estuários, formando uma cunha salina. Denominada de
estratificação química ou ectogênica.
• →Temperatura: Um dos mais importantes fatores que oferecem influência sobre os
organismos, com diminuição da temperatura, a densidade aumenta
progressivamente, alcançando seu valor máximo em aproximadamente 4°C. Para a
água do mar porém, que contém sais dissolvidos a densidade continua a aumentar e
temperatura de congelamento se reduz para cerca de -1,9°C.
• →Pressão: Este fator só é considerado em regiões de grande profundidade, uma vez
que para cada 10 atm. (aproximadamente 100m de profundidade) pressão, ocorre
diminuição de 0,1°c.
Massas D’água
• Como resultado das diferenças registradas na temperatura e na
salinidade e no seu efeito na densidade da água, as águas dos
oceanos podem ser separadas em distintas massas de água.

• As massas de água superficiais incluem as águas bem misturadas da


superfície dos oceanos acima da termoclina. As massas de água mais
profundas possuem características físicas e químicas próprias e
podem ser encontradas abaixo da termoclina.

• As camadas superficiais das águas dos oceanos encontram-se em


constante movimento. Este movimento é produzido essencialmente
por ação dos ventos.
Massas D’água
• Abaixo da termoclina a temperatura continua a decrescer mas a um
ritmo muito inferior, de tal modo que as águas profundas são quase
isotérmicas.
• A termoclina é uma estrutura persistente nas regiões tropicais, e
forma-se nas regiões temperadas nos períodos primaveril. Está
ausente nas regiões polares. Apresenta uma extensão vertical inferior
nas águas costeiras relativamente às águas oceânicas.
• A temperatura tem um efeito marcado sobre uma outra propriedade da
água, a densidade. Quanto maior for a temperatura menor é a
densidade.
• A densidade é também uma função da salinidade. Salinidades mais
altas correspondem a densidades elevadas.
• A rápida mudança de temperatura que produz a termoclina está
igualmente na base da mudança brusca de densidade designada por
picnoclina.
SISTEMA DE CIRCULAÇÃO PROFUNDA DO
OCEANO ATLÂNTICO
CORRENTES DA COSTAS
BRASILEIRAS.
Figura 14: Principais correntes superficiais que banham as costas brasileiras.
Estrutura oceanográfica na região
sudeste-sul brasileira na época de verão
Massas D’água
• Podem distinguir-se por comodidade dois tipos principais de
movimentos das massas de água: (i) periódicos e (ii) aperiódicos.
• Os movimentos periódicos os mais evidentes são as marés
• (oscilações verticais do nível das águas).
• Resultam da atração exercida sobre o conjunto dos oceanos pela Lua
e pelo Sol. Esta ação pode provocar as chamadas ondas de maré e as
• correntes de maré.
• A Preamar e Baixamar de águas vivas e de águas mortas
• registram-se quando a Lua e Sol se encontram em conjuntura
• e em quadratura respectivamente.
Correntes Marinhas
• As correntes são movimentos aperiódicos das massas de água que
têm por resultado o seu transporte horizontal. As principais correntes
marinhas são determinadas por ação de cinturas de ventos de direção
persistente que se sucedem latitudinalmente.
• Estes ventos têm origem no aquecimento diferencial das massas de ar
atmosférico e na força de Coriolis (resultante do movimento de
rotação da Terra).
• As correntes prevalecentes nos oceanos não seguem no entanto a
mesma direção dos cinturões de ventos. Estas são deflectidas em
turbilhões, por ação da força de Coriolis, que se traduzem num desvio
para a direita no Hemisfério Norte e num desvio para a esquerda no
Hemisfério Sul.
• https://www.youtube.com/watch?
time_continue=1&v=Ij0XdeBrUqM&feature=emb_logo
• https://www.youtube.com/watch?v=CE4nJKPDNMY
Principais Correntes Oceânicas.
CIRCULAÇÃO DAS CORRENTES
E MASSAS D’AGUAS

• MASSAS DE ÁGUA A distribuição vertical e horizontal


das isotérmicas e isohalinas permanece razoavelmente
constante de ano para ano. As flutuações sazonais
(relativamente pequenas) estão confinadas à camada
superficial. Esta distribuição representa uma forma de
equilíbrio dinâmico pois as águas dos oceanos estão em
movimento contínuo. Este movimento não é aleatório
mas sim organizado num sistema de circulação
tridimensional que sofre poucas variações se for
considerada a média de vários anos.
CIRCULAÇÃO DAS CORRENTES
E MASSAS D’AGUAS

• Grandes massas de água no oceano, cada uma definida pela sua


temperatura e salinidade, movem-se vertical e horizontalmente. As
suas principais características são:
• 1 - As massas de água podem ser identificadas pela sua temperatura
e salinidade bem como por outras propriedades, incluindo as
comunidades de organismos que nelas habitam. As fronteiras entre as
diferentes massas de água coincidem com os sistemas de correntes
oceânicas de grande escala.
• 2 - As massas de água movem-se muito mais lentamente do que as
massas de ar na atmosfera. Por esta razão, as massas de água são
menos variáveis do que as de ar e as fronteiras entre diferentes
massas de água também não variam muito mesmo se considerarmos
escalas temporais de décadas ou mesmo séculos.
• 3 - Os sistemas de correntes superficiais (e logo as massas de água
superficiais) são conduzidos pelos ventos; o movimento das massas
de água intermédias e profundas é controlado pela densidade.
CIRCULAÇÃO DAS CORRENTES
E MASSAS D’AGUAS
• A circulação vertical nos oceanos é controlada por variações da
temperatura e salinidade, e por isso é chamada Circulação
termohalina. Os seus componentes principais são as massas de
água densas e frias produzidas à superfície à volta dos gelos
polares, que mergulham até ao fundo e se espalham através dos
oceanos, deslocando-se por baixo de todas as outras massas de
água. A água do Antártico – Água Antártica do Fundo (Antartic
bottom water) – AABW, flui para norte chegando a atravessar o
equador. No Atlântico norte há um fluxo idêntico de correntes de
fundo originadas no Ártico que fluem para sul em direcção ao
Equador, mas no Pacífico norte isto não se verifica devido à
barreira formada pelo arco das Aleutas a norte.
CIRCULAÇÃO DAS CORRENTES
Pressão Atmosférica:
Diferenças de temperatura causam diferentes pressões
atmosféricas, que vão ocasionar a formação dos ventos das
regiões de alta pressão para as de baixa pressão (movimento
horizontal) e sua velocidade esta relacionada à magnitude do
gradiente de pressão.
Efeito de Coriolis:
Os ventos não caminham em linha reta ao longo de um
gradiente de pressão, mas são defletidos ou desviados em
forma de curva.
O desvio de massas de ar para esquerda (sentido anti-
horário) no Hemisfério Sul e para direita (sentido horário) no
Hemisfério Norte pode ser explicado pelo movimento giratório
da terra de oeste para leste, entorno de seu eixo.
Circulação Oceânica
Influência da circulação atmosférica

https://www.youtube.com/watch?v=gHMPQC84ALg
Célula de Hadley e Ferrel

https://www.youtube.com/watch?v=QUbQX-Lkc9Y&t=56s
• As correntes são movimentos aperiódicos das massas de água
que têm por resultado o seu transporte horizontal. As
principais correntes marinhas são determinadas por ação de
cinturas de ventos de direção persistente que se sucedem
latitudinalmente.
• Estes ventos têm origem no aquecimento diferencial das
massas de ar atmosférico e na força de Coriolis (resultante do
movimento de rotação da Terra).
• As correntes prevalecentes nos oceanos não seguem no
entanto a mesma direção dos cinturões de ventos. Estas são
deflectidas em turbilhões, por ação da força de Coriolis, que se
traduzem num desvio para a direita no Hemisfério Norte e num
desvio para a esquerda no Hemisfério Sul.
Correntes e Massas D´água
• Correntes Marinhas: São deslocamentos de massas
d’água originadas por forças eólicas (ventos alísios), que
são chamadas de Correntes de Deriva, ou por
diferenças de densidade da água do mar que são
chamadas de Correntes de Densidade. Podendo ser
frias ou quentes. Ou até mesmo, devido ao fluxo e
refluxo das marés, sendo somente notado e de grande
expressividade nas zonas costeiras são chamadas
genericamente de Corrente de Maré.
• Massas D’água: É definida como uma grande porção
de água com características físicas & química distintas,
em particular a salinidade e temperatura.
Marés
• A atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra faz com que o
nível do mar no litoral mude periodicamente, fenômeno conhecido como maré.
O relevo de certos pontos do litoral faz com que as variações do nível do mar,
gerados pelas marés, sejam muito grandes.
• O ciclo das marés coincide com o ciclo da Lua, alternando períodos em
que existe uma grande diferença entre a maré alta e a maré baixa, no mesmo
dia e períodos em que essa variação é menos acentuada. Como a Terra gira em
torno de si mesma, a cada momento uma metade está voltada para a Lua.
Assim, os mares sobem e descem todos os dias a cada seis horas.
• A energia das marés provem da atração gravitacional da Lua e dissipa
anualmente no mar cerca três terawatts (trilhões de watts), energia equivalente
a produzida por todas as usinas de energia elétrica do planeta. A circulação
dessa energia pelos oceanos, ajuda no transporte de calor dos trópicos para os
pólos, contribuindo na definição do clima mundial.
• As marés também são importantes na região costeira, como fator
determinante na distribuição dos seres vivos, cujos limites de ocupação no
costão rochoso são fixados pelas marés alta e baixa.

• https://www.youtube.com/watch?v=k6Gqmkcosm0

• https://www.youtube.com/watch?v=sYss-N7EnEw
MARÉS
MARÉS
Características Gerais dos
Oceanos.
• Cerca de 71% da superfície do planeta é ocupada pelos oceanos ou seja
aproximadamente 361x106 km2.
• A profundidade média dos oceanos é de cerca de 4km.
• Os oceanos constituem o maior reservatório de organismos do planeta uma
vez que existe vida em maior ou menor abundância em todos os domínios do
meio marinho.
• Altitude média das terras emersas 840m
• Profundidade média dos oceanos 3795m
• Maior profundidade oceânica 11500m (fossa de Mariana, oceano Pacífico).

• Importância dos Oceanos:


Principais Divisões do Ecossistema
Marinho.
Divisão quanto a Penetração de
Luz

 As zonas eufótica e disfótica formam a Zona Fótica,


a camada superficial do mar que recebe luz suficiente
para sustentar a atividade fotossintética.
TRANSMISSÃO DA LUZ E IRRADIAÇÃO
ELETROMAGNÉTICA

• A luz é uma forma de irradiação eletromagnética emitida pelo sol e estrelas.


Entretanto, a luz visível ocupa somente um pequeno segmento da vasta
irradiação eletromagnética. Luz ultravioleta, raio-X, e raios gama têm
comprimento de onda menor que a luz visível, e a luz infravermelho,
microondas e ondas de radio possuem comprimento de onda maior.
Pois bem, vamos lá: as luzes provenientes do sol, nas cores vermelho,
laranja, amarelo, verde, azul e violeta, penetram na água e são
imediatamente absorvidas e espalhadas em todas as direções. Algumas
cores, devido ao maior comprimento de onda (como é o caso do azul) são
absorvidas e redirecionadas para a superfície, dando a impressão de óptica
azul.
A luz é espalhada por causa dos fotóns que escapam das moléculas de
água ou ficam como partículas suspensas. As cores vermelhas e amarelas
são absorvidas e não espalhadas, a cor azul viaja em maior comprimento
de onda, portanto a probabilidade de elas saltarem fora da molécula de
água é maior, retornando assim à superfície.
TRANSMISSÃO DA LUZ E IRRADIAÇÃO
ELETROMAGNÉTICA

• Muitas partículas no oceano são também verdes, como muitas células de


fitoplancton, ou marrons como grãos de areia ou partículas minerais. A
água do oceano onde há grande população de fitoplâncton tende a
aparecer esverdeada, e, na região costeira, onde a concentração de areia e
outros minerais é grande, a tendência é aparecer na cor marrom. Portanto,
a variação da cor na superfície do oceano indica a quantidade de partículas
materiais e fitoplâncton.
A cor na superfície do oceano é medida por um sofisticado sensor a bordo
de um satélite, e é usada para investigar a distribuição de partículas com
vida e sem vida no oceano.
O mundo submarino pode ser visto em filmes e vídeos em que aparece
cheio de criaturas coloridas. Entretanto, somente a poucos metros da
superfície é que as verdadeiras cores aparecem, devido à pouca absorção
dos comprimentos de onda vermelho e amarelo, como vemos nas figuras
abaixo:

Todos os seres fotossintetizantes utilizam basicamente o espectro
compreendido entre 380nm e 750nm para realizar a fotossíntese,porém
alguns comprimentos de onda são essenciais e conseguem fazer com
que o organismo produza mais alimento e possa se desenvolver mais
rápido.
Nas plantas os pigmentos predominantes para a fotossíntese são a
Clorofila A e a Clorofila B (FILHO, MIRANDAESILVEIRA,2012,),os
comprimentos de ondas que às sensibiliza com maior eficiência fica
entre,400nm á 460nm (Faixa Azul) e entre 640nm á 670nm (Faixa
Vermelha).A taxa de fotossíntese é elevada nas duas faixas de
comprimento de ondas, a Figura 2 exemplifica como o espectro de ação é
intenso nas faixas citadas.
Luz e pigmentos fotossintéticos

• Se você já ficou muito tempo no sol e teve queimaduras, então


você provavelmente está ciente da imensa energia do sol.
Infelizmente, o corpo humano não pode fazer muito uso da energia
solar, considerando que é capaz de produzir apenas um pouco de
vitamina D (uma vitamina sintetizada na pele na presença da luz
solar).
• As plantas, por outro lado, são especialistas em capturar energia
luminosa e em utilizá-la para produzir açúcares através de um
processo chamado fotossíntese. Este processo começa com a
absorção da luz por moléculas orgânicas especializadas,
chamadas pigmentos, que são encontradas nos cloroplastos de
células vegetais. Aqui, consideraremos a luz como uma forma de
energia, e veremos como os pigmentos – como as clorofilas que
tornam as plantas verdes – absorvem essa energia.
O que é energia luminosa?

• A luz é uma forma de radiação eletromagnética, um tipo de energia que viaja em ondas. Outros
tipos de radiação eletromagnética que encontramos no nosso dia-a-dia incluem ondas de radio,
micro-ondas e raios-X. Juntos, todos os tipos de radiação eletromagnética formam o espectro
eletromagnético.
• Cada onda eletromagnética tem um comprimento de onda específico, ou a distância de uma
crista até a outra, e diferentes tipos de radiação têm diferentes faixas características de
comprimentos de onda (como mostrado no diagrama abaixo). As radiações que têm
comprimento de onda longo, como as ondas de rádio, carregam menos energia do que as
radiações com um comprimento de onda curto, como os raio-X.
O que é energia luminosa?
• O espectro visível é a única parte do espectro eletromagnético que pode
ser vista pelo olho humano. Isso inclui a radiação eletromagnética cujo
comprimento de onda está entre 400 nm e 700 nm. A luz visível do sol
aparenta ser branca, mas na verdade é composta por múltiplos
comprimentos de onda (cores) de luz. Você pode ver essas diferentes cores
quando uma luz branca atravessa um prisma: devido aos diferentes
comprimentos de onda da luz se desviarem em ângulos distintos à medida
que passam pelo prisma, eles se espalham e formam o que nós
conhecemos como arco-íris. A luz vermelha tem o comprimento de onda
mais longo e é o mais energético.
• Apesar da luz e outras formas de radiação eletromagnética agirem como
ondas sob muitas condições, elas podem agir como partícula sob outras.
Cada partícula de radiação eletromagnética, chamada de fóton, tem uma
certa quantidade de energia. Radiações com comprimentos de onda curtos
tem fótons de alta energia, enquanto tipos de radiações com comprimentos
de onda longos tem fótons de baixa energia.
Os pigmentos absorvem a luz usada na
fotossíntese

• Na fotossíntese, a energia do sol é convertida em energia química por


organismos fotossintéticos. Contudo, os vários comprimentos de onda da
luz do sol não são usados igualmente na fotossíntese. Ao invés disto, os
organismos fotossintéticos contêm moléculas que absorvem luz chamadas
de pigmentos, que absorvem apenas comprimentos de onda específicos
de luz visível, enquanto refletem os demais comprimentos de onda.
• O conjunto de comprimentos de onda absorvido por um pigmento é
seu espectro de absorção. No diagrama abaixo, você pode ver os
espectros de absorção de três pigmentos chaves na fotossíntese:
clorofila a, clorofila b, e β-caroteno. O conjunto de comprimentos de onda
que um pigmento não absorve é refletido, e a luz refletida é o que nós
vemos como cores. Por exemplo, as plantas parecem verdes para nós
porque elas contêm muitas moléculas de clorofila a e b, que refletem a luz
verde.
• A maioria dos organismos fotossintéticos tem uma variedade de
pigmentos diferentes, então eles podem absorver energia de uma
faixa ampla de comprimentos de luz. Aqui, examinaremos dois
grupos de pigmentos que são importantes nas plantas: clorofilas e
carotenoides.
Clorofilas

• Há cinco tipos principais de clorofilas: clorofilas a, b, c e d,


mais uma molécula relacionada encontrada nos
procariontes chamada de bacterioclorofila. Nas plantas,
a clorofila a e a clorofila b são os principais pigmentos
fotossintéticos. As moléculas de clorofila absorvem
comprimentos de onda azul e vermelho, como mostrado
pelos picos nos espectros de absorção acima.
• Estruturalmente, as moléculas de clorofila incluem uma
cauda hidrofóbica ("repele a água") que se insere na
membrana do tilacoide e uma cabeça formada por
um anel de porfirina (um grupo circular de átomos
circundando um íon de magnésio) que absorve luz.
• Embora tanto a clorofila a quanto a clorofila b absorvam luz, a
clorofila a têm um papel único e crucial em converter a energia da
luz em energia química (como você pode explorar no artigo
das reações dependentes de luz). Todas as plantas, algas, e
cianobactérias fotossintéticas contêm a clorofila a, enquanto
apenas as plantas e algas verdes contêm a clorofila b, junto com
uns poucos tipos de cianobactérias.
• Por causa do papel central da clorofila a na fotossíntese, todos os
outros pigmentos, que não a clorofila a, são conhecidos
como pigmentos acessórios—incluindo os outros tipos de
clorofilas, bem como outras classes de pigmentos como os
carotenoides. O uso dos pigmentos acessórios permite que uma
faixa maior de comprimentos de onda seja absorvida, e assim, mais
energia seja capturada da luz do sol.
Carotenoides

• Os carotenoides são outro grupo chave de pigmentos que absorvem


a luz violeta e azul-esverdeada (veja o gráfico de espectro acima). A
viva coloração dos carotenoides encontrados em frutas - tais como o
vermelho do tomate (licopeno), o amarelo das sementes de milho
(zeaxantina), ou o laranja da casca da laranja (β-caroteno) - são
frequentemente usados como recursos para atrair animais, que
podem ajudar a dispersar as sementes da planta.
• Na fotossíntese, os carotenoides ajudam a capturar luz, mas ele
também têm um papel importante em se livrar do excesso de energia
luminosa. Quando uma folha está exposta a pleno sol, ela recebe
uma quantidade enorme de energia; se essa energia não é
manipulada adequadamente, ela pode danificar a maquinaria
fotossintética. Os carotenoides nos cloroplastos ajudam a absorver o
excesso de energia e dissipá-la como calor.
Clorofíceas
• Clorofíceas: Também chamadas de clorófitas,
as algas verdes possuem essa cor por conta da
clorofila em maior quantidade em suas células que
predomina em relação a outros pigmentos.
Estas algas possuem clorofila dos tipos a e b, assim
como pigmentos carotenoides. Suas células possuem
parede celular de celulose e reservam amido em seu
interior (semelhante ao que ocorre nos vegetais, com
quem compartilham um ancestral exclusivo em comum).
Neste grupo de algas há tanto indivíduos unicelulares
quanto pluricelulares.
Feofíceas
• Feofíceas: Também chamadas de feófitas,
as algas pardas possuem grande quantidade do
pigmento fucoxantina, o que produz sua coloração típica.
Essas algas são quase todas marinhas, macroscópicas e
pluricelulares. Possuem parede celular de celulose
enriquecida com outras substâncias, como a algina, que é
utilizada como espessante em gelatinas, pudins e
sorvetes. Reservam energia na forma do açúcar
laminarina e também em gotas de óleo em seu
citoplasma. Podem possuir partes do corpo que se
assemelham aos órgãos vegetativos das plantas
superiores (raiz, caule e folhas). Neste caso, estas partes
do talo são chamadas de rizoides, filoides e cauloides.
Rodofíceas
• Rodofíceas: Também chamadas de rodófitas,
as algas desse grupo são caracterizadas pela
coloração avermelhada produzida pela grande
quantidade do pigmento fico eritrina em suas
células. Além deste pigmento, podem também ter
carotenóides e clorofila a. Armazenam energia
em um carboidrato semelhante ao glicogênio – o
amido das florídeas. A grande maioria
das algas desse grupo é pluricelular. Em sua
parede celular, possuem celulose e carragenina.

• A cor normal do mar é azul porque essa é a tonalidade que as
partículas de areia e microorganismos mais comuns na sua
superfície refletem quando atingidas pela luz solar (composta por
comprimentos de onda vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil
e violeta). Se houver outras partículas, a cor refletida será diferente.
• Nas costas e próximo às ilhas, o tom é verde, “por causa dos
pigmentos amarelos da matéria orgânica de algas e vegetais; ao se
misturar azul com amarelo surge o verde”. No Mar Negro, entre a
Rússia e a Turquia, há bactérias que produzem ácidos escuros. No
Mar Vermelho, entre a África e a Arábia, a poeira rica em ferro
avermelha às águas.
Divisões do Meio Ambiente Marinho
• O meio marinho constitui o maior meio aquático do planeta.
• sudividi-lo em diversas zonas : domínio pelágico e domínio bentónico.
• A província nerítica sobre os fundos da plataforma continental.
• A província oceânica inclui as restantes massas de água oceânicas.
• Os organismos pelágicos vivem no seio das massas de água sem dependerem do
fundo.
• Os organismos bentónicos são aqueles cuja vida está diretamente relacionada com o
fundo, quer vivam fixos, quer sejam livres.
• O domínio bentónico é constituído pelas regiões adjacentes às comunidades
bentónicas.
• Verticalmente o domínio pelágico pode ser subdividido em diversas zonas.
• zona eufótica ou fótica, a zona oligofótica ou crepuscular e a zona afótica.
• A zona eufótica estende-se desde a superfície das águas até à profundidade de
compensação (nível em que a produção de oxigénio através do processo
fotossintético contrabalança exactamente o oxigénio absorvido pela respiração e
outros processos metabólicos) dos vegetais fotoautotróficos. A profundidade de
compensação é muito variável de região para região podendo atingir valores extremos
próximos de 200m (profundidade média 50m). A zona oligofótica é limitada
superiormente pela profundidade de compensação e inferiormente pela profundidade
máxima à qual a visão humana tem percepção da luz quando o sol se encontra no
ponto máximo da sua trajectória aparente (valor médio 500m, varia entre 300 e 600m).
A zona afótica estende-se para baixo da zona oligofótica e corresponde à zona de
obscuridade total.
O Domínio Pelágico
• O domínio pelágico pode ainda ser subdividido em diversas
zonas se se considerar as comunidades pelágicas
(planctónicas e nectónicas).
• A zona epipelágica corresponde à zona eufótica sendo limitada
inferiormente pela profundidade de compensação. É a zona
onde se encontram os vegetais fotoautotróficos (0-50m).
• A zona mesopelágica é limitada inferiormente pela isotérmica
dos 10 ºC (700/1000m).
• A zona batipelágica estende-se até à isotérmica dos 4 ºC
(2000/4000m).
• A zona abissopelágica corresponde às águas oceânicasque se
estendem sobre os fundos da grande planície abissal (limite
inferior 6000/6500m).
• Finalmente a zona hadopelágica ocorre sobre os fundos das
ravinas hadais (entre os 6000 e
• os 11000m).
O Domínio Bentônico
• O domínio bentónico pode ser subdividido em diversas regiões ou
andares (espaço vertical do domínio bentónico marinho, onde as
condições ecológicas, função da situação relativamente ao nível
médio das águas, são sensivelmente constantes ou variam
regularmente entre dois níveis que marcam os seus limites).
• Sâo vários os sistemas de zonação propostos para o domínio
bentónico. Todos eles baseiam-se na composição e modificação das
comunidades bentónicas e nunca em fatores físicos ou químicos.
• Pérès propôs em 1961 uma zonação do domínio bentónico que agrupa
os diversos andares em dois sistemas distintos: (i) o sistema litoral ou
fital e (ii) o sistema profundo ou afital. O sistema litoral ou fital
engloba os andares em que ocorrem vegetais fotoautotróficos
• (andares supralitoral, médiolitoral, infralitoral e circalitoral) ao
contrário do sistema profundo ou afital onde se incluem os restantes
andares do domínio bentónico (andares batial, abissal e hadal).
Divisão dos Grupos de Organismos
nos Oceanos
Os Fatores Limitantes e o
Ambiente Físico
• FATORES LIMITANTES: INTERFERÊNCIA DO
AMBIENTE SOBRE A SOBREVIVÊNCIA DOS
ORGANISMOS
• Fator limitante = Qualquer agente que torne difícil a
sobrevivência, o crescimento ou a reprodução de uma
espécie.

Lei da Tolerância (= Lei de


Shelford):
Para cada espécie, existem
amplitudes de tolerância (com
limites mínimos e máximos) aos
fatores ecológicos, dentro das
quais sua existência é possível.
Amplitudes de Tolerância

· Esteno- = estreito· ----. Euri- = amplo


estenotérmico/euritérmico
estenohídrico/eurihídrico
estenohalino/eurihalino
estenoécio/euriécio
Amplitudes de Tolerância
• Princípios auxiliares à Lei da Tolerância:
• · Uma mesma espécie pode ter ampla tolerância a um
fator e estreita a outro.
· Espécies euriécias provavelmente apresentam
distribuição mais ampla.
· Condições não ótimas de um fator (ou a ação de algum
fator de tensão) podem causar alterações na amplitude
de tolerância a outros fatores.
• Nicho ecológico
• = conjunto de relações que cada espécie mantém com o
ambiente em que vive
= conjunto de limites de tolerância da espécie.
• Modelo teórico: Hipervolume multidimensional
(Hutchinson, 1957)
· Em ambientes naturais, as espécies muitas vezes não vivem dentro da faixa ótima em
relação a um determinado fator (influência de outros fatores, freqüentemente biológicos,
como presença de competidores e predadores).
· Indivíduos reprodutivos e em estágios imaturos apresentam, em geral, amplitudes de
tolerância mais estreitas.

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