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A compreensão das correntes marítimas ao longo da história passou por várias fases. No
entanto, a observação sistemática e o estudo científico dessas correntes tiveram início
em épocas mais recentes.
Idade Antiga e Idade Média: Civilizações antigas, como os egípcios, gregos e romanos,
tinham conhecimento limitado das correntes marítimas, muitas vezes baseado em
observações empíricas de marinheiros e viajantes. No entanto, esse conhecimento era
frequentemente misturado com mitologia e crenças.
Século XVIII e XIX: Matthew Maury, um oficial da Marinha dos Estados Unidos, é
frequentemente considerado o pai da oceanografia moderna e da compreensão das
correntes marítimas. Ele coletou informações detalhadas sobre ventos e correntes de
marinheiros, produzindo o "Atlas das Correntes e Ventos" em 1855, que se tornou uma
ferramenta crucial para os navegadores.
Século XX: Com o avanço da tecnologia, como bóias de deriva, navios de pesquisa e
satélites, os cientistas puderam mapear e entender melhor as correntes oceânicas em
uma escala global. Isso levou ao desenvolvimento de modelos climáticos mais precisos
e ao entendimento dos padrões de circulação oceânica em grande escala.
Estima-se que a potência total das correntes oceânicas de todo mundo esteja por volta de
5 mil gigawatts, ou seja, com uma densidade de potência por volta de 15 Kw/m2.
Estimou-se que captando apenas milésimo da energia disponível na Corrente do Golfo,
isso representaria 21 mil vezes mais energia que toda energia concentrada na vazão das
Cataratas do Niagara e atenderia a 35% da necessidade energética do estado da Florida.
Correntes marítimas ou correntes oceânicas são grandes parcelas de água que se deslocam
pelos oceanos de um local para outro. As águas de uma mesma corrente possuem
características semelhantes de temperatura e salinidade. Existem, entretanto, diversas
correntes marítimas em movimento e que dispõem de propriedades distintas, proporcionando
transformações no clima das regiões por onde passam e na temperatura dos mares e oceanos,
além de desempenharem importante papel no desenvolvimento e manutenção do
ecossistema marinho."
Maré é o nome que se dá ao movimento de subida e descida das águas dos oceanos,
provocado sobretudo pela ação que a força gravitacional da Lua, satélite natural da Terra,
exerce sobre a superfície oceânica somada à rotação do planeta. As marés ocasionam a
formação de correntes oceânicas, as quais são mais fortes nas áreas próximas da costa. Sua
velocidade pode superar oito nós, sabendo que cada nó equivale a 1,85 km/h.
Os ventos e as massas de ar que se deslocam sobre a superfície dos mares e oceanos são
igualmente causadores das correntes marítimas. O movimento do ar é responsável ainda pelo
fenômeno denominado ressurgência costeira ou afloramento, caracterizado pela subida das
águas frias de subsuperfície até a superfície."
Correntes quentes: são formadas na zona tropical do planeta, próximo da Linha do Equador,
área que recebe calor solar com maior intensidade. São menos densas e, por essa razão,
deslocam-se pela camada superficial do oceano e a velocidades mais elevadas do que as das
correntes frias. Movimentam-se em direção aos polos, imputando elevado teor de umidade
para as áreas costeiras por onde passam devido ao elevado grau de evapotranspiração.
Correntes frias: são formadas nos polos terrestres, que correspondem às regiões mais frias do
planeta. Por conta disso, são correntes mais densas que se deslocam em subsuperfície e mais
lentamente do que as correntes quentes. Elas se movimentam em direção aos trópicos."
"As correntes marítimas são importantes para a redistribuição de calor e umidade sobre a
superfície terrestre, atuando como fatores climáticos. Além da influência direta sobre as
massas de ar das regiões banhadas por essas águas, as correntes marítimas são responsáveis
por transferir calor e umidade para as massas de ar que se formam sobre os oceanos e que
caracterizam diversos tipos climáticos no interior dos continentes.
também existem outras vantagens como: de colocar as turbinas mais próximas umas das
outras, necessitando-se de menos espaço, isso devido a densidade e a velocidade da
água; por estarem submersas, as turbinas não teriam impacto visual; as correntes
oceânicas são relativamente constantes em relação a direção e velocidade.
A utilização da energia das correntes oceânicas como fonte alternativa está no início de
seu desenvolvimento. O primeiro protótipo foi uma turbina de 350Kw, instalado em
2000 na costa de Cornwall, sudeste da Inglaterra. Mas muitos países já mostraram
interesse neste tipo de fonte energética alternativa, como os Estados Unidos, China,
Japão e países da União Européia.
Circula pelo oceano Pacífico, está diretamente atrelada à formação do deserto do Atacama,
entre o Peru e o Chile. Isso se deve à baixa evaporação a que as águas frias dessa corrente
estão sujeitas, transferindo pouquíssima ou nenhuma umidade para o continente.
Outro exemplo é o da corrente do golfo do México, uma corrente quente que circula pelo
Atlântico Norte e é responsável por amenizar as temperaturas nos invernos, desde o leste dos
Estados Unidos até países nórdicos europeus como a Noruega.
Para além do seu papel no clima terrestre, as correntes marítimas são importantes para a
dinâmica de muitos ecossistemas marinhos, carreando uma série de nutrientes de
subsuperfície para as águas superficiais, por exemplo, atraindo diversas espécies animais,
principalmente peixes. Esse movimento, por sua vez, impulsiona a atividade pesqueira das
áreas onde ocorre."
Tipos de correntes.
Correntes quentes são massas de água oceânica com temperaturas mais elevadas do que as
áreas circundantes. Elas se movem das regiões tropicais ou equatoriais em direção a áreas
mais frias, transportando calor ao longo do oceano. Essas correntes podem ter um impacto
significativo no clima local das regiões costeiras que elas afetam, bem como na distribuição de
espécies marinhas e na pesca. Alguns exemplos famosos de correntes quentes incluem a
Corrente do Golfo no Atlântico Norte e a Corrente de Kuroshio no Oceano Pacífico.
Correntes frias são massas de água oceânica com temperaturas mais baixas do que as áreas ao
seu redor. Elas geralmente se deslocam das regiões polares ou subpolares em direção a áreas
mais quentes, contribuindo para o transporte de água fria ao longo dos oceanos. Essas
correntes frias têm um impacto significativo no clima local das regiões costeiras que elas
influenciam, podendo causar temperaturas mais frias e afetar a biodiversidade marinha.
Exemplos de correntes frias incluem a Corrente de Humboldt na costa oeste da América do Sul
e a Corrente da Califórnia na costa oeste da América do Norte.
As correntes marítimas possuem várias características que as distinguem umas das outras:
3. Temperatura: Algumas correntes são quentes, enquanto outras são frias, dependendo de
onde elas se originam e das condições climáticas regionais.
6. Efeitos no Clima: Correntes marítimas têm um impacto significativo no clima global. Por
exemplo, a Corrente do Golfo ajuda a manter o clima relativamente mais ameno em algumas
regiões da Europa.
É importante entender essas características para melhor compreender o papel das correntes
marítimas na dinâmica dos oceanos e no sistema climático global.