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CAPITULO II: Fundamentação teórica

2. Mecanismo de movimentação de água

O vento é a causa mais importante e mais evidente, havendo no oceano uma clara
correspondência entre sistema de ventos e as principais correntes marítimas. As águas não se
deslocam de acordo com a direcção dos ventos que a impulsiona, mas segundo uma direcção
oblíqua, correspondendo a um desvio para direita no hemisfério norte e para esquerda no
hemisfério Sul. A água no globo terrestre encontra-se distribuída de forma irregular, tendo os
oceanos a maior quantidade relativamente aos continentes (ocupa o segundo lugar) e a atmosfera.
A água existente no globo não se encontra estática, ela esta em movimento devido as forças que
actuam sobre elas. Uma das forças que actua na movimentação das águas é a energia radiante
que é o motor para a ocorrência do ciclo hidrológico.

2.1. As leis básicas dos movimentos das águas naturais

2.1.1. Lei da gravitação universal de Newton:

As águas naturais estão em movimento constante, com escalas que vão desde as grandes
correntes até aos pequenos vórtices. Para a explicação deste fenómeno a 2ª lei de Newton diz que
a taxa de variação do movimento de um corpo é directamente proporcional à resultante das
forças que actuam no corpo, isto é, a intensidade dos movimentos depende do nível de força
empregue no corpo. Por exemplo quanto maior for a intensidade dos ventos maior será o
tamanho das ondas; quanto maior for a declividade maior é a intensidade dos cursos de agua.

2.1.2. Lei de acção reacção

A lei de acção reacção é bem visível quando vemos, em praias de costas altas, as aguas
embaterem as arribas e serem devolvidas com igual intensidade justificando-se da seguinte
maneira: as forças manifestam-se em pares. Se A exerce uma força sobre B, este, ao seu turno,
reagirá com outra força de mesmo modo, mesma direcção e sentido contrário.

2.1.3. Lei da gravitação universal

Lei da gravitação universal é comprovada na medida em que vemos as águas das chuvas, neves,
gelo a precipitarem em direcção a superfície terrestre e as aguas dos oceanos, rios, lagos,
pântanos e glaciares fixas numa região determinada motivada pela atracção que a terra exerce
sobre os corpos.

2.2. Circulação do calor: o papel das águas naturais

Como sabemos a água não esta estática, ela move-se, e neste processo ocorre troca de calor entre
elas. Note:

“As transferências de calor das altas para as baixas latitudes nos


oceanos, dá-se através de fortes correntes, como é o caso da
Corrente Quente do Golfo, que se desloca das águas tropicais
quentes para as regiões polares. Todas as águas profundas (baixas
dos 1500 m) tem a sua origem em latitudes elevadas e, por isso,
são consideravelmente mais frias que as águas superficiais. […]. O
processo de transferência de calor faz-se verticalmente e
horizontalmente. Esta transferência pode se fazer por difusão
molecular ou por remoinhos que transportam as águas
verticalmente, misturando, assim, tanto a salinidade como a
temperatura” (JESSEN 1998, p. 12 - 13).

3. Conceituando o Rio

Os rios são agentes de extrema importância no transporte de materiais intemperizados das áreas
elevadas para as mais baixas e dos continentes para o mar.

Etimologicamente o rio é definido como sendo “uma corrente contínua, mais ou menos
caudalosa, que desagua noutra, no mar, no lago, ou em depressões interiores”
(CHRISTOFOLETTI, 1980 p. 65).

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