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PERIODIZAÇÃO DA HISTORIA DE MOÇAMBIQUE

Periodização: é a divisão dos acontecimentos históricos em grandes


épocas, destacando-se as características que distinguem um período do
outro.

Características
- Predomínio da Técnica Lítica;
- Economia Recolectora, caça e
Comunidade
- Imediatismo na produção e Co
Primitiva de
- Divisão do trabalho por idade
Caçadores e
Recolectores (Khoi- - Povo nómado; sem desigualida
Khoi e Sans ou - Fraco nível de desenvolviment
Khoisan) ou - Eram comunidades com o proc
Comunidade de produção e consumo)
Bosquimanos e - Sem exploração do Homem pe
Hotentotes. (Século -Conhecimento das plantas com
II-III
- Transição da economia recolec
-Introdução da economia produt
- Sedentarização;
Expansão e Fixação
- Introdução e desenvolvimento
Bantu: Comunidade
- Introdução e desenvolvimento
de Agricultores e
Pastores. (Século -Organização das comunidades
III-IV) era mais de ordem moral do que

-Fixação dos árabes na costa ori


Penetração -Primeira exploração intensiva d
Mercantil planalto do Zimbabwe;
Estrangeira ou -Delimitação dos grupos etnolin
Período Mercantil Afro-asiática ou Árabe-persa (Século -Intercâmbio comercial entre mo
(Século IX-XIX ou IX-XVI) -Edificação das primeiras socied
800-1886) Zimbabwe (Manykeni), Mwene
-Estabelecimento dos primeiros
Moçambique.

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-Fixação dos árabes na costa ori
Penetração -Primeira exploração intensiva d
Mercantil planalto do Zimbabwe;
Estrangeira ou -Delimitação dos grupos etnolin
Período Mercantil Afro-asiática ou Árabe-persa (Século -Intercâmbio comercial entre mo
(Século IX-XIX ou IX-XVI) -Edificação das primeiras socied
800-1886) Zimbabwe (Manykeni), Mwene
-Estabelecimento dos primeiros
Moçambique.
-Fixação portuguesa em Sofala
(1507);
-Início do conflito entre mercad
-Ciclo de Ouro: formação dos p
Mwenemutapas;
Europeia ou Portuguesa (Século XVI-
-Ciclo de Marfim: Formação e d
XIX ou 1505-1886)
-Ciclo de escravos: emergência
Zambeze e reinos afro-islamizad
Observações: No período mercantil (800-1886), a aquisição de riquezas
mercadores interviessem directamente na produção ou investissem em s
o método pelo qual os mercadores estrangeiros acumulavam lucros.
-Ocupação efectiva;
Predomínio do -Montagem do aparelho político e administrativo;
capital estrangeiro -Alienação de 2/3 de Moçambique ao capital estran
não português em -Surgimento de Companhias majestáticas e arrenda
Moçambique - O sul de Moçambique como reservatório do traba
(1886-1926/30). africanas.

-Introdução do Nacionalismo económico de Salaza


Dominação colonial -Extinção das companhias majestáticas e arrendatá
em Moçambique das companhias;
(1886-1975). -Limitação da intervenção do capital estrangeiro nã
Nacionalismo -Introdução de culturas obrigatórias de arroz, algod
Económico de -Surgimento dos colonatos e introdução dos planos
Salazar -Introdução de uma educação diferenciada para bra
(1926/30-1964). -Contestação a situação interna;
-Transformação das colónias em províncias ultram
-Formação de movimentos nacionalistas.

Observações: nesta fase Portugal pretendia fortalecer a burguesia nacion


força braçal indígena. Para isso instituiu medidas tendentes a controlar e
recenseamentos, quer a partir da implementação de uma educação difere
que esse objectivo não surtiu efeitos satisfatórios, pela fase seguinte.

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-Ocupação efectiva;
Predomínio do -Montagem do aparelho político e administrativo;
capital estrangeiro -Alienação de 2/3 de Moçambique ao capital estran
não português em -Surgimento de Companhias majestáticas e arrenda
Moçambique - O sul de Moçambique como reservatório do traba
(1886-1926/30). africanas.

-Introdução do Nacionalismo económico de Salaza


Dominação colonial -Extinção das companhias majestáticas e arrendatá
em Moçambique das companhias;
(1886-1975). -Limitação da intervenção do capital estrangeiro nã
Nacionalismo -Introdução de culturas obrigatórias de arroz, algod
Económico de -Surgimento dos colonatos e introdução dos planos
Salazar -Introdução de uma educação diferenciada para bra
(1926/30-1964). -Contestação a situação interna;
-Transformação das colónias em províncias ultram
-Formação de movimentos nacionalistas.

Observações: nesta fase Portugal pretendia fortalecer a burguesia nacion


força braçal indígena. Para isso instituiu medidas tendentes a controlar e
recenseamentos, quer a partir da implementação de uma educação difere
que esse objectivo não surtiu efeitos satisfatórios, pela fase seguinte.

- Aboliçã
- Aboliçã
- Introduç
- Formaç
libertação
- Início d
Crise e Reestruturação do colonialismo português - Introduç
(1962/64-1975). construçã
- Surgime
- Governo

- Instituci
socialista
- Desenvo
Moçambique pós- PPI, PEC
independência (de Fase Monopartidária (1975-1990/94) - Guerra C
1975 aos nossos dias) - Introduç
- Acordo

3
- Eleições
Fase Multipartidária (1990/94 aos nossos dias) - Introduç
- Econom

ADPP- OFESSORES DO FUTURO DE INHAMBANE-2018

RESUMO SOBRE A PENETRAÇÂO MERCANTIL EM MOÇAMBIQUE

A PENETRAÇÃO PERSA- ARABE

Os árabes chegam a Moçambique no século IX, provenientes do Golfo Pérsico, e


fixam-se na costa moçambicana primeiramente na Ilha de Moçambique e Quelimane.

A partir do século XII começaram a surgir povoações comerciais islamizadas na costa


oriental de África. Existiam três povoamentos Islamizados na Costa entre Ilha de
Moçambique e Quelimane sendo: Sancul na baia de Makambo a sul da Ilha de
Moçambique;

Sangage no rio Metatomo de Angoche e Quitangonha na península de Matibane a


norte da Ilha de Mocambique.

A partir do século XIII começa a fixar-se um maior número dos imigrantes asiáticos
em entrepostos comerciais na costa oriental africana, no vale do Zambeze e no
planalto do Zimbabwe.

Consequências da Penetração Asiática

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O contacto com os mercadores asiáticos, contribuiu para o desenvolvimento de
transformações económicas, culturais, políticas e religiosas.

A nível económico foram introduzidas plantas alimentícias, como o arroz de regadio,


o coqueiro, a bananeira, o inhame e os citrinos.

No plano político, os reinos afro - islâmicos (Sultanato de Angoxe, Xeicado de


Sangage, Quitangonha e Sancul), são produto do intercâmbio comercial.

Do ponto de vista cultural, a presença asiática pode ser encontrada na maneira de


vestir, uso de brincos no nariz, nas construções, nos casamentos, no enterramento dos
mortos, na dança , o alfabeto típico, nas línguas Swahili, Kimwani, Ekoti, Echuabo e
Esakagi para facilitar a comunicação com os árabes . As regiões da costa norte de
Moçambique, converteram-se ao islamismo.

Aparecimento de núcleos linguísticos diversos, como por exemplo: o Mwani na costa


de Cabo Delgado com influência da língua maconde e Makua, o Nahara na Ilha de
Moçambique e regiões litorais e o Inkoti de Angoche. Também difundiram-se as
danças de tufo e Mualide nas regiões costeiras.

A PENETRAÇÃO MERCANTIL PORTUGUESA

Os portugueses chegaram a Moçambique em 1498 chefiados por Vasco da Gama, no


seu trajecto á Índia, atraídos pelo ouro que lhes permitia comprar produtos exóticos
no mercado europeu e especiarias do mercado asiático.

Ao longo do seu percurso fundaram feitorias (entrepostos comerciais) de Sofala em


1505 e da Ilha de Moçambique em 1507 ao longo da costa, com objectivo de controlar
as vias de escoamento de ouro e marfim em pequena escala, os quais saiam de Sofala
para o mercado asiático.

Este processo fez – se acompanhar por ataques aos árabes que até então controlavam
o comércio, facto que levou com que em 1516, Inhamunda , Mambo de Quiteve e
Sedanda, com o apoio dos árabes atacasse os portugueses que comercializavam com

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o Mwenemutapa.

A partir de 1530, os portugueses decidiram penetrar no vale do Zambeze onde


fundaram as feitorias de Sena em 1530, Tete em 1535 e Quelimane em 1544 para não
apenas controlar as vias de escoamento mas sim controlar o acesso as zonas de
produção.

A presença portuguesa no império fez- se acompanhar por realização de amizades


com alguns chefes locais importantes para apoiar as lutas internas entre a classe
dominante e estados vassalos, em troca de inserção aos impostos, criação de feiras
comerciais, igrejas e fortificações militares. Destes, destacaram –se Gatsi Rusere e
Mavura.

Após a tomada do poder em 1628 Mavura é baptizado com nome de Filipe, e assina
em 1629 um tratado que garantia a livre circulação de homens, mercadorias e
construção de igrejas, facto que levou com que os portugueses passassem a circular
sem respeitar as normas protocolares do império.

Esta situação levou com que Campranzine lutasse contra a presença portuguesa até a
sua morte, tendo sido sucedido pelo seu sobrinho Changamire Dombo, Mambo de 2º
de Butua que com ajuda de outros mambos e camponeses organizou em 1693 o
primeiro levantamento armado que conseguiu expulsar os portugueses das terras do
Mutapa.

O trabalho das minas era feito por mulheres e crianças recrutados pelos portugueses,
roubando tempo para o cultivo das terras, aumentando fome nas aldeias facto que
levava os camponeses a se revoltarem contra os portugueses.

A penetração mercantil portuguesa observou três principais fases:

⦁ O período do ouro, que vai desde 1505 a 1693, data do primeiro grande levantamento
armado contra os portugueses liderado por Changamire Dombo que pôs fim ao ciclo
de ouro;

⦁ O período do marfim, que vai do ano 1693 a 1750/60, quando começou o trafico

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maciço de escravos;

⦁ O período dos escravos, que vai de 1750/60 a 1836/40 , ano da abolição formal da
escravatura e esta pratica continuou de forma clandestina e só viria terminar no
século XX.

Tarefa

Com vista a consolidação dos debates sobre os reinos e impérios antigos em


Moçambique e a preparação para a ACP, resolva todos exercícios patentes nos
manuais da 5ª e 6ª classes e no Módulo de Ciências Sociais ‘ Formação de
Professores do Ensino Primário’ sobre os conteúdos em causa.

ADPP-EPF INHAMBANE

MECS- RESUMO

Fontes da história – são pistas ou vestígios do passado, deixados por


indivíduos e sociedades, que nos permitem desvendar seus hábitos, seus
costumes e formas de organização. As fontes podem ser escritas, orais e
materiais ou arqueológicas.

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Para o continente africano as fontes escritas são raras e mal distribuídas no
tempo e no espaço. As poucas existentes são de origem asiática e europeia e
estão ligadas a crónicas, anais, livros de geografia, obras religiosas e jurídicas,
textos literários e papeis oficiais. Devido a escassez de fontes escritas em
África, a tradição oral é a principal fonte da história e deve apoiar-se da
linguística e antropologia.

Linguística – a história de África tem na linguística histórica o estudo histórico e


comparativo das línguas, não apenas como ciência auxiliar, mas uma disciplina
autónoma que conduz directamente ao objecto de estudo da história. Através da
análise de parentesco das línguas, das suas origens e contactos que se pode chegar a
conclusões históricas;

Antropologia e etnologia – é o estudo homem no contexto das suas práticas


culturais e seus grupos étnicos.

PROBLEMAS DA HISTORIOGRAFIA AFRICANA

O estudo da história de África tem-se mostrado particularmente difícil para os


historiadores devido a três problemas nomedamente: a escassez das fontes escritas, o
défice em termos da cronologia, a predomínio de mitos.

⦁ EXCASSEZ DE FONTES ESCRITAS

O continente africano é pobre em documentos escritos e, os poucos que


existem estão mal distribuídas, centrando-se na África do norte, daí que se
diz que não é possível dar valor a fonte escrita na historiografia africana
porque as que.

Na reconstituição da história africana, a arqueologia devia ocupar o primeiro lugar se


não fosse os elevados custos, já que permite folhear o passado dos estratos do terreno
por inexistência de fontes escritas e a fraca oralidade. As dificuldades da arqueologia
são o resultado de meios financeiros, deslocações, erosão, fragilidade de materiais de
reconstrução, térmites e outros que destroem facilmente os vestígios das sociedades
antigas.

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⦁ DÉFICE EM TERMOS DA CRONOLOGIA

Através do tempo, uma das grandezas básicas, o homem faz a história.

No passado anterior a nossa época são poucos os registos de datas. Os africanos


sempre consideraram o tempo e tentaram contá-lo daí que, certos reis chegados ao
poder depositavam anualmente num vaso pepitas de ouro até a morte, e que permite
contabilizar os anos de reinado.

Ora este procedimento apenas levá-los a saber quanto tempo reinou um determinado
rei ou quantas dinastias governaram um certo império mas não mostra as balizas
cronológicas.

⦁ PREDOMÍNIO DE MITOS

O outro grande problema da história africana foi a influências de vário povos que
pelo continente, tendo dado várias interpretações passavam sobre interpretações do
passado.

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RESUMO

CORRENTES DA HISTORIOGRAFIA AFRICANA

A historiografia africana fundamenta-se de três principais correntes: eurocentrista ou


europeísta; afrocentrista ou africanista e progressista.

Corrente eurocentrista – é uma corrente ligada a exploração e pilhagem dos recursos


humanos e naturais pelos europeus, sustenta que a história do continente africano
começa com os contactos que os africanos tiveram com outros povos durante a fase
mercantil, por isso, para os seus defensores, a história de Moçambique apresenta três
períodos: pré-colonial, colonial e após a independência. É uma corrente meramente
racista, pois defende a superioridade da raça branca sobre a negra e sustenta que os
africanos não têm história antes de estabelecerem contactos com os europeus. Estes
defendem que antes da chegada dos europeus a África era um continente habitado por
chimpanzés pois que ao se questionar o passado dos povos encontrados, só
encontraram restos ósseos de primatas nas grutas e cavernas, negando o africano como
fazedor da sua própria história.

A corrente afrocentrista é uma corrente que surge intimamente ligada ao


nacionalismo africano e é caracterizada por valorizar excessivamente as realizações
dos povos africanos. Ela ocupa-se pelo radicalismo e oposições ao eurocentrismo ao
recusar a influência que os povos exerceram sobre a história de África.

Sustenta que as transformações que marcaram as diversas fases da evolução dos povos
africanos não se beneficiaram das conquistas de outros povos. Para esta corrente a
história de África é graças ao esforço exclusivo dos africanos sem a concorrência de
nenhum factor positivo ou negativo externo. E apesar da ausência de fontes escritas, a
África tem história cujo o africano é actor da sua própria história.

A corrente progressista através da investigação com métodos científicos apresenta o


passado africano como tendo sido dinâmico, recorrendo para isso a todas fontes
disponíveis, é uma corrente que reconhece o valor das fontes escritas, mas que se
recusa a aceitar que a história é feita com base nos documentos escritos. Em relação

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ao período em que os africanos estabeleceram os primeiros contactos com as
civilizações asiáticas e europeias admite a existência de provas de valor irrefutável,
que os africanos entraram numa interacção activa que influenciou grandemente a sua
história.

NB. As duas primeiras correntes são racistas pois que por motivos rácicos pois que
não se pode ignorar o passado de um povo pela ausência de fontes escritas uma vez
que é preciso recorrer a outros tipos de fontes tais como a oralidade e a arqueologia. A
segunda corrente peca também por ignorar o contributo de outros povos para a
construção do passado de África uma vez que não possível falar do passado de
africano sem ter em conta os povos com quem os africanos estiveram em contacto.

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EPF INHAMBANE

MECS - RESUMO DA AULA

A Conferência de Berlim

A conferência de Berlim foi um encontro entre as potências imperialistas realizado na


cidade alemã de Berlim entre 15 de Novembro de 1884 a 26 de Fevereiro de 1885
com vista a definir as regras da partilha de África. Desta conferência, participaram 14
países nomeadamente: Portugal, Inglaterra, França, Alemanha, Holanda, EUA,
Espanha, Itália, Áustria, Bélgica, Suécia, Noruega, Turquia e Dinamarca e Rússia.

Causas da Conferência:

⦁ Resolver os conflitos territoriais que opunham as potências imperialistas nas


bacias de Congo e Níger e noutras regiões na África Ocidental;

⦁ Discutir a necessidade livre navegação nas bacias de Congo e Níger e noutros rios
que permitissem chegar ao interior de África;

⦁ Discutir a necessidade de liberdade do comércio nos territórios africanos.

⦁ Definir as modalidades de acesso as áreas de interesse comum, de navegação e de


comercio

⦁ Coordenar os interesses e disciplinar as ambições, definindo as formalidades a


observar para que as novas ocupações em África fossem consideradas efectivas.

Deliberações tomadas

⦁ A liberdade de navegação no rio Congo e em outras bacias importantes, incluindo

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o rio Zambeze;

⦁ A liberdade de navegação na região dos grandes lagos africanos

⦁ A liberdade de comércio nas bacias africanas,

⦁ Qualquer potencia que tomasse posse de um território em África, devia avisar as


restantes potência para que passassem a reconhecer tal posse segundo o artigo 34.

⦁ A potência que ocupasse qualquer território costeiro devia exercer o seu domínio
ate o interior ( Artigo 35)

⦁ A ocupação do litoral africano junto as bacias do Congo e Níger livres ao


comércio internacional;

⦁ Foi decidida a liquidação de qualquer forma de resistência africana contra as


potências europeias;

⦁ As regiões de Congo foram reconhecidas como legítimas e sob o controlo da


Bélgica;

⦁ Desta conferência, surgiu um novo conceito imperialista” ocupação efectiva”,


segundo o qual qualquer potência que tivesse uma possessão em África devia
ocupar efectivamente e foi deste conceito que:

⦁ A região Noroeste e Ocidental ficaram sob o controlo da França, menos as ilhas


Canárias (Espanha), Gâmbia, Costa de Ouro e Nigéria (Inglaterra) e Guiné
(Portugal);

⦁ A África Oriental e Nordeste, esteve sob o controlo da Inglaterra, menos as


regiões de Eritreia e Somália (Itália);

⦁ A África Austral, ficou dividido entre Portugal (Moçambique e Angola), Inglaterra


(Rodésia do Norte e do Sul), Alemanha, o Sudoeste africano, França, o
Madagáscar, e a Etiópia era um estado independente.

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Foi através desta conferência que se efectuou a partilha de África e o posterior
traçado das fronteiras africanas sem o respeito da estruturas pré - existentes, nem
os princípios étnicos dos povos africanos, isto é, o traçado de fronteiras africanas
foi feita de uma forma arbitraria tendo se baseado em rios e outros marcos achados
convenientes, devido a ausência dos chefes locais os quais conheciam os limites
dos seus reinados, a consequência disto é a existência de países gigantes e outros
de pequena dimensão. De salientar que a ocupação de África foi um processo
acompanhado por resistências organizadas pelos chefes africanos como se poderá
ver nas próximas aulas.

Actividade

Desenhe o mapa de África que ilustra a partilha desta pelas potências,


livro da 7ª classe pág. 41

ADPP- EPF INHAMBANE

A Resistência Africana Contra a Dominação Colonial

Antes de falar sobre as resistências contra a dominação colonial importa referir que a
partir da conferência de Berlim, deu-se início ao processo de dominação política e
económica dos africanos motivada por :

⦁ A busca de matérias - prima para as indústrias europeias;

⦁ A procura de novos mercados para colocar a sua produção;

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⦁ A procura de colónias como suporte de imperialismo, a fase mais superior do
capitalismo que visava em construir um vasto império com o máximo de
colónias possível, trazendo benefícios económicos às metrópoles;

Características das resistências

Face a ocupação colonial em África, como na sua chegada os chefes africanos não
sabiam as intenções, os povos africanos organizaram-se e resistiram violentamente
quando se aperceberam da conquista e governação dos seus territórios pelos
colonizadores. A resistência imposta, caracterizou-se de diversas formas:

- Confronto militar directo, através da luta armada

- Resistência pacifica ( não cooperação e aliança diplomáticas) em relação a não


cooperação os chefes diziam seus povos para abandonarem as regiões ocupadas pelos
invasores ou não produzirem nas suas machambas as culturas impostas pelos
colonizadores, a recusarem o pagamento de impostos e sabotagens;

A aliança diplomática consistia no estabelecimento de alianças tácticas entre os


líderes africanos e os invasores como forma de os líderes africanos manterem a sua
independência política.

Região Países Potência Líderes da Resistência Forma de Resist


Colonizad
ora

15
África Marrocos Espanha, Marrocos- Abd al-Aziz, Confrontos milita
do Norte Líbia Itália Mulay Idrisse, Ameryan); Said alianças diplomát
Egipto França
Tunísia Líbia- Ahmad al-Sharif al-
Sara Samusi, Uma al-Mukhtar

Egipto-Isma il, Ahmad Urabi,


Djamal al-Din al-Afighan,
Muhammed Abduh e
Muhamemed Sharif Pasha
África Mauritânia, Senegal, França, Lat-Dior-Diop(Senegancia); Confrontos milita
Ocidental Guiné equatorial, Malí, Inglaterra, Samori Toure (Imperio diplomáticas (par
Costa de Marfim, Bélgica, Madinga) Behanzin ( império alguns casos)
Borkina- Faso, Níger, Portugal, Daome) Mahid (Sudão)
Chade, Gabão, Gâmbia, Alemanha
Guiné- Bissau, Serra
Leoa, Camarões, Gana,
Togo, S. Tomé
Príncipe, Guiné e
Libéria (independente)
África Quénia, Uganda, Inglaterra, Abushir de Pangai e Bwana Confrontos milita
Oriental Tanzânia, Eritreia, Alemanha Heri (Tanzânia), Mbaruk Bin alianças diplomát
Somália, Etiópia, França Rashid (Quenia) Kabaka
Burundi e Ruanda Itália Muanga( Uganda e Menelik
(Etiopia)
África Angola, Moçambique, Inglaterra, Langanibalele (Lesoho) Alianças diplomá
Austral Namíbia, Zâmbia, Alemanha Lobengula (Zimbabwe) Confrontos milita
Zimbabwe, Botswana, e Portugal
Lesoto, Suazilândia e Samuel Maherero, Jacob
África do Sul Murenga, Hendrik Witbooi e
Madume (Namíbia)
Ngungunhane, Maguiguane
Cossa, Khupula, Farlahi,
Mataca, Macombe Hanga,
Mafunda (Moçambique)

De salientar que nos territórios ingleses o processo da dominação colonial


caracterizou-se por negociações pacificas, fazendo tratados de protecção com estados
africanos, tendo também usado os confrontos militares para algumas regiões. E nos
territórios franceses o processo de dominação privilegiou a força militar.

Em todos territórios africanos as resistências contra a dominação colonial acabaram


fracassando e foram estabelecidos sistemas administrativos coloniais.

Factores do fracasso das resistências africanas:

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⦁ Superioridade belga dos europeus, isto é, os invasores usavam armas de fogo
modernizadas contra armamento tradicional (arco, flechas e armas de fraco
poderio militar adquiridos aquando das trocas comerciais);

⦁ Tecnologia de guerra mais avançada

⦁ Falta de unidade entre os chefes africanos

⦁ Traição de alguns chefes africanos, que se aliavam aos europeus

⦁ Atraso tecnológico de África

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ADPP- EPF INHAMBANE

MECS- RESUMO

A administração colonial

Em cumprimento aos compromissos da conferência de Berlim, iniciou-se a ocupação


efectiva do continente africano, onde ao longo da sua dominação colonial conheceu
dois sistemas de administração: directa e indirecta.

Administração directa - caracterizou-se pela montagem de uma maquina


administrativa completamente trazida das metrópoles, sem respeitar as estruturas
tradicionais. Este tipo foi característico de Moçambique, onde Portugal instituiu
administradores coloniais europeus, desde a província até aos postos mais recônditos
do país.

Administração indirecta – era caracterizada pela manutenção das estruturas


tradicionais no poder e pela continuidade do respeito das normas da sociedade, onde a
mesma deixou de ser autónoma e passou a depender da potência colonizadora. Desta
forma destacaram-se duas razões importantes para a sua aplicação pela potencias
colonizadoras, onde a primeira foi antecedida pelas modalidades históricas ligadas ao
desejo de construção de grandes impérios coloniais nos finais do século XIX o
que necessitaria um vasto número de funcionários; e a segunda foi gerada pela
insuficiência de funcionários europeus para administrar a vastidão das colónias
ocupadas.

O impacto da dominação colonial em África

Impactos negativos

⦁ O s Estados africanos já existentes, com excepção da Libéria e, até 1935, da


Etiópia perderam boa parte de sua soberania e, consequentemente, o direito de
participar dos assuntos da comunidade mundial;

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⦁ A destruição da estrutura política e social pré-existente

⦁ Existência de algumas dezenas de colónias com fronteiras fixas e bem


delimitadas.

⦁ Os europeus repartiram entre sí o continente africano,

Impactos positivos

⦁ O nascimento do nacionalismo africano e pan - africano

⦁ Introdução da economia monetária

⦁ Melhoria da qualidade de vida principalmente nas cidades

⦁ A criação dos estados modernos independentes

O NACIONALISMO AFRICANO

Nacionalismo - é um movimento dos povos colonizados em busca das suas


independências

FACTORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O NACIONALISMO EM


ÁFRICA

A II guerra mundial – a participação dos alguns africanos na 2ª guerra ao lado das


suas potências colonizadoras, despertou a necessidade da sua liberdade e da conquista
dos seus direitos.

A fundação da organização das Nações Unidas – Em cumprimento dos objectivos

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pelos quais foi criada (garantir a pela paz internacional), pressionou aos países
colonizadores a libertarem as suas colónias.

A conferência Afro - asiática de Bandung - decidiu que os países da Ásia e do


norte da África que já tinham alcançado a sua independência deveriam apoiar outros
países que ainda estavam colonizados a lutarem pelas suas independências.

A revolução socialista de Outubro de 1917 na Rússia - contribuiu para a difusão de


ideias sobre a liberdade, igualdade e o direito de autodeterminação dos povos.

GRUPOS MOTORES DO NACIONALISMO AFRICANO

O papel dos camponeses – os camponeses reivindicavam a dominação cultural


através de sabotagem da produção, cantos e danças que denunciavam os abusos dos
colonizadores e pediam a independência.

O papel dos trabalhadores assalariados - este grupo social reivindicava a sua


independência através de greves e manifestações exigindo melhorias das condições de
trabalho e salariais.

O papel dos intelectuais- os intelectuais lançaram a consciência nacionalista através


da experiência e da alienação cultural. Estes denunciavam os abusos coloniais através
da imprensa, literatura e apelavam a população para aderirem a luta de libertação dos
povos colonizados. Em Moçambique destacaram: Eduardo Mondlane, Noémia de
Sousa, José Craveirinha, Estácio Dias, JoãoAlbasine, JoãoAlbasine, Rui de Noronha,
entre outros.

O papel dos estudantes- Revindicavam a independência através de poemas, teatro,


prosas e outras formas de expressão. Moçambique por exemplo os estudantes
fundaram em 1949, sob orientação do Eduardo Mandlane. o NESAM ( Núcleo dos
estudantes Secundários de Moçambique)

PRINCIPAIS LÍDERES NACIONALISTAS

Leopoldo sedar Senghol- Senegal

Nkwame -Nkurumah- Ghana

20
Mohamed Ahmed Bem Bella - Argélia

Julius Nherere - Tanzânia

Nelson Mandela- África do Sul

Amílcar Cabral - Guiné

Agostinho Neto - Angola

Eduardo Mondlane - Moçambique

TEXTO DE APOIO

Unidade Temática: Os Problemas Específicos do Ensino de Ciências Sociais

TEMA: O tempo em história

Segundo Freenchem o tempo é uma cadeia de mudanças constituídas


simultaneamente por momentos sucessivos e por intervalos entre estes.
Tempo histórico - é o tempo dos grandes acontecimentos que caracterizam uma
determinada sociedade, desde o período que viveram , suas actividades, modos de
vida e a forma como se relacionaram com a natureza e outros povos.

O tempo histórico - compreende uma série de níveis e noções que contribuem para a
sua formação. São eles a estrutura e a conjuntura.

21
A estrutura são acontecimentos de longa duração ou de tempo longo, aplica-se em
âmbitos como cultura, geografia, sociedade, economia, política, ecologia e psicologia
entre outros.

A conjuntura são acontecimentos de tempo curto ou curta duração, que


correspondem a uma ocorrência singular, excepcional e passageira que parece
independente de outras ocorrências.

Segundo Fernand Braudel historiador francês, nem sempre o tempo social coincide
com o tempo cronológico, dai que no estudo da História, considera três tipos: tempo
curto ou curta duração, tempo médio ou média duração e tempo longo ou longa
duração.
A curta duração são acontecimentos de breve duração como as ocorrências casuais,
a história de eventos, da vida quotidiana e individual. Exemplo: A batalha de
Marracuene, acordo de cessação de hostilidades, o assassinato Giles Cistac, etc.
A média duração são pequenas variações cíclicas, de rápida cadência e localização
intermédia entre o tempo curto e o longo, que abrange as correntes e retrocessos no
âmbito material e os ciclos económicos (entre outros) na história conjuntural.
Exemplo: a crise politica de um país, a guerra, etc.
A longa duração é a história estrutural, que contém componentes caracterizadas pela
sua estabilidade e longevidade que por estas mesmas razões não são de percepção
directa e imediata, ou seja, podem passar despercebidos na fase que se pretende
perceber, necessitando da ajuda de fontes de cariz diverso. Exemplo: cinema,
fotografia, clima, etc.

A noção de tempo e o nível de desenvolvimento etário da criança

A criança não tem o mesmo sentido do tempo e espaço como os adultos. Esta vai
tomando estas noções gradualmente. Assim foram estabelecidas as seguintes etapas:

1ª Etapa: Cerca dos 05/06 anos - a criança é capaz de organizar os acontecimentos


em “antes e depois”, a sua compreensão do tempo neste estádio, é ainda muito
elementar, e mesmo noções tão simples como “ontem e amanhã” podem levantar

22
dificuldades. Esta é uma das razões porque o ensino de Ciências não começa nesta
fase.

2ª Etapa: Cerca dos 8 (oito) anos a criança adquire a noção do passado.

3ª Etapa: Por volta dos 11 (onze)- é capaz de ter a compreensão correcta do nosso
sistema de contagem do tempo. E consegue compreender as implicações das datas e
dos espaços.

4ª Etapa: Aos 12 (doze) 13 treze anos, o aluno percebe a dinâmica de algumas linhas
de evolução cronológica.

5ª Etapa: Aos 14 (catorze) anos, o aluno começa a passar do conceito fluido do


tempo em movimento para o tempo mais estático. Concebe o tempo em acção, pode
realizar a inevitável relação existente entre o tempo e o espaço.

6ª Etapa: Aos 16 (dezasseis) anos adquire a maturidade na compreensão do conceito


de tempo em História.

Recursos para apoiar a abstracção da noção do tempo

Os principais recursos para apoiar a abstração da noção tem são: o calendário, as


medidas do tempo e os gráficos de tempo ou barra cronológica.

O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o


acontecimento que é considerado o mais importante. O uso do calendário facilita a
vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de
medidas de tempo como milénios, século, década, ano, mês, dia e até mesmo a
hora em que o fato ocorreu. Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:

⦁ Milénio: período de 1.000 anos;

⦁ Século: período de 100 anos;

⦁ Década: período de 10 anos;

⦁ Quinquénio: período de 5 anos;

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⦁ Triénio: período de 3 anos;

⦁ Biénio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

Entendendo as conversões para contagem de tempo

Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações
matemáticas simples. Observe.

Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s)algarismo


(s) à esquerda desses zeros. Veja os exemplos:

Ano Século

800 VIII

1700 XVII

2000 XX

Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e


adicione 1 ao restante do número, Veja:

Ano Soma Século

80 0+1 I

324 3=1 IV

1830 18+1 XIX

1998 19+1 XX

2001 20+1 XXI

Outro recurso para apoiar a abstracção da noção do tempo é o gráfico de tempo ou


barra cronológica.
O gráfico permite a representação sequenciada dos factos segundo a ordem
cronológica. Isto ajuda o aluno a entender a sucessão dos mesmo e o período da sua

24
duração.
Na construção do gráfico o aluno deve obedecer os seguintes passos:
⦁ Traçar duas linhas paralelas e no fim o sinal de continuidade

⦁ Em seguida, estabelecer uma escala; a partir da qual proceder-se-á a construção do


gráfico (tradução);
Exemplo: 1,2,4, 5…cm 1ano, década, século ou milénio

Acontecimentos

tempo

⦁ Na parte superior do gráfico colocam-se os acontecimentos ou factos e na parte


inferior as datas ou o tempo.
⦁ Legenda ela permite a leitura do gráfico e entender quanto vale cada espaço
representado no gráfico

Algumas actividades a realizar para desenvolver a noção de tempo


Primeira actividade
No início do ano lectivo, o professor deve registar no quadro o dia da semana, do
mês, o mês e o ano. Nos dias seguintes, esta actividade deve ser executada pelos
alunos até ao fim do ano.
A realização desta actividade, ajuda o aluno no controlo do tempo, a conhecer, sem
maior esforço, os dias da semana, do mês, os meses e o ano.
Segunda actividade
Usando o punho da mão, ensina o aluno a identificar os meses com 28, 30 e 31 dias.
Esta actividade auxilia o aluno a descobrir quais os meses com mais dias e os meses
com menos dias.

25
Terceira actividade
O professor conversa com as crianças, colhendo as idades de cada uma e as regista.
Confere com os documentos, dá informação correcta aos alunos que estiverem
enganados, conversa com a turma sobre a importância da contagem e registo do
tempo.
Mostra ao aluno que a contagem do tempo permite saber a quanto tempo existe a
pessoa, a coisa, a casa, o objecto, o animal etc. e quando começa a história do
objecto, da pessoa, do animal etc

Abstração da Noção de Espaço

Conceito de espaço

É uma extensão superficial limitada e identificada há uma distância entre dois pontos ou dois
corpos. Ou seja, o conhecimento que cada sociedade possui no seu espaço, a forma como
frequentam a sua organização entre o espaço de vida (frequentado) e o espaço vivido
(conjunto dos espaços de vida e social os quais se juntam valores do espaço de vida e do
espaço social, isto é, o palco dos acontecimentos).

O Jogo e a passagem do concreto ao abstrato

Nos primeiros anos de escolaridade os conceitos de espaço e fronteira devem ser tratados
num nível exploratório, daí que devem ser desenvolvidos a partir de uma série de actividades
e jogos.

Para explicar a noção de espaço deve se partir do espaço mais restrito do aluno para o mais
amplo, como o caso de algumas referências do espaço escolar a fim de que o aluno possa se
encaminhar para algo mais abstrato. Exemplo do espaço da sala de aulas, espaço escolar, as
proximidades das salas, a comunidade onde a escolas está inserida. A partir destes exemplos
deve se explicar a organização do espaço onde o aluno reside.

Em relação a noção de fronteira, pode se partir dos limites da sala de aulas e aproximidade
com as outras.

Aplicação de jogos para a saída do concreto para o abstrato

26
A abstração da noção de espaço e fronteira tal como se disse pode ser desenvolvido a partir
de vários jogos tais como: o jogo de domínio, a neca, o jogo de polícia ladrão, o jogo de
trinta e cinco, ou através de actividades feitas pelos alunos no chão, quadro, ou mesmo
caderno. Estes jogos e actividades permitem incutir na criança a noção de espaço, limite ou
fronteira.

Em seguida deve-se explicar ao aluno que a mesma forma que representou-se o espaço
através de jogos e desenho, pode-se representar o espaço da nossa localidade, distrito,
província, país e continente.

A representação gráfica de espaço faz-se com base na planta, topografia, mapa, maquete,
esquema, fotografia, etc.

Os mapas são instrumentos auxiliares da representação do espaço que permite a


representação gráfica da realidade, assumindo assim o papel de instrumento de representação
mais abstrata da realidade.

Importância de jogos para o ensino de Ciências Sociais

O uso de jogos para o ensino de Ciêsses Sociais permite:

⦁ Interiorizar algunas noções e conceitos;

⦁ Estimula a participação do aluno na aula;

⦁ Coloca o aluno em actividade durante a aula;

⦁ Valoriza os saberes locais.

ADPP- EPF INHAMBANE

RESUMO

O tratamento de conceitos em ciências sociais

Conceito em história – são ideias expressas para descrever grupos de coisas ,


pessoas, sentimentos, acções tendo algumas coisas em comum. Ex. classes sociais,

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revolta, guerra, clã, etc. Podem também se apresentar em forma de verbos: resistir,
revoltar, manifestar, etc.

Os conceitos subdividem-se em concretos e abstratos

Conceitos concretos – são aqueles que expressam objectos observáveis e imutáveis.


Exemplo: uma zagaia, uma seta, uma moeda, restos ósseos, etc.

Conceitos abstratos – são aqueles que expressam a qualidade do que é caracterizado


isto é, expressam sentimentos que não são observáveis. Ex. Clima, relevo,
economia, classes sociais, etc.

Importância dos conceitos

⦁ Desenvolvem capacidades intelectuais

⦁ São básicos para a compreensão de certos periodos históricos

⦁ São importantes para a construção do estudo da história nas classes seguintes

⦁ Criam interesse cognitivo nos alunos.

Como ensinar conceitos

Os conceitos concretos podem - se mostrar através de objecto dependendo do que se


pretende explicar. Ex. Uma seta, uma azagaia, uma moeda, etc.

Para abstratos deve se ter em conta a realidade próxima do aluno. Ao trabalhr na


sala de aula o professor deve dar ênfase a história de cada família o que permitirá
saber a origem de cada aluno, podendo também usar filmes históricos na sala de aulas,
para além de jogos.

Como explicar os conceitos abstratos

⦁ Pode se utilizar as imagens do texto ou outros objectos trazidos pelo professor


relacionados com a aula

⦁ Pode se utilizar a explicação partindo do campo da experiência do aluno,


dando oportunidade para o aluno demonstrar o que conhece, deve levar o

28
aluno a responder de um jogo, de uma brincadeira.

⦁ Pode se usar o procedimento de dramatização

Capacidades desenvolvidas com base nos conceitos

⦁ Formação de um sistema de habilidades para o trabalho independente

⦁ Criação de motivos ou interesse cognitivos motivação

⦁ Desenvolvimento intelectual dos alunos que e o resultado das actividades


práticas diversificadas

TPC

Que capacidades se podem desenvolver através do ensino de conceitos em ciências


sociais?

Qual é a importância dos conceitos em ciências sociais?

ADPP- EPF INHAMBANE

Métodos de ensino

Conceito de método de ensino – é o conjunto de procedimentos didacticos usados


pelo professor para orientar o processo de ensino-aprendizagem com vista a alcançar
os objectivos programaticos.

Importância dos métodos de ensino


⦁ Ajuda a educador a criticar, pesquisar, julgar, concluir, correlacionar,
reflectir,

⦁ Ajuda o educador a ter criatividade e flexibilidade para escolher os melhores


procedimentos, combina-los, tendo em vista sempre o desenvolvimento das
capacidades cognitivas dos alunos;

29
⦁ Facilita o professor na sua tarefa dinamizadora da aprendizagem dos seus
alunos;

⦁ Desenvolve as capacidades, aptidões e potencialidades de acordo com os


objectivos desejados;

Permite a efectivação eficaz dos objectivos.

Tipos de métodos
Os métodos são determinados pela relação objectivos e conteúdos. Estes dependem
dos objectivos imediatos da aula como: a introdução da nova matéria, a explicação de
conceitos, o desenvolvimento de habilidades, a consolidação dos conhecimentos,
entre outros.

Para se escolher um método deve se ter em consideração os conteúdos específicos e


os métodos peculiares de cada disciplina. A escolha dos métodos deve se ter em
conta a capacidade de assimilação dos alunos, o seu nível de desenvolvimento
mental e as características sócio culturais e individuais. Deste modo temos
métodos gerais e os específicos de cada disciplina.

Métodos gerais
Método expositivo: consiste na explanação da matéria pelo professor, enquanto
os alunos ouvem ou tiram apontamento. Tem sido o método de ensino mais praticado
desde a antiguidade aos nossos dias. Pois entendia-se que aprender era,
essencialmente memorizar, para repetir os conhecimentos transmitidos oralmente
pelo professor.

Usa-se o método expositivo quando se pretende:

⦁ Fornecer um conjunto de informações que podem ser facilmente obtidas pelos


alunos;

⦁ Introduzir ou concluir um tema;

⦁ Recapitular um tema ou sintetizar;

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⦁ Clarificar algumas ideias que não ficaram explicita para todos os alunos

Neste método a actividade dos alunos é receptiva, embora não necessariamente


passiva, cabendo ao professor a apresentação dos conhecimentos e habilidades, que
podem ser expostas.

Trabalho independente
Este método consiste na aplicação de tarefas para serem resolvidos de forma
independente pelos alunos, porém dirigidas e orientadas pelo professor. Este método
é empregue quando os alunos podem realizar correctamente as tarefas dadas, sem que
o professor tenha intervenção directa. A maior importância do trabalho independente
é a actividade mental dos alunos para que isso ocorra de forma adequada é necessário
que as tarefas sejam claras, compreensiveis e à altura dos conhecimentos e da
capacidade de raciocínio dos alunos, tendo o professor que assegurar condições para
que o trabalho seja realizado e este deve fazer o acompanhamento de perto.

Método de elaboração conjunta


A forma mais típica desse método é a conversa didáctica, entre o aluno e o professor.
Neste método o professor através dos conhecimentos e experiências que possui, leva
os alunos a se aproximarem gradativamente da organização lógica dos
conhecimentos. A forma mais usual de aplicação da conversa didáctica é a pergunta
que pode ser feita pelo professor ao aluno, como do aluno para o professor. Ao fazer
a pergunta o professor deve ter muito cuidado de forma a levar o aluno a
compreender

Método de trabalho em grupo


Este método também se pode considearar técnica de ensino, consiste em distribuir
temas de estudo aos alunos. Para a realização deste método os alunos devem
organizar-se em grupos. Para o sucesso deste método é fundamental que haja uma
ligação entre a fase de preparação, a organização dos conteúdos e a comunicação dos
resultados

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Métodos específicos
Os métodos específicos dependem de disciplina por disciplina.

Na Disciplina de História temos os seguintes métodos específicos:

Progressivo – baseia-se na sequência cronológica dos acontecimentos históricos,


desde os

mais antigos aos mais recentes. Geralmente os programas do ensino baseiam-se na


representação cronológica progressiva dos factos históricos por isso, é o mais usado.
O método progressivo está relacionado com a periodização, isto é, num tema de
história começamos do período mais antigo ao mais próximo.

Regressivo – consiste no estudo da história partindo do período mais recente ao mais


antigo. O programa da 4ª classe é o exemplo deste método. Possui vantagens para a
iniciação histórica de crianças por partir do conhecido ao desconhecido, do próximo
ao distante e do presente ao passado.

Genético – este método está relacionado com os acontecimentos ou seja com os


factos históricos onde deve-se ter em conta a relação causa efeito.

Na disciplina de Geografia temos os seguintes métodos específicos:

Método de observação directa – este método está relacionado com uma aula de
Ciências Sociais quando podemos levar o aluno a observar uma paisagem, um
fenómeno, etc. É o método que permite ver facilmente o que nos rodeia, implica o
deslocamento do observador ao local a observar.

32
Ao aplicar –se este método o aluno deve compreender que a actividade que ele está a
realizar leva-o a relacionar com a sua realidade.

A observação directa pode ser feita de várias maneiras como: através da janela da
sala de aula observando por exemplo a nebulosidade, a chuva, o vento, entre outros
aspectos; uma outra forma seria a realização de uma excursão geográfica; mas o
professor pode ainda levar os alunos a fazerem uma observação directa ao redor da
escola.

Método de observação indirecta – este método está relacionado com uma aula de
geografia quando não podemos levar o aluno a observar, dai utilizamos mapas,
cartazes, fotos, etc.

ADPP-EPF INHAMBANE II SEMESTRE

RESUMO DA AULA

TEMA: AS TÉCNICAS DE ENSINO DE CIÊNCIAS SOCIAIS.

As técnicas de ensino é conjunto de procedimentos que tem como objectivo obter um


determinado resultado no processo de ensiono-aporendizagem.

Para o ensino das Ciências Sociais, podem se usar as seguintes técnias: dramatização,
excursão ou visita de estudo, debates e palestras.

Dramatização
Conceito de dramatização é uma representação dramática de um determinado
acontecimento.

Importância da dramatização

⦁ Desenvolve as capacidades de expressar-se com liberdade e com segurança,

⦁ Leva o aluno a aprender técnicas de comunicação.

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⦁ Permite estimular a participação do aluno nas aulas, o convívio social, e o
crescimento cultural.

⦁ Possibilita uma melhor compreensão dos conteúdos, promove a socialização,


aumenta a criatividade nos alunos.

⦁ Ajuda a trazer a realidade social para a sala de aulas

⦁ Ajuda a associar a representação aos factos reais

Preparação de dramatização

A preparação da dramatização deve ter em conta a unidade temática e o assunto a


tratar, podendo se fazer no início ou no fim da unidade temática. Quando é feita no
início da unidade permite o aluno a acompanhar com maior atenção os conteúdos
que serão leccionados, levando-o á uma maior capacidade de análise. E quando é
feita no fim da unidede permite ao aluno tirar conclusões e procurar soluções sobre
o assunto tratado.

Em seguida, deve-se definir os objectivos a alcançar que através dos quais o


professor deverá preparar os papeis de acordo com o número de alunos a
participarem.

Tendo os objectviovs definidos o professor prepara os papeis de acordo com o


número de alunos a participar na dramatização;

O professor com a ajuda da turma deve escolher os alunos que irão desempenhar os
papeis e o grupo que irá observar.

O professor explica claramente como cada aluno deve fazer o seu papel e os restantes
devem ficar atentos para a análise.

Apresentação de dramatização

Os alunos combinam entre si como apresentar a cena aos restantes colegas. Durante
a apresentação o grupo de análise vai registando as observações para depois fazer-se

34
a análise. No momento da análise os alunos fazem comentários e o professor da uma
sintese, conclusões e soluções.

Aspectos positivos da dramatização

⦁ Motiva os alunos para formas de expressarem-se;

⦁ Leva os alunos a conhecimentos entre si;

⦁ Gera climas afectivos e pode conduzir a mudanças nos comportamentos;

Excursão ou visita de estudo


É uma actividade curricular, organizada por professores para alunos, realizada fora do
espaço escolar destinada a desenvolver conteúdos das áreas disciplinares e não
disciplinares.

Importância de excursão

⦁ A excursão permite que os alunos:

⦁ Estudem a sua região e adquiram noções gerais;

⦁ Desenvolvam a capacidade de observação, a curiosidade, o interesse pela


natureza, pelo passado histórico, pela vida da sociedade e outros aspectos que
os rodeiam.

⦁ Desenvolvam habilidades e hábitos de observarem e de apreciar o meio os


que os rodeia, de defender o que é importante para a sociedade.

Tal como a dramatização, a excursão pode realizar-se no início ou no fim de uma


determinada unidade temática, podendo ainda realizar-se durante a unidade temática.

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Preparação da excursão

A excursão é uma actividade didáctica daí que ela deve ser preparada com o mesmo
cuidado de uma aula. Deve se elaborar um plano e o mesmo deve reflectir a
preparação, a realização, o resumo e os resultados da mesma.

A preparação de uma excursão é feita pelo professor e pelos alunos. O professor deve
consultar tudo o que existe sobre o assunto da excursão como por exemplo fazer uma
visita prévia ao local onde se pretende fazer a vista; explorar antecipadamente a
região caso trata se de uma visita ao campo.

Com base na visita feita previamente e nas consultas feitas ao local, o professor
elabora um plano da excursão, um itinerário, o conteúdo do trabalho entre outros
dados.

Realização da excursão

Na realização da excursão e de acordo com o itinerário o professor pode organizar a


turma de várias maneiras: pode dividir os alunos por grupos e ele vai dando a
explicação sobre cada sector ou área, esta variante torna se fácil quando o objecto da
excursão for de pequenas dimensões; uma outra variante seria dos alunos seguirem o
mesmo itinerário e o professor ou guia em cada paragem vão explicando o que os
alunos observam.

Antes da realização da excursão o professor deve fornecer aos alunos um


questionário referente ao assunto a tratar na excursão.

No final da excursão o professor faz uma breve conclusão e orientam os alunos para
realizarem o resumo.

No resumo dos resultados da excursão, o professor organiza uma conversa conclusiva

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na qual os alunos intervêm com informes sobre o trabalho realizado e mostram o
material obtido.

Passos a ter em conta para a realização de excursão

1º - Definicão dos objectivos de excursão

2º Identificação do local de excursão

3º Visita exploratória ao local de estudo pelo professor e contacto com as estruturas


locais

4º Marcaçaõ da data e duração de excursão

5º Orçamento para transporte e alimentação

6º Guião de entrevista elaborada pelo professor e os alunos

7º Realização da excursão

8º Preparação de resumos da excursão

9º Apresentação dos resultados de excursão.

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ADPP- EPF INHAMBANE II SEMESTRE

Meios de Ensino em Ciências Sociais

Conceito de meios de ensino

São objectos materiais e pedagógicos definidos pelo professor que constituem


condição necessária para o alcance dos objectivos instrucionais.

Servem para aproximar o professor dos alunos e estes dos objectivos da


aprendizagem.

FUNÇÃO DIDÁCTICA DOS MEIOS DE ENSINO

⦁ Motivação e estímulo para aprendizagem

⦁ Visualização dos fenómenos, factos, objectivos e processos

⦁ Estabelecem ligações entre a teoria e a prática ou entre conteúdos científicos e


aspectos do dia-a-dia

Para o ensino das ciências sociais o professor pode usar os seguintes meios: mapa,
globo terrestre, esboço, maquete, atlas, fotografias, livros...

38
Mapa

É uma representação visual de uma região

Classificam-se em mapas físicos e humanos.

Os mapas físicos podem ser geomorfológicos,climáticos, hidrográficos,


biogeográficos e representas os aspectos físico- geográficos tais como : clima, relevo,
hidrografia, vegetação..

Os mapas humanos podem ser políticos, económicos, demográficos, históricos e


representar os aspectos sócio-humanos.

Elemento de um mapa

Os elementos de um mapa são:

Titulo: nome que indica o que o mapa esta representando, contendo informações
como o recorte especial , o período de tempo e na temática em geral

Escala: informação de quantas vezes o terreno real foi reduzido em relação ao mapa;

Legenda: identifica os símbolos e as cores usadas no mapa;

Fonte: entidade responsável pela realização do mapa;

Características do mapa

⦁ Deve ser claro,com cores bem definidos traçado nítido,poucas palavras


imprensas

⦁ Deve ser preciso, representando exactamente factos a que se refere.

⦁ Ao utilizar o mapa o professor deve ter em conta o seu tamanho de modo a


permitir que os alunos que se sentem no fundo da sala posam ver

Como usar o mapa na sala de aulas

Sempre que o professor pretender usar o mapa na sala de aulas deve ter o cuidado de:

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⦁ Seleccionar o mapa de acordo com o conteúdo do tema

⦁ Fixar o mapa num local que possa ser visto por todos

⦁ Exibir o mapa sempre que estiver para fazer demonstrações

⦁ Orientar a leitura da legenda

⦁ Usar um apontador para fazer demonstrações

⦁ Dobrar o mapa logo que terminar de usá-lo

Importância dos mapas

Os mapas tem grande importância:

⦁ Facilita o conhecimento de determinado lugar ou região,

⦁ Fornece informações especificas sobre uma determinada localidade,

⦁ Os mapas também ilustram e facilitam a observação de determinados


fenómenos que ocorrem na superfície terrestre,

Vantagem de mapas

⦁ Oferecem muita informação e uma imagem objectiva da realidade terrestre;

⦁ Permitem visualizar o planeta de uma só vez;

⦁ Fácil transporte e manuseamento.

Desvantagem

⦁ Os mapas apresentam algumas deformações, porque e difícil reproduzir a

40
forma esférica num plano (como o nosso planeta e esférico ao ser passado para
uma superfície plana a parte em branco que iram ser preenchido ou esticados,
o que da origem a deformações

Globo terrestre

Conceito

É uma representação em escala reduzida do planeta terra.

Vantagem do globo terrestre

⦁ Terra sem deformações,

⦁ Estabelece relações entre os continentes, distribuição de terra e mares,

⦁ Representa a terra tal como ela é, sem a deformar

⦁ Permite a simulação dos movimentos da terra (rotação e translação),

Desvantagem

⦁ Não permite a visualização de toda a superfície ao mesmo tempo;

⦁ Difícil transporte e arrumação;

⦁ Difícil leitura não permite visualizar ao mesmo tempo a totalidade da


superfície terrestre;

⦁ Representam a realidade com dimensão muito reduzidas;

41
Resumo

Planificação de uma aula de Ciências Sociais


A aula é uma forma básica de organização do processo de ensino aprendizagem. Ela
pode ser considerada como um periodo determinado de tempo, num determinado
espaço e condições em que o professor estimula o processo de ensino aprendizagem
com o proposito de alcançar objectivos previamente estabelecidos, tendo como
aspecto importante a assimilação consciente e activa dos conteúdos de ensino por
parte do aluno. Para que isso aconteça, a aula deve ser cuidadosamente planificada.

Para a planificação de uma aula é necessário que antes os grupos de disciplina ou de


classe, façam primeiro uma planificação trimestral ou semestral ou ainda uma
planificação analítica.

A planificação trimestral ou semestral deve ser feita de acordo com o plano de estudo
fornecido pelo Ministério. A planificação analítica consiste em distribuir
racionalmente por horas cada tema do programa, com uma indicação sobre os
métodos e meios de ensino aprendizagem.

Ao planificar uma aula de Ciências Sociais o professor deve considerar dois aspectos
fundamentais que são os aspectos das Ciências Sociais e o aspectos pedagógico.
Deste modo, o professor deve estudar e conhecer o programa de ensino, o manual do
professor,o livro do aluno, entre outros.

Ao seleccionar a bibliografia deve se ter em consideração à mais actualizada em


relação ao conteudo da aula. É necessario verificar se o material tem relação com o
programa de ensino e corresponde ao desenvolvimento intelectual d os alunos.

Pré- requisitos para uma boa planificação

Os pré –requisitos para uma boa planificação refere-se a um conjunto de informações

42
e de conhecimentos prévios, considerados necessários para que os alunos possam
compreender os conteúdos dos programas. Os pré- requisitos são o conhecimento,
as atitudes e aptidões indispensáveis à aquisição de outros.

Na planificação de uma aula deve-se ter em conta os seguintes elementos:

1º - A definição dos objectivos

2º - As funções didácticas

3º - Os métodos de ensino

4º - Os meios de ensino

5º - Os conteúdos

6º - O tempo de cada passo da aula

7º - Conceito em Ciências Sociais

8º - Princípios em Ciências Sociais

9º - Um cabeçalho onde deve constar a Unidade temática, o tema, o subtema caso


tenha ou o assunto, a duração total da aula, o nome da Escola e do professor.

Importância da planificação de uma aula

A planificação de uma aula é importante pois ela ajuda o professor na selacção das
actividades de ensino e aprendizagem, ás quais se associam aos objectivos,
conteúdos, metodologia e técnicas de avaliação.

A planificação de uma aula ajuda o professor na organização, execução, controlo e


utilização correcta do tempo disponível.

A planificação da aula é importante pois ajuda o professor a fazer uma auto


avaliaçãono final da aula.

A importância da planificação encontra-se no acto de planear não apenas no nosso


dia-a-dia, mas principalmente, no dia-a-dia da sala de aula.
É importante planear pois facilita o trabalho tanto do professor como do aluno. A

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planificação reveste-se de grande importância, poi é um instrumento direcional de
todo o processo educacional.
A planificação estabelece e determina as grandes urgências, indica as prioridades
básicas, ordena e determina todos os recursos e meios necessários para a consecução
de grandes finalidades, metas e objectivos da educação.

Funções didácticas (revisão)


Temos quatro funções didácticas nomeadamente: Introdução e Motivação; Mediação
e Assimilação; Domínio e consolidação e Controle e Avaliação.

A primeira função didáctica ou seja Introdução e Motivação - refere-se no início


da aula onde o professor deve iniciar a aula preparado o aluno para tal. O professor
deve criar um clima de acordo com que o aluno assista a aula num bom ambiente.

A segunda função didáctica ou seja a Mediação e Assimilação – o professor


transmite os conteúdos da aula e os alunos por sua vez vão assimilando os conteúdos
transmitidos.

A terceira função didáctica ou seja Domínio e Consolidação – o professor procura


verificar até que ponto os alunos têm o domínio dos conteúdos adquiridos e procura
consolidar os que não foram dominados.

A quarta função didáctica ou seja Controle e Avaliação – aqui o professor faz um


controle dos conteúdos leccionados durante a aula e por fim a sua avaliação.

Modelo de plano
Unidade Tematica: Disciplina:

Tema: Data:

Assunto: Nome do Formador:

Competência basica: Duração da aula:

Objectivos especificos:

Tipo de aula:

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Função didactica/ Tempo Conteúdos Objectivos Principios Competências Actividades Métodos e
Específicos básicos básicas meios
Prof. Aluno
Introdução e Motivação
Mediação e assimilação
Dominio e consolidação

Controle e avaliação

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